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16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/76 DESENHO TÉCNICO E COMPUTACIONALDESENHO TÉCNICO E COMPUTACIONAL VISTAS ORTOGRÁFICAS, CORTESVISTAS ORTOGRÁFICAS, CORTES E SEÇÕESE SEÇÕES Autora: Esp. Ana Lívia Abreu de Andrade R e v i s o r : M a í l s o n S c h e r e r I N I C I A R 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/76 introdução Introdução Nesta unidade, abordaremos temas importantes para o desenho técnico como: Introdução à Geometria descritiva, onde conheceremos a geometria em três dimensões; o Sistema de Projeção, seus elementos e como ele está presente no nosso dia a dia; veremos o Método da Dupla Projeção de Monge, e sua importância para a con�guração dos desenhos técnicos atuais; as Vistas Ortográ�cas, suas características e representações; Cortes e Seções, como devem ser executados e sua importância para a compreensão do desenho. A partir dessas informações você estará preparado(a) para executar e interpretar desenhos técnicos de peças e equipamentos, elaborados conforme as prescrições das normas técnicas brasileiras. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/76 Geometria vem das palavras em grego: Geo = Terra e Metria = Medida, ou seja, Medida da terra. Trata-se de um ramo da Matemática que investiga as formas e as dimensões das �guras que existem na natureza. Acredita-se que os estudos em geometria se iniciaram com os Elementos de Euclides (330 A.C. – 260 a.C.), nascido na Síria, estudante em Atenas, é reconhecido historicamente como um dos matemáticos mais importantes, embora pouco se tenha conhecimento sobre sua vida. Sabe-se que ensinou Matemática na escola criada por Ptolomeu Soter, em Alexandria, e se tornou notável pela forma brilhante de ensinar geometria e álgebra, sempre atraindo para suas aulas um grande número de discípulos. (MEDEIROS, 2019, on- line). Geometria DescritivaGeometria Descritiva 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/76 Os conceitos da Geometria Descritiva constituem a base do Desenho Técnico, onde se incluem o Desenho Arquitetônico, o Desenho Mecânico, o Desenho Elétrico, entre outros. Ainda que esses conceitos já fossem abordados de forma intuitiva desde a Antiguidade (como vemos nos desenhos de Leonardo Da Vinci, com suas geniais invenções, porém sem normas ou escalas e cotas), as bases da Geometria Descritiva foram criadas no �nal do século 18 pelo francês Gaspard Monge. Figura 2.1 - Euclides (300 AC) Fonte: Patrick Guenette / 123RF. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 5/76 Gaspard Monge foi um matemático, nascido em Beaune, 10 de maio de 1746 e falecido em Paris em 28 de julho de 1818, criador da geometria descritiva e da geometria diferencial. Ele serviu na área militar como ministro da Marinha, e esteve envolvido na reforma do sistema educacional francês, sendo um dos fundadores da École Polytechnique (Escola politécnica). Monge atuou na área acadêmica e militar, com estudos na área de defesa de forti�cações, trazendo uma solução simples e e�caz usando não cálculos intermináveis de aritmética, mas a geometria como resposta. A Geometria Descritiva é o ramo da matemática aplicada que tem como objetivo o estudo de objetos tridimensionais mediante projeções desses sólidos em planos. Em Geometria, é comum utilizarmos os conceitos de forma e dimensão: Forma é o aspecto, ou con�guração, de um determinado objeto (forma arredondada, elíptica, cilíndrica, retangular etc.), enquanto dimensão é a grandeza que caracteriza uma determinada medida desse objeto (largura, comprimento, altura, diâmetro etc.). Os elementos fundamentais da geometria são o ponto, a linha e o plano. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 6/76 Ponto O ponto é o elemento mais simples da geometria, não possui forma e nem dimensão. Porém, é a partir do ponto que se é possível obter outras formas geométricas. Segundo Kandinsky (1997, p. 35), artista plástico russo renomado: O ponto geométrico é um ser invisível. Deve, portanto, ser de�nido como imaterial. Do ponto de vista material, o ponto compara-se ao zero. Mas este zero esconde diferentes propriedades “humanas”. Segundo a nossa concepção, este zero – o ponto geométrico – evoca o laconismo absoluto, ou seja, a maior retenção mas, no entanto, fala. Assim o ponto geométrico é, segundo a nossa concepção, a última e única união do silêncio e da palavra. Eis porque o ponto geométrico encontrou a sua forma material em primeiro lugar na escrita – ele pertence à linguagem e signi�ca o silêncio. Linha Figuras 2.3 - Ponto grá�co x Ponto geométrico Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 7/76 A linha pode ser de�nida como uma uma série de pontos en�leirados no espaço, formando um traço único e contínuo. A linha é um elemento geométrico que possui apenas uma dimensão: o comprimento. Kandinsky (1997, p. 61) diz ainda: A linha geométrica é um ser invisível. É o rastro do ponto em movimento, logo seu produto. Ela nasceu do movimento – e isso pela aniquilação da imobilidade suprema do ponto. Produz-se aqui o salto do estático para o dinâmico. As linhas podem variar quanto à forma, posição, direção e traçados. Quanto à forma a linha pode ser retilínea, curva, ondulada, mista, quebrada, fechada etc. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 8/76 Quanto à posição pode ser vertical, horizontal e oblíqua. Quanto à direção as linhas podem ser convergentes, divergentes, paralelas, perpendiculares etc. Figuras 2.5 - Formas das linhas Fonte: Elaborada pela autora. Figuras 2.6 - Posição das linhas Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 9/76 Quanto ao traçado as linhas podem ser cheia, �na, tracejada, traço e ponto, pontilhada etc. Plano ou Super�ície Um plano ou superfície pode ser de�nido como as diversas posições de uma linha que executa um movimento retilíneo ou por várias linhas postas lado a lado. Figuras 2.7 - Direção das linhas Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 10/76 Assim podemos dizer que um plano é um conjunto in�nito e ilimitado de retas, postas lado a lado. Exemplos de planos do nosso dia a dia são observados em qualquer superfície reta, como a superfície de uma mesa, telas, portas, paredes etc. As �guras geométricas bidimensionais, ou de duas dimensões, são de�nidas dentro dos planos. Sendo assim, o plano é o objeto no qual as �guras possuem duas dimensões: largura e comprimento. Espaço O encontro de dois ou mais planos forma o Espaço ou a 3ª Dimensão. Portanto, o plano constitui um domínio 2D (bidimensional) e o espaço constitui um domínio 3D (tridimensional). O espaço é onde todos os sólidos e corpos podem ser construídos e criados e onde a Geometria espacial acontece. Como trata-se de uma extensão do plano para a terceira dimensão, sólidos geométricos, construídos no espaço, têm profundidade, largura e comprimento. Figura 2.9 - Linhas formando Plano Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 11/76 As noções de ponto, reta, plano e espaço são puramente intuitivas e, ao contrário do que ocorre com os conceitos de forma e dimensão, "emprestam" sua concepção para descrever determinadas situações.Por exemplo: - Aqueles postes estão em linha reta. - O tampo dessa mesa é plano. - A mesa está ocupando o espaço do sofá (RABELLO, 2005, p. 5). praticarVamos Praticar “O ponto – o mais simples dos elementos – como se pode intuir, não tem forma e nem dimensão. Entretanto, qualquer forma geométrica pode ser obtida a partir do ponto. A linha, por exemplo, pode ser de�nida como uma sucessão contínua de pontos”. RABELLO, P. S. R. Apostila de Geometria Descritiva Básica 1. Cabo Frio: UAM, 2005. p. 6. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 12/76 O Ponto, a reta e o plano constituem a base da Geometria. Sobre isso sabemos que: a) Quanto à forma, o ponto pode ser reto, curvo, ondulado, misto, quebrado, fechado etc. b) Quanto ao traçado as linhas podem ser convergentes, divergentes, paralelas, perpendiculares etc. c) Também podemos comparar uma linha a uma série de pontos en�leirados no espaço, unidos de tal forma que se confundem num traço contínuo. d) O encontro de dois ou mais planos forma o Espaço ou a segunda dimensão. e) Sólidos geométricos, construídos no espaço, possuem profundidade e comprimento. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 13/76 A Geometria descritiva é baseada na projeção de objetos em planos retos. Em nosso dia a dia é possível observar como funciona o sistema de projeção. Sugestão de experimento: Você precisa apenas de uma lanterna, um objeto qualquer (uma cadeira, por exemplo) e um plano reto (uma parede branca, por exemplo). Coloque a lanterna apontada para o objeto e observe a parede. A sombra que aparece desenhada na parede nada mais é do que a projeção do objeto em um plano reto. Sistemas de ProjeçãoSistemas de Projeção 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 14/76 O mesmo podemos observar no cinema, onde vemos a incidência da luz do projetor sobre a película na tela branca. Nesse caso, a projeção é o próprio �lme exibido. Existem dois tipos de sistemas de projeção: Sistema de Projeção Cônica. Figura 2.11 - Projeção de um objeto Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 15/76 Como o exemplo da luz sobre um objeto esse sistema funciona com a saída de linhas de um ponto central, formando um cone. Sistema de Projeção Cilíndrica. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 16/76 Como mostrado na Figura 2.13, a projeção cilíndrica, também conhecida como projeção paralela, consiste na saída de projetantes paralelas entre si como as geratrizes de um cilindro, passando pelo objeto. Esse sistema se divide em dois tipos: ortogonal e oblíquo, de acordo com a incidência das projetantes. Elementos de Projeção Os elementos que compõem a projeção são: Plano de projeção; Objeto; Projetantes, ou raio projetante; Centro de projeção. Usando, ainda, o exemplo do experimento da cadeira podemos dizer que: o plano de projeção é a parede, o objeto é a cadeira, as projetantes ou raios projetantes seriam a luz e o centro de projeção seria a lanterna. Figura 2.14 - Elementos de Projeção - exemplo do dia a dia Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 17/76 Usando, agora, o estudo do sistema de projeção na geometria, podemos criar a projeção de pontos de um elemento geométrico. Veja o esquema ilustrado a seguir: Na Figura 2.15 observamos o desenho de um triângulo formado pelos pontos (A), (B) e (C), no espaço, e as projeções A, B e C, do mesmo, em um plano reto. Obs.: aqui, podemos dizer que A, B e C são as projeções verticais do triângulo, pois foram criadas em um plano vertical (α). Podemos dizer então que: A Projetante é a reta que sai do centro de projeção, passa pelos pontos do objeto (A), (B) e (C), no espaço, até o plano de projeção. O Centro de projeção é o ponto �xo de onde partem as projetantes. Um ponto é projetado em um plano quando a projetante intercepta o plano de projeção. Figura 2.15 - Elementos de Projeção - exemplo na geometria descritiva Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 18/76 Método da Dupla Projeção de Monge (Gaspar Monge) Para que possamos de�nir de forma precisa a forma e a posição de um objeto no espaço utilizando um sistema de projeções, a utilização de uma só projeção não será su�ciente. Observe o desenho a seguir: Apenas com base nos resultados da projeção dos três objetos no plano vertical o observador �ca impossibilitado de compreender a real forma do objeto projetado. Com o método da dupla Projeção de Monge, no entanto, é possível fazer essa diferenciação, visto que serão utilizados dois planos de projeção. Nesse método, emprega-se o Sistema de Projeções Cilíndricas Ortogonais. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 19/76 O Método da Dupla Projeção de Monge foi criado por Gaspar Monge e utiliza dois Planos de projeção: plano horizontal (π) e o plano vertical (π'), in�nitos e perpendiculares entre si. Nesses planos, serão feitas as projeções horizontais e verticais das �guras a serem representadas. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 20/76 O encontro ou intersecção entre os dois planos é conhecido como Linha de Terra (LT). A Linha de Terra divide os planos verticais e horizontais em quatro semiplanos, são eles: Semiplano Horizontal Anterior ou (πa) - situa-se à direita da Linha de Terra no plano horizontal (as coordenadas marcadas neste semiplano serão positivas); Semiplano Horizontal Posterior ou (πp) - situa-se à esquerda da Linha de Terra no plano horizontal (as coordenadas marcadas nesse semiplano serão negativas); Semiplano Vertical Superior ou (π's) - situa-se acima da Linha de Terra no plano Vertical (as coordenadas marcadas nesse semiplano serão positivas); Semiplano Vertical Inferior ou (π'i) - situa-se abaixo da Linha de Terra no plano Vertical (as coordenadas marcadas nesse semiplano serão negativas). Diedros Figura 2.18 - Planos de Projeção Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 21/76 Diedros são regiões formadas pelos semiplanos de projeção verticais e horizontais e se dividem em quatro: 1º Diedro ou 1ºD = A região formada pelos semiplanos Horizontal Anterior (πa) e Vertical Superior (π's); 2º Diedro ou 2ºD = A região formada pelos semiplanos Horizontal Posterior (πp) e Vertical Superior (π's); 3º Diedro ou 3ºD = A região formada pelos semiplanos Horizontal Posterior (πp) e Vertical Inferior (π'i); 4º Diedro ou 4ºD = A região formada pelos semiplanos Horizontal Anterior (πa) e Vertical Inferior (π'i). Projeções do Ponto De acordo com o sistema de projeções cilíndricas ortogonais, ao representar um ponto (A) no espaço, iremos obter as suas projeções horizontal = A e vertical = A', 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 22/76 respectivamente nos planos horizontal (π) e vertical (π'), conforme ilustrado na �gura a seguir: Para representar pontos no espaço, precisamos de três coordenadas (X, Y, Z) para determinar sua posição, sendo elas: Abscissa, Afastamento e Cota. Abscissa ou X: a posição da projeção do ponto (A) na Linha de Terra. É necessário estabelecer um referencial para se determinar a posição da abscissa. Se ela for medida à direita da origem é positiva, logo X>0, e se for medida à esquerdada origem ela é negativa, logo X<0. Afastamento ou Y: a posição da Projeção Horizontal = A do ponto (A) em relação à linha de terra. Se medido no semiplano Horizontal Anterior (πa) é positivo, logo Y>0, se medido no semiplano Horizontal Posterior (πp) é negativo, logo Y<0. Cota ou Z: posição da Projeção Vertical = A' do ponto (A) em relação à Linha de Terra. Se medido no semiplano Vertical Superior (π's) é positivo, logo Z>0, se medido no semiplano Vertical Inferior (π'i) é negativo, logo Z<0. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 23/76 Em Resumo: Um ponto é representado numericamente pela expressão (A) [X; Y; Z], onde: (A): signi�ca o ponto objeto no espaço; Inserir dois itens para as projeções A e A’; X: abscissa marcada na linha de terra (positiva na direita do referencial, negativa na esquerda do referencial); Y: afastamento marcado no plano horizontal (positivo à direita da linha de terra e negativa à esquerda da linha de terra); Z: cota marcada no plano vertical (positivo acima da linha de terra e negativa abaixo da linha de terra). Épura Monge imaginou uma solução para que pudéssemos visualizar as duas projeções de um ponto ou de uma �gura geométrica em um plano, e não mais no espaço. Para isso era Figura 2.21 - Coordenadas de um ponto no espaço Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 24/76 necessário o rebatimento do plano horizontal no sentido horário sobre o plano vertical, surgindo assim o que denominamos de épura. A épura é uma representação, num plano 2D, de qualquer entidade geométrica, mediante projeções ortogonais. Exemplo da épura de um ponto (A) no espaço: Na épura, as duas projeções de um ponto devem estar ligadas por uma linha denominada linha de chamada, que deverá ser sempre perpendicular à Linha de Terra. Exemplo de Exercício de Coordenadas e Épura: Marque nos planos verticais e horizontais as projeções dos pontos abaixo, faça a Épura e diga em qual Diedro eles se encontram. (A) [0; 20; 20] (B) [-10; 10; -20] (C) [10; -30; 20] (D) [20; -20; -30] 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 25/76 Respostas: Projeções dos pontos e pontos no espaço e épura. Diedros: Ponto (A) = 1º Diedro / Ponto (B) = 4º Diedro / Ponto (C) = 2º Diedro / Ponto (D) = 3º Diedro. praticarVamos Praticar 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 26/76 O Método da Dupla Projeção foi criado por Gaspar Monge e utiliza dois Planos de projeção: plano horizontal (π) e o plano vertical (π'), que são in�nitos e perpendiculares entre si. Nesses planos, são feitas as projeções das �guras (projeções horizontais e verticais). Sobre sistemas de projeções é correto a�rmar: a) A Linha de Terra divide os planos verticais e horizontais em quatro semiplanos. b) Semiplano Horizontal Anterior ou (πA) - situa-se à esquerda da Linha de Terra no plano horizontal. c) 1º Diedro é a região formada pelos semiplanos horizontal posterior e vertical superior. d) A cota é marcada na linha de terra (positiva na direita do referencial, negativa na esquerda do referencial). e) O rebatimento do plano vertical no sentido horário sobre o plano horizontal se chama épura. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 27/76 As Vistas Ortográ�cas são obtidas por meio das projeções de objetos sobre planos ortogonais. Quando o observador se posiciona na frente do observador, ou acima dele, ou na sua lateral, ele pode observar como seria a projeção de um objeto nos planos opostos a ele (Figura 2.24). Vistas Ortográ�casVistas Ortográ�cas 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 28/76 Como vimos anteriormente no Método da Dupla Projeção de Monge, os objetos localizados nos Diedros possuem projeções nos planos vertical e horizontal. Porém apenas dois Diedros são adequados para a representação das Vistas ortográ�cas, o 1º Diedro e o 3º Diedro. Veja as Épuras a seguir: Figura 2.24 - Projeções nos planos ortogonais Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 29/76 O modelo Europeu é o do 1º Diedro e o modelo Americano é o do 3º Diedro. No Brasil emprega-se o modelo europeu, sendo as vistas ortográ�cas obtidas com base no objeto localizado no 1º Diedro. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 30/76 Mas o que isso impacta nos desenhos das vistas ortográ�cas? Apenas a posição das Vistas Principais nos formatos (papéis) e como a perspectiva isométrica, desenho em três dimensões, será representada, veja: 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 31/76 Vistas Principais As vistas principais do 1º Diedro se dividem em seis, sendo elas: Vista Frontal: vista principal do objeto, geralmente essa vista representa a peça na sua posição de utilização. O observador se posiciona na frente do objeto e vê a sua projeção ortogonal na face posterior a ele, ou seja, no plano vertical posterior. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 32/76 Vista Superior: o observador se posiciona acima do objeto e vê a sua projeção ortogonal na face posterior a ele, ou seja, no plano horizontal inferior. Figura 2.29 - Observador olhando a vista superior Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 33/76 Vista Lateral Esquerda: o observador se posiciona do lado esquerdo do objeto e vê a sua projeção ortogonal na face posterior a ele, ou seja, no plano lateral direito. Vista Lateral Direita: o observador se posiciona do lado direito do objeto e vê a sua projeção ortogonal na face posterior a ele, ou seja, no plano lateral esquerdo. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 34/76 Plano Inferior: o observador se posiciona abaixo do objeto e vê a sua projeção ortogonal na face posterior a ele, ou seja, no plano horizontal superior. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 35/76 Vista Posterior: o observador se posiciona atrás do objeto e vê a sua projeção ortogonal na face posterior a ele, ou seja, no plano vertical anterior. Grande parte dos objetos consegue ser de�nida empregando apenas três vistas, denominadas vistas principais, não sendo necessária a utilização das seis vistas. A Frontal, a Superior e a Lateral Esquerda são preferencialmente escolhidas como vistas principais. No caso de o objeto apresentar uma grande quantidade de detalhes, empregam-se vistas adicionais para que o mesmo possa ser compreendido por completo. Linhas nas Vistas Ortográ�icas Para diferenciar nas vistas ortográ�cas o que está mais próximo do observador, o que está mais distante e até mesmo o que está oculto em faces opostas, usamos diferentes tipos de linhas. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 36/76 Para as linhas próximas do observador usamos linhas contínuas e grossas; Para as linhas mais distantes do observador, essa graduação vai diminuindo, entre linhas médias para faces intermediárias (média grossa, média �na) e linhas �nas para as faces mais distantes; Para de�nir as faces que estão ocultas na vista, ou qualquer detalhe que não esteja visívelem determinada vista ortográ�ca, empregamos uma linha tracejada de traço �no (linha de projeção). “Obs.: as linhas de Projeção, sempre que possível, não devem ser cotadas”. Exemplo de Exercício de Vistas Ortográ�cas: Desenhe as três Vistas Ortográ�cas Principais do 1º Diedro, seguindo as medidas do desenho a seguir: Figura 2.34 - Projeções Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 37/76 Resposta: 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 38/76 praticarVamos Praticar As Vistas Ortográ�cas são as representações grá�cas das projeções de um objeto em planos retos ortogonais. Dos quatro Diedros existentes apenas dois Diedros são usados para o desenho técnico, sendo eles: 1º Diedro e 3º Diedro. Sendo assim é correto a�rmar que: a) A Vista Superior é a vista mais importante do desenho, geralmente é considerada como vista Principal. b) O 3º Diedro é conhecido como Modelo Europeu, e é o Diedro usado no Brasil. c) As linhas das vistas ortográ�cas não mudam, são sempre grossas e bem de�nidas. d) As vistas principais do 1º Diedro são: Frontal, Superior e Lateral Esquerda. e) As Projeções são linhas �nas e tracejadas que devem ser cotadas. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 39/76 As Vistas Ortográ�cas representam quase 80% da totalidade do projeto. Muitos objetos, no entanto, possuem linhas ocultas nas vistas principais (Frontal, Superior e Lateral Esquerda), sendo representadas em linha �na tracejada. Para que se consiga enxergar essas projeções e para que possamos cotá-las são empregados os cortes e as seções. Cortes e SeçõesCortes e Seções 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 40/76 Cortes Corte é a representação grá�ca de um objeto cortado por um ou mais planos virtuais (planos secantes ou planos de corte). No corte se representa tudo o que está atrás do plano de corte, sendo que as arestas que estavam ocultas nas vistas ortogonais (projeções) passam a �car visíveis. Os cortes são desenhados com linha grossa, nítida, e com hachuras nas áreas cortadas, as linhas que não foram cortadas continuam visíveis como nas vistas ortográ�cas. É um recurso muito utilizado para representar mais efetivamente detalhes internos de componentes ou montagens. reflita Re�ita Para quem vai ler e interpretar desenhos técnicos, é muito importante saber fazer a correspondência entre as vistas ortográ�cas (2D) e o modelo representado em perspectiva isométrica (3D). Conseguir formar uma imagem mental do modelo a partir das vistas ortográ�cas, e ser capaz de imaginá-las a partir da análise do modelo ou de sua representação em perspectiva isométrica é uma das maiores di�culdades encontradas pelos estudantes de desenho técnico. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 41/76 Corte Longitudinal e Transversal Os cortes podem ser classi�cados como Longitudinais, quando o plano de corte passa ao longo da peça, em sua maior dimensão, e Transversais, quando o plano de corte passa no menor sentido da peça. Ex.: Figura 2.37 - Cortes Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 42/76 Linha de Corte Quando a localização do plano secante ou de corte não for clara o bastante, ou quando for necessário criar vários cortes na peça representada, a posição do plano de corte deve ser indicada por meio de linha traço-ponto, larga, apenas nas extremidades do desenho e na mudança de direção (quando houver), conforme a NBR 8403. O plano de corte deve ser identi�cado, ainda, com letra maiúscula e o sentido de observação por meio de setas ou triângulos. Exemplo de linha de corte (medidas em mm): 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 43/76 Tipos de Corte Existem quatro tipos de cortes e cada um deles tem sua característica especí�ca e uso. Cortes Totais São cortes que seccionam a peça inteira, de um lado ao outro (Figura 2.40). São três os tipos de cortes totais: 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 44/76 Corte na Vista Frontal - Corte paralelo à Vista Frontal da peça. A indicação desse corte é feita na vista superior. Corte na Vista Superior - Corte paralelo à Vista Superior da peça. A indicação desse corte é feita na vista Frontal. Corte na Vista Lateral Esquerda - Corte paralelo à Vista Lateral esquerda. A indicação desse corte é feita na vista superior. Os cortes totais são os mais utilizados em desenho técnico, pois são os que trazem as informações do corte de forma completa. No desenho técnico arquitetônico, eles são usados para representar as edi�cações cortadas junto aos terrenos, de muro a muro. Cortes Compostos ou Em Desvio Quando houver em uma mesma vista mais de um detalhe na peça que se deseja cortar, podemos criar um corte composto, desviando a linha de corte para poder mostrar todos os detalhes desejados. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 45/76 A peça a seguir contém vários detalhes diferentes, sendo necessário empregar dois cortes (Figura 2.41): Figura 2.41 - Perspectiva - Corte composto ou misto Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 46/76 Podemos juntar esses dois cortes em um mesmo desenho, com o Corte Composto, apenas desviando a linha de corte (Figura 2.42). Cortes Parciais Em peças simples, em que se necessite apenas do corte como um detalhe, temos o Corte Parcial, em que apenas um trecho da vista é mostrada em corte. Para delimitar o corte podemos usar linha contínua à mão livre ou linha reta em zigue-zague. Meio Corte Nas peças simétricas há a possibilidade de se cortar apenas metade da peça, deixando a outra metade em vista. Este corresponde ao meio corte, usado em casos que se deseja chamar a atenção para detalhes simétricos. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 47/76 Elementos não cortados Quando em uma montagem houver a necessidade de se mostrar a peça em corte, se houver a presença de algum elemento que não faça parte da peça, ou seja, elementos de �xação como parafusos, porcas, arruelas, pinos, rebites, ou similares, esses elementos não devem ser cortados. Seções A seção é o corte feito em qualquer posição do sólido, e corresponde à retirada de uma “fatia” que representa seu per�l Transversal. Pode-se realizar quantas seções forem necessárias para a perfeita compreensão do objeto. São mais utilizadas em peças circulares com diferentes diâmetros. Nas seções, no entanto, representa-se apenas a parte do sólido interceptada pela linha do corte, omitindo os detalhes além da linha do corte, estando visíveis ou não. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 48/76 A linha de corte possui indicação de setas e letra em ambas as extremidades, enquanto nas linhas de seções essa simbologia é empregada apenas em uma das extremidades da linha. Hachura Hachuras são um conjunto de linhas ou símbolos que identi�cam a área seccionada. São feitas em linha �na, enquanto que a linha do corte que as circunda é feita por um traço mais grosso e nítido. Para cada tipo de material existe uma hachura, sendo estas representações indicadas pela NBR 12288/1995 - Representação de área de corte por meio de hachura em desenho técnico. A �guraa seguir ilustra algumas das principais representações em função do material: Figura 2.45 - Exemplo - Seções Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 49/76 Na maioria dos desenhos de peças a hachura mais utilizada é a de Metais em Geral, que é representada por linhas de 45º, com espaçamento contínuo. As hachuras não devem ter a mesma inclinação das arestas de uma peça e nem das cotas, bem como não devem interceptar dimensões. No caso de montagens, quando houver o corte de mais de uma peça, devemos inverter a orientação das linhas de hachura para indicar que são peças diferentes. Como demonstrado na Figura 2.47. No caso de três peças pintamos a de menor espessura de preto. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 50/76 praticarVamos Praticar O recurso ao corte e à seção num desenho se dá, em geral, quando a peça a ser representada possui uma forma interior complexa ou quando alguns detalhes importantes para sua de�nição não �cam totalmente de�nidos numa projeção ortogonal. Sobre Cortes e Seções podemos a�rmar: a) O corte parcial intercepta apenas metade da peça e deixa a outra metade vista. É utilizado em peças simétricas. b) Hachuras são representações das áreas vistas do corte. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 51/76 c) Cortes correspondem a “fatias” que tiramos da peça, representando apenas a área seccionada. d) A Seção é feita, na maioria das vezes, no sentido longitudinal em peças retas. e) Os cortes podem ser classi�cados como Longitudinais quando o plano de corte passa ao longo da peça, em sua maior dimensão. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 52/76 Existem duas maneiras de representar um objeto por meio do desenho técnico: Vistas Ortográ�cas: representação das vistas do objeto obtida pela projeção em planos; Perspectiva: representado pelo modo como o observador o enxerga. Quando olhamos para um objeto real, temos a sensação de profundidade e relevo. As partes que estão mais próximas de nós parecem maiores e as partes mais distantes aparentam ser menores. Como um exemplo da imagem real em formato 2D temos a fotogra�a, que transmite a ideia das três dimensões na imagem: comprimento, largura e altura. No desenho, para transmitir essa mesma ideia, precisamos recorrer a um modo especial de representação grá�ca: a Perspectiva. A Perspectiva representa gra�camente as três dimensões de um objeto em um único plano (2D). PerspectivaPerspectiva 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 53/76 Tipos de Perspectiva Existem três tipos principais de perspectiva: Cônica - perspectivas cônicas são aquelas que mais se assemelham a perspectiva do olho humano. Ela é criada através da passagem de várias linhas retas que se projetam de “pontos de fuga”, que são pontos situados na linha de horizonte, que representa o encontro ou a fuga de todas as retas paralelas do plano do objeto observado, passando por um observador e pelo objeto, e que o projetam num plano, chamado de quadro. As linhas de horizonte são linhas que �cam na altura do olho do observador, paralelo ao plano terra, onde estarão situados os pontos de observação, geralmente de�nida a um metro e meio do chão para um observador em pé, sobre um plano reto. Figura 2.48 - Perspectiva Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 54/76 Cavaleira - a perspectiva cavaleira resulta na projeção cilíndrica oblíqua, estando o objeto com uma face paralela ao quadro. A face da frente conserva sua forma e grandeza. Existem três modelos de acordo com o ângulo da inclinação: 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 55/76 Isométrica - é um tipo de perspectiva Axonométrica (Isométrica, Dimétrica e Trimétrica), sendo a mais utilizada no campo do desenho técnico. “Esse tipo de perspectiva também é conhecida como perspectiva paralela e é muito utilizada tanto na arquitetura como na engenharia devido à sua simplicidade construtiva. Além disso, como esse tipo de perspectiva busca mostrar com exatidão as dimensões correspondentes ao objeto desenhado, permite ao observador maior facilidade para identi�car seus valores dimensionais” (SANTOS, 2017, on-line). 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 56/76 Fazendo uma comparação entre os tipos de perspectivas vistos, veja como �ca a representação grá�ca de um cubo em perspectiva: Figura 2.51 - Perspectivas Axonométricas Fonte: Elaborada pela autora. Figura 2.52 - Cubos em Perspectivas Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 57/76 Perspectiva Isométrica A perspectiva isométrica é a mais utilizada nos desenhos técnicos, pois é a que menos distorce o desenho e que traz as três dimensões em seu tamanho real. Para desenhar uma perspectiva isométrica precisamos usar os eixos isométricos (Figura 2.53). Eixos isométricos são três eixos com dimensões iguais, 360º/3 = 120º. É desenhado com o esquadro de 30º apoiado na régua horizontal. Toda a perspectiva isométrica é feita a partir destes eixos, com linhas paralelas. Exemplo: 1º Passo: traçar as linhas isométricas (esquadro 30º apoiado na régua paralela), marcar as dimensões de comprimento, largura e altura nestas linhas. Figura 2.53 - Eixos Isométricos Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 58/76 2º Passo: fechar a vista frontal da peça com linhas paralelas ao comprimento e à altura. 3º Passo: fechar a vista superior com linhas paralelas ao comprimento e largura. 4º Passo: fechar a vista lateral esquerda com linhas paralelas à largura e à altura. Final: �nalizar apagando as linhas desnecessárias e reforçar as linhas do objeto para melhor visualização. Para a confecção da perspectiva isométrica usamos as informações e dimensões indicadas nas vistas ortográ�cas Figura 2.54 - Isométrica de um prisma Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 59/76 Círculos em Perspectiva Isométrica Muitos objetos sólidos são compostos por elementos de seção circular, tais como furos passantes, cortes em meio círculos etc. sendo necessária, por vezes, a representação isométrica desses furos. Exemplos de círculos em Perspectiva isométrica: Figura 2.55 - Isométrica através das Vistas Ortográ�cas Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 60/76 Para desenhar círculos em perspectiva, é necessário criar um quadrado isométrico, cujo lado deve corresponder ao diâmetro do círculo isométrico que se deseja representar. Figura 2.56 - Elementos com círculos em perspectiva Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 61/76 Para desenhar esses círculos em perspectiva, podemos utilizar o compasso, utilizando o roteiro indicado a seguir: Figura 2.58 - Círculo em perspectiva - uso do compasso Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 62/76 Traçar os eixos isométricos e fechar um quadrado isométrico com lado igual ao diâmetrodo círculo (A, B, C e D); Determinar os pontos médios das arestas que de�nem o quadrado (M, N, R e S); Para fazer os segmentos de arco maiores, devem-se desenhar as linhas entre D/M, e entre D/N. Com a ponta seca do compasso em D, traçar o segmento M-N. O mesmo procedimento deve ser empregado para traçar o segmento de arco R-S; Para fazer os segmentos de arco menores, colocar a ponta seca do compasso na interseção 1, traçando o segmento R-M. Com a ponta seca em 2, �naliza-se traçando o segmento N-S. Para elaboração de meios círculos, pode ser empregada a mesma técnica, conforme ilustrado na �gura a seguir: Figura 2.59 - Círculo em perspectiva Fonte: Elaborada pela autora. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 63/76 saiba mais Saiba mais O uso do computador para execução de desenhos técnicos propiciou muitos benefícios aos seus executores e leitores. O uso da tecnologia em desenhos grá�cos é conhecido por CAD (computer aided design) que em português signi�ca DAC (desenho assistido por computador.) Existem vários softwares de CAD no mercado, sendo os mais conhecidos: AutoCAD, Solidworks, SketchUp, Inventor 3D, Revit, entre outros. Saiba mais a respeito da Evolução do CAD e sua aplicação em projetos de engenharia. ACESSAR https://www.researchgate.net/publication/267251565_A_Evolucao_do_CAD_e_sua_Aplicacao_em_Projetos_de_Engenharia 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 64/76 indicações Material Complementar L I V R O Desenho Técnico Beatriz de Almeida Pacheco Editora: Intersaberes ISBN: 978-85-597-2512-4 Comentário: esse livro aborda o conhecimento sobre Desenho técnico de forma fácil e com uma linguagem agradável. Aborda os conceitos das normas e o tema, de forma completa. 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 65/76 F I L M E O Legado de Pitágoras, Documentário #1 Ano: 2008 Comentário: documentário da BBC dividido em três episódios, que aborda a geometria de Pitágoras pela história. Desde a construção de um túnel em Samus e sua relação com triângulos, a contribuição de outros matemáticos em seus estudos e termina com a con�rmação da importância do teorema de Pitágoras para a matemática e para a ciência. T R A I L E R 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 66/76 conclusão Conclusão Esta unidade abordou uma parte considerável do estudo sobre Desenho técnico, trazendo itens de grande importância para a elaboração, compreensão e leitura de desenhos técnicos. O conhecimento da Geometria Descritiva, dos sistemas de projeções, do estudo do ponto no espaço, das vistas ortográ�cas, dos cortes, seções e perspectivas são ferramentas importantíssimas para a execução de desenhos técnicos. Um bom exercício consiste em tentar mentalizar como seriam as vistas de objetos do dia a dia, tais como móveis, peças, equipamentos, buscando recriar as vistas frontais, superior e lateral esquerda desses objetos. Se possível, até rabiscar os croquis dessas vistas em um pedaço de papel. Essa técnica, ainda que simples, aprimora a visualização e a percepção espacial do estudante, facilitando, posteriormente, a elaboração dos desenhos técnicos necessários aos seus projetos. referências Referências Bibliográ�cas 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 67/76 ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492: representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067: princípios gerais de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995a. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12298: representação de área de corte por meio de hachura em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995b. KANDINSKY, W. Ponto e linha sobre o plano. São Paulo: Martins Fontes, 1997. MEDEIROS, J. C. Fundamentos da geometria. Portal G1 Educação: Matemática, 2019. Disponível em: http://educacao.globo.com/matematica/assunto/geometria- plana/fundamentos-da-geometria.html. Acesso em:3 jan. 2020. PACHECO, B. Desenho Técnico. Curitiba: Intersaberes, 2017. RABELLO, P. S. R. Apostila de Geometria Descritiva Básica 1. Cabo Frio: UAM, 2005. SANTOS, R. N. dos. Perspectivas: tipos utilizados no curso de Arquitetura. Arquiteto Versátil, mar. 2017. Disponível em: https://www.arquitetoversatil.com/2017/03/perspectivas-tipos-utilizados-no-curso- de-arquitetura.html. Acesso em: nov. 2019. http://educacao.globo.com/matematica/assunto/geometria-plana/fundamentos-da-geometria.html https://www.arquitetoversatil.com/2017/03/perspectivas-tipos-utilizados-no-curso-de-arquitetura.html 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 68/76 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 69/76 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 70/76 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 71/76 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 72/76 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 73/76 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 74/76 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 75/76 16/11/2020 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 76/76
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