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XXX Exame de Ordem Unificado (2019.3) - Peca Profissional da 2 fase de Direito Civil

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2 Comentários
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esse documento.
Mariny Batista
1 ano atrás
muito bom
Vitória Dionísio Mota
11 meses atrás
Ajuda muito!
XXX Exame de Ordem
Unificado (2019.3) -
Peça Profissional da 2ª
fase de Direito Civil
Publicado por Arthur Sales
há 2 anos  22,8K visualizações

XXX Exame de Ordem Unificado (2019.3) -
Peça Profissional da 2ª fase de Direito…
Civil.docx
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Priscila comprou um carro de Wagner
por R$ 28.000,00 (vinte e oito mil
reais). Para tanto Priscila pagou um
sinal no valor de R$ 10.000,00 (dez mil
reais), tendo sido o restante dividido
em nove parcelas sucessivas de R$
2.000,00 (dois mil reais), a cada 30
dias. As parcelas foram pagas
regularmente até a sétima, quando
Priscila, por ter sido dispensada de seu
emprego, não conseguiu arcar com o
valor das duas prestações restantes.
Priscila entrou em contato com
Wagner, diretamente, explicando a
situação e informando que iria tentar
conseguir o valor restante para quitar
o débito, tendo Wagner mencionado
que a mesma não se preocupasse e que
aguardaria o pagamento das parcelas,
até o vencimento da última. Tal
instrução foi transmitida pelo vendedor
à compradora por mensagem de texto.
Apesar disso, cinco dias antes do
vencimento da nona parcela, quando
Priscila conseguiu um empréstimo com
um amigo para quitar as parcelas, ela
não conseguiu encontrar Wagner nos
endereços onde comumente dava-se a
quitação das prestações, a residência
ou o local de trabalho de Wagner,
ambos na cidade de São Paulo.
Priscila soube, no mesmo dia em que
não encontrou Wagner, que estava
impossibilitada de trabalhar em uma
sociedade empresária, pois o credor
incluíra seu nome no Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC), em virtude
da ausência de pagamento das últimas
parcelas.
Esperando ver-se livre da restrição,
quitando seu débito, Priscila efetuou o
depósito de R$ 4.000,00 (quatro mil
reais) no dia do vencimento da última
parcela, em uma agência bancária de
estabelecimento oficial na cidade de
São Paulo. Cientificado do depósito,
Wagner, no quinto dia após a ciência,
recusou-o, imotivadamente, mediante
carta endereçada ao estabelecimento
bancário.
Como advogado (a) de Priscila,
redija a medida processual mais
adequada para que a compradora
obtenha a quitação do seu débito
e tenha, de imediato, retirado seu
nome do cadastro do SPC. (Valor:
5,00)
Obs.: a peça deve abranger todos os
fundamentos de Direito que possam ser
utilizados para dar respaldo à
pretensão. A simples menção ou
transcrição do dispositivo legal não
confere pontuação.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR
DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE
UMA DAS VARAS CÍVEIS DA
COMARCA DE SÃO PAULO/SP
PRISCILA..., nacionalidade..., estado
civil..., profissão..., portadora da cédula de
identidade RG nº..., inscrita no CPF sob o
nº..., usuária do endereço eletrônico...,
residente e domiciliada na cidade de...,
com endereço em..., neste ato
representado por seu advogado que esta
subscreve, constituído nos termos do
mandato em anexo, com endereço em
local onde receberá intimações, vem
respeitosamente perante Vossa
Excelência, com fundamento nos arts. 539
e seguintes do CPC, propor
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO
em face de WAGNER..., nacionalidade...,
estado civil..., profissão..., portador da
cédula de identidade RG nº..., inscrito no
CPF sob o nº..., usuário do endereço
eletrônico..., residente e domiciliado na
cidade de São Paulo/SP, com endereço
em..., pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas.
I – DOS FATOS
A Requerente adquiriu um carro do
Requerido, em um contrato de compra e
venda, no valor de R$ 28.000.00 (vinte e
oito mil reais). Para tanto, pagou um sinal
de R$ 10.000.00 (dez mil reais), tendo
sido o restante dividido em nove parcelas
sucessivas de R$ 2.000.00 (dois mil
reais), a cada 30 dias. Entretanto, em
razão de da Requerente ser dispensada de
seu emprego, não conseguiu arcar com o
valor de duas prestações restantes, sendo
que foram pagas sete parcelas
regularmente.
Dessa forma, a Requerente entrou em
contato com o Requerido explicando a
situação, de que iria conseguir quitar o
débito restante, e este alegou para a
Autora não se preocupar, de que
aguardaria o pagamento das parcelas, até
o vencimento da última, podendo ser
comprovado via mensagem de texto.
Entretanto, cinco dias antes do
vencimento da nona parcela, momento em
que a Requerente havia conseguido um
empréstimo com um amigo para quitar as
parcelas em débito, não localizou o
Requerido nos endereços onde
comumente era efetuado a quitação das
prestações. E no mesmo dia, o Requerido
incluiu o seu nome no Serviço de Proteção
ao Crédito, em virtude da ausência de
pagamento das últimas parcelas,
ocasionando prejuízos a Autora em não
conseguir um novo emprego.
A Requerente, então, efetuou o depósito
de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) no dia
do vencimento da última parcela,
quitando seu débito, esperando ver-se
livre da restrição. E no quinto dia útil após
a ciência do depósito, o Requerido
recusou, imotivadamente, mediante carta
endereçada a agência bancária de
estabelecimento oficial na cidade de São
Paulo.
II – DA TEMPESTIVIDADE
A presente demanda jurisdicional é
tempestiva, visto que fora ajuizada dentro
do prazo de um mês da recusa do
recebimento do valor depositado,
conforme estabelece o art. 539, § 3º, do
CPC, tendo como embasamento o
comprovante do depósito e a recusa.
III – DO DIREITO
A Requerente realizou tentativas diversas
de localizar o credor, embora não logrando
êxito, nas mesmas formas de realização de
todos os pagamentos desde o início, nos
endereços onde comumente eram
efetuadas as quitações. Dessa forma,
diante da impossibilidade de realizar o
pagamento, é possível a presente demanda
conforme arts. 539, caput, do CPC e art.
335, incisos I e III, do CC.
Art. 539. Nos casos previstos em lei,
poderá o devedor ou terceiro requerer,
com efeito de pagamento, a
consignação da quantia ou da coisa
devida.
Art. 335. A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa
causa, recusar receber o pagamento, ou
dar quitação na devida forma;
III - se o credor for incapaz de receber,
for desconhecido, declarado ausente, ou
residir em lugar incerto ou de acesso
perigoso ou difícil;
Além disso, as partes realizaram uma
novação no acréscimo do prazo em
benefício da Requerente hora devedora,
havendo o elastecimento do prazo de
vencimento das últimas parcelas somente
para a data final do contrato, a luz do art.
372 do CC.
A Requerente, inclusive, realizou o
depósito em dinheiro do valor integral de
R$ 4.000,00 (quatro mil reais) em
instituição bancária oficial, no vencimento
da última parcela, consagrando o
adimplemento da obrigação e
extinguindo-a, conforme arts. 539, § 1º, do
CPC e art. 334 do CC.
Art. 539. § 1º Tratando-se de obrigação
em dinheiro, poderá o valor ser
depositado em estabelecimento
bancário, oficial onde houver, situado
no lugar do pagamento, cientificando-
se o credor por carta com aviso de
recebimento, assinado o prazo de 10
(dez) dias para a manifestação de
recusa.
Art. 334. Considera-se pagamento, e
extingue a obrigação, o depósito
judicial ou em estabelecimento
bancário da coisa devida, nos casos e
forma legais.
Nesse diapasão, em face da Requerente
realizar o depósito bancário em instituição
oficial, houve a notificação do credor e sua
recusa imotivada do pagamento, inserindo
o nome da mesma nos cadastros
restritivos de crédito, impossibilitando-a
de arranjar um novo emprego.
IV – DA TUTELA ANTECIPADA
Diante da situação exposta anteriormente,
a tutela de urgência é patente e deverá ser
concedida diante da probabilidade do
direito e perigo de dano, conforme art.
300 do CPC.
Em relação a fumaça do bom direito, é
evidente a ilegalidade na inclusão do nome
da Requerente no Serviço de Proteção ao
Crédito, porque a quitação e extinção da
obrigação em tela fora cumprida pela
Requerente. Dessa forma, requer-se a
exclusão de seu nome no cadastro
restritivo de crédito.
No que tange ao perigo na demora, a
remoção tardia do nome da Requerentedo
Serviço de Proteção ao Crédito poderá
gerar grandes prejuízos, embora já
ocorrido com a perda de uma
oportunidade de emprego. Diante dos
argumentos supracitados, se pleiteia a
tutela de urgência.
V – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se a Vossa
Excelência:
a) A citação do réu para levantar o
depósito ou oferecer contestação,
conforme art. 542, inciso II, do CPC;
b) Declarar a extinção da obrigação e
condenar o Requerido ao pagamento de
custas e honorários advocatícios, de
acordo com o art. 546 do CPC;
c) A concessão e confirmação da tutela
antecipada para a exclusão do nome da
autora do Serviço de Proteção ao Crédito,
com fundamento no art. 300 do CPC;
VI – DAS PROVAS
É juntado aos autos, dentre eles, contrato
de compra e venda, documento do veículo,
comprovante do depósito e manifestação
por escrito da recusa de recebimento do
valor depositado pelo Requerido, e
protesto por todos os meios de prova
admitidos em direito.
Dá-se o valor da causa em R$ 4.000,00
(quatro mil reais), nos termos do CPC, art.
292, II e § 1º.
Termos que,
Pede deferimento
(Município), (data) de (mês) de (ano).
(Nome do advogado)
OAB/UF XXX-XXX
Fonte:
https://www.jurisway.org.br/provasOAB/
oab2afase.asp?id_questao=1025
Arthur Sales
Entusiasta em Direito Constitucional
Segunda Fase do Exame da OAB Direito Administrativo
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