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Oxigenoterapi� Troca gasosa e oxigenação arterial - antes de chegar ao sangue, o O2 precisa atravessar a membrana alvéolo-capilar esse processo de difusão é descrito pela lei de fick - gasometria é padrão ouro para avaliar distúrbios de oxigenação, ventilação e equilíbrio ácido-base - CaO2: conteúdo arterial de oxigênio - P(A-a)O2 = diferença alvéolo-arterial de O2 - PaO2/FiO2 - PaO2/PAO2 - PaO2 - pressão exercida pela O2 no sangue - para cada 1 mmHg - 0,0031 mL de O2 dissolvido - PaO2 de 100 mmHg gera 0,31 mL de O2 em 100 mL de sangue - bastante útil quando analisada com outras variáveis (PAO2 e FiO2) pois reflete a quantidade de oxigênio captada na membrana alvéolo-capilar (MAC) - SaO2: >94% - quantidade de hemoglobinas saturadas (ligadas ao O2) - 1g de Hb carreia 1,34 mL de O2 em 100 mL de sangue - representa 98% do conteúdo arterial de O2 (CaO2) - depende diretamente da PaO2 e da afinidade da Hb pelo O2 - SaO2 = (Hb O2/Hb total) x 100 - CaO2 = (Hb x 1,34 x SaO2 / 100) = (PaO2 x 0,0031) - Saturação corresponde a 98% de todo CaO2 - alvo na oxigenoterapia deve ser para normalizar a saturação do paciente - P(A-a)O2: 5 a 20 mmHg - PAO2 = FiO2 x (760-47) - PaCO2 / 0,8 - PAO2: pressão de O2 que chega nos alvéolos - PaO2: pressão de O2 que chega no sangue - V/Q não uniforme: PaO2 sempre menor do que PAO2 - pode ser calculada para avaliar a integridade da membrana alvéolo-capilar e efetividade das trocas gasosas (conhecimento causas da hipoxemia) - PaO2/FiO2 > 300 mmHg; valores menores indicam ineficiencia da oxigenação - em dispositivos que ofertam FiO2 variável o cálculo não é fidedigno - PaO2/PAO2 0,77 a 0,82; valores menores indicam ineficiência da troca gasosa definição - inalação de oxigênio em concentração superior àquela presente no ar presente, que é em torno de 21% - principal indicação: correção hipoxemia para indicação de oxigenoterapia = quando PaO2 está abaixo de 60 mmHg e saturação abaixo de 90% - hipoventilação - baixa PiO2 - limitação de difusão - desequilíbrio V/Q - shunt titulação - oferta de O2 devem ser feitas com base na SpO2 - bastante simples iniciar, titular e desmamar a suplementação - deve-se tratar a hipoxemia para, simultaneamente, evitar a hiperoxemia - suplementação de oxigênio é realizada para melhorar oxigenação, mas não trata as causas subjacentes da hipoxemia que deve ser diagnosticado e tratado como uma questão de urgência - O oxigênio é um tratamento para hipoxemia, não para a falta de ar. não foi comprovado que o oxigênio tenha efeito consistente na sensação de falta de ar em pacientes não hipoxêmicos. - O oxigênio deve ser prescrito para atingir uma meta de saturação de 92-96% para a maioria dos doentes, ou 88-92% para pacientes doenças respiratórias que causam hipercapnia. - Como a oxigenação é reduzida em DD, pacientes hipoxêmicos devem idealmente manter a postura mais vertical possível, a menos que haja restrições (como trauma de coluna). sistema de baixo fluxo - administrar oxigênio puro (100%) a um fluxo menor que o fluxo inspiratório do paciente - oxigênio administrado se mistura com o ar inspirado, resultando em uma fração inspirada de oxigênio (FiO2) variável, dependendo do dispositivo utilizado e do volume de ar inspirado pelo paciente - ideal para pacientes com frequência respiratória menor do que 25 irpm com padrão respiratório estável. - Nos sistemas de baixo fluxo, a FiO2, depende da existência de um reservatório anatomia (cavidade nasal e oral) ou artificial de oxigênio, do fluxo de fas fornecido, da frequência respiratória, do volume corrente e do volume minuto do paciente. - FiO2 estimada = 20 + 4 x O2 ofertado - cânula nasal tipo óculos: - oferece uma FiO2 de até 40% com fluxos de ate 6 litros/min para adultos com volume minuto normal - pode ocorrer uma diminuição exponencial da FiO2, ofertada quando há aumento da frequência respiratória - são confortáveis e possibilitam ao paciente falar, tossir e se alimentar durante o uso - A utilização de fluxos superiores a 6 L/min, não é indicada, por causa do risco de irritação local e dermatites. - cateter nasofaríngeo - oferece uma FiO2 de até 45%, com fluxo de 2-6L/min - inserido em uma ou nas duas narinas e avança até o final da nasofaringe - posicionamento estimula a produção de secreção, o que requer sua remoção e substituição frequente - cateter transtraqueal - oferta O2 diretamente na traquéia e suporta fluxos de até 4L/min, com FiO2 que pode variar entre 22-35% - inserido por procedimento cirúrgico entre 1 e 2º anel traqueal e é indicado para pacientes que necessitam de suplementação de O2 de longa duração e que não se adaptaram à cânula nasal. - tenda facial (máscara de nebulização) - entrega O2 a boca e ao nariz do paciente por meio de um sistema de umidificação a jato que cria uma névoa - a FiO2 varia de 21-40%, com fluxos de 6-15 L/min - não é recomendado utilizar fluxos menores que 5 L/min, pelo risco de reinalação de CO2 que permanece retido no corpo da máscara - máscara de traqueostomia - oferece O2 diretamente na traquéia em pacientes traqueostomizados ou pós-laringectomias - pode ofertar até 50% de FiO2 com fluxos de 5-15 L/min - apresenta um orifício para exalação do CO2 que previne sua retenção sistemas com reservatórios - cânula nasal com reservatório - permite de 30-40 mL a mais de O2 inspirado quando comparado a canoa sem reservatório - alguns pacientes podem relatar desconforto no nariz e nas orelhas - máscara simples - indicado para pacientes taquipneicos e que respiram predominantemente pela boca - apresentam reservatório de 100-200 mL de oxigênio, que permite obter uma FiO2 de 35-60% com fluxos de 5-10 L/min - seu emprego pode causar irritações cutâneas e úlceras de pressão; e no momento das refeições, necessita ser substituída por cateter nasal. - evitar fluxos menores pois favorecem a reinalação de CO2 o aumento da resistência à respiração (menor que 5 L/min) - máscara com reservatório - reinalação parcial - mascara facial simples, com mesmos orifícios, sem valvulas e uma bolsa que tem a função de reservatório de O2 - Para manutenção da bolsa de reservatório cheia, um fluxo de 6-10 L/min se faz necessário, gerando uma FiO2 que pode variar entre 40-80%. - nunca se deve ocluir os orifícios laterais, pois isso aumenta a reação de CO2. - máscara com reservatório - não reinalante - similar a máscara de reinalação parcial, com a diferença de ter 3 válvulas unidirecionais - pode fornecer de 60-95% de FiO2, de acordo com o fluxo ofertado (que deve se manter entre 10-15 L/min), a demanda de fluxo do paciente e a vedação adequada ao seu rosto. sistemas de alto fluxo - máscara de venturi - utiliza um alto fluxo de oxigênio, suficiente para exceder o pico de fluxo inspiratório do paciente. nesse sistema o ar ambiente é arrastado em volta do jato de oxigênio por orifícios laterais - Essa máscara é utilizada quando se deseja uma concentração de oxigênio mais consistente (e precisa), atingindo valores de FiO2 de 24 a 50% com fluxos de 5-12 L/min. - Cada válvula contém um orifício para passagem do O2 com tamanho diferente e é o tamanho do orifício que determina a FiO2. - cânula nasal de alto fluxo - possibilita o fornecimento de O2 aquecido e umidificado com uma FiO2 constante pré determinada, que pode variar entre 21 e 100% e fluxos de até 60 L/min - Pode-se determinar a temperatura do gás (31 a 43º) e a umidade relativa entre 95-100%, permitindo atingir fluxos elevados de O2 com maior conforto e adesão. umidificação - principais indicações de umidificação do O2 - individuos com secreções viscosas, utilizando uma solução salina no lugar de agua destilada - desconforto decorrente do ressecamento de VA superiores - utilização de sistemas de alto fluxo por mais de 24h - heat and moisture exchange (HMEs): armazenamento de calor e umidade provenientes do gas exalado - muito utilizado em pacientes intubados e traqueostomizados- umidificação não é necessária para a entrega de fluxo baixo de oxigênio (máscara ou cânulas nasais) ou para o uso a curto prazo de oxigênio de alto fluxo - oxigênio umidificado pode ser empregado para pacientes que necessitam de oxigênio de alto fluxo por mais de 24h ou que relatam desconforto nas VA superiores devido à secura - a umidificação pode ser benéfica para os pacientes comsecreçĩes viscosas que possuem dificuldade na expectoração - garrafas que permitem que um fluxo de oxigênio borbulhe através de um recipiente de água não deve ser usado porque não há evidência de um benefício clinicamente significativo, mas existe um risco de infecção - a oferta de oxigênio deve ser reduzida em pacientes estáveis com saturação satisfatória de oxigênio - a oferta de oxigênio suplementar deve ser interrompida assim que o paciente puder manter a saturação dentro ou acima do valor alvo.
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