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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA 
DO SÃO PAULO/SP 
 
 
 
PRISCILA, inscrita no CPF n°: xxxxx, portador da célula de identidade xxx, solteira, 
profissão x, residente e domiciliado na Rua xx, n° xx, bairro xxx, cidade: São Paulo, CEP: xx, 
estado de São Paulo, com endereço eletrônico xx@xx.com, vem, respeitosamente perante 
Vossa Excelência, por intermédio da procuradora, abaixo subscrita, que recebe intimações 
no escritório localizado na Rua xx, n° xx, bairro xx, município xx, sob o CEP xx, com 
endereço eletrônico xx@xx.com, que vos subscreve nos termos do art.319, CPC, ajuizar: 
 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO DE PAGAMENTO 
 
Em face de: 
WAGNER, inscrito no CPF nº: xxxxx, portador da célula de identidade, solteiro, profissão x, 
residente e domiciliado na Rua xx, n° xx, bairro xxx, cidade de São Paulo, CEP: xx, estado 
de São Paulo, com endereço eletrônico xx@xx.com, pelos fatos e fundamentos a seguir: 
 
 
 
DOS FATOS 
 
Priscila comprou um carro de Wagner por R$ 28.000,00 (vinte e oito mil reais). Para 
tanto Priscila pagou um sinal no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), tendo sido o restante 
dividido em nove parcelas sucessivas de R$ 2.000,00 (dois mil reais), a cada 30 dias. As 
parcelas foram pagas regularmente até a sétima, quando Priscila, por ter sido dispensada 
de seu emprego, não conseguiu arcar com o valor das duas prestações restantes. 
Priscila entrou em contato com Wagner, diretamente, explicando a situação e 
informando que iria tentar conseguir o valor restante para quitar o débito, tendo Wagner 
mencionado que a mesma não se preocupasse e que aguardaria o pagamento das 
parcelas, até o vencimento da última. Tal instrução foi transmitida pelo vendedor à 
compradora por mensagem de texto. 
Apesar disso, cinco dias antes do vencimento da nona parcela, quando Priscila 
conseguiu um empréstimo com um amigo para quitar as parcelas, ela não conseguiu 
encontrar Wagner nos endereços onde comumente dava-se a quitação das prestações, a 
residência ou o local de trabalho de Wagner, ambos na cidade de São Paulo. 
Priscila soube, no mesmo dia em que não encontrou Wagner, que estava impossibilitada de 
trabalhar em uma sociedade empresária, pois o credor incluíra seu nome no Serviço de 
Proteção ao Crédito (SPC), em virtude da ausência de pagamento das últimas parcelas. 
Esperando ver-se livre da restrição, quitando seu débito, Priscila efetuou o depósito 
de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) no dia do vencimento da última parcela, em uma agência 
bancária de estabelecimento oficial na cidade de São Paulo. Cientificado do depósito, 
Wagner, no quinto dia após a ciência, recusou-o, imotivadamente, mediante carta 
endereçada ao estabelecimento bancário. 
 
 
DA TEMPESTIVIDADE 
 
O CPC/2015 estabelece em seu art.539, § 3º que “ocorrendo a recusa, manifestada 
por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação 
de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa.” 
No presente caso, o requerido foi informado do depósito realizado pela requerente, 
mas após cinco dias recusou imotivadamente, por meio de carta endereçada ao banco. 
Diante disso, a ação foi ajuizada dentro do prazo estabelecido no artigo supracitado, 
instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa, preenchendo o requisito de 
tempestividade. 
 
DA TUTELA ANTECIPADA 
São requisitos para concessão de tutela antecipada o fundamento da demanda e o 
justificado receio de ineficácia do provimento final. Assim dispõem o CPC/15 que determina 
uma ação específica e algumas medidas para tal caso: 
 
 
Art. 84- Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer 
ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou 
determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao 
do adimplemento. 
§ 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio 
de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela 
liminarmente ou após justificação prévia, citado o réu. 
 
Ainda, nos termos do art. 303 do CPC/2015 a tutela antecipada é concedida nos seguintes 
casos: 
Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a 
petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à 
indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que 
se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do 
processo. 
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste 
artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de 
sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do 
pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o 
juiz fixar; 
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de 
mediação na forma do art. 334 ; 
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será 
contado na forma do art. 335. 
 
 
 
Á vista disso, na presente ação encontra-se configurado o fumus boni iuris e o periculum in 
mora, respectivamente, o primeiro consiste, na ilegalidade da inclusão do nome da autora no 
cadastro dos maus pagadores uma vez que, a mesma já efetuou o pagamento da dívida e o 
valor já se encontra depositado. Quanto ao último, consiste na urgência da situação pois, a 
autora encontra-se desempregada e está impossibilitada de conseguir um novo emprego 
devido a negativação. Desta forma, necessita-se que seu nome seja retirado do cadastro de 
maus pagadores. 
 
 
 
DOS FUNDAMENTOS 
CONSIGNAÇÃO DO PAGAMENTO 
 
De acordo com o alhures citado nos fatos, a autora pleiteia a Vossa Excelência uma ação de 
consignação de pagamento, na qual faz-se necessário uma autorização para que ela possa 
efetuar o deposito judicial da quantia anteriormente referida a fim de exonerar-se da 
obrigação e livrar-se dos problemas que está lhe causou. 
 
Uma vez que o requerido se nega a receber o valor que lhe é devido, o Código Civil em seu 
art. 335 diz que: 
 Art.335. A consignação tem lugar: 
I-se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, 
ou dar quitação na devida forma; 
 
O CPC também traz dispositivos acerca da consignação de pagamento, tal como o previsto 
no caput do art. 539, que dispõe o seguinte, “Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o 
devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da 
coisa devida.” 
Sendo assim, faz necessário que a autora consigne o objeto da prestação, uma vez que, o 
credor recusou de forma injustificada o cumprimento da obrigação, fazendo-se necessário a 
exoneração dos efeitos da mora além do fato de que a autora não pode estar vinculada a 
esse débito já que, os efeitos dessa vinculação são extremamente prejudiciais à parte 
requerente. 
PRAZO DE FAVOR 
No Direito temos o conceito de prazo de favor disciplinado no art.372 do Código Civil 
“Art.372- Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam a 
compensação”. 
Este prazo pode ser definido como o período que o credor voluntariamente cede ao 
devedor, além da data do vencimento, para que seja quitado o débito. 
Percebe-se no que fora narrado nos fatos que o requerido concedeu a autora o presente 
prazo de favor, no qual, enquanto a prestação encontrava-se vincendas, este lhe concedeu 
o prazo da última parcela para que lhe fosse pago o débito. 
Dessa forma, o não recebimento da quantia, não encontra preceitos legais para que ocorra, 
já que houve a caracterização do prazo de favor em face da autora, estando essa de acordo 
com o estipulado pelo credor, além do fato de que a autora conseguiu levantar a quantia 
antes do prazo estipulado, encontrando também a recusa do credor em receber o valor. 
 
DO DEPÓSITO BANCÁRIO EM INSTITUIÇÃO OFICIAL 
O CPC traz em seu art.539 regras relativas ao depósito em instituição financeira;Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, 
com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. 
§ 1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado 
em estabelecimento bancário, oficial onde houver situado no lugar do 
pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, 
assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa. 
Sabe-se que o depósito bancário consiste em um direito material, uma opção do credor, na 
qual, a autora viu-se compelida a executar uma vez que não lhe restara opções de 
cumprimento de obrigação. 
O deposito ocorrera de acordo com os ditames para tais feitos: fora necessário e legal, em 
conta aberta com a finalidade de extinguir a obrigação, podendo, por falta de definição legal, 
o titular da conta ser o depositante ou o beneficiário. 
Obsta por fim observar que assim como o preceito do art. 334 do Código Civil, o depósito 
em instituição bancária, desde que cumprido todos os requisitos, como uma forma de 
extinção da obrigação, uma vez que se considera pago o débito em questão. 
 
 
 
NOTIFICAÇÃO DO CREDOR E RECUSA IMOTIVADA 
 
Assim, como demonstrado, a autora notificou o réu que estava desempregada, e que iria 
precisar conseguir o dinheiro necessário para quitar as ultimas duas parcelas, o réu como 
demonstrado nas mensagens de texto em anexo, disse que a mesma poderia efetuar o 
pagamento destas até o ultimo dia de vencimento da nona parcela. Assim, a autora fez, 
depositou o valor que restava em instituição oficial e o réu ciente do pagamento feito se 
recusou imotivadamente a levantar o depósito. Além disso, o réu inseriu o nome da autora 
nos cadastros restritivos de crédito, o que a impossibilitou de conseguir um novo emprego. 
 
DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto requer a Vossa Excelência: 
 
1) A concessão da tutela antecipada para a exclusão do nome da autora dos cadastros 
restritivos de crédito, nos termos do art. 303 do CPC/15; 
2) A designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do 
CPC/2015; 
3) Determinar a citação do requerido para levantar o depósito ou contestar a ação, nos 
termos do art. 542, §3º do CPC/2015; 
4) Julgar procedente a confirmação da tutela, nos termos do art.303 do CPC/15; 
5) A extinção da obrigação, uma vez que o valor já foi depositado, nos termos do art. 
546 do CPC; 
6) A condenação do requerido para pagar as custas e honorários advocatícios nos 
termos dos arts 85 e 546 do CPC/2015, sobre o valor da condenação. 
 
 
DO VALOR DA CAUSA 
 
Atribui-se à causa o valor de R$4.000,00 (quatro mil reais), nos termos do art. 292, I, CPC. 
 
 
 
 
 
DAS PROVAS 
 
Requer provar o alegado por todos os meios de provas previstos em lei e a juntada de 
documentos do contrato de compra e venda, documento do veículo, comprovante do 
depósito e manifestação por escrito da recusa de recebimento do valor depositado assinada 
por Wagner. 
 
 
Nestes termos, 
 
Pede-se e espera deferimento. 
 
 
 
 
São Paulo, xx de xxxx de xxxx. 
 
__________________________________________________ 
Advogado 
OAB/xx 
 
 
 
 
 
 
Integrantes: 
 
➢ Emily Nepomuceno Pereira da Silva 
➢ Katrynne Silva da Mata 
➢ Marcella Moreira Alves Dos Santos

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