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Manual de tc

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Manual de Trabalho de Curso
Licenciatura em História
Sumário
I. ORIENTAÇÕES PARA OS ALUNOS ........................................................................................ 5
II. ORIENTAÇÕES PARA AS ATIVIDADES DOS ALUNOS ..................................................... 5
III. ORIENTAÇÕES GERAIS .......................................................................................................... 6
IV. O QUE É O TRABALHO DE CONCLUSÃO (TC)? ............................................................... 7
V. O QUE SIGNIFICA PENSAR CIENTIFICAMENTE? ............................................................. 10
VI. O QUE FAZ UM ORIENTADOR DE TC? .............................................................................. 11
O TC SE ORGANIZA CONSIDERANDO A SEGUINTE ESTRUTURA DE 
DOCUMENTO: ............................................................................................................................... 12
VII. A LINGUAGEM ADOTADA ................................................................................................... 33
VIII. DICAS IMPORTANTES PARA ANTES DE COMEÇAR – PASSOS DA 
PESQUISA ........................................................................................................................................ 34
IX. DA POSSIBILIDADE DE ELABORAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO SOB 
ORIENTAÇÃO ................................................................................................................................. 36
X. CONSIDERAÇÕES FINAIS PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE 
CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 38
3
Serviço Social
APRESENTAÇÃO
“É instaurador de discursividade todo aquele cuja obra 
permite que outros pensem algo diferente dele.”
Michel Foucault
O Trabalho de Curso (TC) visa à produção de um material por parte do aluno que promova 
a vivência de pesquisa em aspectos próximos à iniciação científica, atividade que está 
ligada ao desenvolvimento acadêmico dos alunos de graduação. O TC busca ampliar os 
conhecimentos em relação a temas abordados durante o curso. É, portanto, uma experiência 
acadêmica orientada, vivida por alunos no final de sua graduação no curso de História em 
sua modalidade de licenciatura. Não há exigência de que o tema desenvolvido e pesquisado 
seja original e inédito. Há, no entanto, exigências em relação à organização do trabalho, à 
coerência e à coesão textuais, à pesquisa e ao desenvolvimento do conteúdo que devem ser 
respeitadas. No curso de História, a Coordenação pode deixar a temática do trabalho para 
ser escolhida pelo aluno ou definir um ou mais assuntos a serem pesquisados – isso será 
comunicado por meio de avisos da Tutoria e, caso o tema seja definido pela Coordenação, 
ele deve ser adotado pelos estudantes quanto à temática e ao formato de apresentação. 
O formato também será indicado nos avisos, ou seja, ele deverá ser composto por uma 
pesquisa mais a elaboração de uma sequência didática, devidamente comunicados nos 
avisos. 
Espera-se que, durante a elaboração do TC, os alunos vivenciem práticas pedagógicas 
de pesquisa e discussões, capazes não somente de lhes possibilitar o aprimoramento do 
trabalho, mas também o aprendizado de práticas docentes que lhes serão necessárias ao 
longo de sua vida como profissionais que trabalham com História, especialmente como 
docentes. 
4
Manual de Estágio
Assim, espera-se que o aluno, ao superar a fase de definição do tema que irá trabalhar 
– que conforme assinalado anteriormente pode ser determinado pela Coordenação e 
será devidamente comunicado – empenhe-se em seu desenvolvimento, obtendo como 
resultado, além de seu crescimento acadêmico, um texto criativo e que possa contribuir 
com outros leitores com mesmo interesse ou que busquem referências de desenvolvimento 
de conhecimento acadêmico. 
A elaboração do Trabalho de Conclusão deve seguir as indicações realizadas na disciplina, 
ou seja, se o tema for predeterminado, deve ser respeitado. No caso de haver a solicitação da 
realização de uma sequência didática, o trabalho final deve apresentar a discussão teórica 
sobre o tema do trabalho mais a sequência didática. 
Na elaboração do conteúdo do trabalho e da sequência didática, ressaltamos a 
importância de observar a adequação da proposta de trabalho com temas desenvolvidos 
no curso de Licenciatura em História, bem como respeitar os aspectos pedagógicos e de 
conteúdos referenciados, por exemplo, nas normas estabelecidas pelo MEC e nas disciplinas 
desenvolvidas no curso. 
Espera-se, ainda, que o TC ofereça ao grupo de alunos a possibilidade de articular os 
conhecimentos desenvolvidos no decorrer da graduação nas diferentes disciplinas que 
compõem o curso de História e que seja também considerado pelo aluno como uma fase 
de aprendizagem de pesquisa que antecede possíveis cursos de especialização, mestrado e 
doutorado.
5
Serviço Social
REGULAMENTO COM DEFINIÇÃO DAS FORMAS DE ACOMPANHAMENTO/
ORIENTAÇÃO
I. ORIENTAÇÕES PARA OS ALUNOS
O TC é um trabalho que deve ser realizado por alunos matriculados de acordo com 
o regimento. Alunos que antecipam a disciplina por motivos de transferência de outra 
universidade para a UNIP ou alunos matriculados em regime de dependência deverão 
integrar-se ao sistema definindo o tema de acordo com a proposta apresentada e 
participando, obrigatoriamente, de todas as fases do desenvolvimento do trabalho de 
pesquisa, orientação e apresentação.
Depois de selecionado o tema do TC e iniciado o trabalho, ele será encaminhado a 
um dos orientadores designados pelo curso. A Coordenação do curso poderá realizar a 
substituição de professores orientadores no decorrer de todo o processo. 
Orientadores e alunos se comunicam via sistema eletrônico em ambiente devidamente 
estabelecido e estruturado para isso, em fórum aberto para o TC com a participação de 
cada orientador e também por meio dos diversos chats agendados durante esse processo. 
A frequência e a regularidade desses contatos serão controladas pelo professor orientador 
e todos os alunos deverão tomar ciência das tarefas a serem cumpridas no período que 
transcorrerá entre um encontro e outro, obedecendo a um cronograma de trabalhos.
II. ORIENTAÇÕES PARA AS ATIVIDADES DOS ALUNOS
Durante o tempo previsto para pesquisa e elaboração do texto do TC, muitas atividades 
serão desenvolvidas pelos participantes. Essas atividades vão desde as práticas, de cunho 
organizacional (por exemplo, em relação à organização de informações), àquelas voltadas 
à construção de novos conhecimentos, envolvendo momentos de estudo. É fundamental, 
portanto, que cada aluno escolha diferentes maneiras para estudar. Assim, é importante 
pensar em tipos de atividades a serem realizadas:
6
Manual de Estágio
1. Leitura e fichamento dos textos;
2. Buscas na internet;
3. Elaboração de pequenos trechos do trabalho, com o propósito de discutir o estilo do 
texto de cada um, reescrever e estabelecer características para o texto final.
Espera-se que, ao longo do desenvolvimento do TC, os alunos ou grupos de alunos 
desenvolvam estratégias de aprendizagem que possam colaborar para o resultado final do 
trabalho.
Ao longo do período destinado à elaboração do TC, os alunos deverão cumprir as 
seguintes fases/diretrizes:
 Comunicação regular com o orientador, por chats e fóruns, ou via sistema indicado 
pela Universidade;
 Entrega de partes do trabalho, de acordo com as solicitações do professor orientador 
e do professor coordenador do curso, respeitando cronograma específico;
 Entrega da versão final e participação da Banca.
Em seção posterior, as normas para a confecção do trabalho serão abordadas.
III. ORIENTAÇÕES GERAIS
As dicas a seguir podem ser úteis para a elaboração do trabalho:
1. Elaboração de relatório pelo aluno em diferentes momentos do trabalho e mesmo 
dasmensagens ou das orientações do professor;
2. Manutenção de um arquivo ou caderno para registro de todas as possíveis 
citações consideradas relevantes para o trabalho, assim como a referência bibliográfica 
correspondente e devidamente referenciada;
3. Elaboração de diários de leitura de todos os textos lidos e considerados relevantes 
para o embasamento teórico do TC;
7
Serviço Social
4. Trabalhar sempre com a versão corrigida do trabalho e a nova versão, dando, tanto 
ao orientador quanto aos próprios alunos, a possibilidade de relembrar os comentários já 
feitos em fases e orientações anteriores;
5. Estar atento aos avisos sobre prazos e procedimentos postados no Ambiente Virtual 
de Aprendizagem (AVA) e, quando necessário, sobre aspectos pontuais do trabalho; 
6. Respeitar o número de postagens indicadas nos avisos.
A nota final do aluno será atribuída pelo professor orientador (variando de 0 a 10). 
Importante: Caso seja identificada cópia, total ou parcial – isto é, sem a devida referência 
mencionando a fonte, de qualquer texto disponível em material impresso ou internet, a 
nota atribuída será zero, o que exclui a possibilidade de reapresentação do trabalho no 
mesmo semestre. Espera-se que todo o texto seja redigido pelo aluno com suas próprias 
palavras, citando todas as fontes de informações utilizadas.
IV. O QUE É O TRABALHO DE CONCLUSÃO (TC)?
A proposta de TC de um curso de graduação é um trabalho de caráter científico e, como 
tal, deve pautar-se em normas nacionais e internacionais que caracterizam as pesquisas 
em universidades, congressos etc. Assim, faz-se necessário que escolhamos uma referência 
bibliográfica sobre questões metodológicas e, uma vez escolhida, ela deverá ser observada 
rigorosamente na elaboração do trabalho. Embora sabendo das divergências em relação às 
questões metodológicas e da necessidade de, muitas vezes, estabelecermos comparações 
entre os diferentes autores que tratam dessa questão, optamos por organizar o TC com base 
nas orientações da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, utilizada por grande 
parte das universidades brasileiras. Os aspectos a serem observados serão a formatação do 
texto (tamanho de letra, espaçamento, margens etc.) de acordo com o Guia de Normalização 
8
Manual de Estágio
para Apresentação de Trabalhos Acadêmicos da UNIP, disponível em: http://www3.unip.
br/servicos/biblioteca/download/manual_de_normalizacao_abnt. pdf, que segue a ABNT 
conforme as seguintes características: 
Formato 
- Papel formato A4 (21 X 29,7 cm); 
- Fonte Arial e tamanho 12 para todo o texto; 
- Fonte Arial e tamanho 10 para citações com mais de três linhas, notas de rodapé, 
paginação e legenda das ilustrações; 
- Fonte Arial tamanho 12 para (TÍTULO DE SEÇÃO) em maiúsculo e negrito; 
- Fonte Arial tamanho 12 para (Subtítulo) em minúsculo e negrito. 
Margem 
- Margem esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior 2 cm; 
- Recuo de primeira linha do parágrafo: 1,25 cm (1 tab), a partir da margem esquerda; 
- Recuo de parágrafo para citação com mais de três linhas: 4 cm da margem esquerda; 
- Alinhamento do texto: utilizar a opção “Justificado” do programa Word; 
- Alinhamento de título e seções: utilizar a opção “Alinhar à Esquerda” do programa 
Word; 
- Alinhamento de título sem indicação numérica (Resumo, Listas, Sumário, Referências): 
utilizar a opção “Centralizado” do programa Word. 
9
Serviço Social
Espaçamento 
- Espaço “Entrelinhas” do texto: 1,5 cm; 
- O espaço simples é usado em: citações de mais de três linhas, notas de roda pé, 
referências, resumos, legendas, ficha catalográfica; 
- Os títulos das seções e subtítulos devem começar na parte superior da margem esquerda 
da folha e ser separados do texto por dois espaços de 1,5 cm entrelinhas; 
- As referências devem ser separadas entre si por um espaço simples em branco; 
- A Natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituição a que é submetido e a área 
de concentração devem ser alinhados do meio da folha para a direita em espaço 
simples e fonte Arial tamanho 12, ver exemplo de “Folha de rosto”. 
Paginação 
- As folhas do trabalho devem ser contadas sequencialmente a partir da folha de rosto 
e numeradas. 
Elaboração dos conteúdos:
Sobre a elaboração, Victoriano e Garcia (1996/1999) consideram importante, em um 
projeto de pesquisa, que ele seja escrito em sua versão preliminar e que os alunos autores 
se organizem para responder às seguintes perguntas:
1. O que fazer? A resposta é a delimitação do tema e do problema a ser resolvido. É 
importante que se restrinja o campo, pois quanto mais circunscrito estiver o objeto, 
melhor e com mais segurança se trabalha. Muitas vezes, essa delimitação pode ser 
usada como título provisório do trabalho. 
2. Por que fazer? A resposta a essa questão é a justificativa da escolha do objeto de 
estudo. Nesse tópico, deverão constar a definição e a delimitação do problema, a 
descrição bibliográfica que demonstre sua relevância como objeto de estudo, suas 
hipóteses e sua relevância.
10
Manual de Estágio
3. Para que fazer? A resposta está nos propósitos do estudo, ou seja, nos seus 
objetivos gerais e específicos. É fundamental que seus objetivos sejam claros, pois 
eles nortearão todo o trabalho metodológico que será desenvolvido.
4. Como fazer? A resposta está na metodologia (métodos e técnicas) que será utilizada 
em seu trabalho. A metodologia é um procedimento sistemático e formal, cujo objetivo é 
encontrar as respostas para problemas mediante o emprego de técnicas científicas.
5. Com quem fazer? A resposta a essa questão está vinculada às pesquisas e, no 
caso da licenciatura em História, as possibilidades de realização do trabalho podem ser 
individual ou em grupo.
6. Onde fazer? Local, campo de pesquisa, pesquisa de campo, bibliografia. A pesquisa 
bibliográfica pode ser realizada em bibliotecas universitárias e mesmo via consultas em 
períodos especializados e trabalhos acadêmicos devidamente publicados em sites de 
instituições educacionais credenciadas ou plataformas de conteúdo acadêmico.
7. Com o que fazer? Recursos e custeio. Muitas das monografias apresentadas por 
alunos, devido ao interesse do assunto e da área específica, podem ser financiadas por 
órgãos de pesquisa ou pela própria universidade.
8. Quando fazer? A resposta se encontra em um cronograma que o pesquisador 
seguirá. Além disso, o bom andamento da pesquisa requer rigor quanto ao cumprimento 
dos prazos estabelecidos pelo orientador e pela dinâmica da pesquisa.
V. O QUE SIGNIFICA PENSAR CIENTIFICAMENTE?
Ao afirmarmos que um TC é um trabalho acadêmico, técnico-científico, estamos, de 
certa forma, dizendo que esse trabalho tem características diferenciadas e que seu público-
alvo se encontra na comunidade científica. Quem avalia e atribui relevância aos trabalhos 
científicos são leitores acostumados a trabalhar com pesquisa e a pensar e raciocinar 
cientificamente. Mas o que isso significa?
11
Serviço Social
É dotado de comportamento científico o aluno que demonstra preocupação com a 
qualidade dos questionamentos que faz em relação ao foco de seu trabalho, que estabelece 
metas para os procedimentos de pesquisa, que não se satisfaz com conclusões do senso 
comum, mas está sempre em busca de explicar e analisar informações e dados de sua 
pesquisa.
Comportar-se cientificamente significa ser criterioso com as conclusões, fundamentando-
as em um referencial teórico ou empírico bem selecionado e pertinente ao tema. Significa, 
acima de tudo, “ter uma visão relativa dos fenômenos, e não absoluta, ou seja, estabelecer 
relações entre fenômenos e não os conceber como fenômenos isolados de um contexto” 
(HUBNER, 1998).
Assim, espera-se que os alunos, ao elaborarem seu TC, primem pela qualidade 
acadêmico-científica de seus textos, sendo criteriosos o bastante para que os resultados de 
seus trabalhos sejam validados na comunidade científica. Espera-seque produzam textos 
coerentes, isentos de julgamentos (isto é, sem o uso exagerado de adjetivos), calcados em 
descrições que possibilitem inferências e tomadas de posições equilibradas e fundamentadas.
VI. O QUE FAZ UM ORIENTADOR DE TC?
Na orientação do TC, atua o professor orientador de conteúdo específico, acompanhando 
os alunos nas discussões sobre o tema escolhido, auxiliando-os em relação às leituras e à 
bibliografia indicadas para dar sustentação teórica ao trabalho. Algumas características são 
fundamentais ao professor escolhido como orientador de um TC:
 � O professor orientador precisa ser um incentivador dos alunos, motivando-os para 
que elaborem um trabalho criativo;
 � O professor orientador precisa ser organizado e estabelecer, ao longo do ano, tarefas 
claras e objetivas ao grupo de alunos;
 � O professor orientador precisa sugerir leituras aos alunos;
 � O professor orientador poderá indicar aos alunos as modificações a serem efetuadas 
no trabalho, porém nunca redigir trechos do trabalho.
12
Manual de Estágio
É importante ressaltar que um TC é um momento de construção de conhecimentos e exige, 
portanto, que orientandos e orientador mantenham um relacionamento cordial, de confiança, 
assumindo cada qual o seu papel pedagógico. O exercício que se espera na elaboração de um TC 
tem características dialógicas, isto é, orientandos e orientador têm espaço e voz nas discussões, 
em busca de transformarem os conhecimentos já adquiridos. Espera-se que as decisões a 
respeito do trabalho sejam tomadas com maturidade e sempre de forma compartilhada. 
 
Como se organiza um TC? 
O TC se organiza considerando a seguinte estrutura de documento: 
 A estrutura do documento segue parte das normas apresentadas no Guia de 
Normalização para Apresentação de Trabalhos Acadêmicos da UNIP (disponível em: 
http://www3.unip.br/servicos/biblioteca/download/manual_de_normalizacao_
abnt.pdf) e deve incluir obrigatoriamente os itens expostos a seguir:
Elementos pré-textuais: capa, folha de rosto, resumo na língua vernácula (apenas em 
português), sumário. 
Elementos textuais: texto dissertativo sobre o assunto específico, sequência didática 
(quando solicitada) e considerações finais. 
- Introdução: escolha do tema, justificativa da escolha do tema, formulação do problema, 
objetivos gerais e específicos, conceituação e relevância, indicação da estrutura do trabalho.
- Desenvolvimento: exposição do tema, fundamentação teórica, metodologia do 
trabalho*, argumentação e discussão. Importante: a elaboração da sequência didática 
(quando solicitada).
- Conclusões.
13
Serviço Social
Elementos pós-textuais: referências bibliográficas, glossários, apêndices, anexos – no 
caso sobre a sequência didática, apêndices, índices.
* Segundo Traldi e Dias (1998:40), o capítulo da metodologia é facultativo:
O capítulo da metodologia é o espaço destinado a descrever o método adotado para 
o desenvolvimento do trabalho. É facultativo dedicar-se um capítulo exclusivamente para 
esse fim, desde que as informações a ele destinadas já tenham sido expostas na Introdução. 
Nos estudos e nas pesquisas em que a metodologia constitui parte expressiva do trabalho 
(como nos estudos que se utilizam de métodos quantitativos envolvendo amostragem 
ou tabulação de dados), a opção pelo destaque da metodologia em capítulo separado 
da Introdução dá ao trabalho uma conotação de melhor organização e permite revelar 
com mais detalhamento as técnicas e os processos empregados pelo autor para dar 
prosseguimento ao estudo.
Descreveremos a seguir algumas das partes citadas, possibilitando aos autores do TC o 
exercício de rascunhar e refletir sobre os objetivos de cada uma delas.
1. Capa
 � Alto da página: nome da instituição/departamento.
 � Centro da página: título do trabalho.
 � À direita, abaixo do título: disciplina, professor, autores.
 � Rodapé da página: local/data.
Exemplo:
Como colocar o autor ou autores (ordem alfabética):
Adriana Aparecida SILVA
Andréa SANGIULIANO
Luciana Souza ANDRÉ
Sebastiana ALBUQUERQUE
14
Manual de Estágio
 Margens: sup. – 3 cm; inf. – 2 cm; esq. – 3 cm; dir. – 2,5 cm.
UNIP - Universidade Paulista
Campus Cidade Universitária
Curso: História
O Ensino de História e a Base Nacional 
Comum
Nome completo/RA
Nome completo/RA
Nome completo/RA
15
Serviço Social
2. Elementos pré-textuais
Esses são os elementos que antecedem a introdução do trabalho e são constituídos por 
tudo aquilo que identifica o trabalho e orienta o leitor.
- FOLHA DE ROSTO
Segue os mesmos procedimentos da capa, em relação às margens 
e à distribuição do texto, com pequenas modificações:
 � Alto da página: nome(s) do(s) autor(es).
 � Centro da página: título do trabalho.
 � À direita, abaixo do título: explicação sobre a natureza do trabalho.
 � Rodapé da página: instituição/local/data.
 � Margens: sup. – 3 cm; inf. – 2 cm; esq. – 3 cm; dir. – 2 cm.
 � Verso da página: ficha catalográfica (a ser elaborada pelo bibliotecário da 
instituição, contendo os dados bibliográficos necessários para que a obra seja 
catalogada na biblioteca da universidade, deve incluir palavras-chave, fornecidas 
pelos autores).
A folha de rosto é a única da monografia na qual, no verso, existe texto. As demais 
páginas deverão conter texto em apenas um dos lados.
16
Manual de Estágio
Nome do(a) aluno(a)
O Ensino de História e a Base 
Nacional Comum
Trabalho de Curso – Licenciatura em 
História
São Paulo
2018
17
Serviço Social
- SUMÁRIO
Aqui o autor informa aos leitores o conteúdo que será tratado na monografia. A palavra 
“sumário” deverá aparecer no topo da página, em letras maiúsculas, sendo seguida, dois 
ou três parágrafos abaixo, de todos os intertítulos contidos no trabalho. A estética da 
página do sumário deverá ser observada de forma que os títulos e os subtítulos apareçam 
destacados, estando padronizada e obedecendo aos recuos da margem esquerda, também 
padronizados.
De acordo com a ABNT, a numeração em algarismos arábicos deverá ter início somente 
na página em que se iniciar o texto propriamente dito, contando-se, porém, as páginas que 
o antecedem. Essa numeração deverá aparecer no topo da página, do lado direito. Alguns 
autores optam por numerar, com algarismos romanos, as páginas a partir do sumário 
até o abstract. Assim, caso o trabalho apresente todas as folhas indicadas (da folha de 
 
Resumo...........................................................................................................................3 
Introdução ....................................................................................................................4 
Capítulo I: nome do capítulo 
(Indicar cada uma das seções do trabalho)........................................................8
Capítulo II: nome do capítulo 
(Indicar cada uma das seções do trabalho).....................................................23
Capítulo III: nome do capítulo 
(Indicar cada uma das seções do trabalho).....................................................48 
Considerações finais................................................................................................54 
Referências bibliográficas......................................................................................59 
Fontes eletrônicas.....................................................................................................61 
Anexos..........................................................................................................................62 
Iconografia (se houver)...........................................................................................66
SUMÁRIO
18
Manual de Estágio
rosto até a folha de epígrafe), a página do sumário deverá ser numerada com o algarismo 
romano VI (letras minúsculas) e a página que contiver a introdução do trabalho dará início 
à numeração em algarismosarábicos (1, 2, 3...).
- RESUMO
Essa é uma página importante do trabalho. É ela que, em um primeiro momento, convida o 
leitor a mergulhar no texto apresentado. Deve ser um texto conciso, com aproximadamente 
300 palavras – em fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento entrelinhas 
simples –, em que o autor apresenta uma síntese do conteúdo do trabalho, destacando os 
aspectos mais relevantes, a metodologia e a fundamentação teórica que deram sustentação 
às discussões apresentadas. O resumo visa a fornecer ao leitor elementos que lhe permitam 
decidir sobre ler ou não o trabalho, em função da relevância para seu próprio contexto.
O resumo deve ser escrito na língua em que está redigido o trabalho, organizado por 
meio de frases e nunca em tópicos enumerados.
Após o texto do resumo deverão aparecer as palavras-chave sugeridas pelo autor como 
referência do trabalho em meio eletrônico. Segue um exemplo de resumo válido para uma 
área ligada às humanidades, como Letras, mas que nos serve plenamente de referência na 
estruturação do resumo:
19
Serviço Social
RESUMO
 1Com o apogeu da mídia como produtora de sentidos, o trabalho de educadores de 
diferentes segmentos da escolaridade vem sofrendo transformações e seu interesse tem-se 
modificado em relação às atividades didáticas desenvolvidas em sala de aula, no que diz 
respeito à língua portuguesa e à análise do discurso. A mídia televisiva brasileira mantém, 
com o telespectador, uma relação de poder, produz e reproduz valores, transmitindo textos 
persuasivos de alta qualidade, legitimando verdades, saberes, discursos e cristalizando, 
no imaginário coletivo, sem (quase) nenhum questionamento em relação à veracidade 
discursiva. Em se tratando do sistema educacional brasileiro, há um grande abismo e muita 
resistência em considerar as práticas discursivas da mídia televisiva como possíveis eventos 
pedagógicos favoráveis a uma formação mais crítica do futuro profissional. 2Assim sendo, 
este trabalho procura analisar o universo imaginário dos alunos de ensino médio de uma 
escola da rede pública, focalizando questões concernentes à linguagem midiática. 3Os 
passos metodológicos iniciaram-se com o levantamento dos hábitos televisuais dos alunos, 
seguido de audiência, discussões, análise e debate sobre o funcionamento discursivo da 
novela “Malhação” – Rede Globo de Televisão, de forma a oportunizar reflexões à luz da 
Análise do Discurso e da Análise da Conversação, evidenciando as relações entre sujeito, 
discurso, saber e poder. 4Os resultados das análises são apresentados neste trabalho, 
que se divide nas seguintes seções: Introdução – em que a problemática e os objetivos 
são apresentados; O Dizer e o Poder: relações discursivas – em que são apresentadas as 
referências teóricas sobre Análise do Discurso e Análise da Conversação; A Caminhada – 
seção que apresenta a metodologia do trabalho: procedimentos relacionados à escolha dos 
dados e encaminhamentos para a análise; Baixando o véu do discurso – seção que apresenta 
a análise de trechos transcritos da novela Malhação, discutidos à luz do referencial teórico; 
e Algumas Considerações – seção que encerra o trabalho, apresentando algumas conclusões 
e possíveis encaminhamentos, com o intuito de desencadear nos leitores o desejo de novas 
e mais aprofundadas pesquisas sobre o mesmo tema.
Palavras-chave: discurso, conversação, mídia, linguagem midiática
20
Manual de Estágio
1 – contextualização do tema discutido na monografia; 2 – propósito do trabalho; 
trecho 3 – metodologia utilizada no processo de pesquisa; 4 – organização do documento.
3. Elementos textuais
Esses são os elementos que compõem o corpo propriamente dito do trabalho e podemos 
chamá-los de elementos nucleares; pois sem eles e sem a articulação entre eles, o texto 
perde a vida. Cada um dos elementos tem características próprias, porém, se complementam, 
dando ao leitor a noção exata do caminho trilhado pelos pesquisadores sobre o tema 
desenvolvido. O texto deve ser escrito com fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 
e espaçamento entrelinhas de 1,5.
- INTRODUÇÃO
A introdução do texto (consideramos aqui monografia como o trabalho de conclusão, 
composto da elaboração de uma reflexão sobre um tema específico e mais a elaboração da 
sequência didática) merece atenção especial. Muitas vezes a introdução é considerada como 
de pouca importância, mas é exatamente nessa seção que todo o conteúdo do trabalho é 
apresentado ao leitor. Duas ou três páginas deverão ser reservadas para a introdução e é aí 
que o autor delimitará o assunto sobre o qual versará o trabalho e o justificará.
Segundo Machado (2001):
É preciso compreender que apresentar justificativas para um determinado trabalho de pesquisa 
não é simplesmente dizer o que o motivou, do ponto de vista pessoal, a fazê-lo, isto é, por que fez 
o trabalho (por que gostou do tema, por que viveu a experiência etc.), mas sim, dizer para que 
serve o trabalho, qual é a sua relevância, tendo em vista a problemática maior em que se insere, os 
estudos que já foram feitos a respeito, as lacunas que esses estudos ainda deixaram etc.
Na introdução, o autor deve apresentar:
 �  Em linhas gerais, o tema do trabalho e da sequência didática, oferecendo ao leitor 
não somente a possibilidade de estabelecer relações entre esse estudo e outros de 
21
Serviço Social
seu conhecimento, mas também a opção pela leitura do trabalho em relação aos 
seus interesses e ao contexto de atuação.
 �  A delimitação do assunto, isto é, a extensão e a profundidade com que o trabalho 
tratará o assunto escolhido.
 � Os objetivos do trabalho: gerais (relacionados ao tema – contexto-macro) e es-
pecíficos (relacionados ao assunto escolhido – contexto-micro), referindo-se a alguns 
conteúdos e também à sequência didática.
 �  A justificativa da escolha do tema, evidenciando sua importância para o contexto 
no qual se encontra inserido; vale lembrar que justificar a escolha de um tema não 
significa dar a ele importância incomensurável e enaltecer sua complexidade de 
forma exagerada, mas apontar como esse estudo pode ser fator contribuinte para o 
desenvolvimento da área em que se encontra inserido, ainda que não se proponha 
a ser conclusivo.
 �  Conceituação e relevância, explicitando ao leitor a fundamentação teórica que 
apoiará as discussões, seguida de breves enunciados sobre conceitos fundamentais 
discutidos e de sua relevância para o estudo realizado; reserva-se a esse item, ai-
nda, a necessidade de apresentar um resumo de obras e/ou pesquisas cujo tema se 
relaciona diretamente com o estudado, estabelecendo comparações a fim de pos-
sibilitar a discussão das lacunas que os demais trabalhos ainda não preencheram.
 �  Procedimentos adotados para a realização do trabalho de pesquisa e da elaboração 
do texto, isto é, sua organização em seções.
Uma discussão relevante para a elaboração do texto diz respeito à escolha da pessoa do 
discurso. Embora haja práticas legitimadas sobre esse aspecto, cada vez mais os textos da 
introdução de trabalhos de conclusão e das seções de desenvolvimento vêm sendo escritos 
em primeira pessoa (eu/nós). É importante, no entanto, que esse aspecto seja discutido com 
o orientador do trabalho.
22
Manual de Estágio
Vale lembrar que, caso a opção seja pela linguagem científica, o autor deve redigir o 
texto na voz passiva – foi observado, foi elaborado –, na terceira pessoa do singular com o 
pronome se, ou por expressões como o presente estudo, a presente pesquisa. Há, ainda, a 
opção de desenvolver o texto em primeira pessoa do plural, considerando-se que o trabalho 
tenha sido desenvolvido pelo aluno e por seu orientador.
Ao desenvolver o texto em primeira pessoa do singular, o autor não necessariamente 
deve prescindir de fazer referência a outros estudos ou de se posicionar como pertencente 
a um grupo com determinadas convicções e posicionamentosteóricos.
Carmo-Neto (1996) nos oferece algumas pistas para construirmos as justificativas de 
nosso trabalho:
• Por que mais um trabalho sobre esse tema?
• Em que este é diferente dos outros?
• Por que essa diferença é relevante?
• O que meu trabalho muda no conjunto de textos sobre o mesmo assunto?
• Por que ele deve ser lido? Por quem?
• O que o leitor vai encontrar de interessante, de substancial e atrativo 
em meu trabalho?
Outro lembrete importante em relação ao desenvolvimento do TC diz respeito à 
apresentação do objetivo do trabalho no decorrer do texto. Muitas vezes, o autor opta por 
retomar o objetivo em muitos momentos do desenvolvimento do texto, correndo o risco 
de apresentá-lo de diferentes maneiras e, inclusive, de cair em contradições. Para que isso 
não ocorra, sugerimos que sempre que o objetivo do trabalho for explicitado no texto, 
seja destacado ou indicado a partir de uma marca gráfica, possibilitando, no momento de 
revisão final, comparar tais enunciados e corrigir inadequações e/ou contradições.
23
Serviço Social
- DESENVOLVIMENTO
Essa é a parte mais extensa de um trabalho e é muito importante. Ela estará subdividida 
em capítulos (que, por sua vez, dividem-se em subseções), sendo que cada capítulo deverá 
abrir uma página nova do trabalho.
Os capítulos deverão ser indicados por algarismos romanos, sendo o título do capítulo 
escrito em letras maiúsculas; subseções deverão ser indicadas por algarismos arábicos, 
sendo os títulos escritos com maiúscula apenas nas letras iniciais das principais palavras. 
Há diferentes formas de identificação para as partes de uma monografia, apresentadas 
por diferentes autores. O que importa, na verdade, é que, uma vez utilizado um estilo, 
ele deverá ser padronizado no desenvolvimento de todo o trabalho. Lembre-se de que o 
trabalho deve apresentar a sequência didática.
- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um dos itens apresentados no desenvolvimento do TC se refere ao arcabouço teórico, 
tanto para o texto mais amplo, quanto especificamente para a elaboração da sequência 
didática, ou seja, toda a teoria na qual o trabalho está apoiado. Esse capítulo deverá ser 
desenvolvido em linguagem própria do autor, porém, sustentado por citações de autores 
que já discutiram o mesmo assunto e elaboraram teorias sobre ele.
Todos os autores citados no decorrer do texto estão compondo, ao final do trabalho, 
o que denominamos Referências Bibliográficas. Em seção posterior serão apresentadas 
as orientações para a elaboração das referências bibliográficas. Lembramos aqui da 
obrigatoriedade das corretas referências aos textos e aos trabalhos de outros autores, não 
podendo haver no texto trechos e passagens simplesmente copiadas e não devidamente 
indicadas. 
É importante lembrar que, nos capítulos de desenvolvimento, o autor deverá explicitar, 
sempre que possível, a relação entre o que está sendo dito e o objetivo do trabalho. Assim, 
24
Manual de Estágio
é comum retomar o tema discutido, principalmente no desenvolvimento da seção de 
fundamentação teórica, pelo simples fato de que a teoria ali apresentada só é significativa 
na medida em que se relaciona diretamente com o objetivo proposto na pesquisa.
- METODOLOGIA
Nesse capítulo o autor deverá descrever, em detalhes, os procedimentos utilizados 
nas diversas fases da pesquisa e da elaboração do texto. Procedendo dessa forma, dará 
oportunidade a outros pesquisadores e aos leitores do trabalho de acompanhar todos 
os passos e os pensamentos do autor, entender sua lógica de pensamento em relação à 
análise dos dados e até mesmo iniciar uma nova pesquisa com base no encaminhamento 
apresentado. Quando, na metodologia, o autor explicita claramente os procedimentos 
escolhidos para a condução da pesquisa, o leitor – mesmo que não conheça a teoria na 
qual o trabalho está sustentado – é capaz de compreender os resultados de sua análise de 
dados. Pressupõe-se também que, quando a metodologia é apresentada de maneira clara, 
objetiva e detalhada, outros pesquisadores podem replicar o trabalho.
Um procedimento interessante para os pesquisadores é a manutenção de um diário de 
pesquisa, anotando tudo o que estiver sendo feito para chegar aos resultados da pesquisa. 
Frequentemente, fazemos muito mais coisas do que dizemos ter feito no capítulo de 
Metodologia. Por isso, notas do diário poderão ser muito úteis (MACHADO, 2001).
Aspectos essenciais no capítulo da metodologia dizem respeito a:
• Contexto da pesquisa – descrição detalhada da situação (física/social) da pesquisa;
• Participantes – caso a pesquisa envolva pessoas e/ou gravação de dados orais;
• Procedimentos/instrumentos de coleta de dados – meios pelos quais os dados foram 
coletados, como: gravador, vídeo, coleta em jornal, filme etc.;
• Procedimentos de seleção de dados – critérios utilizados para escolher os dados a 
serem analisados (por que esses dados e não outros?); 
25
Serviço Social
• Método de análise e as categorias utilizadas.
Voltamos a salientar que, segundo Traldi e Dias (1998), o capítulo da metodologia 
é facultativo. Assim sendo, o capítulo da metodologia não precisa existir, desde que as 
informações a ele destinadas já tenham sido expostas na introdução. No entanto, os 
estudos em que a metodologia constitui parte expressiva do trabalho e o capítulo separado 
da introdução dão uma conotação de melhor organização e permitem revelar com mais 
detalhamento as técnicas e os processos empregados pelo autor para dar prosseguimento 
ao estudo.
 - ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO
Nesse capítulo, o autor de um texto de TC não só exercita sua capacidade de argumentação, 
mas também trabalha com critérios de coerência e coesão na elaboração do texto, aspectos 
muito importantes para dar validade científica ao trabalho apresentado.
Os dados e as informações, analisados à luz da teoria apresentada na fundamentação 
teórica, estarão à mercê dos argumentos do autor. Para isso, ele recorrerá a explicações, 
análises, esclarecimentos de ambiguidades, descrições etc.; que ofereçam ao leitor condições 
de compreender o encaminhamento do raciocínio na busca por comprovações do aspecto 
pesquisado. É importante ressaltar que discussões com base nas posições teóricas vão 
requerer sempre que o autor examine posições contrárias, estabeleça confrontos, compare, 
fazendo uso de um processo dialógico na elaboração do texto.
As análises realizadas em um trabalho de conclusão deverão ser rigorosamente orientadas 
pelos professores orientadores de acordo com sua área de saber metodológico e acadêmico. 
Vale lembrar ainda que o capítulo de discussão dos resultados requer do pesquisador a 
habilidade de tecer uma rede de significados que perpassem as informações, os dados, as 
teorias apresentadas no decorrer da monografia. É o momento de assumir posicionamentos 
e buscar a integração teoria/prática, em direção ao objetivo proposto no início do trabalho. 
26
Manual de Estágio
Esse fator é o mais relevante em se tratando de aferir os resultados da pesquisa e avaliar o 
seu significado para o crescimento do conhecimento científico (SEVERINO, 2002).
E mais: o capítulo de discussão é, fundamentalmente, um capítulo pautado em debates 
e questionamentos. Assim, o pesquisador precisa estar preparado para responder seus 
próprios porquês e apresentar essas respostas com clareza, pois serão elas, quando bem 
fundamentadas, que farão emergir os resultados da pesquisa. Dessa maneira, salientamos 
a necessidade de grande cuidado para que o texto não seja simplesmente um compêndio 
de textos de terceiros coligidos e não discutidos cientificamente. 
- CONCLUSÕES DO TC
As conclusões do TC e a apresentação de aspectos relacionados à sequência didática, 
mesmo sendo a parte menos extensa, possuem importância fundamental. Devem conter 
considerações e síntese a respeito das análises, apresentando aspectos convergentes e/ou 
divergentes observados ao longo do desenvolvimentodo trabalho, além de comentários 
sobre sua aplicabilidade didático-pedagógica e sobre a sua contribuição da perspectiva 
discursiva.
“A conclusão não é uma ideia nova, um pormenor ou apêndice que se acrescenta ao 
trabalho; nem tampouco um resumo dele” (GUIDIN, 2003, s.p.). O tema discutido, anunciado 
na introdução do trabalho e retomado em seu desenvolvimento, desemboca na conclusão, 
de forma lógica e natural, como decorrência. É nela que proporcionamos ao leitor recapitular 
os passos significativos do trabalho e, para isso, faz-se necessário retomar não somente o 
objetivo, mas também a caminhada do trabalho. A conclusão situa o leitor em relação às 
partes do trabalho.
É na conclusão, momento culminante da monografia, que as experiências pessoais e 
novas perspectivas dos autores podem vir à tona, de certo modo, resgatando os objetivos 
propostos inicialmente e as lacunas suscitadas na introdução.
27
Serviço Social
Interessante lembrar que, enquanto na introdução existe a preocupação com a 
delimitação do tema; na conclusão, o sentido maior está em vislumbrar novas possibilidades 
para tratamento desse mesmo tema. Essas possibilidades podem ser oferecidas ao leitor 
como sugestões para pesquisas posteriores, caracterizando, aliás, o movimento da ciência: 
avançar em mares pouco desbravados.
Quanto às qualidades do texto referentes às conclusões, é importante lembrar que suas 
características são:
a) Brevidade: a conclusão deve ser breve e exata, concisa e convincente;
b) Objetividade: a conclusão é a síntese interpretativa dos elementos essenciais 
discutidos e analisados no texto e no trabalho;
c) Personalidade: a conclusão deve apontar claramente o ponto de vista dos autores, 
por meio de marcas pessoais, não deixando de apresentar novas rotas para a continuidade 
do trabalho.
4. Elementos pós-textuais
Os elementos pós-textuais, também denominados elementos referenciais, compreendem 
a referência bibliográfica, os anexos e os apêndices, quando necessários. Esses são elementos 
orientadores para os leitores, que a eles recorrem sempre que, no decorrer da leitura do 
corpo do trabalho, houver indicações que lhes suscitem a curiosidade ou que possam 
auxiliar na compreensão do percurso realizado para a elaboração do trabalho.
- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A exigência, não somente em relação às monografias, mas em qualquer publicação 
científica, é que seja elaborada uma seção de referências bibliográficas. No entanto, é 
importante que o autor conheça a diferença entre referências bibliográficas e bibliografia. 
28
Manual de Estágio
Referências bibliográficas referem-se às obras (livros, artigos impressos ou presentes em 
fontes eletrônicas etc.) que foram citadas no corpo do trabalho. Isso significa que, ao fazer 
uso das vozes de diferentes autores, quer textualmente, quer parafraseando-os, o autor 
da monografia deve citá-los no corpo do trabalho e referenciá-los na seção referências 
bibliográficas. Já a bibliografia, usada como referencial em ementas de cursos ou em textos 
para uso didático, inclui todas as obras lidas e estudadas pelo autor para a elaboração do 
texto em questão.
Como as citações estão diretamente relacionadas às referências bibliográficas, 
apresentamos a seguir orientações para a elaboração de ambas.
- CITAÇÕES
Citações correspondem à menção, no texto, de informação colhida em outra fonte. Pode 
ser uma transcrição ou paráfrase, direta ou indireta, de fonte escrita, oral ou eletrônica. 
As citações são elementos (partes, frases, parágrafos etc.) retirados dos documentos 
pesquisados durante a leitura da documentação e que se revelam úteis para sustentar o 
que o autor afirma no decorrer do seu raciocínio. Veja exemplos a seguir:
 Citação textual com mais de três linhas: a língua portuguesa vem assumindo, desde 
o período do Descobrimento até agora, funções culturais, científicas, sociais, estéticas, 
políticas, administrativas, comerciais etc.; tornando-se idioma oficial de oito nações 
contemporâneas. Segundo Silva Neto (1979, p. 127), na África, a língua portuguesa tem 
grande importância: 
 Autor ano da edição página
 
29
Serviço Social
Em 1551, o inglês Windham esteve na Guiné. Pois: o rei de Benim falou em português aos 
ingleses, língua que ele tinha aprendido desde a infância; ou ainda: Em 1563, visitando Baker 
a costa da Mina, “ao oeste do Cabo das Três Pontas, os negros lhe falaram em bom português”.
 � Citação com mais de três linhas de texto deve vir destacada como o exemplo 
anterior, com recuo apenas à esquerda (de 4 cm), sem aspas, com a mesma fonte 
utilizada no texto, mas em tamanho 10 e espaçamento entrelinhas simples, em itáli-
co se desejado.
 � Citação textual de até três linhas: Conforme Terra (1997/2001, p. 50), “vocábulos 
de origem indígena e africana, como maloca, macumba, vatapá etc., muito comuns 
para nós, não são tão comuns para os portugueses” e, dessa forma, podemos con-
cluir que...
 Terra (1997 / 2001, p. 50)
 Último sobrenome Ano da edição Ano da edição que Página de onde
do autor consultado original do livro você está utilizando foi retirado o
 que você está trecho utilizado
 utilizando
 � Citação parafraseada: Segundo Duarte (1998/2001), o uso do pronome TU é correto 
no estado do Maranhão, mas no Rio Grande do Sul, por exemplo, as pessoas utilizam 
o TU (2a pessoa) concordando com o verbo na 3a pessoa, por exemplo, TU VAI ao 
cinema comigo? 
(Nessa citação não aparece página porque o texto não foi copiado do autor, e sim 
parafraseado, ou seja, modificado por quem o utilizou.)
 
30
Manual de Estágio
 Notas de rodapé: devem ser identificadas como referências bibliográficas parciais, 
a serem completadas na bibliografia final; inserir nelas considerações ou informações 
complementares que, se feitas no texto principal, poderiam prejudicar a sequência lógica 
do texto; inserir nelas tradução (com indicação “tradução minha”) ou versão original de 
alguma citação traduzida no texto.
 � Citação de anotações de aula ou comunicações pessoais: deve ser indicada com o 
último sobrenome do autor e, entre parênteses, a expressão comunicação pessoal.
Observe alguns exemplos de referências bibliográficas:
DUARTE, Sérgio Nogueira. 1998. Língua Viva: uma análise simples e bem-humorada da 
linguagem do brasileiro. 4a ed. Rio de Janeiro: Rocco Editora, 2001.
TERRA, Ernani. 1997. Linguagem, língua e fala. 1a ed. 3a imp. São Paulo: Editora 
Scipione, 2001.
- sobrenome do autor indicado na ficha catalográfica da obra consultada, em letras 
maiúsculas, seguido de vírgula e o nome do autor seguido de ponto;
- ano da edição original (caso a edição consultada não seja a primeira), seguido de 
ponto;
- título do livro, em itálico (opcional), seguido de ponto;
- edição e impressão, caso não sejam as primeiras, seguida de ponto;
- localidade seguida de dois-pontos, editora seguida de vírgula e ano da edição consultada 
seguido de ponto, caso seja diferente do ano da edição original.
FREITAS, M. Teresa; SOUZA, Solange J. e; KRAMER, Sonia. (orgs.) Ciências Humanas e 
Pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Editora Cortez, 2003. (Coleção Questões 
da Nossa Época; v. 107, p. 35-39).
 
 
 
31
Serviço Social
MARSICK, V. Factors that affect the epistemology of group learning. Disponível em: 
http://www.eds.educ.ubc.ca/aerc/1997/97marsick.htm. Acesso em 13/05/04.
ORELLANA, M. F.; BOWMAN, P. Cultural Diversity Research on Learning and Development: 
conceptual, methodological, and strategic considerations. In: American Educational 
Research Association. v. 32, no 5, June/July - 2003. p. 26-32.
- obra pertencente à coleção, indicada entre parênteses; indicação de volume e páginas 
consultadas;
- fonte eletrônica, com indicação da data da consulta;
- indicação de autor cujo artigo ou capítulo está inserido em uma obra organizada por 
outroautor ou em revista – usar In seguido de dois pontos.
FULLAN, Michael; HARGREAVES, Andy. 1996. A Escola como Organização Aprendente: 
buscando uma educação de qualidade. 2a ed. Trad. Regina Garcez. Porto Alegre: Artmed 
Editora, 2000.
BEDNY, Gregory Z. et al. Activity Theory: history, research and application. In: Theor. 
Issues in Ergon. SCI. V.1, 2000, no 2, p. 168-206.
- indicação de obra com dois ou três autores;
- indicação de obra com mais de três autores.
- ANEXOS E APÊNDICES
Anexos são documentos complementares ao TC, que esclarecem os conteúdos nele 
tratados. Aos anexos pertencem, por exemplo, as transcrições (na íntegra) de dados 
coletados, documentos, leis, pareceres, apresentação de uma “grade/cronograma” da 
sequência didática etc. utilizados como suporte às discussões e que prejudicariam a estética 
do trabalho caso fossem inseridos em seu corpo.
Anexos são necessários, na maioria das vezes, para que os leitores do trabalho busquem 
32
Manual de Estágio
a melhor compreensão das interpretações e das conclusões do autor. Em geral, são 
ordenados a partir de um critério lógico, por exemplo, sequenciados por data de utilização 
no trabalho e aparecem numerados ou são indicados por letras (Anexo 1 ou Anexo A). Essas 
denominações permitem que, ao fazer referência ao seu conteúdo no corpo do trabalho, o 
autor do TC apresente a indicação de onde se encontra o trecho na íntegra. Exemplificando: 
“Conforme comentado no capítulo anterior, os dados referentes ao participante André 
(Anexo 5) foram coletados em seu ambiente de trabalho”.
Os anexos aparecem, geralmente, após as referências bibliográficas. No entanto, há 
controvérsias a esse respeito e muitos autores preferem inserir anexos antes das referências 
bibliográficas para que a numeração de suas páginas siga a numeração do próprio trabalho.
Já os apêndices se caracterizam por serem materiais produzidos pelo próprio autor. 
Fazem parte deles: questionários utilizados na coleta de dados, fichas e materiais preparados 
para coletar dados em entrevistas, tabelas elaboradas para sustentar discussões, trechos da 
análise dos dados.
- ÍNDICES
Pouco utilizados em TCs (que optam por apresentar, no início, um sumário com as 
indicações de assuntos e páginas), os índices, quando utilizados ao final da obra, têm 
objetivos diversos. Eles podem apresentar: uma lista de assuntos (índice denominado 
sistemático), lista de termos referidos (índice denominado remissivo), lista de todos os nomes 
próprios presentes (índice denominado onomástico), lista de lugares (índice denominado 
toponímico) e lista de citações bíblicas (índice denominado escriturário).
33
Serviço Social
VII. A LINGUAGEM ADOTADA
Considerando-se as diferentes partes que compõem o texto [...], é importante ressaltar 
que a linguagem se presentifica de diferentes e bem marcadas formas, influenciando na 
qualidade e na validade do texto construído. É possível perceber que a linguagem caminha 
por diferentes tipos de discurso, com marcas ora expositivas, ora narrativas, percorrendo a 
descrição, a análise e a crítica (BRANDÃO, 2001), caracterizando essas partes do texto.
- Linguagem expositiva
A linguagem expositiva se caracteriza nos TCs pelo discurso teórico presente tanto na 
introdução quanto na fundamentação teórica. A exposição exige que o autor seja objetivo, 
que apresente os conceitos teóricos relevantes ao trabalho, atribuindo a ele próprio ou a 
outros autores a responsabilidade enunciativa. Segundo Brandão (2001:30): 
Essa função “objetiva” não impede, entretanto, que seja permeada de elementos analíticos, 
argumentativos ou críticos. Em verdade, a participação do pesquisador se concretiza – o que não 
é pouco – desde a seleção do material, isto é, quando faz os recortes teóricos, criativos ou críticos 
incorporados em seu texto e no modo como distingue esses dados “objetivos” das suas próprias 
interpretações sobre eles. Embora, rigorosamente falando, não exista em estado “puro”, podemos 
chamar de “objetiva” aquela linguagem que procura apreender os fatos ou outra linguagem em seus 
próprios elementos constitutivos, independentes de interpretação do pesquisador e, “subjetiva” 
aquela linguagem que expressa reflexões pessoais, opiniões ou propostas do pesquisador, 
devidamente fundamentadas, e não confundidas com afirmações que apenas denunciam reações 
afetivas de agrado ou desagrado.
- Linguagem descritiva
A linguagem descritiva se caracteriza nos TCs pelos relatos fortemente presentes na 
metodologia. Nesse capítulo, o autor é convidado a detalhar os fatos relacionados ao 
contexto de pesquisa e a todos os procedimentos que vão desde a escolha do corpus para 
estudo e/ou coleta de dados aos critérios escolhidos para análise. A linguagem descritiva 
pressupõe a ausência de julgamentos e juízos de valor por parte do autor.
34
Manual de Estágio
- Linguagem analítica
A linguagem analítica se caracteriza nos TCs pelo uso da explicação e da argumentação. 
Nesse sentido, faz uso de relações lógicas entre os elementos que se encontram explícitos no 
texto e aqueles implícitos, mas provocadores de sentido em relação ao objetivo do trabalho.
É possível dizer que a linguagem analítica se presentifica com maior intensidade no 
capítulo de discussão e argumentação, no qual são discutidos e sustentados os pontos de 
vista do autor do trabalho, à luz dos fundamentos teóricos selecionados.
- Linguagem crítica
A linguagem crítica se caracteriza pela emissão de opiniões e conclusões do autor, após 
o exaustivo questionamento a que submeteu os dados coletados ou o corpus de análise. 
Segundo Brandão (2001:31), 
É pela linguagem crítica que o estudioso pode efetivamente contribuir para o avanço das 
ideias em relação a determinado campo do saber, apresentando reflexões originais, nascidas seja 
de novos enquadramentos a partir dos elementos já conhecidos, seja aprofundando ou ampliando 
os referenciais de pesquisa para aspectos ou setores ainda não considerados.
VIII. DICAS IMPORTANTES PARA ANTES DE COMEÇAR – PASSOS DA 
PESQUISA
Dependendo do tema e/ou do texto escolhido pelos alunos do grupo, o trabalho poderá 
caracterizar-se como pesquisa analítico-bibliográfica, ou pesquisa de campo (contendo 
entrevistas e coleta de dados), levando em consideração que em qualquer um dos casos 
deve apresentar uma sequência didática desenvolvida no âmbito do curso de História. É 
importante, nesse sentido, atuar eticamente, em especial quando a atividade envolver seres 
humanos, levando em consideração o seguinte:
 �  participantes da pesquisa podem receber informação prévia sobre o fato de 
estar fazendo parte de um trabalho acadêmico, a temática envolvida, a duração e a 
frequência dos encontros etc.;
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Serviço Social
 �  relacionamento entre pesquisador e participantes da pesquisa deve ter caráter 
formal;
 �  com frequência, escolas, empresas e outras instituições queixam-se de que os 
alunos vão até elas, recolhem material e depois desaparecem sem retornar para 
apresentar as conclusões da pesquisa. O participante da pesquisa – quer seja um 
indivíduo, quer seja uma instituição – não só merece, mas também tem o direito de 
receber um retorno após o término do trabalho. Por exemplo, podem-se enviar os 
resultados da atividade desenvolvida, um especial agradecimento, um exemplar do 
trabalho etc.
- ESPECIFICAÇÃO DO CORPUS
Entende-se por corpus a delimitação do universo a ser estudado, isto é, objeto sobre o 
qual o pesquisador irá deter-se: textos, fragmentos etc. Observe os itens a seguir:
o Corpora
 � A escolha do corpus depende do fato que se pretende estudar.
 �  Um corpus precisa ser representativo em relação ao fato escolhido, ou seja, não 
posso desejar estudar a fala dos habitantes de uma determinada comunidade de 
poloneses no sul do país, tendo como corpus apenas a gravação da conversa de 
duas ou três pessoas de uma mesma família, pois isso não me permitiriaperceber 
como eles são influenciados pela fala de outros habitantes da comunidade.
 �  Um corpus pode ser muito extenso, sendo possível encontrar nele uma diversidade 
de situações para estudar; ou pode ser muito limitado, como compor-se da fala de 
um único indivíduo e, então, seria possível estudar seu idioleto.
 �  Todo corpus contém fatos marginais, ou seja, aqueles que contêm erros, 
incoerências, jogos de palavras etc.; que deverão ser criticados pelo linguista em sua 
análise.
36
Manual de Estágio
 �  Um corpus se torna mais significativo quando os dados são gravados, pois, dessa 
forma, é possível transcrever os dados e os ruídos que, eventualmente, aparecem na 
oralidade e podem ser descartados no momento da análise.
o Materiais construídos
 �  São aqueles elaborados por informantes. Os materiais construídos 
ultrapassam os limites do corpus, pois dependem dos informantes. No entanto, 
podem apresentar armadilhas para o linguista, ou seja, o informante pode 
descartar enunciados significativos ou apresentar enunciados complexos demais 
(que fogem ao que se propôs o linguista); ou, ainda, entender as normas ou as regras 
do trabalho de diferentes formas, interferindo nas informações ou nos enunciados 
que produz.
 �  Materiais construídos não dependem da situação real e focalizam apenas o fato 
linguístico que está sendo analisado. 
IX. DA POSSIBILIDADE DE ELABORAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO SOB 
ORIENTAÇÃO 
1. O presente Regulamento normatiza as atividades de pesquisa orientada e também 
o trabalho de artigo científico dela resultante – com todas as especificidades indicadas, 
requisito indispensável para a aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso 
ou equivalente, conforme a especificidade de cada curso da UNIP. Para a realização de 
um artigo científico – diferentemente de uma reflexão sobre um tema específico com 
caráter dissertativo que é a proposta do Trabalho de Conclusão do curso de Licenciatura 
em História, o projeto de artigo deve ser submetido para avaliação quanto à viabilidade e 
possibilidade de execução por parte da coordenação e/ou orientador do trabalho. No caso 
da impossibilidade ou inadequação da proposta, deve ser realizado o trabalho proposto, 
composto da reflexão temática (de caráter monográfico) mais a sequência didática. 
37
Serviço Social
2. A produção de um artigo científico e, quando indicado, da sequência didática, visa 
desenvolver a capacidade de um estudo teórico-reflexivo a partir de atividades de pesquisa, 
sua análise e seus procedimentos metodológicos, organizados de forma técnica adequada 
às normas de produção de um trabalho científico.
3. O artigo, que consiste em trabalho científico de pesquisa orientada, compreende a 
elaboração do pré-projeto e da versão definitiva do trabalho, mantendo paridade entre os 
temas e a área de concentração escolhida.
4. A produção científica objetiva oportunizar aos alunos dos cursos de graduação 
(licenciatura) uma ocasião de demonstrar o grau de habilitação adquirido, o aprofundamento 
temático, o estímulo à produção teórica, à consulta de bibliografia especializada, segundo 
as normas formais de metodologia científica e o aprimoramento da capacidade de 
interpretação e análise de dados.
5. O pré-projeto do artigo será elaborado de acordo com as normas, as fases e o 
cronograma estabelecidos na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, compondo nota 
como parte de aprovação nesta disciplina.
6. A elaboração do pré-projeto e do artigo deverá adotar as regras da ABNT, adaptadas 
segundo orientação recebida nas disciplinas: Metodologia do Trabalho Acadêmico, Métodos 
de Pesquisa e outras afins e determinações das normas metodológicas para elaboração do 
trabalho final.
38
Manual de Estágio
X. CONSIDERAÇÕES FINAIS PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE 
CONCLUSÃO
1. O trabalho de conclusão de curso deverá ser elaborado conforme as determinações 
das normas metodológicas para a elaboração de artigo científico disponíveis no site da 
UNIP.
 
2. O trabalho deverá conter, no mínimo, 15 (quinze) e, no máximo, 25 (vinte e cinco) 
páginas, excluindo-se a capa e as referências bibliográficas (fora desse padrão, o trabalho 
somente será aceito com a anuência do professor orientador).
 
3. O professor orientador será indicado pela coordenação do curso, devendo o trabalho 
ser orientado por docente, especialista, mestre ou doutor, preferencialmente entre aqueles 
que ministram ou ministrarão as aulas no curso.
 
4. A escolha da elaboração do artigo científico será submetida à avaliação do professor 
orientador, quanto a sua viabilidade e não exclui a necessidade de apresentação da sequência 
didática e, assim, ela deve estar presente e trazer elementos desenvolvidos no artigo. 
 
5. Observações importantes:
I – O Trabalho de Conclusão consiste na elaboração como uma dissertação sobre um tema 
relevante ao ensino básico e que possa ser abordado em uma situação de aprendizagem;
II – O tema será de escolha do aluno, dentro das ressalvas feitas no item I, se não houver 
indicação expressa do tema, ou temas, pela Coordenação do Curso; 
II – Qualquer proposta alternativa no formato de redação do trabalho deve ser autorizada 
pelo orientador;
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Serviço Social
III – Deve ser apresentada, ao menos, uma Sequência Didática e o não envio da mesma 
pode ser uma condição para a reprovação do trabalho;
IV – O número de envios – postagens – deve ocorrer, no mínimo, duas vezes, salvo as 
orientações diferentes em comunicação de avisos ou as situações excepcionais, devidamente 
autorizadas. Caso seja necessário um número maior de postagens obrigatórias, isso será 
comunicado na forma de avisos aos alunos e deverá ser atendida essa condição;
V – O trabalho deve ser desenvolvido sob uma orientação, sendo necessário respeitar os 
prazos estabelecidos.
SUBSÍDIOS PARA A ELABORAÇÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA 
PREZADO ALUNO, PARA QUE VOCÊ ELABORE A SEQUÊNCIA DIDÁTICA QUE 
DEVE CONSTAR EM SEU TRABALHO DE CURSO, TRAZEMOS AQUI AS SEGUINTES 
OBSERVAÇÕES
A importância da Sequência Didática (SD) no Ensino de História 
Se recorrermos à nossa disciplina de Didática Geral, vamos encontrar a apresentação 
do plano de aula no item 7.7, em que vemos que o plano de aula é a menor unidade 
do planejamento de um professor, pois é sobre uma aula que ele está planejando; mas 
sempre pensando que a cada aula ele deve estar mais próximo do alcance de seus objetivos 
específicos e gerais e assim a aula é composta, primeiramente, de objetivos imediatos que 
se pretendem alcançar. 
Considerando a necessidade de estabelecer objetivos específicos que são mais restritos, 
devemos pautar a escolha deles em conhecimentos, habilidades e atitudes. Após a 
escolha dos objetivos, o professor deve escolher os conteúdos a serem abordados naquele 
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Manual de Estágio
momento, em termos de itens ou subitens, pois alguns conteúdos precisarão de mais de 
uma aula para serem devidamente ensinados. 
De posse dos objetivos e dos conteúdos, ele deve elaborar os procedimentos 
metodológicos para organizar didaticamente o ensino por meio de atividades a serem 
desenvolvidas. Após, determinam-se quais serão os recursos a serem utilizados (cartazes, 
mapas, jornais, livros, objetos variados etc.) durante aquela aula, para despertar o interesse, 
facilitar a compreensão e estimular a participação ativa dos alunos. 
Por último, deve-se descrever qual a forma de avaliação das atividades, de maneira 
que se possa perceber ao final da aula se o(s) objetivo(s) foi(ram) devidamente 
alcançado(s). Dessa forma, podemos concluir que o plano de aula é a esquematização 
sequencial de tudo que irá ser desenvolvido em um dia letivo. 
Sistematizar todas as atividades que se desenvolvem no período de tempo em que o 
professor e os alunos irão interagir é importante, valorizando a necessidade de planejamento 
e isso nos leva à questão de que o plano de aula deve estaradaptado às reais condições 
e características dos alunos, quanto às possibilidades, necessidades e interesses, além dos 
conhecimentos prévios que eles já possuem. Por essa razão, a sondagem inicial é muito 
importante, pois permite maiores adequações, caso necessário. É comum também a presença 
de diários e semanários em algumas escolas, o que corresponde a modalidades diferentes 
de os professores planejarem suas aulas.
De maneira simplificada, podemos pensar numa estrutura para o plano de aula da 
seguinte forma: 
 � plano de aula 
 � tema da aula; 
 � objetivos; 
 � conteúdos; 
 � estratégias;
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Serviço Social
 � recursos;
 � avaliação.
Passando à questão mais específica da sequência didática, recorremos aos trabalhos 
de Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), estabelecendo que sequência didática seria uma 
sequência de módulos de ensino, organizados conjuntamente, para ensinar um determinado 
conteúdo, tema ou assunto. 
Apesar de os autores citados se referirem ao curso de Letras, a abordagem é expansível 
a todas as áreas do conhecimento. Para tanto, ao abordar um conteúdo complexo, que 
requeira mais de uma aula, o professor pode recorrer à sequência didática que, organizada e 
sistematizada, pode promover o processo de ensino-aprendizagem de maneira eficaz. Sendo 
assim, entende-se sequência didática como a organização sistemática e sequencial de mais 
de uma aula sobre o mesmo conteúdo, tópico ou assunto a ser ensinado. Já segundo Leal 
(2013, p. 7, apud Martins, 2018, p. 60), a sequência didática se diferencia pela amplitude: 
“[...] é mais amplo por abordar várias estratégias de ensino e aprendizagem e por ser uma 
sequência de vários dias”, pois conforme indica Martins (2018, p. 60):
A elaboração de uma sequência pressupõe o encadeamento de práticas e intervenções de 
forma a criar situações de aprendizagem, permitindo o avanço cognitivo e a apropriação dos 
conteúdos propostos pelos docentes. Nesse sentido, é necessário considerar cada aluno, segundo 
sua individualidade e ao mesmo tempo a multiplicidade característica da sala de aula, o que 
implica o uso de diversos gêneros textuais e suportes pedagógicos, garantindo o desenvolvimento 
e aperfeiçoamento de habilidades. (...) Para ensinar os alunos a dominarem um determinado tema, 
a sequência didática propõe um desenvolvimento gradual, passo a passo. Segundo Nemirovsky 
(2011, s/p) “a sequência didática será constituída por um amplo conjunto de situações com 
continuidade e relações recíprocas”. Ao organizar uma sequência didática, o docente planeja 
diversas etapas nas quais é possível explorar diversos aspectos e características do tema em 
questão. Para compreender as características da sequência didática, é essencial compreender 
quais são os seus objetivos para que seja possível atingir os resultados estabelecidos pelo docente 
durante a prática didática. 
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Manual de Estágio
Isso significa, segundo Martins (2018, p. 63), citando outras referências:
A sequência didática pode ser um material de apoio ao professor, entretanto para que esse 
material consiga atingir os objetivos propostos e que seu uso seja proveitoso para o ensino e 
aprendizagem, é necessário seguir etapas de planejamento. Para Dolz, Noverraz e Schneuwly 
(2004) a estrutura base de uma SD constitui: Seção de abertura, produção inicial ou diagnóstica, 
os módulos e, por fim, a produção final. A seção de abertura consiste na apresentação do objeto 
de estudo. Segundo Araújo (2013) nessa etapa o docente apresenta aos alunos uma descrição 
detalhada das atividades a serem realizadas. A escolha do modelo de sequência didática a ser 
utilizado está relacionada aos objetivos que o docente pretende alcançar diante das necessidades 
dos alunos. Independentemente do modelo escolhido, em uma perspectiva sociointeracionista 
tais objetivos e necessidades são baseados nos seguintes princípios didáticos: valorização dos 
conhecimentos prévios dos alunos; ensino centrado na problematização; ensino reflexivo, com 
ênfase na explicitação verbal; ensino centrado na interação e na sistematização dos saberes; 
utilização de atividades diversificadas, desafiadoras e com possibilidade de progressão (das 
atividades mais simples às mais complexas) – lembrando que uma única atividade pode mobilizar 
diferentes conhecimentos e estimular diferentes habilidades. Nessa perspectiva, a criança é sujeito 
ativo na construção do seu conhecimento (PESSOA, sd). 
Portanto, 
A sequência didática é uma forma de organização do trabalho pedagógico que permite 
antecipar o que será enfocado em um espaço de tempo que é variável em função do que os 
alunos precisam aprender da mediação e do constante monitoramento que o professor faz para 
acompanhar os alunos, por meio de atividades de avaliação durante e ao final da sequência didática 
(PESSOA, s/d in MARTINS, 2018, p. 65).
 
Podemos eleger diversas abordagens produzidas em experiências de atuação no ensino 
de geografia, linguagens, matemática ou qualquer outra área, pois buscamos os elementos 
mais importantes na constituição dos processos e de acordo com Monteiro (2019, p. 296):
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Serviço Social
Segundo Pais (2002) uma sequência didática é formada por um certo número de aulas 
planejadas e analisadas previamente com a finalidade de observar situações de aprendizagem, 
envolvendo os conceitos previstos na pesquisa didática. BARBOSA (2002) afirma que a sequência 
didática consiste em uma série de atividades que criam um ambiente (...) portanto, segundo o 
autor as sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para 
ensinar um conteúdo, etapa por etapa. São organizadas de acordo com os objetivos que o professor 
quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos. Zabala (1998) conceitua a sequência didática 
como um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos 
objetivos educacionais que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelo professor como 
pelos alunos. Para Sedano et al (2009) o uso da sequência didática no ensino pode proporcionar 
momento para que os alunos trabalhem e discutam temas. Dolz e Schneuwly (2004) defendem 
que as sequências didáticas são instrumentos que podem nortear os professores na condução das 
aulas e no planejamento das intervenções. A sequência de atividade pode ser concebida com base 
no que os alunos já sabem e, a cada etapa é preciso aumentar o grau de dificuldade, ampliando os 
conhecimentos prévios desses estudantes, sendo assim, a atividade deve permitir a transformação 
gradual de seus conhecimentos. De acordo com Giordan et al. (2011) a estrutura de construção 
da sequência didática deve seguir os seguintes passos: a) apresentação da situação, definição e 
formulação da tarefa; b) produção inicial, estabelece o primeiro contato entre o aluno e o gênero 
textual proposto; c) módulos de atividade, atividades preparadas pelo professor de observação e 
análise; d) produção final, destinado à prática de elaboração textual.
Para Zabala (1998, p. 18):
A maneira de configurar as seqüências de atividades é um dos traços mais claros que 
determinam as características diferenciais da prática educativa. Desde o modelo mais tradicional 
de “aula magistral” (com a seqüência: exposição, estudos sobre apontamentos ou manual, prova, 
qualificação) até o método de “projetos de trabalho global” (escolha do tema, planejamento, 
pesquisa e processamento da informação, índice, dossiê de síntese, avaliação), podemos ver que 
todos têm como elementos identificadores as atividades que os compõem, mas que adquirem 
personalidade diferencial segundo o modo como se organizam e articulam em seqüências 
ordenadas. Se realizamos uma análise destas seqüências buscando os elementos que as 
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Manual de Estágio
compõem, nos daremos conta de que são um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas 
e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais,que têm um princípio e 
um fim conhecidos tanto pelos professores corno pelos alunos. Ao longo deste livro utilizarei 
indistintamente os termos unidade didática, unidade de programação ou unidades de intervenção 
pedagógica - para me referir às seqüências de atividades estruturadas para a realização de certos 
objetivos educacionais determinados. Estas unidades têm a virtude de manter o caráter unitário 
e reunir toda a complexidade da prática, ao mesmo tempo que são instrumentos que permitem 
incluir as três fases de toda intervenção reflexiva: planejamento, aplicação e avaliação. Como vimos 
até agora, sistematizar os componentes da complexa prática educativa comporta um trabalho 
de esquematização das diferentes variáveis que nela intervêm, de forma que com esta intenção 
analítica e, portanto, de alguma maneira compartimentadora, podem se perder relações cruciais, 
traindo o sentido integral que qualquer intervenção pedagógica tem. Neste sentido - mesmo que 
nas atividades, e sobretudo nas unidades de intervenção, estejam incluídas todas as variáveis 
metodológicas - seria adequado identificá-las de forma que se pudesse efetuar a análise de cada 
uma delas em separado, mas levando em conta que sua avaliação não é possível se não forem 
examinadas em sua globalidade.
Zabala (1998, p. 55-56) nos traz alguns exemplos de unidades didáticas organizando os 
seguintes quadros:
Unidade 1
1. Comunicação da lição. O professor ou a professora expõe o tema. Enquanto explica, 
os alunos tomam notas. O professor ou a professora permite alguma pergunta, a que 
responde oportunamente. Quando acaba, define a parte do tema que será objeto da prova 
que vale nota. Segundo a área ou matéria, os conteúdos podem ser um relato histórico, 
uma corrente filosófica, literária ou artística, um princípio matemático ou físico etc.
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Serviço Social
2. Estudo individual sobre o livro-texto. Cada um dos meninos e meninas, utilizando 
diferentes técnicas (quadros, resumos, sínteses), realiza o estudo do tema.
3. Repetição do conteúdo aprendido. Cada menino ou menina, individualmente, 
memoriza os conteúdos da lição que supõe será objeto da prova ou exame.
4. Prova ou exame. Em classe, todos os alunos respondem às perguntas do exame durante 
uma hora.
5. Avaliação. O professor ou a professora comunica aos alunos os resultados obtidos.
Unidade 2
1. Apresentação, por parte do professor ou da professora, de uma situação problemática. 
O professor ou a professora expõe aos alunos uma situação conflitante que pode ser 
solucionada por meios matemáticos, se a situação é maternatizável (frações), linguística 
(construção de frases), física (relações entre velocidade, espaço e tempo) ou de qualquer 
outra área.
2. Busca de soluções. O professor ou a professora pede aos meninos e meninas que 
exponham diferentes formas de resolver o problema ou a situação.
3. Exposição do conceito e do algoritmo. O professor ou a professora aproveita as 
propostas dos alunos para elaborar o novo conceito (fração, sintagma nominal, 
velocidade) e ensina o modelo de algoritmo (operações de frações, análise sintática, 
fórmula da velocidade), o problema ou a situação.
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Manual de Estágio
4. Generalização. O professor ou a professora demonstra a função do modelo conceitual 
e o algoritmo em todas aquelas situações que cumprem determinadas condições.
5. Aplicação. Os alunos, individualmente, aplicam o modelo a diversas situações.
6. Exercitação. Os alunos realizam exercícios do uso do algoritmo.
7. Prova ou exame. Em classe, todos os alunos respondem às perguntas e fazem os exer-
cícios do exame durante uma hora.
8. Avaliação. O professor ou a professora comunica aos alunos os resultados obtidos.
Unidade 3
1. Apresentação, por parte do professor ou da professora, de uma situação problemática 
relacionada a um tema. O professor ou a professora desenvolve um tema sobre um fato 
ou acontecimento, destacando os aspectos problemáticos e os que são desconhecidos 
para os alunos. Os conteúdos do tema e da situação que se propõe podem ser um conflito 
social ou histórico, uma diferença na interpretação de determinadas obras literárias ou 
artísticas, a comparação entre um conhecimento vulgar de certos fenômenos biológicos 
e possíveis explicações científicas etc.
2. Diálogo entre professor ou professora e alunos. O professor ou a professora 
estabelece um diálogo com os alunos e entre eles promove surgimento de dúvidas, 
questões e problemas relacionados com o tema.
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Serviço Social
3. Comparação entre diferentes pontos de vista. O professor ou a professora facilita 
diferentes pontos de vista e promove a discussão em grupo.
4. Conclusões. A partir da discussão do grupo e de suas contribuições, o professor ou a 
professora estabelece as conclusões.
5. Generalização. Com as contribuições do grupo e as conclusões obtidas, o professor 
ou a professora estabelece as leis, os modelos interpretativos ou os princípios que se 
deduzem deles.
6. Exercícios de memorização. Os meninos e meninas, individualmente, realizam 
exercícios de memorização que lhes permitam lembrar os resultados das conclusões e da 
generalização.
7. Prova ou exame. Na classe, todos os alunos respondem às perguntas e fazem os 
exercícios do exame durante uma hora.
8. O professor ou a professora comunica aos alunos os resultados obtidos.
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Manual de Estágio
Unidade 4
1. Apresentação por parte do professor ou da professora de uma situação problemáti-
ca relacionada com um tema. O professor ou a professora desenvolve um tema em 
torno de um fato ou acontecimento, destacando os aspectos problemáticos e os que são 
desconhecidos para os alunos. Como na unidade anterior, os conteúdos do tema e da 
situação que se coloca podem ir desde um conflito social on histórico, diferenças na 
interpretação de certas obras literárias ou artísticas, até o contraste entre um conheci-
mento vulgar de determinados fenômenos biológicos e possíveis explicações científicas.
2. Proposição de problemas ou questões. Os alunos, coletiva e individualmente, dirigidos 
e ajudados pelo professor ou professora, expõem as respostas.
3. Respostas intuitivas ou suposições sobre cada um dos problemas e situações propostas.
4. Proposta das fontes de informação. Os alunos, coletiva e individualmente, 
dirigidos e ajudados peio professor ou professora, propõem as fontes de informação 
mais apropriadas para cada uma das questões: o próprio professor, uma pesquisa 
bibliográfica, uma experiência, uma observação, uma entrevista, um trabalho de campo.
5. Busca da informação. Os alunos, coletiva e individualmente, dirigidos e ajudados 
peio professor ou professora, realizam a coleta dos dados que as diferentes fontes lhes 
proporcionaram. A seguir selecionam e classificam esses dados.
6. Elaboração das conclusões. Os alunos, coletiva e/ou individualmente, dirigidos e 
ajudados pelo professor ou professora, elaboram as conclusões que se referem às questões 
e aos problemas opostos. Generalização das conclusões e síntese. Com as contribuições 
do grupo e as conclusões obtidas, o professor ou professora estabelece as leis, os modelos 
e os princípios que se deduzem do trabalho realizado.
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Serviço Social
7. Exercícios de memorização. Os meninos e meninas, individualmente, realizam exer-
cícios de memorização que lhes permitam lembrar dos resultados das conclusões, da 
generalização e da síntese.
8. Prova ou exame. Na classe, todos os alunos respondem às perguntas e fazem os exer-
cícios do exame durante uma hora.
9. Avaliação. A partir das observações que o professor fez ao longo da 
unidade e a partir do resultado da prova, ele comunica aos alunos a avaliação das 
aprendizagens realizadas.
Fica perceptível a necessidade de fazer escolhas, estabelecer estratégias, planejar o 
que será realizado, desenvolver capacidade de diálogo, proposição e escuta atenta do outro 
e também da construção de situações

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