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Resumo Desenvolvimento Crânio Facial

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DESENVOLVIMENTO CRÂNIO FACIAL
EVENTOS INICIAIS 
Zigoto-> Totipotente: Capacidade para produzir todos os tipos de células do futuro organismo.
OBS: Na fase da Blástula(Cavidade oco) temos a oportunidade de utilizar o embrião como fonte de célula tronco.
SEGUNDA SEMANA
A blástula adquire dois folhetos embrionários:
· Ectoderme;
· Endoderme.
Ao final da segunda semana acontece o espessamento do endoderme formando a placa precordal. Essa região de firme adesão entre ectoderme e endoderme constitui a futura membrana bucofaríngea. Também na parte posterior do embrião vai se formar a membrana cloacal. Ou seja é nessa semana que se determinam as duas extremidades do tubo digestivo, que irá formar: a boca e o ânus
	OBS: O mesoderma aparece na 3º semana e preenche o espaço entre o endoderma e ectoderma. 
QUARTA SEMANA
Inicia-se a formação do Sistema nervoso central. O ectoderma da região cefálica prolifera-se, formando as dobras ou pregas neurais, chamadas de cristas neurais.
	As CRISTAS NEURAIS são responsáveis pela formação do tecido ectomesênquima, que formará as estruturas ósseas, dentárias, conjuntivas e musculares. (com exceção do esmalte). 
Elas continuam a proliferar até que se fundem
na região central, formando o tubo neural. Antes do fechamento do tubo neural, as regiões correspondentes às cristas neurais separam-se das pregas formando duas massas celulares paralelas ao tubo. As células dessas cristas neurais migraram, posteriormente, para diversas regiões do futuro organismo para constituir o ectomesênquima.
DESENVOLVIMENTO DA CAVIDADE ORAL
O aparelho branquial contribui para formação do crânio, face, pescoço, cavidades nasais, cavidade oral, faringe e laringe.O início do seu desenvolvimento acontece na quarta semana, após o rompimento da membrana bucofaríngea.
 É composto por:
· Arcos branquiais;
· Bolsas branquiais;
· Sulcos branquiais.
ARCOS BRANQUIAIS 
Responsáveis pela formação da face e do pescoço. Possuem quatro pares bem definidos. 
· 1º ARCO
Subdividido em dois processos: Maxilar e Mandibular. O maxilar formará a maxila, osso zigomático e porção escamosa do osso temporal. O mandibular dará origem a mandíbula e a cartilagem de Meckel.Também começa a se formar o processo frontal, que na sua parte anterior constitui o processo frontonasal. 
· 2º ARCO
Formam o osso hióide, a região adjacente do pescoço, músculos da face, nervo facial, pavilhão auditivo.
	As partes dorsais do primeiro e segundo arco formam o pavilhão auditivo.
· 3º ARCO
Formam a parte caudal do osso hióide, músculo faríngeo, nervo glossofaríngeo.
· 4º ARCO 
Responsável pelo desenvolvimento da cartilagem da tireóide, músculos(elevadores do palato, palatoglosso), nervo laríngeo.
· 5º ARCO 
É temporário e desaparece.
· 6º ARCO 
Músculos intrínsecos da laringe; e Nervo laríngeo recorrente.
BOLSAS BRANQUIAIS (Faríngeas)
São formadas de endoderma. Elas revestem a parte interna dos arcos. 
· 1º BOLSA
Tuba auditiva.
· 2º BOLSA
Fosseta tonsillar; tonsila palatina.
· 3º BOLSA
Timo, paratireóides inferiores. 
· 4º BOLSA
Paratireóides superiores.. 
· 5º BOLSA 
Corpo último branquial (células parafoliculares da tireóide).
SULCOS BRANQUIAIS
Separam externamente os arcos branquiais.
DESENVOLVIMENTO DO CRÂNIO
O CRÂNIO É DIVIDIDO EM TRÊS PARTES: 
· CALOTA (ABÓBADA CRANIANA);
· BASE DO CRÂNIO;
· FACE.
CALOTA (ABÓBADA CRANIANA)
Formada por ossificação intramembranosa
durante a sétima/oitava semana, sendo que a ossificação só estará completa após o nascimento. Ao nascimento, os ossos estão separados por amplas suturas e fontanelas, que desaparecem gradualmente.Entre os ossos da calota craniana, formam-se articulações do tipo sínfise.
BASE DO CRÂNIO
Forma-se a partir do mesênquima da região occipital. Ela atua como junção entre a calota craniana e esqueleto facial. 
FACE
É dividida em três terços: 
· Superior-> Frontonasal;
(Osso frontal é o maior componente)
· Médio-> Maxilar;
(Composto por parte da base do crânio, maxila e dentes superiores).
· Inferior-> Mandibular
(Corresponde a Mandíbula e dentes inferiores)
 
DESENVOLVIMENTO DA FACE
Em torno do 28º dia do desenvolvimento,
aparecem espessamentos no ectoderma da eminência frontal. Esses espessamentos são os placódios olfatórios que migram anteriormente, formando uma “ferradura” que delimita o orifício nasal, estabelecendo os processos nasal lateral e nasal medial.
Entre os dois processos nasais mediais encontra-se uma depressão, que é o processo
frontonasal.
Os processos nasais mediais dos dois lados e no processo frontonasal formam a porção medial do nariz, a porção anterior da maxila e a porção anterior do palato primário.
O lábio superior é formado pelos processos maxilares e nasais mediais que vão crescendo em direção à linha mediana, onde se fundem.
O lábio inferior é formado pela fusão dos dois processos mandibulares na linha mediana.
DESENVOLVIMENTO DO PALATO 
No início do desenvolvimento do palato, as cavidades oral e nasal comunicam-se e o espaço entre elas é ocupado pela língua em desenvolvimento e delimitado anteriormente pelo palato primário. Somente quando o palato
secundário se desenvolve é que as cavidades oral e nasal se separam. A formação do palato secundário ocorre entre a sétima e oitava semana de gestação. A partir da fusão medial das cristas palatinas, formada a partir dos processos maxilares.
As cristas palatinas inicialmente estão voltadas para baixo, a cada lado da língua. Com o contínuo crescimento, ocorre o rebaixamento da língua, permitindo que as
cristas palatinas sejam elevadas, fundindo-
se entre si e com o palato primário.
MALFORMAÇÕES DO LÁBIO E DO PALATO
I-> Normal;
II-> Fenda labial unilateral;
III-> Fenda labial bilateral;
IV-> Fenda labial bilateral e fenda palatina.
As malformações do lábio e do palato, conhecidas pelo leigo como lábio leporino e goela de lobo, constituem um problema médico-odonto-social. Além de graves problemas estéticos, apresentam distúrbios
funcionais, desde alimentação até a fonação.
Consequentemente, se essa deformidade não for tratada convenientemente a tempo, causará também problemas de origem psicológicas. O diagnóstico e planejamento de tratamento deve ser executado por uma equipe especializada em fissuras do lábio e do palato.

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