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Bronquite crônica canina 1 🐕 Bronquite crônica canina @Igvetstudy Definição Inflamação neutrofílica dos bronquíos (parede espessada, dificultando a passagem de ar) das vias aéreas. Tosse crônica por mais de dois meses consecutivos. Inflamação neutrófila crônica das vias aéreas, com mediadores inflamatórios causando lesão da mucosa brônquica e posterior inflamação, hiperplasia do tecido adjacente, gerando um ciclo de lesão-reparação. Essas alterações provocam acúmulo de muco que agrava a obstrução de passagem de ar, gerando tosse e intolerância ao exercício. Não há broncocontrição. Condição parcialmente irreversível e, muitas vezes, lentamente progressiva, em virtude de alterações patológicas concomitantes das vias aéreas. Etiologia Desconhecida. Acredita-se que a bronquite crônica canina é uma consequência de um longo processo inflamatório iniciado por infecção, alergia ou inalação de toxinas e substâncias irritantes. Fisiopatologia Irritação traqueobrônquica persistente → causa tosse crônica; leva a alterações no epitélio traqueobrônquico e na submucosa. Inflamação, edema e espessamento epiteliais das vias aéreas proeminentes. A produção excessiva de muco é uma característica típica. Em casos graves muito crônicos → provável aumento da resistência pulmonar; diminuição do fluxo de ar expiratório, especialmente em gatos. Sinais clínicos Bronquite crônica canina 2 Tosse- indicação de irritação, geralmente áspera e seca Intolerância a exercício Dificuldade respiratória Cianose No exame físico: Palpação da traqueia→ tipicamente resulta em tosse, em função do aumento da sensibilidade nessa estrutura Comprometimento das vias aéreas de pequeno calibre → admitido quando se detecta esforço abdominal expiratório (durante a respiração tranquila) ou sibilo término-expiratório Ruídos pulmonares Auscultação cardíaca → são comuns, em cães, sopros secundários à insuficiência valvar, mas nem sempre eles estão associados à insuficiência cardíaca congestiva Fatores de risco Exposição prolongada a irritantes inalados Obesidade Infecção bacteriana recorrente Odontopatia e laringopatia → resultam na exposição das vias aéreas inferiores a bactérias Diagnóstico diferencial Pneumonia alérgica ou eosinofílica Bronquiectasia Corpo estranho Neoplasia Dirofilariose Pneumonia bacteriana ou fúngica ICC Bronquite crônica canina 3 Fibrose pulmonar — em gatos e cães Diagnóstico Sinais clínicos de tosse seca ou produtiva e crônica > de 2 meses. Aumento do tônus vagal ou a hipertensão arterial pulmonar podem ocasionar a síncope associada a tosse. Ausculta torácica pode estar normal ou com crepitação difusa e arritmia sinusal pronunciada. Sibilios expiratórios são característicos RX normal não exclui diagnóstico. Na radiografia pode se observar alterações concomitantes como a doença valvar mitral, colapso de traqueia e pneumonia bacteriana. Citologia, cultura e antibiograma do lavado traqueal Tomografia Broncoscopia confirma diagnóstico Tratamento Anti-inflamatórios esteroidais: Após descartar infecções, prednisona VO, BID, por 5- 7dias, seguido de diminuição gradativa da dose até a menor dose eficaz. De forma alternativa usar fluticasona Broncodilatadores: Aminofilina mg/kg, VO, TID, ou teofilina VO,BID Antitussígenos: Podem ser deletérios, pois prejudicam a eliminação de secreções. Quando não há secreções, pode-se usar hidrocodona VO,TID, ou butorfanol VO, BID, ou dropropizina, VO,TID/QID Antibióticos: Doxiciclina VO,BID, ou enrofloxacina VO,BID, por 5-10 dias. Se houver pneumonia ou bronquiectasia, usar antibiótico por 3-6 semanas Umidificação Manejo de fatores precipitantes: Reduzir peso em animais obesos, evitar alérgenos e ou substâncias irritantes
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