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Como contar histórias - BIBLICAS

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Como contar histórias 
 
 
• Passe segurança! Não se desculpe ao começar, nem em palavras nem com uma 
expressão corporal encurvada. 
• Conte em suas próprias palavras. Deixe a imaginação funcionar - isto é o que cria 
mágica e não malabarismos da memória. 
• Se der branco, continue. Não faça careta, xingue nem se desculpe. Continue 
descrevendo detalhes de cores, locais. Isto estimula a imaginação e ajuda a memória. 
Ou então faça uma pausa, olhando todos nos olhos, como para levantar suspense (não 
olhe para o chão). Improvise! 
• Mantenha as histórias até 10 minutos de extensão. Ensaie e cronometre. 
• A introdução é crucial. "Você vai ganhar ou perder nos 3 primeiros minutos 
dependendo de como você começa". 
Você tem que criar sua “audiência no grupo de crianças, cada uma com seus próprios 
pensamentos e focos de atenção, antes que você possa começar a contar uma história 
para elas. Deve haver, na introdução, o indício de que coisas excitantes irão acontecer, 
incitando a curiosidade, unindo as crianças em antecipação. Não dê tudo na introdução. 
Sempre mantenha um certo nível de mistério, antecipação e surpresa durante toda a 
história”. 
• Nós adultos tendemos a subestimar a capacidade das crianças de imaginar e 
fantasiar, e assim, muitas vezes fazemos muitos esforços para explicar ou justificar o 
"cenário" ou explicar tudo com detalhes. Na verdade o que atrai as crianças é a 
possibilidade de entender os aspectos implausíveis da história depois; o que é ótimo, 
você tem a atenção delas e elas ficarão pensando no que você disse. 
• Para contar histórias você precisa de um pouco de habilidade em vendas, 
sinceridade (não tente fingir alegria, tristeza, etc.. seja verdadeiro!), entusiasmo 
verdadeiro (não ser barulhento ou artificial), animação (em gestos, voz, expressão 
facial) e mais importante, ser você mesmo. 
• Nós queremos que a mensagem chegue clara e bem definida. Nosso objetivo é 
comunicar as verdades da Bíblia de uma maneira pessoal e com uma aplicação clara. 
Seja qual for à maneira que você conte a história, tenha certeza de ser objetivo! Não 
assuma que as crianças vão entender. Torne a história o mais real possível. Barret diz 
para não "contar a história de uma maneira cansada ou mal resumida. Pule dentro da 
narrativa, com a mesma intensidade que os fatos... escolha UM ponto e conte-o como 
se fosse a notícia mais interessante do mundo". 
• Mantenha simples e direto 
• Uma vez terminada a história, não fique divagando e corrigindo. Deixe os 
pensamentos das crianças presos no ponto da história, na mensagem central dela. 
• Quanto mais você praticar, melhores ficarão as suas técnicas. Teste diferentes 
métodos, seja criativo. Você sempre aprende de suas próprias experiências. Não seja 
extremamente tímido ou preocupado "com o que os outros irão dizer se..." Não tenha 
medo de ser um palhaço ou fazer papel de bobo para Cristo e para as crianças. 
Humildade, amor e oração são elementos importantes para contar histórias, juntamente 
com criatividade e inovação. As crianças pegam muito mais do que a história de você; 
 
elas percebem o seu entusiasmo pessoal com a mensagem. Elas precisam ver que 
você foi tocado pela Palavra. Prepare o seu coração enquanto prepara a história. 
• Tenha certeza de colocar algum drama, suspense na história. Deve haver uma 
situação que dirija ao clímax e ao final da história. O conflito pode ser introduzido 
imediatamente ou aos poucos para aumentar o suspense e a intriga. Tente levar os 
ouvintes a se preocupar junto com os personagens e se envolver com o que acontece. 
• O professor deve estudar a lição muito bem. Você precisa saber muita coisa para 
poder ensinar um pouquinho. 
• Crianças aprendem com seus sentidos. Elas adoram sentir, cheirar, tocar, escutar e 
ver. Descreva personagens e locais vividamente, ajudando-os a solidarizar-se com os 
personagens. 
• Numa audiência mista, tente colocar a história ao nível do mais novo. 
Características de uma boa história: Tema único e bem definido / Enredo bem 
desenvolvido / Estilo: imagens vívidas, sons e ritmos agradáveis / Caracterização / 
Coerente com a fonte / Apelo dramático / Apropriado / adequado aos ouvintes. 
Contar histórias - Métodos 
Ao escolher um método, comece por analisar a história e qual o seu objetivo. Em geral 
use: 
 
Narração: quando a história tem um enredo simples e elementos familiares. 
 
Participação ou cantos: quando você tem partes que se repetem freqüentemente e/ou 
frases engraçadas 
 
Material visual: quando a história for complicada ou contiver elementos 
desconhecidos. 
 
Histórias caracterizadas: teatro, fantasias ou um único boneco. Quando o 
envolvimento ou o teatro ajuda a enfatizar a mensagem da história ou para facilitar a 
expressão de sentimentos e pensamentos interiores. 
 
Dramatização: quando se quer ilustrar uma aplicação da mensagem ou se tem muitos 
personagens de igual importância. 
Outras possibilidades são: 
 
• Ler a história diretamente para as crianças. Ao se preparar leia a história diversas 
vezes e pelo menos uma vez em voz alta. Ao ler para as crianças seja tão animado 
como se estivesse contando-a; leia devagar e olhe nos olhos das crianças. 
• "Vamos fazer de conta" muito bom para explorar atos e suas conseqüências 
• Contar uma experiência; algo que aconteceu a você, e de preferência que não te 
coloque como um "bom" exemplo 
• Discussão / perguntas e repostas Para crianças mais velhas; lembre-se que uma 
história bíblica não é uma palestra. 
Métodos Envolventes: 
• História participativa. Como quando um mágico usa alguém da platéia (crianças 
guardam 60% do que fazem, 30% do que vêem e apenas 10% do que escutam). 
• Coros, cantos e histórias com eco. O professor combina com as crianças uma frase 
ou atitude a qual elas devem responder com uma palavra ou gesto específico. Ou faça 
com que as crianças criem os efeitos sonoros de acordo com a história sempre que 
você indicar. É impressionante a quantidade de coisas que eles memorizam assim. 
• Pantomima: É especialmente eficaz com grupos pequenos de crianças menores, em 
que eles "participam" na história ao representar. 
• Teatralizando: apos contar rápida e resumidamente a história deixe as crianças se 
tornarem os personagens. 
• Jogo de personificação: cada criança assume um personagem e deve reagir as 
situações que você apresenta. 
Métodos visuais: 
• Histórias em seqüência: a medida que a história evolui, use uma série de figuras para 
ilustrá-la. Livros de colorir são boas fontes de material; Cuidado com: temporização 
(para que as figuras não sejam apresentadas antes do fato), controle o interesse do 
grupo e não distraia a atenção deles dos pontos importantes. 
• Quadros de Figuras ou palavras: A chave aqui é o elemento surpresa (o que será 
acrecentado depois?) 
• Figuras misteriosas: a medida que a história é contada vá desenhando uma série de 
linhas e formas sem sentido até que as linhas se formem objetos reconhecidos que dão 
ênfase a partes da história. (Simplifique o trabalho fazendo os traços a lápis, bem claro, 
antes. Certifique-se que o quadro e o desenho são grandes o suficiente para ser vistos 
por todos. Falar e desenhar ao mesmo tempo é mais complicado que parece; conheça 
bem a história e pratique antes). 
• Acrósticos: podem ser usados durante a lição preenchendo com as palavras no 
correr da história. (ex. escreva JESUS no quadro; à medida que a história continua 
escreva: José no J de Jesus, Esteve no E de Jesus, etc... 
• Flanelógrafo: Muito útil se a seqüência, movimento e relacionamentos são 
importantes para a história. 
Métodos visuais são especialmente importantes se objetos desconhecidos são parte da 
história. Às vezes é melhor apresentar os objetos antes da história para evitar confusão 
 
durante a narrativa. 
Outros métodos visuais incluem modelagem, dobraduras, quadros de giz, mapas... 
Métodos dramáticos 
 
Ao contar uma história,lembre-se que suas expressões faciais e gestos são tão 
importantes como o tom e o som da sua voz. Aprenda a exagerar emoções, desenvolva 
diferentes vozes e personalidades, conte histórias em "bumerangue", isto é você 
dialoga com você mesmo. 
• História narrativa. O professor assume a postura de observador / testemunha, até às 
vezes usando uma fantasia. Ajude as crianças a "estar lá" com você, ver através dos 
seus olhos. 
• Esquetes ou quadros vivos. A história toda ou partes são encenadas. 
• Entrevista: onde o professor entrevista um personagem convidado (requer 2 pessoas 
ou você e 1 boneco) 
Bonecos e fantoches. 
Existem diversos tipos de fantoches. Os mais simples podem ser feitos a partir de uma 
meia ou saco de papel ou simplesmente recortando silhuetas e colando-as a palitos de 
picolé. 
Cada fantoche deve ter uma personalidade clara (ex. nervoso, tímido, orgulhoso.) e 
também uma voz que não devem mudar durante a história. 
Não use fantoches apenas para narrar a história, Converse com o boneco ou faça com 
que atuem. 
Tome cuidado ao usar fantoches em um teatro, para que eles não caiam da cena, a 
medida que seus braços cansem e para que sua voz alcance a platéia. Cuidado com 
movimentos fora de sincronia, diálogos muito complexos e excesso de objetos e 
cenários. Mantenha contato visual (olhar) entre os fantoches e entre fantoches e 
crianças. 
Cuidados gerais: 
Atente para moralização: Nós estamos tentando comunicar o amor de Deus para 
pecadores e não morais ou "faças" e "não faças". Não confunda o evangelho com a 
sabedoria da idade ou conselhos paternais. 
Atente para possíveis erros de interpretação dos objetivos da lição. Cuide para não 
pegar as histórias literalmente ou carregá-las com outras conotações em detrimento da 
mensagem 
Teatro e produção de texto Infantil - Sugestões 
Peça para criança não precisam ser peças bobas, simples, ridículas. É preciso parar de 
tratar as crianças como seres inferiores e oferecer a elas textos adequados: 
 
• Não é preciso explicar tolinho ao pé da letra. As crianças são capazes de entender 
metáforas, sugestões, símbolos - e é disso que é feita a arte. Histórias com algumas 
sutilezas ajudam a criança a se identificar com o que está vendo à sua própria maneira, 
e permitem que ela elabore seu próprio mundo e seus problemas. 
• A linguagem deve ser fácil, acessível, compreensível, mas isso não quer dizer que se 
deva simplesmente encher a peça de bordões, gírias e piadas conhecidas. Podem-se 
usar algumas palavras diferentes, novas (seguidas de explicação no próprio desenrolar 
do texto), enriquecendo a narrativa. 
Também não é necessário fazer teatro na velocidade de videogames e com todos os 
recursos tecnológicos da TV - "porque é com isso que as crianças estão acostumadas; 
esta é a linguagem do mundo de hoje". A linguagem rápida e tecnológica é sim um 
recurso interessante, mas se usada com coerência e comedimento. Não é necessário 
atropelar a fantasia infantil, nem a magia, que um conto leve, poético, é capaz de 
oferecer. 
• Teatro infantil sempre acaba com uma lição de moral, certo? Errado! Texto infantil 
precisa ter um teor didático, explicativo, correto? Nem tanto! 
Textos, fábulas, lendas, contos de fadas, retratam situações com as quais a criança 
deve se identificar livremente. Ao encerrar uma peça com uma moral explícita, você 
pode estar impedindo o público de retirar outras lições, outras soluções - "cada caso é 
um caso" - "cada cabeça uma sentença". Para cada momento da vida de uma criança, 
ela pode vivenciar na mesma história situações diferentes e essa possibilidade é que 
torna uma história atraente, e que faz com que a criança queira ouvir várias vezes o 
mesmo conto. 
Também não é necessário "dourar a pílula". Os contos de fadas originalmente eram 
muito mais cruéis que hoje. Com todos os finais felizes e açúcar adicionado a eles, 
perderam um pouco da capacidade de fazer as crianças amadurecerem. Texto para 
crianças precisa fazê-las pensar, e não ser um passo atrás. 
• A questão da faixa etária alvo também não deve ser tão limitadora e rotulante. Um 
bom texto infantil, com qualidade literária, bem escrita, com diálogos inteligentes será 
agradável e interessante também para os adultos e acompanhantes; mesmo que o 
tema seja infantil. 
Enfim, como em qualquer produção para criança, é preciso respeitar a inteligência 
delas, ser amigável, natural e verdadeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMO CONTAR 
HISTÓRIAS 
 
Edinilza Rubini 
 
 
 
 
 
 
Cuiabá 
2005

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