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Apostila Arteterapia UNIASSELVI - uncl2807_ebook_arteterapia_(1)

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Arteterapia
Sumário
1 Introdução 3
2 O USO DA ARTE NA TERAPIA E PSICOTERAPIA: 
DEFINIÇÃO E HISTÓRIA 4
2.1 ARTETERAPIA COMO TERAPIA OCUPACIONAL 5
2.2 EMOÇÕES NA ARTETERAPIA 7
3 BENEFÍCIOS DA ARTETERAPIA 9
4 SESSÕES DE ARTETERAPIA 11
4.1 TÉCNICAS DA ARTETERAPIA 13
4.2 ARTETERAPIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA 16
4.3 COMO ADERIR PACIENTES/CLIENTES PARA A 
ARTETERAPIA 18
Resumo do curso 19
Referências 20
Módulo 1
Arteterapia
1 Introdução
Este material aborda o uso da arte como terapia para influenciar, positivamente, a mente hu-
mana. Nele iremos estudar a definição da arteterapia, sua história e os benefícios deste tipo 
de terapia que enaltece as emoções individuais dos pacientes/clientes, principalmente aque-
les mais reclusos aos seus sentimentos e que, muitas vezes, não conseguem identifica-los 
nem expressá-los e que terminam por desenvolver doenças psicossomáticas. A arte como 
influência para a mente humana também foi originalmente foco de estudo do médico alemão 
Johann Reil, do renomado psiquiatra e psicoterapeuta Carl Jung, da psicóloga e educadora 
Margareth Naumburg, também conhecida como a “mãe” da arteterapia, e da psiquiatra brasi-
leira Nise da Silveira.
Também iremos compreender como acontece as etapas das sessões de arteterapia, quais as 
técnicas (desenho, pintura, por exemplo) e ferramentas (tintas e argila) que podem ser utiliza-
dos pelo arteterapeuta para benefício da terapia e do paciente. Para fixar melhor o conteúdo, 
apresentaremos dois relatos de experiência de sessões de arteterapia e conheceremos os 
benefícios proporcionados para os pacientes. Por fim, vamos entender quem é o profissional 
arteterapeuta e quais estratégias ele pode utilizar parar aderir novos pacientes/clientes, in-
clusive fazendo uso da tecnologia digital a seu favor.
4
2 O USO DA ARTE NA 
TERAPIA E PSICOTERAPIA: 
DEFINIÇÃO E HISTÓRIA
Cada pessoa, através da convivência e experiência como membro de uma sociedade vivencia 
seus valores, memórias, ideais, costumes e práticas que a identifica em um ou mais grupos 
de pessoas. Toda esta convivência e experiência define o que chamamos de cultura. Segundo 
Campomori (2008), cultura é a própria identidade nascida na história, que ao mesmo tempo 
nos singulariza e nos torna eternos. Uma das formas de representar a cultura é através da 
arte. O dicionário Michaelis, define arte como sendo “atividade que supõe a criação de obras 
de caráter estético, centradas na produção de um ideal de beleza e harmonia ou na expressão 
da subjetividade humana”. 
Quando apreciamos a arte, seja o teatro, a música ou a dança, por exemplo, percebemos 
como estamos envoltos de informações que alimentam nosso repertório e compreendemos 
que além do caráter sociocultural, a arte está conectada com a vida e os anseios das pes-
soas, já que sentimos necessidade de expressar nossos sentimentos e pensamentos. Esti-
ma-se que há 40 mil anos a.C., durante o período Paleolítico Superior, o homem desenvolveu 
as primeiras formas de comunicação artística, as artes rupestres. Os desenhos e pinturas 
rupestres testemunhavam a cultura e cenas do cotidiano de um período da humanidade. 
Com o passar do tempo, além da representação de cenas do cotidiano, o homem passou a 
usar a arte como meio de comunicação e linguagem. É o que podemos observar, por exem-
plo, em galerias e museus. Logo, a arte também passou a ser utilizada como ferramenta 
para atividade terapêutica com objetivo de trabalhar as emoções e sentimentos do indiví-
duo que a nomeou de arteterapia.
5
2.1 ARTETERAPIA COMO TERAPIA 
OCUPACIONAL
A arte como atividade terapêutica teve seus estudos iniciados no século XIX pelo médico 
alemão Johann Reil. Com objetivo de obter a cura psiquiátrica, ele fez uso de dispositivos 
artísticos (desenhos e sons) e concluiu que a arte serve como meio de comunicação para 
acessar questões internas dos seus pacientes. As imagens representam o inconsciente 
pessoal como parte integradora da personalidade do ser, resultado da cultura humana ao 
longo das civilizações. 
Importante
Arteterapia é uma área de atuação profissional que utiliza recursos artísti-
cos com finalidade terapêutica (Carvalho, 1995).
A arteterapia baseia-se em diferentes referenciais teóricos como o da psicanálise e psicolo-
gia analítica. Na década de XX, o psiquiatra e psicoterapeuta Carl Jung, fundador da psico-
logia analítica, começou a utilizar a arte como parte do tratamento psicoterápico, inclusive 
enfatizando a análise dos sonhos dos indivíduos. Ele acreditava que, mesmo os sonhos sendo 
uma linguagem inconsciente, o profissional da arteterapia poderia interpretar seu significado 
e auxiliar no tratamento de questões internas do ser.
Ainda no século XX, a psicanálise freudiana demonstrou interesse na arte como meio de ma-
nifestação do saber. Segundo a Associação Mineira de Arteterapia, Freud teve interesse pela 
arte e postulou que o inconsciente se manifesta através de imagens que transmitem signifi-
cados mais diretamente do que as palavras. Ele observou que o artista pode simbolizar con-
cretamente o inconsciente na produção artística, retratando conteúdo do psiquismo que, 
para ele, é uma forma de catarse. 
Além da psicologia analítica por Jung e da psicanálise, abordada por Freud, a arteterapia pos-
sui outras vertentes teóricas. Uma delas segue baseada na abordagem gestáltica. “Gestalt” é 
uma palavra alemã que significa “forma, uma configuração, o modo particular de organização 
particular das partes individuais que entram em sua composição” (PERLS, 1988, p. 19). A ar-
teterapia gestáltica constitui uma ponte interna entre a fantasia e realidade do ser, engloba 
a vivência do criar no intuito de fazer com que o paciente/cliente descubra suas qualidades e 
sentimentos. A arteterapia gestáltica, desenvolvida por Janie Rhyne, formada em Artes e em 
Ciências Sociais, faz uso de materiais artísticos na conjuntura educacional e psicoterapêutica 
e trabalha a percepção do indivíduo sobre ele mesmo. Rodrigues (2000) descreve a visão de 
homem da Geltalt Terapia:
6
O homem é um ser no mundo, agindo ativamente sobre o mundo e transforman-
do e recebendo dele também influências, em uma relação recíproca. O indivíduo 
não pode ser concebido isoladamente; estará sempre em um contexto onde 
há um conjunto de forças atuando e sempre o atingindo de uma forma inteira, 
como um todo. Na medida em que se detém ao que se descreve, percebe-se que 
a realidade é mutável, processual, fluindo continuamente em novas situações 
que nunca se repetem. Não há controle, e sim, acompanhamento, “estar junto”, 
reagindo adequadamente ao que se apresenta, na medida em que se apresenta. 
Atua-se ao que se está consciente, óbvio e passível de compreensão. (RODRI-
GUES, 2000, p. 55)
No Brasil, na década de 40, a psiquiatra alagoana Nise Magalhães da Silveira, destacou-se 
por humanizar o tratamento psiquiátrico que até então fazia uso de formas agressivas como 
o eletrochoque, lobotomia e leucotomia cerebral. Além de reconhecer a importância do tra-
balho terapêutico e da interação de pacientes com animais, Nise fazia uso da arte como meio 
de expressão e forma de expor os conflitos internos dos pacientes, principalmente dos es-
quizofrênicos. Um exemplo da atuação de Nise da Silveira foi no Centro Psiquiátrico Pedro II, 
no Rio de Janeiro. Antes do trabalho de Nise, o centro insalubre abrigava seus pacientes sob 
situação sub-humanas. Depois que Nise passou a dirigir a Seção de Terapêutica Ocupacional, 
entre os anos de 1946 a 1974, o ambiente passou a contar com um ateliê e várias possibilidades 
de atividades como desenho, pintura, escultura e modelagem. Os pacientes internos puderam 
fazer uso de um espaço acolhedor. Nise buscava a cura através da expressividade criativa ins-
pirada na realidade de cada paciente. A técnica era baseada no método de ouvir e observar 
o comportamento dos internos, os monitores do centro não interferiam nas criações. É im-
portante destacar que mesmo após diversos métodos invasivos, os internosdesenvolveram 
sensibilidade entre si. 
Jung, Freud e Nise Magalhães nos mostram a arte como apoio no processo terapêutico tem 
influência na criação de possibilidades e metodologias de trabalho que podem ser utilizadas 
durante uma sessão de terapia pelos arteterapeutas. Vale destacar que, atualmente, para 
atuar como profissional da arteterapia, o arteterapeuta precisa concluir um Mestrado ou Es-
pecialização em Arteterapia reconhecida pela União Brasileira de Associações de Artetera-
pia (UBAAT). Desta forma, além de psicólogos, profissionais da área social, artes, educação e 
saúde podem atuar em Organizações Não Governamentais (ONGs), presídios, Instituições de 
Recuperação Social, orfanatos e outros espaços com a arteterapia.
Importante
Dentre os profissionais da arteterapia, o psicólogo, devido a análise dos 
comportamentos e dos pensamentos humanos, possui a capacidade de in-
terpretar a simbologia do produto final. Sem interpretar o produto artístico, 
o arteterapeuta fica restrito ao uso da arte como caminho ou processo cria-
tivo para o paciente acessar algumas questões internas que não consegue 
expressar ou entender. 
7
2.2 EMOÇÕES NA ARTETERAPIA 
Compreendida como um processo terapêutico decorrente da utilização de modalidades ex-
pressivas diversas como a plástica, sonora, literária, dramática e corporal, desenho, pintu-
ra, modelagem, música, poesia, dramatização e dança, a arte é considerada uma ferramenta 
de terapia que se baseia na expressão de sentimentos, emoções e aprendizados inerentes a 
cada pessoa como medo, raiva e alegria. Sob o ponto de vista de Freud, podemos observar 
essas expressões ao observar obras de arte de renome como a escultura “O Moisés de Miche-
langelo” (Figura 1) de Michelangelo.
FIGURA 1 - O MOISÉS DE MICHELANGELO
FONTE: Wikimedia Commons (2021).
De forma anônima, em 1914, Freud publicou o artigo “O Moisés de Michelangelo”, uma inter-
pretação da escultura em mármore de Michelangelo. Segundo o psicanalista, Michelangelo 
representou uma reação de Moisés com o corpo voltado para frente e cabeça girada demons-
trando controle do sentimento ira. Sabe-se que diante da perfeição da escultura, Michelange-
lo teve alucinações e bateu com um martelo na estátua, questionando o motivo dela não falar.
8
Freud (1914), afirma: 
O Moisés de Michelangelo é representado sentado; o corpo volta-se para frente, 
a cabeça com a pujante barba olha para a esquerda, o pé direito repousa sobre 
o solo e a perna esquerda acha-se levantada de maneira que apenas os artelhos 
tocam o chão. O braço direito une as Tábuas da Lei a uma parte da barba e o 
esquerdo repousa sobre o colo. SIGMUND, F. (1914, p. 256).
A pintora mexicana Frida Kahlo é outro exemplo de artista que expressava suas emoções atra-
vés da arte. Frida chegou a afirmar que pintava autorretratos porque sentia solidão e através 
deles conseguia canalizar seu sofrimento. A sua obra “A Coluna Partida”, de 1944, transmite a 
dor de ter utilizado aparelhos ortopédicos em decorrência de um acidente de ônibus que so-
freu e que deixou sequelas na sua coluna (Figura 2).
FIGURA 2 - A COLUNA PARTIDA
FONTE: Google Arts & Culture (2021).
Nota
Além de representar suas dores físicas através de telas mundialmente co-
nhecidas, Frida Kahlo abusava de estampas florais e cores exuberantes in-
clusive associando a cultura do México, seu país natal.
9
É interessante destacar que trabalhar com arteterapia não significa fazer obras de arte como 
as de Michelangelo e Frida Kahlo. Segundo Martins (2012), o objetivo da arteterapia não é ob-
ter criações com valor estético agregado e sim uma criação livre e espontânea, realizada por 
qualquer pessoa sem a mínima prática artística. Podemos entender que o mais importante na 
arteterapia é o trabalho da expressão do sentimento nato do indivíduo. O processo do fazer a 
arte durante as sessões de arteterapia é abarcado por diversas técnicas como pintura, cola-
gem e o uso da argila, todas buscam benefícios mentais e físicos para o indivíduo.
3 BENEFÍCIOS DA ARTETERAPIA
A arte é multifuncional, ela pode ter um sentido crítico, religioso, decorativo como também 
pode expor pensamentos, ideias e sentimentos intrínseco do seu autor. Seja através de dese-
nhos, pinturas ou outras formas de expressão, como a colagem ou a escultura, a arteterapia 
traz à tona conteúdos simbólicos com facilidade e rapidez. Diante de cenários emocionais 
traumáticos ou diversas outras situações limitantes, a arte se apresenta como um recurso 
revelador. E assim, de maneira bastante prazerosa, o paciente/cliente, vai entendendo o que 
dificulta o seu bem viver e vai ressignificando e dando outros destinos aos seus problemas 
(CARNEIRO, 2016).
Questões como traumas psicológicos, demandas emocionais, relações entre pessoas, am-
bições profissionais e sexualidade, entre outros, podem ser abordados pelo arteterapeuta. 
Ela é uma ferramenta que amplia as possibilidades de expressão. Segundo Loiola e Andriola 
(2017), acredita-se que a arte seja o método que mais proporciona a ligação do objeto com o 
sujeito, através de inúmeros modelos de expressão que possibilitam compreender significa-
ções que estariam ocultos no comportamento. 
É essencial que o indivíduo tenha consciência das emoções básicas como amor, tristeza, ale-
gria e raiva. Porém, seja por timidez, receio de ser rejeitado e ridicularizado ou outros motivos, 
muitas pessoas têm dificuldade em caracterizar, verbalizar e demonstrar seus sentimentos e 
pensamentos por vias verbais e, por causa disso, muitas vezes, desenvolvem doenças psicos-
somáticas como ansiedade, insônia e doenças gastrintestinais. Observa-se um maior número 
dessas doenças durante a pandemia do Covid-19.
10
Atenção!
O número de pessoas com desordens mentais como depressão, transtor-
no bipolar e esquizofrenia tem aumentado. Em 2020, dados da Organização 
Mundial da Saúde (OMS) apontam que o Brasil lidera o ranking de ansiedade 
no mundo. No país, mais de 18 milhões de brasileiros sofriam com esse mal 
antes do surgimento do novo coronavírus.
Diante de tantos traumas psicológicos e demandas emocionais, e no intuito de promover o 
bem-estar mental, o Ministério da Saúde na Portaria nº 849, de 27 de março de 2017, incluiu 
a prática de arteterapia como um dispositivo de tratamento na Política Nacional de Práticas 
Integrativas e Complementares (PNPIC). Esta política tem o propósito de implementar trata-
mentos alternativos à medicina baseado em evidências na rede pública do Brasil.
No processo terapêutico, a arte funciona como um canal não verbal de percepção que induz 
o processo de autoconhecimento, levando o indivíduo a confrontar com seu íntimo de ideias e 
sensações. Segundo Philippini (1998), é função do arte-terapeuta acompanhar e ser guardião 
no processo criativo, cooperando assim com formas de ampliar a humanização, e de buscar e 
construir alternativas para as aceleradas mudanças que precedem o terceiro Milênio.
Importante
Para Coqueiro et al. (2011), a arteterapia permite aos utilizadores desse pro-
cesso a oportunidade de trabalharem e vivenciarem suas angústias, medos 
e bloqueios de uma forma mais adaptativa e menos sofrível. Ela se consolida 
como uma ferramenta eficaz para canalizar e converter os conflitos advin-
dos do adoecimento mental.
Durante uma sessão de arteterapia, o paciente é conduzido a externar seus sentimentos e 
emoções explorando sua imaginação e criatividade. A arte funciona como instrumento de co-
nexão entre o mundo interno e externo do indivíduo. Através de cores e texturas, o indiví-
duo transmite para o papel sentimentos como alegria e medo que muitas vezes não consegue 
identificar e ou demonstrar, assim aumenta sua capacidade de enfrentar os problemas. Desta 
forma, a arteterapia busca promover mudanças necessárias de comportamento e desenvolve 
a inteligência emocional através da intervenção do terapeuta.
11
Importante
Além dos benefícios mencionados, é importante destacar que a arte desen-
volve as habilidadesfísica e motora do indivíduo, pois ajuda a realizar movi-
mentos coordenados e, por ser uma atividade relaxante, ajuda a amenizar os 
níveis de ansiedade e estresse, melhorando assim a concentração, memória 
e atenção do mesmo.
Através dos cinco sentidos - tato, visão, audição, olfato, paladar, a arteterapia abarca emo-
ções muitas vezes aprisionadas no inconsciente humano, objetivando a transformação da 
personalidade e bem-estar do criador. Neste tipo de terapia, que não possui restrição de 
sexo, faixa etária e ou quadros clínicos, a arte é utilizada como uma ferramenta de interpre-
tação simbólica. Através dela expressamos, refletimos e analisamos nossos sentimentos. 
Logo, pode-se concluir que além dos benefícios em âmbitos mentais, a arteterapia favore-
ce a saúde física e o bem-estar emocional do ser, pois trabalha com o desenvolvimento das 
habilidades interpessoais.
4 SESSÕES DE ARTETERAPIA
Para Vasconcelos (2007), a arteterapia pode ser trabalhada de duas formas diferentes, a pri-
meira é de fato como uma terapia, onde o objetivo maior é voltado para as propriedades cura-
tivas por meio do processo artístico. A segunda abordagem da arteterapia é na psicoterapia, 
nesta, as técnicas e fundamentos são aplicadas de maneira a desenvolver emocionalmente o 
indivíduo e influenciá-lo positivamente quanto ao seu potencial criativo.
Importante
As sessões de arteterapia normalmente duram uma hora e podem acontecer 
em grupo (Figura 3) ou de forma individual. O arteterapeuta deve apresentar 
ao paciente/cliente uma atividade prazerosa que retrata e informa etapas da 
sua jornada, além de relacioná-la com sua capacidade cognitiva/psicosso-
cial e que respeite a individualidade e autonomia do paciente/cliente.
12
FIGURA 3 – REGISTRO DE UMA SESSAÇÃO DE ARTETERAPIA EM GRUPO
FONTE: GADELHA (2019).
O profissional da arteterapia deve disponibilizar ao paciente/cliente materiais para que ele 
desenvolva a atividade de forma criativa. A escolha dos materiais é importante para um bom 
desenvolvimento do trabalho, pois ela serve como estímulo para o indivíduo trabalhar suas 
emoções. Por exemplo, lápis de cor, giz de cera e caneta hidrográfica transmitem criativida-
de, segurança e sensação de estabilidade ao paciente/cliente. A papietagem, técnica arte-
sanal em que se constrói objetos com cola e papel picado, também representa um recurso 
terapêutico que aproxima o indivíduo a suas questões psíquicas, além de, quando exercida 
de forma livre, estimula a criatividade e a subjetividade do mesmo. A maleabilidade da ar-
gila permite trabalhar os nossos movimentos internos em toda sua complexidade” (CHIESA, 
2004). Durante a transformação da argila, o paciente/cliente forma o objeto e durante cada 
gesto do processo, dá vida ao seu interior, ressignificando os conteúdos internos e expan-
dindo a sua consciência.
Importante
Os materiais disponibilizados pelo arteterapeuta deve aflorar a criatividade 
inerente a cada pessoa, principalmente quando são exploradas diferentes 
texturas, cores, elementos sonoros e olfativos. Segundo Jung, as cores têm 
a possibilidade de exprimir as principais funções psíquicas do homem, como 
o pensamento, o sentimento, a intuição e a sensação. 
13
A sequência de estágios do desenvolvimento da atividade proposta pelo arteterapeuta exige 
concentração e memória por parte do paciente/cliente. Philippini (2004), ressalta que fica a 
cargo do profissional criar um repertório de informações relativo a cada modalidade, ade-
quando-as às necessidades do usuário a ser atendido. Além de considerar as informações 
passadas pelo profissional, é válido destacar que cada pessoa possui seu próprio repertório, 
então mesmo que o arteterapeuta passe informações e atividades similares para diferentes 
pacientes/clientes, os processos desenvolvidos durante as sessões são diferentes.
Ao final da atividade, deve-se o direcionar o paciente/cliente a observar o resultado da sua 
produção, colocá-lo para refletir seus significados desde o processo de criação ao signifi-
cado do produto desenvolvido. É importante salientar que para ser terapêutica, a atividade 
apresenta um produto sem finalidade estética no qual o paciente/cliente reconheça seu es-
forço durante o processo e não a sua finalização.
Importante
Terapeutas acreditam que as atividades desenvolvidas em sessões de arte-
terapia produzam mudanças comportamentais significativas, pois a aborda-
gem do paciente/cliente com o terapeuta faz links com questões internas. 
Muitas vezes a arteterapia precisa andar em paralelo com outras condutas 
como tratamento medicamentoso.
4.1 TÉCNICAS DA ARTETERAPIA
Expressar sentimentos difíceis de serem verbalizados não é um processo simples, porém a ar-
teterapia conta com uma gama de ferramentas e técnicas das artes visuais que facilitam este 
processo. Desenho, pintura, colagem, modelagem, construção/sucata, dramatização, escrita 
criativa e ferramentas digitais são exemplos de habilidades de enfrentamento saudáveis que 
ajudam na exploração da imaginação e criatividade. A colagem, por exemplo, estimula no indiví-
duo o ato de organizar já que se baseia na junção de peças. A tecelagem, trabalha com o ritmo e 
a reprodução em série. Já a escultura, trabalha com a liberdade e o efeito tridimensional.
O desenho livre é uma técnica bastante comum e eficaz utilizada em sessões de arteterapia, 
ele necessita de ferramentas com significados terapêuticos semelhantes para serem execu-
tados, por exemplo, papel A4, cartolina, giz de cera, lápis de cor e grafite. Entre diversos bene-
fícios, o desenho desenvolve a motricidade do indivíduo, pois são desenvolvidas conexões ce-
rebrais para controlar os movimentos da mão, principalmente a motricidade fina. O desenho é 
uma atividade minuciosa, o ato de desenhar requer um considerado nível de concentração, e 
por ser uma atividade que pode ser compartilhada através de sessões de arteterapia em gru-
po, gera estreitamento de laços entre pessoas.
14
Dependendo do objetivo da arte, a pintura, estudada pela História da Arte, requer um acaba-
mento absolutamente perfeito, mas este não é o foco da arteterapia que visa o processo ar-
tístico e não o julgamento do produto final. A pintura trabalha com o desbloqueio da imagem, 
formas, cores e texturas. Linhas curvas, por exemplo, remetem a natureza e representam a 
sensação de aconchego e suavidade. Christo e Silva, (2002), apresentam a funcionalidade da 
variedade de elementos que envolvem a pintura:
A variedade de elementos presentes na técnica da pintura: as linhas, as formas, 
os volumes, a cor, a tonalidade, a luz, (...) pode funcionar como um grupo de 
amigos que nos estimula a desabafar, a aliviar as nossas tensões, a encontrar 
soluções diferentes, a ter coragem de tentar novas alternativas, a mudar o 
nosso olhar e, consequentemente o nosso sentir (CHRISTO e SILVA, 2002, p. 12).
Entre tantos elementos que podem ser trabalhados na pintura, como a textura da tinta e o to-
que do pincel no suporte, podemos destacar a variedade de cores disponíveis que o artetera-
peuta pode disponibilizar para seu paciente/cliente. Segundo a psicologia das cores, a simbo-
logia das cores é uma forma de estímulo e de expressão, já que cada cor representa uma das 
oito emoções primário do indivíduo: a alegria, a aceitação, a curiosidade, o nojo, a surpresa, 
o medo, a tristeza e a raiva. A cor vermelha, por exemplo, remete sensação de excitação, em 
contrapartida, o azul transmite relaxamento e o preto, negatividade e agressividade.
Nota
É interessante observar que a representação da cor varia de acordo com 
cada cultura, por exemplo, o roxo, obtida pela mistura das cores primárias 
vermelho e azul, na Europa e nos Estados Unidos, significa realeza e misté-
rio. No Egito, Roma e Pérsia, riqueza, já que era considerada uma cor cara 
para ser produzida para tingir tecidos. 
A arteterapia também pode fazer uso da tecnologia digital como forma de comunicação in-
terpessoal do indivíduo. Segundo Malchiodi (2018),a arteterapia digital trata de intervenções 
terapêuticas que utilizam teclados, telas de computador/tablets ou outros dispositivos tec-
nológicos para capturar imagens no contexto do tratamento do participante em uma sessão 
de arteterapia. Os dispositivos servem para editar, modificar e/ou manipular imagens e fotos, 
assim como é possível utilizar nos encontros de arteterapia digital outras ferramentas digitais 
e aplicativos para a criação de arte, tais como: vídeos, animações, storytelling, desenho digi-
tal, colagem, fotografia, edição de música, jogos-eletrônicos, realidade virtual e arteterapia 
online. Com objetivo de buscar evidências teóricas de que os jogos digitais servem como ins-
trumentos para aplicar a arteterapia na reabilitação cognitiva voltada para acompanhamento 
terapêutico de esquizofrênicos, Menezes et al. (2017), fizeram uma revisão bibliográfica que 
comprovou este tipo de terapia.
15
Outra técnica que é utilizada nas sessões de arteterapia é a modelagem. Ela utiliza materiais 
pastosos como argila, papel machê e massa de modelar. A argila é um material natural que 
para algumas pessoas transmite certa estranheza ao toque. Sobre esta sensação, Urrutiga-
ray (2011) afirma que:
A argila é o material mais próximo de um sentido visceral. Devido a seu aspecto, 
traz em si uma modalidade de ênfase ao trabalho com as mãos propulsoras 
de imagens de experiências mais fortes, mais viscerais, que usualmente encon-
tram-se dificultadas na sua expressão, verbalização, em virtude da interferên-
cia da consciência do ego. (URRUTIGARAY, 2011, p. 68).
Diante dessa possibilidade de estranheza ao toque, é necessário que o arteterapeuta saiba 
selecionar as técnicas e os materiais mais indicados para o perfil do seu paciente ou mesmo, 
se for foco da terapia, trabalhar essa adversidade. O mesmo acontece com os pacientes mais 
rígidos e com a criatividade bloqueada, talvez eles rejeitem a proposta de desenhar ou fazer 
qualquer atividade ligada a arte, neste caso, é de fundamental importância explicar que a cria-
ção de material deve ser realizada sem preocupação estética, pois o foco é no processo ou 
desenvolvimento da atividade.
Nota
Valladares (2001) nos lembra que o indivíduo deve ser instrumentalizado de 
forma adequada, ou seja, deve receber o material apropriado para executar 
sua criação que dessa forma surge espontaneamente, agilizando-se a ex-
pressão da pessoa, pois não havendo preocupação de domínio da técnica, 
ocorre o fluir natural de sua subjetividade. 
16
4.2 ARTETERAPIA: RELATO DE 
EXPERIÊNCIA
Em sua dissertação de mestrado intitulada “Arte-terapia e as Potencialidades Simbólicas e 
Criativas dos Mediadores Artísticos”, a arteterapeuta Daniela de Carvalho e Souza Martins, 
apresenta o resultado da análise de estudos de casos oriundos da arteterapia. A autora inicia 
os relatos com um desenho feito com canetas de feltro por uma adolescente de 14 anos de 
idade (Figura 4) e de uma adulta de 30 anos de idade que usou a técnica de colagem para ex-
pressar seus sentimentos (Figura 5). Além do desenho com caneta e da técnica de colagem, 
a modelagem de barro e a pintura com tinta aquerela fazem parte dos relatos da dissertação.
FIGURA 4 – ESTUDO DE CASOS ORIUNDOS DA ARTETERAPIA
FONTE: MARTINS (2012, p. 103).
FIGURA 5 – ESTUDO DE CASOS ORIUNDOS DA ARTETERAPIA
FONTE: MARTINS (2012, p. 113).
17
Na Figura 4, o papel e a caneta de feltro permitiram uma ilustração detalhada com vários ele-
mentos do estado emocional da paciente, elemento estes que são difíceis de serem expres-
sos verbalmente. A partir dessa imagem, a adolescente pode dar uma “cara” e identificar o que 
a deixa triste e como a tristeza influencia na sua vida. 
Já a paciente que fez uso da colagem, na Figura 5, mesmo tendo formação em artes, optou 
por não desenhar a lápis demonstrando o receio de ser malsucedida e julgada negativamente. 
Pain e Jarreu (1996), afirmam que aquele que recorta e cola acaba por encontrar o seu lugar 
“mesmo tendo poucas ideias”, o medo que paralisa a sua criatividade é atenuado pela facili-
dade de criar com imagens prontas. Os autores ainda colocam que na colagem o processo de 
recortar/rasgar e colar demonstra simbolicamente a vivencia de rompimento com o passado. 
A subsequente colagem e fixação reflete uma imagem futura. 
Importante
Considerando o uso do papel, lápis e da técnica de colagem, nota-se que é 
fundamental analisar o potencial terapêutico de cada recurso da arteterapia, 
a seleção deles irá depender da necessidade e do repertório de cada indiví-
duo, pois devem ser consideradas as funções simbólicas, expressivas e cria-
tivas dos instrumentos de trabalho. 
Como conclusão do seu trabalho, a autora da dissertação afirma que a criação artística faci-
lita o estabelecimento de uma linguagem própria. Os recursos artísticos disponibilizados são 
um veículo de comunicação, mas também um palco de atuação, assim o próprio sistema sim-
bólico é impulsionado pelas potencialidades simbólicas dos recursos artísticos, oferecendo a 
possibilidade de criação e renovação simbólica pessoal.
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4.3 COMO ADERIR PACIENTES/CLIENTES 
PARA A ARTETERAPIA
Para atrair novos pacientes/clientes para a arteterapia é importante que o arteterapeuta defi-
na e estude seu público-alvo. Mesmo sabendo que a arteterapia não possui restrição de idade, 
sexo e quadro clínico, definir o perfil do paciente/cliente que se deseja trabalhar e conhecer 
suas necessidades, auxilia no direcionamento e na divulgação do seu trabalho com arte e te-
rapia. Desta forma, o arteterapeuta pode atrair mais rapidamente a atenção do cliente poten-
cial que se deseja. Manter contatos com outros profissionais, ou seja, fazer um bom networ-
king com pessoas que trabalham com ferramentas sonoras e visuais em prol da saúde e do 
bem-estar do indivíduo, como o musicoterapeuta e o terapeuta ocupacional, contribui tanto 
para o tratamento do paciente/cliente, pois ele trabalha com pontos de vistas e metodologias 
diferentes suas questões mentais quanto para o profissional da arteterapia, aumentando, as-
sim, sua cartela de atendimentos. Além dos profissionais que trabalham com terapia, é impor-
tante que o arteterapeuta faça colaborações com atuantes em diversas outras áreas como 
psicólogos, psiquiatras, pessoas que trabalham em âmbito educacional e hospitalar. Essa é 
uma das formas que o arteterapeuta tem de alcançar e atender mais pessoas. 
Utilizar a tecnologia a seu favor, também desperta a atenção dos possíveis pacientes/clien-
tes, o arteterapeuta pode fazer uso das redes sociais para divulgar seu trabalho através de, 
por exemplo, redes sociais. A tecnologia também agrega a acessibilidade durante sessões 
remotas. A facilidade em atender remotamente é reconhecida pelos próprios pacientes/clien-
tes, principalmente aqueles que precisam fazer viagens longas a centros de terapia e com 
limitações físicas.
Podemos concluir que, seja por meio físico como papel, lápis, gesso, argila e tintas, seja por 
através de ferramentas digitais como computador e tablets, a arteterapia auxilia pacien-
tes/clientes trabalharem suas emoções, anseios e comportamentos e, inclusive promover 
mudanças comportamentais. É imprescindível que o arteterapeuta conheça as inúmeras 
técnicas e ferramentas para serem utilizadas durante uma sessão de arteterapia. Este tra-
balho pode, inclusive, acontecer em diversos segmentos diferentes como hospitalar, edu-
cacional e clínico.
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Resumo do curso
Neste curso, você aprendeu que arte e cultura nos envolvem de informações que alimentam 
nosso repertório e nos ajudam a compreender os anseios e emoções das pessoas. Indícios da 
influência da arte para a mente humana, passaram a ser reconhecidos e desenvolvidos pelos 
estudiosos da psique humana Carl Jung, Margareth Naumburg, conhecida como a “mãe” da 
arteterapia, e a psiquiatra brasileira, Nise Magalhães. 
A arteterapia como dispositivo terapêutico em saúde mental auxilia no tratamento de desor-
dens mentais como depressão,transtorno bipolar e esquizofrenia. No processo terapêutico, 
a arte funciona como um canal não verbal de percepção que leva ao processo de autoconhe-
cimento, o indivíduo é levado ao confronto com seu íntimo de ideias e sensações. Durante 
as sessões de arteterapia, o paciente/cliente trabalha suas experiências interiores como so-
nhos, fantasias, medos, memórias infantis e conflitos atuais vividos, como pode ser visto nos 
estudos de casos analisados neste material. O arteterapeuta deve apresentar ao paciente/
cliente uma atividade prazerosa que retrata e informa etapas da sua jornada, além de relacio-
ná-la com sua capacidade cognitiva/psicossocial e que respeite a individualidade e autono-
mia do paciente/cliente. Terapeutas acreditam que as atividades desenvolvidas em sessões 
de arteterapia produzem mudanças comportamentais significativas, pois a abordagem do 
paciente/cliente com o terapeuta faz links com questões internas.
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	1 Introdução
	2 O USO DA ARTE NA TERAPIA E PSICOTERAPIA: DEFINIÇÃO E HISTÓRIA
	2.1 ARTETERAPIA COMO TERAPIA OCUPACIONAL
	2.2 EMOÇÕES NA ARTETERAPIA 
	3 BENEFÍCIOS DA ARTETERAPIA
	4 SESSÕES DE ARTETERAPIA
	4.1 TÉCNICAS DA ARTETERAPIA
	4.2 ARTETERAPIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
	4.3 COMO ADERIR PACIENTES/CLIENTES PARA A ARTETERAPIA
	Resumo do curso
	Referências

Outros materiais