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1 HERNIA DE DISCO CONCEITO ● A herniação ocorre pelo extravasamento do conteúdo do núcleo pulposo por uma fissura do ânulo fibroso, podendo resultar ou não em compressão neurológica, que se manifesta de acordo com o local de ocorrência. ● A maioria das hérnias de disco ocorre na região superior da parte posterolateral do disco. ● Formação do disco intervertebral núcleo pulposo (banhado por proteoglicanos) e anel fibroso EPIDEMIOLOGIA ● Pico de incidência entre a terceira e quarta década de vida ● Mais comum na coluna lombar; L4-L5; L5-S1 (sobrecarga e menos musculatura) ● Principais sintomas: lombalgia, lombociatalgia, ciática isolada e síndrome da cauda equina ● A maioria é mecanica ● 200.000 de operações nos EUA ● É um diagnostico comum dentre as alterações degenerativas da coluna lombar ● 4,8% dos homens e 2,5% das mulheres (acima dos 35 anos) trabalho pode ser um fator de piora e não fator causal ● Predisposição genética: receptor da vitamina D, gene que codifica uma das cadeias do colageon IX (COL9A2) e gene aggrecan humano (AGC) ● O disco envelhece a partir dos 30 anos, então aos 50 anos é maior a chance de ter FATORES DE RISCO ● Tabagismo colageno ● Obesidade comprime e sobrecarga ● Exposição a carga repetitivas distende musculatura paravertebral ANATOMIA ● A medula espinal termina no cone medula na região de L1 dando origem a cauda equina, que contem os nervos lombares e sacrais embebidos pelo LEC CLASSIFICAÇÃO ● Localização: − central, delimitada entre as bordas laterais da cauda equina; − recesso lateral, entre a borda lateral da cauda equina e o pedículo, geralmente comprimindo a raiz nervosa transeunte que sairá no forame de um nível caudal ao disco correspondente; − espaço foraminal. − As hérnias intraforaminais ocorrem entre as bordas mediais e laterais do pedículo e comprimem a raiz correspondente ao nível do disco ● Morfologia − Disco degenerado, geralmente fruto da desidratação discal. − Hérnias protusas (↓ altura ↑ base): abaulamento no disco intervertebral sem a ruptura completa do ânulo fibroso. − Hérnias extrusas (↑ altura ↓ base): extravasamento do conteúdo discal pelo ânulo fibroso para o interior do canal vertebral, mas mantendo contato com o núcleo pulposo do espaço intervertebral. − Hérnias sequestradas: o fragmento herniário extravasa pela ruptura do ânulo fibroso formando um fragmento livre sem contato com o núcleo pulposo remanescente núcleo ocupa todo espaço medular; sintomas mais exuberantes que a as extrusas 2 ● Tempo de evolução: aguda < 3 meses; cronica > 3 meses FISIOPATOLOGIA ● Desidratação Microrruputas no interior do espaço discal Degeneração discal protusão extrusão sequestro ● As rupturas no interior discal ocorrem devido à presença de fissuras no ânulo fibroso, associadas à degeneração da matriz do núcleo pulposo QUADRO CLINICO ● Dor: região lomar (lombalgia), ciática − Ciática: depende do local comprimido. Mas, a dor clássica é segue o dermatoma correspondente a raiz comprimida desde a região lombar até o pé ● O início da doença é marcado por episódios de dor lombar isolada, anterior ao aparecimento da dor irradiada para um ou ambos os membros inferiores, o que o paciente geralmente relaciona a um evento traumático, como carregar peso, ou um movimento brusco. ● A exacerbação também pode ocorrer após o indivíduo alongar-se, tossir ou espirrar. FA dor geralmente aumenta após atividade física ou algum tempo sentado e alivia em decúbito lateral na posição de semi-Fowler ● Doue um lado so lateral ou foraminal ● Doeu dois lados central EXAME FÍSICO ● Inspeção: − Claudicação com escoliose antálgica − Marcha de trendelembrug, se compressão grave da raiz de L5 que pode gerar fraqueza abdutora − Marcha com pé caído (devido paresia extensora do pé por compressão das raízes de L4 e L5) − Marcha de base alargada − Preferencia inclinação fletida (alarga o canal vertebral) ● Espasmos vertebrais, contratura lombalgia mecanica ● Dor na musculatura para vertebral (dor muscular- lombalgia mecânica) doi o musculo; no disco não doi ● Dor sobre as facetas articulares pode sugerir processos degenerativos nessas articulações, com piora da dor com extensão do tronco ● Exame neurológico: força, reflexo, sensibilidade − Força: 0 – ausência de contração muscular 1 – contração visível, movimentação ausente 2 – capaz de mover, mas não vence a força da gravidade 3 – vence a força da gravidade, mas é incapaz de vencer resistência 4 – vence a resistência, mas abaixo do normal 5 – força normal L2, L3, e L5 não tem reflexo 3 Reflexo aquileu é um reflexo que ocorre quando o tendão de Aquiles (também conhecido como tendão calcâneo) é percutido flexão plantar.. ● Testes específicos (Lasegue): O teste da elevação do membro inferior em extensão é um teste provocativo, realizado com paciente em decúbito dorsal, no qual o examinador eleva o membro inferior segurando pelo calcanhar com o joelho estendido. O teste é considerado positivo se a dor ciática (dor atras do joelho) for reproduzida entre 35 e 70° de elevação. Esse teste é útil para detectar compressões das raízes de L4, L5 e S1, e sua positividade é indicativa de compressão radicular em 90% dos casos. − Ciático passa pelo piriforme teste do piriforme (aponta no local): Paciente em decúbito ventral. Faz flexão e abdução do joelho e solicito para paciente realizar uma força contralateral. É positivo se dor no piriforme. (no piriforme tb pode dá lasegue positivo) EXAMES COMPLEMENTARES ● Qual pedir? RX (RX da coluna lombar AP e Perfil) -> RNM (partes moles) − Para lombalgia mecânica (musc) -1º lombalgia, não tem nada- não pede exame complementar fornece AINES, repouso − Rx descarta artrose (coluna degenerada), osteofito − RNM, Solicitar em sintomas exuberantes alteração de reflexo, lasegue disco desidrato fica preto, disco caindo sugere extrusão TRATAMENTO ● Conservador − Analgésico + AINES − Crioterapia (agudo) − Calor (crônico) − Reposição Postural Global (fisioterapia) − Pilates: fortalecimento da musculatura ● Cirúrgico − Indicação absoluta: síndrome da cauda equina e síndrome da compressão da medula E paresia importante − Indicação relativa: paciente refrataria ao tratamento conservador − Laminectomia: tira os processos espinhosos e trava a coluna ESTENOSE DO CANAL LOMBAR CONCEITO 4 ● Diminuição patológico do canal vertebral e/ou dos forames intervertebrais o que leva a compressão do saco tecal e/ou raízes nervosas ● estreitamento do canal vertebral devido aos processos degenerativos articulares da osteoartrite, que é a degeneração das cartilagens articulares que ocorre em diversas articulações, ainda mais naquelas sujeitas à carga e ao estresse mecânico ● As articulações são acometidas por processos inflamatórios repetidos, o que provoca dor, rigidez, redução da amplitude de movimento, derrame articular, deformidade e formação de osteófitos ● Localização: Central, lateral, foraminal ou extraforaminal EPIDEMIOLOGIA ● Em pacientes idosos, é representada sobretudo pela estenose do canal vertebral, sendo causa comum de dor ciática e lombar nos indivíduos com mais de 60 anos. FISIOPATOLOGIA ● O estreitamento do canal vertebral pode ocorrer na região central, no recesso lateral ou no forame ● Os níveis lombares atingidos com mais frequência são L4-L5 ● Da terceira à quinta década de vida, alterações do colágeno e dos proteoglicanos causam a desidratação discal, com a perda das suas propriedades anatômicas, o que gera perda de altura do disco, alterando a biomecânica das articulações facetárias e acelerando o processo de destruição articular. Com o estreitamento do espaço discal, ocorre a aproximação entre os corpos vertebrais, gerando diminuição do espaço foraminal intervertebral. QUADRO CLÍNICA● dor lombar irradiada para ambos os membros inferiores e claudicação neurogênica, condição descrita como a sensação de peso ou fraqueza dos membros inferiores relacionada à deambulação, que alivia com a posição sentada com flexão do tronco e em repouso. Indivíduos com estenose do recesso lateral e do forame apresentarão dor lombar e radiculopatia. ● Piora lenta e insidiosa ● EF: tronco fletido, amplitude e movimento de extensão diminuída ou causar dor, lasegue é negativo ● Claudicação neurogênica intermitente; dor radicular-ciatalgia; dor atípica do membro inferior; síndrome da cauda equina crônica EXAME COMPLEMENTAR: ● RX (artrose: diminuição do espaço, osteofite, cisto subcondrais): Radiografia de coluna lombar AP + Perfil ● TC: A tomografia computadorizada (TC) é um exame útil para analisar estruturas ósseas, como diâmetro dos pedículos intervertebrais, osteófitos e artrose facetária, mas não oferece imagem adequada dos tecidos moles. ● RNM: visualização das estruturas neurais, discais e ligamentares, assim como a presença de sinais inflamatórios, como derrame articular e edema ósseo TRATAMENTO: 5 ● Conservador: repouso atividade física controlada, terapia medicamentoso, corticoide epidural, programas de exercícios para estabilização da musculatura paravertebral e abdominal, alongamentos da musculatura isquiotibial e atividades aeróbicas progressivas ● Cirúrgico, quando falha no tratamento e deterioração neurológica progressiva: descompressão do canal SINDROME DA CAUDA EQUINA ● síndrome ocorre por uma compressão aguda das raízes nervosas da cauda equina por uma hérnia de disco volumosa ● Perda parcial ou total da função urinária, intestinal e sexual devido a compressão da cauda equina na região lombar ● Causas comuns: hernia discal extrusa em canal estenótico e a estenose do canal lombar de qualquer etiologia ● Aguda (mais comum normalmente por hernia) x cronica (estonse do canal- incontinência urinaria ou urgência miccional de inicio gradual durantes meses ou ano) ● Quadro clinico: − Dor lombar de forte intensidade − anestesia em sela ((região interna da coxa períneo e perianal) + retenção urinaria, obstipação, ciatalgia continua e anestesia plantar − Varia de acordo com o nível de comprometimento − Reflexo bulbocavernoso ausente + hiporreflexia e de paresia dos MMII − Lasegue bilateral ● Investigação diagnostica: RNM da coluna lombar/lombrossacra; estudo urodinamico; função renal (caso crônico) ● RNM planejamento cirurgico ● Tratamento − Descompressão (laminectomia unilateral) hernia discal lombar extrusa − Laminectomia bilareal associado com estenose do canal − Ciatalgia bilateral é considerado mau prognostico − Persistência de anestesia em sela é sinal de que a função esfincteriana continuara alterada − Operar para não se tornar permanente os sintomas DOENÇAS DEGENERATIVAS- ARTROSE ● Artrose cervical é universal em pacientes após os 70 anos ● Sintomas dependem do local de compressão ● Quadro clinico: − Cervical/lombar acompanhada de rigidez, limitação de movimentos, contraturas musc e crepitações − A manifestação pode ser aguda ou crônica − Abordagem terapêutica varia de cada uma HERNIA CERVICAL (Mais comum por artrose e idiopática) PQ? TESTE SPURLING TESTE DE COMPRESSÃO E INCLINAÇÃO DA CABEÇA, POSITIVO SE FORMIGAMENTO (PARESTESIA)
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