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1 Instituto Federal Sul RioGrandense Campus Pelotas Curso Técnico em Eletrotécnica Disciplina: Projetos Elétricos II Apostila: Centro de Medição de Edificação de Múltiplas Unidades Consumidoras Professor: Dr. Eng. Wagner da Silva Brignol; Pelotas – Agosto de 2020. 2 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Exemplo de Legenda ........................................................................................................... 8 Figura 2 – Exemplo de Notas ................................................................................................................ 8 Figura 3 – Exemplo de um Projeto Elétrico .......................................................................................... 9 Figura 4 - Modelo de caixa para um centro de medição. .................................................................... 11 Figura 5 – Painel de Medidores em construção para 10 Unidades Consumidoras ............................. 12 Figura 6 – Painel de Medidores com medidores instalados ................................................................ 12 Figura 7 – Painel de Medidores com identificação ............................................................................. 13 Figura 8- Painel para agrupamento de medidores ocupando duas paredes ......................................... 13 Figura 9 – Representação do painel de medição ocupando 2 paredes. ............................................... 14 Figura 10 – Painel de Medidores em duas Paredes ............................................................................. 14 Figura 11 - Painel para agrupamento de medidores ocupando três paredes. ...................................... 15 Figura 12 – Representação de um painel de medidores ocupando 3 paredes ..................................... 15 Figura 13- Modelo de caixas com mais de um centro de medição ..................................................... 16 Figura 14 – Painel com a barreira física. ............................................................................................ 17 Figura 15 – Caixas de proteção, distribuição e entrada e distribuição. ............................................... 19 Figura 16–Esquema elétrico para ligação do circuito de emergência. ................................................ 23 Figura 17–Barramento para Condutores de Proteção ......................................................................... 25 Figura 18–Possibilidades de Ligação dos DPS – NBR5410 ............................................................... 26 Figura 19 – Entrada de serviço para centro de medição - ANEXO J RIC-BT ................................... 33 Figura 20 – Detalhe da conexão da caixa de proteção. ....................................................................... 36 Figura 21 – Coluna Montante de uma Instalação Elétrica Predial ...................................................... 44 Figura 22 - Ocupação dos eletrodutos por condutores ........................................................................ 45 Figura 23 – Entrada de Serviço Individual ANEXO J RIC-BT .......................................................... 46 Figura 24 Dimensões da caixa de passagem para coluna montante (mm2). ....................................... 48 Figura 25 Caixa de passagem de sobrepor .......................................................................................... 48 Figura 26Caixa de passagem de embutir ............................................................................................ 48 Figura 27 - Caixa de passagem (tampa tipo favo de mel) ................................................................... 49 Figura 28 - Exemplo de representação gráfica da coluna montante de uma edificação de múltiplas UC’s .................................................................................................................................................... 50 3 SUMÁRIO 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE PROJETO ELÉTRICO PREDIAL ............................ 5 1.1 Etapas a Serem Seguidas para Elaboração do Projeto .......................................................... 5 1.2 Elementos de um Projeto Elétrico de EMUC ....................................................................... 7 2. CENTRO DE MEDIÇÃO DE EDIFICAÇÃO DE MÚLTIPLAS UNIDADES CONSUMIDORAS .......................................................................................................................... 10 2.1 Painéis ou Quadros de medição .......................................................................................... 10 2.2 Localização da medição ...................................................................................................... 16 2.2.1 Devem estar localizadas: ............................................................................................. 16 2.2.2 Não devem estar localizadas: ....................................................................................... 18 2.3 Medição de Energia Elétrica ............................................................................................... 18 2.3.1 Tipos ............................................................................................................................ 18 2.3.2 Caixa de proteção (CP) ................................................................................................ 18 2.3.3 Caixa de entrada e distribuição (CED) ........................................................................ 19 2.4 Proteções do Centro de Medição ............................................................................................ 20 2.4.1 Disjuntor geral .................................................................................................................... 20 2.4.1.1 Disjuntor Geral para um único centro de medição ..................................................... 20 2.4.1.2 Disjuntor Geral para dois ou mais centros de medição .............................................. 20 2.5 Método de cálculo do circuito de distribuição .................................................................... 27 2.5.1 Dimensionamento do circuito de distribuição residencial ........................................... 27 2.5.2 Dimensionamento do circuito de distribuição comercial e misto (residencial e comercial) ................................................................................................................................... 30 2.6 Condições de Fornecimento. ............................................................................................... 30 2.7 Método do cálculo da demanda da Edificação de múltiplas unidades consumidoras e determinação do disjuntor geral para o(s) centro(s) de medição ...................................................... 30 2.7.1 Edificação de Múltiplas UC’s Residenciais ................................................................. 30 2.7.2 Edificação de Múltiplas UC’s Comerciais ................................................................... 33 2.7.3 Edificação de Múltiplas UC’s Misto (Residencial e Comercial) ................................. 34 2.8 Instruções para montagem .................................................................................................. 34 2.9 Aspectos construtivos para montagem de quadro ou painéis de medidores ....................... 34 3. RAMAL DE ENTRADA ........................................................................................................ 36 3.1 Ramal de Entrada Subterrâneo ................................................................................................ 37 3.1.1 Condições gerais: .................................................................................................................... 37 3.1.2 Condutores do ramal de entrada..............................................................................................38 3.1.3 Eletrodutos .............................................................................................................................. 38 4 3.1.4 Caixas de passagem ................................................................................................................ 41 3.2 Cálculo da Queda de Tensão ................................................................................................... 42 4. COLUNA MONTANTE DE INSTALAÇÕES PREDIAIS ................................................... 44 4.1 Definição ............................................................................................................................. 44 4.2 Localização ......................................................................................................................... 44 4.3 Dimensionamento ............................................................................................................... 45 4.3.1 Determinação do diâmetro nominal dos Eletrodutos ................................................... 45 4.3.2 Características construtivas da coluna montante ......................................................... 48 4.4 Representação gráfica da coluna montante ......................................................................... 49 5. Documentação para submissão do Painel de Medidores para análise da Distribuidora de Energia ............................................................................................................................................. 51 5 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE PROJETO ELÉTRICO PREDIAL 1.1 Etapas a Serem Seguidas para Elaboração do Projeto O projeto de uma Edificação de Multiplas Unidades Consumidoras (EMUC) consiste em elaborar os projetos elétricos e complementares (Telefonia, TV a cabo e CFTV) dos apartamentos/casas, lojas, salas comerciais e área de condomínio. Para elaboração deste projeto é necessário em primeiro lugar analisar as plantas arquitetônicas do prédio, a fim de verificar as características e peculiaridades da edificação a ser projetada. Normalmente, a edificação possui no mínimo duas plantas: Planta do andar térreo e planta do andar tipo. A planta do andar térreo se caracteriza por apresentar todos os detalhes das Unidades Consumidoras (UC) apartamento ou lojas que compõe o térreo e todas as outras dependências da UC condomínio, tais como: garagem, circulações, halls, pátios, escadas e etc. A planta do andar tipo é caracterizada por ser uma planta arquitetônica que representa todos os andares que são iguais, ou seja, caso os apartamentos e/ou salas comercias e áreas de uso comum forem iguais no 1°, 2° e demais andares, a representação se dá somente em uma única planta. Analisada as plantas dar-se início ao projeto de acordo com as seguintes etapas: a) Previsão de Carga de Iluminação e Tomadas Potência mínima prevista na NBR 5410/2004; Locação de pontos para averiguação se será considerado pontos a mais que a previsão mínima. b) Divisão de Circuitos, dimensionamento de condutores e Proteção dos circuitos. Divisão de Circuito e Dimensionamento de Condutores: Determinada as cargas da UC, deverão ser definidos os circuitos de iluminação, tomada de uso geral e tomada de uso específico, de acordo com a avaliação da corrente de projeto (corrente calculada do circuito) e corrente do condutor mínimo a ser utilizado, conforme NBR5410/2004 Proteção dos Circuitos Determinada a corrente de projeto e o condutor a ser utilizado para o circuito, o disjuntor termomagnético (DTM), disjuntor diferencial 6 residual (DDR) ou Interruptor diferencial residual (IDR) a ser utilizado no circuito deve atender a seguinte condição: ����� ≤ ����� ≤ ����.�������� Caso seja utilizado IDR ou DDR, o uso destes podem ser de varias formas, como por exemplo: o Uso de IDR: Podem ser dimensionados IDR’s para serem instalados em série com o DTM de cada circuito a ser protegido. Neste caso a sensibilidade do IDR deve ser escolhida conforme previsto na NBR5410/2004 e sua corrente nominal deve atender a seguinte condição: ���� ≥ ����� o Uso do DDR: Podem ser duas configurações: DDR Geral: Instalado como proteção geral do quadro de disjuntores (QD) deve ter sensibilidade conforme previsto na NBR5410/2004 e sua corrente nominal deve ser igual a corrente do disjuntor geral da UC, e seu número de pólos será definido de acordo com o número de fases do disjuntor geral, ex.: Disjuntor geral = 3x70A DDR 70A, 4 pólos Disjuntor geral = 2x50A DDR 50A, 3 pólos Disjuntor geral = 1x50A DDR 50A, 2 pólos DDR por Circuito: Deve ser instalado no lugar do DTM de cada circuito e sua corrente nominal deve atender a mesma regra a ser utilizada para determinar do DTM. c) Determinação do tipo de consumidor: Definida a carga total da UC, determinar o tipo de consumidor e suas características conforme Anexo J – RIC BT 7 d) Traçado de Eletrodutos Realizar na planta do projeto unifilar o traçado de eletrodutos onde deve ser indicada as bitolas dos condutores, identificação dos circuitos e diâmetros dos eletrodutos. Neste caso, após realizado o traçado dos eletrodutos e indicação dos circuitos, devem ser inseridos as bitolas dos condutores dos circuitos, (as quais já foram definidas na etapa de dimensionamento dos condutores), e com essas informações deve ser realizado o dimensionamento dos eletrodutos, a fim de obter o diâmetro dos eletrodutos da UC. Obs: Nas instalações elétricas de uma UC os eletrodutos flexíveis embutidos em parede, piso e teto devem ser de no mínimo D=20mm e no máximo D=32mm, exceto nos casos de passagem de circuito alimentador (entre Medição e QD) o qual pode utilizar eletroduto maior. e) Balanceamento de Fases UC Determinado o número de circuitos e tipo de fornecimento de energia deve ser realizado o balanceamento de fases da UC, de forma a se obter o maior equilíbrio entre as fases. f) Layout do Quadro de Disjuntores Deve-se procurar um quadro de disjuntores com capacidade de acondicionar os DTM, IDR e DDR da UC já determinados e de preferencia, que possibilite futuras expansões. Portanto, deve-se pesquisar um fornecedor de QD e desenhar seu formato, indicando suas dimensões e também os disjuntores a serem instalados, assim como as suas ligações. Obs: atentar se o QD escolhido possui dimensões compatíveis ao local a ser instalado dentro da UC 1.2 Elementos de um Projeto Elétrico de EMUC Na elaboração das plantas de um projeto elétrico o projetista deve ter cuidado de atender alguns requisitos mínimos, tais como: 1) A planta térrea e andar tipo do Projeto Elétrico Unifilar deve conter: Legenda de simbologias com todos os símbolos usados no projeto; 8 Figura 1 – Exemplo de Legenda Notas: para descrever informações importantes do projeto Figura 2 – Exemplo de Notas 2) As plantas devem estar dentro de um formato de papel: Neste caso deve ser utilizado os formatos A4, A3, A2, A1 ou A0, sendo que o formato a ser utilizado deve ser de tamanho que possibilite a colocação da planta e as demais informações (notas e Legenda). Também deve ser preenchido o selo do formato para com as informações do projeto. 9 Figura 3 – Exemplo de um Projeto Elétrico Exemplo de preenchimento do selo 1.2.1 Elementos que devem conter nas plantas dos projetos elétrico do Térreo e Andar Projeto elétrico Unifilar das Unidades Consumidoras; Projeto do Quadro de Disjuntores das UC’s; Traçado do ramal de entrada do prédio; Tabela de balanceamento de fases das UC’s; Tabela dos condutores dos Circuitos elétricos das UC’s; Legenda de Simbologias; Notas de informações.Legenda Notas Área destinada para carimbo de aprovação 10 1.2.2 Elementos que devem conter nas plantas dos projetos elétrico denominada de planta detalhes: Painel de Medidores Vista frontal e lateral do Painel de medidores; Portas do painel; Detalhe de ligação da UC emergência Detalhes do Ramal de Entrada; Vista lateral do poste e prédio; Aterramento do Eletroduto Galvonizado; Coluna Montante; Localização do Prédio; Balanceamento de fases do prédio; Informações do Tipo de consumidor das UC’s Informações do Tipo de Entrega de Energia do Prédio; Notas informativas 2. CENTRO DE MEDIÇÃO DE EDIFICAÇÃO DE MÚLTIPLAS UNIDADES CONSUMIDORAS O centro de medição é o local onde está situada a medição de duas ou mais unidades consumidoras (UC) da edificação. O centro de medição é composto de um ou mais quadros ou painéis. 2.1 Painéis ou Quadros de medição Os painéis ou quadro de medição de edificações de múltiplas unidades consumidoras são compostos pelos seguintes elementos: a) CED - Caixa de entrada e distribuição Caixa metálica destinada a receber o ramal de entrada e as proteções (DTM e DPS), podendo ainda conter o barramento e os transformadores de corrente para medição; b) CD - Caixa de distribuição Caixa metálica destinada a interligar circuitos, podendo conter as proteções dos circuitos de interligação, o barramento e os transformadores de corrente para medição; 11 c) Circuito de interligação Circuito que interliga a CED com a CD ou ainda entre CD´s; d) CP - Caixa de proteção Caixa metálica ou plástica em PVC antichama, ou similar, destinada a garantir a inviolabilidade das ligações aos terminais de cada medidor; e) Circuito de distribuição Circuito que interliga a Caixa de Distribuição ou a Caixa de Entrada de Distribuição com as CP’s e/ou entre CP’s; f) Circuito alimentador Circuito que interliga a medição às instalações internas da unidade consumidora; g) Barra para derivação dos condutores de proteção Barra que serve para derivação dos condutores de proteção individual de cada UC; h) Medidor de Energia Elétrica Equipamento de propriedade da distribuidora de energia elétrica que serve para medir o consumo de energia de cada UC da Edificação. A Figura 4 apresenta um exemplo de um quadro ou painel de medição de uma edificação de múltiplas UC’s com os elementos que o compõe. Figura 4 - Modelo de caixa para um centro de medição. Fonte: RIC-BT 2012. 12 Figura 5 – Painel de Medidores em construção para 10 Unidades Consumidoras Figura 6 – Painel de Medidores com medidores instalados DJ Geral DPS Circuito de distribuição CP CED 13 Figura 7 – Painel de Medidores com identificação Dependendo do número de unidades consumidoras que fazem parte da edificação e também conforme o espaço disponível na área comum onde se localizará o centro de medição, os painéis de medição poderão ocupar 1, 2 ou até 3 paredes do ambiente. As Figuras 8 e 9 apresentam o exemplo de um centro de medição com painéis de agrupamento de medidores ocupando 2 paredes. Figura 8- Painel para agrupamento de medidores ocupando duas paredes 14 Figura 9 – Representação do painel de medição ocupando 2 paredes. Figura 10 – Painel de Medidores em duas Paredes As Figuras 11 e 12 apresentam um exemplo de um centro de medição com painéis de agrupamento de medidores ocupando 3 paredes. 15 Figura 11 - Painel para agrupamento de medidores ocupando três paredes. Figura 12 – Representação de um painel de medidores ocupando 3 paredes As edificações de múltiplas unidades consumidoras devem ter somente uma única entrada de energia, porém poderá haver mais de um centro de medição. Para instalação de mais de um centro de medição, o mesmo deve prever o atendimento de mais de quinze unidades consumidoras. Em cada centro deve ser previsto um número mínimo de oito unidades consumidoras. A Figura 13 apresenta um exemplo de uma edificação de múltiplas UC’s com mais de um centro de medição. 16 Figura 13- Modelo de caixas com mais de um centro de medição 2.2 Localização da medição 2.2.1 Devem estar localizadas: Em edificações de múltiplas unidades o quadro ou painel de medição deve estar localizado em área de uso comum, com acesso independente e, sempre que possível tecnicamente, o mais próximo do limite da propriedade com a via pública, ou seja, a 0,5m do alinhamento. Pode ser admitido recuo maior quando: 17 a) Houver exigência do poder público que estabeleça recuo mínimo entre a edificação e o limite da propriedade. Neste caso o ramal de entrada deve ser subterrâneo e o painel deve ser instalado imediatamente após este recuo, sob duas formas: Externamente à edificação em posição frontal, na fachada ou lateral da mesma; Internamente à edificação desde que exista espaço interno disponível para uso exclusivo dos equipamentos de medição e proteção, com porta de acesso, preferencialmente, direto à área externa da edificação e com abertura para fora. b) Houver hall de entrada ou outra área de circulação interna de livre acesso ao(s) painel(éis) de medição. Neste caso o projeto deve prever porta(s) extra(s), após o centro de medição, para restringir o acesso às dependências internas da edificação, excetuando-se os casos em que existam centros de medição em pavimentos diferentes. _____________________________________________________________________________________ Notas: 1 Quando a medição estiver localizada em área de uso comum, sujeita a trânsito e/ou manobra de veículos, a mesma deve prever restrição física, que garanta a distância regulamentar mínima para o acesso de pessoal da distribuidora, conforme Figura 14. 2 No caso de modificação da situação existente, que torne o local da medição inacessível, fica a cargo do consumidor a mudança para outro que esteja dentro das especificações deste Regulamento. Figura 14 – Painel com a barreira física. Fonte: RIC-BT 2012. 18 2.2.2 Não devem estar localizadas: a) Local de difícil acesso, com má iluminação e sem condições de segurança; b) Escadarias; c) Pavimento superior de qualquer tipo de prédio com residência única; d) Interior de vitrinas; e) Proximidades de máquinas, bombas, tanques e reservatórios; f) Local sujeito a gases corrosivos, inundações, poeira e trepidações excessivas; g) Área entre prateleiras; h) Subsolos, vagas de garagem e depósitos. 2.3 Medição de Energia Elétrica Cada unidade consumidora terá sua medição de acordo com as características de carga instalada e/ou demanda da UC. A área de uso comum, denominada de condomínio ou serviço, deve ter medição própria e ser de responsabilidade do condomínio, da administração ou um dos proprietários da edificação. 2.3.1 Tipos São determinados pelo fornecimento e pela demanda calculada, podendo ser: a) Medição direta- em unidades consumidoras atendidas a dois ou três condutores. Incluem-se ainda as atendidas a quatro condutores, com demanda igual ou inferior a 38kVA em 220/127V e 66kVA em 380/220V. b) Medição indireta – em unidades consumidoras atendidas a quatro condutores com demanda superior aos limites estabelecidos na medição direta. 2.3.2 Caixa de proteção (CP) Os modelos encontram-se na Figura 8 sendo instaladas de acordo com as seguintes indicações: 19 a) CP1 Medição individual ou agrupamento não pertencente à edificação de múltiplas unidades consumidoras, atendidas a dois condutores. b) CP2 Medição direta individual atendida a três ou quatro condutores; Medição direta em edificação de múltiplas unidades consumidoras, independente do número de condutores. c) CP4 Medição indireta. 2.3.3 Caixade entrada e distribuição (CED) Deve ser instalada de acordo com as seguintes indicações: a) Medição indireta; b) Edificações de múltiplas unidades consumidoras; c) Agrupamento não pertencente à edificação de múltiplas unidades consumidoras, com mais de quatro ligações a dois condutores e demais casos previstos no ANEXO Z – RIC-BT; A Figura 15 apresenta os modelos de CP, CD e CED. Figura 15 – Caixas de proteção, distribuição e entrada e distribuição. 20 2.4 Proteções do Centro de Medição 2.4.1 Disjuntor geral O disjuntor geral deve assegurar a proteção do ramal de entrada ou, no caso de edificação com posto de transformação interna, dos cabos que interligam o transformador ao disjuntor geral e não deve interromper o fornecimento de energia ao sistema de emergência. A corrente nominal do disjuntor geral deve ser igual ou superior à corrente solicitada pela demanda da edificação (Prédio) e não deve ultrapassara capacidade de condução de corrente dos condutores do ramal de entrada. Nos locais onde a tensão usual de fornecimento for 220/127V o disjuntor geral deve possuir capacidade de interrupção mínima de 10kA, onde a tensão usual de fornecimento for 380/220V o disjuntor geral deve possuir capacidade de interrupção mínima de 5kA, exceto para o caso de edificação com posto de transformação interno, onde o dimensionamento deve ser efetuado através do cálculo de curto circuito. Quando a alimentação for a partir do posto de transformação interno, o disjuntor geral deve estar intertravado eletricamente com a seccionadora de média tensão. Disjuntores com corrente nominal até 63A devem ser certificados pelo INMETRO. 2.4.1.1 Disjuntor Geral para um único centro de medição O disjuntor geral deve ser instalado na Caixa de Entrada e Distribuição - CED, antes do barramento, e ter Dispositivo para Desligamento à Distância (DDD), observado Nota 3 do item 1.4.1 A corrente nominal deste disjuntor deve ser definida através do calculo da demanda da edificação, a qual será apresentada no item 1.6 e consulta ao ANEXO J do RIC-BT. Este disjuntor deve ser tripolar, corrente mínima 70A na tensão de 380/220V e100A na tensão de 220/127V. 2.4.1.2 Disjuntor Geral para dois ou mais centros de medição O disjuntor geral deve ser instalado na CED, antes do barramento, e ter dispositivo para desligamento à distância. O valor mínimo deste disjuntor é definido de acordo com o item 1.4.1.1 Junto a CED deve ser instalada no mínimo uma medição, barramento independente e disjuntor parcial a montante para a(s) medição(ões) alocada(s) nessa face. Para cada circuito de interligação, devem ser instalados, em série, dois disjuntores termomagnéticos, da seguinte forma: a) O primeiro, a montante, no início do circuito, com capacidade de condução igual ou inferior a do condutor do referido circuito; 21 b) O segundo, a jusante, no final do circuito. Este pode ser dispensado, se o disjuntor a montante estiver instalado na mesma sala (espaço físico) e seja visível ao operador; c) Para o dimensionamento do disjuntor a montante, multiplica-se a corrente nominal do disjuntor a jusante pelo fator de ≥1,20. Havendo dificuldade de coordenação e seletividade, o disjuntor a jusante pode ser substituído por uma chave seccionadora tripolar, abertura sob carga (sem fusível). Derivando da CED, admite-se um ou mais circuitos de interligação, cada circuito ter derivações, e desta forma alimentar outros centros de medição. Neste caso, os condutores das derivações devem ter no mínimo a mesma seção dos condutores do circuito principal. As conexões das derivações devem ser acondicionadas em CD (preferencialmente localizadas no centro de medição), realizadas com conector tipo parafuso fendido de cobre ou bimetálico, isolados com fita de autofusão e protegidos por fita isolante. Exemplo 1 – Circuito de interligação com derivações: Exemplo 2 – Vários circuitos de interligação a partir da CED Obs.: As interligações podem utilizar a combinação dos dois exemplos acima. _____________________________________________________________________________________ Notas: 1 Os disjuntores instalados na CED ou CDs devem ter alavanca de acionamento exposta. 22 2 Os disjuntores devem ser energizados, preferencialmente, pela parte inferior, quando isto não for possível (especificação do fabricante), deve-se instalar na tampa da CED ou CD placa de acrílico com a advertência: “ATENÇÃO! Disjuntor energizado pela parte superior”. 3 A instalação do dispositivo de comando de desligamento à distância (DDD), é vedada, quando a alimentação for a partir do posto de transformação interno. Este dispositivo deve localizar-se próximo à entrada principal do prédio, em caixa com tampa de vidro, altura de 1,50m com tolerância de + 0,10m em relação ao piso acabado. No caso de sinistro, uma vez rompido o vidro e acionado o dispositivo, deve interromper o fornecimento de energia de todo o prédio, exceto o sistema de emergência quando houver (ver detalhe nas figuras 25 a 28 do RIC-BT). Este dispositivo pode ser dispensado se o disjuntor geral satisfizer, simultaneamente, as seguintes condições: - Localizar-se fora do cubículo; - Distar menos de 5 metros da entrada principal; - Localizar-se no pavimento térreo; - Inexistir abertura entre a entrada principal do prédio e o centro de medição. 2.4.2 Disjuntor de proteção dos circuitos alimentadores das UC’s O disjuntor deve ser dimensionado através da carga instalada UC ou do cálculo de demanda da UC, conforme condições estabelecidas no item 7.2 do RIC-BT sendo que o valor obtido não deve ultrapassar a capacidade de condução de corrente dos condutores do circuito alimentador da unidade consumidora. Devem ser certificado pelo INMETRO os disjuntores de corrente nominal até 63A. 2.4.3 Sistema de emergência Quando necessário, o fornecimento de energia elétrica a elevadores, bombas de recalque, circuitos de iluminação e de equipamentos destinados à detecção, prevenção e evacuação de prédios sob sinistro ou combate ao fogo, deve ser através de circuito distribuição independente e com medição própria, ligado antes da proteção geral da edificação. O sistema (CP e disjuntor) deve ser sinalizado com pintura em vermelho e conter os dizeres: 23 “SISTEMA DE EMERGÊNCIA”, na cor branca (ver Figura 16). Figura 16–Esquema elétrico para ligação do circuito de emergência. 2.4.4 Aterramento O eletrodo de aterramento pode ser do tipo cantoneira de aço zincado, haste de cobre, aço zincado ou aço revestido de cobre, comprimento 2000mm ou 2400mm. Permite-se usar outros tipos de eletrodo, desde que atenda a NBR 5410, conforme ANEXO A do RIC-BT, e liberados pela distribuidora no momento da vistoria da entrada de energia. A utilização de canalização de água, gás, etc. é vedada para aterramento do condutor neutro. O valor da resistência de aterramento não deve ser superior a 10 ohms, em qualquer época do ano. No caso de não ser atingido esse limite com eletrodo constituído de única haste, deve-se utilizar quantas forem necessárias, distanciadas dois metros, no mínimo, e interligadas através de condutor com seção mínima 16mm². 2.4.4.1 Esquema de aterramento O condutor neutro e o condutor de proteção devem ser independentes, referenciados ao mesmo eletrodo de aterramento e permitir a utilização do sistema TN-S. 2.4.5 Condutor de aterramento Deve ser de cobre, com isolamento para as tensões de 450/750V e atender as exigências da NBR 6148 e NBR 5410, tão curto e retilíneo quanto possível, sem emendas ou dispositivos que possam causar sua interrupção. 24 O condutor deve ser protegido por eletroduto de PVC rígido. Para dimensionamento do condutor e do eletroduto, consultar ANEXO J do RIC-BT. O ponto de conexão do condutor de aterramento ao eletrodo,com conector adequado conforme NBR 5410, deve estar acessível por ocasião da vistoria da entrada de energia, podendo o eletrodo distar até 5m da medição, se houver dificuldades para a cravação (cavidade de inspeção). O eletroduto do condutor de aterramento deve ser fixado a cada metro e ter sua extremidade superior (dentro da CED, CD, CPO ou CP) vedada com massa de calafetar, silicone, espuma de poliuretano expansível. 2.4.6 Condutor neutro O condutor neutro deve ter de seção igual a dos condutores fase, ser contínuo e isento de dispositivo capaz de causar sua interrupção. O condutor neutro da entrada de energia deve ser aterrado num único eletrodo, partindo da caixa de entrada e distribuição (CED) ou caixa de distribuição (CD) (ver figuras 25 a 28 RIC-BT). 2.4.7 Condutor de proteção O condutor deve ser ligado diretamente no eletrodo de aterramento, independente do condutor neutro e disponibilizá-lo na caixa ou painel de medição, exceto nas edificações de múltiplas unidades consumidoras, onde pode ficar fora do painel, desde que indicado no projeto, devidamente identificado pela cor verde-amarelo ou verde, classe de encordoamento 1 ou 2, conforme tabelas da NBR NM280 (ver ANEXO V e W RIC-BT) e protegido mecanicamente por eletroduto em toda extensão. Para seção superior a 10mm² exige-se cabo com seção: a) Condutor neutro 6 a 10mm² - seção mínima igual ao neutro; b) Condutor neutro 16 a 35mm²- condutor mínimo 16mm²; c) Condutor neutro acima de 35mm² - seção mínima 50% do neutro. 25 Recomenda-se utilizar condutor de proteção para equipotencialização, conforme estabelece a NBR 5410, objetivando evitar tensões de contato, perigosas em faltas fase-massa, internas ou externas à edificação. 2.4.8 Barra de proteção A barra de proteção deve ser instalada junto à caixa de medição, quadro ou painel de medidores, exceto nas edificações de múltiplas unidades consumidoras, onde pode ficar fora do painel, desde que indicado no projeto. Nas unidades consumidoras deve-se, dimensionar os condutores de proteção conforme a NBR 5410 e conectá-los individualmente na barra. Figura 17–Barramento para Condutores de Proteção 2.4.9 Proteção contra sobretensões transitórias (DPS) A instalação da unidade consumidora deve ser provida com dispositivo de proteção contra sobretensões transitórias, conforme estabelece a NBR 5410. A NBR 5410 admite que a instalação consumidora não disponha da proteção contra sobretensões, desde que as consequências dessa omissão, do ponto de vista estritamente material, constituem risco calculado e assumido por parte do responsável pela unidade consumidora. Barra de Proteção 26 No caso das edificações de múltiplas unidades consumidoras deve ser prevista a instalação de DPS no CED do centro de medição o qual recebe o ramal de entrada da edificação. Este deve ser instalado em paralelo com o disjuntor geral e nos bornes superiores e os inferiores devem ser ligados ao condutor de aterramento do painel ou quadro de medição. Figura 18–Possibilidades de Ligação dos DPS – NBR5410 ____________________________________________________________________________________ Nota: A NBR 5410 estabelece que em nenhuma hipótese a proteção possa ser dispensada, se essas conseqüências puderem resultar em risco direto ou indireto a segurança e a saúde das pessoas. 27 2.5 Método de cálculo do circuito de distribuição 2.5.1 Dimensionamento do circuito de distribuição residencial A demanda do circuito de distribuição residencial é o somatório das demandas das unidades consumidoras deste circuito. No somatório das demandas individuais admite- se a aplicação dos seguintes fatores de redução: a)Com duas ou três CPs: 0,75; b)Com quatro CPs: 0,70; c)Com cinco CPs: 0,65. Os condutores dos circuitos de distribuição devem ter seção mínima de 25mm² em 220/127V e 16mm² em 380/220V e seção máxima de 50mm². Exemplos de Dimensionamento de Circuitos de Distribuição Circuito de Distribuição formado por UC’s Trifásicas Neste exemplo vamos considerar que o circuito de distribuição seja formado por 03 UC’s trifásica de um EMUC atendido em BT 380V/220V, tal como segue: UC 104: Trifásica, Carga Instalada 32kVA – Demanda 18kW UC 201: Trifásica, Carga Instalada 30kVA – Demanda 16kW UC 202: Trifásica, Carga Instalada 25,5kVA – Demanda 12kW Logo: ����.����. = �� ���� � �� ����.����. = (18�� + 16�� + 12��) � 0,75 = 34,5�� 28 ����.����. = ����.����. √3 � �� ����.����. = 34,5�� √3 � 380� = 52,48� Onde: ����.����. = Demanda do circuito de distribuição; ��� = Demanda de cada UC; �� = Fator de Redução; �� = Tensão de Linha; ����.����. = Corrente do Circuito de Distribuição. Considerando método de instalação B1, 03 condutores carregados na tabela do condutor isolação PVC 70° = Usar condutor 16mm2 Circuito de Distribuição formado por UC’s Monofásica, Bifásica e Trifásica Consideramos neste caso o mesmo circuito de distribuição do exemplo anterior, porém agora com uma UC monofásica, outra bifásica e outra trifásica, conforme segue: UC 104: Monofásica, Carga Instalada 9kVA UC 201: Bifásica, Carga Instalada 13kVA – (Fase A =7kVA; Fase B= 6kVA) UC 202: Trifásica, Carga Instalada 25,5kVA – (Fase A =7,5kVA; Fase B= 8kVA; Fase C = 10kVA) Neste caso, devemos considerar o balanceamento de fases do prédio para averiguar qual será a fase mais carregada do circuito de distribuição, e a partir desta fase, determinar qual o condutor a ser utilizado no circuito de distribuição. 29 Balanceamento de Fases do Prédio UC Fase A Fase B Fase C 102 xxxx xxxx 103 xxxxx Xxxxx 104 9kVA 201 7kVA 6kVA 202 7,5kVA 8kVA 10kVA 203 xxxx xxxxx Xxxxx Balanceamento de Fases do Circuito der Distribuição 104 9kVA 201 7kVA 6kVA 202 7,5kVA 8kVA 10kVA Total 16,5kVA 15kVA 16kVA Com o balanceamento podemos verificar que a fase A será a mais carregada, logo devemos determinar o condutor do circuito de distribuição pela a carga da Fase A. Portanto; ����.����. = �� �����.� � �� ����.����. = (9��� + 7,5���) � 0,75 = 12,38��� ����.����. = ����.����. �� ����.����. = 12,38�� 220� = 56,27� Onde: ����.����. = Demanda do circuito de distribuição; �����. = Carga Instalada de UC na fase mais carregada; �� = Fator de Redução; 30 �� = Tensão de fase; ����.����. = Corrente do Circuito de Distribuição. Considerando método de instalação B1, 03 condutores carregados na tabela do condutor isolação PVC 70° = condutor 16mm2 - Usar condutor 16mm2 (condutor mínimo RIC-BT) 2.5.2 Dimensionamento do circuito de distribuição comercial e misto (residencial e comercial) A demanda do circuito de distribuição comercial é o somatório das demandas das unidades consumidoras deste circuito. Para dimensionamento do circuito de distribuição misto a demanda do circuito de distribuição misto é o somatório das demandas residenciais e comerciais 2.6 Condições de Fornecimento. Para o atendimento de prédios de múltiplas unidades consumidoras residenciais e/ou mistos com demanda total superior a 115kVA calculada, deve ser prevista uma área do condomínio para o(s) posto(s) de transformação de uso exclusivo, conforme RIC de MT – Regulamento de Instalações Consumidoras em Média Tensão. Este será encampada pela distribuidora local. 2.7 Método do cálculo da demanda da Edificação de múltiplas unidades consumidoras e determinação do disjuntor geralpara o(s) centro(s) de medição 2.7.1 Edificação de Múltiplas UC’s Residenciais Para o cálculo da demanda total e dimensionamento da entrada de serviço, deve-se: a) Considerar a demanda de cada unidade consumidora em função da área, conforme ANEXO T – RIC BT. No caso de unidades consumidoras com áreas diferentes, utilizar a média aritmética das mesmas; 31 b) Considerar o Fator de Diversidade, em função do número de unidades consumidoras da edificação conforme ANEXO U- RIC BT; c) Multiplicar os valores obtidos nas alíneas “a” e "b" por 1,2 (fator de crescimento vegetativo), para aumento de cargas futuras; d) Adicionar, ao valor do produto obtido na alínea “c“ a demanda de serviço do condomínio e a demanda da emergência (caso a edificação possua esta UC), calculada conforme item 7.2.1. Sendo assim o calculo da demanda da edificação é dada pela seguinte equação: ��������çã� = ������ � 1,2 + �����. (kVA) Onde: Daptos = (A x B) A = Demanda dos apartamentos em função da área construída (Anexo T – RIC BT) B = Fator de diversidade em função do número de apartamentos (Anexo U– RIC BT) Dcond. = Dserviço + Demergência Dserviço =Demanda ou Carga Instalada do Serviço (condomínio); Demergência = Demanda ou Carga Instalada da Emergência; Exemplo: (ANEXO S – RIC BT) Para resolução de um exemplo, vamos considerar uma edificação com os seguintes dados: Prédio com 24 apartamentos. Atendidos na tensão de 220/127V. Área construída por apartamento 74m2 Área construída destinada ao serviço (condomínio) 140m2 a) Carga instalada por unidade consumidora (apartamento): Iluminação e tomadas = 3.400W; 2 chuveiros de 5.000W = 10.000W; 1condicionador de ar de 7.100 BTU/h = 1.100W Conforme ANEXO C, considerado FP=1 Carga instalada total de cada apartamento = 14.500W 32 Como 14.5kW<15kW, não é necessário calcular a demanda. b) Carga instalada de serviço (condomínio): Iluminação e tomadas = 3.400W 2 elevadores 10cv = 18.400W Considerado rendimento de 80%; 2 bombas de 5cv (sendo 1 reserva) = 4.600W Considerado rendimento de 80% Carga instalada total do serviço (condomínio) = 26.400W Como 26,4>15kW, deve ser calculada a demanda. Demanda calculada = Dserviço = 21,96kVA c) Carga instalada total do prédio: 24 Apto. x 14.5KW = 348kW Serviço = 26.4KW; Carga instalada total da edificação = 374.4kW d) Calculo de Demanda do Edificação Demanda do conjunto de unidades consumidoras (conforme item 7.2.4.1) • 24 Apto. =>fator de diversidade = 19,86, conforme ANEXO U • Área da unidade consumidora: 74m² =>demanda 1,76kVA, conforme ANEXO T Daptos = (A x B) D = 1,76 x 19,86 D = 34,95kVA Demanda da Edificação ��������çã� = ������ � 1,2 + �����. Dedificação = (34,95x1,2) + 21,96 D = 63,90kVA 33 Calculado o valor da demanda da edificação deve-se consultar o ANEXO J – RIC BT para obter o disjuntor geral assim como as demais informações do padrão da entrada de serviço da edificação. Figura 19 – Entrada de serviço para centro de medição - ANEXO J RIC-BT Nota: Na utilização deste critério, deve ser observada a seletividade da proteção. 2.7.2 Edificação de Múltiplas UC’s Comerciais Para o cálculo da demanda total e dimensionamento da entrada de serviço, deve-se somar a demanda do serviço com a demanda do conjunto das unidades consumidoras, calculadas conforme item 7.2.1 do RIC-BT. Sendo assim o calculo da demanda da edificação é dada pela seguinte equação: ��������çã� = ∑ ����.�����. + �����. (kVA) Exemplo (consultar ANEXO S RIC-BT) 34 2.7.3 Edificação de Múltiplas UC’s Misto (Residencial e Comercial) Para o cálculo da demanda e dimensionamento da entrada de serviço, deve-se somar a demanda residencial com a comercial. Exemplo (consultar ANEXO S RIC-BT) 2.8 Instruções para montagem a) Os condutores do circuito de distribuição devem ser conectados ao barramento de forma individual, com conectores apropriados; b) Para instalação do disjuntor geral, observar o item 1.4; c) O afastamento mínimo de 60mm deve ser observado entre barras e entre barras e laterais da CED. 2.9 Aspectos construtivos para montagem de quadro ou painéis de medidores a) Os condutores dos circuitos de distribuição, devem ter a classe de encordoamento 2 (cabo) e seção mínima de 16mm² em 380/220V e 25mm² para 220/127V; b) Os condutores destinados a ligação dos medidores, devem ter a classe de encordoamento 2 (cabo) e seção mínima de 10mm²; c) Os condutores destinados a ligação dos medidores devem ter seção máxima de 35mm², comprimento mínimo de 30cm e extremidades isoladas. A conexão destes ao circuito de distribuição deve ser realizada com conector tipo parafuso fendido, de cobre ou cobreado, isolados com fita de auto fusão e protegidos por fita isolante. Os condutores com seção de 10mm² devem ser espiralados (enrolados) aos condutores de distribuição antes da utilização do conector; d) Os condutores que compõem o circuito de distribuição, e as derivações para a ligação do medidor, devem ser identificados nas mesmas cores utilizadas no ramal de entrada; e) Os condutores do circuito alimentador devem ser identificados após a curva de saída da caixa de proteção (CP), antes do disjuntor geral; f) O circuito de distribuição e as derivações para ligação do medidor devem ser a quatro condutores, independentemente do tipo de fornecimento projetado excetuando-se os agrupamentos do ANEXO Z do RIC-BT; g) Cada circuito de distribuição deve atender, no máximo, cinco unidades consumidoras residenciais ou quatro comerciais e mistos. O diâmetro mínimo do eletroduto de PVC 35 deve ser 32mm e o diâmetro máximo 40mm. A seção dos condutores deve ser no máximo 50mm²; h) A CP do serviço deve ser identificada com o número da edificação. Cada unidade consumidora deve ter identificação na tampa da respectiva caixa de proteção (CP), com seu número pintado em cor contrastante com a mesma. Aptos, lojas e salas não podem ter numeração repetida nem ser identificadas com letras ou outros códigos (ver figura 25 RIC BT) e nas CPs galvanizadas a identificação deve ser com chapas rebitadas; i) Quando houver mais de um centro de medição, deve ser indicada na tampa da CED, junto ao disjuntor correspondente, a localização (andar, bloco, etc.) dos demais centros; j) No quadro ou painel de medição deve ser instalado no mínimo um ponto de iluminação. Quando superior a 3m deve ser instalado 2 pontos de iluminação. Em painéis com mais de uma face deve-se adotar no mínimo 1 ponto de iluminação por face. O interruptor deve localizar-se junto ao quadro ou painel, energizado através da medição do serviço, para facilitar a leitura e serviços internos; k) As portas devem possuir venezianas, sem visores, dotadas de fechadura ou cadeado padrão das distribuidoras. Podem ser corrediças ou com dobradiças de forma a permitir o livre acesso a todos os componentes (CED, CDs e CPs). As portas com dobradiças devem ter largura máxima de 0,80m.Painéis sujeitos a intempérie não devem utilizar portas corrediças. Quando o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios - PPCI da edificação determinar a instalação de portas tipo corta-fogo, a exigência de venezianas pode ser dispensada mediante adoção de outra forma de ventilação e consulta à distribuidora local; l) O fundo do quadro ou painel deve ter espessura mínima de 2cm,ser envernizado ou pintado com tinta a óleo na cor cinza e constituído dos seguintes materiais: - Compensado resinado; - Painel de tiras orientadas - ”OSB” - pinos reflorestados; - Madeira de cerne, macho e fêmea, lisa, largura entre 5 e 15cm. m) O espaço mínimo para montagem de caixas e painéis deve ser de 40x60cm para instalaçãode CP2, 70x60cm para CP4,40x60cm para CD, 50x60cm para CED/CD-1 e 70x120cm para CED/CD-2; n) A junção entre os eletroduto e a caixa (CED - CD - CP) deve ser executada por meio de bucha de proteção e arruela (ver detalhe da Figura 10); 36 Figura 20 – Detalhe da conexão da caixa de proteção. o) Em painéis com mais de uma face, a distância mínima entre as dobras e as CPs deve ser 20cm. Quando utilizadas CEDs ou CDs, a distância mínima na face adjacente deve ser igual à profundidade destas. p) Em painéis fixados em paredes deve ser previsto distância mínima de 50cm entre seu perímetro tubulação estranha a instalação; q) Em painéis de medidores não abrigados deve-se prever uma pingadeira, com avanço frontal mínimo de 10cm, observando–se os códigos de postura dos Municípios; r) Os centros de medição devem possuir espaço livre frontal de 1,20m. Nos centros de medição com mais de uma face deve ser previsto espaço livre mínimo de 1,20m entre as faces; s) Os centros de medição tipo “armário” localizados em garagens e/ou estacionamento de veículos devem possuir espaço livre frontal de 1,20m com barreira de proteção neste limite.a) as CED´s. 3. RAMAL DE ENTRADA A entrada de energia de um EMUC poderá ser através de um ramal de ligação aéreo (responsabilidade da distribuidora) e ramal de entrada (responsabilidade do cliente) ou pode ser totalmente subterrânea, seja por imposição do resultado do tipo de entrada indicado no Anexo J, ou por solicitação do cliente. Por definição o ramal de entrada é: Conjunto de condutores e acessórios instalados pelo consumidor entre o ponto de entrega e a medição. No caso de centro(s) de medição, até a proteção geral do painel de medidores. 37 Quando utilizarmos o Ramal de Entrada totalmente Subterrâneo, após o resultado obtido no Anexo J referente a qual o condutor que deve ser adotado, assim como qual o eletroduto, devemos observar o que está disposto no item 8.2 do RIC de BT da CEEE-D que trata sobre quais são os condutores, eletrodutos e condições para projetar e construir o ramal de entrada subterrâneo. 3.1 Ramal de Entrada Subterrâneo O ramal de entrada subterrâneo é obrigatório para atendimento de entrada de energia com demanda superior a 57kVA em 220/127V e 99kVA em 380/220V e facultativo para limites inferiores. 3.1.1 Condições gerais: a) Para ligação do ramal, no poste da rede indicado pela distribuidora, observar: b) As posturas municipais; c) A travessia de via interna de condomínio deve ser perpendicular ao meio-fio; d) Vedação à passagem sob terreno de terceiros; e) A instalação de um único circuito de condutores por eletroduto; f) A extremidade dos cabos multipolares, junto à conexão com a rede secundária, deve ser dotada de terminal adequado (copo de bloqueio); g) As extremidades dos eletrodutos, entre caixas de passagem, devem ser vedadas com massa de calafetar, silicone ou espuma de poliuretano expansível; h) O raio de curvatura dos cabos, nas deflexões, deve ser conforme recomendação do fabricante; i) Nas entradas com centro(s) de medição, as caixas de passagem e eletrodutos, devem localizar-se em áreas de uso comum, sem obstáculos como estacionamento permanente de veículo, box, etc. Nota: Para execução de obras no passeio público, a obtenção da autorização do Poder Municipal e a manutenção das características originais são responsabilidades do consumidor 38 3.1.2 Condutores do ramal de entrada Observar as seguintes condições: a) Para dimensionamento de entrada individual e edificação de múltiplas unidades consumidoras consultar ANEXO J e para agrupamento não pertencente à edificação de múltiplas unidades, consultar ANEXO Z; b) Os condutores devem ser de cobre, isolamento em EPR, XLPE ou PVC, dotados de cobertura de PVC de acordo com as NBR 7286, NBR 7287 ou NBR 7288, respectivamente, ou XLPE sem cobertura de acordo com a NBR 7285, 0,6/1kV, classe de encordoamento 2 conforme tabelas da NBR NM 280(ver ANEXO V e W). O circuito pode ser com dois, três ou quatro condutores unipolares, porém quando utilizado cabo multipolar, deve ser com quatro condutores; c) Os condutores devem ser identificados. Na identificação por cor, o Neutro deve ser azul-claro, o Proteção verde ou verde-amarelo e as Fases de cores distintas. Para utilização de condutores com mesma cor, são vedadas as cores azul-claro, verde ou verde-amarelo e deve-se empregar outra forma para identificação (anilha, fita isolante colorida, etc.); d) Na primeira e na última caixa de passagem do ramal, deve-se reservar uma volta de condutor, obedecendo ao raio de curvatura mínimo especificado pelo fabricante; e) Para a fixação de cabos deve-se utilizar cinta, abraçadeira ou fita metálica, respeitando a distância mínima de 1,25 m do neutro da rede de distribuição. 3.1.3 Eletrodutos a) Os eletrodutos devem ter diâmetro nominal mínimo de 50mm; b) Junto ao poste o eletroduto deve ser rígido de aço carbono, galvanizado a fogo, classe “média”, “pesada”, ou “extra”, devidamente aterrado. Para o 39 aterramento deve ser utilizado conector bimetálico e sua fixação com o mesmo material do eletroduto. (ver figura 15 – RIC BT); Figura 15-A – RIC BT 40 c) Em regiões com acentuado índice de corrosão (litorâneas ou carboníferas), os eletrodutos devem ser de material aluminizado tipo pesado; d) Os cabos multipolares e unipolares devem ser protegidos, respectivamente, até a altura mínima de 2,70m e 5,70m do solo; e) No passeio público o eletroduto deve ser de aço galvanizado a fogo, tipo pesado, PVC flexível, rígido rosqueável ou soldável, instalado a uma profundidade mínima de 0,30m; f) Nas travessias de pistas de rolamento (somente em vias internas de condomínios) e entradas de veículos pesados, o eletroduto deve ser de aço galvanizado a fogo. Podem ser usados eletrodutos de PVC flexível ou rígido (rosqueável ou soldável), protegidos por envelope de concreto. Nestes casos deve-se observar a profundidade mínima de 0,60m (ver figura 15); g) Em instalações aparentes, os cabos devem ser protegidos ao longo de paredes e/ou teto por meio de eletroduto rígido de aço-carbono, esmaltado ou galvanizado, espessura de parede classe "média", "pesada" ou "extra” com acabamento nas extremidades. Nos pavimentos em que os eletrodutos forem instalados paralelos as vigas, apoiados e protegidos pelas mesmas, pode se utilizar eletroduto de PVC rígido. Notas: 1 O eletroduto junto ao poste deve ser identificado com o número do prédio a ser ligado, utilizando material não corrosivo, fixado na extremidade superior do mesmo. 2 O eletroduto junto ao poste deve ter na extremidade superior bucha rosqueável para acabamento. 3 No passeio público e nas travessias de pista de rolamento (somente em vias internas de condomínios), os eletrodutos devem ser sinalizados com uma fita indicativa de "condutor de energia elétrica", respectivamente, a 0,15m e a 0,30m acima do eletroduto, em toda a sua extensão, conforme NBR 5410. 4 Entre caixas de passagem, o trecho máximo de eletrodutos deve ser 30m. Em deflexão deve se prever caixa de passagem. 41 3.1.4 Caixas de passagem Observar as seguintes condições: a) As caixas devem ser construídas em alvenaria com revestimentos de argamassa, ou em concreto e possuir drenagem (ver figura 32 – RIC BT); b) As caixas devem ter dimensões mínimas conforme o raio de curvatura permissível dos cabos e necessidades dos trabalhos de enfiação, nunca inferiores a 0,50x0,50x0,60m; c) A primeira caixa do ramal deve distar a 0,30m do poste de derivação da distribuidora. Nas deflexões dos eletrodutos deve-se observar o ângulo de 90º com as caixas; d) Na instalação de cabos unipolares, a caixa situada na propriedade do consumidordeve possuir tampa de concreto e dispositivo para lacre (ver figura 32 RIC BT); e) As caixas devem ser inspecionadas pela distribuidora antes de fechadas. Notas 1 A caixa de inspeção junto ao painel de medidores pode ser substituída por curva de raio longo, observando-se o diâmetro mínimo do eletroduto, conforme NBR 5410. 2 A distância máxima da última caixa de passagem à curva de raio longo junto ao painel deve distar no máximo 10 metros. 3 As caixas de passagem, utilizadas em travessias de pistas de rolamento (somente em vias internas de condomínio), devem ter dimensões internas compatíveis com a profundidade mínima de 0,60m, considerando a instalação do eletroduto. 4 O compartilhamento da caixa de passagem em via pública é permitido em tensão secundária de distribuição, quando oferecer condições técnicas e de segurança, bem como, carta de autorização do proprietário, da caixa, anexo ao projeto (ver figura 4). 42 3.2 Cálculo da Queda de Tensão Para liberação de centro de medição é necessário apresentar o cálculo de queda de tensão desde o ponto de derivação até o disjuntor geral, quando a distância for superior a 20 (vinte) metros. O limite de queda de tensão deve obedecer à NBR 5410 e os critérios abaixo: a) 2% para centro de medição alimentado diretamente por um ramal de baixa tensão, desde a rede de distribuição secundária da distribuidora até o disjuntor geral; b) 2% para centro de medição alimentado por subestação de transformação ou transformador, desde a derivação secundária destes, até o disjuntor geral do painel de medidor. c) 2% para mais de um centro de medição, a partir da derivação da rede de distribuição ou secundário do transformador até o disjuntor geral de cada centro. Para cálculo de queda de tensão em circuito trifásico com carga concentrada no centro de medição admite-se utilizar a seguinte fórmula: Os valores de resistências elétricas e reatâncias indutivas indicados na tabela a seguir são valores médios e destinam-se a cálculos aproximados de circuitos elétricos, utilizando-se a seguinte fórmula: Z= Rcosφ + Xsenφ Ou � = √�� + �� � Z=impedância do condutor em (ohms) R= resistência do condutor em ohm/km (ver tabela) X= reatância do condutor em o/km (ver tabela) Φ= ângulo de fase Nota: No caso de utilização de cabos em paralelo nos circuitos de interligação, a impedância deve ser dividida pelos números de circuitos. 43 Resistência Elétrica e Reatância Indutiva de Fios e Cabos Isolados em PVC, EPR e XLPE em Condutos Fechados (Valores em ohm/km) (A) Resistência elétrica em corrente contínua calculada a 70 ºC no condutor; (B)Válido para condutores isolados, cabos unipolares e multipolares instalados em condutos fechados não magnéticos; (C) Resistência elétrica em corrente alternada (60Hz) a temperatura de 20°C; (D) Reatância indutiva. 44 4. COLUNA MONTANTE DE INSTALAÇÕES PREDIAIS 4.1 Definição A coluna montante é o conjunto de eletrodutos principais de uma edificação de multiplas unidades consumidoras da qual derivam as ligações individuais para cada andar, ou seja, é o conjunto de eletrodutos destinados a alojar os circuitos alimentadores, de cada unidade consumidora (UC) da edificação predial, desde o centro de medição até o seus respectivos quadros de distribuição. Cada UC deve possuir um eletroduto específico na coluna montante. apresenta uma caixa de passagem de uma coluna montante. Figura 21 – Coluna Montante de uma Instalação Elétrica Predial 4.2 Localização A coluna montante das instalações elétricas prediais partem do centro de medição (face superior e/ou fundo) localizado no andar térreo da edificação, projetando-se de forma vertical, para possibilitar a interligação do centro de medição principal à caixas de passagens localizados em cada andar e/ou outros centros de medição que possam existir nos demais andares da edificação. 45 Obs: Deve-se evitar a utilização das paredes ocupadas pela coluna montante para outros fins, como por exemplo, instalação de pontos de iluminação e tomadas, assim como a fixação na parede de móveis e/ou elementos de decoração. 4.3 Dimensionamento 4.3.1 Determinação do diâmetro nominal dos Eletrodutos Para dimensionar a coluna montante de uma edificação de multiplas unidades consumidoras devemos obter previamente as seguintes informações: Número de andares da EMUC; Número de centros de medição que possuirá a EMUC; Número de unidades consumidoras por andar da EMUC; Tipo de fornecimento de cada unidade consumidora (ANEXO J RIC-BT); De posse destas informações é possivel dimensionar a coluna montante, ou seja, dimensionar os eletrodutos da coluna. Para a determinar o diâmetro dos eletrodutos deve-se realizar o cálculo da máxima porcentagem de área útil do eletroduto ocupada pelos condutores: 53% no caso de um condutor; 31 % no caso de dois condutores; 40 % para três ou mais condutores. Figura 22 - Ocupação dos eletrodutos por condutores Para realizar o cálculo do percentual máximo de ocupação dos eletrodutos é necessário definirmos quais serão os condutores do circuito alimentador de cada UC (Circuito que interliga a medição às instalações internas da unidade consumidora). 46 Para tanto, considera-se que os condutores do circuito alimentador devem possuir as mesmas bitolas dos condutores do ramal de entrada, proteção e aterramento apresentados no Anexo J do RIC-BT conforme a classificação do tipo de fornecimento de cada UC. A Figura 14 apresenta os valores a serem considerados para as bitolas dos condutores do circuito alimentador de uma UC com carga instalada entre 15kW e 75kW com demanda calculada entre 15kW e 19kW classificado como TIPO C3. Figura 23 – Entrada de Serviço Individual ANEXO J RIC-BT Definida as bitolas dos condutores do circuito alimentador deve-se determinar a área total de ocupação dos condutores em função do número de condutores e tipo de isolação. A tabela 1 apresenta a seção ou área total em mm2 dos condutores de acordo com a bitola e tipo de isolação. Tabela 1 – Área total ocupada por condutor 47 De posse dos valores da área ocupada por cada condutor, deve-se somar o valor da ocupação de todos os condutores pertencente ao circuito alimentador da UC de forma obter a área total de ocupação deste circuito. Com o número de condutores do circuito alimentador e a área total de ocupação dos condutores deste circuito deve-se consultar na tabela.... abaixo qual o eletroduto a ser utilizado para proteger o circuito alimentador da UC desde o centro de medição até o quadro de distribuição da UC. A tabela 2 apresenta a especificação do diâmetro do eletroduto em função da área útil e número de condutores. Tabela 2 – Diâmetro nominal do eletroduto em função da área útil e número de condutores Caso o circuito alimentador seja formado por condutores de bitolas iguais pode-se utilizar a tabela 3 para determinar o diâmetro nominal do eletroduto. Tabela 3 – Diâmetro nominal do eletroduto para circuitos formados por condutores de bitolas iguais 48 4.3.2 Características construtivas da coluna montante Os eletrodutos da coluna montante devem ser de PVC rígido, classe A ou B, tipo rosqueável, de acordo com NBR 15465 ou de aço-carbono conforme as NBR 5597 e NBR 5598 (tipo pesado) e NBR 5624 (tipo leve). Em regiões com acentuado índice de corrosão (carboníferas ou litorâneas), os eletrodutos devem ser de PVC rígido. As junções entre os eletrodutos e as caixas de medição, de passagem e quadro de distribuição devem ser executadas por meio de buchas de proteção e arruelas. Quando sujeitos a intempérie, devem ser vedadas com massa de calafetar, silicone ou espuma de poliuretano expansível. As caixasde passagem podem ser do tipo embutida ou sobrepor e devem dimensionadas em função do número de eletrodutos ligados a ela. Figura 24 Dimensões da caixa de passagem para coluna montante (mm2). Fonte: http://www.tigre.com.br/pt/ As caixas de passagem devem possuir tampa (fixação por parafusos ou dispositivos para lacre) que permitam a isolação dos circuitos com o meio externo a fim de evitar a violação destes. As figuras 20, 21 e 22 apresentam modelos de caixas de passagem da coluna montante. Figura 25 Caixa de passagem de sobrepor Fonte: Cemar Figura 26Caixa de passagem de embutir Fonte: Cemar 49 Obs: As caixas de passagem intermediárias (entre a caixa de passagem da coluna montante e o quadro de distribuição da UC) podem ser do tipo 4x4 ou 4x2. 4.4 Representação gráfica da coluna montante A representação gráfica da coluna montante serve para auxiliar o profissional de como deve ser executada a coluna. Sua representação pode ser realizada em planta específica ou na planta detalhes (planta que possui diversos detalhamentos da instalação elétricada edificação). A representação gráfica da coluna montante deve apresentar no mínimo as seguintes informações: Divisão dos andares; Centros de medição; Caixas de passagem; Diâmetros dos eletrodutos; Indicação das UC’s; Bitolas dos condutores dos circuitos de interligação entre os centros de medição(se houver); Representação dos condutores dos circuitos alimentadores. Figura 27 - Caixa de passagem (tampa tipo favo de mel) Fonte: Cemar 50 Obs: pode-se utilizar a representação da coluna montante para apresentar como irá projetar- se os demais circuitos do condomínio, tais como: iluminação dos andares, tomadas, comandos da bomba de recalque e circuito do elelador entre outros. A figura 23 apresenta um exemplo de representação gráfica da coluna montante de uma edificação de multiplas unidades consumidoras. Figura 28 - Exemplo de representação gráfica da coluna montante de uma edificação de múltiplas UC’s 51 5. Documentação para submissão do Painel de Medidores para análise da Distribuidora de Energia Atualmente a CEEE, RGE e RGE sul utilizam em conjunto o Regulamento de Instalações Consumidoras de Baixa Tensão (RIC-BT) o qual apresenta os requisitos para projeto e construção dos painéis de medidores para EMUC. Para que seja liberado o painel de medidores dos EMUC’s atendidos por estas distribuidoras o responsável técnico deve apresentar os seguintes requisitos, conforme nota emitida pelas distribuidoras: O interessado deverá encaminhar a solicitação de liberação de carga com antecedência mínima de 150 dias da data prevista para ligação e apresentar os seguintes documentos/ informações: - Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, ou Registro de Responsabilidade Técnica - RRT, de execução do painel de medidores, juntamente com o comprovante de pagamento, em uma via; - solicitação de liberação de carga para painel de medidores, anexo 1 ou 2, em duas vias; - plantas de situação e localização, com o percurso do ramal de entrada, a localização do painel de medidores e a sugestão do poste para conexão com a rede CEEE-D ( o qual será confirmado pela concessionária após o estudo de liberação de carga), em duas vias; - declaração de cargas especiais, quando for o caso, em uma via; e - caso seja previsto a utilização de Gerador de energia na instalação, deve ser descrito o regime de operação - se em rampa, seguir os procedimentos da NTD-00.024/08 da CEEE-D e, se não operar em rampa, apresentar diagrama unifilar. Lembramos que a execução da entrada de energia deve ser de acordo com as prescrições do RIC-BT e demais normas pertinentes ao assunto. 52 Anexo 1 DATA 23/11/2015 (53)8415-2515 Email engenhariawsb@gmail.com Aplicação Demanda(kVA) Demanda(kVA) Iluminação/Tomadas 9,7 - Ap. de Aquecimento - 4,6 Quantidade Potência (CV) Tipo de Partida 127/220 150A 47,2 CARGA INSTALADA TOTAL (kW) ENTRADA AÉREA OU SUBTERRÂNEA? TENSÃO DE FORNECIMENTO (V) DISJUNTOR GERAL DEMANDA TOTAL DO AGRUPAMENTO (kVA) Determinada conforme RIC BT 265,1 Subterrânea Aplicação IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTOR Nome Telefone Email Eng. Douglas Roschildt Hax (53)8418-4666 (53) 81542325 engenhariawsb@gmail.com DEMANDA DO SERVIÇO Aplicação Ar Condicionado Motores Elétricos RELAÇÃO DE MOTORES COM POTÊNCIA IGUAL OU SUPERIOR A 5 CV IDENTIFICAÇÃO DO CONTRATANTE CONSTRUTORA, INCORPORADORA E ADMINISTRADORA CLAUDIO-LARES LTDA 15.563.098/0001-62 Rua Sindicalista Elo Wyse Rodrigues 727 Cláudio Reyes Rua cinco, 181 Colina Verde / Pelotas CEP 96090-572 Proprietário CPF / CNPJ Endereço da Obra Contato Telefone Endereço p/ correspondência 53 Anexo 2 201 13,2 - Residencial 54 202 13,2 - Residencial 54 203 13,2 - Residencial 54 204 13,2 - Residencial 54 205 13,2 - Residencial 54 206 13,2 - Residencial 54 301 13,2 - Residencial 54 302 13,2 - Residencial 54 303 13,2 - Residencial 54 304 13,2 - Residencial 54 305 13,2 - Residencial 54 306 13,2 - Residencial 54 401 13,2 - Residencial 54 402 13,2 - Residencial 54 403 13,2 - Residencial 54 404 13,2 - Residencial 54 405 13,2 - Residencial 54 406 13,2 - Residencial 54 501 13,2 - Residencial 32 serviço/ n°727 14,3 - Condomínio 135 RELAÇÃO DE TODAS AS UNIDADES CONSUMIDORAS PERTENCENTES AO AGRUPAMENTO Unidade Consumidora Carga Instalada (kW) Carga Demandada (kVA) Atividade Área do Apartam ento (m²) 54 BIBLIOGRAFIA ABNT - NBR 5410 Norma Brasileira Regulamentadora de Instalações Elétricas de Baixa Tensão, 2004; ABNT - NBR 5598 Eletroduto de aço-carbono e acessórios, com revestimento protetor e rosca BSP - Requisitos; ABNT - NBR 6414 - Rosca para tubos onde a vedação e feita pela rosca - Designação, dimensões e tolerâncias; ABNT - NBR 5624 Eletroduto rígido de aço-carbono, com costura, com revestimento protetor e rosca; ABNT - NBR 6148 Condutores isolados com isolação extrudada de cloreto de polivinila (PVC) para tensões até 750 V - Sem cobertura – Especificação; ABNT NBR 15465 Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações elétricas de baixa tensão - Requisitos de desempenho; ABNT NBR 7285 Cabos de potência com isolação extrudada de polietileno termofixo (XLPE) para tensão de 0,6kV/1 kV - Sem cobertura – Especificação; ABNT - NBR 7286 Cabos de potência com isolação extrudada de borracha etilenopropileno (EPR) para tensões de 1kV a 35kV - Requisitos de desempenho; ABNT - NBR 7287 Cabos de potência com isolação extrudada de polietileno reticulado (XLPE) para tensões de 1kV a 35kV - Requisitos de desempenho; ABNT - NBR NM60898 Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas e similares; ABNT - NBR IEC 60050 Instalações elétricas em edificações; ABNT - NBR IEC 61643 - Dispositivos de proteção contra surtos em baixa tensão - Parte 1: Dispositivos de proteção conectados a sistemas de distribuição de energia de baixa tensão - Requisitos de desempenho e métodos de ensaio; NR 10 Segurança em instalações e serviços em eletricidade; RIC-BT - Regulamento de Instalações Consumidoras Fornecimento em Tensão Secundária Rede de distribuição aérea CEEE, AES SUL E RGE, 2016.
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