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AUTOMOTIVA Instalador de som e acessórios eletroeletrônicos automotivos Instalador de som e acessórios eletroeletrônicos autom otivos 9 788583 930426 ISBN 978-85-8393-042-6 Esta publicação integra uma série da SENAI-SP Editora especialmente criada para apoiar os cursos do SENAI-SP. O mercado de trabalho em permanente mudança exige que o profissional se atualize continuamente ou, em muitos casos, busque qualificações. É para esse profissional, sintonizado com a evolução tecnológica e com as inovações nos processos produtivos, que o SENAI-SP oferece muitas opções em cursos, em diferentes níveis, nas diversas áreas tecnológicas. Instalador de som e acessórios eletroeletrônicos automotivos Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) SENAI. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Instalador de som e acessórios eletroeletrônicos automotivos / SENAI. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. – São Paulo : SENAI-SP Editora, 2019. 136 p. : il. Inclui referências ISBN 978-85-8393-042-6 1. Dispositivo de acionamento elétrico 2. Instalação de alarme automotivo 3. Instalação de som 4. Sistemas automotivos I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial II. Título. CDD 629.272 Índice para o catálogo sistemático: 1. Dispositivos Automotivos 629.272 2. Sistemas Automotivos 629.272 SENAI-SP Editora Avenida Paulista, 1313, 4o andar, 01311 923, São Paulo – SP F. 11 3146.7308 | editora@sesisenaisp.org.br | www.senaispeditora.com.br AUTOMOTIVA Instalador de som e acessórios eletroeletrônicos automotivos Departamento Regional de São Paulo Presidente Paulo Skaf Diretor Regional Ricardo Figueiredo Terra Diretor Superintendente Corporativo Igor Barenboim Gerência de Assistência à Empresa e à Comunidade Celso Taborda Kopp Gerência de Inovação e de Tecnologia Osvaldo Lahoz Maia Gerência de Educação Clecios Vinícius Batista e Silva Material didático utilizado nos cursos do SENAI-SP. Elaboração Antonio Cirilo de Souza Organização e adaptação Antonio Cirilo de Souza Revisão técnica Gerson Felix Fioga Junior Apresentação Com a permanente transformação dos processos produtivos e das formas de organização do trabalho, as demandas por educação profissional se multiplicam e, sobretudo, se diversificam. O SENAI-SP oferece várias opções em cursos de formação inicial e continuada, destinados a jovens e adultos. São cursos de iniciação profissional, qualificação básica, especialização e aperfeiçoamento. As modalidades de especialização e aperfeiçoamento atendem às demandas de capacitação de trabalhadores já atuantes nas empresas. Os cursos de iniciação profissional e qualificação básica atendem às necessidades sociais de capacitação para inserção ou reinserção de trabalhadores no mercado de trabalho. Com satisfação, apresentamos ao leitor esta publicação, que integra uma série da SENAI-SP Editora especialmente criada para apoiar os alunos de cursos de formação inicial e continuada. Sumário 1. Instalação de som 9 Organização e segurança do local de trabalho 10 Ferramentas para instalação de som automotivo 31 Som 44 Alto-falante eletromecânico 55 Antenas 69 Equipamentos de som 71 Cabos de alimentação 77 Caixas acústicas 79 Divisor de frequência 83 Instalação de equipamentos de som automotivos 89 Dicas para uma boa instalação 92 2. Instalação de alarmes e dispositivos de acionamento elétrico 94 Sistema de alarme automotivo 95 Sistema de acionamento de vidros elétricos 110 Sistema de acionamento de travas elétricas 119 Faróis de neblina 129 Referências 134 1. Instalação de som Organização e segurança do local de trabalho Ferramentas para instalação de som automotivo Som Alto-falante eletromecânico Antenas Equipamentos de som Cabos de alimentação Caixas acústicas Divisor de frequência Instalação de equipamentos de som automotivos Dicas para uma boa instalação O objetivo da unidade curricular “Instalação de som” é fazer com que o aluno desenvolva a capacidade de conhecer e aplicar processos de instalação e ajustes de som automotivo. Para isso, é importante que ele conheça física aplicada à propagação de som, de modo a entender frequências sonoras e como o ouvido humano as interpreta. Serão descritos, também, os componentes de som auto- motivo, bem como suas características e instalações. A abordagem dos sistemas mecânicos é feita com uma base teórico-prática. O de- senvolvimento dos estudos deve ocorrer em duas fases: aulas teóricas e práticas. 10 INSTALAÇÃO DE SOM A divisão do módulo em duas fases é apenas um recurso de organização. As au- las de teoria e de prática devem ocorrer simultaneamente e a carga horária deve variar de acordo com as necessidades didático-pedagógicas. As aulas teóricas visam a desenvolver o domínio de conteúdos básicos e de tecnologia imediata necessária à realização dos ensaios. As aulas práticas ca- racterizam-se por atividades realizadas direta e exclusivamente pelos alunos. Serão desenvolvidas as capacidades sociais, organizativas e metodológicas, como relacionado a seguir: • trabalhar em equipe; • prever consequências; • ter raciocínio lógico; • ter atenção a detalhes; • ser organizado. A relação a seguir aborda a parte teórica do módulo: • aplicação de procedimentos e normas técnicas referentes à remoção, substituição, testes e instalação; • seleção de ferramentas e equipamentos conforme procedimentos de remoção, reparação, substituição, testes e instalação; • identificação de possíveis falhas no funcionamento de cada componente do sistema de som automotivo; • realização de diagnósticos para resolução de defeitos no sistema de som automotivo; • instalação de componentes do sistema de som automotivo; • reconhecimento dos diferentes tipos de componentes; • ajuste do som automotivo; • realização do trabalho com segurança. Organização e segurança do local de trabalho Toda empresa deve ter um plano de prevenção de acidentes. As medidas preven- tivas devem incluir, por exemplo, a proteção dos funcionários contra riscos de diversos tipos, por meio de uso de equipamentos de proteção específicos. INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 11 Equipes internas de segurança Toda empresa deve ter equipes internas dedicadas à segurança e prevenção de acidentes, como relacionado a seguir: • Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA); • Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) A equipe da CIPA é formada por um ou mais representantes escolhidos pela empresa e outros, em igual número, selecionados pelos funcionários. O número de membros que formarão a equipe é determinado de acordo com o número de funcionários. A CIPA tem como objetivo implantar ações de prevenção de acidentes no local de trabalho. Cabe a ela identificar os riscos de acidentes, elaborar mapas de risco e rota de fuga em caso de incêndio, além treinar os funcionários, prestar primeiros socorros às vítimas e acionar o Corpo de Bombeiros caso necessário. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) O PPRA tem como objetivo identificar e controlar os prováveis riscos ambientais nos locais de trabalho sejam eles agentes físicos (ruídos, temperatura etc.), quími- cos (produtos perigosos) ou biológicos (micro-organismos) que possam apresentar riscos tanto ao trabalhador como às pessoas que vivem no entorno da empresa. Tipos de riscos de acidente no ambiente de trabalho Os riscos no ambiente de trabalho podem ser classificados em cinco tipos, de acordo com a Portaria n° 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil, de 1978. Essa Portaria contém uma série de normas regulamentadoras que consolidam a legislação trabalhista, relativas à segurança e medicina do trabalho. Os riscos e seus agentes são: • riscos mecânicos; • riscos ergonômicos; 12 INSTALAÇÃODE SOM • riscos físicos; • riscos químicos; • riscos biológicos. Riscos mecânicos Os riscos mecânicos são aqueles que colocam o trabalhador em situação vulnerá- vel e podem afetar sua integridade e seu bem-estar físico e psíquico. São exemplos de possível risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, arranjo físico inadequado etc. Observação A utilização de anéis, relógios, colares, correntes, brincos, gravatas, pier- cings e outros objetos de adorno e de uso pessoal, assim como o uso de blusa de manga até o punho durante o trabalho com máquinas, pode representar situação de risco durante a realização de algumas atividades. Riscos ergonômicos São classificados como agentes de riscos ergonômicos fatores que podem interfe- rir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade (execução de movimentos repetidos), postura inadequada de trabalho etc. Riscos físicos Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, como: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não ionizantes, vibração etc. Riscos químicos Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, na forma de poeiras, fumos, gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que, pela natureza da atividade, possam ser absorvidos através da pele ou ingeridos. INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 13 Riscos biológicos São agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos, parasitas, entre outros. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) EPI é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Ele também deve ser considerado uma ferramenta de trabalho que tem como função proteger a saúde do trabalhador e minimizar os riscos de ocorrência de acidentes de trabalho. O uso do EPI evita lesões ou minimiza sua gravidade em casos de acidente ou exposição a riscos. Também protege o corpo contra os efeitos de substâncias tóxicas, alérgicas ou agressivas, que causam doenças ocupacionais. O seu uso é uma exigência da legislação trabalhista brasileira, através das Normas Regulamentadoras. O não cumprimento poderá acarretar ações de responsabilidade cível e penal, além de multas aos infratores. A obrigatoriedade está definida na Lei n° 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que altera o Capítulo V do Título II da CLT, estabelecendo uma série de disposições quanto à segurança e medicina do trabalho. Cabe aos responsáveis pela empresa tornar obrigatória a utilização dos EPIs quando forem necessários para execução das tarefas. Além disso, a empresa deve possuir indicação formal como, por exemplo: placas orientativas, instruções de segurança do trabalho, relatórios e solicitações verbais de pessoal competente. Figura 1 – Recebimento de EPI. Ed ne i M ar x 14 INSTALAÇÃO DE SOM Entretanto, os EPIs não devem ser usados na ausência de obrigatoriedade de utilização, pois podem ser o fator gerador de acidentes com lesões graves. Não são permitidas quaisquer modificações nos EPIs, ou o uso de aparelhos que prejudiquem sua eficácia. Exemplo: walkman, óculos de sol. Quando usar o EPI O EPI deve ser fornecido pela empresa aos empregados, de forma gratuita, e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas circunstâncias relacionadas a seguir: • sempre que medidas de proteção coletiva não ofereçam completa proteção con- tra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; • enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; • para atender a situações de emergência. Observação É recomendado que o fornecimento de EPI, bem como os treinamen- tos ministrados, sejam registrados em documentação apropriada para eventuais esclarecimentos em causas trabalhistas. Obrigações do empregador As obrigações do empregador são: • adquirir o EPI adequado ao risco da atividade; • exigir seu uso; • fornecer somente o EPI aprovado pelo órgão nacional competente; • orientar e treinar o trabalhador quanto ao uso, guarda, conservação, higie- nização e troca do EPI; • substituir imediatamente o EPI quando extraviado ou danificado; • responsabilizar-se por sua manutenção e higienização; • comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) qualquer irregula- ridade observada. O empregador poderá responder na área criminal ou cível, além de ser multado pelo Ministério do Trabalho, se não cumprir essas exigências. INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 15 Obrigações do empregado As obrigações do empregado são: • utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina, durante a jornada de trabalho, de acordo com as atividades desenvolvidas, bem como os fatores de risco existentes; • responsabilizar-se por sua guarda e conservação; • comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para uso; • cumprir as determinações do empregador sobre seu uso adequado; O funcionário está sujeito a sanções trabalhistas, podendo até ser demitido por justa causa, se não seguir essas orientações. Certificado de Aprovação de Equipamentos de Proteção Individual Todo EPI deve ter o Certificado de Aprovação de Equipamentos de Proteção Individual expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O Certificado de Aprovação (CA) é expedido pelo Fundacentro (órgão nacio- nal competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego). O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importada, deve ter eficiência quando em uso e no desenvolvimento de determinada atividade e/ou aplicação. O EPI deve ser testado e aprovado pela autoridade competente para comprovar sua eficiência. O fornecimento e a comercialização de EPI sem o CA é considerado crime e tanto o comerciante quanto o empregador ficam sujeitos às penalidades previstas em lei. Os critérios para aquisição de EPI são: • venda e uso só com Certificado de Aprovação (CA); • recomendação do EPI adequado pela CIPA; • quando não houver órgãos especializados, o EPI deve ser recomendado por profissional tecnicamente habilitado; • apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA; • laudo de ensaio em laboratório credenciado no MTE ou no Inmetro. 16 INSTALAÇÃO DE SOM Proteção das vias de exposição Para proteger a saúde do trabalhador é necessário minimizar os efeitos dos riscos de acidentes por meio da proteção das áreas de contato, também chamadas vias de exposição. A proteção das vias de exposição, indicadas abaixo, pode ser obtida pelo uso correto do EPI. dérmica - pele ocular - olhosinalatória - nariz oral - bocadérmica - pele ocular - olhosinalatória - nariz oral - boca dérmica - pele ocular - olhosinalatória - nariz oral - boca Figura 2 – Vias de exposição. Principais equipamentos de proteção individual Cada caso ou situação deve ser avaliado criteriosamente, para que o equipamento seja escolhido conforme as condições exigidas no local e procedimentos associa- dos. Normas e padrões pertinentes devem sempre ser consultados. O EPI deve proteger adequadamente, ser resistente, prático e de fácil manutenção. Os principais EPIs utilizados são: • equipamentos de proteção para os olhos; • equipamentos de proteção para a face; • equipamento de proteção para a cabeça; • equipamentos de proteção para o ouvido; • equipamentos de proteção respiratória; • equipamentos de proteção do tronco e braços; • equipamentos de proteção dos membros inferiores; • equipamentos de proteção para o corpo. Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS17 Equipamentos de proteção para os olhos Figura 3 – Óculos de segurança. Os óculos de segurança protegem os olhos contra impactos de partículas volan- tes, luz intensa, radiação e respingos de produtos químicos. Também os mantêm protegidos da exposição a poeiras minerais, vegetais e alcalinas que possam causar ferimentos ou irritação. O equipamento deve ser utilizado permanentemente, em qualquer local onde exista risco de projeção de partículas volantes, como operação em máquinas operatrizes (torno, fresadora, serra de fita, e outras); operação de máquinas portáteis (furadeira, policorte, esmerilhadeira etc.) e atividades que emitem luz intensa e radiação. Os principais tipos de óculos utilizados são: • óculos flexíveis, janela de ventilação aberta; • óculos flexíveis, ventilação protegida; • óculos rígidos, ajuste acolchoado; • óculos com proteções laterais tipo “persiana”; • óculos com proteção para luz intensa; • óculos com proteção para radiação. Equipamentos de proteção para a face Figura 4 – Equipamento de proteção para a face. Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x 18 INSTALAÇÃO DE SOM Os equipamentos de proteção para a face protegem contra diversos agentes que podem representar risco, como relacionado a seguir: • protetor facial de segurança para proteção contra impactos de partículas volantes; • protetor facial de segurança para proteção contra respingos de produtos químicos; • protetor facial de segurança para proteção contra radiação infravermelha e ultravioleta (máscara de solda); • protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa. Equipamento de proteção para a cabeça O uso de rede protetora é indicado nas atividades e operações onde haja risco de contato com partes giratórias ou móveis de máquinas e equipamentos – como nas operações de torno, fresadora, serra circular, motores de automóveis e máquinas operatrizes diversas. A rede protetora é igualmente necessária sempre que houver risco de imersão dos cabelos do funcionário em recipientes com líquidos, por exemplo, durante operações de limpeza que utilizam baldes com produtos químicos, e quando há contato com fontes de calor. Se o usuário tiver cabelos longos deverá utilizar a rede protetora ou outro recurso adequado permanentemente. É proibido usar bonés e toucas para fixação dos cabelos. Equipamentos de proteção para o ouvido Os protetores de ouvido devem ser utilizados sempre que os níveis de pressão sono- ra forem superiores ao estabelecido na NR 15, anexos I e II, devendo ser utilizados permanentemente, em quaisquer atividades: manutenção e conservação elétrica, hidráulica, predial e de limpeza, como operação de tornos, fresadoras, serras circu- lares, serras de fita e outras máquinas operatrizes; operação de máquinas portáteis, furadeira, policorte, esmerilhadeiras e lixadeiras, ou ainda na utilização de apara- dores de grama, quando a exposição ao ruído superar os 80 dB (oitenta decibéis). INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 19 Tipos de protetores auditivos: • protetor auditivo tipo concha: utilizado para proteção dos ouvidos nas ativi- dades e nos locais que apresentem ruídos excessivos (utilização de martelete, serra circular etc.); Figura 5 – Protetor auditivo tipo concha. • protetor auditivo tipo plug confeccionado em silicone: utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos elevados (áreas de trân- sito de veículos intenso, utilização de máquinas e equipamentos ruidosos etc.); Figura 6 – Protetor auditivo tipo plug confeccionado em silicone. • protetor auditivo tipo inserção confeccionado em espuma moldável (descar- tável): utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos elevados. Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x 20 INSTALAÇÃO DE SOM Figura 7 – Protetor auditivo tipo inserção confeccionado em espuma moldável. Como utilizar o protetor de ouvido Alguns cuidados garantem maior durabilidade ao produto, como os relacionados a seguir: • não manusear o protetor com as mãos sujas; • utilizar o protetor durante todo o período de trabalho; • após o uso, guardar o protetor na embalagem; • lavar regularmente o protetor auditivo com água e sabão neutro; • para retirar o protetor do ouvido, puxá-lo pelo plugue, nunca pelo cordão. Figura 8 – Como utilizar o protetor de ouvido. Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 21 Equipamentos de proteção respiratória As máscaras de proteção respiratória são utilizadas em ambientes onde existe muito material particulado em suspensão no ar, como por exemplo, o setor de funilaria e pintura automotiva. As máscaras com filtros são equipamentos que exigem treinamento adequado para seu uso, assim como requerem cuidados especiais de manutenção e limpeza. Quando a atividade exige uso contínuo de máscaras e proteção respiratória, os cuidados com treinamento, higiene, manutenção do material e filtros e condição de saúde do trabalhador/usuário nunca devem ser negligenciados. Tipos de máscaras de proteção • protetor respiratório sem manutenção PFF 1 (descartável): protege contra poeiras e névoas (baixa concentração); Figura 9 – Protetor respiratório sem manutenção PFF 1 (descartável). • protetor respiratório sem manutenção PFF 1 VO (com válvula e descartável): protege contra poeiras e vapores orgânicos (tintas, vernizes, solventes, baixa concentração); Ed ne i M ar x 22 INSTALAÇÃO DE SOM Figura 10 – Protetor respiratório sem manutenção PFF 1 VO (com válvula e descartável). • Respirador purificado de ar: protege o sistema respiratório contra partículas (poeiras, névoas e fumos) e gases emanados de produtos químicos. Figura 11 – Respirador purificado de ar. Atenção Para cada tipo de contaminante deve-se escolher um filtro apropriado. Equipamentos de proteção do tronco e braços Existem três tipos de equipamento para proteger o tronco e os braços: • luvas de segurança; • mangas de raspa; • cremes protetores. Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 23 Luvas de segurança As luvas de segurança que oferecem proteção contra riscos de origem térmica, mecânica, agentes perfurantes/cortantes e radiações são usadas permanentemen- te nas atividades de prestação de serviços, ensino, manutenção e conservação em que exista risco de ferimentos por contato ou projeção de partículas e exposição a radiações, ionizantes ou não. Existem vários modelos de luvas de segurança, cada uma com um propósito: • luva de proteção em raspa e vaqueta: utilizada para proteção das mãos e braços contra agentes abrasivos escoriantes (que podem provocar corte ou arranhões); Figura 12 – Luva de proteção em raspa e vaqueta. • luva de proteção nitrílica: utilizada para proteção das mãos e punhos contra agentes químicos (solvente, tintas) e biológicos (vírus); Figura 13 – Luva de proteção nitrílica. • luva de proteção em PVC: utilizada para proteção das mãos e punhos contra recipientes contendo óleo, graxa e solvente; Figura 14 – Luva de proteção em PVC. Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x 24 INSTALAÇÃO DE SOM • luva de Kevlar: utilizada para proteção das mãos onde existe exposição a altas temperaturas (fornos). Figura 15 – Luva de Kevlar. Mangas de raspa Mangas de raspa oferecem proteção do braço e antebraço contra riscos de origem térmica e mecânica e agentes perfurantes/cortantes. Devem ser utilizadas per- manentemente nas atividades de oxicorte, soldagem e tratamento térmico e em atividades de manutenção e conservação com exposição à radiação ultravioleta e infravermelha e à luminosidade intensa. Cremes protetores Os cremes protetores ou cremes-barreira são substâncias aplicadas sobre a pele antes do trabalho com o objetivo de protegê-la contra danos causados por dife- rentes agentes de risco. Os cremes de proteção são enquadrados nos seguintes grupos:• grupo 1 – água-resistente – são aqueles que, quando aplicados à pele do usuário, não são facilmente removíveis com água; • grupo 2 – óleo-resistente – são aqueles que, quando aplicados à pele do usuário, não são facilmente removíveis na presença de óleos ou substâncias apolares; Exemplo Contra agentes químicos (solventes, tintas etc.) • grupo 3 – cremes especiais – são aqueles com indicações e usos definidos e bem especificados pelo fabricante. Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 25 Exemplo Contra agentes biológicos (vírus, bactérias etc.) A pele pode apresentar dois tipos de reação após a aplicação do creme: • diretas: as reações diretas são causadas por agentes químicos (responsáveis por 80% das dermatoses), agentes físicos, agentes mecânicos e agentes biológicos; • indiretas: as reações indiretas são causadas por fatores como idade, sexo, etnia, clima e condições de trabalho. Características de um bom creme protetor Um bom creme protetor deve ter as seguintes características: • neutralizar a ação agressiva de agentes químicos, mantendo o pH da pele em níveis normais; • estabelecer um efeito de barreira, dificultando e impedindo o contato de elementos prejudiciais à saúde; • não ser irritante, nem sensibilizante; • oferecer real e adequada proteção; • ser fácil de aplicar; • ser fácil de remover; • facilitar a absorção cosmética. Como usar o creme protetor Para que ofereça a proteção necessária, é preciso aplicar o creme de modo apro- priado, como relacionado a seguir: 1. Lavar e secar bem as mãos. 2. Aplicar pequena quantidade do creme, massageando toda a mão de modo uniforme. Passar entre os dedos e embaixo das unhas e, se necessário, nos antebraços. 3. Aguardar o produto secar. 4. Reaplicar o creme sempre que lavar as mãos ou após mais de quatro horas de uso; 26 INSTALAÇÃO DE SOM 5. Retirar o excesso com uma estopa ou toalha de papel e lavar a pele normalmente. Figura 16 – Aplicação do creme protetor. Equipamentos de proteção dos membros inferiores Dois equipamentos são indicados para proteger pernas e pés: • calçados de segurança; • perneiras de segurança. Calçados de segurança Os calçados de segurança protegem os pés contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos / contra choques elétricos / contra agentes térmicos / contra agentes cortantes e escoriantes / contra umidade proveniente de operações com uso de água / contra respingos de produtos químicos. Tipos de calçados de segurança • calçado de segurança de borracha: utilizado para proteção dos pés contra torção, escoriações, derrapagens e umidade; Figura 17 – Calçado de segurança de borracha. Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 27 • calçado de segurança com biqueira de aço: utilizado nos trabalhos onde hou- ver risco de queda de peças ou ferramentas. Figura 18 – Calçado de segurança com biqueira de aço. Perneiras de segurança Perneiras de segurança oferecem proteção contra agentes térmicos, cortantes e perfurantes. São utilizadas permanentemente nas atividades como proteção contra agentes térmicos, cortantes e com tensão de ruptura de 2500 Kgf - 1,60 m. Equipamentos de proteção para o corpo O propósito das roupas de proteção do corpo é prevenir o uso de roupas inade- quadas: conforme o material com que são confeccionadas, elas podem expor o trabalhador a riscos. Exemplos • uniforme de trabalho: utilizado para realizar atividades em geral que não envolvam riscos físicos; Figura 19 – Uniforme de trabalho. Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x 28 INSTALAÇÃO DE SOM • conjunto de segurança: utilizado para proteção do corpo contra chamas e choque elétrico, para utilização de eletricistas; Figura 20 – Conjunto de segurança. • avental guarda-pó: utilizado para realizar atividades em geral que não envolvam riscos físicos. Figura 21 – Avental guarda-pó. EPI e EPC na mecânica automotiva Nas oficinas de automóveis, a utilização de Equipamento de Proteção Individual e Coletiva (EPI e EPC) é de suma importância, pois várias atividades apresentam riscos à saúde e à segurança do trabalhador. Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 29 Quando usar o EPI A seguir, algumas atividades nas quais o EPI deve ser utilizado, os riscos que oferecem e os equipamentos de segurança necessários para evitar acidentes: • serviços em sistemas de suspensão, direção e freio; • trabalhos com esmeril; • serviços no sistema de gerenciamento eletrônico do motor; • serviços internos no motor e transmissão (desmontagem e montagem). Serviços em sistemas de suspensão, direção e freio Riscos: em serviços com o veículo elevado há risco de caírem peças e ferramen- tas. Peças sujas de óleo e graxa podem contaminar a pele. EPI necessário: luva tricotada com pigmentos nitrílica na palma das mãos, óculos de segurança e sapato de segurança. Trabalhos com esmeril Riscos: fagulhas geradas pelo atrito entre a “pedra” do esmeril e a peça podem provocar queimaduras no olho e/ou na pele. Há, também, risco de a peça cair nos pés do profissional. EPI necessário: protetor facial, luva de couro e sapato de segurança. Serviços no sistema de gerenciamento eletrônico do motor Riscos: vazamento de combustível sob pressão (risco de contaminação na pele e olho). Se o motor estiver quente, pode queimar a pele. EPI necessário: creme protetor, luva de pano (quando o motor estiver quente), luva de borracha (em trabalhos na linha de combustível), óculos e sapato de segurança. Serviços internos no motor e transmissão (desmontagem e montagem) Riscos: queda de componentes pode causar lesões nos pés ou pernas. Vazamento de óleo lubrificante pode contaminar a pele. EPI necessário: creme protetor para as mãos, óculos e sapatos de segurança. 30 INSTALAÇÃO DE SOM Dicas de segurança na oficina Algumas medidas contribuem para a segurança de uma oficina, como as rela- cionadas a seguir: • antes de efetuar qualquer trabalho ou procedimento de manutenção no veícu- lo, certificar-se de que ele não esteja engrenado, que o freio de estacionamento tenha sido acionado e que as rodas estejam travadas; • manter a área de trabalho limpa, seca e organizada; • manter as ferramenta e peças fora do piso do local de trabalho e/ou sobre o veículo; • a área de trabalho deve ser ventilada e bem iluminada; • utilizar elevadores ou macacos-hidráulicos apropriados; • utilizar calços de segurança e cavaletes; • não usar anéis, relógios e outras joias; • cabelos compridos devem ser protegidos com uma rede; • certificar-se de que os extintores de incêndio da área de trabalho estão car- regados e têm a classificação adequada ao local, como especificado a seguir: • tipo A – madeira, papel, tecidos e lixo; • tipo B – líquidos inflamáveis; • tipo C – equipamentos elétricos. • não fumar na área de trabalho; • não direcionar o ar comprimido para o corpo ou roupas; • usar óculos de segurança e protetores auriculares quando trabalhar com ar comprimido; • certificar-se de que todas as ferramentas estejam em boas condições; • certificar-se de que todas os dispositivos e equipamentos de serviço sejam remo- vidos do motor após efetuar o serviço; • esperar o motor esfriar para efetuar qualquer serviço de manutenção em seus componentes; • nunca trocar qualquer componente de motores em funcionamento. Sistema de exaustão dos gases de escapamento O sistema de exaustão dos gases de escapamento é um Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) e deve ser utilizado sempre que for mantido o motor do veículo INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 31 em funcionamento, em ambiente fechado. Este equipamento expele os gases de escapamento dos veículos para fora do ambiente de trabalho. A inalação do monóxido de carbono (um dos gases emitidos pela queima de combustível) pode levar a óbito. Figura 22 – Sistema de exaustão de gases de escapamento.Observação Deve-se procurar um representante da CIPA na empresa sempre que se pressentir um risco ou ocorrer um acidente, pois ele recebeu treina- mento para tomada de decisão adequada para cada situação. Ferramentas para instalação de som automotivo O processo de instalação de som automotivo exige o uso de diversas ferramen- tas e instrumentos de medição fabricados para uso específi co. O trabalho a ser realizado e a segurança do funcionário somente podem ser garantidos se eles forem empregados corretamente. Como usar ferramentas e instrumentos de medição Conhecer as propriedades de cada ferramenta, mantê-las limpas e em ordem são alguns cuidados básicos, como relacionado a seguir: • saber para que servem as ferramentas: se usados para aplicações diferentes das especificadas, tanto a ferramenta quanto o instrumento de medição An to ni o Ci ril o de S ou za 32 INSTALAÇÃO DE SOM podem ser danificados, causar danos às peças ou comprometer a qualidade do serviço; • conhecer a forma correta de usar os instrumentos: para cada ferramenta e instrumento de medição existem procedimentos de operação definidos. Cer- tifique-se de utilizá-los da forma recomendada, com a força correta, e de adotar as posturas indicadas durante o trabalho; • selecionar corretamente: existem diversas ferramentas disponíveis para sol- tar parafusos, conforme a dimensão, posição ou outros critérios. Selecione sempre as que correspondem ao formato da peça e ao local onde o serviço estiver sendo feito; • manter a ordem: ferramentas e instrumentos de medição devem ser arruma- dos em lugar de fácil acesso e guardados após o uso; • observar com rigor a manutenção e controle de ferramentas: as ferramentas devem ser limpas e, quando necessário, engraxadas após o uso. Todos os reparos necessários deverão ser feitos imediatamente para que sejam sempre mantidas em perfeitas condições. Tipos de ferramenta São muitos os tipos de ferramenta, cada uma com um propósito específico, como relacionado a seguir: • martelo; • macete; • chaves de fenda; • alicates; • chaves; • furadeiras elétricas manuais; • serras elétricas manuais; • rebitadeira manual (rebite POP ou de repuxo); • multímetro. Martelo e macete O martelo e o macete são ferramentas de impacto e de uso manual. INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 33 Martelo O martelo é constituído de bloco de aço e um cabo de madeira, que nele se en- caixa. O modelo mais usado pelo mecânico de automóvel é o martelo de bola. Figura 23 – Martelo de bola. Macete O macete é um tipo de martelo com características especiais que evitam as de- formações causadas pelos impactos do trabalho executado. Modelos mais usados: • macete de PVC com cabo de madeira; Figura 24 – Macete de PVC. • macete de plastiprene; Figura 25 – Macete de plastiprene. So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra 34 INSTALAÇÃO DE SOM • macete com cabeça de plástico ou de cobre. Figura 26 – Macete com cabeça de plástico ou de cobre. Chaves de fenda Chaves de fenda são ferramentas de uso manual, constituídas de uma haste de aço e um cabo, geralmente de plástico. Servem para apertar ou desapertar parafusos em cujas cabeças existem uma fenda ou duas fendas cruzadas, em que a chave se encaixa. Principais tipos: • chave de fenda; Figura 27 – Chave de fenda. • chave de fenda Philips. Figura 28 – Chave de fenda Philips. So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 35 Alicates Alicates são ferramentas manuais, fabricadas em aço. Servem para prensar, de- formar, cortar e prender momentaneamente certos objetos. Suas características variam com a fi nalidade de sua utilização. Tipos de alicates comumente utilizados pelos mecânicos de automóvel: • alicate universal: o revestimento dos cabos é fabricado com materiais isolantes e com frisos para dar maior fi rmeza no manuseio; Figura 29 – Alicate universal. • alicate de pressão: depois de prensar o objeto ou prendê-lo por acionamento manual, o alicate de pressão mantém-se fechado, não havendo necessidade de continuar a segurá-lo. Para desarmá-lo, há uma alavanca especial; Figura 30 – Alicate de pressão. • alicate de bomba d’água: o alicate de bomba d’água é utilizado para prender tubos com extremidades roscadas, quando nelas são apertadas ou afrouxadas porcas ou conexões; Figura 31 – Alicate de bomba d’água. So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra 36 INSTALAÇÃO DE SOM • alicate de corte diagonal: o alicate de corte diagonal é utilizado para cortar fi os metálicos. Figura 32 – Alicate de corte diagonal. Há, também, alicates para montagem e desmontagem de anéis de segurança: • alicate para anéis externos – pontas retas; Figura 33 – Alicate para anéis externos – pontas retas. • alicate para anéis externos – pontas curvas. Figura 34 – Alicate para anéis externos – pontas curvas. So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 37 Chaves Existe uma boa variedade de chaves utilizadas no dia a dia dos mecânicos, como relacionado a seguir: • chave-estrela: conhecida, também, como chave de estrias, oferece a vantagem de poder aplicar todo o esforço de torque em todas as faces do sextavado da porca ou parafuso que esteja sendo apertado ou afrouxado. Só pode ser aplica- da quando o sextavado da porca ou do parafuso está livre para o seu encaixe. Figura 35 – Chave-estrela. Além da chave-estrela comum, há outros tipos específi cos que variam de formato em função de sua aplicação, como a chave starter (meia-lua) para motor de arranque e a chave de boca combinada: • chave starter (meia-lua); Figura 36 – Chave starter (meia-lua). • chave de boca combinada: é a combinação da chave de boca fi xa com a cha- ve-estrela; Figura 37 – Chave de boca combinada. So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra 38 INSTALAÇÃO DE SOM • chave-canhão: é formada por uma haste de aço com um cabo em uma das extremidades e, na outra, um encaixe sextavado; Figura 38 – Chave-canhão. • chaves-soquete: são de encaixe e podem ter perfi l interno estriado ou sextava- do. São utilizadas para afrouxar ou dar aperto fi nal em porcas e parafusos cujos torques solicitem grande esforço. São manipuladas com auxílio de cabos de força que se acoplam a elas; Figura 39 – Perfis internos estriado e sextavado. • chaves-soquete e cabo de força. soquete cabo de força em ‘’T’’ Figura 40 – Chaves-soquete e cabo de força. So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 39 Além do cabo de força em “T”, há os cabos de força que permitem manobrar em ângulo e com maior rapidez: • cabo de força com acoplamento angular; Figura 41 – Cabo de força com acoplamento angular. • cabo de força com catraca; Figura 42 – Cabo de força com catraca. • manivela. Figura 43 – Manivela. Há também extensões para atingir parafusos ou porcas embutidas em alojamentos: Exemplo Parafusos localizados dentro de furos profundos, velas de ignição etc. • extensões; Figura 44 – Extensões. So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra 40 INSTALAÇÃO DE SOM • junta universal: é usada em trabalhos cujos locais são de difícil acesso; Figura 45 – Junta universal. • jogo de soquete com adaptadores; Figura 46 – Jogo de soquete com adaptadores. • chave de vela: é usada para as velas do motor; Figura 47 – Chave de vela. So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 41 • chaves tipo allen: servem para apertar e afrouxar parafusos comsextavado ou quadrado interno; Figura 48 – Chaves tipo allen. • canivete torx. Figura 49 – Canivete torx. Furadeiras elétricas manuais As furadeiras elétricas são equipamentos utilizados para confecção de caixas acústicas e, em alguns casos, para fazer furos para fi xação de alto-falantes. As brocas são vendidas separadamente e podem ser encontradas em medidas que variam em 0,5 mm. So ni a R. O liv ei ra So ni a R. O liv ei ra 42 INSTALAÇÃO DE SOM Figura 50 – Furadeira manual. Serras elétricas manuais As serras elétricas manuais também são utilizadas na confecção de caixas acústi- cas e acabamentos internos dos veículos. Servem para cortar madeira, acrílico e plástico. São práticas e permitem cortar, em curva, tipos de materiais que exigem uma lâmina de corte específi ca. Figura 51 – Serra manual. Observação Tanto a furadeira quanto a serra elétrica exigem cuidados no manuseio, pois sua utilização gera cavacos, serragem e fagulhas. Existe, ainda, o risco de acidentes, como perfurações ou cortes na pele. Ge rs on F er re ira d e So uz a Ge rs on F er re ira d e So uz a INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 43 Rebitadeira manual (rebite POP ou de repuxo) A rebitadeira manual é uma ferramenta utilizada para fi xar dois ou mais com- ponentes por meio de rebites de repuxo como, por exemplo, fi xar a máquina de vidro elétrico à estrutura da porta do veículo. Figura 52 – Rebitadeira manual. Multímetro O multímetro é um instrumento para medições de grandezas elétricas, tais como tensão, resistência e corrente elétrica. O multímetro é utilizado pelo instalador de acessórios para teste de alto-falantes, CD players e chicote elétrico do veículo. Figura 53 – Multímetro. Ge rs on F er re ira d e So uz a Ge rs on F er re ira d e So uz a 44 INSTALAÇÃO DE SOM Som Som é qualquer variação de pressão do ar capaz de sensibilizar o ouvido humano, excitar os nervos auditivos e causar a sensação denominada audição. A vibração de um objeto é transmitida às moléculas de ar. Todas as moléculas de ar do ambiente se movimentam segundo o ritmo e intensidade determinados pela vibração do objeto. Figura 54 – Vibração. Produção e propagação do som Qualquer elemento em vibração pode produzir som que se propaga através de meios elásticos (sólidos, líquidos e gases), capazes de transmitir as vibrações físicas da fonte sonora. Essas vibrações se espalham por todas as direções, a partir do ponto de onde são produzidas. Os sons de frequências agudas são mais direcionais que os de frequências graves. Figura 55 – Propagação do som. Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 45 Mecanismo da audição O ouvido humano é o órgão responsável pelos sentidos do equilíbrio e da audi- ção. As vibrações do meio elástico que incidem em nossos tímpanos são trans- mitidas através de um sistema de ossos (martelo, bigorna e estribo), que excitam um fluido dentro da cóclea. ouvido externo ouvido médio ouvido interno trompa de eustáquio cóclea nervo auditivo canais semicirculares ossículos nervo facial pavilhão auditivo tímpano Figura 56 – Órgãos do ouvido humano. Situada dentro do ouvido interno, a cóclea é dividida em três seções, responsáveis pelo reconhecimento das diferentes frequências. A movimentação desse fluido excita várias células, chamadas células ciliadas, que enviam impulsos elétricos ao cérebro. Ele os interpreta e forma o som correspondente. Velocidade de propagação do som No meio ar e com temperatura normal (22º), o som se propaga com a velocidade de 343 metros/seg. A velocidade aumenta com a temperatura. Oscilações das ondas sonoras Oscilações são modificações de estado que se repetem com regularidade. Por exemplo, ao soar um sino, o metal começa a oscilar (vibrar). Essas oscilações são transmitidas pelo ar. Ed ne i M ar x 46 INSTALAÇÃO DE SOM Os movimentos de ar resultantes das oscilações são chamados ondas sonoras. O pêndulo de um relógio ou as cordas de um instrumento musical são exemplos de oscilações, mas cada um deles oscila em velocidades diferentes. O número de oscilações em função do tempo é denominado frequência. frequência = 1 Hz + - 0 1 seg Gráfico 1 – Frequência. Para que um som senoidal seja produzido são necessários um meio de propagação (no caso, o ar) e dois “movimentos”, um de compressão e outro de descompressão. com pressão 0 descom pressão a m p li tu d e - a m p li tu d e + tem po Gráfico 2 – Compressão e descompressão. Suponha-se que o ar esteja sendo comprimido por um diafragma, onde está sendo aplicada uma força F positiva. A aplicação dessa força cria uma região de pressão na frente do diafragma e outra, de pressão negativa, ou descompressão, atrás dele. Se Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 47 o sentido da força for invertido tudo se inverte igualmente: ocorre descompressão na frente e pressão no verso. A onda pura, sem harmônicos, é chamada senoide. repouso p re ss ão (força) +F p re ss ão (força) -F verso frente Figura 57 – Pressão positiva e negativa. Radiofrequência Radiofrequência é a transmissão de dados (música, fala, ruídos, códigos eletrôni- cos) de um ponto emissor do sinal, pelo ar, até um equipamento receptor – o aparelho de rádio. A união do sinal elétrico com os dados (música) à onda portadora é chamada modulação. A antena de rádio capta o sinal e o equipamento faz a modulação, ou seja, separa os dados da onda portadora e os reproduz (música). A onda sonora é transformada em sinal elétrico pelo microfone A estação une este sinal à uma onda portadora de alta frequência A torre da estação emissora envia este sinal sonoro pelo ar A antena do rádio capta o sinal e o equipamento faz a modulação, ou seja, separa os dados da onda portadora e reproduz (música) música portadora 10888 100 antena + Figura 58 – Modulador de alta frequência. Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x 48 INSTALAÇÃO DE SOM Propriedades físicas do som Quando uma corda de guitarra vibra, o som desloca o ar que está ao seu redor produzindo uma onda sonora que se propaga pelo ambiente até atingir os nossos ouvidos. Quando essa onda chega ao nosso tímpano, ele também vai vibrar. Essa vibração é transformada pelo ouvido em sinais elétricos que são conduzidos até o cérebro pelos nervos. No cérebro, finalmente, forma-se a sensação de som, permitindo que se ouça a nota emitida pela corda da guitarra. Logo, o som é produzido por algo que vibra (o cone do alto-falante, por exemplo) e transportado pelo ar (a água ou qualquer meio material). Para que exista o áudio alguns elementos são fundamentais, como: • amplitude (volume); • frequência; • timbre; • distorção; • decibel. Amplitude (volume) A amplitude da onda é a diferença entre seus pontos de maior compressão e de maior descompressão. am p lit u d e ef ic az 0,707 x amplitude de pico am p lit u d e p ic o a p ic o am p lit u d e d e p ic o + _ Gráfico 3 – Amplitude de uma onda. Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 49 A amplitude está relacionada ao volume de um som. Dessa maneira, um som forte, com muito volume, é aquele que possui elevada amplitude e um som fraco, com pouco volume, é aquele que possui um valor pequeno de amplitude. + _ tempo forte fraco 0 Gráfico 4 – Variação de amplitude. Observação A unidade de medida relativa é o decibel (dB). Frequência Ciclo é um movimento completo da onda. Esse movimento deve conter uma compressão positiva seguida de outra no sentido oposto, ou seja, negativo (descompressão). Se for considerado um espaço de tempo constante para que esse movimento completo se repita, é possível definir frequência como o número de vezes que esse ciclo se repete nessa unidade de tempo. Ed ne i M ar x 50 INSTALAÇÃO DESOM tempo 0 1s p re ss ão senoide de frequência igual a 1Hz Gráfico 5 – Frequência. Numa fórmula matemática temos: f = nº de ciclos/seg. Onde: • f = frequência; • s = segundo. É a unidade de tempo padronizada. A unidade de medida de frequência é o Hertz (Hz). 0 1s tempo am p lit u d e 5 ciclos+ - Gráfico 6 – Ciclos x tempo = frequência. Algumas informações sobre as frequências são relacionadas a seguir: • cada instrumento musical tem uma faixa de frequência característica bem definida. O piano é um dos únicos instrumentos acústicos que preenche quase todo o espectro de frequência; • o ouvido humano é capaz de perceber sons que variam de 20Hz a 20.000Hz (ou 20 kHz); Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 51 • o som sempre provém de uma vibração. Dependendo da frequência com que a vibração é produzida, o som ouvido pode ser grave ou agudo. As vibrações rápidas dão ao ouvido a impressão de um som agudo, enquanto as oscilações lentas se traduzem em sons graves; • o contrabaixo possui tons graves, enquanto um violino possui tons agudos. Na verdade, cada nota musical possui uma frequência fundamental que irá definir o tom; • o contrabaixo emite uma onda sonora fundamental de 41Hz. Essa é uma frequência baixa, ou seja, um tom grave. Podemos delimitar quando um tom é grave, médio ou agudo: • tons graves: 20 a 300 Hz; • tons médios: 300 a 2.000 Hz; • tons agudos: 2.000 a 20.000 Hz. Timbre Timbre é a propriedade que nos permite distinguir se um determinado som de mesma frequência é produzido por um piano ou um saxofone, por exemplo. Quando vibramos um diapasão emitimos uma nota musical pura, ou seja, o som puro com apenas uma frequência fundamental. Porém, os instrumentos musicais (por exemplo, a corda de uma guitarra ou de um violino) emitem ondas sonoras com a frequência fundamental e com múltiplos dessa frequência, chamados harmônicos. Por exemplo, podemos emitir uma nota “la” com frequência de 440Hz e ter um se- gundo harmônico de 880HZ (2 x 440) ou um terceiro de 1.320Hz (3 x 440). A intensidade do som dos harmônicos é diferente e cada instrumento emite-os de uma forma. Essa propriedade é denominada timbre. Cada instrumento pos- sui um timbre: o violino emite a nota musical “la” e seus harmônicos de forma diferente que o violão. É o timbre que dá o “colorido” da música. 52 INSTALAÇÃO DE SOM fundamental 2° harmônico 3° harmônico Gráfico 7 – Timbre. O ouvido humano é o receptor final da mensagem enviada através do som. A constituição do ouvido humano permite captar vibrações que vão desde 20Hz até 20kHz. Por isso, as frequências entre 20Hz e 20kHz são denominadas audio- frequências. Porém, o ouvido humano não é linear, ou seja, não ouve do mesmo jeito em toda essa faixa de frequências. Na verdade, ele escuta melhor na faixa de frequências médias, que é a da fala humana, de aproximadamente 200 a 3.000 Hz (em 70dB). Distorção É causada pela ocorrência espontânea de harmônicos adicionais, indesejados, durante a amplificação. A distorção THD (Distorção Harmônica Total) é um parâmetro fornecido pelo fabricante do amplificador que indica o nível de dis- torção máxima que o circuito do equipamento pode gerar. Ela vem expressa em porcentagem. Essa distorção pode variar de acordo com a frequência e a ampli- tude do sinal de saída e é medida em percentual (%). Na verdade, a potência de um amplificador não é indicadora de sua qualidade. Nossos ouvidos conseguem captar entre 20 a 20 kHz. Isso significa que um bom amplificador deve reproduzir essas frequências, sem distorções, sempre com o mesmo rendimento, ou seja, ter resposta plana dentro desses limites. Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 53 Ao analisar um amplificador, deve-se também levar em conta sua distorção, ou seja, a deformação que ele introduz no som amplificado. O ouvido humano to- lera distorções de até 3%. A maioria dos amplificadores tem valores inferiores a esses, embora alguns modelos, quando de sua plena potência, possam facilmente chegar a esse valor. Um amplificador de carro nunca deve ser utilizado à plena potência (volume todo aberto). Nessas condições, haverá, também, máxima distorção. Em alguns casos, ela se torna bastante desagradável. sinal original distorção por saturação distorção por má qualidade de amplificação Gráfico 8 – Distorção harmônica. Decibel Decibel é a décima parte de uma medida logarítmica, o bel. Constitui a unidade básica de medições de níveis de sinais de áudio. Alexander Graham Bel descobriu que o ouvido humano reage aos estímulos so- noros logaritmicamente. Por isso, ao criar a escala em decibéis, ele a apresentou em forma logarítmica. Isso significa que, se a potência de um som for dobrada, o número de decibéis não dobrará. Haverá apenas um acréscimo de 3dB. Exemplo: qual é a diferença de intensidade de um som de 1000Hz a 200watts e outro também de 1000Hz a 100watts? Intensidade = 10log P1/P2 I = 10log 200/100 I = 10log2 I = 3dB Ya ra S an ch ez 54 INSTALAÇÃO DE SOM O decibel é a razão da diferença entre dois níveis de potência distintos. Por esse motivo, é usado para comparar diferenças de potência elétrica, tensão elétrica, pressão sonora etc. Para dar a sensação de dobrar a intensidade do som é neces- sário um aumento de 10dB. A faixa limiar da audição é 0dB – abaixo disso, não conseguimos ouvir. Por outro lado, nosso ouvido não suporta sons acima de 120dB, que podem causar danos à audição. 1 ciclo A1 A2 A Gráfico 9 – Aumento de amplitude. Fonte 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 130 120 110 100 140 dB limiar da dor turbina de avião a jato show de grupo pop tráfego de rua nível de conversação biblioteca silêncio no campo limiar de audição Figura 59 – Escala de pressão sonora. Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 55 Legislação A legislação brasileira, por meio da Resolução nº 35, de 21 de maio de 1998, es- tabelece limites de pressão sonora para veículos automotores, como relacionado a seguir: Resolução Nº 35 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) “O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o art.12, inciso l, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve”: Art. 1º Todos os veículos automotores, nacionais ou importados, produzidos a partir de 01/01/1999, deverão obedecer, nas vias urbanas, ao nível máximo permissível de pressão sonora emitida por buzina ou equipamento similar, de 104 decibéis – dB(A). Art. 2º Todos os veículos automotores, nacionais ou importados, produzidos a partir de 1º de janeiro de 2002, deverão obedecer o nível mínimo permissível de pressão sonora emitida por buzina ou equipamento similar, de 93 decibéis – dB(A). Alto-falante eletromecânico O alto-falante eletromecânico é um dispositivo que transforma energia elétrica em vibrações sonoras. Figura 60 – Alto-falante. Ge rs on F er re ira d e So uz a 56 INSTALAÇÃO DE SOM Funcionamento Quando uma corrente elétrica variável passa através da bobina do alto-falante, ela produz um campo magnético perpendicular ao campo magnético permanente do ímã do alto-falante. Ocorre então, uma interação entre os dois campos ele- tromagnéticos, o que provoca um movimento do cone para cima ou para baixo, conforme a direção do fluxo da corrente na bobina. corrente elétrica alternadamovimento campo magnético Figura 61 – Funcionamento de um alto-falante. Quando o semiciclo de uma corrente elétrica aplicada à bobina de um alto-fa- lante for positivo, o cone vai se movimentar para cima; quando for negativo, vai se movimentar para baixo. Movimentando-se para cima e para baixo, sucessivamente, o alto-falante movi- mentará o arà sua volta, provocando vibrações com zonas de compressão e de rarefação de ar, as quais terão o mesmo formato e amplitude do sinal elétrico de entrada. Essas variações de pressão chegam aos tímpanos dos ouvidos, causando a sensação de audição. Tipos de alto-falante Existem diversos tipos de alto-falante: • subwoofer; • woofer; Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 57 • mid-bass; • mid-range; • tweeter; • coaxial; • triaxial; • driver. Subwoofer O subwoofer é utilizado para reprodução de frequências baixas (contrabaixo, bumbo de bateria), de 20 Hz a 120 Hz. Seu tamanho varia entre 8 e 18 polegadas. Figura 62 – Subwoofer. Woofer O woofer é um alto-falante projetado para reproduzir frequências graves e mé- dio-graves (bumbo, tambor, parte do piano). A faixa de frequência é de 50 Hz a 1.000 Hz. Seu tamanho varia de 6 a 15 polegadas. Figura 63 – Woofer. Ge rs on F er re ira d e So uz a Ge rs on F er re ira d e So uz a 58 INSTALAÇÃO DE SOM Mid-bass Reproduz as frequências médio-graves (contrabaixo e voz). Seu tamanho varia de 6 a 8 polegadas. Figura 64 – Mid-bass. Mid-range Reproduz as frequências médias, ou seja, 90% dos sons audíveis (voz e maioria dos instrumentos). Faixa de frequência de 200 Hz a 3,5 kHz. Seu tamanho varia de 4 a 6 polegadas. Figura 65 – Mid-range. Tweeter O tweeter é um alto-falante para sons agudos (metais, pratos de bateria). Faixa de frequência de 3 kHz a 20 kHz. Seu tamanho varia de 0,5 a 2 polegadas. Geralmente, é instalado junto do painel ou nas portas dianteiras, pois emite um som direcional. Figura 66 – Tweeter. Ge rs on F er re ira d e So uz a Ge rs on F er re ira d e So uz a Ge rs on F er re ira d e So uz a INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 59 Coaxial Alto-falantes que possuem um tweeter e um cone para reproduzir frequências médio-graves, ou mid-bass. Seu tamanho varia de 4 a 8 polegadas. Figura 67 – Coaxial. Triaxial Alto-falantes que possuem woofer, um mid-range e um tweeter na mesma carcaça. Reproduz frequências de 50 Hz a 20 kHz. Seu tamanho é de 6” e de 6 x 9”. Figura 68 – Triaxial. Driver Indicado para aplicação de médias frequências (500 Hz a 7 kHz) em sistemas de “som para fora” em veículos. Figura 69 – Driver. Ge rs on F er re ira d e So uz a Ge rs on F er re ira d e So uz a Ge rs on F er re ira d e So uz a 60 INSTALAÇÃO DE SOM Componentes do alto-falante O alto-falante é composto, basicamente, de: sistema motor, cone, aranha, domo e suspensão. Sistema motor O sistema motor é constituído pelo conjunto magnético e a bobina móvel. O conjunto magnético é composto de ímã e peças polares denominadas chapa polar, chapa traseira e polo. A função das peças polares é conduzir o fluxo mag- nético gerado pelo ímã, concentrando-o em uma ranhura circular denominada entreferro, onde a bobina móvel irá trabalhar. Geralmente, é utilizado um ímã cerâmico de ferrite de bário ou estrôncio, em forma de anel. As peças polares são confeccionadas em ferro doce e devem ser justapostas ao ímã. domo cone anel de suspensão chassis placa frontal entreferro aranha orifício de ventilação placa traseira ímã peças polares bobina movél Figura 70 – Componentes do alto-falante. Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 61 A bobina móvel é constituída por várias espiras de fio de cobre ou alumínio esmal- tado enrolado em uma ou mais camadas sobre uma forma de papel, alumínio ou outro material rígido, leve e pouco espesso. Esse material será posteriormente colado ao pescoço do cone, de modo a transmitir a ele as vibrações executadas pela bobina. fôrma enrolamento Figura 71 – Bobina móvel. Cone O cone é uma peça de formato cônico dotada de um orifício central onde é colada a bobina móvel. O formato cônico tem a finalidade de conferir maior rigidez ao conjunto. O cone pode ser fabricado com vários materiais, visando a maximizar sua ri- gidez e amortecimento. Os materiais que reúnem essas duas características em alto grau são os plásticos. Entre eles, o mais promissor é o polipropileno, que é mais rígido, apresenta melhor amortecimento e reprodução sonora muito mais precisa, permitirndo recriar o som original com muito mais fidelidade. Figura 72 – Cone. Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x 62 INSTALAÇÃO DE SOM Aranha A função principal da “aranha”, ou suspensão interna, é centralizar e sustentar o conjunto formado pelo cone e a bobina móvel. Confeccionada em tecido de algodão ou linho, a aranha é embebida em uma resina sintética. Domo O domo serve para proteger o espaço entre a bobina e a peça polar, exposta a partículas estranhas que poderiam ali se alojar, criando graves inconvenientes. Figura 73 – Domo. Suspensão Além da aranha, que sustenta e centraliza o cone, existe a suspensão externa, que prende a borda do cone à carcaça do alto-falante. O anel da suspensão, geral- mente feito de borracha, espuma ou linho tratado, desempenha várias funções: • ajuda a manter o cone centrado e fornece parte da energia responsável pelo retorno do cone à posição de retorno; • amortece deformações que ocorrem no centro do cone, em direção à borda. Parâmetros do alto-falante Um alto-falante deve obedecer a alguns parâmetros: • resistência (R); • impedância nominal (Z); • potência; • resposta de frequência; • polaridade. Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 63 Resistência (R) A resistência ôhmica do alto-falante é a resistência que a sua bobina móvel ofe- rece à passagem da corrente elétrica contínua. Essa resistência é determinada pelo diâmetro e pelo comprimento do fio. Tem função importante na potência que o amplificador fornece ao alto-falante, sendo tanto maior quanto menor for o valor da resistência. Assim, a potência máxima fornecida por um amplificador a um alto-falante com resistência de 2Ω é o dobro da que ele fornece a um outro com resistência de 4Ω. P = Tensão 2 Resistência A resistência ôhmica do alto-falante é medida utilizando-se um ohmímetro. Impedância nominal (Z) A impedância do alto-falante é a resistência que sua bobina apresenta à passagem da corrente alternada. O valor da impedância varia conforme a frequência do sinal. Um alto-falante com resistência = 3,2 Ohms apresenta uma impedância = 4 Ohms, enquanto um alto-falante com resistência = 6,5 Ohms possui uma impe- dância de 8 Ohms. Adequação de impedância Os amplificadores multiplicam sinais elétricos. Um amplificador de áudio capta um sinal sonoro bem pequeno para convertê-lo em um muito mais forte. No entanto, para o amplificador realizar o seu trabalho com eficiência, a interface dele com os alto-falantes precisa estar equilibrada, ou seja, deve haver um “ca- samento de impedância”. Vamos supor que a impedância de saída de um amplificador seja 4 Ohms. Se aumentarmos o volume do som até a sua tensão de saída máxima (8V) e um alto-falante de 4 Ohms for colocado na saída do amplificador, uma corrente de 2A passará pelo alto-falante e a potência gerada será de 16W. 64 INSTALAÇÃO DE SOM 4 Ω U = 8 V 4 Ω Figura 74 – Instalação com rádio 4Ω e alto-falante 4Ω. Se, em vez disso, colocarmos um alto-falante de 2 Ohms, com a saída constante do amplificador de 8V, a corrente passará a ser de 4A e a potência de 32W. Nesse caso, ela será o dobro da corrente máxima que o amplificador aguenta, logo, ele correrá o risco de queimar e produzirá muita distorção. 2 Ω U = 8 V 4 Ω Figura 75 – Instalação com rádio 4Ω e alto-falante 2Ω. Se colocarmos um alto-falante de 8 Ohms, a tensão continuará sendo 8V, a cor- rente cairá para 1A e a potência para 8W. Nesse caso, estaremos subutilizando o amplificador, pois ele nunca atingirá a corrente e a potência máxima. Portanto, é muito importante o casamento das impedâncias do alto-falante e do amplificador. Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x INSTALADORDE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 65 8 Ω U = 8 V 4 Ω Figura 76 – Instalação com rádio 4Ω e alto-falante 8Ω. Para que um amplificador forneça sua potência máxima com o mínimo de dis- torção, sem superaquecer, é necessário respeitar o limite mínimo de impedância para os canais de saída desse amplificador. Associação de alto-falantes Quando dois alto-falantes são ligados em um mesmo canal deve-se fazer uma asso- ciação entre eles para que a impedância total seja compatível com a do amplificador. Essa associação pode ser em série ou em paralelo, como relacionado a seguir: • associação em série; • associação em paralelo. Associação em série O objetivo de ligar alto-falantes em série é aumentar o valor da impedância. Quanto mais alto-falantes estiverem ligados em série, maior será a impedância. Ed ne i M ar x 66 INSTALAÇÃO DE SOM 8 Ω 8 Ω + + Rt = R1 + R2 => Rt = 8 + 8 = 16Ω Figura 77 – Associação em série. Associação em paralelo O objetivo de ligar alto-falantes em paralelo é diminuir o valor da impedância. Quanto mais alto-falantes estiverem ligados em paralelo menor será a impedância. 8 Ω 8 Ω + + Figura 78 – Associação em paralelo. Ed ne i M ar x Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 67 Potência A potência de um alto-falante significa a potência elétrica que ele suporta, ou seja, indica a quantidade máxima de energia que pode ser dissipada pela sua bobina. Ela pode ser de dois tipos: • potência nominal (RMS); • potência PMPO. R M S IM P P M P O t (s) P ( W ) Gráfico 10 – Escalas de potência elétrica de equipamentos. Potência nominal (RMS) Potência nominal (RMS) é a potência máxima aplicável ao alto-falante, em Watts (RMS). RMS é a raiz quadrada da média dos quadrados, conhecida em eletrônica por valor eficaz. O valor eficaz (RMS) de uma corrente alternada é aquele capaz de produzir o mesmo efeito Joule que uma corrente contínua, ou seja, gerar a mesma quantidade de calor em um resistor de igual valor, no mesmo intervalo de tempo. Potência PMPO Potência PMPO (Power Music Peak Output), é a potência musical de pico. Ou seja, a potência que o alto-falante suporta nos picos de potência que o amplifica- Ed ne i M ar x 68 INSTALAÇÃO DE SOM dor fornece com programa musical, medida em curto intervalo de tempo. Essa potência é cerca de 3,6 vezes maior que a potência RMS. Observação Respeite a potência do conjunto amplificador/alto-falante. Não utilize alto-falante de potência inferior à do amplificador. Resposta de frequência Devido, principalmente, a fatores de construção física, cada alto-falante se caracte- riza por reproduzir mais pronunciadamente uma determinada faixa de frequência. A resposta de frequência é normalmente apresentada em forma de gráfico que aponta, nitidamente, a região de operação ideal. S PL (d B ) 100 1.000 10.000 100 90 80 70 60 50 frequência (Hz) Gráfico 11 – Resposta de frequência. Portanto, para cada aplicação devemos escolher o alto-falante e a caixa acústica, com sua respectiva faixa de frequência. Por exemplo, para um sistema para con- trabaixo que reproduza bem os tons graves devemos escolher um que tenha a resposta de frequência entre 20 e 1.000 Hz. Para um sistema para voz, devemos escolher um com resposta de frequência de 300 a 2.000 Hz (tons médios). Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 69 Polaridade Assim como outros componentes elétricos, os alto-falantes são polarizados. Por convenção, diz-se que eles recebem a mesma polaridade de uma pilha. Quando o positivo e o negativo são ligados corretamente o cone se desloca para frente. Se essas polaridades forem invertidas o cone se desloca para trás. Alto-falantes ligados em conjunto deverão estar fasados (positivo com positivo e negativo com negativo), de forma que os cones se movimentem no mesmo sentido, quando submetidos a um mesmo sinal. A ligação correta é muito importante, pois a inversão de polaridade de um alto-falante provoca o cancelamento da fase, reduz o rendimento, ocasiona possíveis distorções e prejudica a reprodução dos tons graves. Antenas As antenas recebem as ondas eletromagnéticas emitidas pelas emissoras de rádio e as transformam em sinais elétricos que são enviados ao aparelho de rádio. As duas faixas de onda mais usadas são AM (Amplitude Modulada) e FM (Fre- quência Modulada). As faixas AM são transmitidas entre 600 kHz e 1.700 kHz, têm baixa fidelidade, porém conseguem grande alcance com baixa potência de transmissão, princi- palmente à noite. O sinal de AM transmitido é refletido no solo e recebido pela ionosfera. Por isso, é conhecido também como onda terrestre. As faixas de FM ficam entre 88 MHz e 108 MHz e têm ótima fidelidade. Porém, devido à alta fre- quência, sofrem maior atenuação que uma onda de menor frequência e por isso necessitam de torres de transmissão em locais mais altos, e de maior potência de transmissão. 70 INSTALAÇÃO DE SOM Tipos de antena Antenas passivas Antenas passivas são aquelas que recebem os sinais transmitidos e os enviam ao rádio, sem qualquer alteração na amplitude ou ruído. A qualidade da sintonia da estação de rádio depende do sinal recebido. Existem vários modelos de antena passiva. As mais comuns e eficazes são as do tipo telescópicas, instaladas no para-lama e no teto dos veículos. Outro modelo é a antena com acionamento automático (elétrica): ao ligar o rádio, sua haste se estende automaticamente. Figura 79 – Antena de teto. Antenas eletrônicas amplificadas ou ativas Antenas eletrônicas amplificadas ou ativas são aquelas nas quais uma haste de antena passiva capta os sinais de AM ou FM de baixa ou alta intensidade e os envia a um circuito eletrônico acoplado que modifica e filtra o sinal para manter sempre o mesmo nível de amplitude para o rádio. Embora este tipo de antena trabalhe com um amplificador eletrônico acoplado, não significa que seja o melhor. Na realidade, o amplificador existe para suprir deficiências de instalação. Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 71 Figura 80 – Antena eletrônica amplificada. O padrão de antena continua sendo a antena passiva do tipo telescópica, com 1 metro de haste. Ela deve ser instalada, se possível, no teto do veículo, onde seria possível obter a melhor recepção de sinal. As antenas eletrônicas foram criadas como forma de oferecer outras opções e vantagens, como evitar furação na lataria e interferência no design do veículo. Outras vantagens das antenas eletrônicas: • grande durabilidade; • dispensam manutenção; • não ficam expostas, sujeitas a vandalismo; • design moderno; • fácil instalação. Por esses motivos, as antenas eletrônicas vêm se tornando cada vez mais popula- res, sendo oferecidas como equipamentos originais de fábrica em vários veículos. Equipamentos de som O sistema de som automotivo pode ser composto de vários equipamentos de som. A personalização depende do perfil do proprietário e do que pretende investir. Existem várias configurações possíveis de serem instaladas, dependendo da po- tência elétrica requerida, do tipo de frequência de reprodução etc. Podem-se também estabelecer os tipos de equipamentos de acordo com a qua- lidade de som que se quer obter. Para isso existem modelos diferentes de am- plificadores que podem reproduzir a frequência adequada para cada tipo de Ed ne i M ar x 72 INSTALAÇÃO DE SOM alto-falante. O subwoofer, por exemplo, é um alto-falante que requer um tipo específico de amplificador que reproduza somente as frequências baixas e forneça altas potências. Existem também reprodutores de DVDs para painel de instrumentos e para serem instalados na parte traseira do veículo (encosto de cabeça ou no teto). Tipos de equipamento Existe uma boa variedade de equipamentos para uso em veículos: • CD player; • DVD player; • amplificador; • crossover. CD player Instalado no painel doveículo, o CD player tem várias funções: • captar as frequências de rádio e transmiti-las para o ouvinte; • reproduzir mídias gravadas em Compact Disc; • ser a fonte geradora de sinais sonoros no veículo. Tem saída de baixa impe- dância amplificada que pode ser ligada aos alto-falantes ou a amplificadores do tipo booster; • possuir saídas de alta impedância (RCA) que são utilizadas junto com am- plificadores de fonte chaveada. Essas saídas, que não são amplificadas, geram um sinal sem ruído e com baixa distorção; • dispor de uma entrada USB, o que permite reproduzir músicas armazenadas em pen drives; • ser conectada a celulares e computadores (a maioria dos CD Players tem tecno- logia bluetooth). 9:12 Figura 81 – CD player. Ed ne i M ar x INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 73 DVD player O DVD player vem sendo muito utilizado em substituição ao CD player. Sua instalação é semelhante, porém, ele tem saídas para ligação de outros monitores que podem ser instalados na parte traseira do veículo (teto ou encosto de cabeça). Vale lembrar que a legislação brasileira de trânsito proíbe assistir a vídeos no painel de instrumentos quando o veículo estiver em percurso. Por isso, o equi- pamento vem com um fio que deve ser ligado ao sinal do interruptor de freio de estacionamento, de modo que só seja possível assistir a um vídeo quando esse freio estiver acionado. Figura 82 – DVD player e tela LCD. Amplificador O amplificador de áudio tem a função de amplificar um sinal recebido de sin- tonizadores, toca-fitas, CD players etc., e enviar este sinal amplificado para os alto-falantes. O amplificador não pode alterar a forma de onda original e deve operar sem reproduzir distorções audíveis. Esse acessório gera potência cuja medida é o watt, uma unidade de energia. Ele é sempre formado por duas partes distintas: o pré-amplificador e o amplificador de potência. Ed ne i M ar x 74 INSTALAÇÃO DE SOM Tipos de amplificadores Amplificadores tipo booster Amplificadores tipo booster são aqueles que utilizam transformador para am- plificar as saídas de potência dos CD players. Atuam com baixa sensibilidade de sinal de entrada e linearidade de resposta, em frequência limitada a 40Hz. Este modelo de amplificador apresenta baixa resposta na região dos graves e um maior reforço nos médios agudos. Os boosters têm uma limitação de potência em torno de 100 watts RMS por canal, a 14,4Volts, a 4Ω. Apenas os boosters que operam em 2Ω ou 1Ω é que conseguem liberar mais que 100 watts RMS por canal. Com esse tipo de equipamento, para ter uma distorção aceitável, a potência RMS deve ser em torno de 35 a 50 WRMS por canal, a uma tensão de 14,5V a 4Ω. Poucos modelos de amplificadores do tipo booster conseguem uma resposta plana, pois esses equipamentos têm certa tendência a esforçar as frequências médias e altas. Para que eles consigam amplificar um sinal, precisam recebê-lo através das saídas amplificadas do rádio (saídas de baixa impedância). Portanto, é possível afirmar que os boosters fazem uma reamplificação do sinal. No entanto, os circuitos que constituem o amplificador interno dos rádios são relativamente simples e, por isso, apresentam respostas de frequência limitada e distorção maior que as saídas de RCA. Quando o booster recebe esse sinal amplificado, ele recebe também a limitação na resposta de frequência e a distorção da saída do rádio, portanto, acaba am- plificando tudo junto. Esses amplificadores não permitem ligação em bridge. Para solucionar esse pro- blema, os fabricantes produzem boosters específicos para subwoofer. Eles têm um divisor de frequência interno para corte de frequência em 120 ou 150 Hz a 12 dB/8ª. INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 75 Speakers L+ L- R+ R- High Power Power Fuse GND RMT +12 entrada de sinal baixa impedância saídas para auto-falantes alimentação fusível Figura 83 – Amplificador tipo booster. Amplificadores de fonte chaveada (Mosfet) O circuito de amplificação de um amplificador de fonte chaveada dispõe de tecno- logia avançada de transistores Mosfet na fonte de alimentação e estágio de saída. As características dos amplificadores de fonte chaveada são: • a fonte chaveada permite que o circuito eletrônico do amplificador possa ma- nejar elevadas potências por meio do uso de conversores, os quais permitem que um transformador toroidal eleve a tensão de entrada. Um amplificador de fonte chaveada que é alimentado com 14,5 Volts pode trabalhar com uma tensão muito maior e produzir elevada potência; • devido ao elevado grau de sofisticação do circuito, os amplificadores de fonte chaveada têm baixíssimo índice de distorção harmônica THD (máximo de 1%). Essa baixa distorção é possível porque os amplificadores Mosfet recebem o sinal de áudio proveniente das saídas RCA do rádio. A saída RCA é também chamada saída de alta impedância. Ela apresenta um sinal com excelente res- posta de frequência e baixo nível de distorção, pois foi retirado diretamente da placa do aparelho antes de passar por qualquer tipo de amplificação; • amplificadores de fonte chaveada apresentam o que se denomina ganho. Ganho é um botão que é regulado pelo instalador. Sua função é ajustar a sensibilidade de entrada de alta impedância para obter um perfeito equilíbrio entre a amplitude do sinal que a entrada do amplificador deve receber e a amplitude do sinal que é liberado pela saída RCA do aparelho que o antecede; • o nível de ganho de um amplificador, quando bem ajustado, evita que ocorra saturação na entrada do aparelho, o que se traduz em melhor relação entre sinal e ruído; Ya ra S an ch ez 76 INSTALAÇÃO DE SOM • a resposta de frequência é plana; • possuem divisor de frequência interno, com regulagem a critério do usuário. Speakers L+ L- R+ R- Power GND RMT +12 Speakers L+ L- R+ R- Imput saídas para auto-falantes traseiros entrada de sinal alta impedância (RCA) alimentação ajuste de ganho Figura 84 – Amplificador tipo fonte chaveada (Mosfet). Crossover São equipamentos utilizados para controle de corte de frequência dos alto-falantes. Tipos de Crossover Os crossovers são divididos em dois tipos: passivo e ativo. Crossover passivo São equipamentos de corte de frequência fixo, ou seja, o valor de frequência não é ajustável. Figura 85 – Crossover passivo. Ya ra S an ch ez Ge rs on F er re ira d e So uz a INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 77 Crossover ativo São equipamentos de corte de frequência ajustáveis, ou seja, o valor de frequência pode ser ajustado conforme necessidade. Este dispositivo permite o ajuste de cada canal individualmente. Figura 86 – Crossover ativo. Cabos de alimentação Os cabos de alimentação são elementos de cobre que permitem a condução de corrente elétrica para a alimentação dos rádios e amplificadores. Para que haja um perfeito isolamento eles são revestidos de uma capa de plástico especial que também serve como proteção contra o superaquecimento. Especificação de cabos de alimentação Os cabos utilizados tanto para alimentação do rádio como do amplificador de- vem ser cuidadosamente dimensionados. A corrente elétrica e o comprimento são parâmetros que estabelecem a seção (área) do cabo a ser utilizada. A tabela 1 apresenta a seção de cabos de alimentação para fios de cobre flexíveis, os mais utlizados para instalação de acessórios: Ge rs on F er re ira d e So uz a 78 INSTALAÇÃO DE SOM Tabela 1 – Seção de cabos de alimentação Seção de cabos em mm² Cabo 0 – 1m Cabo 1 – 2m Cabo 2 – 3m Cabo 3 – 4m Cabo 4 – 5m Cabo 5 – 6m Cabo 6 – 7m Cabo 7 – 8m 0 – 20 Amp. 1,5 2,5 2,5 4 4 6 6 6 20 – 35 Amp. 2,5 4 6 6 10 10 10 16 35 – 50 Amp. 4 6 6 10 10 16 16 25 50 – 65 Amp. 6 6 10 16 16 16 16 25 65 – 85 Amp. 10 10 16 16 25 25 25 -- 85 – 105 Amp. 10 10 16 25 25 25 25 -- Exemplo de instalação formado pelos componentes: • um CD player com dois canais de saída
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