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Tributos em espécie 7 – Contribuições sociais UNIP 2022 (Material complementar que não substitui as aulas e a bibliografia indicada no plano de ensino) Fontes: COSTA, Regina Helena; CARVALHO, Paulo de Barros; CARRAZZA, Roque Antônio e demais doutrinas indicadas no plano de ensino. 1Drª Arianna Stagni Guimarães Competência tributária • Competência para legislar (em matéria tributária) • Somente é deferida para as entidades políticas • CTN. Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. • Aptidão para criar tributos (+ capacidade tributária ativa) • Delimitado pela Constituição Federal 2Drª Arianna Stagni Guimarães Competência tributária (doutrina) • É o poder que a Constituição Federal atribui a certo ente político para que crie um tributo, descrevendo em lei a hipótese de incidência, o sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de cálculo e a alíquota (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário) • É a aptidão para criar tributos, mediante a edição do necessário veículo legislativo (art. 150, I, CR), indicador de todos os aspectos de sua incidência (COSTA, Regina Helena. Curso de Direito Tributário) 3Drª Arianna Stagni Guimarães Características da competência tributária • indelegável (rigidez constitucional) • intransferível • irrenunciável • facultativo 4Drª Arianna Stagni Guimarães Capacidade tributária ativa • Aptidão para fiscalizar e arrecadar tributos (a competência tributária é disciplinada pela Constituição) • Não transmite a competência tributária • Pessoa diversa daquela que criou o tributo = mediante autorização legal (em geral os tributos são arrecadados pela pessoa política que os criou) • Compreende garantias e privilégios processuais • Pode ser revogada a qualquer momento = ato unilateral 5Drª Arianna Stagni Guimarães Características da capacidade tributária ativa • delegável • transferível • facultativo • revogável (a qualquer momento por ato unilateral) 6Drª Arianna Stagni Guimarães Competência tributária e capacidade tributária ativa Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra *, nos termos do§3º do artigo 18 da Constituição. § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado*, do encargo ou da função de arrecadar tributos. (* a terceira pessoa = de direito público ou privado!) 7Drª Arianna Stagni Guimarães Parafiscalidade (doutrina) • É o fenômeno jurídico que consiste na circunstância de a lei tributária nomear sujeito ativo diverso da pessoa que a expediu atribuindo-lhe a disponibilidade dos recursos auferidos, para a implementação de seus objetivos peculiares (CARVALHO, Paulo de Barros) • É a atribuição da capacidade ou titularidade de certos tributos a certas pessoas, que não são o próprio Estado, em benefício das próprias finalidades (CARRAZZA, Roque Antônio. Curso de Direito Constitucional Tributário) 8Drª Arianna Stagni Guimarães Parafiscalidade • Delegação para terceiro (pessoa pública ou privada) • Fiscalizar, arrecadar e utilizar os recursos auferidos para a realização de seus fins • Qualquer espécie tributária é passível • Capacidade tributária ativa somada à disponibilidade dos recursos arrecadados • A pessoa delegatária deve perseguir interesse público 9Drª Arianna Stagni Guimarães Parafiscalidade Sujeitos ativos de tributos parafiscais • Pessoas jurídicas de direito público (exs. taxas do CADE; ITR para Municípios que optarem) • Pessoas jurídicas de direito privado (entidades paraestatais) que desenvolvem atividades de interesse público (ex: serviços sociais autônomos = SENAC, SESI…) • CREA?; CRM?; OAB?? = autarquia especial?, serviço público autônomo/entidade civil mas com contribuição obrigatória? 10Drª Arianna Stagni Guimarães Fiscalidade, extrafiscalidade, competência tributária, capacidade tributária ativa, parafiscalidade, estatal e paraestatal • Fiscalidade = predomínio da arrecadação • Extrafiscalidade = predomínio dos interesses econômicos e/ou sociais • Competência tributária = para legislar (CF88) • Capacidade tributária ativa = para ocupar o polo ativo nas relações jurídicas tributárias; fiscalização e arrecadação • Parafiscalidade = capacidade tributária ativa somada à disponibilidade dos recursos auferidos • Estatais = pessoas jurídicas de direito público • Paraestatais = pessoas jurídicas de direito privado 11Drª Arianna Stagni Guimarães Contribuições sociais • Espécie de tributo (?) = CF 88, arts. 149 e 195 • Natureza jurídica: taxa ou imposto? (ex.: IPMF/CPMF) • Podem revestir a materialidade de imposto ou taxa, mas com eles não se confundem. (COSTA, Regina Helena. Curso de Direito Tributário) • CF, Art. 149, caput (2 grupos): contribuições de intervenção no domínio econômico e contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas (corporativas). 12Drª Arianna Stagni Guimarães Contribuições sociais (CF, art. 149) Sistema Tributário Nacional – arts. 145 à 162 da CF88 (subsistema = TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO - CAPÍTULO I - DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL) CF88, art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos artigos 146, III e 150, I e III e sem prejuízo do disposto no art. 195, parágrafo 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 13Drª Arianna Stagni Guimarães Contribuições sociais (CF, art. 149) • Instrumento de atuação da União nas respectivas áreas (competência muito ampla?) • Competência privativa da União (Regra Geral) • Com observância do regime jurídico tributário (normas gerais e Princípios Jurídicos gerais e específicos) • Para atender as finalidades previstas na Constituição ! 14Drª Arianna Stagni Guimarães Contribuições sociais de intervenção no domínio econômico (CIDEs) • Para custear a intervenção de setores econômicos sujeitos às instabilidades (crises, desequilíbrios) • Intervenção não se se confunde com intromissão injustificada • Instrumento de atuação da União na área econômica • Não incidência sobre as exportações (CF88, art. 149, §2º, I) = imunidade tributária 15Drª Arianna Stagni Guimarães Contribuições sociais de intervenção no domínio econômico (CIDEs) • Princípio da livre iniciativa deve ser observado! (art. 1º. IV da CF/88) • Alíquotas = ad valorem (base é o faturamento, receita bruta ou valor da operação) ou específica (base é a unidade de medida adotada) • Exemplos: CIDE combustível (financiar infraestrutura de transportes…); Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM); Contribuição destinada ao Instituto do Açucar e do Álcool 16Drª Arianna Stagni Guimarães Contribuição de interesse das categoriais profissionais ou econômicas Contribuições para a manutenção do SESC, SENAI, SESI • Pessoas jurídicas de direito privado • não integram os orçamentos fiscal e da seguridade social • Contribuições parafiscais Contribuição para a manutenção da OAB • Autarquia especial (?) Entidade da administração indireta (?) Entidade de direito privado (?); Parafiscalidade (?) 17Drª Arianna Stagni Guimarães Contribuição de interesse das categoriais profissionais ou econômicas • Entidades (profissionais ou econômicas) que fiscalizam as diversas profissões • Contribuições parafiscais • Contribuiçãosindical (Art. 8º, IV, in fine da CF combinado com o art. 149 da CF) = extinta a obrigatoriedade (Lei 13.467/2017 = lei declarada constitucional pelo STF em 2018) = não se confunde com a contribuição confederativa (CF88, art. 8º,IV) 18Drª Arianna Stagni Guimarães Contribuição de interesse das categoriais profissionais ou econômicas contribuição confederativa X contribuição sindical/tributária CF88, Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei • Contribuição sindical = hoje é opcional! (Lei 13467/2017) = depende da autorização do trabalhador • Contribuição confederativa = é opcional! = sindicalizados 19Drª Arianna Stagni Guimarães Contribuições Sociais de competência da União, Estados, DF e Municípios para o custeio de regime próprio da previdência social CF88. Art. 149, § 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões. (EC43/03 e EC103/2019) • § 1º, A,B e C = sobre os cálculos 20Drª Arianna Stagni Guimarães Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública • CF88, art. 149-A (acrescentado pela EC 39/2002) • Competência dos Municípios e do Distrito Federal • Crítica = natureza jurídica de imposto (!!!) por se tratar de serviço geral (!!!) Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. 21Drª Arianna Stagni Guimarães
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