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16.334.56 Sbi~ Po!idn e Soci111.l.uk l Orgo.niz:içao: Nancy Cardia NEV NÚCLEO DE ESTUDOS DA VlOL~CIA - Ga'lD-FAPESl'-USP zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Caordcmu/or da Prog,a,mt de Paulo Sé:rgio Pinheiro Puqui.;11 (,1tfas1ndo) Caor,dttiadar (rnr exercido} r Coordim>dor Sérgio Ado mo do zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAProgr11.11r1r de Disseminarão Coorde11adDra do Programa de Nancy Cardia Tfa.,uferlnâo. Je Co.nl1wnm1to Ger<'nte do Projeto Eduardo Brito UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Reitor Vice-reitor Adolpho José Melfi Hélio Nogueira da Cruz EDITORA DA UNIVERSIDADE DE SÃO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAPAULO Diretor-presidente Plínio Martins Filho COMISSÃO EDITORIAL Presidem« José Mindlin Vke-presideme Oswaldo Paulo Forattini Brasflío João Sallum Jüníor Carlos Alberto Barbosa Dantas Guilherme Leite da Silva Dias Laura de Mell:o e Souza Murillo Marx Plínio Martins Filho Dirtrora EditQriul Silvaoo. Biral Diretora Comercial Eliana Urabayashí Diretor« Aámi11Isiratíva Angela Maria Conceição Torres Edít1Jra-as!Jisre1Jte: Maril cma Vl.zemín David zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAH. Bayley zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA PADRÕES DE POL ICIAM ENTO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Uma Análise Comparativa Internacional TRADUÇÃO Renê Alexandre Belmonte FORO NEV - Núcleo de I edusp FOUNOATION Estudas da Violê11cia-USP - - Tüulo do original zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAcm inglc P.lllmrs cf Póli ri,rg: ;\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAConip,m,riw llltrr1mrio11,1/ ,1m1lysis Cop)Tigh1 IP 1985 b)' Rutgers, The Srate University Dados Internacionais de Catalogação na Publi cação (CIP) ( Câmara Brasileira do l ivro, SP. Brasil) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA &)1cr, David H. Padrões de Poli ciamento: Uma Análise Internacional Comparativa / David H. B:iyle)'; tradução de Renê Alexandre Belmonte, - 2. ed, - São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002. - (Polícia e Sociedade; n .. I) Título do original: Parterns of Policing: A Comparative Inter· national AnalJ·si:s Bibliografia ISBN &5-314-0636-6 1. Polícia - Estudos interculturais 1. Título. li. Série. 01-3055 CDD-363.2 ladices para catálogo sistemático: 1. Policiamento: Serviços sociais 363.2 Direitos em língua portuguesa reservados à Edusp-Edirora da Universidade de São Paulo Av. Prof. Luciano Cualberto, Travessa zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAJ, 374 6"andar-Ed. da Anlíg.1 Reítorla-s Cidade Universitária 05503-900- São Paulo - SP- llrasiJ- Fax (Oxxl 1) 3091-4151 ra (Oxxll) 3091-4008/ 3091-4150 ""'..,.'.usp.br/edw.p - e-mail: edusp@edu.usp.br Printed in Braúl 2002 Foi foto o dtpósito legal Dedicado aos meus colegas no Police Studies Wordwide 1 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA CRIANDO UM A TEORIA DE POLIC IAM ENTO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Este li vro examina a polícia no mundo moderno, descrevendo e tentando expli- car variações nos padrões de operação e atuação policiais. A análise parte do exame das relações entre polícia e sociedade - de que modo uma afeta a outra. O grande objetivo deste livro é definir proposições gerais sobre o funcionamento da policia baseadas na comparação de informações históricas e contemporâneas. Mais especifi- camente, este li vro aborda três questões: Como os sistemas policiais modernos se de- senvolveram? Que tarefas cabem à polícia? E quão independentes são as forças poli - ciais, enquanto atores sociais? Estes Lópicos - evolução, função e política - compõem as principais divisões do livro. POLf CIA E CONI IECIMENTO ACAD:ÊMICO Antes de tratar das conceituações fundamentais que formam a base tanto da or- ganização quanto das análises deste livro é necessário falar algo sobre o lugar que ele ocupa no acúmulo de conhecimento acadêmico a respeito da polícia. De um modo geral, a polícia ainda não havia sido submetida a uma análise com- paraLiva. Até muito recentemente nem historiadores nem cientistas sociais haviam reconhecido a exísténcín da polícia, quanto mais o importante papel que ela desem- penha na vida social. Praticamente tudo que havia sido escrito sobre policiamento zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA foi feito pelos próprios policiais, que apenas contavam histórias ou davam pequenas notícias. Os índices dos livros de História da maioria dos países nem mesmo trazem 15 PADROES DE POLIC!AM ENT um tópico sobre o tema. Os treze volumes do zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBACambridge Modem History (1911), por exemplo, não têm o item Polícia. Historiadores renomados, escrevendo sobre o tem- po em que viveram, ignoraram sistematicamente qualquer menção à polícia, e não porque esta não existisse. Os grandes cronistas romanos apenas a mencionam breve- mente, embora as Vigílias fossem uma força expressiva desde o ano 6 d.C. (Reynolds, 1926: 26-28). Uma notável exceção a este padrão de descaso crônico é a história da Rússia, que dedica bastante espaço para o desenvolvimento da polícia do Czar (Florinsky , 1953). Há uma lição a ser aprendida aqui. A Policia só é percebida duran- te eventos dramáticos de repressão política, como o Terceiro Reich, a Comuna de Pa- ris em 1872, as contra-revoluções na Europa de 1848-1849 e a confirmação do gover- no Meiji no Japão por volta de 1870. Por esta mesma razão, espiões e polícia política chamam muito mais atenção historicamente do que as pessoas dedicadas à patrulha e vigília. As rotineiras manutenções da ordem e prevenção de crimes são cornumente ignoradas, ainda que representem uma parte muito mais importante da vida diária dos cidadãos do que a repressão política. Felizmente o descaso com o papel da polícia mudou dramaticamente durante a última década, pelo menos nos países de língua inglesa. Até então o melhor de uma safra pobre eram estudos ingleses (Critchley, 1967; Hart, 1951; Reith, 1938, 1948, 1952, 1956). Nenhum deles anterior à Segunda Guerra Mundial. Atualmente o estu- do histórico da polícia ganhou popularidade, produzindo diversos estudos regionais excelentes, uma gama de artigos e até mesmo comentários na literatura. Por mais que esta atividade recente esteja aquecida entre os historiadores, ainda é cedo para saber se isso não passa de um modismo de vida curta. Os cientistas sociais têm sido ainda mais irresponsáveis do que os historiadores ao estudar a polícia. Nos Estados Unidos, do começo da Segunda Guerra Mundial até meados da década de 60, apenas seis artigos sobre a polícia apareceram no American Sociologicai Review e no American [ournal of Sociology, dois no Public Administration Review; e nenhum no Amerícan Poli tical Science Review (Earle, 1973, p. 15). Estes ar- tigos eram muito pouco analíticos, tendo sido descritos por um comentarista como "pragmáticos e experimentais, e também, às vezes, de incentivo, especialmente no que se refere à moralidade pública e obediência às leis" (Pfiffner, 1962). Cientistas políti- cos, mesmo comparativistas trabalhando internacionalmente, ignoraram a polícia completamente. Nas palavras de David Easton e Jack Dennis, a polícia "caiu num es- tado tão periférico no que se refere à ciência política que é virtualmente impossível encontrar uma discussão teórica embasada sobre as diversas funções que ela ocupa em sistemas políticos" (1969, p. 210). Desde meados da década de 60 esta situação zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 16 CRIANDO UMA TEORIA DE POLICIAMENTO mudou, em especial com sociólogos e um número limitado de cientistas políticos e economistas examinando as funções da polícia na sociedade. Estudos internacionais comparativos, entretanto, ainda são raros, como pode ser percebido pelo fato de que o textozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAEuropean Poli ce Systems (1915), de Rayrnond Posdick, ainda é merecidamente considerado fundamental. Das 175 dissertações sobre a polícia escritas entre 1974 e 1979 nos Estados Unidos, apenas 6 abordavam forças estrangeiras, e uma delas trata- va da ocupação americana na Alemanha (University Microfilms, 1979). O pouco interesse sobre a polícia nos meios acadêmicos é, de fato, curioso. Cau- sa especial perplexidade no caso dos cientistas políticos. A manutenção da ordem é a função essencial do governo. Não apenas a própria legitimidade do governo é em grande parte determinada por sua capacidade em manter a ordem, mas também a ordem funciona como critério para se determinar se existe de fato algum governo. Tanto conceituai quanto funcionalmente, governo e ordem andam juntoszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA1• Embora os cientistas políticos tenham reconhecido a importância de se estudar as contribui- ções do governo - seu output- eles frequentemente têm ignorado sua responsabili- dade central. Isto se reflete no fato de que há numerosos estudos sobre legislações, cortes, exércitos, gabinetes, partidos políticos e burocracia em geral, mas dificilmente um sobre a polícia. As atividades policiais também determinam os limites da liberda- de numa sociedade organizada, algo essencial para se determinar a reputação de um governo. Embora governos imponham restrições de outras maneiras, a maneira pela qual eles mantêm a ordem certamente afeta de modo direto a liberdade real. Escritores populares de ficção mostraram possuir uma noção muito mais preci- sa da importância e presença da polícia no dia-a-dia. A polícia aparece freqüente- mente em Chaucer, Shakespeare, Hugo, Dostoiévsk], London, Conrad e Greene, nem sempre corno personagens centrais, mas sempre corno personagens com valores sóli- dos no drama da vida. A discrepância entre a importância da polícia na vida social e a atenção dada a ela pelo meio acadêmico é tão impressionante que exige explicação". Que fatores de- vem ser considerados para a falha constante do meio acadêmico em lidar com a polí- cia? Eu sugeriria quatro. Primeiro, a polícia raramente desempenha um papel impor- tante nos grandes eventos históricos. Não estão envolvidos em batalhas épicas, marchas heróicas ou retiradas espetaculares. Suas atividades são rotineiras demai 1. Ma,c Wchcr disse que ,1 ceracterístlc, fund:1111cntal do Estado moderno é seu "monopólio do uso legitimo da força fisic.1 dentro de um dado território", e Leon Trotski disse que "todo Estado é fundado na força" (Gerth e Mifü, 1958, p. 78). 2. Charlc, Rcith descreveu notawlmcntc est.i negligência em seu livro pioneiro, 'f/1e Blirid zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAF.y,• t1f History ( 1 ~52). 17 PADRôES DE POLICIA M ENTO ua presença zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAé disseminada demais e sua clientela é comum demais para compor o assunto de um grande drama. EJa não elabora regras sociais gerais, mas se dedica a problemas humanos de um modo muito particular, O destino das nações não de- pende claramente dos resultados de suas atividades. Significativamente, quando a polícia desempenha um papel maior na política, o meio acadêmico presta atenção a ela, como na Rússia do século dezenove ou na Alemanha do século vinte. Certamen- te, também, o crescimento recente do interesse acadêmico pela polícia nos Estados Unidos deve-se à sua presença por trás do confronto social. Se a Guerra do Vietnã não tivesse causado protestos violentos e discriminação social, nem espalhado tu- muJtos assustadores em grandes cidades, será que o interesse do meio acadêmico te- ria surgido tão prontamente? A atenção do zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAmeio acadêmico pode estar seguindo a corrente dramática da política mais de perto do que eles estão preparados para ad- mitir. egundo, policiamento não é uma atividade glamourosa, de alto prestígio. Suas tarefas, mesmo aquelas ligadas à investigação criminal, são maçantes e repetitivas, conduzidas por pessoas bastante comuns em instalações freqüentemente de mau gos- to ou decrépitas. Poli ciais em todo lugar falam com pesar que entrar para a polícia não é o melhor meio de conhecer pessoas interessantes. Mais ainda, ao contrário da carreira militar, os oficiais em postos mais altos normalmente não têm uma forma- ção escolar superior. Ao estudar a polícia, é difícil considerar seus membros como importantes ou destacados socialmente. Embora a situação esteja mudando, o poli- ciamento ainda é visto na maioria dos países como pouco profissional. Assim, tanto em termos de importância política quanto de posição social, a polícia dificilmente se qualifica como membro da elite que o meio acadêmico tão abertamente coloca como o centro de suas atenções. Terceiro, o policiamento também pode ter sido negligenciado porque é repug- nante moralmente. Coerção, controle e opressão são sem dúvida necessários na socie- dade, mas não são agradáveis. Embora a guerra também não seja algo agradável, pelo menos ela pode parecer heróica. Os guerreiros podem dramaticamente entrar em ba- talhas por grandes causas, tais corno democracia ou libertação nacional. É mais difícil justificar do mesmo modo o trabalho policial, ainda que possa ser verdade', A ativida- de policial representa o uso de força da sociedade contra ela mesma, e de algum modo isto é mais vergonhoso e embaraçoso do que usar a força contra estrangeiros. O fracas- so do meio acadêmico em estudar a atividade policial talvez represente uma negação 3. Os oficiais milítires também podem ser negligenciados e pelas mesmas razões (Ianowuz, 1959, p. 15). zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 18 CRIA NDO UM A TEORIA DE POLICIA M ENTO da necessidade de coerção em assuntos domésticos. Reflete uma certa relutância em se associar a forças controladoras, conservadoras, que refletem o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAstatus quo. Quarto) aqueles interessados em conduzir estudos sobre a polícia enfrentam enormes problemas práticos. Não apenas o acesso zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAà polícia é problemático na maio- ria dos países, como também o material de documentação normalmente não é cole- tado, catalogado e disponibilizado em bibliotecas. Neste ponto há um círculo vicioso funcionando. Como há pouco interesse, a demanda pelo tipo de ajuda bibliográfica que facilita o trabalho acadêmico analítico é pequena. Como resultado, para estudar a polícia é necessário uma paciência desmedida para colher informações, o que por sua vez reduz a vontade de ter a polícia como um objeto de estudo acadêmico. Em resumo, um acadêmico que estuda a polícia deve estar disposto a realizar um trabalho de campo intensivo em ambientes cheios de desconfiança, dobrar a intransigência burocrática, tornar-se poli ticamente suspeito e socialmente rnalvisto. Apenas um punhado de acadêmicos se dispôs a passar por isso. FORMAS DE POLICIAMENTO Para estudar a polícia, primeiro é necessário reconhecê-la em sua diversidade histórica ao redor do mundo. Não é fácil fazer isso. A polícia se apresenta numa gran- de variedade de formas, do Departamento de Polícia da cidade de Nova York até a "Polícia do Povo" (Druzinikii ) da ex-União Soviética, da Gendarmerie francesa até o Regimento Policial Armado Província! na índia, do xerife de condado americano até o Lensman rural norueguês. Além disso, diversas agências que não são normalmente associadas com a polícia possuem, mesmo assim, poderes "policiais': A Guarda Cos- teira dos Estados Unidos e a Alfândega e o Serviço de Imigração e Naturalização, por exemplo, estão autorizados a prender e deter. Para confundir mais, certos indivíduo também executam funções policiais - detetives e guardas de segurança, milícias, pos- ses comitatuse associações de prevenção ao crime na vizinhança. Historicamente a ordem pública tem sido mantida por cavaleiros na Europa medieval, samurais no Ja- pão, vigilantes nos Estados Unidos, "bandos treinados" entre os índios Cheyenne, potwaris na Índia, hans na China e Hundreds na Inglaterra. Será que todas essas or- ganizações podem ser consideradas "policiais', e assim objetos de estudo apropria- dos? A menos que haja algum acordo quanto ao significado de "polícia': assim como dos sinais possíveis pelos quais ela possa ser reconhecida, quaisquer generalizações a respeito da polícia podem ser contestadas. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 19 PADROES DF POl !CIA M ENT emprc que a palavra zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBApolicia for usada neste livro, ela irá se referir a pessoas au- torizadas por um grupo para regular as relações interpessoais dentro deste grupo da aplicação de força física. Esta definição possui três partes essenciais: força o interno e autorização coletiva. Tendo em vista que definições nunca são rras ou erradas, exceto cm relação ao uso, mas são usadas por conveniência, por que eu insisto nesses elementos ao definir o termo polícia? A competência exclusiva da polícia é o uso de força física, real ou por ameaça, para afetar o comportamento. A polícia se distingue, não pelo uso real da força, ma por possuir autorização para usá-la. Como disse Egon Bittner (1974), "o policial, e apenas o policial, está equipado, autorizado e requisitado para lidar com qualquer exigência para a qual a força deva ser usada para contê-la". Mesmo quando não usam de força, ela está por trás de toda interação que acontece (Shearing e Leon, 1975). Outras agências podem recomendar medidas coercivas e mesmo direcionar seu uso, como fazem, respectivamente, as legislações e cortes mas os policiais são os agentes executivos da força. Eles a apli cam de fato. Embora os poli ciais não sejam os únicos agentes da sociedade com permissão para colocar as mãos nas pessoas de modo a controlar seu comportamento, eles seriam irreconhecíveis como poli ciais se não ti- vessem essa autoridade. A estipulação de uso interno da força é essencial para excluir exércitos. Ao mes- mo tempo, quando formações militares são usadas para a manutenção da ordem den- tro da sociedade, estas devem ser vistas como força policial. De fato, a separação da polícia das instituições mili tares zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAé uma questão que deve ser discutida. Autorização por um grupo é o terceiro elemento definidor. É necessário para que se possa excluir do termo policia as pessoas que utilizam de força dentro da socieda- de para propósitos não-coletivos. Isso inclui assaltantes, rebeldes e terroristas, tanto quanto, quando é o caso, pais, empregadores, proprietários de terras, professores e membros da igreja. Outro modo de exemplificar isso é que a polícia não se cria sozi- nha; ela está presa a unidades sociais das quais deriva sua autoridade. Hoje estamos acostumados a pensar na polícia como uma criação do Estado, mas um pouco de reflexão mostrará que isso é muito restritivo. Vários tipos de grupos autorizam um uso interno da força que é aceito como legítimo. As pessoas estão sujeitas a tipos dife- rentes de policiamento, cada uma definida por um tipo diferente de unidade social. os Estados Unidos a polícia pode ser autorizada pelo governo central, Estados, con- dados, cidades, e grupos de interesse privado; na África, por tribos, países, cidades e movimentos revolucionários; no Sudeste Asiático por vilarejos, Estados, castas e tri- bos. Grupos capazes de autorizar policiamento devem ser vistos como aninhados um 20 CRIANDO UMA TEORIA DE POLICIAMENTO dentro do outro, como quebra-cabeças chineses. Isto se aplica não só às complexas sociedades modernas, zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAmas também sempre que as pessoas devem lealdade a múlti- plos grupos sociais inter-relacionados. Unidades sociais que autorizam força policial variam em tipo e tamanho. Dentre as mais importantes se encontram famílias, clãs, tribos, grupos de interesse e comunidades territoriais. O Estado não é o único tipo de comunidade que pode criar uma força policial. A base social da autoridade policial não determina, entretanto, como esta auto- ridade pode ser organizada. Por exemplo, autoridade policial freqüentemente é implementada na forma de fronteiras territoriais por grupos que não se constituí- ram em termos territoriais, tais como tribos e associações. Universidades, companhias mineradoras e exércitos exercem autoridade policial dentro de áreas geográficas mes- mo quando a presença individual não é definida pela habitação. O contrário também se aplica. Países podem exercer autoridade policial sobre seus membros mesmo fora de suas fronteiras. Do mesmo modo, dizer que um grupo social autoriza uma ação policial não significa que esta é executada de modo unificado. O poder policial pode ser delegado a outros tipos de agências sociais - tais como igrejas, negócios, ligas e familias - ou ser descentralizado para subordinar grupos do mesmo tipo - como no caso de Estados a cidades, condados, províncias e distritos. Autorização por urna uni- dade social não define, de modo algum, a natureza ou a organização da direção da comunidade. Na prática, é claro, costuma ser bastante difícil saber se as pessoas que fazem uso de força numa comunidade foram devidamente autorizadas a exercê-la. A diferença entre força policial e criminosos zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAé uma questão de discernimento. A confusão ocorre quando a autoridade é disputada. Guerra civil é um exemplo claro, assim como a competição entre burocracias num Estado com relação ao uso de força. Também ocorre quando a lealdade das pessoas muda para outros grupos, e assim a autoridade de um é eclipsada por outro. Tribos são submetidas a Estados, ligas a municipalidades, famílias extensas a grupos de interesse econômico, igrejas a Estados e clãs a tribos. Uma condição chave das mudanças políticas ao longo da história é a competição en- tre grupos pela autorização e exercício do poder policial. A confusão em reconhecer uma força como sendo poli cial acontecerá mais co- mumente quando o governo é presente e a autoridade implícita. Ainda assim o turncs podem autorizar policiamento tanto quanto estatutos. Os cavaleiros da medievais eram um tipo de polícia, porque eles mantinham a ordem e levavam o criminosos perante a corte dos lordes. O mesmo se aplica aos guerreiros das tribos indígenas americanas, que expulsavam pessoas da comunidade sob ordens dos con- zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA ..• 1 PADRÕES DE POLICIAMENTO lhos tribais. Assim como para os famili ares que podiam, de acordo com os costu- mes, punir as pessoas que haviam ferido um membro da familia. Algum tipo de poli- iamento existiu sempre que a aplicação de coerção fisica era considerada legítima pela comunidade. Uma vez que a existência da legitimidade é problemática, inevita- velmente irão surgir questionamentos sobre a existência da polícia. Devemos aceitar a possibili dade, a menos que eliminemos o requisito de que o policiamento irnpli- a na autorização por um grupo. Problemas específicos ocorrem, então, quando a força policial perde legitimida- de e não é mais aceita pelos membros da comunidade. Ela deixa de constituir uma força policial? Certamente não, pelo menos não imediatamente. Sua condição de es- tar agindo pela comunidade é necessária conceitualmente para que esse poli ciamen- to possa existir, tanto quanto quatro patas são necessárias na definição de um cavalo. Mas sempre existem exceções. Algumas forças policiais perdem sua legitimidade tan- to quanto cavalos perdem suas patas. Em casos assim não é contraditório dizer que uma determinada comunidadepossui uma força policial inaceitável, ilegítima, não- autorizada, até mesmo ilegal. Entretanto, um grupo armado que nunca tenha agido pela comunidade ou tenha deixado de fazê-lo há muito tempo não pode ser conside- rado uma força policial'. Mas legitimidade, que impli ca aprovação, não é o único indicador de autoriza- ção pela comunidade. Certamente deve-se dizer que existe atividade policial quando uma nação ocupa outra ou uma minoria domina uma maioria através da força. Mes- mo quem foi subjugado não poderá afirmar que a polícia não está agindo em nome da comunidade, apenas porque o controle desta comunidade foi apropriado indevi- damente. Autorização, então, pode significar reconhecimento da situação enquanto medida da comunidade. A situação enquanto principal agente da comunidade pode, ela mesma, ser imposta através da força. Falta legitimidade, mas não presença. Para reiterar, a força policial zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAé autorizada por um grupo social a aplicar força física dentro desse grupo. Sem esses elementos, a polícia não existe. Há, então, socie- dades que não possuem forças policiais neste sentido minimalista? Não muitas. É possível imaginar grupos sociais, até mesmo sociedades inteiras, que funcionam den- tro de uma base consensual, na qual a participação dentro da sociedade requer sub- serviência a normas grupais e a violação destas resulta em ostracismo voluntário. De 4. Tanto minha definição de poli cia quanto a definição de lei por E. Adamson Hoebel observam a relação entre a autorização zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAda comunidade e a aplicação da força física. "Uma norma social é legal se sua negligência ou infra- ção ocorrem regularmente, como ameaça ou de fato, pela apli cação de força física por um indivíduo ou grupo com o privilq:ío socialmente reconhecido de assim fazê-lo" (Kobben, 1969, p. 120). zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 22 CRIANDO UM A TEORIA DI: POLICIA M P,NTO um modo geral, entretanto, tais associações voluntárias normalmente funcionam dentro de grupos sociais involuntários maiores, tais como familia, tribo, associações profissionais, vilas, nações ou Estado. Os principais fundamentos das afiliações têm sido sempre, e em todo lugar, garantidos por restrições físicas contra seus membros, ainda que apenas na forma limitada de exclusão da comunidade. Levando em consi- deração, então, que o homem é um animal social involuntário, o policiamento é pra- ricamente universal. Embora seja possível imaginar sociedades sem ele, elas são ex- tremamente raras. Uma delas pode ser os Nuer do Sudão. Conforme descrito por E. E. Evans-Pritchard, essas pessoas tinham uma língua e costumes comuns e reconhe- ciam umas às outras como seres distintos. Ao mesmo tempo, não havia pessoas auto- rizadas a resolver conflitos dentro do grupo, utilizar a força ou impor o fim de brigas (1940). Embora a tribo Nuer fosse uma associação involuntária, exercia uma autori- dade praticamente nula (Nair, 1962, cap. 1). A definição de força policial usada aqui erra deliberadamente por sua arnplitu- de. A vantagem é que assim permite um estudo comparativo de uma grande varieda- de de instituições que utili zam a restrição através da força na sociedade. lsto zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAé espe- cialmente importante se for estudado o desenvolvimento das instituições policiais através do tempo. Se, por exemplo, apenas as características exclusivas da polícia con- temporânea tornam-se requisitos para a definição de força policial, então torna-se necessário excluir qualquer análise histórica. Por outro lado, a amplitude da defini- ção cria um problema para se administrar tantos dados. Pode ficar muito difícil tra- çar a evolução de todos os tipos de atividade policial. Qual a melhor saída? A solução é escolher as características da atividade policial que sejam mais im- portantes ou interessantes no mundo contemporâneo e analisar seu desenvolvimen- to, buscando especificamente os fatores históricos responsáveis por seu surgimento. Como resultado, essa estratégia requer que voltemos no tempo a partir dos formato contemporâneos, ao invés de examinar mutações históricas em todos os tipos de ins- tituições policiais. Para a grande maioria das pessoas, as forças policiais mais autori- tárias e importantes em suas vidas são aquelas públicas, especializadas, zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAe profissio- nais. Essas três características são quase um sinônimo de policiamento moderno - quase, porque o policiamento privado vem se expandindo tão rapidamente que em alguns países seus membros são tão numerosos quanto os da polícia pública. Uma vez que as características de caráter público, especialização e profissionalização ca- racterizam a polícia que possui a maior atuação percebida conternporanearnente, es- sas serão as características da atividade policial que escolhi para análise inicialmcnt .... Embora seja útil pensar nessas características de forma dicotômica - pública/priva- 2 PADRÕES DE POLICIAMENT da, especializada/não-especializnda, profissional/não-profissional -, elas abrangem ainda várias gradações entre um extremo e outro. O desenvolvimento de cada uma dessas características será analisado em detalhes no Capítulo 2. Por hora, examine- mos conceitualmente suas relações na definição de polícia. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Públi rn ou privada refere-se à natureza da agência poli cial. l?. fácil confundir isso om autorização pela comunidade, que é um dos elementos da definição de polícia. A autorização para agir em nome da comunidade não resulta numa agência pública. Autorização e agência são conceitualmente distintas. Unidades sociais soberanas, orno Cidades-Estado ou países modernos, nem sempre possuem uma força policial formada, paga e controlada pelo governo, mesmo que tenham códigos legais defini- dos. Roma, no princípio da República, aproximadamente no século três antes de Cris- to, deixava a aplicação da lei na mão dos cidadãos (Kunkel, 1973, p. 29; Lintott, 1968, zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA cap, 2). Vítimas e seus familiares tinham permissão para capturar pessoas que tives- sem lhes feito mal e administrar a punição condizente. O poli ciamento em Roma es- tava nas mãos dos indivíduos, mas certamente seria um erro dizer que Roma não tinha uma força policial no sentido de pessoas autorizadas pela comunidade para usar legitimamente coerção física em assuntos pessoais. De um modo similar, hoje nos Estados Unídos há um número igual de grupos policiais privados e públicos; áreas territoriais importantes, como locais de negócios e hotéis são quase exclusivamente policiados por agentes privados. E mesmo assim não seria possível dizer que esses locais não são policiados legitimamente. A questão é que a freqüência com que a apli- cação de força física é confiada pela comunidade a grupos privados, em oposição às agências públicas, e as circunstâncias nas quais isto ocorre são pontos a serem deter- minados empiricamente. Especialização, também, não deve ser confundida com os elementos de definição de zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBApolícia. Uma força policial especiali zada se concentra na aplicação de força; uma força policial não especializada possui autorização para fazer uso de força, mas é ca- paz de fazer muitas outras coisas também. As polícias da França e Prússia, durante os éculos demito e dezenove, eram instrumentos de regulamentação governamental para todos os fins, realizando inspeções sanitárias, checando pesos e medidas, emi- tindo permissões de moradia e garantindo suprimentos de comida adequados. Em sociedades menores e menos complexas o policiamento freqüentemente é feito pelos líderes, às vezes com o auxílio de guerreiros, responsáveis pelogoverno de um modo geral. Mesmo em Nações-Estado modernas, como veremos no Capítulo 6, a polícia faz muitas outras coisas além de restringir o comportamento através de força física. Além dísso, outras agências governamentais podem ser autorizadas a aplicar a lei a tra- zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 24 CRIANDO UMA TEORIA DE POLICIAMENTO vés de meios [ísicos mas não são especializados nisso. Nos Estados Unidos, por exem- plo, agências como o Serviço Postal, a Guarda Costeira e o Serviço de Parques Nacio- nais aplicam a lei para alcançar objetivos mais amplos. Elas realizam um serviço es- pecializado, mas não são especializadas em serviço zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBApolicial. O policiamento se torna especializado quando as agências são direcionadas a se concentrar principalmente na aplicação de força física. As características de público/privado e especializadas/não-especializadas podem ser combinadas, na prática, de diversas maneiras. A Patrulha Estadual do Colorado é uma polícia especializada pública; os agentes da Receita Federal Americana (Ame- rican Interna! Revenue Service) são uma polícia pública não-especializada; os deteti- ves da agência de detetives Pinkerton formam uma força policial especializada priva- da; e membros famil iares que empregam a força para solucionar conflitos executam um tipo de policiamento privado não-especializado. Profissionalização refere-se a uma preparação explícita para realizar funções ex- clusivas da atividade policial. O termo é embaraçoso, especialmente a partir do mo- mento em que passou a significar, nos meios policiais, um tipo de condição desejada, ao invés dos atributos comportamentais alcançados. Racionalização, no sentido de uma auto-administração consciente, pode ser um termo mais adequado, mas tam- bém possui conotações que atrapalham seu significado. A profissionalização envolve recrutamento por mérito, treinamento formal, evolução na carreira estruturada, dis- ciplina sistemática e trabalho em tempo integral. O espectro da profissionalização contra a não-profissionalização alcança as outras duas categorias. Embora a maior parle da polícia pública especializada seja profissional, sob certos aspectos, o policia- mento privado também pode ser profissional, tanto quanto uma força policial não- especializada. Os três grupos de atributos referentes à agência, foco e racionalização são logicamente distintos; podem ocorrer em qualquer combinação. Desde que uma combinação específica corresponde ao conceito de polícia moderno, uma parte importante da análise que se segue será determinar se emergiram historicamente cm uma seqüência específica. As agências públicas tomaram o lugar das agências privada antes ou depois da especialização? A especialização ocorreu antes da profissionaliza- ção? Tornar-se pública foi um fator necessário para a profissionalização? A Figura l resume esquematicamente os conceitos empregados. Os atributos de força física, âmbito interno e autorização social (números 1, 2 e 3) definem o concei- to de polícia. Todos os três devem estar presentes para que possa existir policia. Uma vez que um tipo especial de polícia, a moderna, tende a ser majoritariamente publica, zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 25 PADROHS DE POLICIAMENTO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA especializada e profissional, estes atributos ( 4, 5 e 6) são essenciais para a análi se da evolução da polícia. Mas esses atributos não são necessários para a simples existência da polícia. Agências que são privadas, não-especiali zadas e não-profissionais podem er consideradas como policiais tanto quanto as públi cas, especializadas e profissio- nais, desde que façam uso da força cm sua comunidade legitimamente. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Figuro 1 Conceitos Básico A. Elementos zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAdefinidor es zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 1 . Aplicação de força flsica zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 1. Ãmbito 3. Autorização Interno Pela Comunidade Não pela comunidade p. ex., crime, revoltas Externo p. ex., exércitos Poucu B. Caracrerísricas Modernas 5. Rlco 6. Racionali zação 4. P•trodno (Agi!ncia) Especii l izadoj I Não-cspecialí2<1dol 1 Profiss,onal 1 Não profü.sional j POLICIA MODER~A C. Caractmsticas tõpicas par a estudo 7.hlrutura 8. Força 9. Funç.ao 1 O. Posicionamento polftico 26 CRIANDO UMA TEORIA DE POLICIAMENTO Ao mesmo tempo, forças policiais também variam em outros aspectos, tais como estrutura, treinamen Lo, emprego de força, reputação, poder e composição social. Qualquer tentativa de descrever e explicar o policiamento além das definições enci- clopédicas exige uma limitação da análise a alguns poucos tópicos mais importantes. Neste livro estes tópicos serão estrutura, força, função e posicionamento político da polícia (números 7, 8, 9 e 10). Sua inclusão se justifica apenas por sua espe- cificidade. São questões que as pessoas normalmente consideram importantes quan- do sistemas policiais são comparados. Embora todas as organizações policiais pudes- sem ser comparadas sob esses aspectos, apenas as modernas - públicas, especializadas e profissionais - serão analisadas. De outro modo seria impossível realizar este livro. ORGANfZAÇÃO DO LIVRO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA A análise da polícia contida neste livro baseia-se nas considerações do que é es- sencial teoricamente, historicamente contemporâneo e de interesse contínuo. A Par- te I aborda a evolução histórica. O Capítulo 2, especificamente, analisa o surgimento das organizações policiais públicas, especializadas e profissionais. O Capítulo 3 des- creve a estrutura das forças policiais modernas e examina as razões das diferenças apresentadas. O capítulo 4 discute os padrões de crescimento das forças policiais, con- centrando-se em pessoal. A Parte II examina o trabalho realizado pelas forças policiai modernas. O Capítulo 5 começa com uma análise do que é o trabalho policial, como deve ser conceituado e quais são as fontes de informação existentes a esse respeito. Elabora alguns dos principais padrões de variação no trabalho policial dentre as for- ças policiais nacionais. O Capítulo 6 desenvolve uma teoria que explica as variações existentes no trabalho policial. Pode ser mais correto dizer que eu avalio se uma teo- ria mínima é possível, dado o que se conhece atualmente sobre o trabalho policial. A Parte III, Política, examina as relações recíprocas entre a polícia e seu sistema político interno. O Capítulo 7 explora as tentativas dos países cm tornar a polícia mais res- ponsável. O Capítulo 8 reverte essa perspectiva, examinando o papel que a polícia desempenha na vida política. A análise da evolução policial na Parte I toma como base uma coleção de mate- riais históricos ricos mas incompletos. De um modo geral, a pesquisa usa materiais d pesquisa disponíveis em inglês, embora uma parle tenha sido especialmente traduzida de fontes estrangeiras. Eles refletem de um modo bastante preciso o estado de conhe- cimento do desenvolvimento policial nos seguintes lugares: na Europa: França, Alema- zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 27 PA D ROES DE POLICIAMENT nha, Grã-Bretanha, Itália, Holanda, Noruega e Rússia; na América do Norte: Canadá e tados Unidos; na Ásia: Índia, Japão e China; e numa mescla de impérios antigos. so- iedades comuns e países contemporâneos do Terceiro Mundo. Como era de se espe- rar, a qualidade do material varia enormemente de lugar para lugar. Com exceção de um pequeno número de países, documentos escritos sobre a polícia são escassos, se não contarmos os documentos oficiais. O material documentário e analítico zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAé maior,atu- almente, nos Estados Unidos. A Grã-Bretanha não fica muito atrás, e o Canadá tem melhorado rapidamente. França, Holanda e Países Escandinavos estão começando a estudar a polícia apenas agora. Há um material considerável no Japão, quase todo em japonês, mas raramente é analítico e quase sempre oficial. A Índia também possui re- latórios oficiais excelentes, em grande parte descritivos, assim como uma grande quan- tidade de relatos espirituosos e criteriosos sobre policiamento. Uma vez que a informação disponível sobre a evolução histórica da polícia é frag- mentada e de qualidade variada, e meu próprio conhecimento das mudanças nas circunstâncias sociais históricas em todos esses países é obviamente deficiente, as pro- posições desenvolvidas não podem ser consideradas conclusivas. Ao contrário, elas re- presentam uma tentativa informal de encontrar padrões gerais de desenvolvimento, assim como explicações gerais para esses padrões. Espero sinceramente que as pessoas com um conhecimento mais profundo sobre esses países ou com outras experiências complementem esses achados ou mesmo os refutem. Essas proposições marcam oco- meço, mais do que a conclusão, de um diálogo sobre a evolução histórica da polícia. Se esta tentativa inicial de uma análise histórica comparativa é conceitualmente segura e não faz um mau uso da informação disponível, uma pesquisa subseqüente feita por outros, seja movida por respeito, pena ou indignação, será mais fácil. Eu também evitei deliberadamente uma abordagem dedutiva de pesquisa basea- da num paradigma teórico próprio ou perspectiva ideológica. Nosso conhecimento histórico da polícia é, na melhor das hipóteses, tão incompleto que operar a partir de perspectivas teóricas específicas atrapalha, ao invés de auxiliar, a experiência. Neste estágio de conhecimento, acredito que seja mais sábio elaborar definições teóricas a partir de uma apreciação criativa de fatos variados, mesmo correndo o risco de atuar em níveis muito baixos de generalização, do que se preocupar com encaixar partes empíricas em paradigmas maiores. Uma vez que algumas das conclusões detalhadas mais tarde são surpreendentes- antiintuitivas, se quiser - acredito que os resultados justificam essa abordagem. A informação util izada na Parte II para descrever e explicar o trabalho policial contemporâneo vem, em grande parte, de minha própria pesquisa intensiva em di- zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 28 CRIANDO UMA TEORIA DE POLICIAMENTO versos países asiãticos, europeus e norte-americanos no final dos anos 70, especifica- mente Índia, Japão, Cingapura, Ceilão, França, Grã-Bretanha, Noruega, Holanda, Ca- nadá e Estados Unidos. Embora os países escolhidos para estudo abranjam vários continentes, culturas, e graus de desenvolvimento econômico, eles não constituem uma amostra global representativa. Embora os dados coletados demonstrem o gran- de grau de variação do trabalho policial no mundo moderno, eles não podem ser usados para provar, mas apenas sugerir razões para essa variação. O acesso à polícia de qualquer país é problemático, uma vez que seu trabalho freqüentemente é polilicamente sensível e protegido para preservar o direito de con- fidência dos cidadãos. Este fator influi mais do que qualquer outra razão para as li- mitações da amostragem. Alguns países podem se tornar mais abertos devido a um esforço maior, mas em outros não vale a pena nem mesmo tentar. Poucos países não ofereceram restrições de algum tipo à pesquisa. Posso até sugerir que a disposição de um país para permitir acesso aos registros, pessoal, e operações policiais são um in- dicador excelente do grau de abertura da vida política e boa reputação de seus regi- mes. Ser um acadêmico local, por sinal, não minimiza o problema. Na verdade, ocorre o contrário. Acadêmicos locais representam uma ameaça muito maior às instituições policiais. O acadêmico estrangeiro, pelo menos, irá embora e publicará o estudo em seu próprio país. Mesmo quando o acesso é permitido, não é sempre que há coope- ração dos membros da polícia. Como outras burocracias, as forças policiais são des- confiadas; elas têm seus próprios interesses a proteger. Antes que o acesso se torne uma interação produtiva, os oficiais da polícia devem aprender a confiar no pesqui- sador e aceitar a importância da pesquisa. A Parte III retorna às abordagens iniciadas na Parte I de busca por padrões de relacionamento recíproco entre a polícia e a sociedade, e então cria definições teó- ricas sobre os fatores que resultam em características distintas para esta interação de país para país. Mais uma vez, embora a informação utilizada seja mais extensa do que em qualquer outro tratamento da polícia, a análise resultante constitui mai um princípio informal da construção de uma teoria do que uma abordagem con- clusiva. O livro conclui com um capítulo sobre o futuro do policiamento no mundo moderno. Nele eu revejo as percepções adquiridas sobre o funcionamento da polícia e seu desenvolvimenlo, mencionadas nos capítulos anteriores. Em seguida apresento um esquema analítico que delineia as escolhas estratégicas que os países têm que to- mar no controle do crime e sugiro os procedimentos mais prováveis em diferentes circunstâncias sociais. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 29 PADRÔES DE POLICIAMENTO m tópico que muitos consideram bastante importante no estudo da policia é ua eficácia relativa para enfrentar responsabilidades. Embora seja, sem dúvida algu- ma, uma questão crítica, constituindo a preocupação dominante do serviço policial, variações na eficácia da polícia no tempo ou no espaço simplesmente não podem ser determinadas. As razões são bem conhecidas pelos especialistas na questão, embora normalmente sejam ignoradas na prática. Primeiro, embora a prevenção do crime e a melhoria da segurança pública sejam onsideradas responsabilidade da polícia em todo o mundo, zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAoutros critérios também ão considerados importantes, tais como respeito à lei, ausência de comportamento imoral, criação de confiança pública, demonstrações de simpatia e preocupação, aber- tura a controle quali ficado, capacidade para a resolução de problemas gerais, prote- ção da integridade dos processos políticos e tratamento iguali tário das pessoas. Julgar o desempenho policial é um processo multifacetado e controverso, cujos elementos mudam de lugar para lugar e de época para época. egundo, assumindo que o combate ao crime é a principal característica do de- sempenho policial, não é possível confiar nas informações a seu respeito. A medida habitual zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAé a quantidade de crimes relatados à polícia. Mas na verdade os índices de crimes relatados são extremamente instáveis, mesmo quando o processo de registro não é deliberadamente manipulado. Para complicar mais ainda, um trabalho policial ativo e cuidadoso pode ter o efeito paradoxal de aumentar, ao invés de diminuir, o número de crimes relatados. Os Indices de crimes relatados são, assim, muito pouco confiáveis para serem usados como medida da eficácia policial. São tão comuns os problemas com os índices relatados, que o ônus da prova deveria deixar de recair sobre os céticos e sim sobre seus usuários. Pesquisas sobre vitimização solucionam alguns dos problemas encontrados com as estatísticas sobre crime relatado, mas têm suas próprias dificuldades, especialmente o baixo índice de resposta dos pesquisados. Também são muito caras, o que explica por que apenas um punhado de países as tenha realizado, todos eles considerados ricos pelos padrões mundiais5• No momento atual, não constituem uma alternativa prática ao se comparar variações na criminali- dade objetiva. Terceiro, o crime, que aparece numa variedade enorme de formas, foi ligado a diversos fatores que não têm nada a ver com aatividade policial - idade, sexo, raça, renda, desemprego, industrialização, urbanização, senso de comunidade, valores, de- 5. No ano de 1982, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Grã-Brt-tanha, Japão, Noruega, Holanda e Estados Unidos. Freqüentemente mexíste uma equ1valênci~ perfeita entre as amostras da pesquisa e as jurisdi- zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAções policiais. 30 CRIANDO UMA TEORIA DE POLICIAM ENTO sorganização psicológica e oportunidade (Radzinowicz e King, 1977, caps. 3 e 4). As- sim, qualquer teste sobre a utilidade da polícia deve assegurar que fatores como os mencionados existam na mesma proporção das épocas e locais comparados. Inter- nacionalmente, o grau de variação entre esses fatores é tão grande que um teste sobre a eficácia da polícia, mesmo se fosse possível construir uma medida de criminalidade confiável, é praticamente impossível. Mesmo dentro de cada pais, a comparação en- tre diferentes jurisdições policiais no que diz respeito a essas variações normalmente é complexa demais para ser viável. Quarto, medidas de eficácia tais como taxas de solução de crimes, que normalmen- te traduzem a proporção entre o número de prisões e o número de crimes relatados, são completamente artificiais. Não apenas se baseiam em números de crimes relata- dos que não são confiáveis, como medem o que a polícia faz - realizar prisões - e não o que a polícia alcança com isso - a prevenção dos crimes. Taxas de solução de crimes podem ser consideradas medidas da eficácia policial apenas se punir for considerado o objetivo primário da polícia. Se sua razão de ser for a proteção do público, então as taxas de solução de crimes não oferecem informação relevante. Dados os graves problemas metodológicos que um teste sobre a eficácia da zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBApolí- cia enfrenta, não é de surpreender que tentativas para ligar as variações na forma de poli ciamento com os índices de criminalidade normalmente tenham falhado (Clarke e Heal, 1979; Wycoff, 1982; Wycoff e Manning, 1983). As práticas, estruturas e níveis de força atuais da polícia são literalmente injustificados em termos de fazer jus à res- ponsabili dade universalmente confiada a ela de controlar o crime - não porque a polícia pode não ser útil de fato, mas porque não é possível determinar se ela o é. A verdade nua e crua zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAé que confiar no que a polícia está fazendo atualmente para prote- ger a sociedade é uma questão de fé, não de ciência. O uso continuo de estatísticas sobre os crimes relatados e taxas de solução de crimes como indicadores da utili dade da polícia constituem um golpe na ingenuidade públi ca. Tais estatísticas são as uva podres da polícia. Infelizmente, julgamentos sobre a eficácia poli cial continuarão a se basear mais na capacidade de autopromoção da polícia do que em conexões com- provadas entre a atividade policial e a segurança pública. 31 PADRÕES DE POLICIAlltENT principalmente do Livro de Informações sobre Reclamações Graves, do Livro de In- formações sobre Ofensas Leves e do Livro de Informações sobre Reclamações Leves. Deve ser mencionado também que havia ainda o Livro de Informações sobre Tráfe- go, o Livro de Informações sobre Investigações e o Registro Telefônico. VII. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAEstados Unidos Os dados americanos vieram de cinco locais no Estado do Colorado. A maior força policial se encontrava na cidade de Denver, capital, com uma população de aproximadamente 1,5 milhões de pessoas na grande área metropoli tana. A força po- licial de 1 383 oficiais cobria a parte principal da cidade, com urna população de 520 000 pessoas numa área de 43,4 quilómetros quadrados. Informações sobre o tra- balho policial em todos os cinco locais vieram das Folhas de Atividades mantidas por e-ada oficial durante a patrulha, nas quais ele registrava todos os despachos e conta- tos. Estas folhas eram entregues a seus supervisores no final da patrulha. O restante dos dados do Colorado vieram de dois departamentos de xerifes e dos departamentos de polícia de cada condado. O Condado de Chaffee, com uma população de 1 l 400 pessoas, cobrindo 401 quilômetros quadrados, se localizava a cerca de 160 quilômetros a sudoeste de Denver, no declive ocidental das Montanhas Rochosas. O Departamento do Xerife tinha 8 oficiais. A força policial da cidade de Salida possuía 9 oficiais, abrangendo uma população de 4 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBASOO pessoas. O Condado de Fort Morgan se localizava numa planície de cultura de trigo a 100 quilómetros a nordeste de Denver. Sua população era de 20 I 05 pessoas, numa área de 484 quilô- metros quadrados. O Departamento do Xerife possuía 9 oficiais. A cidade de Fort Morgan tinha 16 oficiais de polícia, com uma população de aproximadamente oito mil pessoas. 250 BI BL I OGRA FI A zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Asaor, Robert J. 1972. "Police Reform in Russia" Dissertação de doutorado, Princeton University ___ .1973. 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