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Qualidade, Saúde, Meio Ambiente e Segurança no Trabalho

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Qualidade, saúde, m
eio am
biente e segurança no trabalho
Esta publicação integra uma série da 
Editora SENAI-SP especialmente criada 
para apoiar os alunos dos cursos técnicos e 
dos cursos de formação inicial e continuada. 
O mercado de trabalho em permanente 
mudança exige que o profissional se atualize 
continuamente ou, em muitos casos, busque 
novas qualificações. É para esse profissional, 
sintonizado com a evolução tecnológica e 
com as inovações nos processos produtivos, 
que o SENAI-SP oferece muitas opções em 
cursos, nas diversas áreas tecnológicas. 
9 788583 930594
ISBN 978-85-8393-059-4
ELETROELETRÔNICA
Qualidade, saúde, 
meio ambiente e 
segurança no 
trabalho
Qualidade, saúde, 
meio ambiente e 
segurança no 
trabalho
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
 SENAI. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
 Qualidade, saúde, meio ambiente e segurança no trabalho / SENAI. 
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. – São Paulo : SENAI-SP Editora, 
2019.
 112 p. : il. 
 Inclui referências
 ISBN 978-85-8393-059-4
 1. Gestão da qualidade 2. Meio ambiente 3. Saúde no trabalho 4. 
Segurança no trabalho II. Título.
CDD 658.562
Índice para o catálogo sistemático:
1. Gestão da qualidade 658.562
2. Segurança no trabalho 658.562
SENAI-SP Editora
Avenida Paulista, 1313, 4o andar, 01311 923, São Paulo – SP
F. 11 3146.7308 | editora@sesisenaisp.org.br | www.senaispeditora.com.br
ELETROELETRÔNICA
Qualidade, saúde, 
meio ambiente e 
segurança no 
trabalho
Departamento Regional 
de São Paulo
Presidente 
Paulo Skaf
Diretor Superintendente Corporativo 
Igor Barenboim
Diretor Regional 
Ricardo Figueiredo Terra
Gerência de Assistência 
à Empresa e à Comunidade 
Celso Taborda Kopp
Gerência de Inovação e de Tecnologia 
Osvaldo Lahoz Maia
Gerência de Educação 
Clecios Vinícius Batista e Silva
Material didático utilizado nos cursos do SENAI-SP.
Elaboração 
Cleber de Paula
Apresentação
Com a permanente transformação dos processos produtivos e das formas de 
organização do trabalho, as demandas por educação profissional se multiplicam 
e, sobretudo, se diversificam.
Sintonizado com essa realidade, o SENAI-SP oferece várias opções em cursos 
técnicos, que proporcionam habilitação profissional em áreas tecnológicas es-
pecíficas do setor industrial. 
Esse tipo de curso corresponde à educação profissional de nível técnico, prevista 
na regulamentação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 
Com satisfação, apresentamos ao leitor esta publicação, que integra uma série da 
SENAI-SP Editora, especialmente criada para apoiar os alunos de cursos técnicos.
Sumário
Introdução 9
1. Qualidade 13
A importância da qualidade 14
Princípios de Gestão da Qualidade 19
Processo 22
Ferramentas da qualidade 24
2. Planilhas e gráficos 36
Inserção de dados em uma planilha 37
Formatação dos dados de uma planilha 41
Edição de fórmulas 46
3. Saúde e segurança no trabalho na área de eletroeletrônica 68
Riscos no dia a dia do trabalho 69
Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva 75
Acidente de trabalho 79
CIPA 82
Saúde no trabalho 83
4. Meio ambiente e a área de eletroeletrônica 87
Interações entre a atividade humana e o meio ambiente 87
Globalização dos problemas ambientais 91
Ecoeficiência, consciência prevencionista e sustentabilidade 94
Descarte correto dos resíduos da eletroeletrônica 102
Referências 108
Sobre o autor 110
Introdução
A unidade curricular de Qualidade, Saúde, Meio Ambiente e Segurança no Tra-
balho visa desenvolver fundamentos relativos a ações prevencionistas de conser-
vação do meio ambiente, segurança no trabalho e utilização de ferramentas da 
qualidade, bem como capacidades sociais, organizativas e metodológicas, tendo 
em vista a atuação do técnico nas situações de trabalho.
Esta unidade compõe o módulo básico do curso Técnico de Eletroeletrônica, que 
subsidia o desenvolvimento dos módulos específicos I, II e III, como mostra a 
figura a seguir:
10 INTRODUÇÃO
Figura 1 – Estrutura curricular do curso Técnico de Eletroeletrônica.
Mantenedor de
Sistemas
Eletroeletrônicos
(900 h)
Instalador de
Sistemas
Eletroeletrônicos
(600 h)
Técnico em Eletroeletrônica (1200 h)
Entrada
Módulo Básico (300 h)
 • Comunicação Oral e Escrita (60 h)
 • Eletricidade (180 h)
 • Leitura e Interpretação de Desenho (30 h)
 • Qualidade, Saúde, Meio Ambiente e Segurança no Trabalho (30h)
Módulo Específico II (300 h)
Manutenção de Sistemas Eletroeletrônicos
 • Manutenção de Sistemas Elétricos Prediais (60 h)
 • Manutenção de Sistemas Eletroeletrônicos Industriais (120 h)
 • Manutenção de Sistemas Eletrônicos (60 h)
 • Gestão da Manutenção de Sistemas Eletroeletrônicos (60 h)
Módulo Específico III (300 h)
Desenvolvimento de Sistemas Eletroeletrônicos
 • Projeto de Sistemas Elétricos Prediais (60 h)
 • Projeto de Sistemas Eletroeletrônicos Industriais (120 h)
 • Projeto de Sistemas Eletrônicos (60 h)
 • Projeto de Melhorias de Sistemas Eletroeletrônicos (60 h)
Módulo Específico I (300 h)
Instalação de Sistemas Eletroeletrônicos
 • Instalação de Sistemas Elétricos Prediais (90 h)
 • Instalação de Sistemas Eletroeletrônicos Industriais (90 h)
 • Instalação de Sistemas Eletrônicos (90 h)
 • Gestão da Instalação de Sistemas Eletroeletrônicos (30 h)
 
 
 
 • Qualidade, Saúde, Meio Ambiente e Segurança no Trabalho (30 h)
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QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 11
Os fundamentos técnicos e científicos desenvolvidos nesta unidade são:
a. elaborar planilhas e gráficos, inclusive em meio eletrônico;
b. identificar os elementos de descarte de resíduos;
c. identificar os aspectos relacionados à saúde e à segurança do trabalho nos 
serviços de eletroeletrônica;
d. identificar procedimentos e normas técnicas;
e. interpretar os processos de gestão da qualidade, meio ambiente e saúde e 
segurança do trabalho.
As capacidades sociais, organizativas e metodológicas abordadas nesta uni- 
dade são:
a. ter raciocínio lógico;
b. ter consciência prevencionista em relação à saúde, segurança no trabalho 
e meio ambiente;
c. ter visão sistêmica;
d. ter proatividade;
e. ter capacidade de análise;
f. tomar decisões;
g. ter senso investigativo; 
h. estabelecer prioridade;
i. ter organização;
j. manter-se atualizado tecnicamente;
k. cumprir normas e procedimentos;
l. trabalhar em equipe;
m. comunicar-se de forma clara e precisa;
n. ter responsabilidade;
o. ter senso crítico.
Para desenvolver esses fundamentos e capacidades, nosso material está dividido 
em quatro capítulos, sendo este o primeiro. 
No primeiro capítulo, abordaremos os fundamentos de qualidade, seus conceitos 
e processos. Também indicaremos como aplicar as sete ferramentas clássicas da 
qualidade para análise de tendências dos processos, identificação de problemas 
e possíveis soluções.
12 INTRODUÇÃO
No segundo capítulo, que trata de planilhas e gráficos, apresentaremos como 
você utilizará os principais comandos e recursos das planilhas eletrônicas para, 
entre outras finalidades, subsidiar o estudo das ferramentas da qualidade. Mos-
traremos como os dados são apresentados em planilhas e como podemos gerar 
vários tipos de gráficos a partir delas.
No terceiro capítulo, sobre saúde e segurança no trabalho, abordaremos as con-
dições e os riscos ambientais, os acidentes, a necessidade e a gestão do uso de 
EPIs e EPCs e as doenças decorrentes da atividade profissional. O foco estará na 
prevenção de riscos e na redução de danos, no caso de acidentes. Apresentaremos 
também questões legais inerentes à segurança e saúde dos trabalhadores da área, 
mais especificamente daqueles que atuam na área de eletroeletrônica. 
Finalmente, no quarto capítulo, referente ao meio ambiente, vamos expor con-
ceitos ligados aos aspectos e impactos ambientais e à otimização do uso dos 
recursos naturais, incluindo o uso de tecnologias mais limpas. O foco estará nas 
ações e decisões que podem impactar na qualidade do meio ambientee, conse-
quentemente, na vida da sociedade.
1. Qualidade
A importância da qualidade 
Princípios de Gestão da Qualidade 
Processo 
Ferramentas da qualidade
Quando você adquire um produto ou um serviço, tem uma expectativa de que 
ele atenda aos seus desejos e às suas necessidades.
Para entender melhor do que estamos falando, imagine que a situação a seguir 
tenha ocorrido de fato. 
Entusiasmado com um produto adquirido por um colega e avaliado por ele como 
sendo muito bom, você resolve adquirir outro igual. Porém, quando compra o 
seu, fica insatisfeito porque constata que o produto apresenta defeitos que você 
considera importantes.
Saiba que o problema provavelmente é com a gestão dos processos produtivos 
que geraram um equipamento defeituoso.
Pois bem, a qualidade de produtos e serviços de uma organização afeta direta-
mente nossas vidas e deve ser preocupação de todas as organizações.
Há mais um fator que faz a diferença entre a sua avaliação e a de seu colega sobre 
o mesmo produto: a qualidade é um conceito amplo, que compreende dimensões 
próprias do objeto e particulares a cada pessoa.
Sabendo disso, as empresas têm buscado aprimorar sua visão sobre elementos 
e aspectos que contribuem para a qualidade dos seus produtos, tendo em vista 
melhor atender às necessidades de seus clientes.
Esse é exatamente o tema deste capítulo no qual tratamos dos conceitos e das 
práticas que têm sido desenvolvidas pelas organizações visando agregar quali-
14 QUALIDADE
dade aos seus produtos, aos seus processos de produção e aos serviços de modo 
geral, inclusive aqueles relacionados com a área da eletroeletrônica.
Iniciaremos destacando a importância da qualidade no dia a dia das empresas e 
como a sua gestão pode alterar os resultados das organizações.
Em seguida, abordaremos os principais conceitos e ferramentas que auxiliam 
na gestão da qualidade, verificando como eles contribuem para que você possa 
enfrentar os desafios do trabalho na função de técnico.
Assim, ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a. reconhecer a importância da qualidade nas organizações;
b. interpretar os processos de gestão da qualidade;
c. identificar as principais ferramentas da qualidade.
A importância da qualidade
Dois dos maiores desafios das organizações atualmente são garantir a preferência 
dos clientes por seus produtos e serviços e a eficiência dos seus processos. Para 
que isto ocorra, os sistemas de gestão de qualidade são aliados importantes, já 
que apresentam um conjunto de metodologias e ferramentas para serem im-
plantadas, visando cooperação para proporcionar o alcance e a manutenção dos 
seus objetivos.
Os sistemas de gestão da qualidade se destinam a impulsionar e estruturar mu-
danças para a melhoria contínua das empresas e, desse modo, contribuir para a 
permanência delas nos mercados onde já atuam e, algumas vezes, para conquista 
de outros nos quais possam vir a atuar. 
Para tanto, devemos pensar em qualidade sobre três aspectos:
a. a qualidade dos produtos: que se refere à busca de um desempenho com 
ausência de falhas, à manutenção de bom preço, à disponibilidade para 
atendimento e à boa qualidade de serviços associados (assistência técnica, 
suporte, treinamento);
b. a qualidade dos processos: que trata da produtividade e redução de cus-
tos alcançada pela diminuição de perdas e desperdícios, pela definição de 
QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 15
padrões que evitem grandes variações nos resultados e, ao mesmo tempo, 
pela manutenção da flexibilidade necessária para que as empresas possam 
se adaptar às mudanças do mercado;
c. a qualidade da organização: que compreende a busca contínua de integração 
e sinergia entre os processos.
Dentre os aspectos anteriormente mencionados, destacamos a qualidade nos 
processos, pois a baixa eficiência desta, causada pelo desperdício de material, de 
recursos e pelas atividades de retrabalho1, tem sido preocupação das empresas 
que produzem bens e serviços.
Não posso acreditar!
Esperei tanto para comprar
esse notebook, mal usei e ele
já deu defeito de fábrica...
Figura 2 – Uma questão de qualidade.
Se entendermos que o cliente é a razão de existir de uma organização, podemos 
dizer que quanto mais clientes satisfeitos uma organização tem, mais propaganda 
favorável terá, gerando um “círculo virtuoso” que contribui para o seu crescimen-
to. E quanto mais clientes insatisfeitos, mais propaganda desfavorável será feita, 
gerando um “círculo vicioso” que pode prejudicar sua imagem.
1 Situação na qual, após a conclusão do processo produtivo, um componente ou equipamento precisa sofrer 
intervenções para atender às funções para que foi projetado.
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16 QUALIDADE
Mas você pode estar se perguntando: de que maneira o meu trabalho, como 
técnico em eletroeletrônica, pode contribuir para a conquista e manutenção dos 
clientes da organização onde atuo ou atuarei?
Para responder a essa questão, imagine-se como técnico em uma indústria, res-
ponsável pela manutenção das máquinas e dos equipamentos lá existentes. Como 
profissional responsável que você é, sabe que o seu trabalho tem influência di-
reta sobre os serviços prestados, pois, caso a manutenção realizada não atenda 
a padrões de qualidade, poderá gerar problemas na fabricação dos produtos e 
comprometer sua imagem profissional e a da empresa com os clientes.
Colocá-lo no lugar desse técnico foi uma estratégia para ajudá-lo a perceber 
como é importante adotar procedimentos que garantam a qualidade do trabalho 
que você realiza. O que implica aprender sobre as metodologias e os instrumen-
tos desenvolvidos pelos estudos de gestão da qualidade.
Procedimentos de trabalho e termos utilizados na qualidade
Procedimentos de trabalho são documentos ou práticas adotadas por uma orga-
nização para orientar sobre os requisitos e as especificações a serem observadas 
quando da realização de uma atividade ou um conjunto delas. 
Também descrevem como a atividade deve ser realizada para garantir que requi-
sitos e especificações sejam satisfeitos.
Figura 3 – Procedimento documentado.
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QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 17
Mas o que são requisitos e especificações? São parâmetros mínimos que devem 
ser atendidos para garantir a qualidade de um item ou produto. Para que fique 
mais claro, vamos abordar cada um deles.
Requisitos 
São parâmetros definidos por: 
a. normas técnicas;
b. órgãos reguladores;
c. um grupo de pessoas voltadas a atender às necessidades particulares.
Os requisitos de natureza legal ou estatutária (decorrentes de legislação) são os 
definidos por pareceres ou regulamentos ditados pelo governo ou por agências 
reguladoras como, por exemplo, aqueles definidos pela Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (Anvisa) ou pelo Ministério do Trabalho. 
Para os produtos da área de eletroeletrônica, quando aplicável, há certificados de 
conformidade que são emitidos por laboratórios credenciados junto ao Instituto 
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro)
SAIBA MAIS
Para saber mais sobre as atividades do Inmetro, você pode consultar o 
endereço <http://www.inmetro.gov.br/>, na internet.
Atender aos requisitos e às especificações legais pode ser fator decisivo para a 
comercialização de produtos ou serviços de uma organização. Exemplos muito 
conhecidos são os produtos das indústrias alimentícias e farmacêuticas, que 
devem atender às normas ou regulamentações da Anvisa para que possam ser 
comercializados.
VOCÊ SABIA?
Se os produtos ou serviços da empresa em que você atua ou atuará 
estiverem sujeitos a normas ou regulamentos ditados por outras orga-
nizações, cabe a ela atendê-los. O não atendimento pode resultar em 
risco para os clientes e pesadas sanções legais para a empresa. 
18 QUALIDADE
Especificações
São parâmetros definidos pelo projetista. Permitem verificar se um dado elemen-
to atende à finalidade paraqual ele está sendo utilizado, seja na fabricação de 
produtos ou na prestação de serviços. Por exemplo, indica se uma determinada 
bitola2 de condutor atende à necessidade decorrente de uma dada aplicação.
VOCÊ SABIA?
Ao seguir os requisitos e as especificações relativas a um produto ou 
serviço, a empresa confirma sua qualidade, ou seja, garante que seu 
produto ou serviço esteja em conformidade com o previsto. Quando 
isso não acontece, na linguagem da qualidade, costuma-se dizer que 
foram detectadas não conformidades e, nesse caso, devem ser adotadas 
medidas de correção.
Até aqui vimos que os requisitos e as especificações são parâmetros importantes 
quando tratamos de qualidade. Aliás, são tão importantes que um produto tem sua 
qualidade atestada quando atende aos requisitos ou às especificações estabelecidas.
 Além desses, existem outros conceitos que merecem nossa atenção, pois nos 
ajudam a entender melhor como a qualidade está diretamente relacionada com o 
nosso trabalho. Veja no quadro a seguir quais são esses conceitos, suas definições 
e como afetam nosso dia a dia, como técnico, na empresa onde atuamos:
Quadro 1 – Definições de alguns termos da qualidade
Conceito Definição Como afeta nosso dia a dia
Clientes
São pessoas ou empresas 
que compram ou depen-
dem dos produtos e ser-
viços da nossa empresa.
São a razão de ser da empresa. Se não exis-
tirem, eliminam a necessidade de a empresa 
existir e, consequentemente, a razão de exis-
tirmos dentro dela.
Fornecedores
São pessoas ou empresas 
que fornecem os produ-
tos e serviços para nossa 
empresa.
São considerados nossos parceiros, pois forne-
cem insumos e serviços que compõem nosso 
produto. Como é economicamente inviável a 
execução de todos os processos em uma mes-
ma empresa, precisamos de fornecedores que, 
como nós, se preocupem com a qualidade. 
2 Área de passagem da corrente no condutor, normalmente especificada em milímetros quadrados.
(continua)
QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 19
Conceito Definição Como afeta nosso dia a dia
Eficácia
A eficácia é medida pela 
capacidade de um pro-
cesso atingir os objetivos 
propostos.
Os processos com baixa eficácia geram altas 
quantidades de retrabalho, agregando custos 
e diminuindo a produtividade.
Eficiência
A eficiência compara a 
eficácia obtida com os re-
cursos utilizados.
Processos com baixa eficiência até podem ser 
eficazes, porém comparativamente têm altos 
custos.
Princípios de Gestão da Qualidade
Para discutirmos gestão da qualidade, vamos nos basear na família de normas 
que é reconhecida internacionalmente como referência para essa tarefa. Estamos 
falando da família ISO 9000 ou, aqui para o Brasil, na NBR ISO 9000.
SAIBA MAIS
A ISO 9000, no Brasil conhecida por NBR ISO 9000, é uma família de 
normas que nos permite implementar, implantar, manter e melhorar 
continuamente os Sistemas de Gestão da Qualidade de uma organi-
zação. Para saber mais sobre esse tema, consulte o site da ABNT no 
endereço <http://abnt.org.br>.
a. Foco no cliente: se os clientes são a razão de existir da organização, convém 
que esta busque determinar e atender as suas necessidades atuais e futu-
ras e sempre que possível exceder as expectativas. Este princípio destaca a 
importância das relações entre os clientes e a organização. Se a qualidade 
é julgada pelo cliente, todas as características específicas dos produtos e 
serviços devem adicionar valor ao produto e contribuir para determinar 
sua preferência. Essa questão se constitui, portanto, no principal foco do 
sistema de gestão da organização;
b. Liderança: o ponto de partida para a implantação de um programa de me-
lhoria da qualidade de uma empresa é a intervenção da liderança e da alta 
direção, estabelecendo rumos e se empenhando pessoalmente por meio da 
sua participação efetiva, dando o exemplo aos colaboradores na busca por 
atender aos objetivos da organização;
20 QUALIDADE
c. Envolvimento das pessoas: o êxito das organizações depende cada vez mais 
da utilização competente das habilidades, da motivação e da criatividade 
de seus funcionários cooperando para atender às necessidades do cliente 
externo e interno. Ou seja, um bom ambiente e boas relações de trabalho são 
fatores que potencializam a utilização das competências dos seus membros 
para benefício da organização;
d. Abordagem de processo: a realização de metas de melhoria da qualidade 
e do desempenho de uma organização requer a gestão de atividades e re-
cursos baseada em elementos que dão suporte ao processo (entradas), nas 
atividades do processo e nos seus desdobramentos (saídas);
e. Abordagem sistêmica para gestão: um produto deve ser entendido como 
parte de um sistema maior, já que ele resulta de uma intenção da direção 
traduzida em planos. Identificar os processos de uma organização e de-
terminar seus inter-relacionamentos permite avaliar globalmente, e não 
pontualmente, as ações e os resultados que ela apresenta;
f. Melhoria contínua: convém que a organização sempre busque a melhoria 
de seu desempenho global (pessoas, produtos e processos) com o objeti-
vo de torná-la mais eficaz e eficiente. Isso implica na busca constante da 
qualidade para promover a excelência dos produtos, serviços e resultados 
que só é alcançada quando essa intenção está impregnada nos modos de 
funcionamento da empresa;
g. Abordagem factual para tomada de decisão: esse é um dos princípios funda-
mentais de gestão para qualquer área e põe em destaque a importância de 
decisões de gerenciamento apoiadas em análises de dados e em informações 
relevantes e precisas. As impressões, a intuição ou as decisões tomadas sem 
estudo prévio são desconsideradas, pois, em geral, conduzem ao desperdício 
de recursos e ao retrabalho;
h. Benefícios mútuos na relação com fornecedores: uma empresa não compra 
apenas produtos e serviços de seus fornecedores, mas também engenharia 
e capacidade produtiva, estabelecendo com eles uma relação de interdepen-
dência. Um relacionamento de benefícios mútuos aumentará a capacidade 
de ambos em atingir seus objetivos.
Observe na figura a seguir como esses princípios podem ser agrupados de acordo 
com sua natureza. 
QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 21
Sistema de
Gestão da
Qualidade
Envolvimento
das pessoas
Foco no
cliente
Melhoria
contínua
Benefícios 
mútuos na
relação com
fornecedores
Abordagem
factual para
tomada de 
decisões Abordagem
sistêmica
para gestão
Abordagem
de
processo
Liderança
Figura 4 – Princípios de gestão da qualidade.
Na cor azul, estão os princípios do envolvimento das pessoas e de liderança. 
Eles se relacionam com as atitudes dos colaboradores, líderes e subordinados. 
Exaltam a importância dos membros da organização nas atividades da empresa, 
sobretudo nas de gestão. Muitas empresas têm relações entre os chefes e subor-
dinados tão desgastantes que comprometem a parceria necessária para que os 
resultados sejam alcançados. 
Em laranja, estão os princípios de abordagem, que nos remetem a uma forma 
eficiente de se fazer a gestão da empresa, na medida em que permitem identificar 
os processos, suas entradas e saídas e a forma como se inter-relacionam, facili-
tando a aplicação dos recursos necessários e a visualização dos pontos onde o 
desempenho da empresa precisa de melhorias. No próximo tópico definiremos 
o que são esses processos e quais são suas inter-relações.
Na cor amarela, o princípio dos benefícios mútuos representa uma ótima prática, 
uma vez que a relação sadia entre a empresa e seus fornecedores torna muitas 
das atividades mais eficientes para ambos.
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22 QUALIDADE
Em verde, estão os princípios foco no cliente e melhoria contínua. Eles represen-
tam os fundamentos que regem o Sistema de Gestão da Qualidade3 (SGQ) e estão 
apoiados sobre um tripé que define como devem ser desenvolvidas todas as ativi-
dades de gestão da qualidade. Esse tripé é constituído pelos seguintes elementos:
a. satisfaçãodos clientes;
b. resultados dos processos;
c. resultados do próprio SGQ.
Os oito princípios comentados são de grande importância para o sucesso das or-
ganizações em qualquer área, pois a competitividade entre elas é cada vez maior, 
e há cada vez menos espaço para aquelas que não prezam pela qualidade de seus 
produtos e não se preocupam com a satisfação de seus clientes.
Processo
A abordagem de processo, como vimos no tópico anterior, é um dos princípios 
dos sistemas de gestão da qualidade. 
Segundo a NBR ISO 9000, um processo pode ser definido como “o conjunto de 
atividades inter-relacionadas ou interativas que transforma insumos (entradas) em 
produtos (saídas)”. Observe na figura a seguir a representação gráfica dessa definição.
Entradas Atividadesdo
processo
Saídas
Figura 5 – Representação de processo.
3 É um conjunto de elementos interligados que trabalham coordenados para atender à política e aos objetivos 
da qualidade, com os objetivos de dar consistência aos seus produtos e serviços e satisfazer as necessidades 
e expectativas dos seus clientes.
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QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 23
Sabendo quais são as entradas necessárias, quais as atividades envolvidas e as 
saídas esperadas, podemos realizar ações e tomar decisões que garantam a efi-
cácia de um processo.
Para melhor compreensão, recorremos à análise de uma situação na qual você 
ou alguma pessoa próxima sua já deve ter passado: trata-se do processo seletivo 
de uma organização.
As competências profissionais e pessoais e as experiências requeridas para o 
cargo formam o perfil profissional determinado pelo departamento que requi-
sita o funcionário em conjunto com os especialistas em Recursos Humanos da 
empresa (entradas).
Ocorre em seguida a divulgação da vaga nos meios de comunicação mais adequa-
dos, requisitando, normalmente, o envio de currículos para a equipe responsável 
pela seleção.
O passo seguinte é a seleção dos candidatos que mais se adéquem à vaga para 
uma entrevista que avalie o grau de atendimento às competências requeridas 
para o cargo.
Muitas empresas também realizam uma entrevista com os profissionais da área de 
atuação do candidato para avaliar os pontos mais específicos referentes à atuação.
Finalmente, é elaborado um parecer com as necessidades de treinamento para 
adequar o candidato contratado à vaga que ele ocupará (saídas).
24 QUALIDADE
Demanda por
pro�ssional
(entrada)
Contratados
(saída)
Divulgação
das vagas
Seleção dos
candidatos
EntrevistasEntrevistas
Per�l Pro�ssional
Currículos
Candidatos
Figura 6 – Exemplo de processo seletivo.
Ferramentas da qualidade
Imagine que você está trabalhando há alguns meses em uma empresa, como 
técnico, e seu supervisor o chama e apresenta a seguinte situação: “Temos alguns 
problemas com relação aos nossos produtos. Você poderia nos ajudar a resolvê-
-los? Forneceremos para você todos os dados da linha de produção e o histórico 
dos problemas apontados pelos clientes”. 
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Frente a esse desafio, você logo pensa: “Vou precisar aplicar ferramentas de quali-
dade para tentar identificar os problemas e suas causas. Assim poderei propor ações 
de melhoria!” Então, você responde: “Claro que sim, vamos analisar os dados!”
Essa é uma situação que pode ocorrer no dia a dia de um técnico, pois muitas 
organizações têm por prática envolver seus funcionários na busca de soluções 
para os problemas e, algumas delas, até oferecem bônus para as ideias que levam 
à economia de seus recursos, sejam físicos ou de tempo.
Porém, para alcançar esse objetivo, é preciso recorrer a ferramentas que permi-
tam o diagnóstico da situação e a identificação da causa-raiz do problema.
A causa-raiz de um problema é a ação ou o fato que, se corrigido, elimina o 
problema definitivamente.
Historicamente há muitas ferramentas com essa finalidade, sendo as mais consagradas:
a. lista de verificação;
b. estratificação;
c. gráfico de Pareto;
d. histograma;
e. gráfico de controle;
f. brainstorm;
g. diagrama de Ishikawa;
h. diagrama de dispersão.
Porém, cabe ressaltar que a utilização dessas ferramentas só será possível se con-
tarmos com dados do processo para análise. A coleta desses dados é feita por meio 
de formulários que permitam a identificação e rastreabilidade4 dos problemas.
Acompanhe a seguir a explicação de cada uma dessas ferramentas.
4 A rastreabilidade de um conjunto de dados é obtida somente quando conseguimos retornar até os eventos 
que geraram esses dados. Por exemplo, os produtos da área de eletroeletrônica podem ser rastreados por 
meio de seus modelos, números de lote e série.
26 QUALIDADE
Lista de verificação
Também conhecida como Folha de Verificação, ou Check List, consiste em um 
formulário que contém itens a serem verificados para avaliar conformidades de 
um processo ou produto. Esses formulários são úteis desde que os itens sejam 
abrangentes e criteriosos para atestar as conformidades.
Frequentemente as listas de verificação dispõem de um sistema de critérios, pesos 
e avaliações que permitem ao avaliador liberar ou não o processo ou produto.
A seguir, veja um exemplo de uma lista de verificação que apresenta a quantida-
de de defeitos de uma placa de controle de iluminação. Observe como os dados 
são registrados:
Produto: Placa de controle da iluminação 
Processo: Montagem 
Lote: 155464 
Linha: Alfa 
Turno: Manhã 
Operador: 156483 
Máquina: 123558 
Defeitos Quantidade Total 
Solda fria no conector J1 I I I I I I I I I I I I I I I 15 
Curto-circuito no chip U3 I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I 24 
Falha de preenchimento em J8 I I I I I I I 7 
Falha de posicionamento em Q5 I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I 20 
Outros (citar quais) 
 0 
Total de defeitos no lote: 66 
Total de peças defeituosas: I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I 28 
Total de peças produzidas: 
I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I 
I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I 
I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I 
120 
Figura 7 – Exemplo de lista de verificação.
A partir dos dados coletados e indicados nessa lista de verificação, outras fer-
ramentas da qualidade podem ser aplicadas para determinar possíveis desvios 
de processo e ações necessárias para sua correção. Passaremos a descrevê-las a 
partir do próximo tópico. 
Estratificação
Estratificar consiste em separar e agrupar dados coletados de acordo com uma 
ou mais características comuns, de modo a possibilitar a identificação de relações 
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ou tendências entre eles, que possam influenciar no comportamento dos demais, 
permitindo prever resultados futuros.
Para estratificarmos os dados, precisamos ordená-los de acordo com as várias 
categorias definidas, analisar os resultados seguindo critérios estabelecidos e em 
seguida propor ações de correção ou melhoria.
Os agrupamentos para dados monitorados podem ser construídos por lote de 
matéria-prima, por turno de produção, por linha de fabricação ou por operador.
Se o problema for de matéria-prima, podemos chegar aos produtos por meio dos 
lotes. Esse é o método utilizado pelas montadoras para identificar, por exemplo, 
quais os veículos que precisam passar por um processo de recall.
Se utilizarmos outros agrupamentos de dados, podemos chegar até o operador 
que precisa de orientação ou treinamento para produzir dentro das especifica-
ções. Podemos também localizar problemas com as linhas ou influências am-
bientais, no caso do problema ser por turno. 
Para efeito de rastreabilidade, só podemos estratificar os dados por lote de ma-
téria-prima, turno de produção, linha de fabricação e operador seo formulário 
de coleta de dados tiver esses campos disponíveis, como no exemplo de lista de 
verificação da placa de controle de iluminação apresentado anteriormente. No 
exemplo, você pode constatar as seguintes informações no cabeçalho:
Produto: Placa de controle da iluminação Turno: Manhã
Processo: Montagem Operador: 156483
Lote: 155464 Máquina: 123558
Linha: Alfa
Figura 8 – Dados da lista de verificação que permitem rastreabilidade.
Daí a importância da definição dos itens e critérios aplicáveis ao formulário, 
pois, se ele não permitir a rastreabilidade do processo, não poderemos utilizá-lo 
na análise dos dados.
No exemplo anterior, se não houvesse as informações de linha, turno, operador 
e máquina, não seria possível estratificar os dados seguindo esses critérios.
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28 QUALIDADE
Gráfico de Pareto
Trata-se de um gráfico de barras no qual as ocorrências são ordenadas da maior 
quantidade para a menor. Tem por objetivo demonstrar onde estão os maiores 
impactos em um dado processo, para guiar a definição de prioridades das ações 
e dos investimentos de correção.
Assim como na estratificação, os dados que subsidiam a construção e análise dos 
gráficos são coletados por formulários ou sistemas que contemplem o tipo de 
defeito e o custo unitário do retrabalho.
Para que você construa os gráficos de Pareto, estratifique os dados de acordo com 
o total das ocorrências e ordene-os do maior valor para o menor.
Porém, o gráfico de Pareto é mais utilizado para evidenciar os custos dos impac-
tos do que a frequência de ocorrência.
A seguir, apresentamos um exemplo para os Paretos de ocorrências e custo.
Ocorrências
8
4
3 3
2
Ajuste Acabamento Não
funciona
Solda dos
componentes
Padrão da
�ação
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Custo
Não
funciona
Acabamento Padrão da
�ação
Solda dos
componentes
Ajuste
R$ 16,00
R$ 14,00
R$ 12,00
R$ 10,00
R$ 8,00
R$ 6,00
R$ 4,00
R$ 2,00
R$ -
Figura 9 – Gráficos de Pareto de ocorrências e custo.
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QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 29
Note que, se considerarmos as ocorrências, as ações prioritárias serão voltadas 
para a eliminação dos defeitos de ajuste e acabamento dos componentes.
Caso os dados considerados sejam os custos, as ações prioritárias serão voltadas 
para a eliminação dos defeitos de funcionamento e acabamento.
Podemos também construir esses gráficos com barras ou linhas que representem 
a porcentagem de ocorrências de um dado tipo de defeito ou seu custo compa-
rado ao valor total do retrabalho.
Custo %
Não
funciona
Acabamento Padrão da
�ação
Solda dos
componentes
Ajuste
49%
26%
13% 10%
3%
75%
88%
97% 100%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Ocorrências %
40%
20% 15% 15% 10%
Ajuste Acabamento Não
funciona
Solda dos
componentes
Padrão da
�ação
60%
75%
90%
100%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Figura 10 – Pareto de ocorrências e custos percentuais.
Observando o gráfico de ocorrências, constatamos que resolvendo os defeitos 
de ajuste, acabamento e não funcionamento solucionaremos 75% dos problemas 
de produção.
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30 QUALIDADE
Com relação aos custos, essa mesma porcentagem é alcançada tratando-se so-
mente os problemas de não funcionamento e acabamento.
Histograma
O histograma é um gráfico que demonstra a quantidade de ocorrências de even-
tos ao longo de um período, permitindo, inclusive, identificar sua sazonalidade.
A sazonalidade é a relação entre uma ocorrência e o período de tempo onde ela 
ocorre. Por exemplo, a produção de sorvete no Brasil é sazonal, pois sua venda 
aumenta no verão.
Enquanto o gráfico de Pareto permite priorizar ações, o histograma permite iden-
tificar em que momentos os desvios ou eventos ocorrem com maior frequência.
Para construir um histograma, vamos coletar os dados identificando os períodos 
onde eles foram medidos, em seguida agrupamos os dados por períodos afins e 
construímos o gráfico.
Analisando os resultados, seguindo os critérios estabelecidos, vamos então pro-
por as ações.
Produção em mil unidades
16
12
8
4
0
ja
n/
07
fe
v/
07
m
ar
/0
7
ab
r/
07
m
ai
/0
7
ju
n/
07
ju
l/0
7
ag
o/
07
se
t/
07
ou
t/
07
no
v/
07
de
z/
07
ja
n/
08
fe
v/
08
m
ar
/0
8
ab
r/
08
m
ai
/0
8
ju
n/
08
ju
l/0
8
ag
o/
08
se
t/
08
ou
t/
08
Figura 11 – Exemplo de histograma de produção.
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QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 31
Gráfico de controle
Trata-se de gráfico que permite identificar a capacidade de um dado processo 
atender às especificações propostas. Nele são representados os limites superior 
e inferior para a variável de controle. Analisando o comportamento dos dados, 
podemos avaliar a estabilidade do processo e o número de itens que estão fora 
da especificação.
Para construí-lo, você deve seguir os seguintes passos:
a. escolha os dados para coleta;
b. agrupe os dados;
c. construa o gráfico;
d. analise os resultados, seguindo os critérios estabelecidos;
e. proponha as ações.
No exemplo a seguir, são apresentados os dados das três linhas de produção de 
uma empresa em função do dia da semana.
110
105
100
95
90
85
Seg Ter Qua Qui Sex
Linha 1
Linha 2
Linha 3
LCS
LCI
Figura 12 – Exemplo de gráfico de controle.
LCI e LCS referem-se aos limites de controle inferior e superior que são calcu-
lados em função das especificações do processo e com o uso das ferramentas de 
Controle Estatístico de Processos (CEP) que você aprenderá mais adiante, na 
unidade curricular Gestão da Manutenção de Sistemas Eletroeletrônicos.
Porém, observando esse gráfico de controle verificamos que há pelo menos dois 
pontos fora desses limites, caracterizando problemas no processo.
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32 QUALIDADE
Notamos também que há oscilações de grande amplitude e com tendência de 
aumento e diminuição. Esse comportamento indica uma baixa estabilidade do 
processo, o que afeta a qualidade do produto.
Brainstorm
Consiste em uma técnica de coleta de informações, realizada em uma reunião de 
um grupo de pessoas que expõe suas ideias com o objetivo de determinar as pos-
síveis causas de um problema (ou efeito) ou para propor sugestões de melhoria.
Há duas formas diferentes de aplicar o brainstorm: o estruturado, em que cada 
membro do grupo contribui com uma ideia em sistema de rodízio, e o não estru-
turado, em que os membros do grupo expõem suas ideias livremente, à medida 
que elas forem surgindo.
Cada forma tem as vantagens e desvantagens. A escolha mais adequada depende 
da composição e maturidade do grupo que participará da tarefa.
As ideias devem ser anotadas, sem que seja feito juízo prévio de seu valor 
ou relevância. 
A análise será feita posteriormente, utilizando o diagrama de Ishikawa ou outra 
ferramenta mais adequada para a finalidade proposta.
Diagrama de Ishikawa
Também conhecido como Espinha de peixe, ou Diagrama causa e efeito, é um 
gráfico que liga os principais grupos de causas ou tipos de causas específicas a 
um dado efeito. 
Meio ambiente
Matérias-primas
Metodologia Máq. e equip.
Mão de obra Medição
Efeito
Figura 13 – Representação de diagrama de Ishikawa para preencher.
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QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 33
Os diagramas de Ishikawa são úteis como ferramentas sistemáticas para encon-
trar, classificar e documentar as causas da variação da qualidade na produção e 
organizar a relação mútua entre elas.
Nos processos industriais, as principais fontes de causas são meio ambiente, me-
todologia, máquinas e equipamentos, mão de obra, matérias-primas e insumos, 
medição e análise de dados.
Quase sempre o brainstorm será utilizado em conjunto com as listas de verificação e os 
dados gerados no processo, de modo a elencar as principais causas para o dado efeito.
As fontes de causas também podem ser específicas em cada um dos processos, 
fazendo com que algumas das elencadas na figura 13não se apliquem. Cabe aos 
especialistas sobre o processo fazer as adequações devidas nas fontes de causa 
para que a ferramenta se torne eficaz.
VOCÊ SABIA?
Kaoru Ishikawa (1915-1989) é considerado um dos pais da gestão da 
qualidade. Foi o criador dos conceitos de círculos da qualidade e do 
diagrama causa x efeito.
Aprendeu os princípios do controle estatístico da qualidade desenvol-
vido pelos americanos, integrando-os, expandindo-os e adaptando-os 
para criar a filosofia japonesa da qualidade. 
Para ele, “a qualidade é uma revolução da própria filosofia administra-
tiva, exigindo uma mudança de mentalidade de todos os integrantes 
da organização, principalmente da alta cúpula”.
Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Kaoru_Ishikawa>
Diagrama de dispersão
Essa ferramenta utiliza gráficos nos quais cada eixo representa uma das variáveis. 
Verificamos a existência da correlação entre elas quando notamos uma tendência 
de acúmulo dos pontos em uma das direções do gráfico. Quanto maior o acú-
mulo, maior será a correlação entre as variáveis.
Por outro lado, se os pontos estiverem muito dispersos ou se comportarem alea-
toriamente, não haverá correlação entre as variáveis.
34 QUALIDADE
Altura em metros
Pe
so
 e
m
 q
ui
lo
gr
am
as
1,4 1,6 1,8 2
120
100
80
60
40
20
0
Figura 14 – Diagrama de dispersão.
Nesse exemplo, podemos verificar uma forte correlação positiva entre as variáveis al-
tura e peso, o que já era de se esperar, pois tratam dos dados de um grupo de pessoas.
As correlações, quando existirem, podem ser de quatro tipos:
a. positiva forte, quando o aumento de uma variável reflete no aumento da outra;
b. positiva fraca, quando o aumento de uma variável aparentemente reflete 
no aumento da outra;
c. negativa forte, quando o aumento de uma variável reflete na diminuição 
da outra;
d. negativa fraca, quando o aumento de uma variável aparentemente reflete 
na diminuição da outra.
CASOS E RELATOS
Certo dia, o chefe da qualidade de uma importante montadora de veí-
culos se deparou com um problema intrigante: alguns dos veículos 
apresentavam bolhas nas superfícies que acabavam de ser pintadas. 
Para solucionar o problema, utilizou a seguinte estratégia: primeiro 
verificou a qualidade do ar comprimido utilizado na linha de pintura, 
pois a umidade no ar poderia ter provocado as bolhas. Porém, cons-
tatou que o ar estava dentro dos padrões esperados. O segundo passo 
foi verificar a matéria-prima e o processo de preparo da tinta, mas essa 
hipótese também foi prontamente descartada, pois a ocorrência das 
bolhas era intermitente e ocorria de forma aleatória.
Após várias outras hipóteses serem estudadas, percebeu que havia al-
guns funcionários que limpavam as superfícies com flanelas antes de 
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serem pintadas, para retirar resíduos de sujeira e evitar retrabalho. 
Trocaram, então, as flanelas, mas não surtiu efeito.
Em seguida, o especialista revezou a posição dos funcionários que 
executavam a tarefa para verificar se eles estavam influenciando o pro-
cesso, embora estivessem executando a atividade corretamente.
Após mais algumas bolhas ele descobriu a causa do problema: um dos 
colaboradores estava usando uma faixa no punho, pois havia se contun-
dido em um jogo de futebol na noite anterior. A faixa estava impreg-
nada com um produto que continha cânfora. Ao evaporar, a cânfora 
se depositava sobre a superfície a ser pintada, provocando as bolhas. 
O funcionário foi então realocado para outro posto temporariamente 
até que o problema com o punho fosse resolvido.
A essa altura, com os conteúdos sobre ferramentas da qualidade que estu-
damos neste capítulo, você deve ter identificado que esse caso ilustra uma 
aplicação prática de duas dessas ferramentas. Pois bem, é isso mesmo, o 
chefe da qualidade aplicou o brainstorm e o diagrama de Ishikawa para 
identificar tanto as causas como as soluções para o problema.
RECAPITULANDO
Neste capítulo estudamos a importância da qualidade no dia a dia das 
empresas e vimos como ela influencia na relação com os clientes.
Constatamos a importância de seguir os procedimentos para atingir 
as metas e atender aos requisitos e às especificações para os produtos.
Estudamos também quais são os oito princípios de gestão da qualidade, 
segundo a ISO 9000, e quais as ferramentas mais consagradas para nos 
apoiar na análise dos dados e tomada de decisão.
Você deve ter observado que são muitas as informações necessárias 
para análise e apoio às decisões importantes!
Mas não se preocupe se os termos e exemplos utilizados aqui ainda não 
fazem parte de seu dia a dia, pois, mais adiante, esses conteúdos serão 
aplicados no curso de forma prática, e você poderá entendê-los melhor!
2. Planilhas e gráficos
Inserção de dados em uma planilha 
Formatação dos dados de uma planilha 
Edição de fórmulas
No capítulo anterior, discutimos sobre gestão da qualidade nas empresas e come-
çamos a aprender sobre o desafio de identificar, nos processos instalados nessas 
organizações, pontos a serem ajustados, visando atender melhor as necessidades 
dos clientes, com economia, produtividade e eliminação de desperdício. 
Verificamos que para isso as empresas precisam contar com dados e informações 
confiáveis sobre os seus clientes, o desempenho de seus produtos e serviços, 
operações e mercado, comparações de competitividade, fornecedores e aspec-
tos financeiros e de custo, entre outros. O que coloca como prioridade para as 
organizações o armazenamento e a disponibilização de dados com versatilidade 
de formatos, rapidez e confiabilidade. Tarefas essas inerentes a diferentes ferra-
mentas de planilhas eletrônicas existentes no mercado.
Assim, neste capítulo, exploramos recursos básicos para a operação de planilhas 
eletrônicas, demonstrando como podemos construir indicadores que apoiem as 
atividades de gestão da qualidade nas empresas. Para tanto, propomos atividades 
estruturadas de criação e leitura de planilhas e gráficos, exploramos diferentes 
modos de visualização, descrição e classificação dos processos desenvolvidos 
nas empresas e as formas de elaboração de diagnósticos apoiados na análise, 
discussão e comparação dessas informações.
Para atingirmos o objetivo proposto, faremos uso dos recursos do software Mi-
crosoft Office Excel, por ser esse um dos programas mais utilizados para esse fim. 
Mas é importante ressaltar que os recursos aqui utilizados, ou seja, inserção e 
formatação de dados, inserção e uso de fórmulas e construção de gráficos, são 
comuns a todos os programas de planilhas eletrônicas.
QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 37
Mas fique atento, pois se você utilizar outra planilha eletrônica que não a Micro-
soft Office Excel, é possível que haja variação ou diferenças nos comandos para 
a execução das operações que você precisa realizar. Nesse caso, consulte o menu 
Ajuda (Help) do programa que estiver usando.
A elaboração e o uso de planilhas de custo não serão abordados nesta unidade de 
estudo, mas serão aprofundados mais adiante, quando abordarmos os processos 
de gestão da instalação, da manutenção e do projeto.
Assim como há vários programas, também há vários tipos de arquivos de plani-
lhas que podem ser gerados. Nem sempre existe compatibilidade entre arquivos 
gerados em programas diferentes. Porém, a maioria dos programas permite que 
os dados sejam salvos em diversos formatos. Para evitar incompatibilidades, 
busque sempre um formato compatível com os programas instalados na empresa 
em que você trabalha ou com o programa de seu cliente.
SAIBA MAIS
As planilhas elaboradas em papel existem há muito tempo, porém foi 
Dan Bricklin o idealizador do Visicalc, a primeira planilha eletrônica, 
criada no final dos anos de 1970. Bricklin também criou outros pro-
gramas e fundou várias empresas.
Inserção de dados em uma planilha
Uma planilha nada mais é do que uma tabela composta por linhase colunas, nas 
quais são inseridos dados e fórmulas. No cruzamento dessas linhas e colunas, 
temos as chamadas células, como mostra a figura a seguir.
Figura 15 – Planilha vazia.
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38 PLANILHAS E GRÁFICOS
Na figura 15 vemos duas áreas destacadas em amarelo e marcadas com letra A 
e o número 1. As setas, que ajudam na leitura da imagem, apontam a coluna A, 
a linha 1 e a célula A1, onde será inserido o conteúdo ou valor a ser processado.
Os dados (conteúdos ou valores) de uma planilha podem ser de natureza distinta, 
porém os mais comuns são os números, utilizados para representar quantidades, 
datas, valores monetários, frações, unidades de tempo etc., e os textos.
Os dados em formato texto são palavras utilizadas para indicar referências sobre 
o assunto da planilha, tais como o nome do operador, da linha de produção, da 
máquina etc., ou mesmo os dias da semana, o mês ou o ano que, conforme a 
necessidade, podem ou não ser tratados como números.
Para inserir um dado (numérico ou texto) na célula de uma planilha, basta levar 
o cursor até a célula, selecioná-la clicando sobre ela com o botão esquerdo do 
mouse, digitar o dado e, em seguida, pressionar o botão Enter do teclado. Para 
que você possa acompanhar como se dá a construção de uma planilha, vamos 
usar o exemplo de uma fábrica de componentes eletroeletrônicos, que possui 
três linhas de produção.
A planilha que apresentamos a seguir contém dados dos tipos descritos an-
teriormente, ou seja, dados numéricos que informam sobre a quantidade de 
equipamentos produzidos e dados texto em cada linha de produção e dia da 
semana. Note também o aspecto estético da planilha, porque, ainda neste capí-
tulo, vamos explorar alguns recursos que possibilitam melhorar o aspecto visual 
das planilhas.
Figura 16 – Planilha preenchida e formatada.
Explicando de outro modo, saiba que como não se destinam a ser objeto de 
operações matemáticas: 
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a. os dados das linhas 3, 4 e 5 da coluna B são do tipo texto porque servem ape-
nas para identificar as diferentes linhas de produção existentes na empresa; 
b. os dados da linha 2, colunas C, D, E, F e G também são do tipo texto e são 
utilizados para indicar o nome de cada dia da semana.
E, se cada uma das células da planilha informa sobre a quantidade de equipamen-
tos produzidos em cada linha de produção e em cada dia da semana, podemos 
dizer que, na Linha 2, na terça-feira, foram produzidos 101 equipamentos.
Já na sexta-feira, na Linha 3, você consegue verificar quantos equipamentos 
foram produzidos?
Se você disse 93, acertou!
Observe ainda, na mesma planilha, que: 
a. foram produzidos entre 98 e 105 equipamentos durante a semana, na Linha 1;
b. a Linha 3, no mesmo período, fabricou entre 93 a 106 produtos;
c. a Linha 2, entre 100 e 102 equipamentos.
Comparando os resultados das três linhas de produção, podemos concluir que 
na Linha 2 a produção apresenta um resultado mais constante.
Essa análise é facilitada porque os dados de produção das linhas são apresentados si-
multaneamente por meio da planilha, o que favorece as várias comparações entre eles. 
Mais adiante veremos como aprofundar análises, utilizando os recursos ofereci-
dos pelas ferramentas disponíveis nas planilhas eletrônicas.
Pois bem, agora que você já sabe como encontrar os dados em uma planilha, 
chegou a hora de criar uma. Está preparado? Então, para montar a planilha, siga 
os seguintes passos:
a. inicie o programa;
b. abra uma nova planilha (normalmente a célula A1 já vem automaticamente 
selecionada);
c. selecione a célula B2 utilizando as setas direcionais do teclado ou o mouse 
e escreva nela a palavra Dia e tecle Enter para gravar o valor na célula B2 e 
passar, automaticamente, para a célula B3;
d. digite Linha 1 na célula B3 e tecle Enter para gravar.
40 PLANILHAS E GRÁFICOS
Proceda da mesma forma até completar a primeira coluna, conforme apresentado 
na próxima figura. Note que a célula selecionada no final do processo é a B6.
Figura 17 – Preenchimento da coluna e das linhas.
Continuando:
a. selecione a célula C2 e digite a palavra Seg (abreviatura de segunda-feira);
b. pressione a seta direcional para a direita, e na célula D2 tecle Enter para 
selecioná-las e digite a palavra Ter (abreviatura de terça-feira);
c. continue da mesma forma até inserir todos os dados de texto da planilha, 
como na figura a seguir.
Figura 18 – Preenchimento da linha com os dias da semana.
Para inserir os dados de produção dos componentes, selecione agora a célula C3 
e digite o número 100, e em seguida tecle Enter. Proceda da mesma forma para 
inserir todos os dados conforme a figura 18, obtendo o seguinte resultado:
Figura 19 – Inserção dos dados.
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QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 41
Se o aspecto estético de sua planilha não for exatamente igual ao apresentado, 
não se preocupe, vamos tratar dessa questão logo a seguir!
Como você já inseriu todos os dados na planilha, pode tratar agora da sua for-
matação, ou seja, melhorar a sua apresentação.
Formatação dos dados de uma planilha
A planilha acabada deve ficar com o seguinte aspecto:
Figura 20 – Planilha formatada.
Para obtermos esse resultado, é necessário aplicar os comandos de formatação 
de células da planilha. O primeiro passo é selecionar as células que serão forma-
tadas. Para isso, pressione o botão esquerdo do mouse, segure e arraste desde a 
célula B2 até a célula G5 para selecionar todas as células desse intervalo.
Figura 21 – Selecionando para formatação de alinhamento.
Bem, agora vamos formatar os dados da nossa planilha. Mantenha as células 
selecionadas e centralize-as no sentido horizontal, utilizando o recurso para 
alinhamento centralizado da Barra de Menus:
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42 PLANILHAS E GRÁFICOS
Figura 22 – Formatação do alinhamento.
O efeito será o seguinte:
Figura 23 – Dados alinhados.
Vamos agora ajustar a largura das colunas: 
a. posicione o mouse na linha entre as letras das colunas B e C (note que o 
formato do apontador do mouse muda);
b. efetue um duplo clique (clicar duas vezes com o botão esquerdo do mouse 
rapidamente);
c. repita esse procedimento entre todas as colunas até a G.
O resultado obtido será:
Figura 24 – Largura das colunas ajustadas.
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QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 43
O passo seguinte é formatar as bordas das células. Acompanhe os passos: 
a. selecione as células;
b. clique sobre as células selecionadas com o botão do lado direito do mouse; 
c. selecione a opção formatar células na Barra de Menus;
d. busque a opção (ou aba) bordas, que aparece na caixa de diálogo aberta.
Lembramos que as opções da caixa de diálogo podem variar, dependendo do 
programa utilizado, e para ilustrar este estudo, reproduzimos as caixas de diálogo 
do programa Microsoft Excel 2010.
Figura 25 – Seleção para formatar as bordas.
Na seção Linha – Estilo, você pode selecionar o tipo e a espessura da linha a ser 
aplicada. Selecione a quinta linha do lado direito e, em Predefinições, clique no 
botão Contorno, conforme mostra a figura a seguir.
Figura 26 – Borda externa.
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44 PLANILHAS E GRÁFICOS
Continue ainda na aba Linha – Estilo e selecione a última linha do lado es-
querdo. Em Predefinições, clique no botão Interna e, em seguida, pressione o 
botão OK.
Figura 27 – Borda interna.
O efeito dessa sequência de comandos deve ser:
Figura 28 – Bordas formatadas.
Vamos agora formatar a linha dos dias da semana, para isso, selecione as células 
de B2 a G2. Use o comando Cor de preenchimento, ativado no campo Fonte, 
para mudar a cor do preenchimentoda célula. Selecione a primeira tonalidade 
de cinza, como mostra a figura a seguir:
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Figura 29 – Formatação do preenchimento.
Outra opção para realizar a mesma operação consiste em utilizar o recurso da caixa 
de diálogo Formatar célula. Clique com o botão direito do mouse e em seguida na 
opção Formatar células. Na aba Preenchimento, selecione a cor desejada.
Figura 30 – Opção de formatação do preenchimento.
Aproveite para ir até a aba Borda e clique em Contorno para aumentar a espes-
sura da borda da linha, como você fez no contorno da tabela.
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46 PLANILHAS E GRÁFICOS
Para formatar a identificação das linhas, é só selecionar as células de B2 a B5 e 
aumentar a espessura do contorno da coluna, como no passo anterior. Pronto! 
Agora é só conferir se sua tabela está como a apresentada a seguir.
Figura 31 – Tabela pronta.
Caso não tenha obtido o resultado anterior, retome as explicações e tente nova-
mente. Assim, logo você estará “craque” na formatação de tabelas.
Edição de fórmulas
Durante muito tempo, os profissionais elaboravam planilhas com o auxílio de 
uma calculadora. Dependendo da quantidade de dados, realizavam uma série de 
cálculos repetidos, o que, além de tomar muito tempo, por vezes, resultava em 
imprecisões e em considerável quantidade de retrabalho.
As planilhas eletrônicas simplificaram e trouxeram maior precisão a esse traba-
lho, pois permitiram a edição de fórmulas e a reprodução automática de cálculos, 
envolvendo um ou mais valores relacionados com os dados de outras células.
As fórmulas são elementos que caracterizam a utilidade das planilhas e as dife-
renciam de simples tabelas. Elas devem ser inseridas em células e operam para 
calcular um ou mais valores relacionados com os dados das outras células, nor-
malmente as que são próximas a elas.
Para inserir fórmulas em uma planilha, selecione a célula que deverá apresentar 
o resultado, digite sobre ela o sinal de igual (=) e indique a operação a ser reali-
zada. Essa operação instrui a planilha a realizar a operação indicada e apresentar 
o resultado na célula selecionada inicialmente.
Observe o exemplo a seguir e a explicação sobre cada um dos elementos de uma 
fórmula que será inserida em uma célula, da planilha eletrônica. 
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QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 47
Função 
(nome da operação 
que será realizada)
Argumentos
(relação dos elementos
que serão utilizados
no cálculo)
=SOMA (A1:A5)
Acompanhe os procedimentos:
Na célula onde deverá aparecer o resultado, digite o sinal de = seguido da função 
(ou nome da operação que deverá ser realizada), e em seguida, entre parênteses, 
os argumentos (indicação das células onde estão digitados os números a serem 
utilizados no cálculo).
Ao pressionar o botão de Enter, você instrui o programa a fi nalizar o cálculo e atribuir 
o valor calculado à célula que foi selecionada inicialmente para conter a fórmula.
Veja a seguir exemplos de como a fórmula se apresenta na célula.
Figura 32 – Múltiplas formas de seleção das células.
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48 PLANILHAS E GRÁFICOS
Na seleção dos argumentos, podemos indicar:
a. conjuntos de células consecutivas (A1:A5); 
b. células individuais separadas por ponto e vírgula (A2; A3; A5);
c. faixas de valores de várias linhas e colunas consecutivas (A2:C8).
No primeiro exemplo, os argumentos utilizados para a soma são os cinco elemen-
tos de A1 a A5. No segundo exemplo, o cálculo engloba os valores contidos nas 
células A2, A3 e A5. Já no terceiro exemplo, os argumentos a serem utilizados 
são os 21 elementos de A2 a C8.
Verifique agora, no quadro seguinte, algumas das funções que utilizamos com 
mais frequência nas planilhas.
Quadro 2 – Funções mais utilizadas em planilhas eletrônicas
Função Sintaxe Exemplos Resultado
Soma =SOMA(num1;num2...) =SOMA(A2;A3;A5)
=SOMA(C3:C8)
Soma dos conteúdos das 
células A2, A3 e A5.
Soma dos conteúdos das 
células C3, C4, C5, C6, C7 
e C8.
Média =MÉDIA(num1;num2...) =MÉDIA(C2;D3;A5)
=MÉDIA(B3:C4)
Média dos valores das célu-
las C2, D3 e A5.
Média dos valores B3, B4, 
C3 e C4.
Maior =MÁXIMO(num1;num2...) = MÁXIMO(A2:C5) Seleciona o maior valor 
dentro do intervalo A2 a C5.
Menor =MÍNIMO(num1;num2...) = MÍNIMO(A1:A6) Seleciona o menor valor 
dentro do intervalo A1 a A6.
Mas, você pode estar se perguntando, em quais situações usamos essas funções? Para 
facilitar a sua compreensão, vamos aplicar cada uma delas. Acompanhe os passos:
a. Abra a planilha criada no início do tópico “Formatação dos dados de uma 
planilha” (figura 20);
b. Na célula H2, digite a palavra Média.
Siga preenchendo as outras células conforme a figura a seguir, identificando as 
colunas onde serão inseridas as fórmulas.
QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 49
Figura 33 – Rotulação das colunas para inserção das fórmulas.
a. Selecione as células de G2 a G5 e clique no Pincel de Formatação;
Figura 34– Seleção do estilo de formatação das novas colunas.
b. Para aplicar a formatação, clique, segure e arraste o mouse, selecionando as 
células de H2 a K5;
Figura 35 – Formatação de novas colunas.
c. Ajuste a largura das colunas clicando duas vezes sobre as linhas que separam as 
letras que identificam as colunas, e o resultado obtido será o da próxima figura.
Figura 36 – Novas colunas formatadas.
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50 PLANILHAS E GRÁFICOS
Continuando, digite as fórmulas nas células, como indicado: 
a. em H3 digite a fórmula =MÉDIA(C3:G3);
b. em I3 digite a fórmula =MÁXIMO(C3:G3);
c. em J3 digite a fórmula =MÍNIMO(C3:G3);
d. em K3 digite a fórmula =I3-J3.
O resultado será igual ao mostrado na figura a seguir.
Figura 37 – Inserção de fórmulas.
a. Selecione agora as células de H3 a K3;
b. Clique no botão do lado direito do mouse e selecione a opção Copiar;
Nesse caso, você usou o menu suspenso (ativado pelo botão direito), mas poderia 
utilizar o atalho Ctrl + C (teclas pressionadas simultaneamente), para obter o 
mesmo resultado.
Figura 38 – Cópia de fórmulas.
c. Em seguida, selecione as células de H4 a K5 e pressione, simultaneamente, 
as teclas Ctrl + V do teclado para instruir o computador a colar na área 
selecionada o conteúdo copiado anteriormente.
Outro modo de realizar a mesma operação seria usar no menu suspenso (clican-
do no botão direito do mouse) a opção Colar. O resultado você pode ver a seguir.
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QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 51
Figura 39 – Fórmulas copiadas.
Você notou que a linha de borda inferior das células de H5 a K5 ficou mais estreita?
Pois bem, para criar um padrão, formate novamente o contorno das células entre 
H3 e K5 com a linha mais grossa, clicando no ícone Bordas e em Borda Superior 
Espessa, conforme mostra a figura a seguir.
Figura 40 – Formatação da borda.
Figura 41 – Planilha com as fórmulas inseridas.
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52 PLANILHAS E GRÁFICOS
Explorando um pouco mais a planilha construída para exemplificar a função 
Média, podemos observar que:
a. a coluna Média apresenta a média aritmética dos valores da produção de 
cada uma das linhas;
b. as colunas Maior e Menor contêm o resultado dos picos máximo e mínimo 
de produção, obtidos a partir da média aritmética;
c. a coluna Amplitude expressa a diferença entre os picos de produção.
Pronto, agora já temos a planilha com dados e os resultados das fórmulas preen-
chidos, o que nos permite tirar algumas conclusões. Embora os dados sejam 
diferentes, a média dos valores das três linhas de produção é a mesma, indicando 
certa consistência doprocesso produtivo.
A Linha 2 é a mais estável, apresentando uma variação máxima dos resultados 
(Amplitude) inferior a 2% da média dos valores produzidos.
As outras linhas de produção são pouco estáveis, e a análise de sua qualidade 
ainda necessita de mais um recurso que será mostrado no próximo tópico.
Construção de gráficos a partir das planilhas de dados
Como no caso das planilhas, encontramos no mercado um grande número de 
aplicativos informatizados para elaboração de gráficos construídos a partir de 
planilhas de dados. Neste tópico, vamos aprender a construir gráficos que já fo-
ram apresentados no capítulo 1, quando tratamos das ferramentas de qualidade.
Gráfico de controle
O gráfico de controle mostra os resultados obtidos do processo, em função de perío-
dos de tempo definidos, comparando-os com os limites de controle superior (LCS) 
e inferior (LCI). Permite visualizar como os dados estão se comportando em função 
do tempo e avaliar se ele se mantém dentro dos limites de controle do processo.
Para compor este gráfico, vamos utilizar a tabela de dados da produção de com-
ponentes eletroeletrônicos, construída no tópico anterior. Siga os passos:
a. digite LCS na célula B6;
b. digite LCI na célula B7;
QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 53
c. preencha as células C6 a G6 com o valor 105; 
d. preencha também as células de C7 a G7 com o valor 97. 
Veja na figura a seguir o resultado obtido:
Figura 42 – Inserção dos limites de controle.
Continuando:
a. selecione as células de B2 a G7;
b. execute o comando Inserir – Gráfico (e uma caixa de diálogo do tipo ilus-
trado a seguir deve surgir);
Figura 43 – Menu de tipos de gráfico.
c. Selecione a opção Linha e com marcadores e OK.
Figura 44 – Selecionando o tipo de gráfico.
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54 PLANILHAS E GRÁFICOS
Ao clicar em OK, o resultado será o apresentado a seguir:
110
105
100
95
90
85
Seg Ter Qua Qui Sex
Linha 1
Linha 2
Linha 3
LCS
LCI
 Figura 44 – Gráfico de controle pronto.
Observe que, nesse gráfico, a Linha 1 (azul) é um pouco mais estável do que a Li-
nha 3 (verde), já que não apresenta pontos além dos limites de controle superior 
e inferior (LCS e LCI). Imagine como seria obter essa análise sem a apresentação 
dos dados em forma gráfica. Seria bem mais difícil, não é?
Continuando a análise, observe que a Linha 3 apresenta dois pontos (na quarta 
e sexta-feira) fora dos limites de controle.
Gráfico de Pareto
Esse é um gráfico de barras ordenadas do maior para o menor valor, que nos 
ajuda a redirecionar as ações e os recursos, e a buscar soluções para os proble-
mas com maior impacto sobre a atividade da empresa. Esse gráfico também 
pode apresentar a somatória dos valores ou a porcentagem no valor total dos 
problemas encontrados.
Para aprender como construir um gráfico de Pareto, utilizamos a planilha a se-
guir, que contém dados sobre tipos de defeitos, ocorrências e custos envolvidos 
no processo de produção de componentes eletroeletrônicos. 
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Observe:
Figura 46 – Criando a base de dados.
Veja agora como construir essa planilha:
a. na célula B2 digite a palavra Problemas;
b. na célula D2 digite a palavra Custo;
c. selecione as células B2 e C2 e clique na opção Mesclar e Centralizar do 
menu superior;
d. proceda da mesma forma para mesclar as células D2 e E2.
Observação: em algumas versões do Excel, você pode obter esse efeito com a 
opção Mesclar células, dos menus superior ou suspenso. Consulte o menu de 
Ajuda do programa para maiores informações. 
Agora, siga os seguintes passos:
a. digite todos os dados contidos nas células de B3 a D8; 
b. selecione agora as células de D4 a E8 e aplique a formatação como valor 
monetário (procure um ícone que parece com uma nota de dinheiro);
c. digite, na célula E4, a fórmula =(C4*D4);
d. em seguida, copie a fórmula para as células de E5 a E8.
Vamos agora criar uma cópia dos dados de ocorrências usando os comandos 
Copiar e Colar:
a. selecione a faixa de dados de B3 a C8 e pressione simultaneamente as teclas 
Ctrl + C;
b. selecione a célula B10 e pressione as teclas Ctrl + V ao mesmo tempo (co-
mando Colar já abordado);
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56 PLANILHAS E GRÁFICOS
c. selecione agora as células de B10 a C15, clique no botão direito do mouse;
d. vá à opção Classificar – Personalizar Classificação.
Figura 47 – Ordenação dos dados de ocorrência.
Na janela que se abre, ajuste as opções classifique a Coluna por Ocorrências e a 
Ordem para Do Maior para o Menor.
Figura 48 – Menu de classificação dos dados.
O efeito resultante é mostrado na figura a seguir, na qual podemos observar a ordem 
dos defeitos alterada, evidenciando o maior valor seguido pelos menos significatitvos.
Acrescente agora à planilha a linha Total de defeitos e as colunas % e Total.
Figura 49 – Planilha com dados de ocorrência ordenados.
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QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 57
Continue, seguindo os passos:
a. digite na célula C16 a fórmula =SOMA(C11:C15);
b. copie e cole essa célula na D16;
c. digite na célula D11 a fórmula =C11/$C$16;
d. copie e cole essa fórmula nas células de D12 a D15.
Os símbolos “$”, que você vê na fórmula, indicam que as referências de linha e 
coluna devem ser mantidas, ou seja, que a divisão deve ser feita sempre por C16. 
Ao final dessa sequência, o resultado será:
Figura 50 – Inserção da coluna de representatividade (%).
Observe que os dados da coluna D mostram a porcentagem decimal do defeito 
no total de ocorrências.
Veja agora como fazemos para inserir a coluna com os totais:
a. digite na célula E11 a fórmula E11=D11;
b. digite agora na célula E12 a fórmula =E11+D12;
c. copie e cole a célula E12 para as células E13, E14 e E15;
d. selecione as células de D11 a E16 e mude o formato para Porcentagem, cli-
cando no botão direito do mouse e em seguida na aba Número.
Figura 51 – Tabela concluída com a coluna de total.
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58 PLANILHAS E GRÁFICOS
Note que ao lado da coluna %, que representa a porcentagem de cada defeito no 
número total de ocorrências, aparece a coluna Total, informando sobre a soma 
dos defeitos até o tipo que está sendo considerado.
Veja, a seguir, como obter gráficos de Defeito x Ocorrência e Defeito por % e Total.
Ajuste Acabamento Não
funciona
Solda dos
componentes
Padrão da
�ação
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Ajuste Acabamento Não
funciona
Solda dos
componentes
Padrão da
�ação
100%
80%
60%
40%
20%
0%
40%
60%
75%
100%
10%15%15%
20%
90%
Figura 52 – Paretos de defeitos por ocorrência e porcentagem.
Os dois gráficos apresentados são do tipo Barra. Para construí-los, proceda como 
indicamos a seguir.
a. selecione as células de B10 a E15;
b. insira um único gráfico de barras (vá ao menu Inserir e use as opções Co-
luna e Coluna 2D);
c. copie o gráfico e cole-o em outra área da planilha, para obter dois gráficos;
d. volte ao primeiro gráfico e clique com o botão direito sobre ele;
e. vá à opção Selecionar dados, marque e remova as séries % e Total;
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QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 59
f. retorne agora ao segundo gráfico e, procedendo do mesmo modo, remova 
a série Ocorrências.
Pronto! Se seu programa permitir a apresentação simultânea de dois tipos de 
gráficos, os gráficos de % e Totais ficam mais bem apresentados, como vemos na 
ilustração que se segue.
Ajuste Acabamento Não
funciona
Solda dos
componentes
Padrão da
�ação
100%
80%
60%
40%
20%
0%
40%
20% 15%
10%
15%
60%
75%
100%90%
Figura 53 – Pareto de porcentagem de ocorrências.
Verifique que nesse gráfico aparecem os rótulos de dados (exibição dos valores 
dos dados nos pontos considerados),que foram inseridos usando a opção Inserir 
rótulos de dados (disponível quando selecionamos uma das séries e clicamos no 
botão direito do mouse). 
Experimente fazer essa sequência de comandos para obter o mesmo efeito!
A leitura do gráfico mostra que a somatória das ocorrências dos três primeiros 
defeitos representa 75% do total de defeitos encontrados. Porém, não é só essa 
informação que podemos obter a partir desses gráficos. Se em lugar do número 
de ocorrências, pensarmos no custo total dos defeitos, o gráfico muda, veja como 
na figura a seguir.
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60 PLANILHAS E GRÁFICOS
Não
funciona
Acabamento Padrão da
�ação
Solda dos
componentes
Ajuste
R$ 16,00
R$ 14,00
R$ 12,00
R$ 10,00
R$ 8,00
R$ 6,00
R$ 4,00
R$ 2,00
R$ -
100%
80%
60%
40%
20%
0%
49%
75%
88%
100%
3%
10%13%
26%
97%
Não
funciona
Acabamento Padrão da
�ação
Solda dos
componentes
Ajuste
Figura 54 – Paretos de custos por ocorrência e porcentagem.
O novo gráfico mostra que o tipo de defeito “mais caro” não é o mesmo que o 
de maior ocorrência. Pelo contrário, felizmente ele apresenta um número de 
ocorrências baixo.
Outro ponto interessante a ser observado diz respeito aos três defeitos com maior 
número de ocorrências, gerando 88% do custo de retrabalho nessa situação. 
Mas cuidado com as conclusões apressadas: as correspondências nem sempre 
são verdadeiras, pois tudo depende do número de ocorrências e do custo de 
retrabalho de cada uma.
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QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 61
Outra possibilidade é obter os gráficos de custos seguindo o mesmo procedimen-
to anterior, só que selecionando o custo total (e não o número de ocorrências no 
início do processo). 
Experimente e veja se você consegue construí-los.
Histograma
O histograma é um gráfico que representa o comportamento histórico de uma 
dada variável. 
Permite avaliar o comportamento dos dados em função do tempo.
Para construir um histograma, crie uma nova planilha de dados que contenha 
as seguintes informações:
Figura 55 – Dados para construção do histograma.
Se quiser, digite somente os números. Não há necessidade de digitar o símbolo 
de porcentagem. Os dados inseridos na planilha representam a produtividade 
média dos dois turnos de trabalho de uma empresa que instala equipamentos e 
sistemas eletroeletrônicos. Note que a referência dos dados é trimestral e anual. 
Os anos são colocados em células mescladas, como vimos anteriormente na 
construção do gráfico de Pareto.
A linha 6 mostra o total de dados dos dois turnos de trabalho, o que permite 
analisar o desempenho da empresa como um todo.
Para sabermos qual o turno que mais contribuiu para a produtividade da em-
presa, basta comparar o dado do turno com o resultado geral. Se ele foi maior, 
significa que esse turno teve produtividade maior que a média da empresa. Po-
rém, visualizar esse desempenho tendo como referência apenas a observação de 
dados na tabela é uma tarefa difícil, já que podemos nos valer do histograma 
para nos ajudar! Vamos então construir os gráficos.
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62 PLANILHAS E GRÁFICOS
a. Primeiro, selecione toda a tabela de dados e escolha o gráfico do tipo colunas;
Figura 56 – Histograma sem formatação.
A primeira linha do eixo horizontal representa o trimestre do ano que está iden-
tificado na segunda linha. Bem, já temos um gráfico. Mas você observou como as 
colunas apresentadas estão tão próximas que dificultam a visualização? Vamos 
melhorar essa apresentação? Acompanhe a explicação e veja como é fácil.
Selecione o gráfico e expanda-o (basta posicionar o cursor do mouse no gráfico, 
sobre os pequenos quadrados que aparecem e, em seguida, clique, segure e arraste) 
na direção horizontal, até que você consiga visualizar melhor as colunas.
Figura 57 – Histograma expandido.
b. Selecione agora a legenda que indica cores diferentes para Manhã, Tarde e 
Totais e clique com o botão direito do mouse;
c. Use a opção Formatar Legenda, como mostra a figura a seguir;
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QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 63
Figura 58 – Menu Formatar Legenda.
Figura 59 – Legenda superior.
d. Em seguida, ajuste o tamanho da legenda para separar um pouco as palavras;
e. Clique na caixa de seleção, ao lado do nome da fonte, no menu superior, 
para aumentar o tamanho e o tipo de fonte utilizada na legenda. 
Observe que, no exemplo em estudo, estamos utilizando a fonte Berlin Sans FB, 
tamanho 14 e que a legenda foi expandida até os dois extremos da área do gráfico 
(direita e esquerda). Veja o resultado obtido.
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64 PLANILHAS E GRÁFICOS
Figura 60 – Legenda totalmente formatada.
O gráfico permite ainda observar os desempenhos individuais de cada turno. 
Para isso, basta criar mais duas cópias desse gráfico (Ctrl + C e Ctrl + V), reti-
rando os dados dos totais das linhas de cada gráfico.
Na figura a seguir, foram acrescentados rótulos de dados às colunas, usando a 
opção Adicionar Rótulos de Dados que aparece quando clicamos com o botão 
direito do mouse sobre uma das barras.
2008 2009 2010 2011
1o 2o 3o 4o 1o 2o 3o 4o 1o 2o 3o 4o 1o 2o 3o 4o
39%
17% 18%
Manhã
26%
20%
14%
21%
45%
18%
25%
37%
20% 22% 22%
34%
22%
2008 2009 2010 2011
1o 2o 3o 4o 1o 2o 3o 4o 1o 2o 3o 4o 1o 2o 3o 4o
27%
21% 19%
Tarde
34%
23% 22%
8%
46%
17% 19%
37%
27% 25% 26%23% 26%
Figura 61 – Histogramas de desempenho individual dos turnos.
Ac
er
vo
 d
o 
SE
N
AI
-S
P
Ac
er
vo
 d
o 
SE
N
AI
-S
P
QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA NO TRABALHO 65
Observe agora os gráficos. 
Você acha que ficou mais fácil notar qual foi a Linha que mais contribuiu para 
a produtividade da empresa em cada período e como esse resultado evoluiu nos 
últimos trimestres?
Perceba também que a produtividade passa por picos, porém esse comportamen-
to vem apresentando uma tendência de diminuição nos últimos trimestres. Isso 
pode ser resultado de duas possibilidades:
a. houve redução de vendas e a empresa deve se adaptar a essa nova realidade, 
diminuindo a sua produção;
b. houve redução na eficiência dos processos produtivos, e esses precisam ser 
revistos o mais breve possível.
Em ambos os casos, ações diferentes, porém igualmente necessárias e urgentes, 
precisam ser tomadas para corrigir os desvios. No caso da diminuição de deman-
da, será necessário descobrir o motivo e, se for preciso, alterar os processos ou 
o próprio produto, tendo em vista reconquistar os antigos patamares de vendas.
A diminuição da eficiência aponta a necessidade de verificar o estado das máquinas 
e das ferramentas, treinar funcionários, alterar os métodos de trabalho ou investir 
em novas soluções para aumentar a eficácia do processo produtivo.
CASOS E RELATOS
Ulisses, Clara e Sofia são sócios em uma empresa que produz uma 
grande variedade de produtos eletrônicos de baixo custo. Entre seus 
produtos, com maiores vendas, destacam-se jogos de luz para enfeitar 
árvores de Natal e fachadas de residências e diversos tipos de brinque-
dos iluminados por lâmpadas em geral.
Eles compram componentes de diversos fornecedores, para montar 
seus produtos. Porém, com o passar dos anos os sócios perceberam que 
sua margem de lucro estava diminuindo e que alguns dos fornecedores 
não conseguiam cumprir os prazos e entregar quantidades necessárias 
para atender às necessidades de produção, justamente nos momentos 
de “picos de venda” de alguns dos produtos. 
66 PLANILHAS E GRÁFICOS
Em outros períodos do ano, havia uma baixa tão grande na demanda 
que os preços dos componentes ficavam mais baratos.
Foi então que eles resolveram realizar um estudo de sazonalidade, en-
volvendo as vendas e o custo dos componentes.
Para tanto, aplicaram a ferramenta histograma para analisar os pe-
ríodos em que havia baixa no custo dos componentes e aqueles que 
demonstravam alta

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