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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
Janiane Mayra Valério 
 
 
 
 
 
 
SUSTENTABILIDADE E QUALIDADE 
A influência das certificações ISO no valor das organizações brasileiras do 
ranking Global 100 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro – RJ 
2020
 
ii 
 
Janiane Mayra Valério 
 
 
 
SUSTENTABILIDADE E QUALIDADE 
A influência das certificações ISO no valor das organizações brasileiras do 
ranking Global 100 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Universidade Veiga de 
Almeida como parte dos requisitos 
necessários para a obtenção do grau de 
Bacharel em Engenharia de Produção. 
 
Orientador: Justino Sanson Wanderley da 
Nóbrega, M.Sc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro – RJ 
2020 
 
iii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Este trabalho reflete a opinião do autor, e não necessariamente a da Universidade Veiga 
de Almeida. Autorizo a difusão deste trabalho” 
 
 
 
164 
Valério, Janiane Mayra 
Sustentabilidade e qualidade: a influência das certificações 
ISO no valor das organizações brasileiras do ranking global 10 
/ por Janiane Mayra Valério. – 2020. 
124 p.: il. color.; 30 cm. 
 
Orientação: Prof. M. Sc. Justino Sanson Wanderley da 
Nóbrega. 
1. Engenharia de Produção. 2. Sustentabilidade. 
3. Certificação. 4. Valor (Economia). 5. Controle de 
Qualidade Total. I. Nóbrega, Justino Sanson Wanderley da 
(Orientador). II. Universidade Veiga de Almeida. Graduação 
em Engenharia de Produção. III. Título 
 
 
iv 
 
Janiane Mayra Valério 
 
 
SUSTENTABILIDADE E QUALIDADE 
A influência das certificações ISO no valor das organizações brasileiras do 
ranking Global 100 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Universidade Veiga de 
Almeida como parte dos requisitos 
necessários para a obtenção do grau de 
Bacharel em Engenharia de Produção. 
 
Aprovado em 16 de Junho de 2020. 
 
 
____________________________________________ 
Justino Sanson Wanderley da Nóbrega, M.Sc. (Orientador) 
Universidade Veiga de Almeida 
 
 
____________________________________________ 
Antônio Carlos Sarquis, M.Sc. 
Universidade Veiga de Almeida 
 
 
____________________________________________ 
Lais Amaral Alves, M.Sc. 
Centro de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ 
 
 
 
 
 
v 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico com muito amor à minha avó 
Marcelina Adelino (in memorian), que 
sempre será um exemplo de mulher forte e 
guerreira. 
 
 
vi 
 
AGRADECIMENTOS 
 
É chegado ao fim um ciclo de muito aprendizado, choro, risadas, felicidade 
e superação. Sendo assim, agradeço aos que fizeram parte desta etapa de minha 
vida: 
Agradeço inicialmente a Deus por ter me ter me dado saúde e força para 
superar as dificuldades e principalmente por ter iluminado meus caminhos. 
Agradeço à minha mãe Jaciran Cezário e madrinha Verusca Reis pelo 
amor, apoio e incentivo incondicional. 
Em especial aos meus amigos Deyci Souza e Matheus Mota por nunca me 
deixarem desistir, por me apoiarem, pela leal parceria até aqui e que em breve serão 
meus amigos de profissão. Aos familiares e a todos os colegas que conquistei 
nesses cinco anos de curso. 
Ao meu orientador Justino da Nóbrega, pelo suporte, correções e incentivos 
no pouco tempo que lhe coube, e a todo o corpo docente da Universidade Veiga de 
Almeida por todo o ensinamento e boa vontade em contribuir para o meu 
crescimento oportunizando a janela que hoje vislumbro. 
Por fim, sou eternamente grata a todos que, direta ou indiretamente, foram 
parte da minha formação e participaram dessa realização, deixando aqui o meu 
muito obrigado. 
Agradeço ao universo por ter me concedido essa oportunidade. 
 
 
 
 
vii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Aprender é uma coisa de que a mente 
nunca se cansa, nunca tem medo e nunca 
se arrepende.” (Leonardo da Vinci) 
 
 
 
viii 
 
RESUMO 
 
O cenário atual apesenta uma crescente preocupação acerca da 
concorrência austera entre empresas do mesmo segmento econômico, do impacto 
causado pelas mudanças do meio empresarial, da preocupação em manter-se no 
mercado e principalmente da necessidade de melhor atender o cliente. É necessário 
compreender os conceitos de sustentabilidade e qualidade, discutir suas 
abordagens técnicas e apresentar modelos alternativos de gestão responsável 
explorando a relação do homem com o meio ambiente. Exposto isso, este estudo 
partiu da necessidade de compreensão e entendimento da importância da 
sustentabilidade, através da definição e uso de indicadores e, relacioná-la, 
respeitando seus diferentes aspectos, à gestão da qualidade organizacional com 
foco no crescimento sustentável, certificando se a sustentabilidade e a qualidade 
são ou não uma fonte capaz de gerar retorno financeiro e de imagem (utilizando 
como métrica seu valor de mercado), para as organizações. Tendo por base a 
evolução das certificações ISO 9001, ISO 14001, ISO 26000 e ISO 45001 procurou-
se analisar a importância que as empresas brasileiras atribuem à certificação de 
uma forma geral, se estas possuem relação entre si e agregam real valor às 
envolvidas. Os dados foram coletados nas Demonstrações Financeiras e Relatórios 
Administrativos Anuais das respectivas organizações brasileiras integrantes do 
ranking Global 100 da Corporate Knights. Com isso, concluiu-se que as certificações 
demonstraram influenciar a situação financeira das empresas, ainda que estas 
dependam de inúmeros fatores, sejam eles internos e ou externos. 
 
 
 
 
Palavras-Chave: Certificação, Sustentabilidade, Qualidade, Valor de Mercado. 
 
 
 
 
ix 
 
ABSTRACT 
 
The current scenario raises a growing concern about austere competition 
between companies in the same economic segment, the impact caused by changes 
in the business environment, the concern to remain in the market and especially the 
need to better serve the customer. It is necessary to understand the concepts of 
sustainability and quality, discuss their technical approaches and present alternative 
models of responsible management exploring the relationship between man and the 
environment. Having said that, this study started from the need to understand and 
understand the importance of sustainability, through the definition and use of the 
indicators and, relating it, respecting its different aspects, to the management of 
organizational quality with a focus on sustainable growth, making sure that 
sustainability and quality are or are not a source capable of generating financial and 
image return (using their market value as a metric) for organizations. Based on the 
evolution of ISO 9001, ISO 14001, ISO 26000 and ISO 45001 certifications, we 
sought to analyze the importance that Brazilian companies attach to certification in 
general, if they are related to each other and add real value to those involved. The 
data were collected in the Financial Statements and Annual Administrative Reports 
of the respective Brazilian organizations included in the Global 100 ranking of 
Corporate Knights. As a result, it was concluded that the certifications have been 
shown to influence the financial situation of the company, even though they depend 
on numerous factors, whether internal or external. 
 
 
Keywords: Certification, Sustainability, Quality, Market Value. 
 
 
 
 
 
x 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Dia da Sobrecarga 1970-2019_________________________ 25 
Figura 2 - Fluxograma do tratamento dos dados___________________ 33 
Figura 3 - Print da Página Periódicos Capes para pesquisa de 
publicações envolvendo os termos “sustainability” e “quality 
management” _____________________________________ 
 
 
34 
Figura 4 - Sustentabilidade e as suas dimensões __________________47 
Figura 5 - Relação do Ciclo PDCA com a estrutura da norma ISO 
14001:2015_______________________________________ 
 
51 
Figura 6 - Resumo dos conceitos, barreiras e motivadores relacionados 
à ISO 26000 ______________________________________ 
 
54 
Figura 7 - Logística Reversa __________________________________ 56 
Figura 8 - Ondas da Gestão da Qualidade 60 
Figura 9 - Modelo de Sistema de Gestão da Qualidade da ISO 9001:2015 63 
Figura 10 - Diagrama de causa e efeito___________________________ 65 
Figura 11 - Folha de verificação de um sistema de um item de controle de 
processo__________________________________________ 
 
65 
Figura 12 - Folha de verificação para a classificação de defeitos________ 66 
Figura 13 - Gráfico de Pareto___________________________________ 66 
Figura 14 - Histograma________________________________________ 67 
Figura 15 - Diagrama de dispersão: correlação positiva (a), negativa (b) e 
inexistente (c)______________________________________ 
 
68 
Figura 16 - Ilustração dos gráficos da média e amplitude _____________ 68 
Figura 17 - Print da Página SciELO para pesquisa de publicações 
envolvendo a expressão “indicadores de sustentabilidade” ___ 
 
72 
Figura 18 - Palavras-chave mais empregadas pelos autores ___________ 76 
Figura 19 - Premiações do BB 2018 _____________________________ 87 
Figura 20 - Benefícios para Gestão Ambiental Santander 2016 _________ 89 
Figura 21 - Prêmios e reconhecimentos Santander 2019 90 
Figura 22 - Certificações, prêmios e reconhecimentos CEMIG 2018 93 
Figura 23 - Print do Website da ENGIE – Seção Sustentabilidade 95 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xi 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 - Publicações envolvendo sustentabilidade e gestão da 
qualidade_______________________________________ 
 
35 
Gráfico 2 - Quantidade de artigos publicados por ano na base SciELO_ 75 
Gráfico 3 - Percentual de artigos publicados por classificação Qualis-
CAPES dos periódicos_____________________________ 
 
81 
Gráfico 4 - Quantidade de artigos publicados por área_____________ 82 
Gráfico 5 - PL, LL e Rentabilidade do PL - Banco do Brasil__________ 105 
Gráfico 6 - Lucro Líquido por Ação – Banco do Brasil______________ 105 
Gráfico 7 - PL, LL e Rentabilidade do PL – CEMIG________________ 106 
Gráfico 8 - Lucro Líquido por Ação – CEMIG_____________________ 107 
Gráfico 9 - Valor de Mercado – CEMIG_________________________ 107 
Gráfico 10 - PL, LL e Rentabilidade do PL-Natura Cosméticos________ 108 
Gráfico 11 - Lucro Líquido por Ação – Natura Cosméticos____________ 109 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xii 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Classificação das ferramentas_______________________ 69 
Tabela 2 - Principais finalidades das ferramentas da qualidade______ 70 
Tabela 3 - Significado das palavras do 5S ______________________ 71 
Tabela 4 - Leis que regem estudos bibliométricos_________________ 74 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xiii 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 - Abordagens da qualidade ___________________________ 61 
Quadro 2 - Classificação A Qualis-CAPES dos artigos conforme 
publicação_______________________________________ 
 
78 
Quadro 3 - Classificação B Qualis-CAPES dos artigos conforme 
publicação_______________________________________ 
 
79 
Quadro 4 - Classificação dos periódicos, conforme publicação, segundo 
Qualis-CAPES____________________________________ 
 
83 
Quadro 5 - Premiações, reconhecimentos e certificações BB 2019_____ 88 
Quadro 6 - Resumo das certificações a serem consideradas__________ 98 
Quadro 7 - Ano de certificação baseado em informações divulgadas 
pelas empresas___________________________________ 
 
102 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xiv 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ASQC – American Society of Quality Control – Sociedade Americana de Controle 
de Qualidade 
ASQ – American Society of Quality – Sociedade Americana de Qualidade 
BIREME – Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências de 
Saúde 
BS – Barometer of Sustainability – Barômetro da Sustentabilidade 
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
CEP – Controle Estatístico do Processo 
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 
CNUDS – Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável 
CNUMAD – Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento 
COP-13 – Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas 
COP-15 – Conferência Climática de Copenhagen 
Cp – Controle do Processo 
Cpk – Índice de Capacidade do Processo 
CQ – Controle de Qualidade 
CSCMP – Council of Suplly Chain Management Proffesionals – Conselho de 
Profissionais de Gestão da Cadeia de Suprimentos 
DS – Desenvolvimento Sustentável 
DS – Dashboard of Sustainability – Painel da Sustentabilidade 
DSR – Driving Force, State, Response – Força Dirigida, Estado, Resposta 
EFM – Ecological Footprint Method - Método da Pegada Ecológica 
EUA – Estados Unidos da América 
FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo 
GEE – Gases de Efeito Estufa 
GFN – Global Footprint Network 
GRI – Global Reporting Initiative 
HDI – Human Development Index - Índice de Desenvolvimento Humano 
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano 
 
xv 
 
INMETRO – Instituto Navional de Meteorologia, Normalização e Qualidade 
Industrial 
ISO – International Organization Standardization – Organização Internacional de 
Padronozação 
JUSE – Japan Union of Scientists and Engineers União dos Cientistas e 
Engenheiros Japoneses 
KPI – Key Performance Indicator - Indicadores Chave de Desempenho 
LL – Lucro Líquido 
ODM – Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 
ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
OHSAS – Ocupational Health and Safety Assement Series – Série De Avaliação de 
Segurança e Saúde Ocupacional 
PDCA – Plan, Do, Check, Action – Planejar, Executar, Verificar, Agir 
PL – Patrimônio Líquido 
PNQ – Prêmio Nacional de Qualidade 
PNUMA – Programa Nacional das Nações Unidas para o Meio Ambiente 
PPL – Pessoas, Planeta, Lucro 
PSR – Pressure, State, Response – Pressão, Estado, Resposta 
P+L – Produção Mais Limpa 
RSC – Responsabilidade Social Corporativa 
RS – Responsabilidade Social 
SGA – Sistema de Gestão Ambiental 
SGQ – Sistema de Gestão da Qualidade 
SciELO – Scientific Eletronic Library Online 
SIG – Sistemas Integrados de Gestão 
SMS – Saúde, Meio Ambiente e Segurança 
TBL – Triple Bottom Line – Tripé da Sustentabilidade 
TQC – Total Quality Control – Controle da Qualidade Total 
TQM – Total Quality Management – Gestão Da Qualidade Total 
UNEP – United Nations Enviroment Programe 
WCED – Word Commission on Environment an Development 
3P – People, Planet, Profit – Pessoas, Planeta, Lucro 
 
 
xvi 
 
SUMÁRIO 
 
 
 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 18 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................... 18 
1.2 PROBLEMA ..................................................................................................... 22 
1.3 OBJETIVOS .................................................................................................... 26 
1.3.1 Objetivo Geral ........................................................................... 26 
1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................ 26 
1.3.3 Delimitação do Estudo .............................................................. 27 
1.4 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 28 
1.5 METODOLOGIA ..............................................................................................30 
1.5.1 Quanto aos fins ......................................................................... 30 
1.5.2 Quanto aos meios ..................................................................... 31 
1.5.3 Universo e Amostra ................................................................... 32 
1.5.4 Coleta de dados ........................................................................ 32 
1.5.5 Tratamento dos dados .............................................................. 33 
1.5.6 Limitações do método ............................................................... 33 
1.6 BIBLIOMETRIA ............................................................................................... 34 
1.8 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................ 36 
 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 37 
2.1 SUSTENTABILIDADE ..................................................................................... 37 
2.1.1 Desenvolvimento Sustentável ................................................... 40 
2.1.2 Indicadores de desenvolvimento sustentável ............................ 42 
2.1.3 Sustentabilidade sob a ótica do Triple Bottom Line .................. 46 
2.1.4 Âmbito Normativo ...................................................................... 49 
2.1.4.1 Norma de Gestão Ambiental ISO 14001 ............................. 50 
2.1.4.2 Produção Mais Limpa (Cleaner Production) ....................... 52 
2.1.4.3 Norma de Responsabilidade Social ISO 26000 .................. 53 
2.1.5 Logística Reversa ..................................................................... 55 
2.1.6 OSHAS 18001 e a nova ISO 45001 .......................................... 57 
2.2 QUALIDADE .................................................................................................... 57 
2.2.1 Abordagens da qualidade ......................................................... 61 
 
xvii 
 
2.2.2 ISO 9001:2015 .......................................................................... 62 
2.2.2.1 Requisitos do sistema da qualidade ISO 9000:2015 .......... 62 
2.2.4 Ferramentas da qualidade ........................................................ 64 
 DESENVOLVIMENTO .................................................................................. 72 
3.1 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE ...................................................... 72 
3.2 EMPRESAS BRASILEIRAS E O RANKING GLOBAL 100 DA CORPORATE 
KNIGHTS .............................................................................................................. 82 
3.2.1 Banco do Brasil S.A .................................................................. 84 
3.2.2 Banco Santander Brasil S.A ...................................................... 88 
3.2.3 CEMIG - Concessionária Estatal de Energia Elétrica de Minas 
Gerais.....................................................................................................................91 
3.2.3 ENGIE Brasil Energia S.A ......................................................... 93 
3.2.4 Natura Cosméticos S.A ............................................................. 95 
3.3 CERTIFICAÇÕES ........................................................................................... 97 
3.4 VARIAÇÕES FINANCEIRAS ......................................................................... 103 
 CONCLUSÃO ............................................................................................. 111 
4.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 111 
4.2 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .................................. 112 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 114 
 
 
 
18 
 
 
 INTRODUÇÃO 
 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO 
 
Uma das principais fontes de recursos dos processos produtivos das 
organizações é o meio ambiente, portanto o tema sustentabilidade vem sendo cada 
vez mais abordado na esfera empresarial, uma vez que existem crescentes dúvidas 
em relação ao futuro no que tange ao meio ambiente e a humanidade (PEREIRA, 
2019). 
Scandelari et.al (2016) evidenciam que existe um impasse provocado pelo 
conflito entre desenvolvimento econômico e a proteção ao meio ambiente, sendo o 
grande desafio torná-lo sustentável. 
Grande parte das organizações estão convencidas de que a busca pela 
sustentabilidade é a chave para o progresso e em resposta à pressão sofrida pelo 
mercado, estas organizações empresariais começaram a desenvolver estratégias 
sustentáveis baseadas no Triple Bottom Line (TBL), buscando alcançar sucesso: 
ambiental, social e econômico (ROCHA; SEARCY; KARAPETROVIC, 2007; 
STREIMIKIENE; SIKSNELYTE, 2016). A teoria do TBL, no português Tripé da 
Sustentabilidade, foi desenvolvida na década de 90, conhecida pela sigla 3P: 
People (pessoas), Planet (planeta) e Profit (lucro) e surgiu de um estudo realizado 
por Elkington em 1994 (OLIVEIRA et.al, 2010). 
A qualidade possui o viés de item inseparável da sustentabilidade, já que 
esta vem a ser um fator determinante na tomada de decisão por um produto ou 
serviço. Preserva-se o foco no cliente, visto que está fortemente relacionada com a 
satisfação de suas necessidades e expectativas, porém considera os impactos 
desta relação com o meio ambiente (BORN, 2011). 
Lima et.al (2018) levantam, em seu estudo, que os consumidores estão 
alterando seus hábitos e seu comportamento, buscando cada vez mais, investir e 
adquirir produtos ou serviços que interfiram menos no aquecimento global, 
prejudiquem menos as terras agriculturáveis, causem menos desmatamento, 
menos poluição de corpos de d’água e utilizem menos recursos não renováveis, 
enfim, produtos que apresentem noções de sustentabilidade na produção e na 
logística, inclusive a reversa. 
19 
 
 
Uma abordagem sustentável do sistema de gestão da qualidade a partir da 
adoção de procedimentos sustentáveis permite que as organizações construam um 
grande diferencial em seu sistema permitindo que se tornem mais competitivas, 
reduzindo custos, fortalecendo a imagem dos negócios e dela mesma, melhorando 
a relação com os clientes além de deixar legados positivos para o planeta 
(HEPPER, 2015). 
A utilização de indicadores com foco e enfoque em sustentabilidade parece 
ser indispensável para que haja um maior controle sobre os processos de execução 
e para um sistema de gestão que atenda a requisitos especificados nas 
organizações, permitindo a otimização das atividades. 
A sustentabilidade tornou-se ponto de destaque para a qualidade dos 
processos e dos produtos das organizações, demandando que sejam 
desenvolvidas técnicas de mensuração, acompanhamento e controle focados na 
obtenção de resultados favoráveis à competitividade empresarial. 
Nidumolu, Prahalad e Rangaswani (2009), expõem estudo efetuado com 
trinta empresas norte americanas, destaques em seus ramos de atuação, definidas 
como grandes corporações, explicitando que a sustentabilidade é uma rica fonte de 
inovações tecnológicas e organizacionais capaz de gerar retorno considerável, 
financeiro e de imagem. De acordo com estes autores, uma empresa 
ambientalmente correta tende a ter custos menores, pois utiliza melhor e mais 
racional e eficientemente os insumos, além de gerar receita adicional por produtos 
melhores e novos negócios criados pela organização. 
Bellen (2006) apud Nidumolu, Prahalad e Rangswani (2009), ao observar 
os indicadores de desenvolvimento sustentável, afirma que “a emergência da 
temática ambiental está fortemente relacionada à falta de percepção da ligação 
existente entre ação humana e suas principais consequências [...]” o que força as 
empresas a mudar sua maneira de pensar sobre as tecnologias, os produtos, 
processos e modelos de negócios visando a busca pela sustentabilidade. 
De acordo com Kemerich,Ritter e Borba (2014), os indicadores de 
sustentabilidade precisam ser construídos a partir da realidade e dos problemas 
existentes em cada cenário organizacional, possibilitando uma visão de conjunto 
que viabilize compreender não só seus aspectos críticos assim como seu verdadeiro 
potencial com enfoque integrador para a consolidação de uma sociedade 
sustentável. 
20 
 
 
As primeiras abordagens sobre qualidade e meio ambiente tiveram maior 
força e apelo após a Segunda Guerra Mundial. Os indicadores ambientais 
começaram a ser desenvolvidos nos anos 80 por países europeus principalmente, 
entretanto, o marco foi a assinatura da Agenda 21, na qual representantes de 179 
países afirmaram a necessidade de desenvolverem indicadores de 
desenvolvimento sustentável (DS), na Segunda Conferência da ONU Sobre Meio 
Ambiente e Desenvolvimento que foi realizada no Rio de Janeiro em 1992, a ECO-
92 (BELLEN, 2003). 
O Relatório Brundtland, que recebeu o título de “Nosso Futuro Comum”, foi 
formulado pela Comissão Mundial para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento das 
Organizações das Nações Unidas, definindo desenvolvimento sustentável como o 
atendimento das necessidades da geração atual sem o comprometimento da 
capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades 
(WCDE,1988). Tal definição é a que mais se difundiu pelo mundo abordando 
explicitamente dois conceitos chave de acordo com Bellen (2006). Para este autor, 
tem-se o conceito de necessidade, referindo-se às necessidades dos países mais 
subdesenvolvidos, e, a ideia de limitação imposta pelo estado da tecnologia e de 
organização social, para atender às necessidades do presente e do futuro. 
Desta forma, agregar conceitos de sustentabilidade aos de qualidade vem 
a ser um passo natural na gestão empresarial. 
A norma NBR ISO 9001:2015 define qualidade como “o grau que um 
conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos”, que nada mais é que 
satisfazer as expectativas e necessidades do cliente ou consumidor, que cada vez 
mais está preocupado com questões ambientais e geração de poluição e resíduos. 
A qualidade, enquanto referencial de mercado, permite que as empresas vejam 
seus níveis de eficiência aumentados assegurando sua sobrevivência mesmo 
quando inseridas em ambiente instável e mutante. Estas empresas, de acordo com 
Rodrigues e Costa (2013), têm na qualidade o elemento fundamental para a 
competitividade e a sustentabilidade e não somente um diferencial competitivo. A 
sustentabilidade e a qualidade são dois grandes pilares que regem a boa gestão 
empresarial. 
O presente estudo aborda a importância da sustentabilidade, pautada em 
indicadores de sustentabilidade, na gestão da qualidade nas organizações. A 
responsabilidade socioambiental pode ser traduzida por seus indicadores e seu uso 
21 
 
 
e implantação podem permitir uma melhor otimização e utilização dos recursos com 
foco total na qualidade. Relacionar estas duas vertentes importantes, 
Sustentabilidade e Qualidade, auxiliará na análise e compreensão da permanência 
das organizações, consideradas exemplos a serem seguidos, no mercado atual. 
Os benefícios e os resultados positivos, analisados sob o prisma de 
indicadores dos processos de gestão da qualidade nos processos, garantem maior 
eficácia e eficiência em longo prazo refletindo em melhoria dos resultados 
operacionais, graças a uma política de qualidade bem estruturada baseada em 
indicadores efetivos. Em uma empresa sustentável, todos saem ganhando, seguem 
os destaques para: os colaboradores, o proprietário, a comunidade, o planeta e as 
futuras gerações (RODRIGUES e COSTA, 2013). 
É necessário compreender os conceitos de sustentabilidade e qualidade, 
discutir suas abordagens técnicas e apresentar modelos alternativos de gestão 
responsável explorando a relação do homem com o meio ambiente. 
Discutir a sustentabilidade justifica-se pela necessidade de rever os 
impactos das atividades produtivas no modelo capitalista tradicional de exploração 
dos recursos naturais. Empresas e grupos sociais podem alcançar benefícios a 
partir da mudança de postura das organizações, com base na implantação de 
modelos de gestão sustentável e de responsabilidade socioambiental, conforme 
Quadros e Tavares (2014, p. 46) que mencionam: 
 
Diversos estudos apontam a sustentabilidade como peça 
fundamental da inovação. Reduzir a quantidade de matérias-primas 
usadas na produção ou repensar processos para eliminar o impacto 
ambiental de certas substâncias traduzindo-se, cada vez mais, em 
melhoria nos indicadores financeiros da empresa. Em um futuro 
próximo, as empresas que não adotarem práticas sustentáveis não 
conseguirão mais competir no mercado. 
 
Exposto isso, este estudo partiu da necessidade de compreensão e 
entendimento da importância da sustentabilidade, através da definição dos 
indicadores de sustentabilidade e, relacioná-la, respeitando seus diferentes 
aspectos, à gestão da qualidade organizacional com foco no crescimento 
sustentável, certificando se a sustentabilidade e a qualidade são ou não uma fonte 
capaz de gerar retorno financeiro e de imagem (corroborando utilizando como 
métrica seu valor de mercado), para as organizações. Tal ação visa que os 
22 
 
 
gestores, empresários e empreendedores não só compreendam a necessidade de 
assumir uma postura responsável nas suas relações com a sociedade, como 
inclusive possam avaliar os processos de mudança necessários à manutenção 
competitiva das suas organizações diante de um novo cenário de consciência 
econômica, social e ambiental. Em suma, evidenciar a existência da relação entre 
a Sustentabilidade e a Qualidade no que se refere a impactar em ampliação no valor 
das organizações diante do mercado. 
 
 
1.2 PROBLEMA 
 
No Brasil e no mundo, empresas do mesmo ramo ou segmento econômico 
preocupam-se com questões relacionadas à melhoria de seus processos para o 
aumento da produtividade e a melhor conceituação de suas atividades frente ao 
mercado, com vistas à competitividade. Os indicadores de sustentabilidade são um 
ponto crucial que levam estas empresas a abrir vantagem competitiva frente às 
demais na corrida empresarial e tal ação é vista, pelos consumidores, como 
diferencial da qualidade do produto ou serviço oferecido (CARVALHO; GUEDES, 
2018; WWF, 2018). 
De acordo com estudo realizado pelo SEBRAE (2016), 18,3% dos 
empresários acreditam que a falta de informações sobre sustentabilidade é a 
principal barreira para adotar ações sustentáveis na empresa. Em seguida, estão a 
dificuldade em encontrar parceiros para cooperação (16,6%) e o preço a pagar para 
adotar ações (11,2%). 
As organizações têm questionamentos e preocupações sobre a real 
necessidade de programar e implementar práticas sustentáveis, e assim, parte 
destas cogitam que não é tão imprescindível e até argumentam que essas ações 
demandam muitos esforços e recursos humanos e financeiros (SEBRAE, 2016; 
SPALENZA; AMARAL, 2018). Isso gera perda do market share, diminuição da 
lucratividade e até possível extinção da organização (SPALENZA; AMARAL, 2018). 
A oportunidade atrelada ao atual cenário é compreender que a mudança de 
mentalidade na forma de executar os processos operacionais, requer um grande 
esforço por parte dos colaboradores e dos gestores destas organizações. Ações em 
23 
 
 
sinergia visando à melhoria contínua organizacional nas três esferas de atuação: 
estratégica, tática e operacional, trarão consequências satisfatórias. 
Programar e implementar práticas sustentáveis tende a trazer resultados a 
médio e longo prazo, esta implementação requer tempo e por esse motivo, é preciso 
entender a importância dos indicadores de sustentabilidade e confiar que tal 
implementação gerará frutos e benefícios que só serão colhidos no futuro caso as 
ações sejam implementadas de modo imediato. 
Otimizar os recursos, ou seja,produzir gastando menos, diminuir o 
desperdício, conscientizar os colaboradores e a alta gestão possibilita que as 
empresas entrem em sintonia com a sociedade, que cada vez mais exige a 
participação ativa das instituições, optando por empresas com as quais está 
disposta a fechar negócio com base em valores como a responsabilidade ambiental, 
que considera cruciais. 
Não é tão simples concluir o processo de implementação de práticas 
sustentáveis e pode sim ser difícil projetar possíveis resultados, todavia para isso é 
primordial entender a importância e como incitar ideias que proponham soluções 
relacionadas à sustentabilidade e como aplicá-las com foco na obtenção de 
vantagem competitiva através da qualidade. 
A sustentabilidade empresarial se equilibra em três pilares: o social, o 
econômico e o ambiental. Sendo assim as organizações devem buscar o bem-estar 
social, a viabilidade financeira e trabalhar para a conservação do planeta. 
Infelizmente, muitas empresas estão preocupadas apenas em obter lucro. 
Verifica-se o descaso com o meio ambiente e a sociedade através de 
notícias que são recebidas diariamente em todos os lugares do mundo por 
diferentes meios de comunicação, independente do segmento da organização, do 
fato de o país ser desenvolvido ou subdesenvolvido, do nível educacional e renda 
familiar dos atores envolvidos. É triste a realidade em que toda a sociedade vive e 
toda e quaisquer atitudes e ações tomadas com o objetivo de modificar esse quadro, 
tende a trazer benefícios ao meio ambiente que está suplicando por socorro. 
Dentro deste processo estão os colaboradores, fornecedores, acionistas e 
o proprietário, porém, fora estão a comunidade, agências reguladoras 
governamentais, instituições públicas de fomento/desenvolvimento, instituições 
privadas e/ou mistas de crédito/financiamento, associações, federações e 
confederações empresariais ligadas à indústria, sindicatos e federações, ou 
24 
 
 
confederações de trabalhadores, associação de consumidores, agências e 
organismos públicos de defesa dos direitos do consumidor, associações 
comunitárias, associações de moradores, sem esquecer o planeta e as futuras 
gerações. 
Os riscos atuais caracterizam-se por ter consequências, em geral de alta 
gravidade, desconhecidas em longo prazo e que não podem ser avaliadas com 
precisão dependendo do nicho de atividade da organização. 
O WWF- Brasil, uma organização que trabalha em defesa da vida com o 
propósito de mudar a atual trajetória de degradação socioambiental, relatou que o 
crescimento do padrão mundial de consumo e da população irá dobrar a demanda 
mundial por recursos naturais e alimentos. 
Em 1961, quando foi fundado, a sigla WWF significava “World Wildlife Fund” 
e foi traduzido como “Fundo Mundial da Natureza” em português. No entanto, com 
o crescimento da organização ao redor do planeta nas décadas seguintes, a 
atuação da instituição mudou de foco e as letras passaram a simbolizar o trabalho 
de conservação da organização de maneira mais ampla. Com isso, a sigla ganhou 
sua segunda tradução: "World Wide Fund For Nature" ou “Fundo Mundial para a 
Natureza” (WWF-Brasil, 2018). 
É preciso muita atenção e ação, pois no ano de 2019, a entidade 
internacional Global Footprint Network (GFN), organização pioneira no cálculo da 
Pegada Ecológica, realizado desde 1986, divulgou o chamado Dia da Sobrecarga 
que marca a data a partir da qual o consumo de recursos naturais ultrapassa a 
capacidade de regeneração dos ecossistemas para o ano. 
Neste cálculo, a instituição revelou que o planeta entrou em déficit, ou seja, 
no vermelho. A população mundial já consumiu todos os recursos naturais (água, 
terra, ar limpo) que o planeta oferece, além da capacidade de regeneração dos 
ecossistemas. Esse dia chegou dois meses antes quando comparado a 20 anos 
atrás, e de acordo com a instituição, se adianta a cada ano no calendário, o que é 
alarmante. 
Atualmente, é exercida uma procura 1.75 vezes superior à capacidade de 
regeneração dos ecossistemas, ou seja, atualmente a humanidade usa os recursos 
equivalentes de 1.75 planetas Terra como apresentado na Figura 1. 
 
 
25 
 
 
Figura 1 – Dia da Sobrecarga 1970-2019. 
 
Fonte: Global Footprint Network (2019). 
 
A proposta é entender a importância da sustentabilidade, através de seus 
indicadores, e relacioná-la à gestão da qualidade organizacional com foco no 
crescimento sustentável diante de um novo cenário de consciência econômica, 
social e ambiental. 
Portanto, emerge a seguinte questão de pesquisa motivadora deste estudo: 
Existe ampliação do valor de mercado das empresas brasileiras catalogadas no 
ranking Global 100, ano referência 2020, da revista Corporate Knights que possuem 
certificações socioambientais (ISO 14001, ISO 26000 e ISO 45001) e/ou 
certificações de qualidade (ISO 9001)? 
O aumento do número de empresas certificadas no Brasil e no Mundo tem 
demonstrado que as certificações são cada vez mais encaradas como objetivos 
estratégicos. Ao aderir as certificações socioambientais e de qualidade pode-se, ou 
não, afirmar que estas geram maior competitividade, aumento da quota de mercado 
ou simplesmente a melhoria da imagem organizacional. Tendo por base a evolução 
das certificações ISO 9001, ISO 14001, ISO 26000 e ISO 45001 procurou-se 
analisar a importância que as empresas brasileiras atribuem à certificação de uma 
forma geral, se estas possuem relação entre si e agregam real valor às envolvidas. 
26 
 
 
A fim de ajustar os rumos que as empresas vêm tomando em relação à sua 
interação com o meio ambiente natural, busca-se de fato, evidenciar que aplicar 
sistemas de indicadores ou ferramentas de sustentabilidade, na busca pela 
melhoria contínua nos serviços e produtos para melhor enfrentar a competitividade 
do mercado, está diretamente relacionada com a gestão da qualidade empresarial 
e a consequente valorização do valor de tais empresas no mercado, culminando em 
retorno financeiro e de imagem. 
O desenvolvimento sustentável pode ser definido e operacionalizado para 
que seja utilizado como ferramenta da qualidade. Evidenciar se as empresas que 
possuem certificações de sustentabilidade possuem em conseguintes certificações 
de qualidade e se tal critério atua na ampliação de seus valores de mercado. 
 
 
1.3 OBJETIVOS 
 
Este trabalho tem como objetivo verificar se existe ampliação do valor de 
mercado das empresas brasileiras catalogadas no ranking Global 100 2020, da 
revista Corporate Knights, que possuem certificações socioambientais e/ou 
certificações de qualidade. 
 
 
1.3.1 Objetivo Geral 
 
Tomando como base o cenário até aqui apresentado, o cerne deste estudo 
é identificar o conceito e a importância da sustentabilidade, através do uso de 
indicadores e relacioná-la à gestão da qualidade organizacional, verificando a 
existência de evidências de relação e associação entre a Sustentabilidade, a 
Qualidade e o Valor de mercado. 
 
 
1.3.2 Objetivos Específicos 
 
Dentre os objetivos específicos destacam-se: 
⎯ Verificar a importância dos indicadores de sustentabilidade; 
27 
 
 
⎯ Demonstrar a existência da relação entre a sustentabilidade e o 
desempenho de sistemas de gestão da qualidade das empresas 
brasileiras catalogadas no ranking Global 100 2020 da revista 
Corporate Knights, que lista as 100 empresas mais sustentáveis do 
mundo; 
⎯ Analisar as vantagens e desvantagens desta relação, se esta existir; 
⎯ Identificar, através da verificação da existência de certificações 
socioambientais e certificações de qualidade, se tais dimensões são 
convergentes para a ampliação do valor de tais organizações no 
mercado. 
 
 
 1.3.3 Delimitação do Estudo 
 
O estudo, ora em projeto, delimita-se a promover uma análise sobre a 
importância da sustentabilidade, através de seus indicadores, na gestão da 
qualidade nas organizações brasileiras, demodo a evidenciar a relação entre as 
duas variáveis/dimensões, qualidade e sustentabilidade. Essa amostra contempla 
as empresas brasileiras catalogadas no ranking Global 2020, das 100 empresas 
mais sustentáveis do mundo, da revista canadense Corporate Knights, e verifica-se 
a existência de certificações socioambientais e/ou de qualidade e se tais são 
convergentes para a ampliação do valor de mercado destas organizações. Tal 
objetivo será alcançado através da discussão de abordagens, respeitando os 
diferentes aspectos. 
O índice Global 100 é gerenciado pela empresa canadense Corporate 
Knights, ligada ao mercado editorial, e utiliza uma variedade de diferentes fontes de 
informação para formar o indicador Global 100. O universo de partida para o projeto 
é determinado usando os dados encontrados em declarações de empresas 
financeiras, relatórios de sustentabilidade, Bloomberg (empresa de tecnologia e 
dados para o mercado financeiro e agência de notícias operacionais em todo o 
mundo com sede em Nova York) e outras fontes de terceiros. Como uma primeira 
amostra, eliminam-se todas as empresas que não divulgam pelo menos 75% dos 
“indicadores prioritários” em seu respectivo grupo da indústria para o ano de 
desempenho. 
28 
 
 
O modelo de pesquisa é composto por 21 Key Performance Indicator (KPI), 
no português indicadores-chave de desempenho. As empresas só são pontuadas 
nos KPI prioritários para seus respectivos grupos industriais. Para a elaboração do 
ranking os especialistas consideram 21 KPI como: gestão financeira, de pessoal e 
de recursos; receita obtida de serviços/produtos com benefícios ambientais e/ou 
sociais; desempenho da cadeia de fornecedores, dentre outros (CORPORATE 
KNIGHTS, 2020). 
 
 
1.4 JUSTIFICATIVA 
 
Explorar a relação do homem com o meio ambiente a partir da tomada de 
consciência a respeito da crise ambiental é de suma importância. O conceito de 
sustentabilidade cada vez mais vem sendo abordado com enfoques mercadológicos 
e econômico-sociais, uma preocupação essencial considerada pelas empresas 
para corresponder às expectativas da sociedade de um modo geral. 
Atuando com base em preceitos de sustentabilidade, as empresas podem 
contribuir para a exploração mais consciente dos recursos naturais, evitando a 
escassez dos mesmos e contribuindo inclusive para a redução dos impactos 
ambientais da atividade produtiva. Assim, a própria sobrevivência das populações 
do globo pode ser menos ameaçada. 
A produtividade e a qualidade de uma empresa são medidas através de 
indicadores com o foco em utilizar os recursos disponíveis de maneira adequada e 
verificar a capacidade da empresa em atender às expectativas dos clientes, 
respectivamente (SEBRAE, 2015). Os indicadores de produtividade estão 
relacionados à eficiência, pois tratam da utilização e dos processos dos recursos 
para a geração de produtos e serviços, enquanto que os indicadores da qualidade 
estão vinculados diretamente ao conceito de eficácia, que nada mais é que a 
maneira como o produto é percebido pelo cliente conforme os seus requisitos. 
A utilização de indicadores de sustentabilidade e a consequente mudança 
de postura nas empresas que aderem viés sustentável vêm ganhando espaço nos 
planos de gestão da qualidade das organizações e pode diagnosticar, dentro de um 
processo, as interferências ambientais, a fim de valorizar o ciclo produtivo e diminuir 
impactos nos processos produtivos através da busca por alternativas que levem em 
29 
 
 
conta o equilíbrio de novas filosofias e propostas de abordagem referentes ao tema. 
(CASTRO et.al, 2016) 
No âmbito profissional, existe a necessidade de que a capacidade produtiva 
se torne mais eficiente no uso dos recursos naturais, com isso através de um 
monitoramento rigoroso, um controle adequado e uma análise correta dos itens 
utilizados como indicadores nos processos, este trabalho pode beneficiar as 
empresas representando como melhorias o aumento de produtividade, melhor 
organização, a diminuição de custos e desperdícios e a possível ampliação de seu 
valor no mercado. 
É necessário, por conseguinte integrar as dimensões da sustentabilidade 
na empresa e ao longo da cadeia produtiva para que o negócio se mantenha e se 
perpetue, resultando em mais qualidade oferecida ao mercado e mais 
competitividade dentro do segmento empresarial. A sustentabilidade é essencial 
para a permanência da vida, de negócios e de ganhos no mercado, e para atuar de 
maneira competitiva em mercados com concorrência cada vez mais acirrada, as 
empresas precisam coordenar os esforços com bases em preceitos de 
sustentabilidade. 
Em relação aos ganhos à sociedade, que são expressivos, destacam-se o 
fato de os colaboradores encontrarem um bom ambiente de trabalho, a comunidade 
que se desenvolve no entorno da organização sustentável, o planeta que é 
preservado e os recursos naturais são que disponibilizados com qualidade e as 
futuras gerações que encontram um ambiente equilibrado. 
Evidenciar para a sociedade a importância de adquirir produtos e serviços 
de empresas que possuem o viés de responsabilidade socioambiental mostrando 
que tal viés está diretamente associado à qualidade dos produtos e serviços por 
esta oferecidos. 
A comunidade científica leva como legado o conhecimento agregado, que 
esse trabalho possa servir de base para futuros estudos relacionados métodos 
voltados à aplicação da sustentabilidade como medida estratégica na 
implementação de sistemas de gestão da qualidade com foco em ampliação do 
valor de mercado das organizações. Tal assunto pode ser útil para integrantes de 
todos os níveis do meio acadêmico que buscam verificar e discutir acerca da relação 
entre sustentabilidade e qualidade, da importância dos indicadores de 
30 
 
 
sustentabilidade e da possível ampliação do valor de mercado ao se assumir tais 
práticas. 
Como justificativa pessoal, o objeto do estudo será de suma importância 
para integrar valores e possibilitar trazer o futuro para o presente, levando ao 
conhecimento de que é possível realizar nossos sonhos hoje sem comprometer os 
sonhos daqueles que ainda nem nasceram. Muitos não querem tratar do assunto, 
têm dificuldade de pensar no futuro, mas para a autora é uma grande questão que 
precisa ser resolvida. É preciso reinventar, criar uma nova consciência, pois o 
investimento é medido em longo prazo e para isso é preciso ter um começo. 
 
 
1.5 METODOLOGIA 
 
A metodologia fundamenta-se no estudo dos métodos e suas limitações. 
Avaliam-se as técnicas de pesquisa que possam conduzir a elaboração de novos 
métodos, de como processar e fornecer informações em meio investigativo 
(BARROS; LEFHELD, 2007). 
Tem como principal objetivo esclarecer tudo o que foi feito durante a 
elaboração do estudo, bem como os instrumentos utilizados, seus métodos, os 
atores envolvidos, dentre outros (MASCARENHAS, 2012). 
Para classificação da pesquisa, toma-se como base a taxionomia de 
Vergara (2016), que a qualifica em relação a dois aspectos: quanto aos fins e quanto 
aos meios. 
 
 
1.5.1 Quanto aos fins 
 
De acordo com Perovano (2016), o objetivo da definição do tipo de estudo 
é poder estabelecer as estratégias que serão utilizadas e que poderão ser 
desenvolvidas na pesquisa e apontarão o nível científico sobre o tema em questão. 
Quanto aos fins, a pesquisa apresentada é descritiva, explicativa e aplicada. 
Para Vergara (2016) tais pesquisas denominam-se conforme as definições a seguir: 
 Pesquisa descritiva é aquela que expõe características claras de 
uma determinada população ou fenômeno, que podem ainda 
31 
 
 
estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza, 
envolvendo técnicas padronizadas e bem estruturadas de coleta 
de seus dados. 
 Pesquisa explicativa tem como principal objetivo tornar as ações 
estudadas em algo inteligível, como dados de fácil compreensão, 
justificandoe explicando os seus principais motivos, 
esclarecendo quais fatores contribuem para a ocorrência de 
determinado fenômeno. 
 Pesquisa aplicada é aquela motivada pela necessidade de 
resolver problemas que já existem na prática, de forma imediata 
ou não, tem, portanto, finalidade prática. 
Sendo assim, o trabalho em questão é de caráter descritivo e explicativo 
visto que descreverá a importância dos indicadores de sustentabilidade e a relação 
destes com a gestão da qualidade dentro das organizações e aplicado, uma vez 
que é motivado pela necessidade de resolver um problema que já existe. 
Esse trabalho serve de instrumento para empresas que visam 
sustentabilidade como diferencial de qualidade e notória elevação de valor frente ao 
mercado e buscam por um estudo introdutório que evidencie a relação entre 
sustentabilidade e qualidade nesse viés. Além de ser um legado para o universo 
acadêmico e para os próximos estudos que almejam realizar um aprofundamento 
do tema em questão. 
 
 
1.5.2 Quanto aos meios 
 
Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado que ocorre a partir da 
tentativa de resolver problemas baseando-se a partir de informações advindas de 
material gráfico, sonoro e informatizado: literatura, revistas, jornais, redes 
eletrônicas, ou seja, materiais onde o público em geral tem facilidade no acesso a 
essas informações (BARROS; LEHFELD, 2007 e VERGARA, 2016). 
Desta forma, este trabalho caracteriza-se por realizar pesquisa bibliográfica, 
pois é elaborado a partir da revisão literária, incluindo livros, artigos e teses 
relacionados ao tema. Para a fundamentação teórico-metodológica será realizada 
32 
 
 
investigação sobre os seguintes assuntos: indicadores de sustentabilidade, 
sustentabilidade, qualidade, existência de certificações socioambiental e de 
qualidade e valor de mercado (considerando indicadores) das organizações em 
questão para o estudo. 
 
 
1.5.3 Universo e Amostra 
 
Vergara (2016) define população como conjunto de elementos, no caso 
deste estudo empresas, que possuem as características que serão objeto de estudo 
e define ainda População amostral ou Amostra como parte do universo (população) 
escolhida segundo algum critério de representatividade. 
O Universo de estudo engloba a importância dos indicadores de 
sustentabilidade na gestão da qualidade das organizações de forma a evidenciar a 
relação entre a sustentabilidade e o desempenho de sistemas de gestão da 
qualidade com viés de ampliar valor de mercado. Para seleção das Amostras, foram 
selecionadas as empresas brasileiras catalogadas no ranking 2020 da revista 
Corporate Knights, que lista as 100 empresas mais sustentáveis do mundo. 
 
 
1.5.4 Coleta de dados 
 
Os dados foram coletados por meio de pesquisa bibliográfica a fim de 
sustentar e justificar os conceitos de indicadores de sustentabilidade, 
sustentabilidade e qualidade. 
Foram levantados a partir da análise dos Relatórios Anuais e 
Demonstrações Financeiras das respectivas organizações e a partir da revisão da 
literatura na base SciELO em que, direta ou indiretamente, contemplem dados 
pertinentes a assuntos relacionados ao tema através de livros, revistas 
especializadas, artigos, anais de congresso, teses, dissertações, jornais e internet. 
As pesquisas bibliográficas justificam-se, à medida que contribuem para maior 
compreensão do fenômeno da possível relação de empresas que possuem 
certificações socioambientais e/ou de qualidade e sua ampliação de valor no 
mercado. 
33 
 
 
1.5.5 Tratamento dos dados 
 
Os dados são tratados de forma qualitativa e de acordo com os objetivos 
estabelecidos para este estudo será elencada a importância da sustentabilidade, 
considerando sua dimensão através de indicadores de sustentabilidade, analisar a 
existência da possível relação entre a sustentabilidade e o desempenho dos 
sistemas de gestão da qualidade das empresas brasileiras catalogadas no ranking 
2020 Global 100; verificar, caso exista, as vantagens e desvantagens da relação 
entre a sustentabilidade e os sistemas de gestão da qualidade a partir verificação 
da existência de certificações das empresas em questão evidenciando se tais 
dimensões, sustentabilidade e qualidade, são convergentes para a ampliação do 
valor destas organizações no mercado. A Figura 2 ilustra o fluxograma do processo 
de tratamento dos dados. 
 
Figura 2 – Fluxograma do tratamento dos dados. 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020). 
 
 
1.5.6 Limitações do método 
 
O método escolhido para o estudo apresenta certas limitações que serão 
apresentadas a seguir: 
34 
 
 
⎯ A delimitação da abrangência da pesquisa às empresas 
brasileiras catalogadas no ranking Global 100 2020 deixando à 
parte outras empresas importantes e tradicionais em função do 
tempo disponível e da importância a nível mundial que tal 
Relatório possui, não permite generalização das conclusões 
extraídas do estudo. 
⎯ Dados das empresas serão coletados por meio de bases de 
pesquisa à internet e órgãos responsáveis pelas certificações. 
 
 
1.6 BIBLIOMETRIA 
 
A bibliometria é uma importante ferramenta que possibilita analisar como 
está a produção intelectual sobre um determinado tema ou assunto. De acordo com 
pesquisa realizada nos periódicos CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de 
Pessoal de Nível Superior), a varredura foi feita a partir de dissertações, teses e 
artigos que abordam “Sustentabilidade” e “Gestão da Qualidade” e contemplou o 
período de 1980 até 2019. 
Conforme evidenciado na Figura 3, foram utilizadas, em inglês, as palavras-
chave “Sustainability” e “Quality management”, pois a quantidade de documentos é 
maior neste idioma, o que facilitou a busca e a posterior análise. 
 
Figura 3 - Print da Página Periódicos Capes para pesquisa de publicações envolvendo os 
termos “sustainability” e “quality management”
Fonte: Periódicos CAPES (2020). 
35 
 
 
No Gráfico 1 é possível observar a evolução do número de publicações 
envolvendo os temas sustentabilidade e gestão da qualidade que ocorreram entre 
1980 e 2019 a partir de consulta realizada na base de dados Periódicos CAPES. 
 
Gráfico 1 - Publicações envolvendo sustentabilidade e gestão da qualidade. 
 
Fonte: Elaborado pela Autora a partir dos dados Periódicos CAPES (2020). 
 
As primeiras abordagens sobre o tema tiveram início a partir de 1991, após 
a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento definirem 
Desenvolvimento Sustentável. Nos anos seguintes ocorreram expressivos 
aumentos, destacando-se os que aconteceram após 2000, 2005 e 2010. Em 2015 
as publicações reduziram significativamente em 7,79%, porém, nos anos 
subsequentes, ocorreu uma valorização de enfoque do tema que permaneceu em 
uma crescente evolução até o ano de 2018. Em 2019 houve uma queda nas 
publicações de 6,27%. 
Com isso pode-se verificar a relevância da Sustentabilidade diretamente 
relacionada à Gestão da Qualidade dentro das empresas. A cada ano o número de 
publicações aumenta evidenciando que o assunto visa garantir vantagem 
competitiva no atual cenário de globalização em que a concorrência está cada vez 
mais acirrada. 
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
1100
1200
1300
1400
1500
36 
 
 
1.8 ESTRUTURA DO TRABALHO 
 
Este trabalho será apresentado em quatro capítulos, conforme descrição a 
seguir: 
O capítulo 1 contempla introdução, objetivos geral e específicos, 
justificativa, delimitação do estudo em questão. Descreve metodologia aplicada e 
as partes que a compõem, sendo o tipo de pesquisa aplicado, o universo e a 
amostra selecionada. Aborda o tratamento e a análise dos dados coletados, assim 
como as limitações no método aplicado. Por fim, tem-se a bibliometria para justificar 
a relevância do assunto e a estrutura de apresentação do trabalho. 
No capítulo 2 é apresentada a fundamentação teórica acerca do trabalho 
proposto, que é compostapor referencial teórico e definição dos métodos e das 
ferramentas incluindo conceitos referentes à sua abordagem. 
O capítulo 3 descreve identificação, verificação e posterior discussão sobre 
o tema, tratando em suma do desenvolvimento dos objetivos específicos. 
No capítulo 4 são apresentadas as considerações finais e propostas para 
futuros trabalhos. 
 
37 
 
 
 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Para legitimar este conteúdo e trazer uma melhor compreensão sobre o 
papel dos temas abordados neste estudo analisam-se a Sustentabilidade e a 
Qualidade relacionando-as com o objetivo desta pesquisa. Composta por 
referencial teórico que abrange de forma clara uma visão histórica da trajetória da 
Sustentabilidade e contempla ainda o desenvolvimento sustentável, seus 
indicadores, o tripé da sustentabilidade, a ISO 14001:2015, Produção Mais Limpa 
(lean production), ISO 26000, OSHAS 18001 e a nova ISO 45001 e Logística 
Reversa. Com o viés complementar aos temas abordados neste estudo, este 
referencial teórico abrange ainda uma visão histórica da trajetória da Qualidade, a 
ISO 9001:2015 e discorre sobre as ferramentas da qualidade. 
 
 
2.1 SUSTENTABILIDADE 
 
Para se atentar à relevância de Sustentabilidade precisa-se permear um 
pouco pelo passado através de uma visão histórica da trajetória buscando 
interpretar conceito e evolução desta área, para o consenso da percepção de 
sobrevivência da organização, que de acordo com a WCED (1988) é preciso 
sobreviver sem comprometer as futuras gerações. 
A discussão sobre o desenvolvimento sustentável vem de longa data, pois 
em suas várias dimensões o tema tem sido abordado sob diferentes aspectos e com 
conotações distintas (BARBIERI, 2004; SEIFFERT, 2005). 
O primeiro encontro ocorreu na Suécia em 1972 com a Conferência sobre 
o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo. Pode-se mencionar que a preocupação 
ambiental foi primeiramente abordada pelo Clube de Roma, um órgão colegiado 
liderado por empresários que, por meio da publicação intitulada “Limites do 
Crescimento”, contemplou em termos trágicos o futuro mundial caso a sociedade 
mantivesse os padrões de produção e consumo vigentes à época (MEADOWS et.al, 
1972). Deste encontro surgiu o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente 
(PNUMA). 
No ano de 1983 reuniu-se, a pedido do secretário-geral das Nações Unidas, 
Javier Pérez de Cuéllar (Peru) – 1982/1991, a Comissão Mundial sobre o Meio 
38 
 
 
Ambiente e Desenvolvimento para avaliar os avanços dos processos de 
degradação ambiental e a eficácia das políticas ambientais para enfrentá-los. Este 
evento teve como ponto alto a publicação do Relatório de Brundtland, que recebeu 
este nome em homenagem à Gro Harlem Brundtland, ex-primeira ministra da 
Noruega (AMATO NETO, 2011; ONU, 2020). 
Em 1987 ocorreu novo encontro, que gerou um documento intitulado 
Protocolo de Montreal, também conhecido como o relatório “Nosso futuro comum” 
(WECD,1988), o qual foi responsável por disseminar o conceito de desenvolvimento 
sustentável, definido como aquele que atende às necessidades das gerações atuais 
sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atenderem às suas 
(WILKINSON; HILL; GOLLAN, 2001). Este evento reuniu um número expressivo de 
países (180 nações), que se comprometeram com as metas de redução da 
produção de gases causadores do estreitamento da camada de ozônio (BELLEN, 
2003). 
Já em 1992, tem-se a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio 
Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), também conhecida como ECO-92, na 
cidade do Rio de Janeiro. Nesta conferência estabeleceu-se a Agenda 21 – Agenda 
de Desenvolvimento Sustentável, assinada por 179 países. A ECO-92 reforçou a 
necessidade de a sociedade como um todo engendrar o desenvolvimento 
sustentável, cuja base está alicerçada em mudanças paradigmáticas no modo de 
conceber e implementar ações econômicas, políticas e sociais que considerem os 
impactos dessas atividades sobre o meio ambiente (SEIFFERT; LOCH, 2005). 
Um dos mais importantes eventos internacionais para se discutirem as 
perspectivas das nações em relação aos problemas ambientais globais foi o 
Protocolo de Kyoto, no Japão, em 1997. Neste encontro estabeleceu-se o protocolo 
de um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da 
emissão dos gases que provocam o efeito estufa e o esforço necessário para se 
evitar o aquecimento global. Após longa discussão e negociação entre os 
representantes dos países participantes, foi aberto para assinaturas em 11 de 
dezembro de 1997 e ratificado em 15 de março de 1999 entrando em vigor em 2005 
(LEFF, 2015). 
No ano de 2000, líderes mundiais reuniram-se na sede das Nações Unidas 
em Nova Iorque para estabelecer uma agenda de compromissos mínimos pela 
humanidade e definir uma visão abrangente para combater a pobreza nas suas 
39 
 
 
várias dimensões, a fome, doenças transmissíveis e evitáveis, a desigualdade de 
gênero, a destruição do meio ambiente e as condições precárias de vida. Essa visão 
foi traduzida em Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e foi, nos 
últimos 15 anos, o quadro de desenvolvimento dominante para o mundo (IPEA; SPI, 
2014; ONU, 2016). 
No ano de 2002 ocorreu o encontro Rio +10, Cúpula Mundial sobre o 
Desenvolvimento Sustentável, em Joanesburgo, África do Sul. Este encontro teve 
por objetivo principal checar se os objetivos da Agenda 21 estavam sendo 
alcançados (BELLEN, 2006). 
Posteriormente, em 2007, aconteceu a Conferência de Bali – Conferência 
das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-13), envolvendo 187 países, 
que ratificaram seus compromissos com a redução dos gases-estufa até 2050. 
O encontro de Bangkok em 2008 foi o evento que serviu primordialmente 
para preparar as negociações de um novo tratado internacional para o período pós-
Kyoto, a partir de 2012, com vistas à redução das emissões de gases-estufa entre 
25% e 40% (em relação aos níveis de 1990). 
Já em 2009 ocorreu a Conferência Climática de Copenhagen, capital da 
Dinamarca (COP-15). O encontro foi considerado o mais importante da história 
recente dos acordos multilaterais ambientais, pois teve por objetivo estabelecer o 
tratado que substituiria o Protocolo de Kyoto, vigente de 2008 a 2012. Neste evento 
foram debatidas questões como o impasse entre países desenvolvidos e em 
desenvolvimento para se estabelecerem metas de redução de emissões e as bases 
para um esforço global de mitigação e adaptação. Cabe destacar, ainda, que essa 
conferência foi marcada pela chegada de Barack Obama ao poder nos Estados 
Unidos, prometendo uma nova postura dos EUA face às questões ambientais 
(AMATO NETO, 2011). 
Em 2011 ocorreu a 16ª Conferência sobre as Mudanças Climáticas, ou 
Cimeira de Cancun, México. Essa conferência ocorreu após o fracasso verificado 
em 2009 na COP-15, onde a presença de mais de 150 chefes de Estado e Governo 
não foi suficiente para se chegar a um entendimento sobre a redução das emissões 
de gases de efeito estufa (GEE). A conferência de 2009 resultou apenas em um 
acordo mínimo, concluído e assinado às pressas por 20 chefes de Estado que se 
comprometeram a limitar, de maneira voluntária, o aquecimento global a dois graus 
40 
 
 
Celsius sem, contudo, especificarem os meios para atingir essa meta (BELLEN, 
2003). 
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável 
(CNUDS), no Rio de Janeiro, em 2012 conhecida como Rio +20, teve como foco a 
renovação do compromisso sobre o desenvolvimento sustentável formalizado em 
diversos países em conferências anteriores. Dessa conferência surgiu o documento 
intitulado The future we Want, com foco principalmente nas questões da utilização 
de recursos naturais, e em questões sociais como a falta de moradia (UNSCD, 
2012). 
Com o fim da vigência da Declaração do Milênio das Nações Unidas foi 
elaborada uma agenda pós-2015 para o desenvolvimento sustentável,tendo em 
vista a continuidade das ações para avanço em todos os níveis. O plano de ações 
intitulado “Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento 
Sustentável”, com vistas ao cumprimento em 2030, possui dezessete objetivos de 
desenvolvimento sustentável (ODS) e 169 metas sendo “integradas e indivisíveis, e 
mesclam de forma equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável: 
a econômica, a social e a ambiental” (ONU, 2016). 
 
 
2.1.1 Desenvolvimento Sustentável 
 
Para Amato Neto (2011), o tema sustentabilidade faz parte de uma 
significativa parcela da agenda de chefes de estado, de estratégias corporativas de 
grandes empresas no Brasil e no mundo e vem ocupando espaços cada vez mais 
importantes na mídia, nos meios empresariais, no debate acadêmico e em muitas 
outras esferas de discussão da sociedade mundial. 
De acordo com Sachs (1993 p. 23), 
 
A sustentabilidade ambiental pode ser alcançada por meio da 
intensificação do uso dos recursos potenciais [...] para propósitos 
socialmente válidos; da limitação do consumo de combustíveis 
fósseis e de outros recursos e produtos facilmente esgotáveis ou 
ambientalmente prejudiciais, substituindo-se por recursos ou 
produtos renováveis e/ou abundantes e ambientalmente 
inofensivos; redução do volume de resíduos e de poluição...; 
intensificação da pesquisa de tecnologias limpas. 
41 
 
 
O conceito de sustentabilidade é bastante amplo e integra a parte 
econômica (capital, vendas, custo, rentabilidade, taxa de retorno), social (trabalho, 
oportunidade, dignidade, saúde e segurança, ergonomia) e ambiental (terreno, 
materiais, destino dos efluentes, resíduos, conforto, qualidade do ar). Tais partes 
precisam ser analisadas de maneira integrada, pois a garantia do desenvolvimento 
sustentável para preservação do patrimônio natural depende de um 
desenvolvimento econômico e social pleno, em que a busca por alternativas deve 
buscar equilíbrio entre a utilização dos recursos naturais e a geração de resíduos 
(KAZAZIAN, 2005; AGOPYAN et.al, 2011). 
O termo Desenvolvimento Sustentável manifestou-se nas últimas décadas 
do século XX para tornar inteligível ideias e preocupações advindas dos graves 
problemas que ocasionam riscos às condições de vida no planeta. Bellen (2003) 
sustenta que o conceito de desenvolvimento sustentável resulta de um processo 
histórico relativamente longo que inclui a reavaliação crítica da relação entre a 
sociedade civil e seu meio natural e ainda que a noção de desenvolvimento 
sustentável tem sua origem mais remota no debate acerca do conceito de 
desenvolvimento, quando da sua relação ao crescimento. 
Alguns pontos importantes na discussão dos riscos do crescimento 
contínuo foram: o relatório sobre os limites do crescimento, publicado em 1972 pelo 
Clube de Roma; o surgimento do conceito de eco desenvolvimento que abrange as 
questões sociais, econômicas, culturais, políticas e ambientais, formulada por 
intelectuais como Sachs, Leff e Strong, em 1973; a declaração de Cocoyok, em 
1974; o relatório da Fundação Dag-Hammarkskjöld, em 1975, e finalmente a 
Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, em 1992, no Rio de Janeiro (BELLEN, 2003; LEFF, 2005; SILVA, 
2018). 
O conceito de DS é relativamente recente e surgiu inicialmente com o nome 
de Eco desenvolvimento na década de 1970 (SACHS, 2009), este conceito 
demonstra pontos básicos que devem considerar, de maneira harmônica, o 
crescimento econômico, uma maior percepção com impactos sociais decorrentes e 
o equilíbrio ecológico na utilização dos recursos naturais (MEYER, 2000). 
Vizeu, Meneghetti e Seifert (2012, p. 580) propõem a uma reflexão ao 
conceito de desenvolvimento sustentável: 
 
42 
 
 
Baseada na teoria tradicional, a proposta de desenvolvimento 
sustentável apresenta-se também como concepção aparente, que 
mascara as contradições da relação dialética 
destruição/sustentabilidade: a sustentabilidade torna-se cada vez 
mais importante na medida em que a destruição econômica e da 
natureza se intensificam. É por esse movimento dialético que não 
teve sentido a concepção de sustentabilidade em contextos 
históricos em que a destruição econômica e da natureza não se 
faziam presentes. 
 
Para Barbieri e Silva (2011), existe um entendimento de que o termo 
desenvolvimento sustentável vem sendo substituído por sustentabilidade. É 
necessário esclarecer que a sustentabilidade foca a responsabilidade das 
organizações e seus impactos ambientais, sociais e econômicos, com vistas em 
identificar práticas capazes de prejudicar, nessas dimensões, e propor melhorias 
para o bem-estar das comunidades e para a manutenção dos ecossistemas 
(AHMIĆ; ŠUNJE; KURTIĆ, 2016). O “desenvolvimento sustentável é aquele que 
atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações 
futuras satisfazerem as suas próprias necessidades” (CMMAD, 1991, p. 46). 
 
 
2.1.2 Indicadores de desenvolvimento sustentável 
 
Indicador é um termo originário do latim indicare, que significa descobrir, 
estimar, apontar, anunciar (HAMMOND et.al, 1995; MEIRA, 2009). A partir da ação 
de medirmos o que nos preocupa e de nos preocuparmos com o que podemos 
medir, geramos valores (MEADOWS, 1998), que são instrumentos dinâmicos 
importantes na construção e consolidação de juízos sobre condições de um 
sistema, seja ele passado, atual ou futuro possibilitando construir trajetórias 
possíveis (QUIROGA, 2001; ARAUJO, FERNANDES e RAUEN, 2015). 
No contexto da sustentabilidade, Quiroga (2001) divide indicadores em três 
gerações: indicadores ambientais a partir da década de 1980; indicadores das 
dimensões de desenvolvimento sustentável, mas sem a devida articulação, no final 
da década de 1980 e início de 1990; e a partir da década de 1990, indicadores de 
sustentabilidade, ou seja, indicadores cujas dimensões de desenvolvimento 
sustentável passam a ser articuladas. 
43 
 
 
Bellen (2006) elenca alguns dos indicadores ou sistemas de indicadores 
mais conhecidos e Rodrigues e Rippel (2015) pontuam suas vantagens e 
desvantagens: 
⎯ Índice de Desenvolvimento Humano – IDH (Human Development Index – 
HDI) (1990) – que sugere a medida do desenvolvimento humano focado em 
três elementos: longevidade, conhecimento e padrão de vida decente (um 
padrão que, atualmente, já vai além do produto interno bruto ou da renda per 
capita). 
✓ Vantagens: Fácil aplicação e compreensão; Auxilia na 
tomada de decisão. 
✓ Desvantagens: É um índice ponderado por valores que 
são determinados arbitrariamente. 
⎯ Pressão, Estado, Resposta (Pressure, State, Response – PSR) (1993) - 
que assume implicitamente uma causa na interação dos diferentes 
elementos da metodologia, sendo Pressão (P) a descrição da pressão das 
atividades humanas exercidas sobre o meio ambiente, incluindo recursos 
naturais; Estado (S) sendo referente a qualidade e quantidade de recursos 
naturais e qualidade do ambiente; e Resposta (R) a extensão e intensidade 
das reações da sociedade em responder às preocupações e alterações 
ambientais; 
✓ Vantagens: Fácil aplicação e compreensão; Auxilia na 
tomada de decisão; Fornece informações específicas 
sobre o estágio de desenvolvimento. 
✓ Desvantagens: Fornece uma visão parcial do 
desenvolvimento sustentável. 
⎯ Pegada Ecológica (Ecological Footprint Method – EFM) (1993). A 
ferramenta auxilia a compreensão dos limites da biosfera e a reorientação da 
vida para uma direção mais sustentável. Quando inseridos os dados 
referentes ao tipo de consumo, o EFM converte as características em uma 
área medida em hectares proporcional ao impacto do consumo. 
✓ Vantagens: Auxilia na tomada de decisão e fortalece a 
visão de sistema integrado; Auxilia na formação de uma 
consciência ambiental. 
44 
 
 
✓ Desvantagens: É um método estatístico e não aborda as 
demais dimensões do desenvolvimento sustentável(econômica e social). 
⎯ Força Dirigida, Estado, Resposta (Driving Force, State, Response – DSR) 
(1996), possui a função de organizar informações sobre desenvolvimento e 
avaliações setoriais sendo desenvolvido a partir do sistema PSR alterando 
Pressão por Força dirigida (D); 
✓ Vantagens: Fácil aplicação e compreensão; Auxilia na 
tomada de decisão; Fornece informações específicas 
sobre o estágio de desenvolvimento. 
✓ Desvantagens: Fornece uma visão parcial do 
desenvolvimento sustentável. 
⎯ Barômetro da Sustentabilidade (Barometer of Sustainability – BS) (1997) – 
é um projeto destinado às agências governamentais e não governamentais, 
tomadores de decisão e pessoas envolvidas com questões relativas ao 
desenvolvimento sustentável, em qualquer nível do sistema, do local ao 
global. O sistema apresenta conclusões em formato visual e fornece um 
retrato do bem-estar humano e tecnológico. 
✓ Vantagens: Auxilia na tomada de decisão; Apresenta as 
informações de forma clara; Fácil aplicação e 
compreensão; A queda de um índice não afeta o 
crescimento do outro. 
✓ Desvantagens: O processo de determinação das 
escalas de desempenho, estão sujeitas à subjetividade, 
o que influencia a avaliação final do desenvolvimento 
sustentável. 
⎯ Painel da sustentabilidade (Dashboard of Sustainability – DS) (1999) 
projetado para informar os tomadores de decisão, a mídia e o público em 
geral sobre a situação de desenvolvimento de um determinado sistema, 
público ou privado, de pequena ou grande escala, nacional, regional, local ou 
setorial em relação à sua sustentabilidade. Foi criada uma representação 
gráfica como metáfora ao painel de um automóvel. Os indicadores vão 
acelerando no painel à medida que os dados são inseridos. 
45 
 
 
✓ Vantagens: Fácil aplicação e compreensão. Rápida 
avaliação dos pontos positivos e negativos do 
desenvolvimento. Auxilia na tomada de decisão. 
✓ Desvantagens: Complexidade em alcançar a interação e 
demonstrar as tendências para os sistemas, econômico, 
social, ambiental e institucional. 
A Iniciativa Relatório Global (Global Reporting Iniciative – GRI), criado em 
1997, é uma ferramenta de comunicação do desempenho social, ambiental e 
econômico das organizações, com difusão global. A GRI é um processo de 
acreditação ao qual as empresas se submetem, tendo como objetivo ter sua 
sustentabilidade avaliada. A GRI se posiciona como padrão internacional para 
desenvolvimento de perspectivas sólidas para a publicação e divulgação do 
desempenho socioambiental das empresas através de relatórios cujo objetivo é 
certificar, após medições, as empresas com parâmetros que vão além da questão 
da transparência e da governança corporativa (BENITES; PÓLO, 2013; CALIXTO, 
2013; CARREIRA; PALMA, 2013; Global Reporting Initiative [GRI], 2013). 
A adesão às diretrizes da GRI é voluntária, gratuita, de livre acesso e visa 
atender a necessidade de uma comunicação transparente e clara, todavia é 
complexo e trata de indicadores organizados em três categorias tratadas na quarta 
geração do modelo GRI: a econômica, a ambiental e a social que se subdivide em 
outras quatro subcategorias: práticas trabalhistas e trabalho decente, direitos 
humanos, sociedade e responsabilidade pelo produto (CARREIRA; PALMA, 2013; 
ROSA et.al, 2013; SANTOS; SANTOS; SEHNEM, 2016). 
Kemerich, Ritter e Borba (2014), ao analisar os indicadores de 
sustentabilidade ambiental observam em seu estudo seus pontos fortes e fracos e 
evidenciam que devem possibilitar uma visão de conjunto sendo construídos a partir 
dos problemas e da realidade existente para que se possa entender seus aspectos 
críticos e aproveitar seu verdadeiro potencial. 
 
 
 
 
46 
 
 
2.1.3 Sustentabilidade sob a ótica do Triple Bottom Line 
 
A visão mais ampla de sustentabilidade manifestou-se em uma perspectiva 
tridimensional. A teoria do Triple Bottom Line (TBL), no português Tripé da 
Sustentabilidade, foi desenvolvida na década de 90, conhecida pela sigla 3P: 
People (pessoas), Planet (planeta) e Profit (lucro) e surgiu de um estudo realizado 
por Elkington em 1994 (OLIVEIRA et.al, 2010). Corroborando com este 
pensamento, Pizzetti (2017) defende em seu estudo que o TBL veio para trazer 
equilíbrio para a sociedade ao englobar as dimensões ambiental (planet), social 
(people) e econômica (profit) com o foco em transformar os empreendimentos 
viáveis considerando as três esferas. 
Barreto (2018) salienta que estas dimensões devem agir de maneira 
holística para que, de fato, possam ser atribuídos o título de sustentável a seus 
resultados. 
Para Oliveira et.al (2010 p.73): 
 
O Triple Bottom Line surgiu do estudo realizado por Elkington 
(1994), no inglês, é conhecido por 3P (People, Planet e Profit); no 
português, seria PPL (Pessoas, Planeta e Lucro). Analisando-os 
separadamente, tem-se: Econômico, cujo propósito é a criação de 
empreendimentos viáveis, atraentes para os investidores; 
Ambiental, cujo objetivo é analisar a interação de processos com o 
meio ambiente sem lhe causar danos permanentes; e Social, que 
se preocupa com o estabelecimento de ações justas para 
trabalhadores, parceiros e sociedade. 
 
A figura 4 demonstra a sinergia entre as três dimensões do TBL conforme 
a concepção de Alledi Filho (2003). Para este autor, a interseção formada dois a 
dois entre si resulta em três aspectos possíveis: vivível, viável e justo. Seguindo 
esta lógica, o alcance da sustentabilidade acontece quando os três aspectos 
ocorrem juntos: 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
Figura 4 – Sustentabilidade e as suas dimensões. 
 
Fonte: Alledi Filho (2003). 
 
É necessário que as estratégias das organizações estejam completamente 
conectadas e alinhadas com os clientes e contemplem as dimensões econômica, 
social e ambiental conforme descrito na figura 4 anteriormente apresentada. 
Para Carvalho e Rabechini (2011) esse tripé vem responder ao processo 
de exaustão dos recursos naturais, em grande medida consequência de uma visão 
deturpada da dimensão econômica e da visão de curto prazo. De acordo com essa 
visão sucedida no passado, a hipótese que geria a ação é que as questões sociais 
e ambientais gerariam impacto negativo na dimensão econômica, algo que tem sido 
impugnado nestas últimas décadas, pelas claras evidências de que as três 
dimensões se integram e se reforçam, constituindo um ciclo virtuoso. 
A sustentabilidade sob o panorama corporativo aparece frequentemente 
abordando o TBL, cuja matriz é a busca da continuidade no mercado e no 
crescimento da organização a partir de sua viabilidade econômica, além da 
simultaneidade harmônica com o meio ambiente e sociedade (ELKINGTON, 2001; 
HART; MILSTEIN, 2004; BENITES; PÓLO, 2013). 
Para Barbieri et.al (2010, p. 50), as três dimensões da sustentabilidade são 
descritas pelas suas características dimensionais: 
a) Dimensão social: preocupação, tendo um olhar dentro e fora da 
organização, com os impactos sociais que as inovações podem 
causar nas comunidades humanas (exclusão social, aumento do 
48 
 
 
nível de desemprego, pobreza, diversidade organizacional, dentre 
outros.); 
b) Dimensão ambiental: preocupação com os impactos ambientais 
causados pela emissão de poluentes e pelo uso dos recursos 
naturais; 
c) Dimensão econômica: preocupação com a eficácia e eficiência 
econômica. É de suma importância pois sem elas, as organizações 
não perpetuariam, uma vez que essa dimensão significa geração de 
vantagens competitivas no mercado onde atuam e obtenção de 
lucro. 
Seguindo a ótica do TBL, Martins e Oliveira (2005 p. 122) definem as três 
dimensões da seguinte forma: (1) Sustentabilidade social: Dimensão a ser guiada 
pelo propósito de busca pela igualdade de distribuição de bens e de renda, com 
vistas a nivelar os padrões de vida dos indivíduos de classes diferentes e promover 
a equidade de acesso a serviços sociais e ao emprego pleno. (2) Sustentabilidadeeconômica: Engloba aspectos como equilíbrio no desenvolvimento dos setores, a 
diversificação nas atividades produtivas e atualização dos instrumentos de 
produção e acesso à ciência e à tecnologia. (3) Sustentabilidade ambiental: 
Relaciona-se a preservação dos recursos naturais, produção de recursos 
renováveis, além de tratar de pontos como a redução do volume de resíduos e de 
poluição utilizando-se de ferramentas de reciclagem e renovação de energia. 
Há na literatura uma grande variedade de publicações que abordam o tema 
sustentabilidade em suas diversas traduções, entendimentos e âmbitos de análise. 
Werbach (2010) acrescenta a dimensão cultural apresentando quatro dimensões ao 
invés das três apresentadas por Elkington (2001) e outros autores. 
Amato Neto (2011) considera que o tema seja tratado de forma sistêmica e 
integrada a partir de três vertentes básicas: a dimensão socioeconômica, a 
dimensão ambiental e a dimensão cultural. 
Ainda Amato Neto (2011), em seu estudo, corrobora e descreve alguns dos 
temas mais relevantes presentes em cada uma das dimensões consideradas em 
seu estudo. A dimensão socioeconômica visa que a atividade produtiva necessita 
ser rentável, economicamente viável e sustentável ao longo do tempo. As empresas 
devem participar mais ativamente nos desafios da sociedade contemporânea. A 
49 
 
 
dimensão ambiental traz uma série de questões sérias manifestantes do atual 
paradigma de produção e consumo que podem ser evidenciadas por um conjunto 
de indicadores da crise ambiental. A dimensão cultural envolve aspectos de valores 
e crenças, das diversificadas formas de produção e disseminação do conhecimento 
nas comunidades, a diversidade de línguas, expressões artísticas e visões de 
mundo, incluindo ações para o desenvolvimento sustentável. 
Carvalho e Paladini (2012) entendem que a visão do TBL vem alarmada 
pela ocorrência de extremos eventos e aquecimento global e não somente como 
fruto de uma sociedade mais crítica, consciente e preocupada com as questões 
sociais e ambientais. No outro extremo, as organizações perceberam o potencial 
competitivo do tema. 
 
 
2.1.4 Âmbito Normativo 
 
Denomina-se SIG (Sistemas Integrados de Gestão), o conjunto de quatro 
normas, de cunho voluntário, que, se colocadas em prática simultaneamente nas 
organizações, e colaboram para uma visão integrada sustentável. Um sistema de 
gestão, de acordo com Neves e Neves (2000), deve ser flexível e ágil para permitir 
adaptações às novas exigências do mercado, vide necessidades dos clientes, e 
deve estar fundamentado em uma lógica conceitual simples, clara e bem 
estruturada. 
Corrêa (2004) descreve que um SIG é um sistema que organiza, 
compatibiliza, correlaciona, equilibra e unifica todos os critérios, meios e recursos, 
tangíveis e intangíveis, para que a organização materialize suas políticas, atinja 
seus objetivos de melhoria e aprenda continuamente. 
 O desenvolvimento das três normas da ISO ocorreu em ordem cronológica, 
sendo precursora a série ISO 9000 (Sistemas de Gestão da Qualidade), que será 
abordada no item 2.2.2 do presente trabalho, que influenciou fortemente as 
subsequentes ISO 14000 (Sistemas de Gestão Ambiental) e ISO 26000 
(Responsabilidade Social Corporativa) que abordam o conceito de melhoria 
contínua e propõem diretrizes de mudança. A série OHSAS 18000 (Ocupational 
Health and Safety Assement Series) trata das questões de saúde e segurança 
ocupacional e em sincronia com a ISO 14000 e recentemente a ISO 45001 surgiu 
50 
 
 
como substituta para a OHSAS, fornecem a base para o chamado SMS (Saúde, 
Meio Ambiente e Segurança). Os tópicos seguintes apresentam as normas voltadas 
para a sustentabilidade. 
Lustosa (2003 p. 159) define Sistema de Gestão Ambiental (SGA) como 
“estrutura organizacional que permite a uma empresa avaliar e controlar os 
impactos ambientais de suas atividades, produtos ou serviços.” 
A norma ISO 14001 define SGA como “parte de um sistema de gestão de 
uma organização utilizada para desenvolver e implementar sua política ambiental e 
para gerenciar seus aspectos ambientais” (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas – ABNT, 2004. p. 2). 
 
 
2.1.4.1 Norma de Gestão Ambiental ISO 14001 
 
A International Standardization for Organization (ISO) é uma organização 
não governamental sediada em Genebra, fundada em 23 de fevereiro de 1947 com 
o objetivo de ser o fórum internacional de normalização, atuando como entidade 
harmonizadora das diversas agências nacionais. 
A norma ISO 14000 Gestão Ambiental foi inicialmente elaborada com o 
objetivo de dirigir e controlar o que a organização faz para minimizar os efeitos que 
causam danos ao ambiente resultado de suas atividades (SOUZA et.al, 2016). 
Amato Neto (2011) pontua os principais pilares do Sistema de Gestão 
Ambiental com base na ISO 14000, que tem como grande alvo conciliar a proteção 
ambiental com as necessidades socioeconômicas da população. 
⎯ Prevenção no lugar da correção; 
⎯ Planejamento de todas as atividades de produtos e processos; 
⎯ Estabelecimento de critérios; 
⎯ Coordenação e integração contínua entre as partes (subsistemas); 
monitoração contínua; 
⎯ Melhoria contínua. 
A lógica adotada na norma, ou seja, a estrutura do SGA ISO 14001:2015, 
adota a metodologia do PDCA (Plan, Do, Check, Action), no português, planejar, 
executar, verificar e agir, ciclo que visa promover a melhoria contínua nos processos 
51 
 
 
da organização. A figura 5 representa a relação do Ciclo PDCA com a estrutura da 
norma ISO 14001:2015. 
 
Figura 5 - Relação do Ciclo PDCA com a estrutura da norma ISO 14001:2015. 
 
Fonte: ABNT NBR ISO 14001:2015. 
 
Esta norma internacional surgiu nos anos 90 e tem como objetivo melhorar 
o desempenho ambiental, estimular a prevenção da poluição e aprimorar a 
conformidade com as diferentes legislações ambientais com o foco em equilibrar a 
proteção ambiental e a prevenção da poluição com as necessidades 
socioeconômicas da população. Organizações credenciadas da ISO emitem o 
certificado e têm sua manutenção através de avaliação completa que é realizada 
trimestralmente e não é intenção que esta seja utilizada como barreira comercial 
não tarifária (CARVALHO & PALADINI, 2012). 
 
 
 
52 
 
 
2.1.4.2 Produção Mais Limpa (Cleaner Production) 
 
O termo Produção Mais Limpa foi definido pelo programa ambiental das 
Nações Unidas, UNEP – United Nations Enviroment Programe, ao lançar o 
Programa de Produção Mais Limpa (CETESB, 2004). Foi criada após as 
campanhas ambientalistas da Greenpeace na década de 80, para diminuir a 
poluição nas empresas e tem demonstrado que contribui para a redução de custos 
nas manufaturas (MELLO, 2005). 
A Produção Mais Limpa foi difundida como P+L e consiste na aplicação de 
estratégia técnica, econômica e ambiental integrada aos processos e produtos das 
organizações com a finalidade de elevar a eficiência e a eficácia no uso de matérias-
primas, energia elétrica e água, por meio da mitigação de geração, minimização ou 
reciclagem dos resíduos e emissões com vistas a beneficiar o meio ambiente, a 
saúde ocupacional e o viés econômico (UNEP, 1990; CNTL, 2003; OLIVEIRA 
NETO, 2015). 
Sua filosofia consiste na substituição do modelo end-of-pipe (controle, 
contenção e tratamento no interior da fábrica) por conceitos, estratégias e 
procedimentos que levam em conta a prevenção dos impactos ao meio ambiente e 
à saúde, do berço à cova (FURTADO, 2005). 
Amato Neto (2011 p. 81) traduziu a definição de Produção Mais Limpa de 
acordo com UNEP (1990): 
 
Produção Mais Limpa é a aplicação contínua de uma estratégia 
ambiental preventiva aos processos, produtos e serviços a fim de 
aumentar a eficiência total e reduzir riscos aos seres humanos e ao 
meio ambiente. A Produção Mais Limpa pode ser aplicada aos 
processos utilizados em qualquer setor econômico, nos produtos e 
nos vários serviços oferecidosà sociedade. 
 
Ainda para este autor, a adoção dos princípios da Produção Mais Limpa 
deve envolver todos os integrantes da organização de maneira sinérgica, rompendo 
os limites da organização estendendo-se aos consumidores e a outros segmentos 
externos à indústria. 
Oliveira Neto (2015) identificou em seu estudo que, dentre os princípios de 
P+L emergentes mais utilizados pelas organizações, (68% entre 80%) estão ligados 
à implantação do planejamento e ao controle da produção com educação ambiental. 
53 
 
 
2.1.4.3 Norma de Responsabilidade Social ISO 26000 
 
A ISO 26000 – Responsabilidade Social Corporativa (RSC) é uma norma 
de diretrizes, sem o propósito de certificação, que é aplicável a todos os tipos e 
portes de organizações (pequenas, médias e grandes) e de todos os setores 
(governo, ONGs e empresas privadas). 
Segundo a ISO 26000 (2010, p.3), a característica essencial da 
responsabilidade social: 
 
é o desejo da organização de incorporar considerações 
socioambientais em seus processos decisórios e se responsabilizar 
pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no 
meio ambiente. Isso implica um comportamento transparente e ético 
que contribua para o desenvolvimento sustentável, leve em conta 
os interesses das partes interessadas, esteja em conformidade com 
as leis aplicáveis e seja consistente com as normas internacionais 
de comportamento, que esteja integrado em toda a organização e 
seja praticado em suas relações. 
 
De acordo com os autores Amato Neto (2011) e Carvalho e Paladini (2012), 
baseados em dados publicados pelo Instituto Nacional de Meteorologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), esta norma define que 
Responsabilidade Social (RS) é a responsabilidade que uma organização possui 
pelos impactos que suas decisões e atividades podem causar no meio ambiente e 
na sociedade por meio de um comportamento transparente e ético que: 
⎯ Contribua para o desenvolvimento sustentável, inclusive a saúde e o 
bem-estar da sociedade. 
⎯ Leve em consideração as expectativas das partes interessadas. 
⎯ Esteja em conformidade com a legislação aplicável. 
⎯ Seja consistente com as normas internacionais de comportamento. 
⎯ Esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas 
relações. 
Amato Neto (2011) expõe a estrutura básica da ISO 26000 com os 
seguintes itens: 
⎯ Introdução: fornecerá informações sobre o conceito da norma de 
diretrizes e os motivos de sua elaboração; 
54 
 
 
⎯ Escopo: definirá o assunto da norma, sua abrangência e os limites 
de sua aplicabilidade; 
⎯ Referências normativas: uma lista de documentos que devem ser 
lidos juntamente com a norma de diretrizes; 
⎯ Termos e definições: identificará os termos usados na norma que 
precisam ser definidos e fornecerá as definições; 
⎯ O contexto de RS em que as organizações atuam: apresentará os 
contextos históricos e contemporâneos relacionados ao tema e 
também colocará questões emergentes da natureza do conceito de 
RS. 
Deus, Selles e Vieira (2014), através de uma revisão sistemática, 
apresentam um resumo dos conceitos, barreiras e motivadores relacionados à 
norma ISO 26000 que pode ser observado na figura 6. 
 
Figura 6 – Resumo dos conceitos, barreiras e motivadores relacionados à ISO 26000. 
 
Fonte: DEUS, SELLES e VIEIRA (2014). 
55 
 
 
A Norma Internacional de Responsabilidade Social – ISO 26000 (2010) 
define uma ferramenta de responsabilidade social como um sistema, metodologia, 
um programa ou atividade que se destina a ajudar as organizações a atingirem 
objetivos específicos relacionados à responsabilidade social. 
Cortez, Bellen e Zaro (2014) apontam as ferramentas de RS mais aderidas 
pelas empresas uma vez que, a partir da existência de muitas, alguns gestores 
encontram dificuldade para definir quais escolher para gerir a RSC. Estes autores 
evidenciam que as ferramentas de RS atendem e/ou fornecem diretrizes para: as 
dimensões, a gestão, os princípios e as práticas para avaliação da RSC e 
contribuem para o avanço da RS nas organizações. 
Ressalta-se que o Sistema de Gestão ABNT NBR 16001 – 
Responsabilidade Social Sistema de Gestão Requisitos - é uma norma de sistema 
de gestão, passível de auditoria, estruturada em requisitos verificáveis que objetiva 
estabelecer requisitos mínimos, permitindo que a organização busque a certificação 
por uma terceira parte, o que não ocorre com a ISO 26000 que é uma norma de 
diretrizes. Tais requisitos relacionam-se às seguintes atividades na empresa: 
⎯ Promoção da cidadania; 
⎯ Promoção do desenvolvimento; 
⎯ Transparência das atividades. 
 
 
2.1.5 Logística Reversa 
 
Alinhada aos princípios de Produção Mais Limpa, a Logística Reversa trata 
de “um segmento especializado da logística que foca o movimento e gerenciamento 
de produtos e materiais após a venda e após a entrega ao consumidor. Inclui 
produtos retornados para reparo e/ou reembolso financeiro” (Council of Supply 
Chain Management Professionals – CSCMP, 2005). 
Existem diferenças entre a mesma e a logística tradicional, pode-se dizer, 
sucintamente, que enquanto a logística tradicional se preocupa em levar os 
produtos aos consumidores, a logística reversa a se preocupa em recuperar os 
resíduos gerados pelos consumidores e destinar corretamente esse produto a uma 
empresa especializada. Na logística tradicional, o fluxo do processo evolui da 
56 
 
 
fábrica para o consumidor, enquanto que na logística reversa o foco é do 
consumidor à fábrica. 
Divide-se em quatro etapas: coleta, embalagem, expedição e destinação 
final, e a Logística Reversa percorre o processo descrito na figura 7. 
 
Figura 7 – Logística Reversa. 
 
Fonte: ROGERS E TIBBEN-LENKE p. 44 (1999). 
 
Percebe-se na figura 7 que a Logística Reversa inicia pelo fim, ou seja, o 
início do processo começa pelos resíduos gerados pelos consumidores. 
A logística reversa possibilita às organizações uma nova visão sobre o 
processo produtivo. Através desta é possível o reingresso dos bens ou de seus 
materiais contribuintes ao ciclo de negócios ou produtivo, por meio de uma estrutura 
de fluxos reversos que ao otimizar o reaproveitamento cria condições agregando 
valores econômicos e à cadeia de suprimentos (BARBOSA, 2017; CARNEIRO, 
2019). 
Mendonça et.al (2017) afirmam que houve um aumento considerável de 
consciência ecológica do consumidor, que passou a valorizar produtos advindos de 
empresas que apresentam e divulgam uma maior preocupação ambiental. 
 
 
 
57 
 
 
2.1.6 OSHAS 18001 e a nova ISO 45001 
 
A certificação OHSAS 18001, Occupational Health ans Safety Assessments 
Series oficialmente publicada pela BSI – British Standards Institution, demonstra o 
compromisso de uma organização com segurança, higiene e saúde ocupacional, 
alinhado com a legislação e pode ser adotada por organizações de quaisquer porte 
e natureza que desejam implementar um sistema formal de gestão para redução e 
mitigação dos riscos associados com saúde e segurança no ambiente de trabalho 
para os colaboradores, clientes e o público em geral (CARVALHO E PALADINI, 
2012). 
Estabelece um sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional com 
objetivo principal de minimizar os riscos ao funcionário. Tem por objetivo fornecer 
às organizações os elementos de um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no 
Trabalho (SST) eficaz, que seja passível de integração com os demais sistemas de 
gestão, de forma a auxiliá-las a alcançar seus objetivos de segurança e saúde 
ocupacional (DREHER; PAULA; FILHO, 2019). 
Permite que a organização possa estabelecer e avaliar a eficácia dos 
procedimentos destinados a definir a política e os objetivos de Saúde e Segurança 
no Trabalho (CORRÊA, 2004). 
A OHSAS 18001 é uma norma de Sistema de Gestão de Segurança e 
Saúde Ocupacional (SGSSO) que visa proteger e assegurar que os colaboradores 
de uma organização tenham um ambiente detrabalho saudável e seguro. Durante 
muito tempo, foi a norma utilizada para compor os sistemas de gestão das empresas 
por não ter uma norma ISO com esse escopo. Porém, em 2018 foi publicada a ISO 
45001 com esse tema e a tendência é que as empresas que eram certificadas na 
OHSAS 18001 façam a transição para a ISO 45001 (LOOR e RODRIGUEZ,2016). 
 
 
2.2 QUALIDADE 
 
Para se atentar a relevância da Qualidade, precisa-se permear um pouco 
pelo passado através de uma visão histórica da trajetória buscando interpretar 
conceito e evolução desta área, para Neves e Neves (2000), a Qualidade passou a 
58 
 
 
ter um enfoque ampliado a todas as atividades exigindo interação de todos os 
processos e atingindo uma preocupação global com toda a administração. 
Corroborando com este pensamento, Carpinetti e Gerolamo (2016) expõem 
que a implementação de sistema de gestão da qualidade requer um grande esforço 
de planejamento e revisão de progresso por abranger uma gama importante e 
considerável das atividades envolvidas. 
A gestão da qualidade evoluiu ao longo do século XX desdobrando-se por 
quatro estágios importantes: a inspeção do produto, o controle do processo, os 
sistemas de garantia da qualidade e a gestão da qualidade total ou gestão 
estratégica da qualidade (CARVALHO, PALADINI, 2012; CARPINETTI, 2016; 
CARPINETTI; GEROLAMO, 2016). 
Todavia, o conceito de qualidade evoluiu ao longo das décadas. Em 1945, 
nos EUA, surgiu a primeira associação de profissionais da área de qualidade, a 
Society of Quality Engineers. Em 1946 foi fundada a American Society of Quality 
Control (ASQC), atualmente conhecida como American Society of Quality (ASQ), 
com a participação de importantes nomes da área da qualidade, como o membro 
fundador, Joseph Juran. Até o início dos anos 1950, a qualidade do produto, 
também conhecida como controle de qualidade (CQ), era atribuída à perfeição 
técnica, segundo a percepção do produtor, também difundida pelo termo product-
out. Nesta época, as primeiras associações da área de qualidade e seu impacto nos 
custos foram tecidas e foi proposta a primeira abordagem sistêmica. Foi criada a 
associação japonesa de cientistas e engenheiros, a JUSE, Japan Union of Scientists 
and Engineers (CARPINETTI; GEROLAMO, 2016). 
A partir da década de 1950 percebeu-se a qualidade associada ao grau de 
adequação aos requisitos do cliente e não somente ao grau de perfeição técnica. 
Esta percepção foi possível a partir da divulgação dos trabalhos de William Deming 
e Joseph Juran, ambos em 1990 (CARPINETTI, 2016). Daí em diante, a qualidade 
passou a ser conceituada como satisfação do cliente quanto à adequação do 
produto ao uso (CARPINETTI; MIGUEL; GEROLAMO, 2010). A ISO adota essa 
conceituação ao definir qualidade como “grau no qual um conjunto de 
características inerentes satisfaz a requisitos” (NBR ISO 9001, 2015). 
Em 1952, Juran lançou a publicação Planning and Practices in Quality 
Control (Planejamento e Práticas em Controle de Qualidade) que apresenta um 
modelo que envolve planejamento e apuração dos custos da qualidade. Armand 
59 
 
 
Feigenbaum foi o pioneiro em tratar a qualidade de forma sistêmica nas 
organizações, formulando o sistema de Controle da Qualidade Total (TQC) ou Total 
Quality Control, que influenciaria fortemente o modelo proposto pela International 
Organization Standardization (ISO), a série ISO 9000 (CARVALHO; PALADINI, 
2012). 
Em 1957, Philip B. Crosby lançou elementos que criaram o programa Zero 
Defeito, que se popularizou muito na época em empresas e programas militares. 
Alguns prêmios merecem destaque, como o Prêmio Deming que seria atribuído à 
empresa que mais se destacasse na área de qualidade no ano, criado em 1951 em 
homenagem a Deming, no final da década de 1980 surgiu um prêmio similar nos 
EUA, o Prêmio Malcom Baldrige (1987), posteriormente na Europa, o Prêmio 
Europeu da Qualidade (1991), e no Brasil, Prêmio Nacional da Qualidade - PNQ 
(1992). 
Taiichi Ohno, teórico nascido em Dalian na China, de pais japoneses, teve 
grande influência em um novo modelo, com a utilização do modelo Japonês 
(Company Wide Quality Control) que trazia consigo vários elementos novos à nova 
Gestão da Qualidade. Ohno influenciou a qualidade no sentido da aversão ao 
desperdício. De acordo com Carvalho et.al (2005), foi Ohno quem devolveu aos 
funcionários a total responsabilidade pela qualidade dos produtos que produziam, 
permitindo a estes que parassem a linha de produção caso houvesse não 
conformidades, e extinguindo-se assim a inspeção. A gestão de qualidade 
japonesa, criou a parceria com fornecedores, tornando-se um fator crítico para o 
sucesso das empresas. Shigeo Shingo e Kaoru Ishikawa tiveram importância e 
relevante ajuda para a nova gestão, com a troca rápida de ferramentas e na difusão 
das sete ferramentas da qualidade. 
As Ferramentas da Qualidade podem ser definidas como técnicas que 
identificam e melhoram a qualidade dos processos e consequentemente dos 
produtos e serviços. Elas são utilizadas com o objetivo de analisar, mensurar e 
propor soluções para problemas que podem interferir nos resultados da 
organização. Existem sete principais ferramentas, sendo elas: Diagrama de 
Ishikawa; Folha de Verificação; Estratificação; Gráfico de Pareto; Histograma; 
Diagrama de Dispersão; Gráfico de Controle (Carpinetti, 2016), estas serão 
aprofundadas no item 2.2.4 do presente estudo. 
60 
 
 
Em 1987, em meio a expansão da globalização, surgiu o modelo normativo 
da ISO para a área da Gestão da Qualidade, a série 9000, Sistemas de Garantia da 
Qualidade. Embora em algumas situações, essa norma, que é de caráter voluntário, 
pudesse ter sido utilizada como barreira técnica às exportações, de maneira geral 
ela facilitou a relação de cliente e fornecedor ao longo da cadeia produtiva dispersa 
geograficamente (CARVALHO, 2005). 
A ISO 9000 expandiu-se rapidamente tornando-se um requisito em muitas 
cadeias, principalmente a automobilística, que criou diretrizes adicionais. E como 
mostra Carvalho e Paladini (2012), a cadeia automobilística criou diretrizes como 
QS 9000, que era um padrão de qualidade desenvolvido por um esforço conjunto 
das três grandes montadoras americanas General Motors, Chrysler e Ford, que 
convergiam para uma especificação técnica ISO TS 16949, em 1999 para todo o 
setor. Essa especificação técnica visa o desenvolvimento de um sistema de gestão 
da qualidade que oferece a melhoria contínua, enfatizando prevenção do defeito e 
redução da variação e desperdício na indústria automobilística, cadeia de 
fornecimento e produção. 
A Figura 8 facilita o entendimento da breve revisão histórica traçando uma 
trajetória da evolução da qualidade ao longo do último século. 
 
Figura 8 – Ondas da Gestão da Qualidade. 
 
Fonte: Carvalho e Paladini (2012 p.7). 
61 
 
 
Os quatro estágios da evolução da qualidade podem ser divididos em quatro 
ondas, como definido por Carvalho e Paladini (2012), conforme Figura 3. Assim 
como Garvin (1992), Mainardes, Lourenço e Tontini (2010) defendem como eras: 
“Era da Inspeção”, consistia em separar o bom produto do produto defeituoso por 
meio da observação direta. “Era do Controle Estatístico”, com o aumento da 
produção, a inspeção por observação direta tornou-se impraticável; surge então o 
Controle Estatístico do Processo (CEP), embasado em amostragens e na 
identificação de padrões de qualidade e desempenho do processo, com a 
Capacidade do Processo (Cp) e o índice de Capacidade do Processo (Cpk). “Era 
da Garantia da Qualidade”, são criados departamentos específicos que tinham 
como principal atribuição preparar e ajudar a administrar a qualidade dos produtos 
da organização (estabelecer padrões, avaliar o desempenho, agir quando 
necessário, planejar melhorias). “Era da Administração da Qualidade Total (Total 
Quality Management/TQM)”, integração de toda organização na construçãoe 
manutenção dos produtos, serviços e da própria organização. 
A qualidade não é mais encarada apenas como um aspecto voltado ao setor 
de produção, mas sim como uma questão maior nas empresas (SLACK; 
CHAMBERS; JOHNSTON, 2002). 
 
 
2.2.1 Abordagens da qualidade 
 
Elaborada a partir pesquisa de Garvin (1987), Carvalho e Paladini (2012) 
sintetizaram as cinco abordagens distintas da qualidade descritas no quadro 1: 
 
Quadro 1 – Abordagens da qualidade 
 
Fonte: Adaptado de Carvalho; Paladini (2012). 
62 
 
 
2.2.2 ISO 9001:2015 
 
Desde 1987 o Comitê Técnico da ISO (CT-176), responsável pelas normas 
da qualidade, lançou várias edições contendo revisões das normas e diretrizes que 
compõem a família de normas da série ISO 9000, tendo como principais 
(CARPINETTI; GEROLAMO, 2016): 
⎯ ISO 9000:2015: Sistemas de Gestão da qualidade – Fundamentos e 
vocabulário, que apresenta fundamentos e vocabulário; 
⎯ ISO 9001:2015: Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos, que 
é a norma certificável, apresentando os requisitos básicos para um 
SGQ; e a 
⎯ ISO 9004:2010: Gestão para o sucesso sustentado de uma 
organização – uma abordagem da gestão da qualidade, que 
apresenta recomendações para a melhoria do desempenho dos 
SGQs. 
As normas ISO 9000 são reconhecidas internacionalmente e, em alguns 
nichos de mercado, têm forte apelo comercial incentivando vendas e estabelecendo 
parcerias comerciais. 
A ISO 9001: 2015 é a principal norma e especifica os requisitos para um 
Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) quando uma organização almeja 
demonstrar sua habilidade para a provisão de produtos e serviços que atendam às 
necessidades dos clientes, assim como dos requisitos legais e regulamentações 
aplicáveis (ANDRADE et.al, 2018). É um padrão certificável de qualidade que 
 
 
2.2.2.1 Requisitos do sistema da qualidade ISO 9000:2015 
 
Com base na experiência acumulada pelo comitê da ISO e nos princípios 
de gestão estabelecidos pela ISO 9000:2015, o modelo de gestão da qualidade ISO 
9001:2015 é detalhado nas sete cláusulas que seguem: 
⎯ Contexto da organização (cláusula 4 da norma); 
⎯ Liderança (cláusula 5 da norma); 
63 
 
 
⎯ Planejamento do Sistema da Gestão da Qualidade (cláusula 6 da 
norma); 
⎯ Suporte (cláusula 7 da norma); 
⎯ Operação (cláusula 8 da norma); 
⎯ Avaliação de Desempenho (cláusula 9 da norma); 
⎯ Melhoria (cláusula 10 da norma). 
A Figura 9 extraída da norma ilustra as relações entre os processos ou 
requisitos de gestão. Os processos 6, 7, 8, 9 e 10 formam um ciclo PDCA de 
melhoria e conforme Carpinetti (2016), todos os processos dessas cláusulas 
dependem do papel e das atividades de liderança requeridas pela ISO 9001:2015. 
 
Figura 9 – Modelo de sistema de Gestão da Qualidade da ISO 9001:2015 
 
Fonte: ABNT NBR ISO 9001:2015. 
 
Conforme Assis e Santos (2012 p.4), “o modelo SGQ é inspirado na 
abordagem por processos, no qual os clientes possuem um papel importante na 
definição das exigências das entradas que devem estar alinhadas com os requisitos 
do SGQ”. 
Douglas, Coleman e Oddy (2003), consideraram esta norma um elemento 
básico e introdutório que visa estabelecer processos organizados e estruturados. 
64 
 
 
Maekawa, Carvalho e Oliveira, corroboraram com o mesmo pensamento dez anos 
depois, em 2013, defendendo-a como padrão certificável e aplicável, pelo menos 
em tese, por todos os tipos de organizações independentemente do tipo, tamanho 
ou produto/serviço oferecido. 
 
 
2.2.4 Ferramentas da qualidade 
 
Carvalho e Paladini (2012) expressam que as boas práticas da Gestão da 
Qualidade elegeram determinadas ferramentas que geram resultados mais visíveis 
no esforço pela melhoria dos processos. 
As Ferramentas da Qualidade podem ser definidas como técnicas que 
identificam e melhoram a qualidade dos processos e consequentemente dos 
produtos e serviços e são utilizadas com o objetivo de analisar, mensurar e propor 
soluções para problemas que podem interferir nos resultados da organização. 
Existem sete principais ferramentas, sendo elas (CARPINETTI,2016): 
⎯ Diagrama de Ishikawa: conhecido como diagrama de causa e efeito ou 
diagrama de espinha de peixe, foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa, com o 
objetivo de explorar e indicar todas as causas possíveis de um problema. 
Fazendo uma relação de causas e efeitos, a elaboração do diagrama de 
Ishikawa parte da análise de todos os fatores da cadeia produtiva. 
A figura 10 demonstra o diagrama de causa e efeito apresentando as seis 
categorias básicas que são: método, mão-de-obra, matéria-prima, meio 
ambiente, máquina e medição (CAMPOS, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
 
 
Figura 10 – Diagrama de causa e efeito. 
 
Fonte: CAMPOS (2004). 
⎯ Folha de Verificação ou Checklist: são formulários usados para o registro de 
dados que serão analisados, facilitando sua avaliação com o objetivo de 
organizar, simplificar e otimizar o registro das informações, por meio da coleta 
de dados. Segundo Carpinetti (2016), a folha de verificação consiste em um 
formulário no qual os itens a serem examinados já estão impressos, os tipos 
mais empregados são: Verificação para a distribuição de um item de controle 
de processo, com definição dos limites LIE – Limite Inferior da Especificação e 
LSE – Limite Superior da Especificação (Figura11); 
 
Figura 11 – Folha de verificação de um item de controle de processo. 
 
Fonte: CARPINETTI (2016). 
66 
 
 
E Verificação para classificação de defeitos (Figura 12). 
 
Figura 12 – Folha de verificação para a classificação de defeitos. 
 
Fonte: CARPINETTI (2016). 
⎯ Estratificação: é o processo de dividir os elementos gerais em subgrupos mais 
específicos e tem como função analisar os dados para identificar a variação dos 
fatores, buscando oportunidades de melhorias. Para Carpinetti (2016) a 
estratificação é um recurso muito útil na fase de observação e análise de dados, 
salienta que a origem dos dados seja identificada e que os dados sejam 
coletados durante um período de tempo não muito curto para que se possam 
analisar os dados em função do tempo. 
⎯ Gráfico de Pareto: é uma ferramenta muito utilizada para encontrar problemas 
e identificar os possíveis benefícios de sua resolução, é uma técnica que 
permite selecionar prioridades quando se enfrenta um grande número de 
problemas. A figura 13 representa a estrutura do diagrama de Pareto. 
 
Figura 13 – Gráfico de Pareto. 
 
Fonte: CAMPOS (2004). 
67 
 
 
⎯ Histograma: é um gráfico de barras verticais formado a partir da distribuição de 
frequências de um determinado evento, sendo possível avaliar as variações de 
um evento de acordo com sua intensidade. Carpinetti (2016) evidencia que a 
comparação de dados resultantes de um processo organizados na forma de 
histograma, permite saber se o processo é capaz ou não de atender às 
especificações, se existe a necessidade de adotar alguma medida para reduzir 
a variabilidade do processo e ainda permite saber se a média da distribuição 
das medidas da característica da qualidade está próxima do centro da faixa de 
especificação (valor nominal). Na figura 14 Carpinetti (2016) exemplifica a 
ferramenta: 
 
Figura 14 – Histograma. 
 
Fonte: CARPINETTI (2016). 
⎯ Diagrama de Dispersão: ferramenta utilizada para realizar previsões e verificar 
a existência de correlação entre variáveis que pode servir para uma análise 
entre duas causas, dois efeitos ou causa e efeito de um processo, sendo 
necessário a realização da coleta, registo dos dados, construção e análise do 
cálculo, para posteriormente dispô-los em um gráfico. Carpinetti (2016) expõe 
alguns padrões de relacionamento entre duas variáveis: Relação Positiva: o 
aumento de uma variável leva a um aumento da outra (Figura 15ª); Relação 
Negativa: o aumento de uma variável leva à diminuição da outra variável (Figura 
15b); Relação Inexistente: a variação de uma variávelnão leva a uma variação 
sistemática da outra variável (Figura 15c). 
 
68 
 
 
Figura 15 – Diagrama de dispersão: correlação positiva (a), negativa (b) e inexistente (c). 
 
Fonte: CARPINETTI (2016). 
⎯ Gráfico de Controle: utilizado quando se tem como objetivo monitorar o 
desempenho de um processo com saídas frequentes, ou seja, fornece uma 
visão sobre um processo em execução, são ferramentas utilizadas para 
identificar e quantificar os tipos de variações existentes em um processo, além 
de permitir a coleta de dados para serem utilizado nos estudos de variabilidade. 
Tem como objetivo garantir que o processo opere na melhor condição, e em 
grande maioria são utilizados dois tipos de gráfico de controle que visam 
registrar a variância do processo, tais como, média e amplitude. Para os 
registros efetuados, quando a média e a respectiva amplitude estão em controle 
estatístico, seus pontos no gráfico serão distribuídos de maneira aleatória perto 
da linha central, contudo, não existindo o controle estatístico, as distribuições 
dos respectivos pontos serão de maneira não aleatória (CARPINETTI, 2016). 
Este autor exemplifica conforme a figura 16. 
 
Figura 16 – Ilustração dos gráficos da média e da amplitude. 
 
Fonte: CARPINETTI (2016). 
69 
 
 
Para Carvalho e Paladini (2012 p. 359) uma possível classificação pode 
considerar duas dimensões básicas: (1) ferramentas que investem em ações para 
facilitar o entendimento de como o processo opera via imagens ou outras formas de 
representação do próprio processo ou de partes dele, e (2) ferramentas que atuam 
sobre o processo produtivo, gerando ações específicas. Para estes autores, cada 
grupo envolve ferramentas bem definidas, conforme segue na Tabela 1: 
 
Tabela 1 – Classificação das ferramentas 
 
Fonte: CARVALHO e PALADINI (2012 p. 359) 
 
Carvalho e Paladini (2012), Barros e Bonfanni (2014) e Carpinetti (2016) 
observaram em seus estudos que a seleção da ferramenta mais adequada exige o 
prévio conhecimento da ferramenta em si e requer amplo conhecimento do 
processo produtivo no qual ela será inserida. 
Segundo Carpinetti (2016, p. 75) as ferramentas da qualidade podem ser 
classificadas quanto à finalidade conforme tabela 2 a seguir: 
 
 
 
 
70 
 
 
Tabela 2 – Principais finalidades das ferramentas da qualidade. 
 
Fonte: CARPINETTI p. 75 (2016). 
 
Os cinco sensos, conhecido como 5S é um conjunto de práticas com 
objetivo principal de organização e racionalização do ambiente de trabalho. 
Difundido na língua inglesa como House keeping, surgiu no Japão na década de 
50, logo após a segunda guerra mundial, como um programa de Controle da 
Qualidade Total Japonês (CARPINETTI, 2016). 
O programa, embora conceitualmente muito simples, é de difícil 
implementação e manutenção, e quando aplicado corretamente traz benefícios para 
as empresas se manterem no mercado competitivo reduzindo os desperdícios, 
melhorando a produtividade e melhorando o local de trabalho. 
Segundo Carpinetti (2016) o 5S provém de palavras da língua japonesa, 
iniciadas com a letra “S”: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke (Tabela 3). 
 
Finalidade Ferramanta
Amostragem e estratificação
Folha de verificação
Histograma, medidas de locação e variância
Diagrama de Pareto
Gráfico de tendência, gráfico de controle
Mapeamento de processo
Matriz de priorização
Estratificação
Diagrama espinha de peixe
Diagrama de afinidades
Diagrama de relações
Relatório da três gerações (passado, presente e futuro)
Diagrama de árvore
Diagrama de processo decisório
5W2H (What? Who? Where? When? Why? How? How much? )
5S
Amostragem e estratificação
Folha de verificação
Histograma, medidas de locação e variância
Diagrama de Pareto
Gráfico de tendência, gráfico de controle
Identificação e priorização de problemas
Elaboração e implementação de soluções
Verificação de resultados
71 
 
 
Tabela 3 – Significado das palavras do 5S. 
 
Fonte: CARPINETTI (2016). 
 
A implementação dos 5S deve ser realizada S por S, ou seja, passo a passo 
e um dos recursos para mantê-lo ativo, de acordo com Carpinetti (2016) é utilizar 
algum critério de penalização ou premiação das equipes responsáveis pela 
manutenção do programa em determinadas áreas. 
Além das ferramentas da qualidade citadas anteriormente, outras diversas 
ferramentas que podem ter aplicação prática e levar às organizações a melhoria 
dos processos com qualidade. Entre as mais conhecidas existem ferramentas para 
a geração de ideias como o brainstorming, brainwriting, benchmarking e o diagrama 
de afinidades que pressupõem o estímulo à criatividade, podendo ser direcionadas 
para um problema específico ou genérico. São muito utilizadas nos processos de 
inovação e no desenvolvimento de produtos, bem como na resolução de problemas 
por meio de ideias inovadoras (GOMES, 2019). 
 
 
 
72 
 
 
 DESENVOLVIMENTO 
 
3.1 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE 
 
Com o objetivo de verificar a importância dos indicadores de 
sustentabilidade esta parte do estudo contempla a análise dos artigos e periódicos 
contidos na base SciELO cobrindo a expressão “Indicadores de Sustentabilidade”. 
A base SciELO – Scientific Eletronic Library Online, é uma biblioteca eletrônica que 
abrange uma coleção selecionada de periódicos brasileiros (SCIELO, 2020). A 
escolha da base se justifica porque buscou-se artigos escritos em português, 
predominantemente por pesquisadores brasileiros para que possamos analisar a 
importância deste referencial do ponto de vista Brasil. 
O site da SciELO é parte do Projeto FAPESP (Fundação de Amparo à 
Pesquisa do Estado de São Paulo), BIREME (Centro Latino-Americano e do Caribe 
de Informação em Ciências de Saúde) e CNPq (Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico) (SCIELO, 2020). No espaço destinado 
para pesquisas, da base de dados SciELO, sem seleção de campo específico, foi 
digitada a expressão “Indicadores de Sustentabilidade”, no mês de abril de 2020 e 
foram encontrados 24 artigos, vide figura 17. 
 
Figura 17 – Print da Página SciELO para pesquisa de publicações envolvendo a expressão 
“indicadores de sustentabilidade”. 
 
Fonte: SCIELO (2020). 
 
Algumas leis referenciam os estudos bibliométricos de forma sistêmica: 
73 
 
 
⎯ Lei de Bradford ou Lei da Dispersão dos periódicos foi criada em 
janeiro de 1934, por Samuel C. Bradford e mensura o grau de atração 
de periódicos sobre determinada temática. Permite, mediante a 
mediação da produtividade das revistas, estabelecer o núcleo e as 
áreas de dispersão sobre um determinado assunto em um mesmo 
conjunto de revistas. (BRADFORD, 1934; VANTI, 2002). 
⎯ Lei de Zipf ou Lei do Mínimo Esforço mensura a quantidade de 
ocorrências do aparecimento das palavras em vários textos, dessa 
maneira, gerando uma lista de termos de uma determinada temática 
utilizada para verificar qual tema científico é tratado nas publicações 
e divide-se em: 
 
1. Primeira Lei de Zipf: afirma que o produto da ordem de série de 
uma palavra multiplicado pela frequência de ocorrência era 
aproximadamente constante. Representada pela fórmula: r. f = c, 
onde: r = produto; f= frequência; c = constante. 
2. Segunda Lei de Zipf: enuncia que, em um determinado texto, 
várias palavras de baixa frequência de ocorrência (alta ordem de 
série) têm a mesma frequência (GUEDES; BORSCHIVER, 2005, p. 
6). 
 
⎯ Lei do Quadrado Inverso, formulada por Lokta, em 1926, é a lei que 
rege o crescimento da literatura produzida por meio de um modelo 
de distribuição de tamanho-frequência da produtividade de autores 
em um conjunto de publicações. Pode ser entendida como uma 
função de probabilidade, pois quanto maior o quantitativo de 
publicações mais fácil é publicar um novo trabalho. Os 
pesquisadores mais produtivos conseguem maior reconhecimento e 
estes têm acesso a maiores recursos para o aprimoramento de suas 
pesquisas (MALTRÁS BARBA,2003). 
A tabela 4 representa os aspectos das três leis que regulam os estudos 
bibliométricos. 
 
 
 
 
74 
 
 
Tabela 4 – Leis que regem os estudos bibliométricos. 
Fonte: CHUEKE; AMATUCCI (2015 p. 3). 
 
Para Okubo (1997, p.6), “bibliometria é uma ferramenta pela qual o estado 
da ciência e da tecnologia pode ser observado por meio da produção geral da 
literatura científica, em um dado nível de especialização”. 
A bibliometria trata-se de uma técnica quantitativa e estatística que permite 
medir índices de produção e disseminação do conhecimento, acompanhar o 
desenvolvimento de diversas áreas científicas e os padrões de autoria, publicação 
e uso dos resultados de investigação (OKUBO, 1997, p.8; ARAÚJO, 2006, p.12). 
A técnica bibliométrica utilizada nesta etapa do estudo foi a contagem, não 
tendo sido percebida a necessidade de utilização de outros softwares de apoio, em 
vista do número de artigos encontrados sobre o tema pesquisado. 
A contagem foi feita utilizando-se os softwares Microsoft Excel e Word. 
Construiu-se uma planilha eletrônica Excel para a qual foram transportados os 
dados de cada um dos 24 artigos: ano de publicação; nome do periódico em que foi 
publicado; classificação do periódico no Qualis-CAPES; título do artigo; nome dos 
autores; as palavras-chave de cada artigo, o que deu origem à busca e posterior 
análise do resumo de cada estudo. 
A sintetização dos artigos em uma planilha Excel, após leitura completa e 
análise, permitiu a classificação e categorização, tais como: o ano mais produtivo 
em relação aos demais, as palavras-chave mais empregadas, os periódicos que 
mais publicaram e a classificação Qualis-CAPES dessas revistas. Este último ponto 
levanta a importância de tais artigos. A seguir, são apresentados os dados obtidos 
através da análise bibliométrica, expostos por gráficos e quadros explicativos. 
Foram analisados 24 artigos sobre “Indicadores de Sustentabilidade” 
publicados na base da SciELO, verificando que 2009 foi o ano mais produtivo, no 
LEIS MEDIDA CRITÉRIO OBJETIVO PRINCIPAL 
Lei de Bradford Grau de atração do 
periódico 
Reputação do periódico Identificar os periódicos mais 
relevantes e que dão maior 
vazão a um tema em 
específico 
Lei de Zipf Frequência de 
palavras-chave 
Lista ordenada de temas Estimar os temas mais 
recorrentes relacionados a 
um campo de conhecimento 
Lei de Lotka Produtividade autor Tamanho-frequência Levantar o impacto da 
produção de um autor numa 
área de conhecimento 
 
75 
 
 
qual ocorreu a publicação de quatro artigos que se enquadram na temática, como 
evidencia o gráfico 2. 
 
Gráfico 2 – Quantidade de artigos publicados por ano na base SciELO. 
 
Fonte: Autora a partir dos dados da SciELO (2020). 
 
Vale ressaltar que em 2009, ano em que foi publicado o maior número de 
artigos referentes a Indicadores de Sustentabilidade na base SciELO, ocorreu a 
Conferência Climática de Copenhagen, capital da Dinamarca (COP-15). O encontro 
foi considerado o mais importante da história dos acordos multilaterais ambientais, 
pois teve por objetivo estabelecer o tratado que substituiria o Protocolo de Kyoto 
(AMATO NETO, 2011). 
Outro ponto relevante a ser exposto é o fato que em 2012, ano em que 
aconteceu a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável 
(CNUDS), no Rio de Janeiro, conhecida como Rio +20, foi publicado apenas um 
artigo referente ao tema e isso se repetiu nos dois anos seguintes. 
Nos anos de 2004, 2009, 2015, 2016 e 2018 apresentou-se maior 
quantitativo de publicações conforme evidenciado no gráfico 2 anteriormente 
exposto, os demais anos tiveram apenas uma publicação. 
Aplicando-se a Lei de Zipf foram identificadas as palavras-chave 
empregadas nos artigos, as que ocorreram com maior frequência foram: 
76 
 
 
Indicadores de sustentabilidade (23), Desenvolvimento sustentável (6), Barômetro 
da sustentabilidade (2), Resíduos sólidos urbanos (2), Gestão ambiental (2) e 
Sustentabilidade ambiental (2). 
Os filtros da planilha Excel permitiram observar os aspectos das palavras-
chave oriundas dos 24 artigos. As palavras que emergiram foram submetidas ao 
Infogram, uma ferramenta web de visualização de dados que permite a criação de 
gráficos, mapas e infográficos provindos da nuvem de palavras gerada previamente. 
A ferramenta Infogram permite que a nuvem de palavras seja gerada garantindo 
maior proeminência às palavras que aparecem com maior frequência no texto 
submetido. A vantagem da ferramenta Infogram, aplicada a este estudo, foi 
diversificar a forma de apresentação de resultados, proporcionando uma rápida 
visualização e contextualização do tema central, por intermédio do tamanho das 
palavras destacadas. A autora da presente pesquisa entende que a visualização 
ficou mais rica se comparada a outros recursos gráficos. Outras figuras foram 
emergindo das contagens, em diferentes formatos, e permitiram reflexões sobre as 
24 obras encontradas na base SciELO. 
A figura 18, elaborada com o auxílio da ferramenta citada apresenta as 
palavras-chave mais empregadas pelos autores dos artigos analisados. 
 
Figura 18 – Palavras-chave mais empregadas pelos autores. 
 
Fonte: Autora com o auxílio do Infogram (2020). 
 
Foi realizada, além das análises dos períodos de publicação e palavras-
chave, uma análise referente à classificação dos periódicos nos quais os 24 artigos 
estão publicados. Para esta classificação utilizou-se o Qualis-CAPES que é um 
sistema brasileiro de avaliação de periódicos, mantido pela Coordenação de 
77 
 
 
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O Qualis-CAPES, através 
da Plataforma Sucupira, relaciona e classifica os veículos utilizados para a 
divulgação da produção intelectual dos programas de pós-graduação do tipo stricto-
sensu (mestrado e doutorado), quanto ao âmbito da circulação (local, nacional ou 
internacional) e à qualidade (A, B, C), por área de avaliação (MINISTÉRIO DA 
EDUCAÇÃO, 2020). 
Na classificação Qualis-CAPES realizada nos 24 artigos voltados à 
Indicadores de Sustentabilidade que existem na base SciELO, a maioria dos artigos 
está classificada com A2 para o periódico em que foi divulgado. As informações 
levantadas seguem representadas nos quadros 2 e 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
78 
 
 
Quadro 3 – Classificação A Qualis-CAPES dos artigos conforme publicação. 
 
Fonte: Elaborado pela Autora a partir dos dados Qualis-CAPES (2020). 
Classificação 
Qualis-CAPES
Revista Latino-
Americana de 
Enfermagem
A1
Construção de 
indicadores de 
sustentabilidade na 
dimensão da saúde 
para gestão de 
resíduos sólidos.
Veiga, T. B.; 
Coutinho, S. S; 
Andre, Silva, C. S.; 
Mendes, A. A. & 
Takayanagui, A. M. 
M.
0104-1169 
Enfermagem 
Ciências da saúde
Cadernos de 
Saúde Pública
A2
 Indicadores de 
sustentabilidade 
ambiental e de saúde 
na Amazônia Legal, 
Brasil. 
Freitas, C. M. & 
Giatti, L. L.
0102-311X Saúde 
coletiva
Revista 
Ambiente & 
Água
A2
Expansão urbana da 
Região Metropolitana 
de Belém sob a ótica 
de um sistema de 
índices de 
sustentabilidade.
Pereira, F. S. & 
Vieira, I. C. G.
1980-993X 
Planejamento urbano 
e 
regional/demografia
CADERNOS 
EBRAPE BR
A2
Indicadores de 
sustentabilidade: um 
levantamento dos 
principais sistemas de 
avaliação. 
Van Bellen, H. M. 
1679-3951 
Administração 
pública e de 
empresas
Ambiente & 
Sociedade
A2
Desenvolvimento 
sustentável: uma 
descrição das 
principais ferramentas 
de avaliação.
Van Bellen, H. M.
1414-753X 
Interdisciplinar
Sociedade & 
Natureza
A2
Uma proposta para 
avaliar a 
sustentabilidade da 
expansão do cultivo da 
cana-de-açúcar no 
estado do Mato 
Grosso do Sul.
Guimarães, L. T.; 
Turetta, A. P. D. & 
Coutinho, H. L. C.
1982-4513 Ciências 
ambientais
Ambiente & 
Sociedade
A2
 Sustentabilidade 
sociocultural e boavida em sites 
patrimoniais:Avaliação 
do caso Agua Blanca, 
Equador. 
Endere, M. L. & 
Zulaica, M. L. 
1414-753X 
Interdisciplinar
Revista de 
Economia e 
Sociologia 
Rural
A2
Medida da 
convergência de 
prioridades em 
planejamento 
participativo: Indicador 
de Sustentabilidade 
em Sistemas de 
Interesses - ISSI.
D'Agostini, L. R., & 
Fantini, A. C.
0103-2003 
Sociologia
Sociedade & 
Natureza
A2
 Desenvolvimento 
sustentável no brasil: 
uma análise a partir da 
aplicação do 
barômetro da 
sustentabilidade. 
Kronemberger, D. 
M. P.; Clevelario 
Junior, J.; 
Nascimento, J. A. 
S.; Collares, J. E. 
R. & Silva, L. C. D.
1982-4513 Ciências 
ambientais
Ciência 
Florestal
A2
Sustentabilidade em 
sistemas 
agroflorestais: 
Indicadores 
socioeconômicos.
Daniel, O.; Couto, 
L.; Silva, E.; 
Passos, C. A. M.; 
Jucksch, I. & 
Garcia, R..
1980-5098 Ciências 
Ambientais
Revista 
brasileira de 
Pesquisa em 
Turismo
A2
Sistema de 
indicadores de 
sustentabilidade do 
desenvolvimento do 
turismo: um estudo de 
caso do município de 
Areia - PB.
Silva, N. C.; 
Candido, G. A.
1982-6125 Turismo
Periódico Título Autores ISSN / Área
79 
 
 
Quadro 4 – Classificação B Qualis-CAPES dos artigos conforme publicação. 
 
Fonte: Elaborado pela Autora a partir dos dados Qualis-CAPES (2020). 
Classificação 
Qualis-CAPES
Engenharia 
Sanitária e 
Ambiental
B1
Uso de indicadores de 
sustentabilidade para 
avaliação da gestão 
de resíduos sólidos 
urbanos na Região 
Metropolitana de Belo 
Horizonte.
Barros, R. T. V. & 
Silveira, A. V. F.
1413-4152 
Engenharias
Revista Escola 
de Minas
B1
Aplicação do Índice 
Global de 
Sustentabilidade na 
explotação de coquina 
na Península de Santa 
Elena.
Granda, W. J. V. & 
Lima, H. M.
0370-4467 
Engenharias
Engenharia 
Sanitária e 
Ambiental
B1
 Indicadores de 
sustentabilidade na 
avaliação de granjas 
suinícolas.
Gomes, L. P.; 
Peruzatto, M.; 
Santos, V. S. e 
Sellitto, M. A. 
1413-4152 
Engenharias
Engenharia 
Sanitária e 
Ambiental
B1
 Matriz de indicadores 
de sustentabilidade 
para a gestão de 
resíduos sólidos 
urbanos.
Santiago, L. S. & 
Dias, S. M. F.
1413-4152 
Engenharias
Engenharia 
Sanitária e 
Ambiental
B1
 Avaliação da 
sustentabilidade 
ambiental do uso de 
esgoto doméstico 
tratado na 
piscicultura. 
Santos, E. S.; 
Mota, S.; Santos, 
A. B.; Monteiro, C. 
A. B. & Fontenele, 
R. M. M. 
1413-4152 
Engenharias
Engenharia 
Sanitária e 
Ambiental
B1
Aplicação de 
indicadores de 
sustentabilidade para 
lagoas de 
estabilização.
Kellner, E.; Calijuri, 
M. C. & Pires, E. 
C.
1413-4152 
Engenharias
Engenharia 
Sanitária e 
Ambiental
B1
Indicadores de 
sustentabilidade para 
a gestão municipal de 
resíduos sólidos 
urbanos: um estudo 
para São Carlos (SP).
Polaz, C. N. M. & 
Teixeira, B. A. N. 
1413-4152 
Engenharias
Ciência Rural B1
 Sustentabilidade de 
sistemas de rotação e 
sucessão de culturas 
em solos de várzea no 
Sul do Brasil. 
Vernetti Junior, F. 
J.; Gomes, A. S. & 
Schuch, L. O. B. 
0103-8478 Ciências 
agrárias
Interações 
(Campo 
Grande)
B1
 Avaliação de 
prestação de serviços 
ecossistêmicos em 
sistemas 
agroflorestais através 
de indicadores 
ambientais.
Vasconcellos, R. 
C. & Beltrão, N. E. 
S.
1518-7012 
Sociologia
Periódico Título Autores ISSN / Área
80 
 
 
Quadro 4 – Classificação B Qualis-CAPES dos artigos conforme publicação (cont). 
 
Fonte: Elaborado pela Autora a partir dos dados Qualis-CAPES (2020). 
 
O quadro 2 lista os artigos publicados na base SciELO os quais seus 
periódicos receberam classificação A. Em seguida, o quadro 3, lista os artigos 
publicados na base SciELO que seus periódicos receberam classificação B. 
Na Classificação Qualis-CAPES foram aferidas a quantidade de artigos por 
classificação do periódico, evidenciando 11 classificados na categoria A e 13 na 
categoria B. 
Após aferidas a qualidade dos veículos de divulgação, ou seja, periódicos 
científicos, foram evidenciados que 11 dos 24 artigos estão publicados em veículos 
classificados na categoria A e 13 artigos estão publicados em veículos classificados 
na categoria B. O gráfico 3 apresenta os resultados em percentual. 
Classificação 
Qualis-CAPES
Gestão & 
Produção
B2
Sustentabilidade 
organizacional: 
aplicação de índice 
composto em uma 
empresa do setor 
químico.
Scholl, C. A.; 
Hourneaux Junior, 
F. & Galleli, B.
0104-530X 
Engenharias
Production B2
Aplicações do 
diagrama emergético 
triangular na tomada 
de decisão 
ecoeficiente.
Giannetti, B. F.; 
Barrella, F. A.; 
Bonilla, S. H. & 
Almeida, C. M. V. 
B.
0103-6513 
Engenharias
Gestão & 
Produção
B2
Revisão sistemática 
da literatura sobre 
medição de 
desempenho de 
sustentabilidade 
corporativa: uma 
discussão sobre 
contribuições e 
lacunas. 
Morioka, S. N.; 
Iritani, D. R.; 
Ometto, A. R. & 
Carvalho, M. M.
0104-530X 
Engenharia
Gestão & 
Produção
B2
Relatório de 
sustentabilidade: perfil 
das organizações 
brasileiras e 
estrangeiras segundo 
o padrão da Global 
Reporting Initiative .
Campos, L. M. S.; 
Sehnem, S.; 
Oliveira, M. A. S.; 
Rossetto, A. M; 
Coelho, A. L. A. L. 
& Dalfovo, M. S.
0104-530X 
Engenharias
Periódico Título Autores ISSN / Área
81 
 
 
Gráfico 3 - Percentual de artigos por classificação Qualis-CAPES dos periódicos. 
 
Fonte: Elaborado pela Autora a partir dos dados Qualis-CAPES (2020). 
 
As categorias A1 (4%) e A2 (42%), contemplam os periódicos de excelência 
internacional, já as categorias B1 (37%) e B2 (17%), abrangem os periódicos de 
excelência nacional. 
Não foram obtidas, na amostra artigos publicados em periódicos com 
classificação nas categorias B3, B4, e B5 que consideram os periódicos de média 
relevância e na categoria C que é a categoria que contempla periódicos de baixa 
relevância, ou seja, considerados não científicos e inacessíveis para avaliação. 
Quanto aos autores, foram encontrados um total de 73 nos 24 artigos. 
Apenas um, Bellen, publicou mais de um artigo e de acordo com análises, não foi 
citado pelos demais. Foram analisados os demais autores e estes não foram citados 
em outros artigos, de acordo com a busca realizada na base de dados da SciELO. 
A classificação do periódico no qual o autor Bellen publicou seus artigos, alcançou 
classificação A2. 
O gráfico 4 apresenta a quantidade de artigos publicados de acordo com a 
área. Tal informação permite constatar em quais áreas encontram-se concentradas 
a produção científica sobre a temática em análise. 
 
 
 
 
 
 
82 
 
 
Gráfico 4 – Quantidade de artigos publicados por área. 
 
Fonte: Elaborado pela Autora a partir dos dados Qualis-CAPES (2020). 
 
Quanto às áreas, observa se no gráfico 4, que a área Engenharias possui 
maior número de publicações (11), seguida por Ciências ambientais (3) 
evidenciando que estas concentram as produções de publicações sobre 
Indicadores de sustentabilidade. 
 
 
3.2 EMPRESAS BRASILEIRAS E O RANKING GLOBAL 100 DA CORPORATE 
KNIGHTS 
 
Com o objetivo principal de promover melhorias no desempenho e na 
gestão das empresas em relação às questões de sustentabilidade, a revista 
canadense Corporate Knights (CK), especializada em desenvolvimento sustentável 
e responsabilidade social, criou o ranking das 100 empresas de capital aberto mais 
sustentáveis do mundo. Esse ranking é divulgado anualmente desde 2005 e é aceito 
como referência na área uma vez que analisa um conjunto de empresas e suas 
atividades em escala mundial com base em dados de responsabilidade social, 
finanças, ambiente e gestão. A publicação desse ranking 2020 foi realizada no 
Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça) e representa um impacto de grande 
relevância no mercado consumidor, vista a projeção internacional que as empresas 
que participam dele adquirem diante da sociedade global.83 
 
 
O ranking Global 100 2020 pode ser encontrado no relatório divulgado no 
website oficial da Revista Corporate Knights conforme link: 
https://www.corporateknights.com/?s=Global+100+2020 
Atualmente são avaliadas 7395 empresas em todo o mundo, sendo os 
critérios de seleção das 100 melhores consideravelmente restritivos. Para a 
elaboração do ranking os especialistas consideram 21 indicadores de desempenho 
como: gestão financeira, de pessoal e de recursos; receita obtida de 
serviços/produtos com benefícios ambientais e/ou sociais; desempenho da cadeia 
de fornecedores, dentre outros (CORPORATE KNIGHTS, 2020). 
Do total de 100 empresas do Global 100 em 2020, 49 são da Europa. Os 
Estados Unidos e o Canadá contam com 29, enquanto 18 empresas são da Ásia, já 
a América Latina tem apenas três membros na lista, todos do Brasil. 
Esta etapa do estudo visa divulgar as informações das empresas brasileiras 
catalogadas no ranking Global 100, entre os anos de 2015 e 2020, e posteriormente, 
verificar a existência da relação entre a sustentabilidade e o desempenho de 
sistemas de gestão da qualidade das organizações presentes no ranking do ano de 
2020. Vale ressaltar que maior enfoque será dado às empresas presentes no 
ranking atualmente, com a finalidade de não se estender o estudo. 
De acordo com o ranking Global 100, as empresas brasileiras passaram a 
integrar o referido registro em 2010 quando Banco Bradesco S.A (94º), Petróleo 
Brasileiro S.A (96º) e Natura Cosméticos S.A (99º) atingiram as mencionadas 
colocações. Nos últimos cinco anos, apenas a Natura continua a compô-lo, onde 
aparece em 30º lugar, porém agora, em 2020, acompanhada do Banco do Brasil 
S.A (9°) e da CEMIG (19º), (CORPORATE KNIGHTS, 2020). 
No quadro 4 observa-se a classificação das empresas nacionais que se 
destacaram no cenário internacional pelo implemento da Gestão Ambiental eficiente 
no período de 2015 a 2020. 
 
Quadro 4 - Classificação das empresas brasileiras 2015 a 2020 – ranking CK 
 
Fonte: Adaptado de Corporate Knights (2020). 
Empresa 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Banco do Brasil S.A. - 75º - 49º 8º 9º
Banco Santander Brasil S.A. - - 60ª - - -
CEMIG - - - 18º 19º 19º
ENGIE Brasil Energia S.A. - - - 52º 72º -
Natura Cosméticos S.A. 44º 61º 19º 14º 15º 30º
https://www.corporateknights.com/?s=Global+100+2020
84 
 
 
No ranking global de sustentabilidade da Corporate Knights dos últimos 
anos evidenciados no quadro 6, estão incluídas cinco empresas brasileiras que 
obtiveram destaque em sua forma de gestão ambiental dentre outros indicadores 
socioeconômicos avaliados. 
Duas das cinco empresas são classificadas como Bancos, um público e 
outro privado; outras duas são Empresas de Energia Elétrica, uma pública e outra 
privada; e uma Empresa de Cosméticos que fabrica Produtos Pessoais, sendo elas: 
 
 
3.2.1 Banco do Brasil S.A 
 
O Banco do Brasil S.A. (BB) foi o primeiro banco a operar no País, com 210 
anos de existência, contribuiu ativamente para o desenvolvimento do Brasil. Seus 
valores constituem princípios que guiam a organização, tais como: Foco no Cliente, 
Inovação, Ética, Senso de Dono, Eficiência, Confiabilidade e Espírito Público 
(BANCO DO BRASIL, 2020). 
Constituída na forma de sociedade de economia mista, o Banco do Brasil é 
uma empresa brasileira controlada pela União, sendo um dos cinco bancos estatais 
do governo brasileiro. 
O BB está entre as dez empresas mais sustentáveis do mundo conforme o 
ranking divulgado pela revista Corporate Knights em 2020, ocupando a 9ª 
colocação. É ainda a única empresa representante do segmento financeiro da 
América Latina a constar no ranking. 
Ao acessar o website da instituição e digitar na busca a expressão “gestão 
ambiental”, foram encontradas as informações que seguem: 
 
A Gestão Ambiental do Banco do Brasil segue as especificações da 
Norma Brasileira ABNT NBR ISO 14.001 de 2015 na definição de 
objetivos, premissas, requisitos, responsabilidades, programas e 
iniciativas para a implementação das diretrizes ambientais, 
alinhadas à Política Específica de Responsabilidade 
Socioambiental do BB (BANCO DO BRASIL, 2020). 
 
O banco organiza e acompanha as ações de controle dos impactos 
ambientais e coordena, de forma sistemática, os esforços para a melhoria contínua 
de seu desempenho por meio de um Sistema de Gestão Ambiental. O SGA tem 
85 
 
 
como foco a ecoeficiência a fim de minimizar o consumo de recursos naturais, a 
geração de resíduos e as emissões GEE. Algumas das premissas adotadas pelo 
banco seguem listadas: 
 
⎯ Aprimorar de forma contínua o Sistema de Gestão Ambiental. 
⎯ Reconhecer e considerar as expectativas e prioridades das partes 
interessadas e na gestão ambiental do BB. 
⎯ Disseminar conceitos e práticas para o consumo eficiente de 
recursos naturais e prevenir a poluição, buscando o engajamento e 
fortalecimento da cultura em RSA. 
⎯ Capacitar nossos públicos de relacionamento interno e externo 
visando aprimorar competências em gestão ambiental (BANCO DO 
BRASIL, 2020). 
 
É exposto, na mesma página da pesquisa dos termos “gestão ambiental”, 
uma subseção intitulada “Iniciativas Ambientais” na qual encontra-se disposto que: 
 
O papel adquirido pelo BB possui certificação Cerflor; a gráfica BB 
possui certificação FSC (FSC- C114317); a sede administrativa do 
BB em Brasília é certificada pela norma ISO 14.001 de qualidade de 
gestão ambiental e possui selo LEED Gold de construção 
sustentável concedido pelo Green Building Council (US) (BANCO 
DO BRASIL, 2020). 
 
Além dessas informações sobre selos e certificados há uma outra subseção 
intitulada “Programas Ambientais” que comunica os programas internos do BB que 
produzem impactos positivos na utilização dos recursos naturais que se propõe a 
seguir, que são: 
 
Programa de Conservação de Energia (PROCEN); Programa de 
Uso Racional da Água; Programa de Recondicionamento de 
Cartuchos e Toner (PROREC); Programa de Coleta Seletiva; 
Programa BB de Papel Zero (BANCO DO BRASIL, 2020). 
 
Mostra-se evidente o quanto o sistema de gestão ambiental do BB está 
atrelado ao marketing ambiental para fins de demonstração ao público investidor, 
ou consumidor e o quanto o empreendimento está comprometido com as diretrizes 
ambientais vigentes. 
Ao realizar uma análise referente aos resultados financeiros do BB entre os 
anos de 2015 e 2019 obteve-se, através dos relatórios anuais, R.A 2018 e R.A 2019 
por possuírem as informações compiladas de forma atualizada, e das 
86 
 
 
demonstrações contábeis disponíveis no website, as informações que seguem: 
considera-se o Lucro Líquido atribuível aos acionistas controladores. 
Em 2015 o banco registrou um lucro líquido de R$ 14,400 bilhões 
distribuindo o valor de R$ 5,03 de lucro por ação durante o ano, alcançando um 
lucro líquido 28% superior ao de 2014 (R$ 11,246). 
Em 2016, ano em que o BB ocupou pela 2ª vez o ranking Global 100 da CK, 
alcançando a 75ª posição, o banco apresentou lucro líquido de R$ 8,034 bilhões, 
44,2% inferior ao ano anterior, distribuindo R$ 2,52 por ação no ano. No R.A 2016 
o BB divulgou as premiações e reconhecimentos que seguem: 
 
⎯ Índice Euronext Vigeo – Emerging 70” listados pela 2ª vez entre 
as 70 empresas com o mais avançado desempenho econômico, 
ambiental e social na região dos Mercados Emergentes; 
⎯ Global 100 – fomos incluídos pela 2ª vez no ranking de 
sustentabilidade Global 100 da Corporate Knights (CK); 
⎯ Ranking The Banker/Brand Finance – Top 500 Banking Brands 
2016 (52º lugar); 
⎯ Ranking Kantar Vermeer – As 10 marcas brasileiras mais 
valiosas da década (5º lugar) – revista Dinheiro e o grupo britânico 
WPP; 
⎯ Top of Mind 2016 – Instituto Datafolha; 
⎯ Ranking Interbrand – As Marcas Brasileiras Mais Valiosas do 
Brasil 2016 (5º lugar) (R.A BB, 2016 p. 51). 
No ano de 2017 o lucro líquido lucro foi de R$ 11,011 bilhões e o lucro 
líquido por ação evoluiu para R$ 3,91.Em 2017 a empresa não apareceu no 
ranking. 
Em 2018 o BB apareceu no ranking na 49ª posição, uma evolução de 26 
posições comparada ao aparecimento no ranking divulgado dois anos antes, com 
lucro líquido de R$ 12,862 bilhões com lucro líquido por ação de R$ 4,54. No R.A 
2018 o BB apresenta em sua página 10 as premiações e reconhecimentos conforme 
figura 19: 
 
 
 
 
 
 
 
87 
 
 
Figura 19 – Premiações do BB 2018. 
 
Fonte: Adaptado de R.A BB (2018 p. 10). 
 
A figura 20 demonstra um total de 26 as premiações, reconhecimentos e 
certificações alcançadas pelo banco em 2018, evidenciando o notável investimento 
em crescimento. 
Em 2019 o BB atingiu a marca de R$ 18,162 bilhões de lucro líquido, 
superior em R$ 4,3 bilhões, 32,1% a mais, em comparação ao resultado do lucro 
líquido ajustado do exercício anterior, com lucro por ação R$ 6,39. 
Neste ano, a empresa subiu 41 posições no ranking global 100 da CK 
ocupando a 8º e apresentou em seu R.A 2019 as premiações, certificações e 
reconhecimentos que seguem no quadro 5: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Global 100 - Melhor caso em Universidade Corporativa
- Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI) - Premiação Melhores Ouvidorias do Brasil
- FTSE4 Good Index Series - Prêmio Guia Exame de Sustentabilidade 2018
- Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) - Prêmio Relatório Bancário 2018
- Índice Carbono Eficiente (ICO2) da B3 - Prêmio E-Finance 2018
- Top of Mind na categoria Bancos - Certificação Externa de Qualidade
- Top of Mind RH - Boas Práticas na Gestão da Ética
- 4ª marca mais valiosa do Brasil - Excelência no relacionamento com o cliente
- Marca mais confiável do Brasil na categoria Bancos- Compras públicas
- Gartner Eye on Innovation Awards 2018: - Cartão preferido Cardmonitor (Ourocard)
- Guia Época Negócios 360 - Learning & Performance
- Guia Você S/A - Projeções econômicas:
- Melhores Empresas para Trabalhar - Tecnologia da Informação (TI)
88 
 
 
Quadro 5 – Premiações, reconhecimentos e certificações BB 2019. 
 
Fonte: Adaptado do R.A BB, p. 17 (2019). 
 
O BB obteve uma maior visibilidade diante do cenário mundial nos últimos 
anos e em 2020 ocupou o ranking global 100 na 9ª posição, reforçando e 
evidenciando o foco das ações e práticas sustentáveis evidenciando o massivo 
investimento. 
 
 
3.2.2 Banco Santander Brasil S.A 
 
O Banco Santander (Brasil) S.A é a subsidiária do Banco Santander no 
Brasil sendo parte integrante do Grupo Santander, que possui origem espanhola e 
é o principal conglomerado financeiro da Zona Euro fundado em 1856. 
Trata-se de um banco privado internacional com grande presença no Brasil 
que possui sede no estado de São Paulo e sua operação brasileira teve início em 
1982. 
A instituição ocupou o ranking global 100 da CK uma única vez nos últimos 
seis anos. Ao analisar os R.A e cadernos de indicadores do banco, referentes ao 
intervalo de 2015 a 2019, disponíveis em seu website, foram levantados os 
resultados financeiros considerando Lucro Líquido Gerencial em milhões de reais 
como seguem. 
Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI) Guia Exame de Sustentabilidade
Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) Guia de Previdência Valor/FGV
FTSE4 Good Index Series Prêmio Época Negócios 360°
Global 100 – 100 Empresas líderes mundiais em 
sustentabilidade em 2019
Prêmio E-Finance 2019: 38 casos vencedores em 8 
categorias de premiação.
Índice Carbono Eficiente (ICO2) da B3 Ranking Broadcast Projeções Top 10 Geral
Aplicativo Wazecarpool Ranking Top 5 Anual da pesquisa Focus
Relatório de Conformidade – Febraban Selo Empresa Pró-Ética
5ª marca mais valiosa do Brasil: no ranking da 
Interbrand 2019.
Prêmio Relatório Bancário 2019
Top of Mind categoria Bancos; Top of Mind RH Melhores Empresas do Guia Você S/A
The Global CCU Awards 2019 Tecnologia da Informação (TI)
Ranking Melhor Banco para Investir Prêmio Ouvidorias Brasil
89 
 
 
Em 2015, o Santander registrou lucro líquido gerencial de R$ 6.624 milhões 
que comparado ao ano anterior, obteve um crescimento de 13,8%. 
No ano de 2016 seu lucro líquido gerencial registrado foi de R$ 7.339 
milhões, evidenciando um crescimento de 10,8% sobre 2015. Foi um ano que teve 
como principal destaque, com vistas à Gestão Ambiental, a nova forma adotada 
pelo banco para gerir o consumo dos recursos naturais, conforme demonstra os 
resultados dos esforços na figura 20: 
 
Figura 20: Benefícios para Gestão Ambiental Santander 2016. 
 
Fonte: R.A SANTANDER (2016). 
 
Obtendo a 60ª posição no ranking global 100 da CK no ano de 2017, o 
Banco Santander Brasil obteve lucro líquido gerencial de R$ 9.953 milhões, 35,6% 
maior que 2016. A empresa não cita em seu R.A 2017 nada referente ao 
reconhecimento, porém, a partir deste resultado vê-se que os frutos da 
sustentabilidade plantados no ano anterior começam a ser colhidos. 
Em 2018, o Banco Santander alcançou lucro líquido gerencial de R$ 12.398 
milhões. Neste ano a instituição publicou não só o R.A, mas ainda um Caderno de 
Indicadores que tem como objetivo principal evidenciar como o banco contribui com 
a prosperidade dos negócios e dos stakeholders. 
Em 2019 o lucro líquido gerencial foi de R$ 14.550 milhões e em seu 
Caderno de Indicadores foi divulgada uma seção contendo destaques de prêmios e 
reconhecimentos recebidos no ano. Tal postura exprime a preocupação do banco 
em criar uma visibilidade maior para o viés das práticas desenvolvidas e relacioná-
las à agregação de valor, que com os resultados apresentados se faz notório o 
90 
 
 
crescimento da instituição. Observe os destaques dos prêmios e reconhecimentos 
na figura 21 apresentada a seguir: 
 
Figura 21 – Prêmios e reconhecimentos Santander 2019. 
 
Fonte: R.A SANTANDER, p. 57 (2019). 
 
Ainda que não tenha configurado o ranking da CK vê-se que o Santander 
conquistou diversos outros prêmios e recebeu reconhecimentos de grande 
relevância no meio empresarial. Os investimentos em práticas e ações sustentáveis 
e voltadas para a qualidade expressas em seus Relatórios Anuais refletiram em 
evolução do indicador Lucro Líquido conforme observado anteriormente. 
 
 
 
91 
 
 
3.2.3 CEMIG - Concessionária Estatal de Energia Elétrica de Minas 
Gerais 
 
A Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), fundada em 22 de maio 
de 1952, é uma holding composta por mais de 174 empresas e com participações 
em consórcios e fundo de participações, além de possuir ativos e negócios em 24 
estados brasileiros e no Distrito Federal. Atua nas áreas de geração, transmissão, 
distribuição e comercialização de energia elétrica, e ainda na distribuição de gás 
natural, por meio da Gasmig e no uso eficiente de energia, por meio da Efficientia 
(CEMIG, 2020). 
Ao digitar os termos “gestão ambiental” no site da CEMIG aparecem cerca 
de 100 resultados relacionados com o termo, do qual foram acessados os mais 
recentes. 
No arquivo intitulado “Sistema de Gestão”, postado em 30 de maio de 2019, 
está disposto que: 
 
A Cemig mantém requisitos de adequação ambiental baseados no 
atendimento à legislação para as áreas de negócio, que possam 
causar algum impacto ambiental. A adequação ambiental das 
atividades e processos é estabelecida em níveis, de acordo com a 
intensidade de possíveis impactos de cada atividade, partindo-se do 
atendimento aos Requisitos Mínimos de Adequação Ambiental, 
passando pela adoção do Sistema de Gestão Ambiental, 
denominado SGA, o qual foi desenvolvido considerando-se os 
princípios da NBR ISO 14.001 até a implantação dos requisitos da 
norma NBR ISO 14.001:2004 (CEMIG, 2019). 
 
A empresa dispõe ainda sobre Sistema de Gestão de Certificados no qual 
salienta que “Todas as auditorias externas de manutenção e certificação da Cemig 
são realizadas por um Organismo Certificador, reconhecido pelo Instituto Nacional 
de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) (CEMIG, 2020). 
Porcritérios de atualidade, acessou-se ainda o arquivo “Reconhecimento” 
que possui data de postagem 05 de abril de 2020 e demonstra premiações em 
destaque recebidas pela Cemig como resultado dos esforços desenvolvidos, sendo: 
“Índice Dow Jones de Sustentabilidade, Índice de Sustentabilidade Empresarial – 
ISE da Bovespa, Empresa Líder em gestão de mudanças climáticas na América 
Latina, Top 100 Green Utilities, Índice Euronext Vigeo e Valor 100” (CEMIG, 2020). 
92 
 
 
É visto, nesta busca sobre informações, que companhia CEMIG estima pela 
divulgação de suas informações relacionadas a ações sustentáveis ao público. 
Em análise aos R.A da instituição no período de 2015 a 2019, os lucros 
líquidos (R$ milhões) foram consolidados e estão descritos a seguir. 
Em 2015 a instituição encerrou o exercício com um lucro líquido total de R$ 
2.492 milhões, apresentando um decréscimo de 20.56% quando comparado ao 
lucro líquido obtido no ano anterior que foi de R$ 3.137 milhões. 
Em 2016 R$ 334 milhões, lucro bem abaixo do verificado no ano anterior. A 
instituição informa em seu R.A 2016 que esse fato ocorreu em função de ajustes no 
investimento. 
Já em 2017, o lucro líquido divulgado foi de R$ 1.001 milhões. Vale ressaltar 
que em todos os R.A analisados consta uma seção destinada a divulgar os 
reconhecimentos da instituição no ano de referência, com uma linguagem clara a 
CEMIG organiza os dados em relatórios concisos e efetivos. 
A Cemig apresentou, no exercício de 2018, um lucro líquido de R$ 1.742 
milhões e passou a integrar o referido ranking, da Corporate Knights, ocupando a 
18ª posição. Em seu R.A 2018 divulga tal conquista, ao lado de outros destaques, 
afirmando que empreendeu esforços para manter e aprimorar o seu desempenho 
nos aspectos ambientais, econômicos e sociais. 
Em 2018, a CEMG empreendeu esforços com vistas a manter e aprimorar 
o seu desempenho nos aspectos ambientais, econômicos e sociais. O 
reconhecimento do trabalho da Companhia foi marcado por premiações, destaques 
e conquistas em instituições e análises relevantes de mercado tais como: Anuário 
de Sustentabilidade da Robecco SAM; Prêmio IASC218 – Índice ANEEL de 
Satisfação do Consumidor; Top 50 Open Copus 2018; The Global 100; Dow Jones 
Sustainabiity World Index (DJSI World), índice de Sustentabilidade Empresarial 
(ISE); Prêmio Abracopel de Jornalismo, Troféu Transparência ANEFAC 
(Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade); 
estas seguem na figura 22: 
 
 
 
 
 
93 
 
 
Figura 22 – Certificações, prêmios e reconhecimentos CEMIG 2018. 
 
Fonte: R.A CEMIG, p. 21 e 22 (2018). 
 
A instituição em seu Relatório Anual referente ao ano de 2019 divulga que 
obteve lucro líquido de R$ 3.127 milhões. Como resultado dos esforços 
desenvolvidos pela CEMIG em 2019, alguns segmentos da sociedade 
reconheceram a excelência de suas atividades, resultando em várias premiações, 
dentre as quais foram destacadas: Troféu de Transparência; Índice Dow Jones de 
Sustentabilidade; Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa – ISE; Prêmio 
Empresas que Melhor se Comunicam com Jornalistas e o Prêmio Mário Bhering. 
A CEMIG aparece no ranking global 100 da CK ocupando a 19ª colocação 
no ano de 2019, mantendo-a no ano de 2020. 
 
 
3.2.3 ENGIE Brasil Energia S.A 
 
A ENGIE Brasil Energia S.A (ENGIE) consiste na maior produtora privada 
de energia elétrica do Brasil e possui capacidade instalada de 10.211 MW, 
distribuídas em 31 usinas de energia o que representa 6% da capacidade do País. 
Com sede em Florianópolis, a companhia atua desde 1998 na geração e 
comercialização de energia, por meio da implantação e operação de usinas, das 
quais cerca de 90% de sua capacidade instalada é oriunda de fontes limpas e 
renováveis e com baixas emissões de gases de efeito estufa, tais como usinas 
hidrelétricas, usinas eólicas, usinas solares e usinas de biomassa (ENGIE, 2020). 
Em análise aos R.A da instituição no período de 2015 a 2019, os lucros 
líquidos (R$ milhões) foram consolidados e estão descritos a seguir. 
94 
 
 
O lucro líquido referente a 2015 foi igual a R$ 1.501,3 milhões e o lucro 
líquido por ação igual a R$ 2,300. 
No ano de 2016 o lucro líquido subiu para R$ 1.548,3 milhões e lucro líquido 
por ação chegou a R$ 2,372. 
Em 2017 a companhia obteve lucro líquido de R$ 2.004,60 milhões e lucro 
líquido por ação subiu para R$ 2,455. 
Em 2018, ano em que a ENGIE ocupou a 52º posição no ranking da 
Corporate Knights, alcançou um lucro líquido de R$ 2.315,40 milhões e lucro líquido 
por ação de R$ 2,836. 
Em 2019 o lucro líquido decresceu um pouco para R$ 2.311,10 milhões 
comparado ao ano anterior e o lucro líquido por ação foi de R$ 2,831. No R.A 2019, 
a companhia destaca, entre seus prêmios e reconhecimentos, a 72ª colocação no 
ranking Global 100 da CK dentre outras. 
A empresa organiza seus Relatórios Anuais de maneira que as informações 
referentes à Certificações sejam encontradas na mesma seção e dispõe que: 
 
Em 2019, das 60 usinas em operação 12 eram certificadas segundo 
as normas NBR ISO 9001 (gestão da qualidade), NBR ISO 14001 
(gestão do meio ambiente) e NBR OHSAS 18001 (gestão da saúde 
e segurança no trabalho). Adicionalmente, o Complexo Termelétrico 
Jorge Lacerda mantém o certificado segundo a norma NBR ISO 
50001, relativa à Eficiência Energética. Dessa forma, o percentual 
de capacidade instalada operada certificada era de 77,9% (R.A 
ENGIE, p. 42 2019). 
 
Em seu website contém uma seção destinada a sustentabilidade na qual o 
acesso às informações é possível de forma eficaz, observa-se o compromisso da 
companhia no que tange à divulgação de suas informações sustentáveis. A seção 
subdivide-se conforme a figura 23 e contém ainda informações sobre Preservação 
de Recursos Naturais e Licenciamento na subseção Meio Ambiente; Legado para 
Gerações Futuras, Engajamento com a Comunidade e Desenvolvimento e Geração 
de Renda na subseção Responsabilidade Social e Recursos Próprios e 
Incentivados, Fundação ENGIE e Royalties. 
 
 
 
 
95 
 
 
Figura 23 – Print do website da ENGIE – Seção Sustentebilidade. 
 
Fonte: ENGIE (2020). 
 
 
3.2.4 Natura Cosméticos S.A 
 
A trajetória que transformou a Natura na maior multinacional brasileira de 
cosméticos começou em 1969, quando Luiz Seabra inaugurou uma pequena fábrica 
em São Paulo. Desde então, construíram um negócio voltado à construção do Bem 
Estar Bem, que se manifesta nas relações harmoniosas que um indivíduo 
estabelece consigo mesmo, com os outros e com a natureza (NATURA, 2020). 
A empresa Natura Cosméticos S.A ocupou o 30º lugar no ranking das 100 
empresas mais sustentáveis do mundo de acordo com a pesquisa e divulgação 
realizadas pela CK do ano de 2020. Em sua demonstração financeira referente ao 
ano de 2019, a empresa evidencia que integra o referido ranking há nada mais, 
nada menos que 11 anos. 
A busca pelos termos “gestão ambiental” no espaço destinado a pesquisas 
no website da Natura retornou um total de 299 resultados. Após avaliação ficou 
evidenciado que estes faziam menção a notícias diversas sobre a empresa Natura 
sem tratar propriamente das certificações e da gestão ambiental da empresa. 
96 
 
 
De forma ampla, a busca remeteu como resultado notícias voltadas para a 
área da gestão ambiental, diferentemente do que a busca por termos-chaves nos 
outros sites, das empresas BB e CEMIG, resultou. 
Com o intuito de obter os dados necessários para compor esta etapa do 
estudo, acessou-se na página inicial do site da empresa Natura, uma aba 
denominada “Sustentabilidade” na qual foram encontradas as informações sobre o 
sistema de gestão ambiental que serão úteis para a análise. 
Dentro da seção “Sustentabilidade” há uma subseção chamada “Visão 50” 
que contém um documento que recebe o nome de “Pense Impacto Positivo, visão 
de Sustentabilidade 2050” e descreve a gestão ambientalda Natura resumida como 
segue: “A gestão integrada dos aspectos financeiro, social, ambiental e cultural 
estará incorporada na cultura organizacional e em todos os processos da Natura. 
Nossas práticas serão de vanguarda e fonte de inspiração em comportamento 
empresarial” (NATURA, 2014). Neste documento há ainda as aspirações que a 
empresa pretende alcançar em termos de metas sustentáveis até o ano de 2050. 
Na mesma seção intitulada “Sustentabilidade” existe uma outra subseção 
chamada “Certificações” na qual constam os selos ambientais que empesa Natura 
ostenta: 
 
B CORP: rede global de empresas que associam crescimento 
econômico à promoção do bem-estar social e ambiental; 
PROGRAMA LEAPING BUNNY: um programa global que apresenta 
padrões cruelty free que vão além de requisitos legais; UEBT: visível 
nas embalagens de Ekos, confirma três pilares que norteiam nossos 
negócios: comércio justo, conservação da biodiversidade brasileira 
e relacionamento de confiança com a comunidade (NATURA, 
2020). 
 
Através da análise do site da Natura é perceptível a presença de slogans 
que remetam à sustentabilidade que a empresa se propõe a defender, revelando 
assim, o grande investimento no marketing ambiental que é realizado pela mesma. 
Compete ressaltar que a Natura Cosméticos S.A é a única empresa 
brasileira que ocupou posição no ranking global 100 da CK nos últimos seis anos e 
ao analisar Relatórios Anuais disponíveis no website da Natura Cosméticos S.A 
obteve-se as seguintes informações sobre lucro líquido consolidado em milhões: 
⎯ 2015 lucro líquido de R$ 513 milhões, a empresa ocupou 44ª 
posição; 
97 
 
 
⎯ 2016 lucro líquido de R$ 308 milhões, a empresa ocupou a 61º 
posição; 
⎯ 2017 lucro líquido de R$ 724 milhões, a empresa ocupou 19ª 
posição; 
⎯ 2018 lucro líquido de R$ 548 milhões, a empresa ocupou 14ª 
posição; 
⎯ 2019 lucro líquido de R$ 392 milhões, a empresa ocupou 15ª 
posição. 
Não se pode afirmar que existe um padrão que evidencie a relação da 
colocação das empresas no ranking com seu desempenho financeiro sem que 
exista uma análise mais aprofundada, porém, há de se observar que dentre as cinco 
empresas aqui citadas, todas obtiveram melhores resultados quando compuseram 
o ranking. 
Percebe-se que a queda em vinte posições da ENGIE no referido ranking 
da CK, por exemplo, comparado ao ano anterior, refletiu a diminuição, mesmo que 
pequena, de seu lucro líquido. BB, CEMIG e Santander seguiram em uma crescente 
enquanto a Natura apresentou uma oscilação de desempenho financeiro, porém 
configurou no ranking em todo o período. 
O que pode ser percebido até esse ponto do estudo é que os investimentos 
em práticas e ações sustentáveis trazem retorno através do reconhecimento e 
podem sim refletir em agregação de valor. 
 
 
3.3 CERTIFICAÇÕES 
 
As certificações são formas legais de constatação, por organismos não 
governamentais, que estruturam a criação e o suporte à implantação de sistemas 
de gestão da segurança, ambiental, social, da informação, da qualidade entre 
outros. As certificações dão o devido suporte para que as organizações identifiquem 
e reduzam os efeitos prejudiciais que suas respectivas atividades possam causar. 
As organizações que possuem interesse em se manter e ampliar suas 
atividades enxergam nas certificações uma oportunidade de aumentar suas 
conquistas frente ao mercado. As empresas contidas na amostra para o estudo 
98 
 
 
divulgam em seus websites que o enfoque tende a aumentar e evoluir quando o 
assunto são as certificações visto que fica clara a preocupação com o meio 
ambiente e a qualidade de seus produtos e serviços, não deixando de lado ações 
sociais que agregam para com a comunidade. 
Segundo o Inmetro (2020), 1069 empresas possuem Certificação ISO 
14001 válidas e 9024 empresas detém Certificação ISO 9001 válidas. Nesta etapa 
do estudo serão analisadas, a partir das demonstrações encontradas nos websites 
e Relatórios Anuais, 2018/2019, das 3 organizações brasileiras que constam no 
ranking Global 100 do ano de 2020 da Revista Canadense Corporate Knights, as 
evidências da existência das seguintes certificações, conforme quadro 6. 
 
Quadro 6 – Resumo das certificações a serem consideradas. 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020). 
 
. A motivação da escolha das referidas normas se justifica pelo fato de 
serem as mais atuais e abrangentes em cada panorama e busca levantar se tais 
organizações as mantém em foco visando alcança-las ou atualizar as já alcançadas 
a escolha dos R.A, referentes ao ano de 2018/2019 por serem os mais recentes. 
As empresas da amostra divulgam em seus R.A, referentes ao ano de 
2018/2019, que possuem as seguintes certificações: 
 
⎯ Banco do Brasil 
R.A 2019: ISO 14001 Certificação do edifício do BB - Ed. Torre Matarazzo 
em São Paulo (SP); 
R.A 2018: ISO 14001:2015 Certificação da sede administrativa, em Brasília 
(DF). 
 
NORMA REFERÊNCIA
Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001:2015 
Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001:2015
Sistema de Gestão de 
Responsabilidade Social
ISO 26000:2010
Sistema de Gestão de Segurança e 
Saúde Ocupacional
ISO 45001:2018
99 
 
 
⎯ Cemig 
R.A 2018: ISO 9001 Certificação atribuída à Efficientia, primeira empresa 
brasileira de ESCO (Energy Service Company) certificada na ISO 9001 e ligada a 
uma concessionária de energia; ISO 9001 Certificação atribuída ao Portifólio de 
Treinamentos. 
⎯ Natura 
R.A 2019: A empresa cita que a Gestão de Pessoas é baseada nos 
requisitos da norma ISO 45001. 
Nos Relatórios Anuais utilizados para o levantamento anterior evidenciou-
se que tais empresas utilizam outras iniciativas, não a ISO, como referência para 
obtenção de certificação nas áreas. 
O Banco do Brasil expõe a Certificação Externa de Qualidade, na qual a 
Auditoria Interna obteve a certificação concedida pelo The Institute of Internal 
Auditors (R.A 2018). 
Entre as 3, a CEMIG é a única que cita em seu R.A (2018) a ISO: Evidencia 
que o relacionamento da companhia com sua Cadeia de Suprimentos é pautado em 
políticas específicas sobre responsabilidade social e ambiental e seguem 
criteriosamente as diretrizes das normas S.A 8000, ISO 14001, OHSAS 18001 e do 
Pacto Global; Incentiva a melhoria da gestão de seus fornecedores de serviços por 
meio de cláusula contratual que prevê a amortização de eventuais multas, em até 
50%, em função da comprovação de requisitos como certificações ISO 9001, ISO 
14001 e OHSAS 18001, comprovação de capacitação de profissionais do quadro 
técnico e de que os gestores dos serviços estejam inscritos, cursando ou tenham 
concluído curso de gestão empresarial. 
A CEMIG além das certificações anteriormente mencionadas, divulga que o 
Portifólio de Treinamentos é certificado OHSAS 18001 (Occupational Health ans 
Safety Assessments Series oficialmente publicada pela BSI – British Standards 
Institution), porém não demonstra motivação de transição para a nova ISO 45001. 
Já a Natura evidencia a Gestão Ambiental possui iniciativa através dos 
indicadores GRI e do Pacto Global e a Responsabilidade Socioambiental pelo B-
team que é um grupo formado por líderes mundiais com o objetivo de engajar 
corporações e líderes globais ao lema “Pessoas-Planeta-Lucro” e propor soluções 
para que conciliem receita e responsabilidade socioambiental. 
100 
 
 
Nota-se a partir da análise dos websites que todas as empresas possuem 
um Programa e/ou Sistema de Gestão Ambiental integrado às suas atividades 
operacionais evidenciando que almejam expandir o alcance das certificações ISO, 
ainda que não explicitem claramente em seus Relatórios Anuais. Com olhar para a 
qualidade, fica evidenciado ainda que todas mantém preocupação e consideram a 
mesma na entrega/realização de seus produtos e serviços. 
As três empresas nacionais listadas entre as 100 mais sustentáveis do 
mundo pelo ranking da C.K em 2020, apresentam, em seus respectivoswebsites, 
seus modelos de gestão ambiental e expõem seus selos. É visto, até esse ponto, 
que as três empresas fazem uso do marketing e da rotulagem ambiental como forma 
de estabelecer uma sinérgica conexão entre elas, o público externo e os 
stakeholders, assim como preconizam suas ações voltadas à qualidade em seus 
processos e serviços. 
Posteriormente foram confrontadas tais informações, divulgadas nos 
websites das empresas e contidas nos R.A 2018/2019, com as informações 
contidas nas bases do Inmetro, que contempla as padrões normativos ISO 
9001:2015 e ISO 14001:2015, através do endereço: 
https://certifiq.inmetro.gov.br/Consulta/ConsultaEmpresas, e nas bases da ABNT, que 
lista todas as certificações referentes aos mais de 400 programas existentes, 
através do endereço: http://www.abnt.org.br/certificacao/busca-de-empresa-certificada. 
Seguem as informações encontradas a partir de pesquisa realizada em 16 
de maio de 2020: 
 
⎯ Banco do Brasil 
No ambiente da ABNT a busca não retornou nenhum resultado referente 
às normas ISO 9001 e ISO 14001. O resultado obtido foi uma 
Certificação ABNT NBR 9050:2004 que se refere ao programa 
Acessibilidade. 
No ambiente do Inmetro a busca retornou resultado referente ao padrão 
normativo ISO 9001:2015 concedido à Diretoria de Crédito. Nenhum 
registro foi encontrado quando se buscou o padrão normativo que 
certifica Gestão Ambiental, a ISO 14001:2015. 
 
 
https://certifiq.inmetro.gov.br/Consulta/ConsultaEmpresas
http://www.abnt.org.br/certificacao/busca-de-empresa-certificada
101 
 
 
⎯ Cemig (Concessionária Estatal de Energia Elétrica de Minas Gerais). 
No ambiente da ABNT a busca não retornou nenhum resultado referente 
às normas ISO 9001 e ISO 14001. 
No ambiente do Inmetro a busca não retornou nenhum resultado 
referente aos padrões normativos ISO 9001:2015 e ISO 14001:2015. 
⎯ Natura Cosméticos 
No ambiente da ABNT a busca não retornou nenhum resultado referente 
às normas ISO 9001 e ISO 14001. 
No ambiente do Inmetro a busca não retornou nenhum resultado 
referente aos padrões normativos ISO 9001:2015 e ISO 14001:2015. 
Vale aqui ressaltar que as buscas ocorreram de forma a permitir que os 
sites remetessem respostas às mesmas, empregando-se no espaço destinado a 
pesquisa, as palavras “banco, concessionária e natura” em ambos os websites. 
Em vistas a elucidar se, no quesito interesse, o alcance a estas certificações 
(ISO 9001 e ISO 14001) acontece de forma inter-relacionada, buscou-se verificar o 
período (ano) em que as empresas que compõem a amostra do estudo informam 
que as atingiram. 
O Banco do Brasil, em seu R.A expõe que a Certificação Internacional ISO 
9001:08 – Qualidade Total é referente ao Processo de Análise de Risco de Crédito, 
foi obtido em outubro de 2012 e recertificado em outubro de 2015 pela Fundação 
Vanzoli, com validade por mais (três) anos; o Sistema de Gestão Ambiental – SGA, 
possui escopo certificado com a ISO 14001 desde 2009 (R.A 2014). 
O Edifício Altino Arantes em São Paulo – SP, obteve Certificação ISO 14001 
em 2014, com validade até agosto de 2017. 
Certificação ISO 14001 de mais um edifício do BB ocorreu em 2019 - Ed. 
Torre Matarazzo em São Paulo (SP). 
A CEMIG evidencia que a Certificação ISO 9001 é atrelada à empresa 
Efficientia, uma subsidiária integral da Companhia criada em 2002, porém não cita 
o ano em que tal conquista foi atribuída e ainda em consulta ao website foi possível 
localizar os registros referentes ao Sistema de Gestão Ambiental: 
 
Possuem certificação conforme a NBR ISO 14001:2004, as usinas 
hidrelétricas de Nova Ponte, Itutinga, São Simão, Miranda e Rosal, 
a Estação Ambiental de Galheiro, a gerência de usinas do Oeste e 
a gerência de segurança de barragens. [...] Em 2008, foram 
102 
 
 
certificadas conforme a NBR ISO 14001:2004, a Usina Hidrelétrica 
de Irapé e a Gerência das Usinas do Leste com o escopo: gestão 
de operação, manutenção e administração das usinas da região 
Leste (CEMIG, 2020). 
 
A Natura S.A divulgou a partir do seu R.A que a Certificação ISO 9001 foi 
conquistada no ano de 2004. No âmbito interno das fábricas e dos escritórios, a 
gestão da qualidade e do meio ambiente é tratada de forma conjunta no Sistema 
Integrado Normativo da Natura (SINN) que inclui em sua concepção, elementos de 
conceitos de gestão desenvolvidos a partir das normas ISO 9001 e ISO 14001, dos 
critérios de excelência da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) e das melhores 
práticas do mercado (R.A BANCO DO BRASIL, 2014). 
As informações referentes ao período (ano) de evidencias de conquistas 
das certificações, seguem compiladas no quadro 7. 
 
Quadro 7 - Ano de Certificação baseado em informações divulgadas pelas empresas. 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020). 
 
A dificuldade encontrada para localizar as informações referentes ao 
período das certificações se deu a partir da percebida fragmentação da divulgação 
das mesmas nos websites. Estas informações não estão dispostas de forma 
unificada uma vez que existem subseções de acordo com as áreas e setores, 
empresas coligadas, unidades dentre outros critérios. 
O objetivo a ser alcançado nesta etapa do estudo visa demonstrar a 
existência da relação entre a sustentabilidade e o desempenho de sistemas de 
gestão da qualidade das empresas da amostra no que tange ao interesse ao 
alcance das certificações. Para tal, as divulgações realizadas pelas mesmas em 
seus websites serão utilizadas como referencial. 
Conforme disposto anteriormente no quadro 7, das empresas presentes na 
amostra, o Banco do Brasil obteve primeiro a ISO 14001, em 2009 e em 2012 a ISO 
9001. Já a Cemig alcançou a certificação ISO 14001 em 2008, não evidenciando o 
ano de conquista da ISO 9001. Apenas a Natura Cosméticos alcançou as duas 
certificações no mesmo ano, em 2004. 
Banco do Brasil S.A CEMIG Natura Cosméticos S.A
ISO 9001 2012 Informação não localizada 2004
ISO 14001 2009 2008 2004
103 
 
 
O alcance às certificações não pôde, através do estudo, ser dito como inter-
relacionado no quesito interesse, porém, as 3 empresas citadas explicitam em seus 
websites que os Sistemas de Gestão seguem as especificações das NBR ISO no 
que se refere ao alcance e atualização. 
 
 
3.4 VARIAÇÕES FINANCEIRAS 
 
Para identificar as variações e os impactos financeiros, após a verificação 
da existência e do período de aquisição de certificações socioambientais (NBR ISO 
14001) e certificações de qualidade (NBR ISO 9001), analisou-se as demonstrações 
financeiras das empresas envolvidas na amostra afim de levantar os seguintes 
indicadores: 
⎯ Patrimônio Líquido (PL); 
⎯ Lucro Líquido (LL); 
⎯ Rentabilidade do Patrimônio Líquido: obtida através da divisão do 
Lucro Líquido pelo Patrimônio Líquido e busca evidenciar a 
rentabilidade do capital investido pelos sócios; 
⎯ Lucro Líquido por Ação. 
Com o principal intuito de verificar o valor de mercado das empresas 
nacionais listadas no ranking da CK do ano de 2020, esta etapa do estudo utiliza 
como fonte as informações das demonstrações financeiras disponíveis nos 
respectivos websites das organizações. 
O objetivo é realizar um comparativo do valor de mercado, um antes e 
depois, levando em consideração o cenário pré e pós certificação. A abrangência 
do período para análise contemplará desde o ano de 2003 e tal critério se justifica 
pelo fato de abranger o período em que as três empresas em foco, Banco do Brasil, 
Cemig e Natura, alcançaram suas respectivas certificações. 
Para uma melhor análise, optou-se incialmente por verificar os indicadores 
isolados e em um segundo momento, a análise foi realizada em conjunto, de modo 
a garantir a eficiência e a complexidade das informações. 
A seguir serão apresentados graficamente todos os dados. 
 
104 
 
 
⎯ Banco do Brasil S.A 
 
A instituição obteve a Certificação ISO 14001 em 2009. No ano anterior, 
2008,o lucro líquido atingiu R$ 8.803 milhões e no ano da certificação subiu em 
13,25%. Como resultado de sua estratégia, o lucro líquido do somou R$ 11.703 
milhões em 2010 ano posterior à certificação, o que corresponde a uma 
rentabilidade sobre o patrimônio líquido de 27,0% e crescimento de 15,3% em 
relação ao lucro observado em 2009. 
A certificação ISO 9001, alcançada em 2012, valorizou ainda mais a 
instituição que vinha em uma crescente. Após a certificação, somou um lucro líquido 
de R$ 15.758 milhões em 2013 comparado aos anos anteriores, R$ 12.205 milhões 
em 2012 e R$ 12.100 milhões em 2011. O patrimônio líquido em 2013 alcançou R$ 
72,2 bilhões atingindo uma rentabilidade sobre o PL de 22,9%. 
O gráfico 5 apresenta o Patrimônio Líquido (PL), o Lucro Líquido (LL) e a 
Rentabilidade do PL do Banco do Brasil no período de 2003 a 2019 (valores em 
milhões). 
 
Gráfico 5 - PL, LL e Rentabilidade do PL - Banco do Brasil. 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020). 
 
O lucro líquido por ação, representado no gráfico 6, evidencia a valorização 
do indicador, em reais. 
 
105 
 
 
Gráfico 6 – Lucro Líquido por Ação – Banco do Brasil. 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020). 
, 
Pode-se perceber a valorização do indicador Lucro Líquido por Ação que 
ocorreu entre os anos de: 
⎯ 2008 e 2010, respectivamente, (3,40; 4,00; 4,30), período da 
certificação ISO 14001 
⎯ 2011 e 2013, respectivamente, (4,28; 4,28; 5,57), período da 
certificação ISO 9001. 
 
⎯ CEMIG 
 
Em consulta aos relatórios e demonstrações da CEMIG não se localizou o 
período exato de conquista da certificação ISO 9001. A companhia obteve a 
certificação ISO 14001 no ano de 2008. A análise contempla o período de 2005 a 
2019. 
O gráfico 7 apresenta o Patrimônio Líquido (PL), o Lucro Líquido (LL) e a 
Rentabilidade do PL da CEMIG no período de 2005 a 2019 (valores em milhões). 
 
 
 
 
 
 
 
 
106 
 
 
Gráfico 7 - PL, LL e Rentabilidade do PL - CEMIG. 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020). 
 
O gráfico anterior evidencia o crescimento do Patrimônio Líquido, do Lucro 
Líquido, porém a Rentabilidade do Patrimônio Líquido sofreu uma pequena queda 
nos anos posteriores à obtenção da certificação. O PL que em 2007 foi de R$ 8.408 
milhões, alcançou a margem de R$ 9.352 milhões em 2008 e R$ 11.165 milhões 
em 2009. 
Em 2007, ano pré certificação, a CEMIG arrecadou um LL de R$ 1.743 
milhões e este indicador subiu em 2008 para R$ 1.887 milhões e posteriormente 
para R$ 2.134 milhões. A Rentabilidade do Patrimônio Líquido sofreu pequena 
queda após a conquista da certificação, mantendo se na faixa entre 19% e 20%. 
O gráfico 8 evidencia o Lucro Líquido por Ação que atingiu o valor de R$ 
3,80, no período de obtenção da certificação em 2008. Nos anos seguintes este 
indicador sofreu desvalorização. 
 
 
 
 
 
 
 
107 
 
 
Gráfico 8 – Lucro Líquido por Ação – CEMIG. 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020). 
 
Dentre as três empresas da amostra, a CEMIG apresenta em seus 
relatórios a informação de Valor de Mercado e essa segue compilada a seguir. O 
valor de mercado está representado pela totalidade das ações da Companhia ao 
valor de mercado das ações no último dia de negociação de cada ano, evidenciando 
o crescimento/diminuição significativo em relação ao ano anterior. 
O gráfico 9 corrobora as informações anteriores agregando à análise: 
 
Gráfico 9 – Valor de Mercado – CEMIG. 
 
Fonte: Adaptado de R.A CEMIG (2005 - 2019). 
 R$-
 R$5.000
 R$10.000
 R$15.000
 R$20.000
 R$25.000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
108 
 
 
 A partir da análise do gráfico 9, observa-se que entre os anos 2005 a 2007, 
anos anteriores à certificação, a empresa apresentou considerável crescimento no 
valor de mercado que está explicado em seus relatórios de administração como 
reflexo do crescimento de seus investimentos, dentre os quais o investimento em 
gestão ambiental. 
No ano de 2008, a empresa alcança a certificação NBR ISO 14001, 
apresentando crescimento no Valor de Mercado em 2009. O crescimento 
significativo em relação ao ano anterior representou 19,57%, em 2008 R$ 15.761 
milhões subindo para R$ 19.596 milhões em 2009. O índice manteve uma variação 
nos anos seguintes e a queda significativa no Valor de Mercado observada em 2015 
que chegou a R$ 7.664 milhões, atrelada a uma diferença no lucro líquido de R$ 
2,5 bilhões abaixo do ano anterior, se justifica pela taxa de juros e inflação em alta, 
aliada aos efeitos da crise hídrica que se instalou a partir do final de 2013 no Brasil 
e pela revisão do planejamento estratégico da companhia. 
 
⎯ Natura Cosméticos 
 
A Natura conquistou tanto a certificação ISO 9001 quanto a certificação ISO 
14001 no ano de 2004. As demonstrações financeiras disponíveis no website 
permitiram a inclusão do período de 2003 a 2019 e segue evidenciada no gráfico 
10, considere R$ milhões. 
 
Gráfico 10 - PL, LL e Rentabilidade do PL - Natura Cosméticos. 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020). 
109 
 
 
A organização apresentou uma crescente após a conquista das cerificações 
partindo de um lucro líquido de R$ 63.900 milhões em 2003 para R$ 300.00 milhões 
em 2004, ano das certificações, e posteriormente R$369.000 milhões em 2005. A 
rentabilidade do Patrimônio líquido cresceu nos dois anos após a obtenção das 
certificações. 
O gráfico 11 traz o indicador lucro líquido por ação, valores em reais, no 
período de 2003 a 2019. 
 
Gráfico 11 – Lucro Líquido por Ação – Natura Cosméticos. 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020). 
 
O valor do lucro líquido por ação do ano de 2003, infelizmente não foi 
localizado, porém, no ano de 2004, ano em que a Natura alcançou as duas 
certificações, o valor era de R$ 3,54 e no ano posterior às certificações, o valor 
passou por uma valorização, subindo para R$ 4,67, sendo o maior valor alcançado 
no período analisado. 
De acordo com os dados das Demonstrações Financeiras da empresa, o 
lucro líquido teve crescimento superior ao verificado pelo EBITDA (geração de 
caixa) devido ao aumento da receita financeira líquida, por conta do incremento no 
caixa líquido médio no quarto trimestre de 2005 em relação ao mesmo período de 
2004. Este aumento da receita financeira líquida mais que compensou o aumento 
da alíquota média de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido 
(IR/CSLL). O aumento da alíquota média de IR/CSLL se deveu à menor participação 
relativa da amortização do ágio na base de cálculo destes impostos e aumento do 
110 
 
 
prejuízo gerado nas operações internacionais, em virtude da abertura de novas 
subsidiárias. 
O ano posterior à conquista das certificações, 2005, foi marcado pela 
inserção no mercado internacional. A empresa iniciou as operações em Cancun e 
Aruba no México, abriu a primeira loja em Paris e focou na linha Ekos International, 
que tem seus produtos explorando a imagem da biodiversidade brasileira com 
produtos compostos unicamente de ingredientes naturais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
111 
 
 
 CONCLUSÃO 
 
4.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O objetivo cerne deste estudo foi compreender as alterações financeiras 
apresentadas pelas empresas nacionais constantes no ranking da CK 2020, após a 
implantação de Sistemas de Gestão Ambiental e de Qualidade e das certificações 
ISO, com principal viés em aumento/diminuição de Valor de Mercado. 
No que tange a resposta ao problema levantado, verificou-se que os 
Sistemas de Gestão certificados pela ISO demonstraram influenciar positivamente 
a situação financeira das empresas da amostra, uma vez que a partir da conquista 
das mesmas tais empresas apresentaram sim uma valorização de seu valor frente 
ao mercado. As organizações apresentaram uma crescente nos indicadores: Lucro 
Líquido, Patrimônio Líquido, Rentabilidade do Patrimônio Líquidoe Lucro Líquido 
por Ação após a conquista das certificações e observa-se ainda que, mesmo no 
período em que obtiveram um prejuízo em relação ao ano anterior, estas 
mantiveram ativas suas políticas de gestão destacando em seus relatórios o 
compromisso com a sustentabilidade e a qualidade. 
Não pode-se afirmar a partir do estudo que existe um padrão que evidencie 
a relação da colocação das empresas no ranking da CK, entre os anos 2015 e 2020, 
com seu desempenho financeiro sem que exista uma análise mais aprofundada, 
porém, há de se observar que dentre as cinco empresas citadas, todas obtiveram 
melhores resultados quando compuseram o ranking. Tal ponto pode ser entendido 
como favorável ao aumento da visibilidade da instituição frente ao mercado 
corroborando que práticas sustentáveis agregam de forma positiva. 
No quesito interesse, o alcance às certificações não foi confirmado como 
inter-relacionado, uma vez que as certificações foram obtidas em períodos 
diferentes, porém o desenvolvimento de ações voltadas para a obtenção das 
mesmas tenha sido iniciado e mantido de forma sinérgica e as organizações 
explicitam em seus websites que os Sistemas de Gestão seguem as especificações 
das NBR ISO no que se refere ao alcance e atualização. 
De forma complementar ao estudo, evidenciou-se a importância dos 
indicadores de sustentabilidade através de um levantamento bibliométrico, na base 
SciELO visando mapear a produção científica sobre o tema, por autores brasileiros. 
112 
 
 
A produção teve início em 2002 e o pico de publicações ocorreu em 2009, 
ano da Conferência Climática de Copenhagem considerado o encontro mais 
importante da história de acordos multilaterais. De maneira análoga percebeu-se 
que em 2012, ano da Rio +20 realizada no Brasil, realizou-se apenas uma 
publicação assim como nos dois anos seguintes. 
A classificação dos periódicos em que os artigos foram publicados 
receberam classificação A1, A2 e B1 e B2 Qualis-CAPES, evidenciando excelência 
internacional e nacional respectivamente para as classes A e B. Constatou-se ainda 
que, a produção científica sobre a temática está mais concentrada na área de 
Engenharias (11 publicações) evidenciando que o tema vem sendo abordado com 
mais frequência dentro desta área, seguida por Ciências Ambientais (3 
publicações). 
 
 
4.2 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS 
 
Cabe-se ressaltar que vários fatores internos e externos influenciam ainda 
as variações financeiras e nem sempre a variação financeira está diretamente ligada 
ao investimento em Gestão Ambiental e de Qualidade e ao alcance de Certificações. 
A análise aqui apresentada não foi realizada entre empresas do mesmo setor, visto 
esse ponto a autora sugere que o estudo seja realizado desta forma afim de se 
comparar resultados entre as mesmas. 
Ressalta-se como limitação da presente pesquisa que os resultados 
encontrados dizem respeito à empresa em análise separadamente, não podendo 
ser expandidos para diferentes empresas. Por ser uma pesquisa realizada por meio 
do cálculo de indicadores pontuais e por limitar-se apenas às demonstrações 
financeiras e aos relatórios de administração divulgados pelas empresas, o estudo 
possui restrições, uma vez que não foram analisados a fundo os fatores externos 
vivenciados pelas empresas em seus nichos e mercados. Com base na 
investigação realizada, sugere-se como proposta para pesquisas futuras a análise 
de outras empresas aprofundando a análise nos fatores externos vivenciados pelas 
mesmas, almejando comparar os seus resultados e desempenhos com demais 
empresas do mesmo setor/nicho de mercado. 
113 
 
 
Com relação ao estudo bibliométrico, recomenda-se para pesquisas futuras 
um estudo mais amplo com a adoção de duas ou mais bases de dados a fim de 
propiciar uma maior visão do estado atual da produção científica relacionada aos 
Indicadores de Sustentabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
114 
 
 
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