Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Manual de Trabalho de Curso Licenciatura em História Sumário I. ORIENTAÇÕES PARA OS ALUNOS ........................................................................................ 5 II. ORIENTAÇÕES PARA AS ATIVIDADES DOS ALUNOS ..................................................... 5 III. ORIENTAÇÕES GERAIS .......................................................................................................... 6 IV. O QUE É O TRABALHO DE CONCLUSÃO (TC)? ............................................................... 7 V. O QUE SIGNIFICA PENSAR CIENTIFICAMENTE? ............................................................. 10 VI. O QUE FAZ UM ORIENTADOR DE TC? .............................................................................. 11 O TC SE ORGANIZA CONSIDERANDO A SEGUINTE ESTRUTURA DE DOCUMENTO: ............................................................................................................................... 12 VII. A LINGUAGEM ADOTADA ................................................................................................... 33 VIII. DICAS IMPORTANTES PARA ANTES DE COMEÇAR – PASSOS DA PESQUISA ........................................................................................................................................ 34 IX. DA POSSIBILIDADE DE ELABORAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO SOB ORIENTAÇÃO ................................................................................................................................. 36 X. CONSIDERAÇÕES FINAIS PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 38 3 Serviço Social APRESENTAÇÃO “É instaurador de discursividade todo aquele cuja obra permite que outros pensem algo diferente dele.” Michel Foucault O Trabalho de Curso (TC) visa à produção de um material por parte do aluno que promova a vivência de pesquisa em aspectos próximos à iniciação científica, atividade que está ligada ao desenvolvimento acadêmico dos alunos de graduação. O TC busca ampliar os conhecimentos em relação a temas abordados durante o curso. É, portanto, uma experiência acadêmica orientada, vivida por alunos no final de sua graduação no curso de História em sua modalidade de licenciatura. Não há exigência de que o tema desenvolvido e pesquisado seja original e inédito. Há, no entanto, exigências em relação à organização do trabalho, à coerência e à coesão textuais, à pesquisa e ao desenvolvimento do conteúdo que devem ser respeitadas. No curso de História, a Coordenação pode deixar a temática do trabalho para ser escolhida pelo aluno ou definir um ou mais assuntos a serem pesquisados – isso será comunicado por meio de avisos da Tutoria e, caso o tema seja definido pela Coordenação, ele deve ser adotado pelos estudantes quanto à temática e ao formato de apresentação. O formato também será indicado nos avisos, ou seja, ele deverá ser composto por uma pesquisa mais a elaboração de uma sequência didática, devidamente comunicados nos avisos. Espera-se que, durante a elaboração do TC, os alunos vivenciem práticas pedagógicas de pesquisa e discussões, capazes não somente de lhes possibilitar o aprimoramento do trabalho, mas também o aprendizado de práticas docentes que lhes serão necessárias ao longo de sua vida como profissionais que trabalham com História, especialmente como docentes. 4 Manual de Estágio Assim, espera-se que o aluno, ao superar a fase de definição do tema que irá trabalhar – que conforme assinalado anteriormente pode ser determinado pela Coordenação e será devidamente comunicado – empenhe-se em seu desenvolvimento, obtendo como resultado, além de seu crescimento acadêmico, um texto criativo e que possa contribuir com outros leitores com mesmo interesse ou que busquem referências de desenvolvimento de conhecimento acadêmico. A elaboração do Trabalho de Conclusão deve seguir as indicações realizadas na disciplina, ou seja, se o tema for predeterminado, deve ser respeitado. No caso de haver a solicitação da realização de uma sequência didática, o trabalho final deve apresentar a discussão teórica sobre o tema do trabalho mais a sequência didática. Na elaboração do conteúdo do trabalho e da sequência didática, ressaltamos a importância de observar a adequação da proposta de trabalho com temas desenvolvidos no curso de Licenciatura em História, bem como respeitar os aspectos pedagógicos e de conteúdos referenciados, por exemplo, nas normas estabelecidas pelo MEC e nas disciplinas desenvolvidas no curso. Espera-se, ainda, que o TC ofereça ao grupo de alunos a possibilidade de articular os conhecimentos desenvolvidos no decorrer da graduação nas diferentes disciplinas que compõem o curso de História e que seja também considerado pelo aluno como uma fase de aprendizagem de pesquisa que antecede possíveis cursos de especialização, mestrado e doutorado. 5 Serviço Social REGULAMENTO COM DEFINIÇÃO DAS FORMAS DE ACOMPANHAMENTO/ ORIENTAÇÃO I. ORIENTAÇÕES PARA OS ALUNOS O TC é um trabalho que deve ser realizado por alunos matriculados de acordo com o regimento. Alunos que antecipam a disciplina por motivos de transferência de outra universidade para a UNIP ou alunos matriculados em regime de dependência deverão integrar-se ao sistema definindo o tema de acordo com a proposta apresentada e participando, obrigatoriamente, de todas as fases do desenvolvimento do trabalho de pesquisa, orientação e apresentação. Depois de selecionado o tema do TC e iniciado o trabalho, ele será encaminhado a um dos orientadores designados pelo curso. A Coordenação do curso poderá realizar a substituição de professores orientadores no decorrer de todo o processo. Orientadores e alunos se comunicam via sistema eletrônico em ambiente devidamente estabelecido e estruturado para isso, em fórum aberto para o TC com a participação de cada orientador e também por meio dos diversos chats agendados durante esse processo. A frequência e a regularidade desses contatos serão controladas pelo professor orientador e todos os alunos deverão tomar ciência das tarefas a serem cumpridas no período que transcorrerá entre um encontro e outro, obedecendo a um cronograma de trabalhos. II. ORIENTAÇÕES PARA AS ATIVIDADES DOS ALUNOS Durante o tempo previsto para pesquisa e elaboração do texto do TC, muitas atividades serão desenvolvidas pelos participantes. Essas atividades vão desde as práticas, de cunho organizacional (por exemplo, em relação à organização de informações), àquelas voltadas à construção de novos conhecimentos, envolvendo momentos de estudo. É fundamental, portanto, que cada aluno escolha diferentes maneiras para estudar. Assim, é importante pensar em tipos de atividades a serem realizadas: 6 Manual de Estágio 1. Leitura e fichamento dos textos; 2. Buscas na internet; 3. Elaboração de pequenos trechos do trabalho, com o propósito de discutir o estilo do texto de cada um, reescrever e estabelecer características para o texto final. Espera-se que, ao longo do desenvolvimento do TC, os alunos ou grupos de alunos desenvolvam estratégias de aprendizagem que possam colaborar para o resultado final do trabalho. Ao longo do período destinado à elaboração do TC, os alunos deverão cumprir as seguintes fases/diretrizes: Comunicação regular com o orientador, por chats e fóruns, ou via sistema indicado pela Universidade; Entrega de partes do trabalho, de acordo com as solicitações do professor orientador e do professor coordenador do curso, respeitando cronograma específico; Entrega da versão final e participação da Banca. Em seção posterior, as normas para a confecção do trabalho serão abordadas. III. ORIENTAÇÕES GERAIS As dicas a seguir podem ser úteis para a elaboração do trabalho: 1. Elaboração de relatório pelo aluno em diferentes momentos do trabalho e mesmo dasmensagens ou das orientações do professor; 2. Manutenção de um arquivo ou caderno para registro de todas as possíveis citações consideradas relevantes para o trabalho, assim como a referência bibliográfica correspondente e devidamente referenciada; 3. Elaboração de diários de leitura de todos os textos lidos e considerados relevantes para o embasamento teórico do TC; 7 Serviço Social 4. Trabalhar sempre com a versão corrigida do trabalho e a nova versão, dando, tanto ao orientador quanto aos próprios alunos, a possibilidade de relembrar os comentários já feitos em fases e orientações anteriores; 5. Estar atento aos avisos sobre prazos e procedimentos postados no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e, quando necessário, sobre aspectos pontuais do trabalho; 6. Respeitar o número de postagens indicadas nos avisos. A nota final do aluno será atribuída pelo professor orientador (variando de 0 a 10). Importante: Caso seja identificada cópia, total ou parcial – isto é, sem a devida referência mencionando a fonte, de qualquer texto disponível em material impresso ou internet, a nota atribuída será zero, o que exclui a possibilidade de reapresentação do trabalho no mesmo semestre. Espera-se que todo o texto seja redigido pelo aluno com suas próprias palavras, citando todas as fontes de informações utilizadas. IV. O QUE É O TRABALHO DE CONCLUSÃO (TC)? A proposta de TC de um curso de graduação é um trabalho de caráter científico e, como tal, deve pautar-se em normas nacionais e internacionais que caracterizam as pesquisas em universidades, congressos etc. Assim, faz-se necessário que escolhamos uma referência bibliográfica sobre questões metodológicas e, uma vez escolhida, ela deverá ser observada rigorosamente na elaboração do trabalho. Embora sabendo das divergências em relação às questões metodológicas e da necessidade de, muitas vezes, estabelecermos comparações entre os diferentes autores que tratam dessa questão, optamos por organizar o TC com base nas orientações da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, utilizada por grande parte das universidades brasileiras. Os aspectos a serem observados serão a formatação do texto (tamanho de letra, espaçamento, margens etc.) de acordo com o Guia de Normalização 8 Manual de Estágio para Apresentação de Trabalhos Acadêmicos da UNIP, disponível em: http://www3.unip. br/servicos/biblioteca/download/manual_de_normalizacao_abnt. pdf, que segue a ABNT conforme as seguintes características: Formato - Papel formato A4 (21 X 29,7 cm); - Fonte Arial e tamanho 12 para todo o texto; - Fonte Arial e tamanho 10 para citações com mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e legenda das ilustrações; - Fonte Arial tamanho 12 para (TÍTULO DE SEÇÃO) em maiúsculo e negrito; - Fonte Arial tamanho 12 para (Subtítulo) em minúsculo e negrito. Margem - Margem esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior 2 cm; - Recuo de primeira linha do parágrafo: 1,25 cm (1 tab), a partir da margem esquerda; - Recuo de parágrafo para citação com mais de três linhas: 4 cm da margem esquerda; - Alinhamento do texto: utilizar a opção “Justificado” do programa Word; - Alinhamento de título e seções: utilizar a opção “Alinhar à Esquerda” do programa Word; - Alinhamento de título sem indicação numérica (Resumo, Listas, Sumário, Referências): utilizar a opção “Centralizado” do programa Word. 9 Serviço Social Espaçamento - Espaço “Entrelinhas” do texto: 1,5 cm; - O espaço simples é usado em: citações de mais de três linhas, notas de roda pé, referências, resumos, legendas, ficha catalográfica; - Os títulos das seções e subtítulos devem começar na parte superior da margem esquerda da folha e ser separados do texto por dois espaços de 1,5 cm entrelinhas; - As referências devem ser separadas entre si por um espaço simples em branco; - A Natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituição a que é submetido e a área de concentração devem ser alinhados do meio da folha para a direita em espaço simples e fonte Arial tamanho 12, ver exemplo de “Folha de rosto”. Paginação - As folhas do trabalho devem ser contadas sequencialmente a partir da folha de rosto e numeradas. Elaboração dos conteúdos: Sobre a elaboração, Victoriano e Garcia (1996/1999) consideram importante, em um projeto de pesquisa, que ele seja escrito em sua versão preliminar e que os alunos autores se organizem para responder às seguintes perguntas: 1. O que fazer? A resposta é a delimitação do tema e do problema a ser resolvido. É importante que se restrinja o campo, pois quanto mais circunscrito estiver o objeto, melhor e com mais segurança se trabalha. Muitas vezes, essa delimitação pode ser usada como título provisório do trabalho. 2. Por que fazer? A resposta a essa questão é a justificativa da escolha do objeto de estudo. Nesse tópico, deverão constar a definição e a delimitação do problema, a descrição bibliográfica que demonstre sua relevância como objeto de estudo, suas hipóteses e sua relevância. 10 Manual de Estágio 3. Para que fazer? A resposta está nos propósitos do estudo, ou seja, nos seus objetivos gerais e específicos. É fundamental que seus objetivos sejam claros, pois eles nortearão todo o trabalho metodológico que será desenvolvido. 4. Como fazer? A resposta está na metodologia (métodos e técnicas) que será utilizada em seu trabalho. A metodologia é um procedimento sistemático e formal, cujo objetivo é encontrar as respostas para problemas mediante o emprego de técnicas científicas. 5. Com quem fazer? A resposta a essa questão está vinculada às pesquisas e, no caso da licenciatura em História, as possibilidades de realização do trabalho podem ser individual ou em grupo. 6. Onde fazer? Local, campo de pesquisa, pesquisa de campo, bibliografia. A pesquisa bibliográfica pode ser realizada em bibliotecas universitárias e mesmo via consultas em períodos especializados e trabalhos acadêmicos devidamente publicados em sites de instituições educacionais credenciadas ou plataformas de conteúdo acadêmico. 7. Com o que fazer? Recursos e custeio. Muitas das monografias apresentadas por alunos, devido ao interesse do assunto e da área específica, podem ser financiadas por órgãos de pesquisa ou pela própria universidade. 8. Quando fazer? A resposta se encontra em um cronograma que o pesquisador seguirá. Além disso, o bom andamento da pesquisa requer rigor quanto ao cumprimento dos prazos estabelecidos pelo orientador e pela dinâmica da pesquisa. V. O QUE SIGNIFICA PENSAR CIENTIFICAMENTE? Ao afirmarmos que um TC é um trabalho acadêmico, técnico-científico, estamos, de certa forma, dizendo que esse trabalho tem características diferenciadas e que seu público- alvo se encontra na comunidade científica. Quem avalia e atribui relevância aos trabalhos científicos são leitores acostumados a trabalhar com pesquisa e a pensar e raciocinar cientificamente. Mas o que isso significa? 11 Serviço Social É dotado de comportamento científico o aluno que demonstra preocupação com a qualidade dos questionamentos que faz em relação ao foco de seu trabalho, que estabelece metas para os procedimentos de pesquisa, que não se satisfaz com conclusões do senso comum, mas está sempre em busca de explicar e analisar informações e dados de sua pesquisa. Comportar-se cientificamente significa ser criterioso com as conclusões, fundamentando- as em um referencial teórico ou empírico bem selecionado e pertinente ao tema. Significa, acima de tudo, “ter uma visão relativa dos fenômenos, e não absoluta, ou seja, estabelecer relações entre fenômenos e não os conceber como fenômenos isolados de um contexto” (HUBNER, 1998). Assim, espera-se que os alunos, ao elaborarem seu TC, primem pela qualidade acadêmico-científica de seus textos, sendo criteriosos o bastante para que os resultados de seus trabalhos sejam validados na comunidade científica. Espera-seque produzam textos coerentes, isentos de julgamentos (isto é, sem o uso exagerado de adjetivos), calcados em descrições que possibilitem inferências e tomadas de posições equilibradas e fundamentadas. VI. O QUE FAZ UM ORIENTADOR DE TC? Na orientação do TC, atua o professor orientador de conteúdo específico, acompanhando os alunos nas discussões sobre o tema escolhido, auxiliando-os em relação às leituras e à bibliografia indicadas para dar sustentação teórica ao trabalho. Algumas características são fundamentais ao professor escolhido como orientador de um TC: � O professor orientador precisa ser um incentivador dos alunos, motivando-os para que elaborem um trabalho criativo; � O professor orientador precisa ser organizado e estabelecer, ao longo do ano, tarefas claras e objetivas ao grupo de alunos; � O professor orientador precisa sugerir leituras aos alunos; � O professor orientador poderá indicar aos alunos as modificações a serem efetuadas no trabalho, porém nunca redigir trechos do trabalho. 12 Manual de Estágio É importante ressaltar que um TC é um momento de construção de conhecimentos e exige, portanto, que orientandos e orientador mantenham um relacionamento cordial, de confiança, assumindo cada qual o seu papel pedagógico. O exercício que se espera na elaboração de um TC tem características dialógicas, isto é, orientandos e orientador têm espaço e voz nas discussões, em busca de transformarem os conhecimentos já adquiridos. Espera-se que as decisões a respeito do trabalho sejam tomadas com maturidade e sempre de forma compartilhada. Como se organiza um TC? O TC se organiza considerando a seguinte estrutura de documento: A estrutura do documento segue parte das normas apresentadas no Guia de Normalização para Apresentação de Trabalhos Acadêmicos da UNIP (disponível em: http://www3.unip.br/servicos/biblioteca/download/manual_de_normalizacao_ abnt.pdf) e deve incluir obrigatoriamente os itens expostos a seguir: Elementos pré-textuais: capa, folha de rosto, resumo na língua vernácula (apenas em português), sumário. Elementos textuais: texto dissertativo sobre o assunto específico, sequência didática (quando solicitada) e considerações finais. - Introdução: escolha do tema, justificativa da escolha do tema, formulação do problema, objetivos gerais e específicos, conceituação e relevância, indicação da estrutura do trabalho. - Desenvolvimento: exposição do tema, fundamentação teórica, metodologia do trabalho*, argumentação e discussão. Importante: a elaboração da sequência didática (quando solicitada). - Conclusões. 13 Serviço Social Elementos pós-textuais: referências bibliográficas, glossários, apêndices, anexos – no caso sobre a sequência didática, apêndices, índices. * Segundo Traldi e Dias (1998:40), o capítulo da metodologia é facultativo: O capítulo da metodologia é o espaço destinado a descrever o método adotado para o desenvolvimento do trabalho. É facultativo dedicar-se um capítulo exclusivamente para esse fim, desde que as informações a ele destinadas já tenham sido expostas na Introdução. Nos estudos e nas pesquisas em que a metodologia constitui parte expressiva do trabalho (como nos estudos que se utilizam de métodos quantitativos envolvendo amostragem ou tabulação de dados), a opção pelo destaque da metodologia em capítulo separado da Introdução dá ao trabalho uma conotação de melhor organização e permite revelar com mais detalhamento as técnicas e os processos empregados pelo autor para dar prosseguimento ao estudo. Descreveremos a seguir algumas das partes citadas, possibilitando aos autores do TC o exercício de rascunhar e refletir sobre os objetivos de cada uma delas. 1. Capa � Alto da página: nome da instituição/departamento. � Centro da página: título do trabalho. � À direita, abaixo do título: disciplina, professor, autores. � Rodapé da página: local/data. Exemplo: Como colocar o autor ou autores (ordem alfabética): Adriana Aparecida SILVA Andréa SANGIULIANO Luciana Souza ANDRÉ Sebastiana ALBUQUERQUE 14 Manual de Estágio Margens: sup. – 3 cm; inf. – 2 cm; esq. – 3 cm; dir. – 2,5 cm. UNIP - Universidade Paulista Campus Cidade Universitária Curso: História O Ensino de História e a Base Nacional Comum Nome completo/RA Nome completo/RA Nome completo/RA 15 Serviço Social 2. Elementos pré-textuais Esses são os elementos que antecedem a introdução do trabalho e são constituídos por tudo aquilo que identifica o trabalho e orienta o leitor. - FOLHA DE ROSTO Segue os mesmos procedimentos da capa, em relação às margens e à distribuição do texto, com pequenas modificações: � Alto da página: nome(s) do(s) autor(es). � Centro da página: título do trabalho. � À direita, abaixo do título: explicação sobre a natureza do trabalho. � Rodapé da página: instituição/local/data. � Margens: sup. – 3 cm; inf. – 2 cm; esq. – 3 cm; dir. – 2 cm. � Verso da página: ficha catalográfica (a ser elaborada pelo bibliotecário da instituição, contendo os dados bibliográficos necessários para que a obra seja catalogada na biblioteca da universidade, deve incluir palavras-chave, fornecidas pelos autores). A folha de rosto é a única da monografia na qual, no verso, existe texto. As demais páginas deverão conter texto em apenas um dos lados. 16 Manual de Estágio Nome do(a) aluno(a) O Ensino de História e a Base Nacional Comum Trabalho de Curso – Licenciatura em História São Paulo 2018 17 Serviço Social - SUMÁRIO Aqui o autor informa aos leitores o conteúdo que será tratado na monografia. A palavra “sumário” deverá aparecer no topo da página, em letras maiúsculas, sendo seguida, dois ou três parágrafos abaixo, de todos os intertítulos contidos no trabalho. A estética da página do sumário deverá ser observada de forma que os títulos e os subtítulos apareçam destacados, estando padronizada e obedecendo aos recuos da margem esquerda, também padronizados. De acordo com a ABNT, a numeração em algarismos arábicos deverá ter início somente na página em que se iniciar o texto propriamente dito, contando-se, porém, as páginas que o antecedem. Essa numeração deverá aparecer no topo da página, do lado direito. Alguns autores optam por numerar, com algarismos romanos, as páginas a partir do sumário até o abstract. Assim, caso o trabalho apresente todas as folhas indicadas (da folha de Resumo...........................................................................................................................3 Introdução ....................................................................................................................4 Capítulo I: nome do capítulo (Indicar cada uma das seções do trabalho)........................................................8 Capítulo II: nome do capítulo (Indicar cada uma das seções do trabalho).....................................................23 Capítulo III: nome do capítulo (Indicar cada uma das seções do trabalho).....................................................48 Considerações finais................................................................................................54 Referências bibliográficas......................................................................................59 Fontes eletrônicas.....................................................................................................61 Anexos..........................................................................................................................62 Iconografia (se houver)...........................................................................................66 SUMÁRIO 18 Manual de Estágio rosto até a folha de epígrafe), a página do sumário deverá ser numerada com o algarismo romano VI (letras minúsculas) e a página que contiver a introdução do trabalho dará início à numeração em algarismosarábicos (1, 2, 3...). - RESUMO Essa é uma página importante do trabalho. É ela que, em um primeiro momento, convida o leitor a mergulhar no texto apresentado. Deve ser um texto conciso, com aproximadamente 300 palavras – em fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento entrelinhas simples –, em que o autor apresenta uma síntese do conteúdo do trabalho, destacando os aspectos mais relevantes, a metodologia e a fundamentação teórica que deram sustentação às discussões apresentadas. O resumo visa a fornecer ao leitor elementos que lhe permitam decidir sobre ler ou não o trabalho, em função da relevância para seu próprio contexto. O resumo deve ser escrito na língua em que está redigido o trabalho, organizado por meio de frases e nunca em tópicos enumerados. Após o texto do resumo deverão aparecer as palavras-chave sugeridas pelo autor como referência do trabalho em meio eletrônico. Segue um exemplo de resumo válido para uma área ligada às humanidades, como Letras, mas que nos serve plenamente de referência na estruturação do resumo: 19 Serviço Social RESUMO 1Com o apogeu da mídia como produtora de sentidos, o trabalho de educadores de diferentes segmentos da escolaridade vem sofrendo transformações e seu interesse tem-se modificado em relação às atividades didáticas desenvolvidas em sala de aula, no que diz respeito à língua portuguesa e à análise do discurso. A mídia televisiva brasileira mantém, com o telespectador, uma relação de poder, produz e reproduz valores, transmitindo textos persuasivos de alta qualidade, legitimando verdades, saberes, discursos e cristalizando, no imaginário coletivo, sem (quase) nenhum questionamento em relação à veracidade discursiva. Em se tratando do sistema educacional brasileiro, há um grande abismo e muita resistência em considerar as práticas discursivas da mídia televisiva como possíveis eventos pedagógicos favoráveis a uma formação mais crítica do futuro profissional. 2Assim sendo, este trabalho procura analisar o universo imaginário dos alunos de ensino médio de uma escola da rede pública, focalizando questões concernentes à linguagem midiática. 3Os passos metodológicos iniciaram-se com o levantamento dos hábitos televisuais dos alunos, seguido de audiência, discussões, análise e debate sobre o funcionamento discursivo da novela “Malhação” – Rede Globo de Televisão, de forma a oportunizar reflexões à luz da Análise do Discurso e da Análise da Conversação, evidenciando as relações entre sujeito, discurso, saber e poder. 4Os resultados das análises são apresentados neste trabalho, que se divide nas seguintes seções: Introdução – em que a problemática e os objetivos são apresentados; O Dizer e o Poder: relações discursivas – em que são apresentadas as referências teóricas sobre Análise do Discurso e Análise da Conversação; A Caminhada – seção que apresenta a metodologia do trabalho: procedimentos relacionados à escolha dos dados e encaminhamentos para a análise; Baixando o véu do discurso – seção que apresenta a análise de trechos transcritos da novela Malhação, discutidos à luz do referencial teórico; e Algumas Considerações – seção que encerra o trabalho, apresentando algumas conclusões e possíveis encaminhamentos, com o intuito de desencadear nos leitores o desejo de novas e mais aprofundadas pesquisas sobre o mesmo tema. Palavras-chave: discurso, conversação, mídia, linguagem midiática 20 Manual de Estágio 1 – contextualização do tema discutido na monografia; 2 – propósito do trabalho; trecho 3 – metodologia utilizada no processo de pesquisa; 4 – organização do documento. 3. Elementos textuais Esses são os elementos que compõem o corpo propriamente dito do trabalho e podemos chamá-los de elementos nucleares; pois sem eles e sem a articulação entre eles, o texto perde a vida. Cada um dos elementos tem características próprias, porém, se complementam, dando ao leitor a noção exata do caminho trilhado pelos pesquisadores sobre o tema desenvolvido. O texto deve ser escrito com fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento entrelinhas de 1,5. - INTRODUÇÃO A introdução do texto (consideramos aqui monografia como o trabalho de conclusão, composto da elaboração de uma reflexão sobre um tema específico e mais a elaboração da sequência didática) merece atenção especial. Muitas vezes a introdução é considerada como de pouca importância, mas é exatamente nessa seção que todo o conteúdo do trabalho é apresentado ao leitor. Duas ou três páginas deverão ser reservadas para a introdução e é aí que o autor delimitará o assunto sobre o qual versará o trabalho e o justificará. Segundo Machado (2001): É preciso compreender que apresentar justificativas para um determinado trabalho de pesquisa não é simplesmente dizer o que o motivou, do ponto de vista pessoal, a fazê-lo, isto é, por que fez o trabalho (por que gostou do tema, por que viveu a experiência etc.), mas sim, dizer para que serve o trabalho, qual é a sua relevância, tendo em vista a problemática maior em que se insere, os estudos que já foram feitos a respeito, as lacunas que esses estudos ainda deixaram etc. Na introdução, o autor deve apresentar: � Em linhas gerais, o tema do trabalho e da sequência didática, oferecendo ao leitor não somente a possibilidade de estabelecer relações entre esse estudo e outros de 21 Serviço Social seu conhecimento, mas também a opção pela leitura do trabalho em relação aos seus interesses e ao contexto de atuação. � A delimitação do assunto, isto é, a extensão e a profundidade com que o trabalho tratará o assunto escolhido. � Os objetivos do trabalho: gerais (relacionados ao tema – contexto-macro) e es- pecíficos (relacionados ao assunto escolhido – contexto-micro), referindo-se a alguns conteúdos e também à sequência didática. � A justificativa da escolha do tema, evidenciando sua importância para o contexto no qual se encontra inserido; vale lembrar que justificar a escolha de um tema não significa dar a ele importância incomensurável e enaltecer sua complexidade de forma exagerada, mas apontar como esse estudo pode ser fator contribuinte para o desenvolvimento da área em que se encontra inserido, ainda que não se proponha a ser conclusivo. � Conceituação e relevância, explicitando ao leitor a fundamentação teórica que apoiará as discussões, seguida de breves enunciados sobre conceitos fundamentais discutidos e de sua relevância para o estudo realizado; reserva-se a esse item, ai- nda, a necessidade de apresentar um resumo de obras e/ou pesquisas cujo tema se relaciona diretamente com o estudado, estabelecendo comparações a fim de pos- sibilitar a discussão das lacunas que os demais trabalhos ainda não preencheram. � Procedimentos adotados para a realização do trabalho de pesquisa e da elaboração do texto, isto é, sua organização em seções. Uma discussão relevante para a elaboração do texto diz respeito à escolha da pessoa do discurso. Embora haja práticas legitimadas sobre esse aspecto, cada vez mais os textos da introdução de trabalhos de conclusão e das seções de desenvolvimento vêm sendo escritos em primeira pessoa (eu/nós). É importante, no entanto, que esse aspecto seja discutido com o orientador do trabalho. 22 Manual de Estágio Vale lembrar que, caso a opção seja pela linguagem científica, o autor deve redigir o texto na voz passiva – foi observado, foi elaborado –, na terceira pessoa do singular com o pronome se, ou por expressões como o presente estudo, a presente pesquisa. Há, ainda, a opção de desenvolver o texto em primeira pessoa do plural, considerando-se que o trabalho tenha sido desenvolvido pelo aluno e por seu orientador. Ao desenvolver o texto em primeira pessoa do singular, o autor não necessariamente deve prescindir de fazer referência a outros estudos ou de se posicionar como pertencente a um grupo com determinadas convicções e posicionamentosteóricos. Carmo-Neto (1996) nos oferece algumas pistas para construirmos as justificativas de nosso trabalho: • Por que mais um trabalho sobre esse tema? • Em que este é diferente dos outros? • Por que essa diferença é relevante? • O que meu trabalho muda no conjunto de textos sobre o mesmo assunto? • Por que ele deve ser lido? Por quem? • O que o leitor vai encontrar de interessante, de substancial e atrativo em meu trabalho? Outro lembrete importante em relação ao desenvolvimento do TC diz respeito à apresentação do objetivo do trabalho no decorrer do texto. Muitas vezes, o autor opta por retomar o objetivo em muitos momentos do desenvolvimento do texto, correndo o risco de apresentá-lo de diferentes maneiras e, inclusive, de cair em contradições. Para que isso não ocorra, sugerimos que sempre que o objetivo do trabalho for explicitado no texto, seja destacado ou indicado a partir de uma marca gráfica, possibilitando, no momento de revisão final, comparar tais enunciados e corrigir inadequações e/ou contradições. 23 Serviço Social - DESENVOLVIMENTO Essa é a parte mais extensa de um trabalho e é muito importante. Ela estará subdividida em capítulos (que, por sua vez, dividem-se em subseções), sendo que cada capítulo deverá abrir uma página nova do trabalho. Os capítulos deverão ser indicados por algarismos romanos, sendo o título do capítulo escrito em letras maiúsculas; subseções deverão ser indicadas por algarismos arábicos, sendo os títulos escritos com maiúscula apenas nas letras iniciais das principais palavras. Há diferentes formas de identificação para as partes de uma monografia, apresentadas por diferentes autores. O que importa, na verdade, é que, uma vez utilizado um estilo, ele deverá ser padronizado no desenvolvimento de todo o trabalho. Lembre-se de que o trabalho deve apresentar a sequência didática. - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Um dos itens apresentados no desenvolvimento do TC se refere ao arcabouço teórico, tanto para o texto mais amplo, quanto especificamente para a elaboração da sequência didática, ou seja, toda a teoria na qual o trabalho está apoiado. Esse capítulo deverá ser desenvolvido em linguagem própria do autor, porém, sustentado por citações de autores que já discutiram o mesmo assunto e elaboraram teorias sobre ele. Todos os autores citados no decorrer do texto estão compondo, ao final do trabalho, o que denominamos Referências Bibliográficas. Em seção posterior serão apresentadas as orientações para a elaboração das referências bibliográficas. Lembramos aqui da obrigatoriedade das corretas referências aos textos e aos trabalhos de outros autores, não podendo haver no texto trechos e passagens simplesmente copiadas e não devidamente indicadas. É importante lembrar que, nos capítulos de desenvolvimento, o autor deverá explicitar, sempre que possível, a relação entre o que está sendo dito e o objetivo do trabalho. Assim, 24 Manual de Estágio é comum retomar o tema discutido, principalmente no desenvolvimento da seção de fundamentação teórica, pelo simples fato de que a teoria ali apresentada só é significativa na medida em que se relaciona diretamente com o objetivo proposto na pesquisa. - METODOLOGIA Nesse capítulo o autor deverá descrever, em detalhes, os procedimentos utilizados nas diversas fases da pesquisa e da elaboração do texto. Procedendo dessa forma, dará oportunidade a outros pesquisadores e aos leitores do trabalho de acompanhar todos os passos e os pensamentos do autor, entender sua lógica de pensamento em relação à análise dos dados e até mesmo iniciar uma nova pesquisa com base no encaminhamento apresentado. Quando, na metodologia, o autor explicita claramente os procedimentos escolhidos para a condução da pesquisa, o leitor – mesmo que não conheça a teoria na qual o trabalho está sustentado – é capaz de compreender os resultados de sua análise de dados. Pressupõe-se também que, quando a metodologia é apresentada de maneira clara, objetiva e detalhada, outros pesquisadores podem replicar o trabalho. Um procedimento interessante para os pesquisadores é a manutenção de um diário de pesquisa, anotando tudo o que estiver sendo feito para chegar aos resultados da pesquisa. Frequentemente, fazemos muito mais coisas do que dizemos ter feito no capítulo de Metodologia. Por isso, notas do diário poderão ser muito úteis (MACHADO, 2001). Aspectos essenciais no capítulo da metodologia dizem respeito a: • Contexto da pesquisa – descrição detalhada da situação (física/social) da pesquisa; • Participantes – caso a pesquisa envolva pessoas e/ou gravação de dados orais; • Procedimentos/instrumentos de coleta de dados – meios pelos quais os dados foram coletados, como: gravador, vídeo, coleta em jornal, filme etc.; • Procedimentos de seleção de dados – critérios utilizados para escolher os dados a serem analisados (por que esses dados e não outros?); 25 Serviço Social • Método de análise e as categorias utilizadas. Voltamos a salientar que, segundo Traldi e Dias (1998), o capítulo da metodologia é facultativo. Assim sendo, o capítulo da metodologia não precisa existir, desde que as informações a ele destinadas já tenham sido expostas na introdução. No entanto, os estudos em que a metodologia constitui parte expressiva do trabalho e o capítulo separado da introdução dão uma conotação de melhor organização e permitem revelar com mais detalhamento as técnicas e os processos empregados pelo autor para dar prosseguimento ao estudo. - ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO Nesse capítulo, o autor de um texto de TC não só exercita sua capacidade de argumentação, mas também trabalha com critérios de coerência e coesão na elaboração do texto, aspectos muito importantes para dar validade científica ao trabalho apresentado. Os dados e as informações, analisados à luz da teoria apresentada na fundamentação teórica, estarão à mercê dos argumentos do autor. Para isso, ele recorrerá a explicações, análises, esclarecimentos de ambiguidades, descrições etc.; que ofereçam ao leitor condições de compreender o encaminhamento do raciocínio na busca por comprovações do aspecto pesquisado. É importante ressaltar que discussões com base nas posições teóricas vão requerer sempre que o autor examine posições contrárias, estabeleça confrontos, compare, fazendo uso de um processo dialógico na elaboração do texto. As análises realizadas em um trabalho de conclusão deverão ser rigorosamente orientadas pelos professores orientadores de acordo com sua área de saber metodológico e acadêmico. Vale lembrar ainda que o capítulo de discussão dos resultados requer do pesquisador a habilidade de tecer uma rede de significados que perpassem as informações, os dados, as teorias apresentadas no decorrer da monografia. É o momento de assumir posicionamentos e buscar a integração teoria/prática, em direção ao objetivo proposto no início do trabalho. 26 Manual de Estágio Esse fator é o mais relevante em se tratando de aferir os resultados da pesquisa e avaliar o seu significado para o crescimento do conhecimento científico (SEVERINO, 2002). E mais: o capítulo de discussão é, fundamentalmente, um capítulo pautado em debates e questionamentos. Assim, o pesquisador precisa estar preparado para responder seus próprios porquês e apresentar essas respostas com clareza, pois serão elas, quando bem fundamentadas, que farão emergir os resultados da pesquisa. Dessa maneira, salientamos a necessidade de grande cuidado para que o texto não seja simplesmente um compêndio de textos de terceiros coligidos e não discutidos cientificamente. - CONCLUSÕES DO TC As conclusões do TC e a apresentação de aspectos relacionados à sequência didática, mesmo sendo a parte menos extensa, possuem importância fundamental. Devem conter considerações e síntese a respeito das análises, apresentando aspectos convergentes e/ou divergentes observados ao longo do desenvolvimentodo trabalho, além de comentários sobre sua aplicabilidade didático-pedagógica e sobre a sua contribuição da perspectiva discursiva. “A conclusão não é uma ideia nova, um pormenor ou apêndice que se acrescenta ao trabalho; nem tampouco um resumo dele” (GUIDIN, 2003, s.p.). O tema discutido, anunciado na introdução do trabalho e retomado em seu desenvolvimento, desemboca na conclusão, de forma lógica e natural, como decorrência. É nela que proporcionamos ao leitor recapitular os passos significativos do trabalho e, para isso, faz-se necessário retomar não somente o objetivo, mas também a caminhada do trabalho. A conclusão situa o leitor em relação às partes do trabalho. É na conclusão, momento culminante da monografia, que as experiências pessoais e novas perspectivas dos autores podem vir à tona, de certo modo, resgatando os objetivos propostos inicialmente e as lacunas suscitadas na introdução. 27 Serviço Social Interessante lembrar que, enquanto na introdução existe a preocupação com a delimitação do tema; na conclusão, o sentido maior está em vislumbrar novas possibilidades para tratamento desse mesmo tema. Essas possibilidades podem ser oferecidas ao leitor como sugestões para pesquisas posteriores, caracterizando, aliás, o movimento da ciência: avançar em mares pouco desbravados. Quanto às qualidades do texto referentes às conclusões, é importante lembrar que suas características são: a) Brevidade: a conclusão deve ser breve e exata, concisa e convincente; b) Objetividade: a conclusão é a síntese interpretativa dos elementos essenciais discutidos e analisados no texto e no trabalho; c) Personalidade: a conclusão deve apontar claramente o ponto de vista dos autores, por meio de marcas pessoais, não deixando de apresentar novas rotas para a continuidade do trabalho. 4. Elementos pós-textuais Os elementos pós-textuais, também denominados elementos referenciais, compreendem a referência bibliográfica, os anexos e os apêndices, quando necessários. Esses são elementos orientadores para os leitores, que a eles recorrem sempre que, no decorrer da leitura do corpo do trabalho, houver indicações que lhes suscitem a curiosidade ou que possam auxiliar na compreensão do percurso realizado para a elaboração do trabalho. - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A exigência, não somente em relação às monografias, mas em qualquer publicação científica, é que seja elaborada uma seção de referências bibliográficas. No entanto, é importante que o autor conheça a diferença entre referências bibliográficas e bibliografia. 28 Manual de Estágio Referências bibliográficas referem-se às obras (livros, artigos impressos ou presentes em fontes eletrônicas etc.) que foram citadas no corpo do trabalho. Isso significa que, ao fazer uso das vozes de diferentes autores, quer textualmente, quer parafraseando-os, o autor da monografia deve citá-los no corpo do trabalho e referenciá-los na seção referências bibliográficas. Já a bibliografia, usada como referencial em ementas de cursos ou em textos para uso didático, inclui todas as obras lidas e estudadas pelo autor para a elaboração do texto em questão. Como as citações estão diretamente relacionadas às referências bibliográficas, apresentamos a seguir orientações para a elaboração de ambas. - CITAÇÕES Citações correspondem à menção, no texto, de informação colhida em outra fonte. Pode ser uma transcrição ou paráfrase, direta ou indireta, de fonte escrita, oral ou eletrônica. As citações são elementos (partes, frases, parágrafos etc.) retirados dos documentos pesquisados durante a leitura da documentação e que se revelam úteis para sustentar o que o autor afirma no decorrer do seu raciocínio. Veja exemplos a seguir: Citação textual com mais de três linhas: a língua portuguesa vem assumindo, desde o período do Descobrimento até agora, funções culturais, científicas, sociais, estéticas, políticas, administrativas, comerciais etc.; tornando-se idioma oficial de oito nações contemporâneas. Segundo Silva Neto (1979, p. 127), na África, a língua portuguesa tem grande importância: Autor ano da edição página 29 Serviço Social Em 1551, o inglês Windham esteve na Guiné. Pois: o rei de Benim falou em português aos ingleses, língua que ele tinha aprendido desde a infância; ou ainda: Em 1563, visitando Baker a costa da Mina, “ao oeste do Cabo das Três Pontas, os negros lhe falaram em bom português”. � Citação com mais de três linhas de texto deve vir destacada como o exemplo anterior, com recuo apenas à esquerda (de 4 cm), sem aspas, com a mesma fonte utilizada no texto, mas em tamanho 10 e espaçamento entrelinhas simples, em itáli- co se desejado. � Citação textual de até três linhas: Conforme Terra (1997/2001, p. 50), “vocábulos de origem indígena e africana, como maloca, macumba, vatapá etc., muito comuns para nós, não são tão comuns para os portugueses” e, dessa forma, podemos con- cluir que... Terra (1997 / 2001, p. 50) Último sobrenome Ano da edição Ano da edição que Página de onde do autor consultado original do livro você está utilizando foi retirado o que você está trecho utilizado utilizando � Citação parafraseada: Segundo Duarte (1998/2001), o uso do pronome TU é correto no estado do Maranhão, mas no Rio Grande do Sul, por exemplo, as pessoas utilizam o TU (2a pessoa) concordando com o verbo na 3a pessoa, por exemplo, TU VAI ao cinema comigo? (Nessa citação não aparece página porque o texto não foi copiado do autor, e sim parafraseado, ou seja, modificado por quem o utilizou.) 30 Manual de Estágio Notas de rodapé: devem ser identificadas como referências bibliográficas parciais, a serem completadas na bibliografia final; inserir nelas considerações ou informações complementares que, se feitas no texto principal, poderiam prejudicar a sequência lógica do texto; inserir nelas tradução (com indicação “tradução minha”) ou versão original de alguma citação traduzida no texto. � Citação de anotações de aula ou comunicações pessoais: deve ser indicada com o último sobrenome do autor e, entre parênteses, a expressão comunicação pessoal. Observe alguns exemplos de referências bibliográficas: DUARTE, Sérgio Nogueira. 1998. Língua Viva: uma análise simples e bem-humorada da linguagem do brasileiro. 4a ed. Rio de Janeiro: Rocco Editora, 2001. TERRA, Ernani. 1997. Linguagem, língua e fala. 1a ed. 3a imp. São Paulo: Editora Scipione, 2001. - sobrenome do autor indicado na ficha catalográfica da obra consultada, em letras maiúsculas, seguido de vírgula e o nome do autor seguido de ponto; - ano da edição original (caso a edição consultada não seja a primeira), seguido de ponto; - título do livro, em itálico (opcional), seguido de ponto; - edição e impressão, caso não sejam as primeiras, seguida de ponto; - localidade seguida de dois-pontos, editora seguida de vírgula e ano da edição consultada seguido de ponto, caso seja diferente do ano da edição original. FREITAS, M. Teresa; SOUZA, Solange J. e; KRAMER, Sonia. (orgs.) Ciências Humanas e Pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Editora Cortez, 2003. (Coleção Questões da Nossa Época; v. 107, p. 35-39). 31 Serviço Social MARSICK, V. Factors that affect the epistemology of group learning. Disponível em: http://www.eds.educ.ubc.ca/aerc/1997/97marsick.htm. Acesso em 13/05/04. ORELLANA, M. F.; BOWMAN, P. Cultural Diversity Research on Learning and Development: conceptual, methodological, and strategic considerations. In: American Educational Research Association. v. 32, no 5, June/July - 2003. p. 26-32. - obra pertencente à coleção, indicada entre parênteses; indicação de volume e páginas consultadas; - fonte eletrônica, com indicação da data da consulta; - indicação de autor cujo artigo ou capítulo está inserido em uma obra organizada por outroautor ou em revista – usar In seguido de dois pontos. FULLAN, Michael; HARGREAVES, Andy. 1996. A Escola como Organização Aprendente: buscando uma educação de qualidade. 2a ed. Trad. Regina Garcez. Porto Alegre: Artmed Editora, 2000. BEDNY, Gregory Z. et al. Activity Theory: history, research and application. In: Theor. Issues in Ergon. SCI. V.1, 2000, no 2, p. 168-206. - indicação de obra com dois ou três autores; - indicação de obra com mais de três autores. - ANEXOS E APÊNDICES Anexos são documentos complementares ao TC, que esclarecem os conteúdos nele tratados. Aos anexos pertencem, por exemplo, as transcrições (na íntegra) de dados coletados, documentos, leis, pareceres, apresentação de uma “grade/cronograma” da sequência didática etc. utilizados como suporte às discussões e que prejudicariam a estética do trabalho caso fossem inseridos em seu corpo. Anexos são necessários, na maioria das vezes, para que os leitores do trabalho busquem 32 Manual de Estágio a melhor compreensão das interpretações e das conclusões do autor. Em geral, são ordenados a partir de um critério lógico, por exemplo, sequenciados por data de utilização no trabalho e aparecem numerados ou são indicados por letras (Anexo 1 ou Anexo A). Essas denominações permitem que, ao fazer referência ao seu conteúdo no corpo do trabalho, o autor do TC apresente a indicação de onde se encontra o trecho na íntegra. Exemplificando: “Conforme comentado no capítulo anterior, os dados referentes ao participante André (Anexo 5) foram coletados em seu ambiente de trabalho”. Os anexos aparecem, geralmente, após as referências bibliográficas. No entanto, há controvérsias a esse respeito e muitos autores preferem inserir anexos antes das referências bibliográficas para que a numeração de suas páginas siga a numeração do próprio trabalho. Já os apêndices se caracterizam por serem materiais produzidos pelo próprio autor. Fazem parte deles: questionários utilizados na coleta de dados, fichas e materiais preparados para coletar dados em entrevistas, tabelas elaboradas para sustentar discussões, trechos da análise dos dados. - ÍNDICES Pouco utilizados em TCs (que optam por apresentar, no início, um sumário com as indicações de assuntos e páginas), os índices, quando utilizados ao final da obra, têm objetivos diversos. Eles podem apresentar: uma lista de assuntos (índice denominado sistemático), lista de termos referidos (índice denominado remissivo), lista de todos os nomes próprios presentes (índice denominado onomástico), lista de lugares (índice denominado toponímico) e lista de citações bíblicas (índice denominado escriturário). 33 Serviço Social VII. A LINGUAGEM ADOTADA Considerando-se as diferentes partes que compõem o texto [...], é importante ressaltar que a linguagem se presentifica de diferentes e bem marcadas formas, influenciando na qualidade e na validade do texto construído. É possível perceber que a linguagem caminha por diferentes tipos de discurso, com marcas ora expositivas, ora narrativas, percorrendo a descrição, a análise e a crítica (BRANDÃO, 2001), caracterizando essas partes do texto. - Linguagem expositiva A linguagem expositiva se caracteriza nos TCs pelo discurso teórico presente tanto na introdução quanto na fundamentação teórica. A exposição exige que o autor seja objetivo, que apresente os conceitos teóricos relevantes ao trabalho, atribuindo a ele próprio ou a outros autores a responsabilidade enunciativa. Segundo Brandão (2001:30): Essa função “objetiva” não impede, entretanto, que seja permeada de elementos analíticos, argumentativos ou críticos. Em verdade, a participação do pesquisador se concretiza – o que não é pouco – desde a seleção do material, isto é, quando faz os recortes teóricos, criativos ou críticos incorporados em seu texto e no modo como distingue esses dados “objetivos” das suas próprias interpretações sobre eles. Embora, rigorosamente falando, não exista em estado “puro”, podemos chamar de “objetiva” aquela linguagem que procura apreender os fatos ou outra linguagem em seus próprios elementos constitutivos, independentes de interpretação do pesquisador e, “subjetiva” aquela linguagem que expressa reflexões pessoais, opiniões ou propostas do pesquisador, devidamente fundamentadas, e não confundidas com afirmações que apenas denunciam reações afetivas de agrado ou desagrado. - Linguagem descritiva A linguagem descritiva se caracteriza nos TCs pelos relatos fortemente presentes na metodologia. Nesse capítulo, o autor é convidado a detalhar os fatos relacionados ao contexto de pesquisa e a todos os procedimentos que vão desde a escolha do corpus para estudo e/ou coleta de dados aos critérios escolhidos para análise. A linguagem descritiva pressupõe a ausência de julgamentos e juízos de valor por parte do autor. 34 Manual de Estágio - Linguagem analítica A linguagem analítica se caracteriza nos TCs pelo uso da explicação e da argumentação. Nesse sentido, faz uso de relações lógicas entre os elementos que se encontram explícitos no texto e aqueles implícitos, mas provocadores de sentido em relação ao objetivo do trabalho. É possível dizer que a linguagem analítica se presentifica com maior intensidade no capítulo de discussão e argumentação, no qual são discutidos e sustentados os pontos de vista do autor do trabalho, à luz dos fundamentos teóricos selecionados. - Linguagem crítica A linguagem crítica se caracteriza pela emissão de opiniões e conclusões do autor, após o exaustivo questionamento a que submeteu os dados coletados ou o corpus de análise. Segundo Brandão (2001:31), É pela linguagem crítica que o estudioso pode efetivamente contribuir para o avanço das ideias em relação a determinado campo do saber, apresentando reflexões originais, nascidas seja de novos enquadramentos a partir dos elementos já conhecidos, seja aprofundando ou ampliando os referenciais de pesquisa para aspectos ou setores ainda não considerados. VIII. DICAS IMPORTANTES PARA ANTES DE COMEÇAR – PASSOS DA PESQUISA Dependendo do tema e/ou do texto escolhido pelos alunos do grupo, o trabalho poderá caracterizar-se como pesquisa analítico-bibliográfica, ou pesquisa de campo (contendo entrevistas e coleta de dados), levando em consideração que em qualquer um dos casos deve apresentar uma sequência didática desenvolvida no âmbito do curso de História. É importante, nesse sentido, atuar eticamente, em especial quando a atividade envolver seres humanos, levando em consideração o seguinte: � participantes da pesquisa podem receber informação prévia sobre o fato de estar fazendo parte de um trabalho acadêmico, a temática envolvida, a duração e a frequência dos encontros etc.; 35 Serviço Social � relacionamento entre pesquisador e participantes da pesquisa deve ter caráter formal; � com frequência, escolas, empresas e outras instituições queixam-se de que os alunos vão até elas, recolhem material e depois desaparecem sem retornar para apresentar as conclusões da pesquisa. O participante da pesquisa – quer seja um indivíduo, quer seja uma instituição – não só merece, mas também tem o direito de receber um retorno após o término do trabalho. Por exemplo, podem-se enviar os resultados da atividade desenvolvida, um especial agradecimento, um exemplar do trabalho etc. - ESPECIFICAÇÃO DO CORPUS Entende-se por corpus a delimitação do universo a ser estudado, isto é, objeto sobre o qual o pesquisador irá deter-se: textos, fragmentos etc. Observe os itens a seguir: o Corpora � A escolha do corpus depende do fato que se pretende estudar. � Um corpus precisa ser representativo em relação ao fato escolhido, ou seja, não posso desejar estudar a fala dos habitantes de uma determinada comunidade de poloneses no sul do país, tendo como corpus apenas a gravação da conversa de duas ou três pessoas de uma mesma família, pois isso não me permitiriaperceber como eles são influenciados pela fala de outros habitantes da comunidade. � Um corpus pode ser muito extenso, sendo possível encontrar nele uma diversidade de situações para estudar; ou pode ser muito limitado, como compor-se da fala de um único indivíduo e, então, seria possível estudar seu idioleto. � Todo corpus contém fatos marginais, ou seja, aqueles que contêm erros, incoerências, jogos de palavras etc.; que deverão ser criticados pelo linguista em sua análise. 36 Manual de Estágio � Um corpus se torna mais significativo quando os dados são gravados, pois, dessa forma, é possível transcrever os dados e os ruídos que, eventualmente, aparecem na oralidade e podem ser descartados no momento da análise. o Materiais construídos � São aqueles elaborados por informantes. Os materiais construídos ultrapassam os limites do corpus, pois dependem dos informantes. No entanto, podem apresentar armadilhas para o linguista, ou seja, o informante pode descartar enunciados significativos ou apresentar enunciados complexos demais (que fogem ao que se propôs o linguista); ou, ainda, entender as normas ou as regras do trabalho de diferentes formas, interferindo nas informações ou nos enunciados que produz. � Materiais construídos não dependem da situação real e focalizam apenas o fato linguístico que está sendo analisado. IX. DA POSSIBILIDADE DE ELABORAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO SOB ORIENTAÇÃO 1. O presente Regulamento normatiza as atividades de pesquisa orientada e também o trabalho de artigo científico dela resultante – com todas as especificidades indicadas, requisito indispensável para a aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso ou equivalente, conforme a especificidade de cada curso da UNIP. Para a realização de um artigo científico – diferentemente de uma reflexão sobre um tema específico com caráter dissertativo que é a proposta do Trabalho de Conclusão do curso de Licenciatura em História, o projeto de artigo deve ser submetido para avaliação quanto à viabilidade e possibilidade de execução por parte da coordenação e/ou orientador do trabalho. No caso da impossibilidade ou inadequação da proposta, deve ser realizado o trabalho proposto, composto da reflexão temática (de caráter monográfico) mais a sequência didática. 37 Serviço Social 2. A produção de um artigo científico e, quando indicado, da sequência didática, visa desenvolver a capacidade de um estudo teórico-reflexivo a partir de atividades de pesquisa, sua análise e seus procedimentos metodológicos, organizados de forma técnica adequada às normas de produção de um trabalho científico. 3. O artigo, que consiste em trabalho científico de pesquisa orientada, compreende a elaboração do pré-projeto e da versão definitiva do trabalho, mantendo paridade entre os temas e a área de concentração escolhida. 4. A produção científica objetiva oportunizar aos alunos dos cursos de graduação (licenciatura) uma ocasião de demonstrar o grau de habilitação adquirido, o aprofundamento temático, o estímulo à produção teórica, à consulta de bibliografia especializada, segundo as normas formais de metodologia científica e o aprimoramento da capacidade de interpretação e análise de dados. 5. O pré-projeto do artigo será elaborado de acordo com as normas, as fases e o cronograma estabelecidos na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, compondo nota como parte de aprovação nesta disciplina. 6. A elaboração do pré-projeto e do artigo deverá adotar as regras da ABNT, adaptadas segundo orientação recebida nas disciplinas: Metodologia do Trabalho Acadêmico, Métodos de Pesquisa e outras afins e determinações das normas metodológicas para elaboração do trabalho final. 38 Manual de Estágio X. CONSIDERAÇÕES FINAIS PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO 1. O trabalho de conclusão de curso deverá ser elaborado conforme as determinações das normas metodológicas para a elaboração de artigo científico disponíveis no site da UNIP. 2. O trabalho deverá conter, no mínimo, 15 (quinze) e, no máximo, 25 (vinte e cinco) páginas, excluindo-se a capa e as referências bibliográficas (fora desse padrão, o trabalho somente será aceito com a anuência do professor orientador). 3. O professor orientador será indicado pela coordenação do curso, devendo o trabalho ser orientado por docente, especialista, mestre ou doutor, preferencialmente entre aqueles que ministram ou ministrarão as aulas no curso. 4. A escolha da elaboração do artigo científico será submetida à avaliação do professor orientador, quanto a sua viabilidade e não exclui a necessidade de apresentação da sequência didática e, assim, ela deve estar presente e trazer elementos desenvolvidos no artigo. 5. Observações importantes: I – O Trabalho de Conclusão consiste na elaboração como uma dissertação sobre um tema relevante ao ensino básico e que possa ser abordado em uma situação de aprendizagem; II – O tema será de escolha do aluno, dentro das ressalvas feitas no item I, se não houver indicação expressa do tema, ou temas, pela Coordenação do Curso; II – Qualquer proposta alternativa no formato de redação do trabalho deve ser autorizada pelo orientador; 39 Serviço Social III – Deve ser apresentada, ao menos, uma Sequência Didática e o não envio da mesma pode ser uma condição para a reprovação do trabalho; IV – O número de envios – postagens – deve ocorrer, no mínimo, duas vezes, salvo as orientações diferentes em comunicação de avisos ou as situações excepcionais, devidamente autorizadas. Caso seja necessário um número maior de postagens obrigatórias, isso será comunicado na forma de avisos aos alunos e deverá ser atendida essa condição; V – O trabalho deve ser desenvolvido sob uma orientação, sendo necessário respeitar os prazos estabelecidos. SUBSÍDIOS PARA A ELABORAÇÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA PREZADO ALUNO, PARA QUE VOCÊ ELABORE A SEQUÊNCIA DIDÁTICA QUE DEVE CONSTAR EM SEU TRABALHO DE CURSO, TRAZEMOS AQUI AS SEGUINTES OBSERVAÇÕES A importância da Sequência Didática (SD) no Ensino de História Se recorrermos à nossa disciplina de Didática Geral, vamos encontrar a apresentação do plano de aula no item 7.7, em que vemos que o plano de aula é a menor unidade do planejamento de um professor, pois é sobre uma aula que ele está planejando; mas sempre pensando que a cada aula ele deve estar mais próximo do alcance de seus objetivos específicos e gerais e assim a aula é composta, primeiramente, de objetivos imediatos que se pretendem alcançar. Considerando a necessidade de estabelecer objetivos específicos que são mais restritos, devemos pautar a escolha deles em conhecimentos, habilidades e atitudes. Após a escolha dos objetivos, o professor deve escolher os conteúdos a serem abordados naquele 40 Manual de Estágio momento, em termos de itens ou subitens, pois alguns conteúdos precisarão de mais de uma aula para serem devidamente ensinados. De posse dos objetivos e dos conteúdos, ele deve elaborar os procedimentos metodológicos para organizar didaticamente o ensino por meio de atividades a serem desenvolvidas. Após, determinam-se quais serão os recursos a serem utilizados (cartazes, mapas, jornais, livros, objetos variados etc.) durante aquela aula, para despertar o interesse, facilitar a compreensão e estimular a participação ativa dos alunos. Por último, deve-se descrever qual a forma de avaliação das atividades, de maneira que se possa perceber ao final da aula se o(s) objetivo(s) foi(ram) devidamente alcançado(s). Dessa forma, podemos concluir que o plano de aula é a esquematização sequencial de tudo que irá ser desenvolvido em um dia letivo. Sistematizar todas as atividades que se desenvolvem no período de tempo em que o professor e os alunos irão interagir é importante, valorizando a necessidade de planejamento e isso nos leva à questão de que o plano de aula deve estaradaptado às reais condições e características dos alunos, quanto às possibilidades, necessidades e interesses, além dos conhecimentos prévios que eles já possuem. Por essa razão, a sondagem inicial é muito importante, pois permite maiores adequações, caso necessário. É comum também a presença de diários e semanários em algumas escolas, o que corresponde a modalidades diferentes de os professores planejarem suas aulas. De maneira simplificada, podemos pensar numa estrutura para o plano de aula da seguinte forma: � plano de aula � tema da aula; � objetivos; � conteúdos; � estratégias; 41 Serviço Social � recursos; � avaliação. Passando à questão mais específica da sequência didática, recorremos aos trabalhos de Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), estabelecendo que sequência didática seria uma sequência de módulos de ensino, organizados conjuntamente, para ensinar um determinado conteúdo, tema ou assunto. Apesar de os autores citados se referirem ao curso de Letras, a abordagem é expansível a todas as áreas do conhecimento. Para tanto, ao abordar um conteúdo complexo, que requeira mais de uma aula, o professor pode recorrer à sequência didática que, organizada e sistematizada, pode promover o processo de ensino-aprendizagem de maneira eficaz. Sendo assim, entende-se sequência didática como a organização sistemática e sequencial de mais de uma aula sobre o mesmo conteúdo, tópico ou assunto a ser ensinado. Já segundo Leal (2013, p. 7, apud Martins, 2018, p. 60), a sequência didática se diferencia pela amplitude: “[...] é mais amplo por abordar várias estratégias de ensino e aprendizagem e por ser uma sequência de vários dias”, pois conforme indica Martins (2018, p. 60): A elaboração de uma sequência pressupõe o encadeamento de práticas e intervenções de forma a criar situações de aprendizagem, permitindo o avanço cognitivo e a apropriação dos conteúdos propostos pelos docentes. Nesse sentido, é necessário considerar cada aluno, segundo sua individualidade e ao mesmo tempo a multiplicidade característica da sala de aula, o que implica o uso de diversos gêneros textuais e suportes pedagógicos, garantindo o desenvolvimento e aperfeiçoamento de habilidades. (...) Para ensinar os alunos a dominarem um determinado tema, a sequência didática propõe um desenvolvimento gradual, passo a passo. Segundo Nemirovsky (2011, s/p) “a sequência didática será constituída por um amplo conjunto de situações com continuidade e relações recíprocas”. Ao organizar uma sequência didática, o docente planeja diversas etapas nas quais é possível explorar diversos aspectos e características do tema em questão. Para compreender as características da sequência didática, é essencial compreender quais são os seus objetivos para que seja possível atingir os resultados estabelecidos pelo docente durante a prática didática. 42 Manual de Estágio Isso significa, segundo Martins (2018, p. 63), citando outras referências: A sequência didática pode ser um material de apoio ao professor, entretanto para que esse material consiga atingir os objetivos propostos e que seu uso seja proveitoso para o ensino e aprendizagem, é necessário seguir etapas de planejamento. Para Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004) a estrutura base de uma SD constitui: Seção de abertura, produção inicial ou diagnóstica, os módulos e, por fim, a produção final. A seção de abertura consiste na apresentação do objeto de estudo. Segundo Araújo (2013) nessa etapa o docente apresenta aos alunos uma descrição detalhada das atividades a serem realizadas. A escolha do modelo de sequência didática a ser utilizado está relacionada aos objetivos que o docente pretende alcançar diante das necessidades dos alunos. Independentemente do modelo escolhido, em uma perspectiva sociointeracionista tais objetivos e necessidades são baseados nos seguintes princípios didáticos: valorização dos conhecimentos prévios dos alunos; ensino centrado na problematização; ensino reflexivo, com ênfase na explicitação verbal; ensino centrado na interação e na sistematização dos saberes; utilização de atividades diversificadas, desafiadoras e com possibilidade de progressão (das atividades mais simples às mais complexas) – lembrando que uma única atividade pode mobilizar diferentes conhecimentos e estimular diferentes habilidades. Nessa perspectiva, a criança é sujeito ativo na construção do seu conhecimento (PESSOA, sd). Portanto, A sequência didática é uma forma de organização do trabalho pedagógico que permite antecipar o que será enfocado em um espaço de tempo que é variável em função do que os alunos precisam aprender da mediação e do constante monitoramento que o professor faz para acompanhar os alunos, por meio de atividades de avaliação durante e ao final da sequência didática (PESSOA, s/d in MARTINS, 2018, p. 65). Podemos eleger diversas abordagens produzidas em experiências de atuação no ensino de geografia, linguagens, matemática ou qualquer outra área, pois buscamos os elementos mais importantes na constituição dos processos e de acordo com Monteiro (2019, p. 296): 43 Serviço Social Segundo Pais (2002) uma sequência didática é formada por um certo número de aulas planejadas e analisadas previamente com a finalidade de observar situações de aprendizagem, envolvendo os conceitos previstos na pesquisa didática. BARBOSA (2002) afirma que a sequência didática consiste em uma série de atividades que criam um ambiente (...) portanto, segundo o autor as sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. São organizadas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos. Zabala (1998) conceitua a sequência didática como um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelo professor como pelos alunos. Para Sedano et al (2009) o uso da sequência didática no ensino pode proporcionar momento para que os alunos trabalhem e discutam temas. Dolz e Schneuwly (2004) defendem que as sequências didáticas são instrumentos que podem nortear os professores na condução das aulas e no planejamento das intervenções. A sequência de atividade pode ser concebida com base no que os alunos já sabem e, a cada etapa é preciso aumentar o grau de dificuldade, ampliando os conhecimentos prévios desses estudantes, sendo assim, a atividade deve permitir a transformação gradual de seus conhecimentos. De acordo com Giordan et al. (2011) a estrutura de construção da sequência didática deve seguir os seguintes passos: a) apresentação da situação, definição e formulação da tarefa; b) produção inicial, estabelece o primeiro contato entre o aluno e o gênero textual proposto; c) módulos de atividade, atividades preparadas pelo professor de observação e análise; d) produção final, destinado à prática de elaboração textual. Para Zabala (1998, p. 18): A maneira de configurar as seqüências de atividades é um dos traços mais claros que determinam as características diferenciais da prática educativa. Desde o modelo mais tradicional de “aula magistral” (com a seqüência: exposição, estudos sobre apontamentos ou manual, prova, qualificação) até o método de “projetos de trabalho global” (escolha do tema, planejamento, pesquisa e processamento da informação, índice, dossiê de síntese, avaliação), podemos ver que todos têm como elementos identificadores as atividades que os compõem, mas que adquirem personalidade diferencial segundo o modo como se organizam e articulam em seqüências ordenadas. Se realizamos uma análise destas seqüências buscando os elementos que as 44 Manual de Estágio compõem, nos daremos conta de que são um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais,que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores corno pelos alunos. Ao longo deste livro utilizarei indistintamente os termos unidade didática, unidade de programação ou unidades de intervenção pedagógica - para me referir às seqüências de atividades estruturadas para a realização de certos objetivos educacionais determinados. Estas unidades têm a virtude de manter o caráter unitário e reunir toda a complexidade da prática, ao mesmo tempo que são instrumentos que permitem incluir as três fases de toda intervenção reflexiva: planejamento, aplicação e avaliação. Como vimos até agora, sistematizar os componentes da complexa prática educativa comporta um trabalho de esquematização das diferentes variáveis que nela intervêm, de forma que com esta intenção analítica e, portanto, de alguma maneira compartimentadora, podem se perder relações cruciais, traindo o sentido integral que qualquer intervenção pedagógica tem. Neste sentido - mesmo que nas atividades, e sobretudo nas unidades de intervenção, estejam incluídas todas as variáveis metodológicas - seria adequado identificá-las de forma que se pudesse efetuar a análise de cada uma delas em separado, mas levando em conta que sua avaliação não é possível se não forem examinadas em sua globalidade. Zabala (1998, p. 55-56) nos traz alguns exemplos de unidades didáticas organizando os seguintes quadros: Unidade 1 1. Comunicação da lição. O professor ou a professora expõe o tema. Enquanto explica, os alunos tomam notas. O professor ou a professora permite alguma pergunta, a que responde oportunamente. Quando acaba, define a parte do tema que será objeto da prova que vale nota. Segundo a área ou matéria, os conteúdos podem ser um relato histórico, uma corrente filosófica, literária ou artística, um princípio matemático ou físico etc. 45 Serviço Social 2. Estudo individual sobre o livro-texto. Cada um dos meninos e meninas, utilizando diferentes técnicas (quadros, resumos, sínteses), realiza o estudo do tema. 3. Repetição do conteúdo aprendido. Cada menino ou menina, individualmente, memoriza os conteúdos da lição que supõe será objeto da prova ou exame. 4. Prova ou exame. Em classe, todos os alunos respondem às perguntas do exame durante uma hora. 5. Avaliação. O professor ou a professora comunica aos alunos os resultados obtidos. Unidade 2 1. Apresentação, por parte do professor ou da professora, de uma situação problemática. O professor ou a professora expõe aos alunos uma situação conflitante que pode ser solucionada por meios matemáticos, se a situação é maternatizável (frações), linguística (construção de frases), física (relações entre velocidade, espaço e tempo) ou de qualquer outra área. 2. Busca de soluções. O professor ou a professora pede aos meninos e meninas que exponham diferentes formas de resolver o problema ou a situação. 3. Exposição do conceito e do algoritmo. O professor ou a professora aproveita as propostas dos alunos para elaborar o novo conceito (fração, sintagma nominal, velocidade) e ensina o modelo de algoritmo (operações de frações, análise sintática, fórmula da velocidade), o problema ou a situação. 46 Manual de Estágio 4. Generalização. O professor ou a professora demonstra a função do modelo conceitual e o algoritmo em todas aquelas situações que cumprem determinadas condições. 5. Aplicação. Os alunos, individualmente, aplicam o modelo a diversas situações. 6. Exercitação. Os alunos realizam exercícios do uso do algoritmo. 7. Prova ou exame. Em classe, todos os alunos respondem às perguntas e fazem os exer- cícios do exame durante uma hora. 8. Avaliação. O professor ou a professora comunica aos alunos os resultados obtidos. Unidade 3 1. Apresentação, por parte do professor ou da professora, de uma situação problemática relacionada a um tema. O professor ou a professora desenvolve um tema sobre um fato ou acontecimento, destacando os aspectos problemáticos e os que são desconhecidos para os alunos. Os conteúdos do tema e da situação que se propõe podem ser um conflito social ou histórico, uma diferença na interpretação de determinadas obras literárias ou artísticas, a comparação entre um conhecimento vulgar de certos fenômenos biológicos e possíveis explicações científicas etc. 2. Diálogo entre professor ou professora e alunos. O professor ou a professora estabelece um diálogo com os alunos e entre eles promove surgimento de dúvidas, questões e problemas relacionados com o tema. 47 Serviço Social 3. Comparação entre diferentes pontos de vista. O professor ou a professora facilita diferentes pontos de vista e promove a discussão em grupo. 4. Conclusões. A partir da discussão do grupo e de suas contribuições, o professor ou a professora estabelece as conclusões. 5. Generalização. Com as contribuições do grupo e as conclusões obtidas, o professor ou a professora estabelece as leis, os modelos interpretativos ou os princípios que se deduzem deles. 6. Exercícios de memorização. Os meninos e meninas, individualmente, realizam exercícios de memorização que lhes permitam lembrar os resultados das conclusões e da generalização. 7. Prova ou exame. Na classe, todos os alunos respondem às perguntas e fazem os exercícios do exame durante uma hora. 8. O professor ou a professora comunica aos alunos os resultados obtidos. 48 Manual de Estágio Unidade 4 1. Apresentação por parte do professor ou da professora de uma situação problemáti- ca relacionada com um tema. O professor ou a professora desenvolve um tema em torno de um fato ou acontecimento, destacando os aspectos problemáticos e os que são desconhecidos para os alunos. Como na unidade anterior, os conteúdos do tema e da situação que se coloca podem ir desde um conflito social on histórico, diferenças na interpretação de certas obras literárias ou artísticas, até o contraste entre um conheci- mento vulgar de determinados fenômenos biológicos e possíveis explicações científicas. 2. Proposição de problemas ou questões. Os alunos, coletiva e individualmente, dirigidos e ajudados pelo professor ou professora, expõem as respostas. 3. Respostas intuitivas ou suposições sobre cada um dos problemas e situações propostas. 4. Proposta das fontes de informação. Os alunos, coletiva e individualmente, dirigidos e ajudados peio professor ou professora, propõem as fontes de informação mais apropriadas para cada uma das questões: o próprio professor, uma pesquisa bibliográfica, uma experiência, uma observação, uma entrevista, um trabalho de campo. 5. Busca da informação. Os alunos, coletiva e individualmente, dirigidos e ajudados peio professor ou professora, realizam a coleta dos dados que as diferentes fontes lhes proporcionaram. A seguir selecionam e classificam esses dados. 6. Elaboração das conclusões. Os alunos, coletiva e/ou individualmente, dirigidos e ajudados pelo professor ou professora, elaboram as conclusões que se referem às questões e aos problemas opostos. Generalização das conclusões e síntese. Com as contribuições do grupo e as conclusões obtidas, o professor ou professora estabelece as leis, os modelos e os princípios que se deduzem do trabalho realizado. 49 Serviço Social 7. Exercícios de memorização. Os meninos e meninas, individualmente, realizam exer- cícios de memorização que lhes permitam lembrar dos resultados das conclusões, da generalização e da síntese. 8. Prova ou exame. Na classe, todos os alunos respondem às perguntas e fazem os exer- cícios do exame durante uma hora. 9. Avaliação. A partir das observações que o professor fez ao longo da unidade e a partir do resultado da prova, ele comunica aos alunos a avaliação das aprendizagens realizadas. Fica perceptível a necessidade de fazer escolhas, estabelecer estratégias, planejar o que será realizado, desenvolver capacidade de diálogo, proposição e escuta atenta do outro e também da construção de situações
Compartilhar