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1 19 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2 HISTÓRIA DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO .......................... 5 3 SAÚDE OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO TRABALHO ....................... 7 3.1 Relações trabalho/doença .................................................................... 8 3.2 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA ...................... 10 3.3 Equipamento de Proteção Individual – EPI ........................................ 11 3.4 Equipamento de Proteção Coletivo – EPC ......................................... 14 3.5 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO ..... 17 3.6 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRAO ................. 18 3.7 Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho................. 21 3.8 Sinalização de segurança .................................................................. 22 3.9 Segurança e saúde do trabalho em espaços confinados ................... 23 3.10 Matriz de risco ................................................................................. 24 4 ERGONOMIA ............................................................................................ 25 4.1 Ergonomia cognitiva ........................................................................... 27 4.2 Ergonomia organizacional .................................................................. 28 4.3 Ergonomia física ................................................................................. 29 5 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT) ......................................... 30 6 DOENÇAS OCUPACIONAIS .................................................................... 32 7 REGULAMENTAÇÃO DA SAÚDE DO TRABALHADOR.......................... 34 7.1 Constituição Federal........................................................................... 34 7.2 Lei Orgânica da Saúde ....................................................................... 35 8 CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO - CLT ............................... 36 9 INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE ................................................. 37 9.1 Adicional de insalubridade .................................................................. 39 9.2 Adicional de periculosidade ................................................................ 40 3 9.3 Da cumulação dos adicionais de insalubridade e periculosidade ....... 41 9.4 NR 15 – Atividades e Operações Insalubres ...................................... 41 9.5 NR 16 – Atividades e Operações Perigosas ...................................... 46 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .................................................................... 48 4 1 INTRODUÇÃO Prezado(a) aluno(a)! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 HISTÓRIA DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com O trabalho, enquanto fator determinante do desenvolvimento humano, tem representado um papel de grande importância na história da humanidade. Que o trabalho é fonte de lesões, adoecimento e morte é fato conhecido desde a Antiguidade. Embora de modo esparso, há citações de acidentes de trabalho em diversos documentos antigos. Há inclusive menção a um deles no Novo Testamento de Lucas (o desabamento da Torre de Siloé), no qual faleceram dezoito prováveis trabalhadores. Além dos acidentes de trabalho, nos quais a relação com a atividade laboral é mais direta, também existem descrições sobre doenças provocadas pelas condições especiais em que o trabalho era executado. Mais de dois mil anos antes da nossa era, Hipócrates, conhecido como o Pai da Medicina, descreveu muito bem a intoxicação por chumbo encontrada em um trabalhador mineiro. Descrições do sofrimento imposto aos trabalhadores das minas foram feitas ainda no tempo dos romanos. Em 1700, o médico Bernardino Ramazzini publicou seu famoso livro De Morbis Artificum Diatriba, no qual descreve minuciosamente doenças relacionadas ao trabalho encontradas em mais de 50 atividades profissionais existentes na época. Apesar dessas evidências, não há informação de qualquer política pública que tenha sido proposta ou implementada para reduzir os riscos a que esses trabalhadores estavam submetidos. Nesses períodos, as vítimas dos acidentes/doenças relacionadas ao trabalho eram quase exclusivamente escravos e pessoas oriundas dos níveis considerados como os mais inferiores da escala social (CHAGAS et al, 2011). 6 Durante a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, houve um aumento notável do número de agravos relacionados ao trabalho. Isso decorreu do uso crescente de máquinas, do acúmulo de operários em locais confinados, das longas jornadas laborais, da utilização de crianças nas atividades industriais, das péssimas condições de salubridade nos ambientes fabris, entre outras razões. Embora o assalariamento tenha existido desde o mundo antigo, sua transformação em principal forma de inserção no processo produtivo somente ocorreu com a industrialização. A conjunção de um grande número de assalariados com a percepção coletiva de que o trabalho desenvolvido era fonte de exploração econômica e social, levando a danos à saúde e provocando adoecimento e morte, acarretou uma inevitável e crescente mobilização social para que o Estado interviesse nas relações entre patrões e empregados, visando à redução dos riscos ocupacionais. Surgem então as primeiras normas trabalhistas na Inglaterra (Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes, de 1802), que posteriormente foram seguidas por outras semelhantes nas demais nações em processo de industrialização. A criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919, logo após o final da Primeira Grande Guerra, mudou acentuadamente o ritmo e o enfoque das normas e práticas de proteção à saúde dos trabalhadores, sendo atualmente a grande referência internacional sobre o assunto (CHAGAS et al, 2011). No Brasil, o mesmo fenômeno ocorreu, embora de forma mais tardia em relação aos países de economia central. Durante o período colonial e imperial (1500- 1889), a maior parte do trabalho braçal era realizada por escravos (índios e negros) e homens livres pobres. A preocupação com suas condições de segurança e saúde no trabalho era pequena e essencialmente privada. O desenvolvimento de uma legislação de proteção aos trabalhadores surgiu com o processo de industrialização, durante a República Velha (1889-1930). Inicialmente esparsa, a legislação trabalhista foi ampliada no Governo Vargas (1930-1945) com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), instituída pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943 (BRASIL, 1943). Dentro da linha autoritária, com tendências fascistas, que então detinha o poder, essa legislaçãobuscou manter as demandas sociais e trabalhistas sob o controle do Estado, inclusive com a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, em 26 de novembro de 1930. Boa parte dessa legislação original foi 7 modificada posteriormente, inclusive pela Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB), de 10 de outubro de 1988 (BRASIL, 1988c). Porém, muitos dos seus princípios e instituições continuam em vigor, tais como os conceitos de empregador e empregado, as características do vínculo empregatício e do contrato de trabalho, a Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho, a unicidade e a contribuição sindical obrigatória, entre outros. A fiscalização do trabalho, então formalmente instituída, só passou a ter ação realmente efetiva vários anos depois. A prevenção de acidentes e de doenças no trabalho evoluiu com a industrialização, pois, a relação entre as mudanças tecnológicas associadas ao progresso e desenvolvimento da sociedade também está associada à produção de efeitos perversos para os/as trabalhadores/as. Nesse sentido, destaca-se o importante papel da Engenharia de Segurança do Trabalho que, sustentada pela legislação vigente e exercida por Engenheiros especializados e pelos demais profissionais integrantes da equipe de segurança e saúde (médicos, enfermeiros, técnicos, ergonomistas, etc), torna-se um importante instrumento de adequação do ambiente de trabalho às necessidades do/a trabalhador/a e à melhoria de sua qualidade de vida no trabalho (CHAGAS et al, 2011). 3 SAÚDE OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO TRABALHO Fonte: gestaodesegurancaprivada.com.br Priorizar a segurança do trabalhador, seja dentro ou fora da organização, deve ser visto como uma maneira de desenvolvimento e, consequentemente, valorização 8 do ser humano, respeito à saúde e ao bem-estar, proporcionando uma boa relação entre o empregado e o empregador, e não apenas pela obrigatoriedade de cumprir a legislação imposta. Com o intuito de desenvolver um parâmetro para cumprir as atuações necessárias nas instituições, o Ministério do Trabalho criou, por meio da Portaria n° 3.214, de 8 de junho de 1978 (BRASIL, 1978), as Normas Regulamentadoras (NR), disposições complementares ao capítulo V da CLT, de “[...] observância obrigatória pelas organizações e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT” (BRASIL, 2020, p. 2), “ [...] consistindo em obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho” (BRASIL, 2019). Para Martinez (2016, p. 547-548), “Os órgãos de segurança e saúde do trabalhador são entidades que integram a estrutura patronal com o propósito de garantir um meio ambiente laboral livre de riscos ocupacionais ou, ao menos, minimamente ofensivos.” Há um esforço de esferas diversas para que segurança e saúde ocupacional sejam postos em prática, sendo vários os instrumentos que tratam do assunto, tais como: a CLT, a Constituição Federativa, as Normas Regulamentadoras, as convenções e os acordos coletivos de trabalho, e outros. Ter saúde, proteção e dignidade no âmbito laboral é uma forma de transformar um dever em uma relação prazerosa de cuidado entre o empregador e o empregado, podendo ser vista uma cooperação simultânea entre os sujeitos da relação. No entanto, nem sempre esse cenário positivo é encontrado nas relações estabelecidas entre empregadores e trabalhadores (SILVA CARVALHO et al., 2018). 3.1 Relações trabalho/doença O conhecimento em matéria de relações trabalho/ doença tem sido muito mais rápido do que a sua aplicação às condições reais de trabalho. São exemplos disso: as situações em que o mercado de trabalho determina relações desproporcionadas entre a procura e a oferta; o que, por vezes, incentiva o não cumprimento de disposições elementares em matéria de prevenção dos riscos profissionais, de acidentes de trabalho e de doenças profissionais. Um exemplo paradigmático desse 9 “fosso” entre o conhecimento daquelas interdependências e o seu in suficiente resultado prático é o que se relaciona com a prevenção dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais no setor da Construção Civil e na indústria transformadora. A aplicação generalizada de programas de prevenção alicerçados no conhecimento científico das condições de ocorrência desses riscos profissionais certamente determinaria a sua redução (UVA; SERRANHEIRA, 2013) De fato, paralelamente à emergência de “novos” fatores de risco de natureza profissional, os riscos de acidente de trabalho e de doença profissional “dose- dependentes”, relacionados essencialmente com a exposição a fatores de natureza química e física, mantêm-se ainda muito elevados, apesar da importante aquisição de conhecimentos científicos e técnicos no domínio da sua prevenção. As más condições “ambientais” de trabalho continuam, por isso, a ocupar os primeiros lugares nas preocupações dos atuais instrumentos de política de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) das organizações nacionais ou supranacionais. São exemplos disso as metas de SST baseadas na redução de acidentes de trabalho do atual programa em tal domínio da União Europeia. Os efeitos negativos para a saúde associados a riscos profissionais, como o cancro profissional e a alergia profissional, vão colocando novos, e ainda mais complexos, desafios à prevenção dessa patologia do trabalho, designadamente no que diz respeito às estratégias ambientais da sua prevenção. De facto, a sua natureza estocástica determina a impossibilidade de estipular concentrações máximas admissíveis com a segurança que se obtém na prevenção de efeitos determinísticos, uma vez que parece não ser possível traçar níveis de exposição completamente seguros (UVA; SERRANHEIRA, 2013) Outras relações entre o trabalho e a saúde/doença, quase sempre esquecidas pela menor importância “legal”, atribuem ao trabalho uma importância crescente na matriz causal de muitas doenças, denominadas civilizacionais, não se confinando ao papel etiológico determinante, classicamente reconhecido por exemplo na ocorrência dos referidos acidentes de trabalho ou das doenças profissionais. 10 3.2 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA Fonte: data:image/jpeg O principal objetivo da constituição da CIPA é de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, atualmente está regulamentada pelos artigos 162 e 165 da CLT e NR 5 do MTE, cujas instruções trazem diversos ensinamentos a todos os envolvidos em segurança do trabalho e prevenção de acidentes (BARSANO, 2012). De acordo com Brasil (2007), a CIPA deve ser composta por representantes do empregador e trabalhador. Os representantes do empregador serão por ele designados, enquanto os dos trabalhadores serão escolhidos através de eleição direta, na qual o voto deverá ser secreto, o mandato terá duração de um ano. O treinamento possui carga horaria de vinte horas e deverá ser efetuado durante a jornada de trabalho, sendo no máximo oito horas por dia. O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por profissionais que possua conhecimentos sobre: estudo de ambiente, condições de trabalho, riscos originados do processo produtivo e investigações e análise de acidentes. 11 3.3 Equipamento de Proteção Individual – EPI Fonte: img.interempresas.net A referida norma é uma das principais que envolvem todas as outras diretrizes do atual Ministério da Economia, antigo Ministério do Trabalho, a qual dá a proteçãodireta, mais eficaz na percepção do trabalhador, sendo mais fácil de ser identificada a sua proteção, 4 diferentemente do EPC (Equipamento de Proteção Coletiva) no qual, nem todas as pessoas têm o entendimento deste equipamento genérico como exemplo: ar condicionado e placas de sinalização. Para explicar o que é um EPI através da norma: 6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera- se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (BRASIL, 2018). Em relação à obrigatoriedade do seu fornecimento aos trabalhadores: 6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, c) para atender a situações de emergência (BRASIL, 2018). Para o controle e proteção ao trabalhador existem os EPI, que são os equipamentos de proteção individual e pessoal. Quando há a impossibilidade de um controle mais afetivo, que levaria a eliminação de um risco e acidente de trabalho, esses aparelhos representam um recurso alternativo para minimizar a ação do risco 12 ao trabalhador. É importante deixar claro que o EPI não evita o acidente, mas sim a lesão minimiza a gravidade. Responsabilidade de quem fornecer o EPI: De acordo com a NR 6, os “EPIs devem ser fornecidos gratuitamente pelas empresas, sempre adequado aos riscos da função e em perfeito estado de conservação e funcionamento. Cabe ainda à empresa exigir aos seus funcionários o uso dos EPIs durante a jornada de trabalho, realizar orientações e treinamentos sobre o uso adequado e a devida conservação, além de substituir imediatamente quando danificado ou extraviado.” Para fins de evidência para a empresa, o fornecimento e troca de qualquer EPI deve ser registrado por meio de um formulário, que deverá ser preenchido sem rasuras e assinado pelo empregado. Obrigações do empregado quanto ao uso do EPI: É de responsabilidade dos empregados usar corretamente o EPI durante o trabalho, mantendo sempre em boas condições de uso e conservação, comunicar a empresa qualquer alteração que o torne impróprio para uso e cumprir as determinações sobre o uso adequado. A falta de registro de treinamento, distribuição e reposição do EPI caracterizam a omissão do empregador, sendo considerada como um ato faltoso, neste caso passível das penalidades previstas na NR 28, que é multa tabelada conforme a infração (MTE, 2010). Vale ressaltar que todos os EPIs precisam ter a indicação do Certificado de Aprovação - C.A, que vem descrito nas embalagens, ou no próprio equipamento, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. O uso do EPI é de uso exclusivo e individual, regido pela norma regulamentadora NR-6 Equipamento de proteção individual, por regulamentação é por obrigação do empregador oferecer a cada empregado, faz parte do padrão também, todo empregado utilizar o equipamento de proteção individual entregue pelo empregador. Fica alerta a má utilização do mesmo, advertências verbais e escrita e, em último caso demissão por justa causa. Para cada atividade um EPI especial será fornecido ao empregado, dessa forma buscando o êxito na execução da atividade, guardando a saúde dos envolvidos e neutralização dos riscos ambientais que serão evitados pelo uso adequado do equipamento de proteção. Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais ou enquanto 13 as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas. Será necessário o uso intensivo do EPI. Quanto ao EPI cabe ao empregador; Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; Fornecer ao empregado EPI´s aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; Orientar e capacitar o empregado quanto ao uso adequado acondicionamento e conservação; Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; Comunicar ao TEM (Ministério do trabalho e emprego) qualquer irregularidade observada. Quanto ao EPI cabe ao empregado; Utilizar apenas para a finalidade a que se destina; Responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação; Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. São nove os tipos de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, previstos na NR-06: a) PROTEÇÃO DA CABEÇA: É dividido entre capacete e capuz, de acordo com a NR-06, sendo destinados à proteção do crânio e pescoço contra quedas de objetos, choques elétricos, agentes térmicos, respingos de produtos químicos e agentes abrasivos ou escoriantes. b) PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE: Equipamentos destinados à proteção contra elementos que venham a prejudicar o trabalhador na região facial e olhos, dos riscos como impactos de partículas volantes, luminosidade intensa, radiação ultravioleta, radiação infravermelha e riscos de origem térmica. Ex.: óculos, protetores faciais e máscara de solda. c) PROTEÇÃO AUDITIVA: Equipamento destinado a minimizar as consequências de ruídos prejudiciais à audição. d) PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: Equipamentos destinados à utilização em áreas confinadas ou onde ocorram emissão de gases, materiais particulados, vapores, poeiras, névoas e fumos. 14 e) PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES: Equipamentos destinados à proteção de membros superiores contra agentes abrasivos e escoriantes, cortantes e perfurantes; choques elétricos; agentes térmicos; agentes biológicos; agentes químicos; vibrações; umidade e radiações ionizantes. Ex.: luvas, creme protetor, manga, braçadeira e dedeira. f) PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES: Utilizados para proteger os pés e pernas do operador contra agentes provenientes de energia elétrica; impactos de quedas de objetos; agentes térmicos; agentes abrasivos e escoriantes, cortantes e perfurantes; umidade; respingos de produtos químicos e baixas temperaturas. Ex.: calçado, meia, perneira e calça. g) PROTETOR DE TRONCO: Vestimentas utilizadas com o propósito de proteger o funcionário contra riscos de origem térmica, mecânica, química, radioativa, meteorológica e contra umidade e usos com água. O colete contra bala de arma de fogo também é considerado, pela norma NR-06, um equipamento de proteção individual. h) PROTETOR DE CORPO INTEIRO: É dividido entre macacão e vestimenta, ambos destinados à proteção contra agentes térmicos, respingos de produtos químicos, umidade e choques elétricos. I) PROTETOR CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL: Equipamento utilizado para trabalhos em altura. Ex.: dispositivo trava quedas e cinturão. 3.4 Equipamento de Proteção Coletivo – EPC Fonte: mundodaeletrica.com.br 15 Equipamento de proteção coletivo é todo equipamento utilizado para atender a vários trabalhadores ao mesmo tempo, destinado à proteção do trabalhador a riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. É importante que você saiba que o equipamento de proteção coletivo (EPC) se caracteriza em beneficiar um grupo de trabalhadores indistintamente. Eles eliminam ou reduzem os riscos na própria fonte, como é o caso do dispositivo de silenciador instalado nos automóveis para reduzir o ruído produzido pelo motor. Os EPC´s podem intervir nos métodos e processos de trabalhoe ações dentro da empresa. Nesse caso, podemos citar a música ambiente, que ajuda a reduzir o nível de estresse no trabalhador. Um exemplo de intervenção os métodos e processos de trabalho se refere à diminuição da velocidade de operação de uma máquina, com o objetivo de reduzir o número de acidentes. Equipamentos de proteção coletivos são os produtos ou dispositivos que se destinam a neutralizar o risco na sua própria fonte, oferecendo proteção aos trabalhadores (BRASIL, 2012). São exemplos de EPC: a) conjunto de aterramento; b) proteção em partes móveis de máquinas; c) cones e bandeiras de sinalização, entre outros; d) limpeza e organização dos locais de trabalho; e) sistema de exaustão colocado em um ambiente de trabalho onde há poluição; f) isolamento ou afastamento de máquina muito ruidosa; g) proteção nas escadas através de corrimão, rodapé e pastilha antiderrapante; h) instalação de avisos, alarmes e sensores nas máquinas, nos equipamentos e elevadores; i) instalação de para-raios; j) iluminação adequada. Confira a seguir alguns equipamentos e sistemas de proteção coletiva. Bandeirola de sinalização É importante verificar: a) se está rasgada ou desgastada; b) se a mesma é bem-amarrada nas escadas; c) se a mesma está no padrão utilizado pela empresa. 16 Caixa de primeiros socorros É importante verificar: a) se a relação dos medicamentos está junto à caixa; b) se a quantidade e qualidade são satisfatórias; c) se os estados resultantes do uso e da conservação estão adequados; d) se o medicamento não está com data vencida; e) se a mesma está guardada em local de fácil acesso e que não permita a deterioração dos medicamentos. Cones de sinalização É importante verificar: a) se há rachaduras ou partes quebradas; b) se as cores estão em condições de serem vistas à distância; c) se as condições de conservação e limpeza estão adequadas; d) se os cones estão guardadas adequadamente na viatura. Fita refletiva É importante verificar: a) se a fita está corroída ou rasgada; b) se a pintura fosforescente pode ser vista a distância e no escuro; c) se o comprimento é adequado; d) o estado de conservação e limpeza na faixa de segurança. Tapete de borracha É importante verificar: a) se o tapete está limpo e conservado; b) se há trincas ou rasgos que possam comprometer o isolamento elétrico; c) se o tamanho está de acordo com o estabelecido pela empresa; d) se os testes de isolamento estão atualizados. Placa de sinalização “NÃO LIGAR HOMENS NA LINHA’’: É importante verificar: a) se está quebrada ou amassada; b) se o letreiro é visível a distância; c) se o dispositivo de fixação está funcionando (BRASIL, 2012). 17 3.5 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO Conforme Brasil (2013), a NR 7 (2013) estabelece a obrigatoriedade da elaboração do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional –PCMSO, por parte de todos os empregadores, tendo o objetivo de preservação da saúde de seus trabalhadores. Todos os trabalhadores devem ter o controle de sua saúde de acordo com os riscos a que estão expostos. Além de ser uma exigência legal prevista no art. 168 da CLT, está respaldada na Convenção 161 da Organização Internacional do Trabalho -OIT, respeitando princípios éticos, morais e técnicos. É de responsabilidade da empresa contratante de mão-de-obra ou prestadora de serviços informarem os riscos existentes e auxiliar na elaboração e implementação do PCMSO, nos locais de trabalho onde os serviços estão sendo prestados (HOEPPNER, 2012). Da contratação a demissão do empregado, as empresas são obrigadas a realizarem uma série de exames médicos em seus funcionários, para verificar o estado de saúde que o empregador apresenta e diagnosticar se há existência de alguma doença (ZANETTE et al., 2018). Segundo Brasil (2013), a NR 7(2013), para cada exame realizado o médico emitirá um atestado de saúde ocupacional, com os seguintes requisitos mínimos: a) Os riscos ocupacionais específicos passíveis de causarem doenças, existentes na atividade do empregado; b) Indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador; c) Definição de apto ou inapto para a função especifica. 18 3.6 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRAO Fonte: admforte.com.br Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA (2017) tem como objetivo garantir a preservação da saúde dos trabalhadores frente aos riscos dos ambientes de trabalho (BRASIL, 2017). A NR 9 (2017) considera riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores. Os trabalhadores devem conhecer suas tarefas e os riscos a que estão expostos, para que trabalhem com segurança (GUIMARÃES, 2012). Classificação dos Riscos Fonte: ZANETTE et al., (2018). O PPRA deverá incluir as seguintes etapas (GUIMARÃES, 2012): - antecipação e reconhecimentos dos riscos; estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e 19 - controle; avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; monitoramento de exposição aos riscos; registro e divulgação dos dados. Riscos ambientais são agentes presentes nos ambientes de trabalho, capazes de afetar o trabalhador a curto, médio e longo prazo, provocando acidentes com lesões imediatas, que se equiparam a acidentes do trabalho. As necessidade e importância da área de segurança do trabalho só existem devido à presença natural de riscos nos ambientes de trabalho. Vale ressaltar que é comum confundir riscos ambientais com riscos ao meio ambiente. Os riscos ambientais abordam os agentes (ruídos, vibrações, vírus, produtos químicos entre outros que serão apresentados e que podem causar danos à saúde, segurança e bem- estar dos trabalhadores e que são originais do próprio trabalho. Identificar os riscos ambientais no ambiente de trabalho é uma tarefa de todos, estabelecer parâmetros de saúde e higiene do trabalho para deixar à atividade laboral tranquila e agradável. Para isso é necessário que tenhamos conhecimento dos riscos no local onde desenvolvemos as nossas atividades (PINTO, 2018). De um modo geral, devendo haver uma análise mais detalhada, caso a caso, e que consequências os tais riscos podem causar. Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação é fundamental. Os agentes ambientais ou riscos ambientais são aqueles que podem causar diretamente uma grave lesão aos trabalhadores envolvidos nas atividades. São conhecidos e reunidos a grupos, apresentando cada um uma cor e suas consequências ao trabalhador. Riscos físicos (Verde) Ruídos: Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição; Vibrações: Cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna, lesões ósseas, lesões dos tecidos; Calor: Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação, fadiga; Umidade: Doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças da pele, doenças circulatórias; Pressões anormais: Mal-estar, dor de ouvido, dor de cabeça, doença descompressiva ou embolia traumática Riscos Químicos (vermelho) 20 Poeira minerais (sílica, amianto, carvão mineral): Silicose (quartzo), pneumoconiose (minérios do carvão); Poeiras vegetais (algodão, bagaço de cana-de-açúcar): Bissinose (algodão), bagaços (cana-de-açúcar); Poeiras alcalinas (calcário): Doença pulmonar obstrutiva crônica, enfisema pulmonar. Riscos biológicos (marrom) Vírus: Hepatite, poliomielite, herpes, varíola, febre amarela, raiva (hidrofobia), rubéola, aids, dengue, meningite;Bactérias: Hanseníase, tuberculose, tétano, febre tifoide, pneumonia, difteria, cólera, leptospirose, disenterias; Protozoários: Malária, mal de chagas, toxoplasmose, disenterias, teníase; Fungos: Alergias, micoses, pé de atleta; Parasitas: Infecções parasitárias diversas, vermes intestinais. Riscos ergonômicos (amarelo) Esforço físico intenso, levantamento e transporte, manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno ou noturno, jornada prolongada de trabalho, monotonia e repetitividade, outras situações causadoras de “stress” físico e/ou psíquico. Podem causar como consequência: cansaço, dores musculares, fraquezas, doenças como hipertensão arterial, úlceras, doenças nervosas, agravamento do diabetes, alterações do sono, da vida social com reflexos na saúde e no comportamento, agravamento da asma, tensão, ansiedade, medo (PINTO, 2018). Riscos de acidentes (azul) Arranjo físico inadequado: acidente, desgaste físico excessivo; Máquinas e equipamentos sem proteção: Acidentes graves; Ferramentas inadequadas ou defeituosas: acidentes principalmente com repercussão nos membros superiores; Iluminação inadequada: Desconforto, fadiga e acidentes; Eletricidade: Curto-circuito, choque elétrico, incêndio, queimaduras, acidentes fatais; 21 Probabilidade de incêndio ou explosão: Danos materiais, pessoais, ao meio ambiente, interrupção do processo produtivo; Armazenamento inadequado: Acidentes, doenças profissionais, queda da qualidade de produção. Animais peçonhentos: Acidentes, intoxicação e doenças. Os riscos ambientais são existentes em todos os tipos de atividades, cabe ao empregador, colaborador e as demais autarquias do setor, identifica-los e prevenir ou eliminar da melhor forma possível. O uso do EPI - Equipamento de proteção individual é tão importante quanto a atenção do trabalhador que desenvolve as usas atividades diárias (PINTO, 2018). 3.7 Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho De acordo com Ministério do Trabalho e Emprego (1993) a NR 24 exige que as condições sanitárias devam atender as dimensões mínimas essências, possuir aparelho sanitário, mictório, chuveiros, vestiário feminino/masculino e refeitório, permanentemente possuir higienização e manter o ambiente limpo e desprovido de qualquer cheiro, durante toda a jornada de trabalho. Os locais onde as instalações sanitárias estão instaladas deverão possuir papel toalha e deverá ser separado por sexo, devem ser submetidos a processo permanente de higienização, para que sejam mantidos limpos e desprovidos de quaisquer odores, durante toda a jornada de trabalho. As áreas destinadas aos sanitários deverão atender as dimensões mínimas essenciais. Considera-se aceitável a metragem de 1 (um) m² para cada sanitário a cada 20 (vinte) trabalhadores em atividade (HOEPPNER, 2012). A NR 26 (2015) tem como objetivo a fixação decores que devem ser usadas no local de trabalho para alertar sobre a prevenção de acidentes, assim identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas e indicando os riscos. As cores são utilizadas com a finalidade de indicar e advertir acerca dos riscos existentes, porém somente o uso das cores não atende a norma, pois a comunicação básica de segurança e saúde ocupacional requer a necessidade de utilização de diferentes formas para o entendimento do que se refere a norma (REIS, 2010). É recomendada a instalação de placas nos locais de maior risco e fluxo, pois a facilidade de esquecimento da informação recebida, morre se não é repetido ou visto. 22 3.8 Sinalização de segurança Conforme Portaria 3.214 de 08/06/1978, Norma regulamentadora Nº 26 Sinalização de Segurança, cabe às empresas a implementação de sinalização de segurança nos locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes, assim como a orientação de seus empregados quanto a importância de obedecer a sinalização e orientações de segurança disposta nas frentes de trabalho. A importância das sinalizações no ambiente de trabalho, tem um grande papel e interação para evitar acidentes, como identificação de canalizações, equipamentos de segurança, placas de advertência de riscos, delimitação das áreas e recomendações de medidas (PINTO, 2018) Para cada cor é designado um objetivo; Cor Vermelha É a cor empregada para identificar e distinguir equipamentos de proteção e combate a incêndio, e sua localização, inclusive portas de saída de emergência. Cor Amarela É a cor usada para indicar “cuidado! ” É utilizada, por exemplo, em: partes baixas de corrimões, parapeitos, pisos e portas de elevadores que fecham verticalmente. Cor Branca Esta é a cor empregada em: a) faixas para demarcar passadiços, passarelas e corredores pelos quais circulam exclusivamente pessoas; b) setas de sinalização de sentido e circulação; c) localização de coletores de resíduos; d) áreas em torno dos equipamentos de socorros de urgência e outros equipamentos de emergência; e) abrigos e coletores de resíduos de serviços de saúde. Cor Azul É a cor utilizada para indicar uma ação obrigatória, como: a) determinar o uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual) (por exemplo: “Use protetor auricular”); 23 b) impedir a movimentação ou energização de equipamentos (por exemplo: “Não ligue esta chave”, “Não acione”). Cor Verde É a cor usada para caracterizar “segurança”. É empregada para identificar: a) localização de caixas de equipamentos de primeiros socorros; b) caixas contendo equipamentos de proteção individual; c) faixas de delimitação de áreas seguras quanto a riscos mecânicos; f) faixas de delimitação de áreas de vivência (áreas para fumantes, áreas de descanso, etc.) Cor Laranja É a cor empregada para indicar “perigo”. É utilizada, por exemplo, em: a) partes móveis e perigosas de máquinas e equipamentos; b) faces e proteções internas de caixas de dispositivos elétricos que possam ser abertas; c) equipamentos de salvamento aquático, como boias circulares, coletes salva- vidas, flutuadores salva-vidas e similares. Cor púrpura É a cor usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares (PINTO, 2018). 3.9 Segurança e saúde do trabalho em espaços confinados O objetivo da NR 33 (2012) é estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle de riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços (REIS, 2010). O empregador deve garantir que os trabalhadores possam interromper suas atividades e abandonar o local de trabalho, sempre que suspeitarem da existência de risco grave para sua segurança e saúde de todos os trabalhadores (REIS, 2010). A NR 35 (2016) estabelece as medidas de proteção para o trabalho em altura, abrangendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir 24 a segurança e a saúde dos trabalhadores que estão envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade (BRASIL, 2016). Pode-se considerar trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 metros do nível inferior, onde haja qualquer risco de queda (HOEPPNER, 2012). 3.10 Matriz de risco A matriz de risco consiste em um processo onde se busca verificar os efeitos da combinação de duas variáveis, por ser resultado de uma mensuração com a 14 definição do nível de risco hipotético e sua frequência. Todas as variáreis correlacionadas a acidentes em conexão dentro de uma organização, são determinadas. No caso dos armazéns, são todos os riscos de acidentes que ocorre internamente, adicionandoa probabilidade que ela ocorra e a severidade que podem ocorrer, conforme ilustração a seguir: Matriz de risco dos acidentes de trabalho: Fonte: LOBATO (2016) 25 4 ERGONOMIA Fonte: solinemoveis.com.br A Ergonomia, Segurança e Saúde no Trabalho atuam como um conjunto de medidas adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, as doenças ocupacionais, bem como para proteger a integridade física e mental de cada trabalhador e trabalhadora. Nesse sentido a prática da Segurança e Saúde no trabalho precisa evoluir de uma postura baseada apenas no atendimento da legislação para objetivar resolver os graves problemas sociais e econômicos oriundos de ambientes de trabalho inadequados, por meio de alternativas que visem a melhor maneira de executar o trabalho, modificando os sistemas organizacionais para adequar as atividades às características, habilidades e limitações dos/as trabalhadores/as, a fim de promover seu desempenho eficiente, confortável e seguro (ROSA & QUIRINO, 2018). Ainda que o termo Ergonomia seja relativamente recente, a utilização de seus conhecimentos é bastante antiga, remonta à criação das primeiras ferramentas. A Ergonomia, no sentido de adaptar o ambiente natural e construir objetos artificiais para atender às suas conveniências, surge na pré-história, quando o homem pré-histórico escolheu uma pedra de formato que melhor se adaptasse à forma e movimentos de sua mão e descobriu que as ferramentas proporcionavam poder e facilitavam as tarefas como caçar, cortar e esmagar. Também Paschoarelli e Silva (2010) constatam que há contribuições para a Ergonomia em estudos de Leonardo da Vinci (1452- 1519), principalmente os estudos anatômicos e fisiológicos. A antropometria atual, conhecimento das formas e medidas do corpo aplicado em projetos, originou-se nos 26 estudos de Da Vinci que combinou, em um mesmo desenho, o homem inserido no círculo e no quadrado, promovendo estudos acerca das dimensões e movimentos humanos. No século XVII, de forma mais intensificada a partir da Primeira Revolução Industrial, principalmente em construções, já se observavam preocupações em poupar a saúde e integridade física dos/as trabalhadores/as com a inserção das máquinas nos postos de trabalho pesados. Destacam-se os estudos de Bernard Forest de Belidor, engenheiro civil militar, que se dedicou ao planejamento do trabalho e das interfaces ergonômicas na organização do trabalho, construindo instrumentos que facilitavam o carregamento de peso (PASCHOARELLI e SILVA, 2010, p.18). A Ergonomia ampliou suas bases cientificas, de um lado em direção à Biometria e à Biomecânica e, de outro, em direção à Psicologia Social e à Sociologia. Contribuindo para as duas vertentes da Ergonomia, chamadas de: (i) Ergonomia Americana, anglo-saxônica ou human factors (“fatores humanos”) e a (ii) Ergonomia Francesa. A Ergonomia Americana surgiu formalmente com a criação da Human Factors Society, em 1957 e foca nos aspectos físicos da relação humano/máquina, utilizando- se bastante de pesquisas em laboratório. Essa vertente é amplamente criticada por trabalhar com resultados obtidos por meio de experimentos, afastando e excluindo as atividades realizadas pelos (as) trabalhadores (as). A Ergonomia francesa, por sua vez, realiza estudos das atividades reais dentro da indústria, preocupa-se com o estudo da situação humano/atividade, buscando a adequação dos postos de trabalho com base na análise da situação existente (ROSA & QUIRINO, 2018). Conforme Vidal (2010), em sua atividade de trabalho, o ser humano interage com os diversos componentes do sistema de trabalho, com os equipamentos, instrumentos, mobiliários, e questões subjetivas como hierarquia e gestão organizacional. Observa-se que os/as trabalhadores/as toleram mal as tarefas fragmentadas, com tempos curtos para execução, principalmente quando esse tempo é imposto por uma máquina ou pela gerência, e sentem-se bem quando são solicitados a resolverem problemas ligados à execução das tarefas. Logo, na visão do autor, a Ergonomia busca tratar o/a trabalhador/a como um ser que pensa e age, não apenas como mero executor de tarefas fragmentadas e apêndice das máquinas. Com o propósito de regular as condições de trabalho que devem ser adaptadas ao trabalhador foi criada a norma regulamentadora nº 17 (Ergonomia) do Ministério do 27 Trabalho e Emprego, regulamentada pela Portaria Nº 3.214, de 08 de junho de 1978, que aprova as normas regulamentadoras do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. Assim o trabalhador irá ter um ambiente de trabalho melhor adaptado a sua condição e dificilmente irá se afastar do trabalho por motivos de doenças relacionadas à sua função, e irá também apresentar um rendimento melhor. Existem algumas práticas para solucionar e/ou amenizar esses fatores adversos causados pelo não uso da ergonomia, para isso é necessário que as organizações contratem colaboradores ou uma consultoria externa com alto nível de instrução para analisar os riscos ergonômicos. É possível estabelecer a aplicação da ergonomia no ambiente de trabalho através dos seguintes passos: 1) – Elaboração do Programa de Ergonomia, que consiste no levantamento dos riscos ergonômicos e na concepção do programa de ergonomia; 2) – Conscientização dos Funcionários, que se dá através de treinamentos e palestras a conscientização dos funcionários acerca dos riscos ergonômicos e sua prevenção; 3) – Aperfeiçoamento do Programa de Ergonomia, que se dá através da correção e aperfeiçoamento do programa de ergonomia aplicado no ambiente de trabalho (GOULART, 2017). É importante citar que infelizmente existem alguns obstáculos para a aplicação da ergonomia como: anarquia gerencial, falta de conhecimento das vantagens da ergonomia aplicada, assessoria inadequada, valores da empresa, custos iniciais e durante a realização do projeto. Atualmente, a Associação Internacional de Ergonomia divide o tema em três domínios específicos: ergonomia física, ergonomia cognitiva e ergonomia organizacional. 4.1 Ergonomia cognitiva A ergonomia cognitiva tem como assunto a mobilização operatória das capacidades mentais do ser humano em situação de trabalho. Este campo da ergonomia tem como programa mínimo: - Inovações nos equipamentos, sobretudo que no que tange à usabilidade das interfaces entre o operador e os equipamentos; 28 - Confiabilidade humana na condução de processos, prevenindo as consequências dos erros humanos no controle de sistemas complexos e perigosos; - Otimização na operação de equipamentos informatizados e seus softwares, prevenindo seu funcionamento inadequado ou bloqueios; - A construção da formação de novos empregados na implantação de novas tecnologias e/ou novos sistemas organizacionais; - Estabelecimento e manutenção de sistemas seguros, confiáveis e eficientes de comunicação e de cooperação. Em dois campos se divide a ergonomia cognitiva: a cognição individual e a cognição coletiva ou social. No campo da cognição individual se reúnem os vários estudos sobre o raciocínio e tomada de decisão que têm serventia na elaboração de procedimentos e normas operacionais. Na cognição coletiva, especialmente nos sistemas de interconecção de múltiplos agentes. Os sistemas de controle em rede que envolve a intervenção simultânea de vários operadores comuns, por exemplo, no controle de trafego aéreo, têm se disseminado em outras situações industriais e de serviços, numa tendência de integração que parece substituir a filosofia de centralização em voga há bem pouco tempo atrás. O indivíduo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de percepção, absorção e retenção de informações se submetido a fatores como carga mental, estresse, pressão psicológica, entreoutros que fazem parte do cotidiano das empresas. 4.2 Ergonomia organizacional Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com 29 Também conhecida como macroergonomia, a ergonomia organizacional parte do pressuposto que todo o trabalho ocorre no âmbito de organizações. A ergonomia organizacional pretende potencializar os sistemas existentes na organização, incluindo a estrutura, as políticas e processos da organização. Algumas das áreas específicas são: trabalho em turnos, programação de trabalho, satisfação no trabalho, teoria motivacional, supervisão, trabalho em equipe, trabalho à distância e ética. Concerne à otimização dos sistemas sócio técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações (domínio aeronáutico), projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, tele trabalho e gestão da qualidade. Segundo VIDAL (2010), aplicações que a ergonomia pode trazer para o plano organizacional se fundamentam na sabida determinação da tecnologia física sobre a organização do trabalho e as condições de trabalho, elementos que irão compor a equação dos resultados da empresa. As maiores aplicações da ergonomia no campo organizacional têm sido: - Modelagem de processos para a elaboração de cenários e roteiros para as mudanças organizacionais; - Análise dos requisitos das novas propostas organizacionais em termos de capacidades, limitações e demais características, especificando necessidades de treinamento e de novas competências; - Construção de roteiros de implementação para evitar a descapitalização ou desaproveitamento do capital de competência (know-how) existente sobretudo no nível operacional; - Perícia e prevenção de acidentes. 4.3 Ergonomia física Por ergonomia física se entende o foco da ergonomia sobre os aspectos físicos de uma situação de trabalho, e eles são inegavelmente reais: trabalhar engaja o corpo do trabalhador exigindo-os de várias formas ao longo da jornada de trabalho. A ergonomia física busca adequar estas exigências aos limites e capacidades do corpo, através do projeto de interfaces adequadas para o relacionamento físico 30 homem-máquina. Para tanto são necessários diversos conhecimentos sobre o corpo e o ambiente físico onde a atividade se desenvolve. (VIDAL,2010). Do ponto de vista de sua aplicabilidade, o campo da ergonomia física irá se concretizar na realização de especificações relativas ao posto e ao método de trabalho, bem como sobre o ambiente. Os tópicos relevantes incluem o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde. 5 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT) Fonte: googleusercontent.com A promoção da qualidade de vida no trabalho é um campo incipiente que privilegia o respeito e a valorização da vida individual e coletiva (SAUER & RODRIGUEZ, 2014). Apesar de ser um termo amplamente utilizado na literatura e na prática das organizações, percebe-se algumas divergências teóricas e metodológicas acerca do que caracteriza a qualidade de vida no trabalho. Sampaio (2012) afirma que não existe um conceito chave para o termo e segundo o autor o que há é uma “noção de qualidade de vida no trabalho, ou seja, um ‘guarda-chuva teórico’ com consequências práticas, associado a outros fenômenos organizacionais e relacionados à saúde mental”. Nessa mesma direção, ao constructo qualidade de vida no trabalho foi herdada a amplitude da definição mais gera de qualidade de vida, utilizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que se refere a um estado de pleno bem-estar físico, mental 31 e social e que, por isto, engloba aspectos diversos como motivação, satisfação, condições de trabalho, estresse, estilos de liderança, entre outros. Além disso, há quatro ênfases nos estudos sobre qualidade de vida no trabalho: a preocupação com o bem-estar e satisfação do trabalhador aliado ao aumento da produtividade; o envolvimento dos trabalhadores nas decisões e problemas do trabalho; a humanização do trabalho; e a forma de pensar sobre pessoas, trabalho e organizações (FARSEN et al., 2018). Algumas correntes teóricas dão ênfase aos fatores pessoais que interferem na qualidade de vida. Guimarães (2015), por exemplo, afirma que a percepção da qualidade de vida é individual e subjetiva tendo relação com as percepções culturais e sociais dos seres humanos. Existem, oito dimensões que interferem na qualidade de vida. - A primeira é a compensação adequada e justa, que descreve aspectos relacionados à equidade salarial interna e externa e aos benefícios oferecidos pela empresa; - A segunda abarca as condições de trabalho, que devem ser seguras e saudáveis; - A terceira refere-se às oportunidades de desenvolvimento das capacidades, que trata da autonomia, da possibilidade de aplicar habilidades variadas e obter informações sobre o processo total do trabalho; - A quarta dimensão considera as oportunidades de crescimento e segurança, de se desenvolver na carreira e ter segurança no emprego; - A quinta abrange a integração social na organização de trabalho, marcada pela ausência de preconceitos, pelo apoio dos grupos primários, o senso de comunidade, a abertura interpessoal e o igualitarismo; - A sexta demarca a importância das normas e regras, respeito à privacidade pessoal e à adesão a padrões de igualdade; - A sétima relaciona-se ao trabalho e espaço total da vida, mostrando que para haver qualidade de vida deve-se ter uma relação equilibrada entre o papel do trabalho e os outros níveis de vida do empregado, com possibilidade de tempo livre para a família, para os seus hobbies e atividades cívicas; - A oitava e última dimensão envolve a relevância social da vida no trabalho, ou seja, a forma como a organização se posiciona frente ao ambiente onde atua, se é 32 socialmente responsável, etc., fator que pode afetar o valor que os trabalhadores dão para o seu trabalho. Em termos históricos, o conceito de qualidade de vida no trabalho tem como base de origem dois movimentos: a saúde do trabalhador e a gestão da qualidade e da produtividade (LIMONGI-FRANÇA, 2015). O termo vem sendo utilizado desde 1970, em empresas estadunidenses, além de terem sido realizados estudos e pesquisas no Canadá e na França. Conforme sua concepção, a qualidade de vida no trabalho é “a percepção de bem-estar pessoal no trabalho, composta de dimensões relativas às necessidades humanas, biológicas, psicológicas, sociais e organizacionais” (LIMONGI-FRANÇA, 2015). Essa percepção pode ser alterada por meio de condições intrínsecas e extrínsecas. A primeira está relacionada a fatores pessoais como personalidade, história de vida e autoestima, enquanto as condições extrínsecas referem-se à comparação com grupos e pares ocupacionais, fatores socioeconômicos e às políticas e práticas de gestão de pessoas utilizadas nas organizações (LIMONGI-FRANÇA, 2015). 6 DOENÇAS OCUPACIONAIS Fonte: data.aptosmed.com.br Com o crescimento da competitividade no mercado também cresce o aumento de doenças relacionadas ao trabalho. As pessoas passam grande parte do dia envolvidas com as atividades no trabalho e muitas vezes passam despercebidos 33 os cuidados com a sua saúde. Algumas das doenças que podem ser desenvolvidas no trabalho são LER , PAIR, Catarata, Lombalgia, Intoxicação química, Dermatite de contato, Insolação e Queimadura solar, Conjuntivite por radiação, Doenças Psicossociais e Estresse. Moraes (2014) relata causas e sintomas de algumasdoenças: PAIR - Causas: exposição prolongada a ruídos altos. Sintomas: dificuldades de audição; Conjuntivite por radiação - Causas: exposição a fontes de luz ultravioleta (como a do sol ou de soldas) ou infravermelha (como as de fornos). Sintomas: vermelhidão e ardor nos olhos; Lombalgia -Causas: carregamento de peso de forma inadequada. Sintomas: dores na musculatura vertebral, musculatura endurecida; LER - Causas: execução constante de movimentos repetitivos por longos períodos. Sintomas: dores, sensação de formigamento e fisgadas, fadiga muscular e perda de força; Intoxicação química - Causas: exposição prolongada a tintas, solventes e outros componentes químicos. Sintomas: fraqueza, náusea. Como prevenir: seguir a orientação de uso dos produtos indicada pelo fabricante; usar máscara; Dermatite de contato - Causas: pode ser desencadeada por substâncias presentes em solventes, tintas, resinas e ácido sulfúrico ou o contato com cimento ou cal. Sintomas: coceira na pele e formação de bolhas que podem estourar, formando crostas e descamações; Insolação e queimadura solar - Causas: exposição prolongada aos raios solares ou outras fontes de calor. Sintomas: bolhas, vermelhidão e queimaduras na pele. Em alguns casos, a insolação pode provocar tontura, falta de ar, náuseas, dor de cabeça. Essas doenças podem ser evitadas com o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) como protetores auriculares, óculos, máscaras, luvas, botas, capacetes de segurança, o uso de protetor solar, não carregar pesos excessivos, trabalhar com a postura adequada para não afetar a coluna, fazer pausas para alongamentos, além da importante participação do técnico de segurança do trabalho que deve fazer um laudo sobre todos os riscos no ambiente de trabalho e a partir daí realizar ações para prevenir ou reduzir as consequências negativas que podem acontecer ao colaborador. 34 Ter uma ocupação no mercado de trabalho para muitas pessoas é uma realização pessoal e profissional, principalmente quando o ambiente de trabalho é harmonioso, com coleguismo e satisfação. O trabalho também pode ser um lugar de grande insatisfação, acarretando problemas de saúde, que se não for identificado em tempo pode causar enfermidades até com grandes prejuízos psíquicos. A relação entre saúde mental e o trabalhador é um assunto pouco estudado e pesquisado no Brasil. De outro modo, o alcoolismo, o consumo de drogas, o surgimento de fobias e doenças psicossomáticas- úlceras, gastrites, hérnia de hiato, problemas cardíacos etc.- são alguns dos distúrbios que podem se manifestar em virtude de desajustes mentais do indivíduo em seu ambiente de trabalho (CARVALHO, 2013, p.291). São vários os fatores que podem causar doenças psicológicas no trabalhador, como o aumento da carga de trabalho, os conflitos diários com colegas de trabalho por agir ou pensar de forma diferente, cobranças excessivas que o trabalhador pode não suportar, o autoritarismo da chefia, a realização de atividades inadequadas com desvios de função, comunicação ineficaz, falta de apoio da parte de chefias e colegas, estresse com clientes, monotonia das tarefas, falta de participação na tomada de decisões, insatisfação pessoal e desvalorização profissional, que influenciam negativamente no desempenho do profissional, levando muitas vezes à dependência do álcool, das drogas ou à depressão (MOTA & MARTINS, 2018). 7 REGULAMENTAÇÃO DA SAÚDE DO TRABALHADOR 7.1 Constituição Federal A Carta Magna traz o tema saúde do trabalhador em dois artigos diferentes: no art. 7º, que aborda os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais; e no art. 200, que versa sobre as competências do Sistema Único de Saúde (SUS). Apresenta os seguintes dispositivos acerca do tema: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; 35 XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; (grifos nossos) 7.2 Lei Orgânica da Saúde A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que “Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências” – conhecida como Lei Orgânica da Saúde –, inclui a saúde do trabalhador no âmbito do SUS. Além de definir saúde do trabalhador, como visto anteriormente, estabelece sua abrangência: Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): c) de saúde do trabalhador § 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo: I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho; II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho; III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde; V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional; VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas; VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores. 36 8 CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO - CLT Fonte: googleusercontent.com O Decreto-Lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943, que “aprova a Consolidação das Leis do Trabalho”, aborda o tema segurança e medicina do trabalho em seu Capítulo V, cuja redação foi dada pela Lei nº 6.514, de 1977. Nas disposições gerais desse Capítulo, que compõem sua Seção I, a Lei obriga todas as empresas às normas que estatui,explicitando que isso não as desobriga de seguir também outras regras constantes de códigos de obras ou regulamentos sanitários dos estados ou municípios, bem como oriundas de convenções coletivas de trabalho (ANDRADE et al., 2014). Ainda em suas disposições gerais, determina o papel a ser exercido por todos os atores envolvidos. Atribui às Delegacias Regionais do Trabalho (DRT) competência especial para fiscalizar o cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho, adotar as medidas necessárias para corrigir eventuais situações em desacordo com tais normas e impor as penalidades cabíveis por seu descumprimento. Todavia, mediante convênio autorizado pelo MTE, tais atribuições poderão ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais. Quanto às empresas, afirma que devem cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho, instruindo os empregados quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais. Além disso, devem adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente e facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. 37 Cabe aos empregados, em contrapartida, observar as normas de segurança e medicina do trabalho e colaborar com a empresa em sua aplicação. A Lei classifica como ato faltoso do empregado a recusa injustificada à observância das instruções expedidas pelo empregador ou ao uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) fornecidos pela empresa (ANDRADE et al., 2014). A CLT opta por delegar ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) tanto a regulamentação quanto a execução de medidas e políticas específicas acerca da saúde e da segurança no trabalho, bem como sua fiscalização: Art. 155 - Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho: I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no art. 200; II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho; III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do trabalho. O Ministério regulamenta as questões de saúde e segurança no trabalho por meio das Normas Regulamentadoras (NR), constantes da Portaria n.º 3.214, de 1978, que será descrita posteriormente. Apesar dessa delegação expressa, a CLT trata alguns temas específicos nas várias seções do Capítulo V, listadas a seguir. Na maioria das vezes, contudo, o faz de forma sucinta e pouco aprofundada, deixando que a regulamentação infralegal os detalhe e pormenorize (ANDRADE et al., 2014). 9 INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE 38 Fonte: googleusercontent.com É extenso a demanda de processos que requerem a execução de perícia para averiguar a ocorrência ou não de insalubridade e/ou periculosidade nos postos de trabalho, sendo o tema instituído pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) no artigo 195, no qual: Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. Sendo assim, as perícias para apuração da insalubridade e periculosidade, presididas na portaria 3.214/78, respectivamente nas normas – NR 15 Atividades e Operações Insalubres e NR 16 Atividades e Operações Perigosas, responsabilizam o Engenheiro de Segurança do Trabalho ou Médico do Trabalho, podendo as mencionadas perícias serem impugnadas por assistentes técnicos. Com a normatização do direito do trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho, a Constituição Federal de 1988, garantiu em seu art. 7º, inciso XXIII, a concessão do adicional de penosidade, insalubridade e periculosidade. Desse modo, alguns adicionais foram integrados ao direito dos trabalhadores antes mesmo de serem empregados expressamente na Constituição Federal como direitos fundamentais dos trabalhadores, através da promulgação da Lei Federal n.º 6.514 de 1977 (BRASIL, 1977). 39 9.1 Adicional de insalubridade As atividades que tipificam o adicional de insalubridade foram estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, conforme previsto no art. 190 da CLT, visto que, expõem os empregados a agentes físicos, químicos ou biológicos nocivos à saúde. Conquanto o texto do art. 192 da CLT tenha definido o adicional de insalubridade para a exposição aos agentes nocivos acima do limite de tolerância (critério quantitativo), a indicação da insalubridade se dá também por critério qualitativo, como nos casos de insalubridade por exposição a agentes biológicos, que indefere de apropriação a limite de tolerância (critério qualitativo). Desse modo, a caracterização e a classificação da insalubridade resulta de perícia, de acordo com o art.195 da CLT (REZENDE & ALONSO, 2019). A ocupação que exponha o trabalhador a condições insalubres, mesmo que intermitentemente, deve ser remunerado com o acréscimo do adicional de insalubridade, consoante entendimento fixado pelo Súmula nº47 do Tribunal Superior do Trabalho – Insalubridade: “O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. ” Logo, a atividade que ensejar o pagamento do adicional de insalubridade, nos termos fixados pela Portaria n. º 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego, será remunerado com o acréscimo de 10%, 20% ou 40% sobre o salário- mínimo, equivalente à insalubridade em graus mínimo, médio e máximo. De acordo com a Norma Regulamentadora – NR 15, da Portaria n. º 3.214/78, do Ministério do Trabalho, quando o trabalhador está condicionado a mais de um agente nocivo, deve ser considerado apenas o fator de insalubridade em maior grau. Ressalta-se, ainda, que o fornecimento do Equipamento de Proteção Individual (EPI) validado pelo órgão competente do Poder Executivo pode retirar o agente agressivo gerador do adicional de insalubridade, conforme a Súmula n. º 80 do TST. Apesar disso, a exclusão do pedido de insalubridade não basta o fornecimento de EPI, deve ser considerado também o uso eficaz (Súmula n. º 89 do TST) e a troca dentro do prazo de validade do Equipamento de Proteção Individual (BRASIL, 2018). O enquadramento da insalubridade está classificada a todo e qualquer agente químico, físico, biológico, com a devida previsão legal que, direta e indiretamente produza danos à saúde do trabalhador. Segundo o artigo 189, da CLT2: Art. 189 – Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua 40 natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. 9.2 Adicional de periculosidade Por meio do significado de perigo é realizável diferenciar o risco ou ameaça a que se expõe o trabalhador sujeito às condições periculosas, de acordo a definição fixada pela Norma Regulamentadora – NR 16, do Ministério do Trabalho, diversamente da insalubridade (BRASIL, 2018). O adicional de periculosidade é concedido aos empregados que atuam em contato permanente ou intermitente com explosivos ou inflamáveis, em condições de risco intensificado, conforme art. 193 da CLT. Aos empregados que desempenham suas atividades laborais nas condições descritas na lei e comprovado por meio de perícia, deve ser pago o adicional de periculosidadeno percentual de 30% sobre o salário-base. Caso o adicional de insalubridade for pago de forma habitual, este integrará o cálculo da indenização, das férias, do 13º, aviso prévio e do FGTS, além de repercutir também para o cálculo das horas extras e noturnas (REZENDE & ALONSO, 2019). A aplicabilidade da Portaria n. º 518 do MTE foi pacificada pela orientação jurisprudencial n. º 345 da SDII do TST. Por fim, a Lei 12. 704/12 expandiu o rol de atividades perigosas para introduzir os profissionais de segurança pessoal ou patrimonial expostos a roubo ou outras espécies de violência. Ainda, o trabalhador exposto à substância radioativa ou radiação ionizante tem direito ao pagamento do adicional de periculosidade (BRASIL, 2012). O Enquadramento da periculosidade a fim de compensar a exposição ao risco inerente ao exercício com agentes e condições consideradas pela CLT como “perigosas”, o legislador estabeleceu a concessão do adicional de periculosidade. Seu fundamento pode ser extraído a partir da interpretação do disposto no art. 193, da CLT: Art. 193: São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: 41 I – inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II – roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. 9.3 Da cumulação dos adicionais de insalubridade e periculosidade A Consolidação das Leis do Trabalho, prevê o pagamento do adicional de insalubridade pelo exercício da atividade em condições insalubres, bem como a concessão do adicional de periculosidade para tais trabalhadores que ficam expostos a agentes perigosos. Ainda assim, caso o trabalhador exerça profissão em ambiente de trabalho em que os dois agentes estejam presentes, conforme dispõe o artigo 193, §2º da CLT4, (BRASIL, 1943) haverá este escolher entre um dos adicionais pertinentes. No mesmo âmbito, a Portaria n. º 3.214/1978 do MTE, no item 15.3 da NR 15 – Atividades e Operações Insalubres, define que: “no caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa”. O trabalhador que exerça sua atividade em um ambiente que configure o direito a adquirir ambos os adicionais serão tratados da mesma forma daquele que tem direito a embolsar somente um destes, não podendo fazer gozo dos dois adicionais simultaneamente. Não obstante a Jurisprudência predominante ainda seja no sentido de não acatar a cumulação entre os referidos adicionais, a 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho5, permitiu a cumulação desses no processo em grau de recurso de n.º RR-1072-72.2011.5.02.0384, perante o fundamento de que as normas constitucionais e supralegais são hierarquicamente superiores à CLT, e que, por conta disso, admitiram a cumulação dos adicionais (REZENDE & ALONSO, 2019). 9.4 NR 15 – Atividades e Operações Insalubres ANEXO 1 e 2 - RUÍDO De acordo com o autor Saliba (2015), o ruído é o fenômeno físico vibratório com características indefinidas de variações de pressão em função da frequência, isto é, para uma dada frequência podem existir, em forma aleatória através do tempo, variações de diferentes pressões. Conforme estabelecido na NR 15, o anexo 1 aponta: 42 Os anexos 1 e 2 estabelecem o tempo em que se pode estar exposto aos respectivos limites de tolerância, onde a aferição quantitativa do ruído se faz necessária para a caracterização, quando procedente, em grau médio. Em casos onde a exposição a níveis de ruído acima de 115 dB (A), é necessário que exista proteção adequada, e quando na discordância desta orientação, a atividade passa a oferecer risco grave e iminente, conforme expõe o §7 deste anexo. ANEXO 3 – CALOR O anexo terceiro aborda o fator calor, estabelecendo limites de tolerância em função do tempo em que se é exposto, embasado no IBUTG e necessitando de uma avaliação quantitativa que analisará a configuração ou não da insalubridade. Para aferição, neste caso se utilizam três aparelhos: termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo, e termômetro de mercúrio comum. A partir do índice obtido, em trabalhos intermitentes, o quadro 1 estabelece: 43 Para limites de tolerância, o quadro 2 orienta: Por classificar o tipo de atividade, o quadro 3 dispõe: ANEXO 5 - RADIAÇÕES IONIZANTES 44 Em atividades ou operações onde existe a exposição às radiações ionizantes, os limites de tolerância estão estabelecidos pelo órgão regulamentador de atividades nucleares no país, o CNEN, constando na Resolução N. 12/88. ANEXO 6 - TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS Este anexo aborda normas relativas a trabalhos sob pressão hiperbárica, podendo ser trabalhos em ar comprimido, e trabalhos submersos. O descumprimento da norma se classifica como de grave risco e iminente, conforme consta na NR 3, Portaria n. 3.124, sendo considerado grau máximo quando não houver neutralização ou eliminação, descumprindo as conformidades exigidas. Ainda que enquadrada na norma que aborda a insalubridade, os trabalhos sobre pressões hiperbáricas poderiam ser interpretados como atividades perigosas, remetendo à NR 16, sendo esta a interpretação de Saliba (2015). ANEXO 7 – RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES A norma referente a radiações não-ionizantes considera as microondas, o laser e o ultravioleta como tal, e em caso de exposição do trabalhador a estas radiações, serão consideradas insalubres, tendo como exceção quando se tratar da luz negra (ultravioleta na faixa – 400 – 320 nanômetros), onde não se caracteriza atividade insalubre. No caso deste anexo, a norma brasileira não seguiu o padrão adotado pela ACGIH, onde se pode encontrar limites à exposição a este tipo de radiação, diferenciando em relação aos outros anexos desta norma. Quando caracterizada, a insalubridade neste caso é de grau médio. ANEXO 8 - VIBRAÇÃO O anexo que trata da vibração toma por base os parâmetros de tolerância estabelecidos pela norma ISO, necessitando de avaliação quantitativa para análise de enquadramento e caracterização de insalubridade ou não, conforme consta na norma. Se caracterizada, a insalubridade é de grau médio. ANEXO 9 - FRIO O frio é abordado de forma clara pelo anexo 9: 45 1. As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho (BRASIL, 2016). A análise é qualitativa, somando-se com o Art. 253 da CLT, que considera artificialmente o frio, em zonas climáticas do mapa oficial do MTE. Quando caracterizada, a insalubridade em casos de exposição ao frio é de grau médio. ANEXO 10 - UMIDADE Em semelhança quanto ao que dispõe o anexo 9, tal anexo traz a informação: 1. As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. (BRASIL, 2016). Quando atendendo a esta descrição, a insalubridade evidenciada é tida em grau médio. ANEXO 11 – AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA POR LIMITE DE TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO O anexo 11 explicita em quadros com limites de tolerância para a maioria de agentes químicos insalubres, constando na forma de quadros, as referidas quantidades que podem vir a classificar por inspeção no ambiente de trabalho. Integrado ao quadro, existem
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