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6 OAB NA MEDIDA - LIVRO PROCESSO DO TRABALHO

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OABNAMEDIDA.COM.BR
PROCESSO 
DO TRABALHO
APOSTILA 
INTEGRADA 
COM O APP!
XXXII 
EXAME
INCLUI:
• Quadros de ATENÇÃO
• Tabelas Comparativas
• Esquemas Didáticos
• Referências a temas cobrados 
em provas anteriores
ATUALIZADO COM:
• Lei n. 13.874/2019 (Liberdade 
Econômica)
• Lei nº 13.725/2018 (Honorários 
revertidos ao sindicato)
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Alteração Legislativa Atenção Exemplo
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SUMÁRIO 
1. PRINCIPAIS PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO 
2. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO
2.1. Tribunal Superior do Trabalho
2.2. Tribunais Regionais do Trabalho
2.3. Juízes do trabalho
3. Competência da Justiça do Trabalho
3.1. Competência Material
3.2. Competência Territorial 
3.3. Competência Funcional
3.4. Principais Súmulas e Orientações Jurisprudenciais sobre Competência
4. ATOS, TERMOS, PRAZOS E NULIDADES PROCESSUAIS
4.1. Atos processuais
4.2. Prazos processuais
4.3. Nulidades processuais
5. PARTES E PROCURADORES
5.1. Substituição processual 
5.2. “Jus postulandi”
5.3. Procuração e mandato tácito
5.4. Honorários de advogado
5.5. Justiça Gratuita
5.6. Responsabilidade por dano processual 
6. DISSÍDIO INDIVIDUAL
6.1. Procedimento Ordinário 
6.1.1 Reclamação trabalhista
6.1.2 Audiência
6.1.3 Respostas do reclamado
6.1.3.1 Contestação
6.1.3.2 Exceções
6.1.3.3 Reconvenção
6.1.4 Provas no processo
6.1.5 Sentença
6.1.6 Sentença homologatória de acordo. 
6.2. Procedimento sumaríssimo
6.3. Procedimento sumário
7. RECURSOS TRABALHISTAS
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7.1. Princípios recursais
7.2. Efeitos dos recursos
7.3. Pressupostos recursais 
7.4. Recursos em espécie
7.4.1 Embargos de declaração
7.4.2 Recurso ordinário 
7.4.3 Agravo de petição
7.4.4 Agravo de instrumento
7.4.5 Recurso de revista 
7.4.6 Agravo regimental
7.4.7 Embargos ao TST
7.4.8 Recurso adesivo
7.4.9 Recurso extraordinário
7.4.10 Correição parcial 
8. EXECUÇÃO TRABALHISTA
8.1. Disposições Gerais 
8.2. Títulos executivos judiciais e extrajudiciais
8.3. Sucessão de empregadores e grupo econômico
8.4. Desconsideração da personalidade jurídica 
8.5. Liquidação da sentença
8.5.1 Liquidação por cálculo
8.5.2 Liquidação por arbitramento
8.5.3 Liquidação por artigos
8.6. Procedimento da execução 
8.7. Embargos à execução 
8.8. Embargos de terceiro 
8.9. Exceção de pré-executividade
8.10. Expropriação dos bens do devedor
8.11. Execução contra a fazenda pública
8.12. Execução contra a massa falida
9. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
9.1. Inquérito para a apuração de falta grave
9.2. Ação de consignação em pagamento 
9.3. Ação rescisória
9.4. Mandado de segurança
9.5. Habeas Corpus 
9.6. Dissídio coletivo e ação de cumprimento 
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1. PRINCIPAIS PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO 
1.1. PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL 
De acordo com o art. 5º, XXXV, da Constituição Federal, “a lei não excluirá da apreciação do 
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, ou seja, ninguém poderá ser impedido de ingressar 
com demanda judicial para tutelar direito desrespeitado ou ameaçado. 
Trata-se de princípio que comporta exceções previstas no próprio texto constitucional, como 
no caso do art. 217, §1º, que prevê que o Poder Judiciário somente admitirá ações relativas à 
disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, 
regulada em lei, bem como na hipótese do art. 114, §2º, que estabelece a necessidade da partes 
buscarem antes do dissídio coletivo a conciliação extrajudicial, sob pena de extinção do processo. 
Apesar de o art. 625-D da CLT estabelecer que qualquer demanda de natureza trabalhista será 
submetida à Comissão de Conciliação Prévia (CCP), o STF firmou entendimento no sentido de 
que a submissão da demanda à CCP não é obrigatória, e sim mera faculdade das partes, tendo 
em vista o princípio constitucional da inafastabilidade da Jurisdição.
1.2. PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA
O art. 5º, LV, da Constituição Federal estabelece que “aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os 
meios e recursos a ela inerentes”. 
O Código de Processo Civil de 2015 estabeleceu importantes diretrizes acerca do contraditório 
nos artigos 9 e 10, conforme abaixo transcrito: 
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência;
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;
III - à decisão prevista no art. 701.
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento 
a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda 
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que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
O contraditório representa a garantia das partes de se manifestarem sobre todas as questões 
relevantes no processo e, de acordo com o novo CPC, aplica-se inclusive à matéria a qual o juiz 
deva decidir de ofício, evitando-se decisões surpresas.
É importante ressaltar que a Instrução Normativa n. 39/2016, que trata das normas do CPC de 
2015 aplicáveis e inaplicáveis ao processo do trabalho, estabelece que os artigos supratranscritos 
são aplicáveis ao processo trabalhista, especificando ainda o que se entende por decisão surpresa: 
Art. 4° Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do CPC que regulam o princípio 
do contraditório, em especial os artigos 9º e 10, no que vedam a decisão surpresa.
§ 1º Entende-se por “decisão surpresa” a que, no julgamento final do mérito da causa, 
em qualquer grau de jurisdição, aplicar fundamento jurídico ou embasar-se em fato não 
submetido à audiência prévia de uma ou de ambas as partes.
§ 2º Não se considera “decisão surpresa” a que, à luz do ordenamento jurídico nacional e 
dos princípios que informam o Direito Processual do Trabalho, as partes tinham obrigação 
de prever, concernente às condições da ação, aos pressupostos de admissibilidade de 
recurso e aos pressupostos processuais, salvo disposição legal expressa em contrário.
1.3. PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA DECISÃO DE MÉRITO 
Trata-se de princípio expresso no art. 4° do CPC/2015, que estabelece: 
Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, 
incluída a atividade satisfativa.
Desse modo, o magistrado na atividade jurisdicional deve priorizar decisões que levem ao julgamento 
do mérito. O princípio da primazia da decisão do mérito influenciou a redação de diversos artigos do CPC 
de 2015 que podem ser aplicados ao processo do trabalho, destacando-se os seguintes: 
Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as 
providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
(...) 
§ 2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da 
nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à 
parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 
e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidadescapazes de dificultar o julgamento de 
mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, 
indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
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1.4. PRINCÍPIO DA ORALIDADE 
O princípio da oralidade representa a possibilidade de realização de atos processuais de forma 
verbal, sendo muito aplicado no processo do trabalho, a exemplo da possibilidade de leitura da 
reclamação trabalhista, da defesa oral em 20 minutos (art. 847 da CLT), das duas tentativas de 
conciliação (arts. 846 e 850 da CLT), do interrogatório das partes (art. 848 da CLT) e das razões 
finais orais em 10 minutos. 
1.5. PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 
Pelo princípio da concentração dos atos processuais, os atos do processo devem ser 
prioritariamente concentrados em audiência.
No procedimento ordinário, embora o art. 849 da CLT disponha que a audiência de julgamento 
deva ser contínua, é comum que os juízes do trabalho a dividam em três audiências distintas 
(conciliação, instrução e julgamento), mantendo-se a audiência una apenas para as hipóteses que 
envolvam matéria exclusivamente de direito ou quando a comprovação dos fatos depender apenas 
de prova documental. 
Já para o procedimento sumaríssimo, o art. 842-C da CLT é expresso no sentido de que as 
demandas deverão ser instruídas e julgadas em audiência única. 
1.6. PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE 
Pelo princípio da imediatidade, o magistrado deve ter contato direito com a prova, colhendo os 
elementos importantes para o seu convencimento e para a solução da lide. 
É importante frisar que o CPC de 2015, em seu art. 459, passou a permitir que as perguntas 
formuladas pelas partes sejam feitas diretamente às testemunhas, modificando o antigo sistema 
em que as perguntas eram sempre intermediadas pelo magistrado. 
Essa regra, entretanto, não se aplica ao processo do trabalho, já que o art. 820 da CLT é 
expresso no sentido de que as partes e as testemunhas serão inquiridas por intermédio do juiz. 
1.7. PRINCÍPIO DO “JUS POSTULANDI” 
De acordo com o princípio do jus postulandi, consagrado no art. 791 da CLT, os empregados e 
os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as 
suas reclamações até o final, sem a presença de advogado.
Ressalta-se, entretanto, que o jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-
se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, 
a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do 
Trabalho, conforme Súmula n. 425 do TST TEMA COBRADO NO XXIII EXAME DA OAB/FGV. 
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1.8. PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS 
Como regra geral no processo do trabalho, não cabe recurso imediato de decisões 
interlocutórias, que deverão ser atacadas no recurso cabível da decisão final. 
As exceções ao princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias estão previstas na 
Súmula n. 214 do TST: 
Súmula nº 214 do TST: DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE. Na Justiça do 
Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam 
recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho 
contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; 
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe 
exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional 
distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, 
§ 2º, da CLT.
1.9. PRINCÍPIO DA EXTRAPETIÇÃO 
Pelo princípio da extrapetição, permite-se que o juiz ultrapasse os limites impostos pela pretensão 
da parte em situações excepcionais, condenando o reclamado em pedidos não constantes na inicial. 
Vejamos os principais casos de sua aplicabilidade:
• Juros de mora e correção monetária: os juros de mora e a correção monetária 
incluem-se na liquidação, ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação, conforme 
Súmula n. 211 do TST.
• Multa cominatória de 5% em caso de fixação de férias: conforme previsto nos art. 
137, § 1º e § 2º, da CLT, vencido o prazo de concessão das férias, o empregado poderá 
ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas. 
Nesse caso, a sentença cominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário mínimo 
da região, devida ao empregado até que seja cumprida.
• Multa do art. 467 da CLT: trata-se de penalidade processual, podendo ser aplicada 
de ofício pelo juiz.
• Conversão da reintegração em indenização:
Art. 496 da CLT - Quando a reintegração do empregado estável for DESACONSELHÁVEL, 
dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o 
empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá CONVERTER aquela obrigação 
em INDE-NIZAÇÃO devida nos termos do artigo seguinte.
SÚMULA n. 396, II, do TST - NÃO há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão 
que deferir SALÁRIO quando o pedido for de REINTEGRAÇÃO, dados os termos do art. 
496 da CLT.
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1.10. PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA
De acordo com o princípio da impugnação específica (art. 341 do CPC/2015), o réu (reclamado) 
deve impugnar especificamente os fatos alegados na petição inicial, sob pena de presunção de 
veracidade dos fatos alegados. Não haverá, entretanto, presunção de veracidade se: 
• Não for admissível, a seu respeito, a confissão;
• A petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da 
substância do ato;
• Estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. A título 
de exemplo, se o reclamante pleitear o reconhecimento do vínculo de emprego e 
o pagamento de horas extras, mas o réu apenas impugnar a existência do vínculo, 
dizendo que o autor era autônomo, não se pode presumir a veracidade das horas 
extras, já que o autônomo não tem direito a horas extras.
Além disso, é importante ressaltar que o ônus da impugnação especificada dos fatos não se 
aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial. 
1.11. PRINCÍPIO DA ESTABILIDADE DA LIDE 
Conforme previsto no art. 329 do CPC/2015, o autor poderá, até a citação, aditar ou alterar o 
pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu. Após a citação e até o 
saneamento do processo, o autor poderá aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir desde que com 
consentimento do réu, assegurando-se o contraditório mediante a possibilidade de manifestação 
deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
No processo do trabalho entende-se que a estabilização do processo ocorre com a entrega da 
defesa em audiência, ou seja, o reclamante poderá alterar ou pedido ou a causa de pedir sem o 
consentimento do reclamado até a data da primeira audiência. 
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2. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO
De acordo com o art. 111 da CF/88 são órgãos da Justiça do Trabalho: a) o Tribunal Superior 
do Trabalho; b) os Tribunais Regionais do Trabalho; c) os Juízes do Trabalho. 
Para a Constituição Federal, as varas do trabalho não são órgãos da justiça do trabalho e sim 
os juízes do trabalho. 
A Justiça do Trabalho possuisua estrutura federalizada, sendo que os órgãos de primeiro grau 
são os juízes do trabalho, que atuam nas Varas do Trabalho; o segundo grau é composto pelos 
Tribunais Regionais do Trabalho; e o último grau é formado pelo Tribunal Superior do Trabalho. 
2.1. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO 
O Tribunal Superior do Trabalho é composto de 27 (vinte e sete) Ministros, escolhidos dentre 
brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber 
jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria 
absoluta do Senado Federal, sendo: 
• 1/5 (um quinto) dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de 
efetivo exercício, observado o disposto no art. 94.
• Os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da 
magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior, conforme inciso II 
do art. 111-A da CF/88. 
Como a Constituição Federal utilizou a expressão “oriundos da magistratura de carreira”, os 
membros dos Tribunais Regionais do Trabalho indicados pelo quinto constitucional não poderão 
posteriormente compor o Tribunal Superior do Trabalho. 
Funcionam junto ao Tribunal Superior do Trabalho:
• A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, 
cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso 
e promoção na carreira; 
• O Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da 
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lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do 
Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões 
terão efeito vinculante. 
É importante destacar, ainda, que a Emenda Constitucional n. 92/2006 acrescentou o § 3º ao 
art. 111-A da CF/88, prevendo que “compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, 
originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade 
de suas decisões”.
2.2. TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
Conforme previsto no art. 115 da CF/88, os Tribunais Regionais do Trabalho são compostos de, no 
mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente 
da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: 
• 1/5 (um quinto) dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de 
efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; 
• Os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e 
merecimento, alternadamente. 
No Brasil há atualmente 24 Tribunais Regionais do Trabalho, sendo um em cada Estado, com 
exceção dos Estados de Tocantins, Amapá, Roraima e Acre, que não possuem TRT, e São Paulo, que 
conta com dois Tribunais: um em Campinas (TRT 15) e outro na capital (TRT 2).
De acordo com o § 1º do art. 115 da CF/88, os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a 
justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos 
limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. 
Além disso, o § 2º do mesmo artigo determina que Tribunais Regionais do Trabalho poderão 
funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno 
acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo, instrumento de grande valia 
principalmente nos Estados que não possuem Tribunais Regionais do Trabalho. 
2.3. JUÍZES DO TRABALHO 
Os juízes do Trabalho atuam nas Varas do Trabalho, órgãos de primeiro grau da Jurisdição Trabalhista. 
Entretanto, nas comarcas onde não houver Vara do Trabalho, caberá ao Juiz de Direito julgar 
as ações trabalhistas. 
Proferida a decisão, eventual recurso será encaminhado ao Tribunal Regional do Trabalho 
correspondente, conforme previsto no art. 112 da CF/88. 
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas 
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por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal 
Regional do Trabalho. 
Registra-se que, de acordo com a Súmula n. 10 do STJ, instalada a Vara do Trabalho, cessa a 
competência do Juiz de direito em matéria trabalhista, inclusive para a execução das sentenças 
por ele proferidas.
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3. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
3.1. COMPETÊNCIA MATERIAL 
O principal critério para definir a competência material da Justiça do Trabalho é a matéria 
envolvida na lide, principalmente após a Emenda Constitucional n. 45/2004, que ampliou 
sensivelmente o disposto no art. 114 da Constituição federal: 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público 
externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios; 
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, 
e entre sindicatos e empregadores; TEMA COBRADO NO V EXAME DA OAB/FGV. 
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado 
envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o 
disposto no art. 102, I, o;
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores 
pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; TEMA COBRADO NO XXIX 
EXAME DA OAB/FGV.
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus 
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
Sem dúvida alguma, a principal alteração promovida pela Emenda Constitucional n. 45/2004 foi a 
ampliação da competência da Justiça do Trabalho pra julgar as controvérsias decorrentes das relações 
de trabalho, e não apenas as derivadas das relações de emprego, conforme anteriormente previsto. 
A relação de trabalho é entendida como gênero do qual relação de emprego é uma das espécies. 
Trata-se de expressão genérica que, além de englobar a relação empregatícia, salvaguarda as 
demais relações em que não há necessariamente os requisitos da relação de emprego, como o 
trabalho eventual, autônomo, trabalho avulso, voluntário, do estagiário, etc. TEMA COBRADO 
NO XIII EXAME DA OAB/FGV. 
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 Predomina o entendimento de que as relações de consumo não estão sujeitas à competência 
da justiça do Trabalho, mesmo que se trate de ação de cobrança de profissional liberal contra 
o cliente (Súmula n. 363 do STJ).
Com relação à competência da Justiça do Trabalho para julgar as ações oriundas da relação 
de trabalho envolvendo entes de direito público externo, o Supremo Tribunal Federal firmou 
entendimento de que a imunidade de jurisdição se restringe aos atos da fase de execução, isto é, 
o ente de direito público externo poderá ser julgado pela Justiça do Trabalho, mas a execução dadecisão dependerá de apelo diplomático mediante expedição de carta rogatória. 
Já no que diz respeito aos servidores da Administração Pública, em decisão proferida na 
ADI 3395-6, o Supremo Tribunal Federal referendou a tese de que a Justiça do Trabalho possui 
competência apenas para julgar as lides envolvendo empregados públicos, já que, em se tratando 
de servidores estatutários, a competência será da Justiça Federal (quando envolver servidores 
públicos federais) ou Estadual (se envolver servidores públicos estaduais ou municipais). 
Assim, a Justiça do Trabalho não possui competência para julgar lides envolvendo servidores 
públicos estatutários. 
Em relação às ações que envolvam direito de greve, tantos as ações coletivas quanto as 
individuais que tenham como causa de pedir os atos grevistas serão apreciadas pela justiça do 
trabalho, salvo quando se tratar de greve envolvendo servidores públicos. 
Até mesmo as ações possessórias de interditos proibitórios ajuizadas pelas empresas 
objetivando impedir supostas agressões iminentes dos empregados grevistas que ameaçam 
a posse de seus imóveis serão de competência da Justiça do Trabalho, conforme inclusive 
referendado pela Súmula Vinculante n. 23 do STF: 
Súmula Vinculante 23 - A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar 
ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos 
trabalhadores da iniciativa privada.
Embora o inciso III do art. 114 da CF/88 se refira às ações sobre representação sindical, entre 
sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores, entendemos que a 
competência da Justiça do Trabalho é ainda mais ampla, abrangendo as Federações e Confederações 
e englobando todas as matérias que envolvem o direito sindical, como as ações que tratam das 
contribuições sindicais, assistências e confederativas, que veiculam atos antissindicais, que tratam 
de filiação e desfiliação de trabalhadores, que envolvam discussão sobre o processo de eleição dos 
dirigentes sindicais, etc. 
Quanto ao inciso IV, é importante destacar as principais hipóteses de competência da Justiça 
do Trabalho para o julgamento dos remédios constitucionais. 
A principal novidade em relação ao mandado de segurança é a possibilidade de sua impetração 
perante a Vara do Trabalho, como nas hipóteses de atos ilegais praticados por auditores fiscais do 
trabalho (interdição infundada de uma máquina da empresa, por exemplo) ou por Procuradores 
do Trabalho, a exemplo da negativa imotivada de permitir ao advogado acesso ao conteúdo de 
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inquérito civil promovido em face de empresa que o profissional representa. 
Eventuais atos ilegais praticados pelo Juiz do Trabalho serão objeto de mandado de segurança 
a ser impetrado perante o Tribunal Regional do Trabalho. 
Com relação ao habeas corpus, a hipótese mais conhecida de seu cabimento na Justiça do 
Trabalho é o caso do juiz do trabalho determinar a prisão civil de depositário infiel, já que se trata 
de prisão ilícita, conforme Súmula Vinculante n. 25 do STF. 
No que concerne ao habeas data, os exemplos mais citados de sua aplicação na Justiça do 
Trabalho são para permitir ao empregador o acesso à lista de “maus empregadores” do Ministério 
do Trabalho (atualmente incorporado ao Ministério da Economia) ou para possibilitar ao servidor 
celetista acesso aos seus dados constantes em prontuário da Administração Pública. 
A Justiça do Trabalho tem competência ainda para dirimir os conflitos de competência entre 
órgãos com jurisdição trabalhista, salvo o disposto no art. 102, I, o, da CF/88, que determina que 
compete ao Supremo Tribunal Federal julgar os conflitos de competência entre o Superior Tribunal 
de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro 
tribunal.
Conforme estipulado no art. 66 do CPC/2015, há conflito de competência quando: I - 2 (dois) 
ou mais juízes se declaram competentes; II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, 
atribuindo um ao outro a competência; III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca 
da reunião ou separação de processos.
Na Justiça do Trabalho, podemos resumir a que órgão cabe o julgamento dos conflitos de 
competência conforme o quadro abaixo TEMA COBRADO NO VIII EXAME DA OAB/FGV. 
CONFLITO COMPETÊNCIA
Conflito entre juízes do Trabalho vinculados ao mesmo TRT TRT respectivo (art. 808 da CLT)
Conflito entre Tribunais Regionais do Trabalho TST (art. 808 da CLT)
Conflito entre juízes do Trabalho ou entre juiz do trabalho e juiz 
de direito investido na jurisdição trabalhista de TRTs diferentes TST (art. 808 da CLT)
Conflito entre Juiz do Trabalho e Juiz de Direito investido na 
competência trabalhista na mesma região TRT (art. 808 da CLT)
Conflito entre Juiz do Trabalho e Juiz de Direito STJ (art. 105, I, d, da CF/88)
Conflito entre Tribunal Regional do Trabalho e Juiz de Direito STJ
Conflito entre Tribunal Superior e qualquer órgão jurisdicional STF (art, 102, I, o, da CF/88)
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Em razão da hierarquia, não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do 
Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada, conforme previsto na Súmula n. 420 do TST.
A Emenda Constitucional n. 45/2004 colocou fim à discussão acerca da competência para 
julgar as ações decorrentes de acidente de trabalho, deixando claro no inciso VI do art. 114 da 
CF/88 que cabe à Justiça do Trabalho julgar as ações indenizatórias por danos morais e materiais 
decorrentes da relação de trabalho. 
Assim, quaisquer ações propostas pleiteando indenizações por danos morais em razão da 
relação de emprego serão julgadas pela Justiça do Trabalho, incluindo as ações ajuizadas pelos 
herdeiros de trabalhadores falecidos.
Antes da Emenda Constitucional n. 45/2004, prevalecia o entendimento de que os processos 
envolvendo acidente de trabalho eram de competência da Justiça Comum. Entretanto, o Supremo 
Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça firmaram entendimento de que, com a edição do 
inciso VI do art. 114, todos esses processos deveriam ser encaminhados à Justiça do Trabalho, 
salvo aqueles que já tivessem com sentença proferida antes da edição da Emenda Constitucional. 
Súmula Vinculante 22 - A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar 
as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de 
trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não 
possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda 
Constitucional nº 45/04.
Súmula n. 367 -STJ. A competência estabelecida pela EC n. 45 /2004 não alcança os 
processos já sentenciados. 
É importante frisar que, em relação às lides previdenciárias promovidas pelo trabalhador em 
face do INSS em razão de acidente de trabalho ou adoecimento do trabalhador, a competência é 
da Justiça Comum, e não da Justiça do Trabalho. 
Além disso, cabe destacar que, de acordo com o art. 120 da Lei n. 8.213/91, nos casos de 
negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicados para a proteção 
individual e coletiva, a Previdência Social deverá propor ação regressiva contra o empregador 
responsável pelo acidente de trabalho. Nesse caso, a competência pra julgar a ação regressiva 
proposta pelo INSS em face da empresa será da Justiça Federal. 
ESPÉCIE DE AÇÃO COMPETÊNCIA 
Ação ajuizada pelo trabalhador em face do 
empregador em virtude de acidente de trabalho 
Justiça do Trabalho
Ação ajuizada pelo Trabalhador em face do INSS Justiça Comum 
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Ação regressiva ajuizada pelo INSS em face do 
empregador, com base no art. 120 da Lei n. 8.213/91
Justiça Federal 
João sofreu grave acidente de trabalho na empresa XYZ, o que ocorreu em virtude da falta 
de proteção adequada da máquina que operava. Nesse caso, se João ingressar com ação em 
face da empresa XYZ pleiteando indenização por danos morais ou materiais, a competência 
será da Justiça do Trabalho. Se, por outro lado, ajuizar ação em face do INSS para a discutir a 
concessão de benefício previdenciário, a competência será da Justiça Comum. Entretanto, caso 
o INSS ingresse com ação regressiva em face da empresa XYZ, com base no art. 120 da Lei n. 
8.213/91, a competência será da Justiça Federal. 
O inciso VII, por sua vez, atribui à Justiça do Trabalho a competência para julgar as ações 
relativas às penalidades administrativas impostas pelos órgãos de fiscalização do trabalho, ou 
seja, as multas aplicadas em virtude dos autos de infração lavrados pelo Ministério do Trabalho e 
Previdência Social (atual denominação do Ministério do Trabalho e Emprego). 
A competência da Justiça do Trabalho abrange eventuais mandados de segurança impetrados 
em face de atos ilegais dos auditores fiscais, bem como as ações anulatórias, de revisão do valor, e 
de cobrança das multas aplicadas pelo Ministério do Trabalho, atualmente vinculado ao Ministério 
da Economia (neste último caso, a ação de cobrança é ajuizada pela União em face do empregador).
O Inciso VIII do art. 114 atribui à justiça do Trabalho a competência para executar, de ofício, as 
contribuições previdenciárias decorrentes de sentenças ou acordos que proferir. 
Apenas as verbas expressamente reconhecidas no acordo ou na sentença que possuam natureza 
salarial é que terão incidência de contribuição previdenciária passível de execução de ofício pela 
Justiça do Trabalho, conforme sedimentado na Súmula n. 368, I, do TST TEMA COBRADO NO XXI 
EXAME DA OAB/FGV: 
Súmula nº 368 do TST. DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS. IMPOSTO DE RENDA. 
COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO. FORMA DE CÁLCULO. 
FATO GERADOR 
I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições 
fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições 
previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos 
valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição. (ex-OJ nº 
141 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998).
II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições 
previdenciárias e fiscais, resultantes de crédito do empregado oriundo de condenação 
judicial. A culpa do empregador pelo inadimplemento das verbas remuneratórias, 
contudo, não exime a responsabilidade do empregado pelos pagamentos do imposto de 
renda devido e da contribuição previdenciária que recaia sobre sua quota-parte. (ex-OJ 
nº 363 da SBDI-1, parte final)
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III – Os descontos previdenciários relativos à contribuição do empregado, no caso de 
ações trabalhistas, devem ser calculados mês a mês, de conformidade com o art. 276, 
§ 4º, do Decreto n º 3.048/1999 que regulamentou a Lei nº 8.212/1991, aplicando-se as 
alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo do salário de contribuição (ex-
OJs nºs 32 e 228 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001).
IV - Considera-se fato gerador das contribuições previdenciárias decorrentes de créditos 
trabalhistas reconhecidos ou homologados em juízo, para os serviços prestados até 
4.3.2009, inclusive, o efetivo pagamento das verbas, configurando-se a mora a partir do 
dia dois do mês seguinte ao da liquidação (art. 276, “caput”, do Decreto nº 3.048/1999). 
Eficácia não retroativa da alteração legislativa promovida pela Medida Provisória nº 
449/2008, posteriormente convertida na Lei nº 11.941/2009, que deu nova redação ao 
art. 43 da Lei nº 8.212/91.
V - Para o labor realizado a partir de 5.3.2009, considera-se fato gerador das contribuições 
previdenciárias decorrentes de créditos trabalhistas reconhecidos ou homologados em 
juízo a data da efetiva prestação dos serviços. Sobre as contribuições previdenciárias 
não recolhidas a partir da prestação dos serviços incidem juros de mora e, uma vez 
apurados os créditos previdenciários, aplica-se multa a partir do exaurimento do prazo 
de citação para pagamento, se descumprida a obrigação, observado o limite legal de 
20% (art. 61, § 2º, da Lei nº 9.430/96).
VI – O imposto de renda decorrente de crédito do empregado recebido acumuladamente 
deve ser calculado sobre o montante dos rendimentos pagos, mediante a utilização de 
tabela progressiva resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se refiram 
os rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensal correspondente 
ao mês do recebimento ou crédito, nos termos do art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22/12/1988, 
com a redação conferida pela Lei nº 13.149/2015, observado o procedimento previsto 
nas Instruções Normativas da Receita Federal do Brasil. 
• Tratando-se de sentença declaratória, não há que se falar em execução de ofício de 
verbas previdenciárias. 
• Quando a parcela salarial já houver sido paga e não ocorrer o recolhimento previdenciário 
respectivo, a Justiça do Trabalho não será competente para determinar / executar essas 
contribuições (Súmula 368, I e RE 569056). Exemplo: o empregado recebeu os salários de 
um determinado período, mas não houve o recolhimento previdenciário devido. Nesse caso, 
a competência para cobrar essas contribuições não é da Justiça do Trabalho.
Registra-se, ainda, que, de acordo com a Súmula n. 454 do TST, a execução das contribuições 
previdenciárias, engloba, também as contribuições para o SAT (Seguro Acidente do Trabalho).
Importante destacar, também, que a Lei n. 13.467/2017 (reforma trabalhista) acrescentou a 
alínea “f” ao art. 652 da CLT, ampliando a competência dos juízos de 1º grau, que passam a ser 
responsáveis pela decisão quanto à homologação de acordos extrajudiciais em matéria de 
competência da justiça laboral, conforme procedimento delineado nos novos artigos 855-B a 855-E.
Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição 
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conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado.
§ 1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum.
§ 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria.
Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo estabelecido no § 6º do art. 477 desta 
Consolidação e não afasta a aplicação da multa prevista no § 8º art. 477 desta Consolidação.
Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o 
acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá sentença.
Art. 855-E. A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo 
prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados.
Parágrafo único. O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito 
em julgado da decisão que negar a homologação do acordo.
O artigo 855-B, portanto, dispõe que o processo de jurisdição voluntária será iniciado por 
petição conjunta, sendo indispensável que as partes estejam representadas por advogado (caput). 
O § 1º explicita que o advogado não poderá ser o mesmo para as duas partes TEMA COBRADO 
NOS EXAMES XXVI, XXIX E XXXI DA OAB/FGV. Já o § 2º possibilita que o trabalhador seja assistido 
pelo advogado do sindicato de sua categoria.
O artigo 855-C, por sua vez, estabelece que o procedimento de homologação extrajudicialnão 
altera o prazo de pagamento das verbas rescisórias e entrega de documentos ao empregado e, 
tampouco, impede a incidência de multa por descumprimento deste prazo.
Ao tratar do procedimento em si, o artigo 855-D dispõe que, distribuída a petição, o juiz analisará 
o acordo no prazo de 15 (quinze) dias, podendo designar audiência se entender necessária.
Ao final, o artigo 855-E esclarece que, enquanto estiver em trâmite o processo de homologação 
de acordo extrajudicial, o prazo prescricional permanecerá suspenso no que tange aos direitos 
versados no acordo, até o trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo, que 
poderá ser atacada por recurso ordinário TEMA COBRADO NO XXXEXAME DA OAB/FGV.
3.2. COMPETÊNCIA TERRITORIAL 
Dispõe o artigo 651 da CLT: 
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada 
pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao 
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (Vide 
Constituição Federal de 1988)
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da 
Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja 
subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado 
tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
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§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, 
estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o 
empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. 
(Vide Constituição Federal de 1988)
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do 
lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no 
foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
A competência territorial da Justiça do Trabalho, portanto, é determinada, como regra 
gera,l pela localidade onde o empregado prestou serviços ao empregador, ainda que tenha sido 
contratado noutro local ou no estrangeiro. A finalidade da norma foi facilitar o acesso do trabalhador 
ao Judiciário, já que se presume que o empregado terá mais facilidade para produzir prova no local 
da prestação do serviço.
Se o empregado prestar serviços em várias localidades, o entendimento majoritário é que 
prevalece a competência do último local de prestação dos serviços.
A regra geral, entretanto, comporta exceções: 
• Empregado agente ou viajante comercial: será competente a Vara da localidade em 
que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado. Se não 
existir agência ou filial, será competente a Vara da localização em que o empregado 
tenha domicílio ou a Vara da localidade mais próxima de seu domicílio.
• Empregado brasileiro que trabalha no estrangeiro: embora prestado o trabalho 
no estrangeiro, a Justiça do Trabalho brasileira terá competência para julgar a lide, 
desde que o empregado seja brasileiro, não haja convenção internacional dispondo 
em contrário e a empresa tenha filial ou sede no Brasil. Em virtude da omissão legal, 
entendemos que o trabalhador poderá ingressar com a ação no local onde tenha 
domicílio ou localidade mais próxima, facilitando o seu acesso ao Poder Judiciário. 
• Empresa que promove atividade fora do lugar da celebração do contrato (atividades 
circenses e feiras agropecuárias, por exemplo): faculta-se ao empregado apresentar 
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
O art. 63 do CPC/2015 permite a eleição de foro ao dispor que as partes podem modificar a 
competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda 
de direitos e obrigações. Esse artigo, entretanto, não é aplicável ao processo do trabalho, 
conforme art. 2, I, da IN n. 39/2016 do TST. 
3.3. COMPETÊNCIA FUNCIONAL
A competência funcional, também conhecida como hierárquica ou interna, se refere à 
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distribuição das ações o que diz respeito aos órgãos da justiça do trabalho. 
A competência dos juízes do trabalho (Varas do Trabalho) está delimitada principalmente nos 
artigos 652, 653 e 659 da CLT. 
No que diz respeito à competência dos Tribunais Regionais do Trabalho, o art. 678 delimita as 
hipóteses de competência dos TRTs divididos em turmas, o art. 679 dos Tribunais não divididos em 
Turmas e o art. 682 trata da competência dos Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho. 
Já a competência do Tribunal Superior do Trabalho é fixada pela Lei n. 7.701/88 e pelo seu 
Regimento Interno. 
Importante destacar que a Lei n. 13.467/2017 (reforma trabalhista) alterou a alínea “f” do inciso 
I do artigo 702 da CLT, que trata das competências e atribuições do Pleno do TST, bem como 
adicionou os § 3º e § 4º ao referido artigo, dificultando, consideravelmente, a criação e alteração de 
súmulas e orientações jurisprudenciais pelo TST.
Art. 702 - Ao Tribunal Pleno compete: 
(...) 
f) estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme, pelo 
voto de pelo menos dois terços de seus membros, caso a mesma matéria já tenha sido 
decidida de forma idêntica por unanimidade em, no mínimo, dois terços das turmas em 
pelo menos dez sessões diferentes em cada uma delas, podendo, ainda, por maioria de 
dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que 
ela só tenha eficácia a partir de sua publicação no Diário Oficial; (Redação dada pela Lei 
nº 13.467, de 2017).
(...)
§ 3º As sessões de julgamento sobre estabelecimento ou alteração de súmulas e outros 
enunciados de jurisprudência deverão ser públicas, divulgadas com, no mínimo, trinta 
dias de antecedência, e deverão possibilitar a sustentação oral pelo Procurador-Geral 
do Trabalho, pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, pelo Advogado-
Geral da União e por confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional. 
(Incluído dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4º O estabelecimento ou a alteração de súmulas e outros enunciados de jurisprudência 
pelos Tribunais Regionais do Trabalho deverão observar o disposto na alínea f do inciso 
I e no § 3o deste artigo, com rol equivalente de legitimados para sustentação oral, 
observada a abrangência de sua circunscrição judiciária. (Incluído dada pela Lei nº 
13.467, de 2017)
A nova redação da alínea “f” do inciso I estabelece inúmeras condicionantes para que o TST 
possa criar ou alterar súmulas e orientações jurisprudenciais, de modo a exigir, por exemplo, ao 
menos 10 (dez) decisões unânimes no mesmo sentido sobre determinada matéria em, no mínimo, 
2/3 das turmas. Vale ressaltar que, pela redação anterior, o procedimento de estabelecimento de 
súmulas estava disciplinado no Regimento Interno do TST.
O § 3º trata da antecedência de divulgação das sessões de julgamento sobre o estabelecimento 
e alteração de súmulas e outros enunciados de jurisprudência, determinando ainda a possibilidade 
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de sustentações orais pelo Procurador-Geral do Trabalho, pelo Conselho Federal da OAB, pelo 
Advogado-Geral da União e por Confederações Sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional.
Já o § 4º determina que todas as condições estabelecidas na alínea “f” do inciso I e no § 
3º se aplicam ao estabelecimento ou alteração de súmulas e outros enunciados pelos Tribunais 
Regionais do Trabalho, com rol equivalente de legitimados para sustentação oral.
Estas condições,extremamente difíceis de implementar, para a discussão e aprovação de 
súmulas pelo TST têm sido entendidas como inconstitucionais por doutrina respeitada, que 
indica possíveis afrontas ao art. 2º (princípio constitucional da separação dos Poderes da União) 
e artigos 92 e 96, I da CF/88 (princípio constitucional da autonomia dos Tribunais). 
3.4. PRINCIPAIS SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS SOBRE 
COMPETÊNCIA
Vejamos abaixo as principais súmulas e orientações jurisprudenciais do TST para a prova da OAB/FGV: 
Súmula nº 19 do TST - QUADRO DE CARREIRA. A Justiça do Trabalho é competente para apreciar 
reclamação de empregado que tenha por objeto direito fundado em quadro de carreira.
Súmula nº 189 do TST - GREVE. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ABUSIVIDADE. 
A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve.
Súmula nº 300 do TST - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. CADASTRAMENTO 
NO PIS. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por 
empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de 
Integração Social (PIS).
Súmula nº 389 do TST - SEGURO-DESEMPREGO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO 
TRABALHO. DIREITO À INDENIZAÇÃO POR NÃO LIBERAÇÃO DE GUIAS. 
I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado 
e empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do 
seguro-desemprego. 
II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do 
seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização. 
OJ n. 26 da SDI-1 do TST - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. COMPLEMENTAÇÃO 
DE PENSÃO REQUERIDA POR VIÚVA DE EX-EMPREGADO. A Justiça do Trabalho é 
competente para apreciar pedido de complementação de pensão postulada por viúva 
de ex-empregado, por se tratar de pedido que deriva do contrato de trabalho.
OJ n. 414 da SDI-1 do TST. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. EXECUÇÃO DE 
OFÍCIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO 
(SAT). ARTS. 114, VIII, E 195, I, “A”, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. Compete à Justiça 
do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de 
Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, 
VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à 
incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei 
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nº 8.212/1991).
OJ n. 149 da SDI-2 do TST. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL. 
HIPÓTESE DO ART. 651, § 3º, DA CLT. IMPOSSIBILIDADE DE DECLARAÇÃO DE OFÍCIO DE 
INCOMPETÊNCIA RELATIVA. Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial 
no caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no art. 651, § 3º, da CLT. Nessa 
hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local 
onde a ação foi proposta.
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4. ATOS, TERMOS, PRAZOS E NULIDADES PROCESSUAIS
4.1. ATOS E TERMOS PROCESSUAIS 
Consideram-se atos processuais os atos praticados durante o processo, seja pelas partes, pelo 
juiz, ou pelos auxiliares da justiça. Termo processual, por sua vez, é a redução escrita do ato, ou seja, a 
reprodução gráfica do ato processual. 
Vejamos abaixo as principais regras sobre atos e termos processuais para a prova da OAB: 
• Para o código de processo civil de 2015, citação é o ato pelo qual são convocados 
o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual (art. 238) e 
intimação o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo. 
No processo do trabalho, entretanto, utiliza-se a expressão notificação para designar 
ambos os atos, com exceção apenas do art. 880 da CLT, que prevê a citação do 
executado na execução. 
• De acordo com o art. 770 da CLT, os atos processuais serão públicos. salvo quando 
o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) 
às 20 (vinte) horas. Entretanto, a penhora poderá realizar-se em domingo ou feriado, 
mediante autorização do juiz do trabalho. 
• A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 
(vinte e quatro) horas do último dia do prazo. Entretanto, o horário vigente no juízo 
perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins de atendimento do 
prazo (art. 213 do CPC/2015).
• Nas Varas e Tribunais que não tenham implementado o sistema eletrônico, 
permite-se a prática de atos processuais, que dependam de petição escrita, por 
meio de fac-símile ou outro meio similar. Entretanto, a utilização do fac-símile não 
prejudica o cumprimento dos prazos, devendo os originais ser entregues em juízo, 
necessariamente, até cinco dias da data de seu término (art. 2 da Lei n. 9.800/99). 
Sobre o tema, importante lembrar o conteúdo da Súmula n. 387 do TST. 
Súmula nº 387 do TST. RECURSO. FAC-SÍMILE. LEI Nº 9.800/1999 
I - A Lei nº 9.800, de 26.05.1999, é aplicável somente a recursos interpostos após o 
início de sua vigência. II - A contagem do quinquídio para apresentação dos originais de 
recurso interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir do dia subsequente ao 
término do prazo recursal, nos termos do art. 2º da Lei nº 9.800, de 26.05.1999, e não 
do dia seguinte à interposição do recurso, se esta se deu antes do termo final do prazo
III - Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de notificação, pois a 
parte, ao interpor o recurso, já tem ciência de seu ônus processual, não se aplica a regra 
do art. 224 do CPC de 2015 (art. 184 do CPC de 1973) quanto ao “dies a quo”, podendo 
coincidir com sábado, domingo ou feriado. 
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IV – A autorização para utilização do fac-símile, constante do art. 1º da Lei n.º 9.800, de 
26.05.1999, somente alcança as hipóteses em que o documento é dirigido diretamente 
ao órgão jurisdicional, não se aplicando à transmissão ocorrida entre particulares.
• De acordo com o art. 771 da CLT, os atos e termos processuais poderão ser 
escritos a tinta, datilografados ou a carimbo. Não poderão, portanto, ser feitos a 
lápis. Além disso, os atos e termos processuais que devam ser assinados pelas partes 
interessadas, quando estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão firmados 
a rogo, na presença de 2 (duas) testemunhas, sempre que não houver procurador 
legalmente constituído (art. 772 da CLT).
O art. 190 do CPC/2015 permite que as partes realizem atos processuais negociais, ou 
seja, verdadeiros acordos para a mudança do procedimento, poderes, faculdades e deveres 
processuais, antes e durante o processo. O parágrafo único, por sua vez, estabelece que de ofício 
ou a requerimento, o juiz controlará a validade dos atos negociais, recusando-lhes aplicação 
somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma 
parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. Prevalece o entendimento de que o 
art. 190 não é aplicado ao processo do trabalho, conforme art. 2, II, da IN n. 39/2016 do TST.
4.2. PRAZOS PROCESSUAIS 
O prazo processual corresponde ao lapso de tempo para prática do ato processual. Salvo 
disposição em contrário, os prazos contam-se: a) a partir da data em que a notificação for recebida 
ou for feita pessoalmente; b) da data em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que 
publicar o expediente da Justiça do Trabalho; e c) da data em que for afixado o edital na sede da 
Vara, Juízo o Tribunal (art. 774, CLT). 
O início do prazo ocorre no momentoem que o interessado toma ciência do ato processual a 
ser praticado. O início da contagem do prazo, por sua vez, ocorre no dia seguinte ao do início do 
prazo. Assim, a contagem do prazo processual se dá com exclusão do dia do começo e inclusão 
do dia do vencimento.
A Lei n. 13.467/2017 (reforma trabalhista) alterou a redação do caput do art. 775 da CLT, que passou 
a ter a seguinte redação: 
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com 
exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
§ 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas 
seguintes hipóteses:
I – quando o juízo entender necessário;
II – em virtude de força maior, devidamente comprovada.
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§ 2º Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos 
meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior 
efetividade à tutela do direito.
A principal alteração se deu no caput, que passou a determinar a contagem de prazos em dias 
úteis, nos mesmos moldes do CPC/2015 (art. 219).
O novo § 1º confere, no inciso I, maior liberdade ao juíz trabalhista para, quando entender 
necessário, prorrogar prazos. O inciso II do mesmo parágrafo mantém a possibilidade de 
prorrogação de prazos em caso de força maior devidamente comprovada.
O § 2º, por sua vez, confere ao magistrado a possibilidade de dilatar prazos e alterar a ordem 
de produção de provas, de modo a adequar às necessidades do conflito e conferir maior efetividade 
à tutela do direito.
ANTES DA REFORMA 
TRABALHISTA 
APÓS A REFORMA 
TRABALHISTA 
Os prazos eram contínuos e irreleváveis, ou seja, a 
contagem dos prazos não era feita em dias úteis. 
A contagem dos prazos passou a ser em dias 
úteis.
Além disso, intimada ou notificada a parte no sábado ou feriado, o início do prazo se dará no 
primeiro dia útil imediato e, a contagem, no subsequente, conforme Súmula n. 262, I, do TST. Assim, 
se a parte for intimada no sábado, o início do prazo será na segunda-feira e a contagem do prazo 
deverá ser iniciada na terça-feira, se forem dias úteis. TEMA COBRADO NO XVIII EXAME DA OAB/
FGV. 
Tratando-se de notificação postal, no caso do destinatário não ser encontrado ou no de recusa 
de recebimento, o Correio ficará obrigado a devolvê-la no prazo de 48 horas. Por esse motivo, 
presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito horas) depois de sua postagem, sendo que 
o seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constituem ônus de prova do 
destinatário, conforme Súmula n. 16 do TST TEMA COBRADO NO XXVI EXAME DA OAB/FGV. 
São importantes, ainda, as seguintes Súmulas do TST:
Súmula nº 1 TST - “PRAZO JUDICIAL -INTIMAÇÃO EM SEXTA-FEIRA. Quando a intimação 
tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, 
o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver 
expediente, caso em que fluirá do dia útil que se seguir.”
Súmula nº 262 do TST. PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO. 
RECESSO FORENSE. 
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil 
imediato e a contagem, no subsequente. 
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho 
suspendem os prazos recursais.
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Súmula nº 385 - Feriado Local. Ausência de expediente forense. Prazo recursal. 
Prorrogação. Comprovação. Necessidade. Cabe à parte comprovar, quando da 
interposição do recurso, a existência de feriado local ou de dia útil em que não haja 
expediente forense, que justifique a prorrogação do prazo recursal.
O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho 
suspendem os prazos recursais. Assim, o prazo processual que se inicia antes do recesso é 
suspenso e retoma sua contagem de onde parou, no primeiro dia útil após o fim do recesso ou 
férias TEMA COBRADO NO XV EXAME DA OAB. 
A Lei n. 13.545/2017 acrescentou o art. 775-A à CLT, reproduzindo o teor do art. 220 do CPC, que 
estabelece que o recesso forense será do dia 20 de dezembro e 20 de janeiro, período em que, 
conforme acima mencionado, haverá suspensão dos prazos processuais. 
Decorrido o prazo, haverá preclusão do direito de praticar o ato. No entanto, se a parte comprovar 
que não o realizou por justa causa, poderá o juiz permitir a prática do ato no prazo que assinar.
De acordo com o art. 1º do Decreto Lei n. 779/69, as pessoas jurídicas de direito público possuem 
prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer. O CPC de 2015, por sua vez, 
estabelece que as pessoas jurídicas de direito público possuem prazo em dobro para a todas 
as manifestações (art. 183). Entendemos que no processo do trabalho permanece a regra do 
Decreto Lei n. 779/69 e não do CPC de 2015, uma vez que o Decreto representa norma específica 
de processo do trabalho. Por outro lado, o CPC de 2015 passou a prever que o Ministério Público 
possui prazo em dobro para se manifestar nos autos (art. 180), regra que deve ser aplicada 
também ao processo do trabalho, já que não há outra norma específica sobre o tema. 
Destaca-se ainda que, de acordo com a OJ n. 310 da SDI-1do TST, ao processo do trabalho 
não se aplica a regra do art. 229 do CPC de 2015, que estabelece que os litisconsortes que 
tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em 
dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de 
requerimento.
4.3. NULIDADES PROCESSUAIS 
Entende-se como nulidade a ausência de requisito essencial para a validade do ato. A nulidade 
poderá ser absoluta ou relativa. 
NULIDADE ABSOLUTA NULIDADE RELATIVA
O ato viola norma de interesse público, podendo ser declarada 
de ofício pelo juiz. Não há necessidade de demonstração de 
prejuízo (Exemplo: Incompetência Absoluta). 
Viola norma de interesse privado, devendo ser 
alegada pela parte. 
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Vejamos abaixo os principais princípios sobre as nulidades: 
• PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS: também conhecido como 
princípio da finalidade, dispõe que, quando a lei prescrever que o ato deva ter 
determinada forma, sem cominar nulidade, o juiz considerará válido a ato se, realizado 
de outro modo, alcançar a sua finalidade.
• PRINCÍPIO DO PREJUÍZO: também conhecido como princípio da transcendência, 
estabelece que não haverá nulidade sem prejuízo manifesto às partes interessadas. É 
inspirado no sistema francês (pás de nullité sans grief) e possui previsão expressa no 
art. 794 da CLT TEMA COBRADO NO V EXAME DA OAB/FGV:
Art. 794 da CLT: Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá 
nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
• PRINCÍPIO DA CONVALIDAÇÃO OU DA PRECLUSÃO OU DA OPORTUNIDADE: está 
consagrado no art. 795 da CLT, segundo o qual “as nulidades não serão declaradas 
senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em 
que tiverem de falar em audiência ou nos autos”. Se a parte não suscitar a nulidade 
relativa na primeira oportunidade que tiver para falar em audiência ou nos autos, 
haverá a convalidação do ato, ou seja, o ato anteriormente nulo passa à condição de 
ato válido (trata-se, portanto, de princípio aplicável apenas às nulidades relativas). 
O §1º do art. 795 da CLT prescreve que deverá ser declarada ex officio a nulidade fundada em 
“incompetência de foro”, e em tal caso, “serãoconsiderados nulos os atos decisórios”. Trata-se 
de artigo redigido sem boa técnica legislativa, devendo a expressão “incompetência de foro” ser 
entendida como incompetência absoluta.
• PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL: possui respaldo no art. 796, alínea “a”, 
da CLT, segundo o qual a nulidade não será pronunciada quando for possível suprir-
se a falta ou repetir-se o ato. O ato, portanto, não será declarado nulo se puder ser 
reaproveitado.
• PRINCÍPIO DO INTERESSE OU BOA-FÉ: possui previsão no art. 796, b, da CLT, e 
dispõe que a nulidade do ato processual não será pronunciada se arguida por quem 
lhe deu causa. Salienta-se que o princípio do interesse só alcança, evidentemente, as 
nulidades relativas, pois as nulidades absolutas constituem matéria de ordem pública.
• PRINCÍPIO DA UTILIDADE: está consagrado literalmente no art. 798 da CLT, que 
diz: “A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que deles dependam ou 
sejam consequência”. Desse modo, deve-se aproveitar ao máximo os atos válidos que 
ocorreram posteriormente ao ato nulo. Ressalta-se ainda que os atos válidos anteriores 
à nulidade não serão por ela maculados, nem aqueles que dela sejam independentes.
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5. PARTES E PROCURADORES
Entende-se como parte do processo aquele que demanda em nome próprio a prestação 
jurisdicional do Estado e a pessoa em cujo nome é demandada. 
No processo do trabalho, entretanto, em vez das tradicionais denominações autor e réu, são 
utilizadas as expressões reclamante e reclamado. 
É muito importante distinguir capacidade de ser parte, capacidade processual e capacidade postulatória: 
• Capacidade de ser parte: também denominada de capacidade de direito, diz respeito 
à possibilidade da pessoa ocupar o polo passivo ou ativo do processo, ou seja, de 
ser autor (reclamante) ou réu (reclamado). É reconhecida a todas as pessoas físicas 
desde o nascimento com vida, às pessoas jurídicas regularmente constituídas e a uma 
série de entes sem personalidade jurídica, como, por exemplo, as universalidades de 
bens (ex: espólio, massa falida, condomínio).
• Capacidade processual: para ter capacidade processual é necessário ter capacidade 
de fato, ou capacidade de exercício, que se consubstancia na aptidão para a prática dos 
atos decorrentes da capacidade de direito, ou seja, é necessário ser absolutamente 
capaz (art. 70 do CPC/2015). Os absolutamente ou relativamente incapazes deverão 
ser representados ou assistidos em juízo. 
• Capacidade postulatória: no processo civil, a capacidade postulatória é exercida por 
advogado legalmente habilitado. No processo do Trabalho, as próprias partes podem 
exercer a capacidade postulatória nas lides envolvendo relação de emprego, conforme 
art. 791 da CLT. Trata-se do jus postulandi. 
5.1. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL 
A substituição processual decorre da denominada legitimação extraordinária, por meio da 
qual, em determinadas circunstâncias, a parte pode figurar no processo em nome próprio, mas 
defendendo direito alheio. 
No processo do trabalho, os casos mais comuns de substituição processual ocorrem pela 
atuação dos sindicatos. 
Inicialmente o Tribunal Superior do Trabalho entendia que a substituição processual pelos 
sindicatos era restrita aos casos expressamente previstos em lei (antigo Enunciado n. 310 do TST). 
Entretanto, com a promulgação da Constituição Federal de 1988, em que o art. 8º, III, assegura 
ao sindicato o direito de defender, judicial ou administrativamente, os direitos e interesses 
individuais e coletivos da categoria, o Supremo Tribunal Federal passou a conceder interpretação 
ampliativa ao artigo constitucional, manifestando-se pela substituição ampla e irrestrita por parte 
dos sindicatos. 
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Em razão do posicionamento do Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior do Trabalho 
cancelou o antigo Enunciado n. 310. 
Ressalta-se, ainda, que o Tribunal Superior do Trabalho sedimentou posicionamento no sentido 
de admitir a legitimidade extraordinária passiva dos sindicatos nas ações rescisórias propostas 
em face de decisões em que o sindicato atuou como autor, na qualidade de substituto processual, 
conforme inciso II da Súmula n. 406 do TST. 
Súmula n. 406 do TST - AÇÃO RESCISÓRIA. LITISCONSÓRCIO. NECESSÁRIO NO PÓLO PASSIVO 
E FACULTATIVO NO ATIVO. INEXISTENTE QUANTO AOS SUBSTITUÍDOS PELO SINDICATO 
I - O litisconsórcio, na ação rescisória, é necessário em relação ao pólo passivo da 
demanda, porque supõe uma comunidade de direitos ou de obrigações que não admite 
solução díspar para os litisconsortes, em face da indivisibilidade do objeto. Já em relação 
ao pólo ativo, o litisconsórcio é facultativo, uma vez que a aglutinação de autores se faz 
por conveniência e não pela necessidade decorrente da natureza do litígio, pois não 
se pode condicionar o exercício do direito individual de um dos litigantes no processo 
originário à anuência dos demais para retomar a lide. 
II - O Sindicato, substituto processual e autor da reclamação trabalhista, em cujos autos 
fora proferida a decisão rescindenda, possui legitimidade para figurar como réu na ação 
rescisória, sendo descabida a exigência de citação de todos os empregados substituídos, 
porquanto inexistente litisconsórcio passivo necessário. 
Substituição processual e sucessão processual (ou substituição de parte) não se confundem. 
Na substituição processual, uma pessoa é autorizada a demandar, em nome próprio, direito 
alheio. Na sucessão processual, por outro lado, uma pessoa, no curso do processo, assume 
o lugar da parte original (nesse caso, ocorre a alteração na posição ativa ou na passiva da 
demanda em curso). Os casos mais comuns de sucessão processual são morte e sucessão de 
empresas. 
5.2. “JUS POSTULANDI” 
O jus postulandi representa a capacidade de se postular diretamente em juízo, sem a 
necessidade de advogado, conforme art. 791 da CLT.
Com a promulgação Constituição Federal, que em seu art. 133 determina que o advogado é 
indispensável à administração da justiça, corrente minoritária defendia que art. 791 da CLT não 
teria sido recepcionado pela nova ordem constitucional. Esse entendimento foi fortalecido com 
a edição da Lei n. 8.906/94 (EAOAB), que estipulava em seu art. 1, I, que é atividade privativa de 
advocacia “a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais”. 
O Supremo Tribunal Federal, entretanto, declarou a inconstitucionalidade da palavra 
“qualquer” (ADI n. 1.127), firmando o entendimento de que, em hipóteses específicas, é possível a 
postulação em juízo pelas partes, sem a presença de advogado. 
No processo do trabalho, segundo posicionamento sedimentado do Tribunal Superior do 
Trabalho, o jus postulandi está restrito às instâncias ordinárias, conforme Súmula n. 425, in verbis: 
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Súmula nº 425 do TST - JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. O jus 
postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e 
aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o 
mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho
 TEMA COBRADO NO IX EXAME DA OAB/FGV. 
Ressalta-se ainda que o jus postulandi não alcança eventual recurso encaminhado para o STJ ou STF. 
5.3. PROCURAÇÃO E MANDATO TÁCITO
De acordo com o art. 104 do CPC/2015, o advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, 
salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. 
Nessas hipóteses,o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração 
no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz. O ato não 
ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo 
o advogado pelas despesas e por perdas e danos.
Em razão do novo CPC, o Tribunal Superior do Trabalho alterou a Súmula n. 383, que passou 
a ter a seguinte redação: 
Súmula nº 383 do TST - RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. 
CPC DE 2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 
210/2016, DEJT divulgado em 30.06.2016 e 01 e 04.07.2016
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até 
o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 
do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a 
procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por 
igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato 
praticado e não se conhece do recurso.
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração 
ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para 
julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. 
Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência 
couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a 
providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015).
Em relação aos procuradores que representam a União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e as respectivas autarquias, não há necessidade de juntada de procuração, sendo 
necessário apenas que o advogado se declare exercente do cargo de procurador. Nesse sentido 
dispõe a Súmula n. 436 do TST: 
Súmula nº 436 do TST - REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PROCURADOR DA UNIÃO, 
ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL, SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES 
PÚBLICAS. JUNTADA DE INSTRUMENTO DE MANDATO 
I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, 
quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão 
dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato de nomeação. 
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II - Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-se 
exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição na 
Ordem dos Advogados do Brasil.
Embora boa parte da doutrina não diferencie mandato tácito de procuração apud acta, 
entendemos que o mandato tácito decorre de um conjunto de atos praticados pelo advogado 
em nome da parte ou da sua simples presença em audiência, apesar de não haver nos autos 
o instrumento de mandato. Já a procuração apud acta decorre da presença do advogado na 
audiência em nome da parte, desde que isso seja solenemente registrado na ata correspondente.
Desse modo, no processo do trabalho admite-se a procuração apud acta, ou seja, ainda que 
não haja procuração expressa, o advogado pode ser constituído mediante simples registro na 
ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado e com a anuência da parte 
representada, conforme art. 791, §3º da CLT: “a constituição de procurador com poderes para o 
foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento 
verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada”. TEMA COBRADO NOS 
EXAMES VI E XXV DA OAB/FGV. 
Embora o mandato tácito seja admito na justiça do trabalho, é inválido o substabelecimento de 
advogado investido de mandato tácito, conforme OJ n. 200 da SDI-1 do TST.
5.4. HONORÁRIOS DE ADVOGADO 
No processo do trabalho os honorários advocatícios, até a reforma trabalhista, não decorriam 
pura e simplesmente da sucumbência. 
Ocorre que a Lei n. 13.467/2017 (reforma trabalhista) acrescentou o art. 791-A à CLT, passando 
a admitir o pagamento de honorários de advogado em razão da sucumbência. 
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários 
de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% 
(quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito 
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
§ 1º Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações 
em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria.
§ 2º Ao fixar os honorários, o juízo observará:
I – o grau de zelo do profissional;
II- o lugar de prestação do serviço;
III- a natureza e a importância da causa;
IV- o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
§ 3º Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência 
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recíproca, vedada a compensação entre os honorários.
§ 4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, 
ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações 
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e 
somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado 
da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de 
insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, 
passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
§ 5º São devidos honorários de sucumbência na reconvenção.
O texto do caput disciplina que o advogado, ainda que atue em causa própria, terá direito a honorários 
de sucumbência, fixados entre 5% e 15%. TEMA COBRADO NO XXVII EXAME DA OAB/FGV. 
O § 1º, por sua vez, dispõe que os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda 
Pública e quando a parte estiver assistida ou substituída por sindicato.
Em relação aos sindicatos nas ações como substituto processual, é importante destacar que o 
art. 16 da Lei 5.584/1970 estabelecia que os honorários de advogado deveriam reverter em favor 
do sindicato assistente.
Ocorre que referido artigo foi revogado pela Lei nº 13.725/2018, o que deixou claro que os 
honorários advocatícios devem ser revertidos em favor dos advogados habilitados na ação e não 
em favor da entidade sindical. 
Ressalta-se ainda que a Lei nº 13.725/2018 acrescentou o §6º e o §7º ao art. 22 do EAOAB 
estabelecendo: I) a possibilidade de cumulação entre honorários assistenciais fixados com 
entidade de classe e honorários de sucumbência, o que muitas vezes era vedado pela Justiça do 
trabalho em relação às ações dos sindicatos e II) a possibilidade de a entidade de classe firmar 
contrato de honorários advocatícios diretamente com os beneficiários da ação coletiva.
No que diz respeito ao § 3º do art. 791-A da CLT, ficou estabelecido que serão devidos honorários 
de sucumbência recíprocos no caso de procedência parcial da ação, vedando-se a compensação 
dos valores de honorários entre às partes. 
Já o § 4º enuncia que o beneficiário da justiça gratuita arcará com as obrigações decorrentes 
de sua sucumbência. Caso tenha obtido créditos em juízo, ainda que em outro processo, o fará 
imediatamente. Entretanto, caso não tenha obtido tais créditos, as obrigações ficarão suspensas 
e poderão ser executadas se, nos dois anos posteriores ao trânsito em julgado, ficar demonstrado 
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos.
O § 5º, por fim, informa que são devidos honorários de sucumbência na reconvenção.
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