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Lipídeos pdf

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1 
Wilsa Costa – Medicina – P2 – Tutoria – Módulo 3 
Lipídios 
 
 Objetivos: 
1. Conhecer as características gerais dos 
lipídeos. 
2. Entender o metabolismo dos lipídeos. 
3. Associar as dislipidemias com a 
aterosclerose. 
4. Entender o tratamento para as 
dislipidemias. 
 
 Características Gerais dos Lipídeos: 
 
• São substâncias apolares 
• Quimicamente a parte lipídica básica dos 
triglicerídeos e fosfolipídios são formadas por 
ácido graxo, que são longas cadeias de 
hidrocarbonetos. Dois tipos de compostos básicos 
são formados por ácidos graxos: Triacilgliceróis e 
as ceras. 
• O colesterol não apresenta ácidos graxos em sua 
composição, mas seu núcleo esterol é sintetizado 
a partir de ácidos graxos. 
• São ésteres de ácido graxo + álcool 
 O 
 C + OH 
 OH 
• O Lipídeo é a junção de ácido graxo + álcool, a 
união dos dois forma éster 
• Eles são apolares e hidrofóbicos – não se 
dissolvem em água – o motivo disso é o ácido 
graxo, que contém uma cadeia longa de carbono, 
quanto mais carbono se tem, mais apolar vai ser. 
 (Ácido Graxo) 
CH2 OH(HIDROGÊNIO) C CH2 CH2 CH2 (...) – “longa cadeia de 
carbono” 
CH2 OH OH (HIDROXILA) 
CH2 OH Perda de água (H2O) – Síntese por desidratação 
 (Glicerol - Álcool) 
 O (Éster) Se unir a uma hidroxila: Monoglicerídeo 
CH2 O C CH2 CH2 (...) 
CH OH Se unir em duas hidroxilas: Diglicerídeos 
CH2 OH Se unir em três hidroxilas: Triglicerídeos 
 
• O triglicerídeo, é um álcool que se uni a três ácidos 
graxos, são mais apolares ainda, pois possuem 
mais carbonos. 
• Os lipídeos especialmente importantes são os 
fosfolipídios e o colesterol, que juntos constituem 
cerca de 2% da massa celular. 
• A importância desses dois lipídeos é que eles são 
insolúveis, principalmente em água e, portanto, 
são usados para formar a membrana celular e as 
membranas intracelulares, barreiras que separam 
os diferentes compartimentos das células. 
• Além dos fosfolipídios e do colesterol, muitas 
células contêm grandes quantidades de 
triglicerídeos, também chamados de gordura 
neutra. 
• Nos adipócitos, os triglicerídeos são responsáveis 
por 95% da massa celular. 
• A gordura armazenada nessas células, 
representam a principal reserva de nutrientes 
energético do corpo. 
• A estrutura básica da membrana celular é formada 
por bicamada lipídica, a dupla cama lipídica é 
composta de três lipídeos principais: fosfolipídios, 
esfingolipídios e colesterol. Sendo os fosfolipídios, 
os mais abundantes. 
• Uma extremidade da molécula de fosfolipídios é 
solúvel em água (hidrofílica) – contém fosfato - e 
a outra é solúvel apenas em lipídeos (hidrofóbica) 
- contém ácido graxo. 
• As partes hidrofílicas constituem as duas 
superfícies da membrana (ficam em contato com 
a água intracelular e extracelular) e o meio da 
membrana que é impermeável às substâncias 
hidrossolúveis. 
 
 Ácidos Graxos: 
 
• São ácidos carboxílicos com cadeias 
hidrocarbonadas de comprimento de 4 a 36 
carbonos. 
• Em alguns as cadeias são totalmente saturadas, 
não possuem ligação dupla e não ramificadas em 
outros, em outros a cadeia contém umas mais 
ligações duplas. 
• Tipos: ácido palmítico, ácido oleico, ácido 
araquidônico 
• Os ácidos graxos podem ser categorizados de 
várias maneiras, embora sejam principalmente 
 
2 
Wilsa Costa – Medicina – P2 – Tutoria – Módulo 3 
Lipídios 
categorizados pelo grau de saturação ou variação 
do comprimento da cadeia. 
• Um ácido graxo saturado não tem ligações duplas. 
Os ácidos graxos saturados são sólidos em 
temperatura ambiente, têm alto ponto de fusão e 
são comuns em gorduras animais e vegetais. 
• Os ácidos graxos insaturados têm uma ou mais 
ligações duplas, são líquidos à temperatura 
ambiente e têm baixo ponto de fusão. Entre os 
ácidos graxos insaturados estão os ácidos graxos 
monoinsaturados e ácidos graxos poli-
insaturados. 
• Em um nível molecular, os ácidos graxos são 
longas cadeias carbônicas com alguns átomos de 
hidrogênio anexados. Pequenas diferenças na 
estrutura significam uma grande mudança no 
comportamento dos ácidos graxos. Existem 
quatro tipos de ácidos graxos: 
 
1) Saturados: As cadeias de carbono das gorduras 
saturadas não têm pontos abertos em sua cadeia 
para átomos de hidrogênio. É por isso que eles 
são chamados de saturados. Eles aumentam o 
colesterol LDL (o colesterol “ruim”) e aumentam o 
risco de doenças cardíacas. 
2) Monossaturados: Esses ácidos graxos não têm 
um de seus átomos de hidrogênio devido a uma 
ligação dupla entre as moléculas de carbono. As 
gorduras monoinsaturadas são mais saudáveis 
do que as saturadas. 
3) Poli-insaturados: Esses têm benefícios 
significativos para a saúde. Os ácidos 
graxos ômega-3 e ômega-6 pertencem a este 
grupo. 
4) Gorduras trans: Esse tipo de gordura é raro na 
natureza, mas tem sido amplamente utilizado em 
alimentos processados. As gorduras trans são 
criadas pela adição de moléculas de hidrogênio às 
gorduras insaturadas para torná-las estáveis em 
armazenamento. As gorduras trans geralmente 
não são saudáveis. 
- Embora todas as gorduras sejam constituídas por ácidos 
graxos, a maior parte da discussão sobre os ácidos graxos 
gira em torno dos tipos poli-insaturados e 
monoinsaturados. Os ômega-3 e ômega-6 são 
especialmente importantes. Eles são conhecidos como 
ácidos graxos essenciais porque o corpo não pode 
fabricá-los. Por isso, devem ser consumidos através dos 
alimentos. 
- Os ácidos graxos não essenciais são aqueles que nosso 
metabolismo endógeno tem a capacidade de sintetizar a 
partir de precursores e não precisam necessariamente ser 
ingeridos na dieta. 
 Principais funções dos Lipídeos: 
 
• Os triglicerídeos são usados para fornecer energia 
nos mais diversos processos metabólicos, já os 
fosfolipídios, o colesterol e pequenas quantidades 
de triglicerídeos são usados para formar as 
membranas. 
 
1) Apolares (hidrofóbicos): eles possuem ácidos 
graxos, com longas cadeias de hidrocarbonetos. 
São insolúveis em substâncias inorgânicas (água 
e sais minerais. Porém são solúveis em 
substâncias orgânicas, como o clorofórmio. 
2) Reserva energética: Adipócitos 
3) Isolantes térmicos e elétricos: Como isolantes 
térmicos regulam a troca de calor, e como 
isolantes elétricos estão presentes na bainha de 
mielina dos neurônios. 
4) Estrutural: Fosfolipídios e colesterol nas 
membranas 
5) Hormonal: Hormônios sexuais – estrógenos, 
progesterona e testosterona. 
6) Impermeabilizantes: Cera 
7) Carregadores: Vitaminas lipossolúveis – KEDA – 
K, E, D e A. 
 
 Lipídeos Simples: (Glicerídeos, ceras e 
esteroides). 
 
1) Glicerídeos (Agliceróis): Os glicerídeos são 
ésteres da glicerina com ácidos graxos. São 
divididos em óleos e gorduras. Os Glicerídeos são 
os lipídeos quimicamente mais simples e formados 
pela união de ácido graxo com a molécula de álcool 
denominada glicerol, um álcool de três átomos de 
carbono em sua fórmula. São os óleos e as 
gorduras 
 
 Óleos = são líquidos em temperatura ambiente. 
 
▪ São lipídios líquidos em temperatura ambiente 
(nas CNTP) 
▪ Apresentam cadeias carbônicas insaturadas (dupla 
ligação) 
 
3 
Wilsa Costa – Medicina – P2 – Tutoria – Módulo 3 
Lipídios 
▪ São fontes energéticas e lubrificantes corpóreos. 
▪ São hidrofóbicos (imiscíveis com água) 
▪ Principalmente extraídos das sementes vegetais. 
▪ De origem vegetal, animal e mineral. 
▪ Ex: óleo de soja, milho, algodão, gergelim, 
girassol, mamona etc. 
 
 Gorduras = são sólidos em temperatura ambiente. 
 
▪ São lipídios sólidos em temperatura ambiente 
(nas CNTP) 
▪ Apresentam cadeias carbônicas saturadas 
(ligações simples) 
▪ Atuam como reservaenergética dos animais. 
▪ Agem como isolante térmico para os animais de 
clima frio. 
▪ Amortecem choques mecânicos sobre órgãos 
internos. 
▪ Modelam o corpo dos animais preenchendo 
espaços. 
▪ Ex: bacon, toucinho de porco 
▪ Estão em maior quantidade em nosso corpo. 
▪ Triglicerídeos 
▪ Isolantes 
 
 Glicerídeos = Glicerol + Ácido Graxo 
 
 
 
- A gordura insaturada é transformada em saturada, 
acrescentando um hidrogênio e quebrando a ligação dupla. 
A exemplo, temos a margarina vegetal, que antes era um 
óleo vegetal e foi hidrogenada, transformando-se em 
gordura vegetal hidrogenada. 
- A gordura insaturada pode se tornar ruim de ela passar 
de CIS para TRANS. Assim conserva melhor o alimento. 
 H H (HIDROGÊNIO EM CIMA) H 
 I I I 
- C = C - CIS - C = C TRANS – Aumenta o LDL 
 I 
 H (MUDA O HIDROGÊNIO) 
 
- Quando reutilizamos o óleo ele se transforma em TRANS, 
quando o óleo entra em contato com altas temperaturas, 
parte da gordura polinsaturada se transforma em gordura 
trans. 
- A soponização é quando se utiliza o óleo já utilizado, junta 
com uma base (hidróxido de sódio) e forma sabão. O 
sabão é um sal. 
 
2) Ceras (Cerídeos): Impermeabilizantes – são muito 
apolares. 
 
Os Cerídeos são lipídios formados pela união de ácido 
graxo de cadeia longa (14 a 36 átomos de carbono) 
com um álcool de cadeia longa (16 a 30 átomos de 
carbono) de textura pastosa. 
As ceras animais e vegetais possuem importância 
biológica no revestimento e proteção de superfícies 
corpóreas, evitando a desidratação. Revestem folhas e 
frutos de vegetais, diminuindo a taxa de transpiração, 
pois funcionam como material impermeabilizante. 
Secreções oleosas das glândulas sebáceas protegem 
a superfície corporal dos mamíferos contra a 
desidratação. Ceras também evitam o ressecamento e 
a ruptura do tímpano. 
 
 
3) Esteróides (Esterídeos): 
- Os Esteroides são lipídios formados por ácidos graxos e 
álcoois de cadeia cíclica como o colesterol. Entram na 
formação dos hormônios esteroides e componentes da 
bile. 
- A bile é segredada pelo fígado, sendo constituída por sais 
que promovem a emulsificação das gorduras, facilitando a 
ação das lipases no intestino. 
- Os hormônios esteroides; testosterona, estrógeno e 
progesterona, estão relacionados com as características 
sexuais e a produção dos gametas. 
- A molécula de colesterol é um importante componente 
da membrana plasmática das células animais e também 
compõe os hormônios esteroides (estrógenos, 
progesterona e testosterona) 
 
▪ Colesterol é um álcool, precursor de: 
 
a) Formação de Hormônios ( Testosterona, Estradiol, 
Progesterona, Aldosterona, Cortisol) 
b) Vitamina D3 (calciferol) 
c) Sais Biliares 
d) Membranas Celulares (animal) 
 
 
 
 
 I I 
– C – C – 
 l l 
Álcool 
Álcool 
Glicerol 
Glicerol 
Ligação reta- linear 
Ligação não linear - dupla 
 I I 
– C = C – 
SATURADAS (PIORES) – EM TEMPERATURA SÃO 
GORDURAS SÓLIDAS – SÓ POSSUEM LIGAÇÃO SIMPLES. 
INSATURADAS (PIORES) – EM TEMPERATURA SÃO ÓLEOS 
– POSSUEM LIGAÇÃO DUPLA – CONSUMIMOS NO 
COTIDIANO. 
 
 
 
4 
Wilsa Costa – Medicina – P2 – Tutoria – Módulo 3 
Lipídios 
 
 
Alimentação LDL COLESTEROL 
 
 
 COLESTEROL Ateroesclerose 
Fígado HDL 
 Vaso 
 
- O colesterol é carregado por lipoproteínas, na verdade 
não existe colesterol “bom” e “ruim”, o que importa é 
quem carregada ele. 
 
- O colesterol é produzido no fígado, ou ingerido na 
alimentação. 
 
- HDL (lipoproteína de alta densidade) - remove gorduras 
das artérias, deixando-as limpas e flexíveis. A função dele 
não é exatamente essa, mas quando ele ver o excesso ele 
faz isso. A função dele é levar fosfolipídios. 
- LDL (lipoproteína de baixa densidade) - estreita e 
endurece as paredes das artérias (arteriosclerose) – leva o 
colesterol para a corrente sanguínea. 
- VLDL (lipoproteína de muito baixa densidade) - faz o leva-
e-traz do colesterol e transporta triglicérides. 
 
- Além do colesterol absorvido todos os dias pelo trato 
gastrointestinal, que é chamado de colesterol endógeno, 
uma quantidade maior ainda é formada nas células do 
corpo, o colesterol endógeno. 
 
- Existem fatores que afetam a concentração do 
colesterol plasmático – Controle por feedback de 
colesterol. 
 
 
 Lipídeos Complexos: (Fosfolipídios, 
Carotenóides e Esfingolipídios). 
 
1) Fosfolipídios 
2) Carotenóides 
3) Esfingolipídios 
 
 Metabolismo dos Lipídios: 
 
1) Transporte de Triglicerídeos e outros lipídeos a 
partir do trato gastrointestinal pela linfa – Os 
Quilomícrons: 
 
- Quase todas as gorduras da dieta, com exceção de 
poucos ácidos graxos de cadeia curta, são absorvidas a 
partir do intestino para linfa intestinal. 
 
- Os lipídeos são transportados na corrente sanguínea 
como lipoproteínas, existentes das mais diversas formas, 
cada uma com uma função e composição lipídica e 
proteica diferentes. 
 
- Durante a digestão a maior parte de triglicerídeos se 
divide em monoglicerídeos e ácidos graxos. A gordura da 
dieta é emulsificada pelos sais biliares, liberados pela 
vesícula biliar, isso os reduz em micelas menores - Agindo 
da mesma forma que os detergentes, os sais 
biliares quebram as gorduras dos alimentos em partículas 
menores. Eles cercam cada gotícula de gordura com o 
lado hidrofóbico voltado para a partícula de gordura. 
 
- Os sais biliares ajudam na absorção de ácidos graxos, de 
monoglicerídeos, colesterol e outros lipídios. Eles ajudam 
mediante a formação de complexos físicos bem pequenos 
denominados micelas. 
 
- Depois na passagem através das células epiteliais 
intestinais (enterócitos), os monoglicerídeos e ácidos 
graxos são ressintetizados em novas moléculas de 
triglicerídeos (TAG) que chegam à linfa intestinal como 
minúsculas gotículas dispersas chamadas: Quilomícrons. 
Ou seja, os lipídios da dieta são empacotados em 
quilomícrons 
 
- Na superfície externa dos quilomícrons são adsorvidas 
pequenas quantidades de apoproteína B. 
 
- As demais proteínas projetam-se na solução hídrica 
adjacente dos vasos linfáticos, o que faz com que aumente 
a estabilidade de suspensão dos quilomícrons nos vasos 
linfáticos, impedindo sua aderência as paredes 
 
- A maioria do colesterol e dos fosfolipídios, absorvidos do 
trato gastrointestinal, penetra nos quilomícrons. 
 
- Então os quilomícrons são compostos principalmente de 
triglicerídeos, mas também de 9% de fosfolipídios, 3% de 
colesterol e 1% de apoproteína B. 
 
- Pelos vasos linfáticos os quilomícrons são transportados 
o ducto torácico e em seguida para o sangue venoso 
circulante na junção das veias subclávia e jugular. 
 
2) Remoção dos Quilomícrons do sangue: 
 
 
5 
Wilsa Costa – Medicina – P2 – Tutoria – Módulo 3 
Lipídios 
- Cerca de 1h após a refeição rica em gorduras, a 
concentração de quilomícrons plasmática aumenta de 1% 
a 2% do plasma total. 
 
- Devido ao tamanho grande dos quilomícrons, o plasma 
assume aspecto turvo e às vezes amarelado. 
 
- No entanto os quilomícrons tem meia-vida de apenas 1h 
ou menos, de modo que depois de poucas horas o plasma 
volta a ficar claro. 
 
- Remoção da gordura dos quilomícrons: Os 
triglicerídeos dos quilomícrons são hidrolisados pela 
lipase lipoproteica e a gordura é armazenada no tecido 
adiposo 
 
- Grande parte dos quilomícrons é removida da circulação 
sanguínea á medida que passa pelos capilares de vários 
tecidos, especialmente do adiposo, do músculo 
esquelético e do coração.- Esses tecidos sintetizam a enzima lipase lipoprotéica, 
que é transportada para a superfície das células endoteliais 
dos capilares. 
 
- Já na superfície das células endoteliais, as enzimas 
lipases lipoprotéica, hidrolisam os triglicerídeos dos 
quilomícrons, à medida que eles entram em contato com 
a parede endoteliais dos capilares. 
 
- Quando a enzima lipase lipoproteica, hidrolisa esse 
triglicerídeo, os quilomícrons também liberam ácidos 
graxos e glicerol. 
 
- Os ácidos graxos liberados pelos quilomícrons são 
altamente miscíveis nas membranas das células, e daí se 
difundem para o tecido adiposo e para células 
musculares. 
 
- Dentro das células os ácidos graxos são usados como 
combustível ou são novamente sintetizados em 
triglicerídeos 
 
- A enzima lipase lipoprotéica, também provoca a hidrólise 
de fosfolipídios, isso também libera ácidos graxos que 
serão armazenados do mesmo modo nas células. 
 
- Os remanescentes de quilomícrons enriquecidos de 
colesterol são rapidamente depurados no plasma, eles se 
ligam a receptores nas células endoteliais dos sinusoides 
do fígado. 
 
- Ainda existe na superfície dos quilomícrons e nas células 
do fígado a presença da Apolipoproteína – E (secretada no 
fígado), que desempenha papel importante na depuração 
dessas lipoproteínas plasmáticas. 
 
 
- Ácidos Graxos livres – São transportados no sangue 
combinados com a Albumina: 
 
- Quando a gordura armazenada no tecido adiposo precisa 
ser usada em outra região do corpo para fornecer energia, 
ela deve ser transportada do tecido adiposo para outro 
tecido. 
 
- Esse transporte ocorre com a hidrólise dos triglicerídeos 
de volta a forma de ácidos graxos e glicerol. 
 
- Estímulos para essa hidrólise: quantidade de glicose 
inadequada e ativação da lipase celular hormônio – 
sensível. 
 
- Quando a glicose está inadequada, um dos produtos de 
seu metabolismo está insuficiente, o α-glicefosfato, como 
ele é necessário para manter a porção glicerol dos 
triglicerídeos, o resultado da ausência de α-glicefosfato é 
a quebra deles. 
 
- Ao sair dos adipócitos, os ácidos graxos, passam por 
forte ionização e se ligam a albumina no plasma. 
 
- Agora chamados de ácidos graxos livres. 
 
- Apesar de estarem em pequena quantidade no plasma, 
os ácidos graxos têm uma intensa renovação, metade 
deles são substituídos a cada 2 a 3 minutos. Nessa 
intensidade a necessidade de energia do corpo é suprida 
 
6 
Wilsa Costa – Medicina – P2 – Tutoria – Módulo 3 
Lipídios 
pela oxidação de ácidos graxos livres, sem usar nenhum 
carboidrato ou proteína. 
 
- Condições como inanição ou diabetes mellitus, 
promovem o aumento da utilização de gordura para 
energia celular e isso aumenta os ácidos graxos livres no 
sangue. 
 
- Lipoproteínas: Função especial no transporte do 
colesterol e dos fosfolipídios: 
 
- Depois que todos os quilomícrons são removidos do 
sangue, mas de 95% de todos os lipídios no plasma estão 
sob a forma de lipoproteínas. 
 
- As lipoproteínas são partículas menores que os 
quilomícrons, mas similares na sua composição, contendo 
triglicerídeos, colesterol, fosfolipídios e proteínas. 
 
- Tipos de lipoproteínas: 
 
- Quilomícrons são lipoproteínas muito grandes. 
 
- Além deles temos quatro tipos importantes, classificados 
segundo suas densidades: 
 
- VLDL (Lipoproteínas de muito baixa intensidade): 
contendo altas concentrações de triglicerídeos e 
concentrações moderadas de colesterol e fosfolipídios. 
 
- IDL (Lipoproteínas intensidade moderada): São VLDL das 
quais uma parte de triglicerídeos foi retirada, e daí ficaram 
aumentadas as concentrações de colesterol e fosfolipídios. 
 
- LDL (Lipoproteínas de baixa intensidade): Derivadas das 
IDL’s, com a remoção de quase todos os triglicerídeos, 
deixando alta concentração de colesterol e média 
concentração de fosfolipídios. 
 
- HDL ((Lipoproteínas de alta intensidade): Contém alta 
concentração de proteínas, cerca de 50% e, concentrações 
menores de colesterol e fosfolipídios. 
 
- Quase todas as lipoproteínas são formadas no fígado, 
onde também ocorre a síntese do colesterol, fosfolipídios 
e triglicerídeos. 
 
- Pequenas quantidades de HDL, são sintetizadas no 
epitélio intestinal. 
 
- A principal função das lipoproteínas é transportar seus 
componentes lipídicos pelo sangue 
 Depósito de gordura: 
 
- Grandes quantidades de gorduras são armazenadas nos 
principais tecidos do corpo, o tecido adiposo e fígado. 
 
- O Tecido adiposo armazena triglicerídeos até que sejam 
necessários para suprimento de energia em outras partes 
do corpo. 
 
- Os triglicerídeos nos adipócitos estão e forma líquida, só 
a gordura líquida por ser transportada para fora dos 
adipócitos. 
 
- As células adiposas podem sintetizar uma quantidade 
muito pequena de ácidos graxos e triglicerídeos a partir 
dos carboidratos. 
 
- As lipases teciduais presentes no tecido adiposo 
catalisam a deposição de triglicerídeos, dos quilomícrons 
e lipoproteínas. 
 
- Lipídios Hepáticos: as principais funções do fígado no 
metabolismo dos lipídeos: 
 
- 1) Degrada ácidos graxos em pequenos compostos que 
podem ser usados como fontes de energia 
 
- 2) Sintetiza triglicerídeos a partir de carboidratos, mas em 
menor extensão, também de proteínas. 
 
- 3) Sintetiza outros lipídios a partir dos ácidos graxos, em 
especial colesterol e fosfolipídios. 
 
- SE LIGA: Grandes quantidades e triglicerídeos são 
encontrados no fígado em três situações: 
 
a) Inanição 
b) Diabetes Mellitus 
c) Condição em que gorduras e não carboidratos estão 
sendo usadas como fonte de energia. 
 
- PORQUE: Grande quantidade de triglicerídeos estão 
sendo mobilizada e saindo do tecido adiposo, transportado 
como ácido graxo livre e sendo “redepositada” como 
triglicerídeo no fígado. 
 
- SENDO ASSIM: A quantidade de triglicerídeos encontrada 
no fígado é determinada pela intensidade global com que 
os lipídeos estão sendo utilizados para fornecer energia. 
 
 
7 
Wilsa Costa – Medicina – P2 – Tutoria – Módulo 3 
Lipídios 
- O fígado pode armazenar grandes quantidades de 
triglicerídeos se existir Lipodistrofia, condição 
caracterizada por atrofia ou deficiência dos adipócitos. 
 
- As células hepáticas são mais capazes de “dessaturar” 
ácidos graxos do que qualquer outro tecido: isso significa 
que - Os triglicerídeos hepáticos são muitos mais 
insaturados que os do tecido adiposo, então a principal 
fonte de gorduras insaturadas para as células que as 
utilizam é o fígado. 
 
 
 
 
 Associar as dislipidemias com a aterosclerose: 
 
1) Os papéis das lipoproteínas e colesterol na 
aterosclerose: 
 
- As concentrações anormais de lipídios, ou lipoproteínas, 
circulantes na corrente sanguínea, especialmente o 
colesterol e os triglicerídeos (TG), são definidas como 
dislipidemias, as quais cursam com ou sem repercussão 
sobre o território vascular, associadas a outras manifestações 
clínicas que podem aumentar o risco de doenças 
cardiovasculares. As dislipidemias podem ser resultadas de 
anormalidades genéticas, doença subjacente ou 
decorrentes de fatores ambientais. 
 
- Quando a soma de colesterol sintetizado e colesterol 
obtido na dieta excede a quantidade necessária para a 
síntese de membranas, sais biliares e esteróis, ocorre o 
acúmulo patológico de colesterol. 
 
- A aterosclerose é um quadro clínico no qual depósitos 
irregulares de material gorduroso (ateromas ou placas 
ateroscleróticas) se desenvolvem nas paredes das artérias 
de médio e grande porte, levando a um fluxo sanguíneo 
reduzido ou bloqueado 
 
- As lipoproteínas são responsáveis pelo transporte e pela 
solubilização dos lipídios. São compostas por lipídios e 
proteínas denominadas Apolipoproteína (Apo). Uma das 
classes de lipoproteínas é rica em colesterol e inclui as 
lipoproteínas de baixa densidade(LDL), que é a principal 
transportadora de colesterol na circulação para os tecidos 
periféricos. A LDL está diretamente relacionada à 
patogênese da aterosclerose, que é considerada a base da 
maioria dos eventos cardiovasculares. Dessa forma, essa 
lipoproteína é apontada como o melhor preditor de risco 
cardíaco e tem sido alvo terapêutico para reduzir os riscos de 
DCV 
 
- DADOS: O último relatório da Organização Mundial de 
Saúde (OMS), em 2009, mostrou que os níveis aumentados 
de colesterol sérico causaram 2,6 milhões de mortes e 29,7 
milhões de anos de vida perdidos por morte prematura e 
incapacidades. Especificamente para os riscos atribuídos ao 
LDL-Colesterol aumentado, em 2017, estimativas apontaram 
a ocorrência de 4,3 milhões de mortes globais, 
correspondendo a 7,7% de todos os óbitos e 94,9 milhões de 
anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (DALYS). 
No Brasil, também se evidencia a expressiva carga de morte 
e incapacidade atribuída ao LDL-Colesterol aumentado, 
apenas em 2017 estimou-se a ocorrência de 99.315 óbitos 
(7,36% do total de mortes) e a perda de 2.335.294,99 DALYS. 
(https://scielosp.org/article/csc/2021.v26n2/541-553/) 
 
https://scielosp.org/article/csc/2021.v26n2/541-553/
 
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Wilsa Costa – Medicina – P2 – Tutoria – Módulo 3 
Lipídios 
- Os lipídios precisam estar ligados às proteínas para que 
possam se mover no sangue. O LDL é uma pequena bolha 
formada por uma borda externa de lipoproteína com um 
centro de colesterol. 
 
- O aumento de lipoproteínas de baixa densidade, é um 
fator importante na etiologia da aterosclerose - A elevada 
concentração plasmática de colesterol sob a forma de 
lipoproteínas de baixa densidade 
 
- A aterosclerose é causada por lesão repetida nas 
paredes das artérias. 
- Muitos fatores contribuem para essa lesão, incluindo 
hipertensão arterial, tabagismo, diabetes e níveis elevados 
de colesterol no sangue. 
- A obstrução dos vasos sanguíneos resultante de 
aterosclerose é uma causa comum de ataque cardíaco e 
acidente vascular cerebral. 
- Muitas vezes, os primeiros sintomas são dores ou cãibras 
quando o fluxo sanguíneo não consegue suprir as 
demandas de oxigênio dos tecidos. 
- Para prevenir a aterosclerose, as pessoas precisam parar 
de fumar, melhorar sua dieta, praticar exercícios físicos 
regularmente e manter o controle de sua pressão arterial, 
nível de colesterol e diabetes. 
- A progressão da aterosclerose para essas complicações 
de risco à vida, como um ataque cardíaco ou acidente 
vascular cerebral, requer tratamento emergencial. 
- A concentração dessas LDL’s, é aumentada por diversos 
fatores, mas principalmente pela ingestão de gorduras 
muito saturadas. 
 
- O desenvolvimento da aterosclerose é complicado, mas 
o evento primário parece estar relacionado a lesões sutis 
e repetidas no revestimento interno das artérias 
(endotélio) através de vários mecanismos. Esses 
mecanismos incluem: 
- Tensões físicas decorrentes de fluxo sanguíneo 
turbulento (como o que ocorre no local em que as artérias 
se ramificam, principalmente em pessoas que 
têm hipertensão) 
- Tensões inflamatórias envolvendo o sistema imunológico 
(como quando as pessoas fumam cigarros) 
- 
 
Fisiologia da formação do ateroma: 
1) A LDL se acumula na matriz extracelular das 
células epiteliais que revestem as artérias 
2) As células do sistema imune, os monócitos são 
atraídos para região onde há o acúmulo de LDL, e 
lá se diferenciam em macrófagos. 
3) Os macrófagos vão captar o LDL oxidado e 
colesterol que eles contêm. 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/hipertens%C3%A3o-arterial/hipertens%C3%A3o-arterial
 
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Wilsa Costa – Medicina – P2 – Tutoria – Módulo 3 
Lipídios 
4) Os macrófagos tornam-se células espumosas, a 
partir do acúmulo de ésteres de colesterila e 
colesterol livre. 
5) Com o acúmulo de colesterol livre nas células 
espumosas elas sofrem apoptose. 
6) Ao longo do tempo as artérias tornam-se 
progressivamente ocluídas, já que as placas 
consistindo esse material forma tecido cicatricial e 
as células espumosas se tornam maiores 
7) As placas podem se soltar ocasionalmente, 
provocando AVC ou IAM. 
- Anormalidades químicas na corrente sanguínea 
(como colesterol alto ou nível alto de açúcar no sangue 
como ocorre no diabetes mellitus) 
- Infecções por algumas bactérias ou vírus 
(como Chlamydia pneumoniae ou citomegalovírus) 
também podem aumentar a inflamação no revestimento 
interno da artéria (endotélio) e levar à aterosclerose. 
- O aumento do LDL-Colesterol nos adultos a partir dos 30 
anos, identificado nesta pesquisa, pode ser explicado pelas 
alterações lipídicas decorrentes do processo de 
envelhecimento gradativo, pois a chance aumenta com o 
avanço da idade. Os mecanismos de envelhecimento 
acometem os tecidos e os órgãos, resultando em alterações 
no endotélio hepático, aumento da resistência à insulina, 
diminuição do androgênio nos homens e dos hormônios nas 
mulheres decorrentes da menopausa e pós-climatério. 
Resultados semelhantes também foram encontrados em 
outras pesquisas no Brasil e em outros países, como China e 
Estados Unidos. 
- Níveis de colesterol LDL elevados representam 
importante fator de risco modificável. Uma dieta rica em 
gorduras saturadas faz com que os níveis de colesterol 
LDL aumentem em pessoas suscetíveis. 
- Os níveis de colesterol também aumentam conforme as 
pessoas envelhecem e são normalmente mais elevados 
em homens do que em mulheres, embora os níveis de 
aumentem em mulheres após a menopausa. 
- Vários distúrbios hereditários resultam em níveis 
elevados de colesterol ou de outras gorduras. As pessoas 
com esses distúrbios hereditários podem ter níveis 
extremamente elevados de colesterol e (se não tratadas) 
morrer de doença arterial coronariana em uma idade 
precoce. 
- Pessoas com risco elevado, como as que têm diabetes 
ou doença cardíaca aterosclerótica ou que tiverem sofrido 
um ataque cardíaco, acidente vascular cerebral ou 
cirurgia de revascularização, se beneficiam de doses 
altas de estatinas para reduzir o colesterol LDL tanto 
quanto possível. No entanto, a porcentagem de 
colesterol HDL em relação ao colesterol total é uma 
medida mais confiável do risco do que o nível de 
colesterol total ou LDL. 
- O colesterol HDL deve representar mais do que 25% do 
colesterol total. Altos níveis de triglicérides são 
frequentemente associados com baixos níveis de 
colesterol HDL. No entanto, as evidências sugerem que 
apenas níveis elevados de triglicérides também podem 
aumentar discretamente o risco de aterosclerose. 
 Entender o tratamento para as dislipidemias: 
 
- Esse cenário mostra a importância de políticas públicas 
direcionadas ao controle de fatores modificáveis como as 
dislipidemias. Sobretudo como estratégia para a redução da 
morbimortalidade por DCV, consideradas as principais causas 
de morte no mundo. 
- Nessa perspectiva, o conhecimento das dislipidemias por 
meio da análise do perfil lipídico é fundamental, haja vista que 
visa a identificar alterações isoladas ou combinadas dos 
níveis de colesterol total (CT), TG, fração de LDL-Colesterol e 
fração de colesterol da lipoproteína de alta densidade (HDL-
Colesterol). 
- Quanto aos fatores associados às dislipidemias, são 
apontados os sociodemográficos, como sexo, idade, 
escolaridade, local de residência, estilos de vida, sobrepeso, 
obesidade, doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, e 
autoavaliação de saúde ruim. 
- No Brasil, os inquéritos epidemiológicos que monitoram as 
prevalências de dislipidemia são escassos e, na maioria das 
vezes, utilizam dados autorreferidos. Nesse contexto, visando 
o monitoramento dos indicadores de risco para Doenças 
Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), a Pesquisa Nacional de 
Saúde (PNS) realizou coletas de materialbiológico que 
incluíram medidas de colesterol e frações e permitiu 
monitorar as dislipidemias na população brasileira por meio 
de exames laboratoriais. 
- Assim, considerando-se a relevância supracitada das 
repercussões negativas na saúde, ocasionadas por aumento 
dos níveis de LDL-Colesterol e que, por isso, na prática 
clínica, essas estruturas moleculares circulantes têm tido 
tanta importância, torna-se necessária a realização de estudos 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-relacionados-ao-colesterol/dislipidemia
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/diabetes-mellitus-dm-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-da-glicose-no-sangue/diabetes-mellitus-dm
 
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Wilsa Costa – Medicina – P2 – Tutoria – Módulo 3 
Lipídios 
que investiguem os fatores associados ao LDL-Colesterol 
aumentado no Brasil. 
- A redução dos níveis elevados de colesterol LDL pelo 
uso de medicamentos pode reduzir significativamente o 
risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e 
morte. 
 
- Há muitos tipos de medicamentos hipolipemiantes 
disponíveis as estatinas são o tipo mais comum. 
 
- Nem todos os níveis de colesterol alto aumentam o risco 
de aterosclerose. Um nível elevado de HDL (o colesterol 
“bom”) diminui o risco de aterosclerose. 
- O nível desejado de colesterol total, que inclui o 
colesterol LDL, o colesterol HDL e os triglicerídeos, é de 
140 a 200 mg/dL (3,6 a 5,2 mmol/L). O risco de um 
ataque cardíaco mais do que dobra quando o nível de 
colesterol total se aproxima de 300 mg/dL (7,8 mmol/L). 
O risco diminui quando o nível de colesterol LDL 
permanece inferior a 130 mg/dL (3,4 mmol/L) e o nível 
de colesterol HDL permanece superior a 40 mg/dL (1 
mmol/L). 
- Como funcionam as estatinas: 
- As estatinas inibem a síntese do colesterol, diminuindo 
o colesterol sérico em até 30% em pessoas com 
hipercolesterolemia. 
- A estatinas são os fármacos mais amplamente utilizados 
para redução do nível de colesterol sérico, e alguns de 
seus efeitos colaterais são considerados positivos, outros 
no entanto são bem ruins como, dor e fraqueza muscular. 
- Esses fármacos podem melhorar o fluxo sanguíneo, 
aumentar a estabilidade da placa aterosclerótica, de modo 
que não se rompa, reduz a agregação plaquetária e inibe 
inflamação vascular. 
- As estatinas inibe juma enzima hidroximetilglutaril-
coenzima A, essa inibição reduz a síntese de colesterol e 
aumenta os receptores de LDL no fígado, causando 
redução dos níveis séricos de LDL. 
- Como funciona a aveia para redução de colesterol: 
- A maior parte do colesterol formado no fígado é 
convertido em ácidos biliares e secretada dessa forma 
duodeno, então mais de 90% desses mesmos ácidos, são 
reabsorvidos no íleo terminal e usados repetidamente na 
bile... 
- Por consequência, qualquer agente que se combine 
com os ácidos biliares no trato gastrointestinal e impeça 
sua reabsorção na circulação pode reduzir o grupo total 
e ácidos biliares no sangue. 
- Isso consequente leva a uma maior conversão de 
colesterol hepático em novos ácidos biliares 
- Por isso uma simples ingestão de aveia. Que irá se ligar 
aos ácidos biliares, aumenta a proporção de colesterol 
hepático, que formará novos ácidos biliares ao invés de 
LDL e placas aterogênicas

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