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Instalador de Som e Acessórios Eletroeletrônicos Automotivos

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AUTOMOTIVA
Instalador de 
som e acessórios 
eletroeletrônicos 
automotivos
Instalador de som
 e acessórios eletroeletrônicos autom
otivos
9 788583 930426
ISBN 978-85-8393-042-6
Esta publicação integra uma série da 
SENAI-SP Editora especialmente criada 
para apoiar os cursos do SENAI-SP. 
O mercado de trabalho em permanente 
mudança exige que o profissional se 
atualize continuamente ou, em muitos 
casos, busque qualificações. É para esse 
profissional, sintonizado com a evolução 
tecnológica e com as inovações nos 
processos produtivos, que o SENAI-SP 
oferece muitas opções em cursos, em 
diferentes níveis, nas diversas 
áreas tecnológicas.
Instalador de 
som e acessórios 
eletroeletrônicos 
automotivos
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
SENAI. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
 Instalador de som e acessórios eletroeletrônicos automotivos / SENAI. 
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. – São Paulo : SENAI-SP Editora, 
2019.
 136 p. : il. 
 Inclui referências
 ISBN 978-85-8393-042-6
 
 1. Dispositivo de acionamento elétrico 2. Instalação de alarme automotivo 
3. Instalação de som 4. Sistemas automotivos I. Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial II. Título.
 CDD 629.272
Índice para o catálogo sistemático:
1. Dispositivos Automotivos 629.272
2. Sistemas Automotivos 629.272
SENAI-SP Editora
Avenida Paulista, 1313, 4o andar, 01311 923, São Paulo – SP
F. 11 3146.7308 | editora@sesisenaisp.org.br | www.senaispeditora.com.br
AUTOMOTIVA
Instalador de 
som e acessórios 
eletroeletrônicos 
automotivos
Departamento Regional 
de São Paulo
Presidente 
Paulo Skaf
Diretor Regional 
Ricardo Figueiredo Terra
Diretor Superintendente Corporativo 
Igor Barenboim
Gerência de Assistência 
à Empresa e à Comunidade 
Celso Taborda Kopp
Gerência de Inovação e de Tecnologia 
Osvaldo Lahoz Maia
Gerência de Educação 
Clecios Vinícius Batista e Silva
Material didático utilizado nos cursos do SENAI-SP.
Elaboração 
Antonio Cirilo de Souza
Organização e adaptação 
Antonio Cirilo de Souza
Revisão técnica 
Gerson Felix Fioga Junior
Apresentação
Com a permanente transformação dos processos produtivos e das formas de 
organização do trabalho, as demandas por educação profissional se multiplicam 
e, sobretudo, se diversificam.
O SENAI-SP oferece várias opções em cursos de formação inicial e continuada, 
destinados a jovens e adultos. São cursos de iniciação profissional, qualificação 
básica, especialização e aperfeiçoamento.
As modalidades de especialização e aperfeiçoamento atendem às demandas de 
capacitação de trabalhadores já atuantes nas empresas. Os cursos de iniciação 
profissional e qualificação básica atendem às necessidades sociais de capacitação 
para inserção ou reinserção de trabalhadores no mercado de trabalho.
Com satisfação, apresentamos ao leitor esta publicação, que integra uma série 
da SENAI-SP Editora especialmente criada para apoiar os alunos de cursos de 
formação inicial e continuada.
Sumário
1. Instalação de som 9
Organização e segurança do local de trabalho 10
Ferramentas para instalação de som automotivo 31
Som 44
Alto-falante eletromecânico 55
Antenas 69
Equipamentos de som 71
Cabos de alimentação 77
Caixas acústicas 79
Divisor de frequência 83
Instalação de equipamentos de som automotivos 89
Dicas para uma boa instalação 92
2. Instalação de alarmes e dispositivos de acionamento elétrico 94
Sistema de alarme automotivo 95
Sistema de acionamento de vidros elétricos 110
Sistema de acionamento de travas elétricas 119
Faróis de neblina 129
Referências 134
1. Instalação de som
Organização e segurança do local de trabalho 
Ferramentas para instalação de som automotivo 
Som 
Alto-falante eletromecânico 
Antenas 
Equipamentos de som 
Cabos de alimentação 
Caixas acústicas 
Divisor de frequência 
Instalação de equipamentos de som automotivos 
Dicas para uma boa instalação
O objetivo da unidade curricular “Instalação de som” é fazer com que o aluno 
desenvolva a capacidade de conhecer e aplicar processos de instalação e ajustes 
de som automotivo. Para isso, é importante que ele conheça física aplicada à 
propagação de som, de modo a entender frequências sonoras e como o ouvido 
humano as interpreta. Serão descritos, também, os componentes de som auto-
motivo, bem como suas características e instalações.
A abordagem dos sistemas mecânicos é feita com uma base teórico-prática. O de-
senvolvimento dos estudos deve ocorrer em duas fases: aulas teóricas e práticas. 
10 INSTALAÇÃO DE SOM
A divisão do módulo em duas fases é apenas um recurso de organização. As au-
las de teoria e de prática devem ocorrer simultaneamente e a carga horária deve 
variar de acordo com as necessidades didático-pedagógicas.
As aulas teóricas visam a desenvolver o domínio de conteúdos básicos e de 
tecnologia imediata necessária à realização dos ensaios. As aulas práticas ca-
racterizam-se por atividades realizadas direta e exclusivamente pelos alunos. 
Serão desenvolvidas as capacidades sociais, organizativas e metodológicas, como 
relacionado a seguir:
• trabalhar em equipe;
• prever consequências;
• ter raciocínio lógico;
• ter atenção a detalhes;
• ser organizado.
A relação a seguir aborda a parte teórica do módulo:
• aplicação de procedimentos e normas técnicas referentes à remoção, substituição, 
testes e instalação;
• seleção de ferramentas e equipamentos conforme procedimentos de remoção, 
reparação, substituição, testes e instalação;
• identificação de possíveis falhas no funcionamento de cada componente do 
sistema de som automotivo;
• realização de diagnósticos para resolução de defeitos no sistema de som 
automotivo;
• instalação de componentes do sistema de som automotivo;
• reconhecimento dos diferentes tipos de componentes;
• ajuste do som automotivo;
• realização do trabalho com segurança.
Organização e segurança do local de trabalho
Toda empresa deve ter um plano de prevenção de acidentes. As medidas preven-
tivas devem incluir, por exemplo, a proteção dos funcionários contra riscos de 
diversos tipos, por meio de uso de equipamentos de proteção específicos.
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 11
Equipes internas de segurança
Toda empresa deve ter equipes internas dedicadas à segurança e prevenção de 
acidentes, como relacionado a seguir:
• Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA);
• Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
A equipe da CIPA é formada por um ou mais representantes escolhidos pela 
empresa e outros, em igual número, selecionados pelos funcionários. O número 
de membros que formarão a equipe é determinado de acordo com o número de 
funcionários.
A CIPA tem como objetivo implantar ações de prevenção de acidentes no local de 
trabalho. Cabe a ela identificar os riscos de acidentes, elaborar mapas de risco e 
rota de fuga em caso de incêndio, além treinar os funcionários, prestar primeiros 
socorros às vítimas e acionar o Corpo de Bombeiros caso necessário.
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
O PPRA tem como objetivo identificar e controlar os prováveis riscos ambientais 
nos locais de trabalho sejam eles agentes físicos (ruídos, temperatura etc.), quími-
cos (produtos perigosos) ou biológicos (micro-organismos) que possam apresentar 
riscos tanto ao trabalhador como às pessoas que vivem no entorno da empresa.
Tipos de riscos de acidente no ambiente de trabalho
Os riscos no ambiente de trabalho podem ser classificados em cinco tipos, de 
acordo com a Portaria n° 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil, de 1978. 
Essa Portaria contém uma série de normas regulamentadoras que consolidam 
a legislação trabalhista, relativas à segurança e medicina do trabalho. Os riscos 
e seus agentes são:
• riscos mecânicos;
• riscos ergonômicos;
12 INSTALAÇÃODE SOM
• riscos físicos;
• riscos químicos;
• riscos biológicos.
Riscos mecânicos 
Os riscos mecânicos são aqueles que colocam o trabalhador em situação vulnerá-
vel e podem afetar sua integridade e seu bem-estar físico e psíquico. São exemplos 
de possível risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, arranjo 
físico inadequado etc.
Observação
A utilização de anéis, relógios, colares, correntes, brincos, gravatas, pier-
cings e outros objetos de adorno e de uso pessoal, assim como o uso de 
blusa de manga até o punho durante o trabalho com máquinas, pode 
representar situação de risco durante a realização de algumas atividades.
Riscos ergonômicos 
São classificados como agentes de riscos ergonômicos fatores que podem interfe-
rir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou 
afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: levantamento de peso, 
ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade (execução de movimentos 
repetidos), postura inadequada de trabalho etc. 
Riscos físicos 
Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam 
estar expostos os trabalhadores, como: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações 
ionizantes e não ionizantes, vibração etc. 
Riscos químicos 
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos 
que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, na forma 
de poeiras, fumos, gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que, pela natureza da 
atividade, possam ser absorvidos através da pele ou ingeridos. 
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 13
Riscos biológicos 
São agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos, parasitas, entre outros.
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
EPI é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado 
à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Ele também 
deve ser considerado uma ferramenta de trabalho que tem como função proteger a saúde 
do trabalhador e minimizar os riscos de ocorrência de acidentes de trabalho.
O uso do EPI evita lesões ou minimiza sua gravidade em casos de acidente ou 
exposição a riscos. Também protege o corpo contra os efeitos de substâncias 
tóxicas, alérgicas ou agressivas, que causam doenças ocupacionais. 
O seu uso é uma exigência da legislação trabalhista brasileira, através das Normas 
Regulamentadoras. O não cumprimento poderá acarretar ações de responsabilidade 
cível e penal, além de multas aos infratores. A obrigatoriedade está definida na Lei 
n° 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que altera o Capítulo V do Título II da CLT, 
estabelecendo uma série de disposições quanto à segurança e medicina do trabalho.
Cabe aos responsáveis pela empresa tornar obrigatória a utilização dos EPIs 
quando forem necessários para execução das tarefas. Além disso, a empresa deve 
possuir indicação formal como, por exemplo: placas orientativas, instruções de 
segurança do trabalho, relatórios e solicitações verbais de pessoal competente. 
Figura 1 – Recebimento de EPI.
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14 INSTALAÇÃO DE SOM
Entretanto, os EPIs não devem ser usados na ausência de obrigatoriedade de 
utilização, pois podem ser o fator gerador de acidentes com lesões graves. 
Não são permitidas quaisquer modificações nos EPIs, ou o uso de aparelhos que 
prejudiquem sua eficácia. Exemplo: walkman, óculos de sol. 
Quando usar o EPI
O EPI deve ser fornecido pela empresa aos empregados, de forma gratuita, e em 
perfeito estado de conservação e funcionamento, nas circunstâncias relacionadas 
a seguir:
• sempre que medidas de proteção coletiva não ofereçam completa proteção con-
tra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
• enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
• para atender a situações de emergência. 
Observação
É recomendado que o fornecimento de EPI, bem como os treinamen-
tos ministrados, sejam registrados em documentação apropriada para 
eventuais esclarecimentos em causas trabalhistas. 
Obrigações do empregador
As obrigações do empregador são:
• adquirir o EPI adequado ao risco da atividade; 
• exigir seu uso; 
• fornecer somente o EPI aprovado pelo órgão nacional competente; 
• orientar e treinar o trabalhador quanto ao uso, guarda, conservação, higie-
nização e troca do EPI; 
• substituir imediatamente o EPI quando extraviado ou danificado; 
• responsabilizar-se por sua manutenção e higienização; 
• comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) qualquer irregula-
ridade observada. 
O empregador poderá responder na área criminal ou cível, além de ser multado pelo 
Ministério do Trabalho, se não cumprir essas exigências.
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 15
Obrigações do empregado
As obrigações do empregado são:
• utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina, durante a jornada de 
trabalho, de acordo com as atividades desenvolvidas, bem como os fatores 
de risco existentes;
• responsabilizar-se por sua guarda e conservação; 
• comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para uso; 
• cumprir as determinações do empregador sobre seu uso adequado; 
O funcionário está sujeito a sanções trabalhistas, podendo até ser demitido por 
justa causa, se não seguir essas orientações.
Certificado de Aprovação de Equipamentos de Proteção Individual
Todo EPI deve ter o Certificado de Aprovação de Equipamentos de Proteção Individual 
expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 
O Certificado de Aprovação (CA) é expedido pelo Fundacentro (órgão nacio-
nal competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do 
Trabalho e Emprego). O equipamento de proteção individual, de fabricação 
nacional ou importada, deve ter eficiência quando em uso e no desenvolvimento 
de determinada atividade e/ou aplicação. 
O EPI deve ser testado e aprovado pela autoridade competente para comprovar 
sua eficiência. 
O fornecimento e a comercialização de EPI sem o CA é considerado crime e tanto 
o comerciante quanto o empregador ficam sujeitos às penalidades previstas em lei. 
Os critérios para aquisição de EPI são: 
• venda e uso só com Certificado de Aprovação (CA); 
• recomendação do EPI adequado pela CIPA; 
• quando não houver órgãos especializados, o EPI deve ser recomendado por 
profissional tecnicamente habilitado;
• apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa 
fabricante, o lote de fabricação e o número do CA; 
• laudo de ensaio em laboratório credenciado no MTE ou no Inmetro. 
16 INSTALAÇÃO DE SOM
Proteção das vias de exposição
Para proteger a saúde do trabalhador é necessário minimizar os efeitos dos riscos 
de acidentes por meio da proteção das áreas de contato, também chamadas vias 
de exposição. A proteção das vias de exposição, indicadas abaixo, pode ser obtida 
pelo uso correto do EPI.
dérmica - pele ocular - olhosinalatória - nariz oral - bocadérmica - pele ocular - olhosinalatória - nariz oral - boca
dérmica - pele ocular - olhosinalatória - nariz oral - boca
Figura 2 – Vias de exposição.
Principais equipamentos de proteção individual
Cada caso ou situação deve ser avaliado criteriosamente, para que o equipamento 
seja escolhido conforme as condições exigidas no local e procedimentos associa-
dos. Normas e padrões pertinentes devem sempre ser consultados. 
O EPI deve proteger adequadamente, ser resistente, prático e de fácil manutenção.
Os principais EPIs utilizados são: 
• equipamentos de proteção para os olhos;
• equipamentos de proteção para a face;
• equipamento de proteção para a cabeça; 
• equipamentos de proteção para o ouvido;
• equipamentos de proteção respiratória;
• equipamentos de proteção do tronco e braços;
• equipamentos de proteção dos membros inferiores;
• equipamentos de proteção para o corpo.
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS17
Equipamentos de proteção para os olhos
Figura 3 – Óculos de segurança.
Os óculos de segurança protegem os olhos contra impactos de partículas volan-
tes, luz intensa, radiação e respingos de produtos químicos. Também os mantêm 
protegidos da exposição a poeiras minerais, vegetais e alcalinas que possam 
causar ferimentos ou irritação. 
O equipamento deve ser utilizado permanentemente, em qualquer local onde 
exista risco de projeção de partículas volantes, como operação em máquinas 
operatrizes (torno, fresadora, serra de fita, e outras); operação de máquinas 
portáteis (furadeira, policorte, esmerilhadeira etc.) e atividades que emitem luz 
intensa e radiação. 
Os principais tipos de óculos utilizados são: 
• óculos flexíveis, janela de ventilação aberta; 
• óculos flexíveis, ventilação protegida;
• óculos rígidos, ajuste acolchoado;
• óculos com proteções laterais tipo “persiana”;
• óculos com proteção para luz intensa;
• óculos com proteção para radiação.
Equipamentos de proteção para a face
Figura 4 – Equipamento de proteção para a face.
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18 INSTALAÇÃO DE SOM
Os equipamentos de proteção para a face protegem contra diversos agentes que 
podem representar risco, como relacionado a seguir:
• protetor facial de segurança para proteção contra impactos de partículas volantes; 
• protetor facial de segurança para proteção contra respingos de produtos químicos; 
• protetor facial de segurança para proteção contra radiação infravermelha e 
ultravioleta (máscara de solda); 
• protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.
Equipamento de proteção para a cabeça 
O uso de rede protetora é indicado nas atividades e operações onde haja risco de 
contato com partes giratórias ou móveis de máquinas e equipamentos – como nas 
operações de torno, fresadora, serra circular, motores de automóveis e máquinas 
operatrizes diversas. 
A rede protetora é igualmente necessária sempre que houver risco de imersão 
dos cabelos do funcionário em recipientes com líquidos, por exemplo, durante 
operações de limpeza que utilizam baldes com produtos químicos, e quando há 
contato com fontes de calor. 
Se o usuário tiver cabelos longos deverá utilizar a rede protetora ou outro recurso 
adequado permanentemente. É proibido usar bonés e toucas para fixação dos cabelos. 
Equipamentos de proteção para o ouvido
Os protetores de ouvido devem ser utilizados sempre que os níveis de pressão sono-
ra forem superiores ao estabelecido na NR 15, anexos I e II, devendo ser utilizados 
permanentemente, em quaisquer atividades: manutenção e conservação elétrica, 
hidráulica, predial e de limpeza, como operação de tornos, fresadoras, serras circu-
lares, serras de fita e outras máquinas operatrizes; operação de máquinas portáteis, 
furadeira, policorte, esmerilhadeiras e lixadeiras, ou ainda na utilização de apara-
dores de grama, quando a exposição ao ruído superar os 80 dB (oitenta decibéis). 
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 19
Tipos de protetores auditivos:
• protetor auditivo tipo concha: utilizado para proteção dos ouvidos nas ativi-
dades e nos locais que apresentem ruídos excessivos (utilização de martelete, 
serra circular etc.);
Figura 5 – Protetor auditivo tipo concha.
• protetor auditivo tipo plug confeccionado em silicone: utilizado para proteção dos 
ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos elevados (áreas de trân-
sito de veículos intenso, utilização de máquinas e equipamentos ruidosos etc.);
Figura 6 – Protetor auditivo tipo plug confeccionado em silicone.
• protetor auditivo tipo inserção confeccionado em espuma moldável (descar-
tável): utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que 
apresentem ruídos elevados.
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20 INSTALAÇÃO DE SOM
Figura 7 – Protetor auditivo tipo inserção confeccionado em espuma moldável.
Como utilizar o protetor de ouvido
Alguns cuidados garantem maior durabilidade ao produto, como os relacionados 
a seguir:
• não manusear o protetor com as mãos sujas; 
• utilizar o protetor durante todo o período de trabalho; 
• após o uso, guardar o protetor na embalagem; 
• lavar regularmente o protetor auditivo com água e sabão neutro; 
• para retirar o protetor do ouvido, puxá-lo pelo plugue, nunca pelo cordão.
Figura 8 – Como utilizar o protetor de ouvido.
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 21
Equipamentos de proteção respiratória 
As máscaras de proteção respiratória são utilizadas em ambientes onde existe 
muito material particulado em suspensão no ar, como por exemplo, o setor de 
funilaria e pintura automotiva.
As máscaras com filtros são equipamentos que exigem treinamento adequado 
para seu uso, assim como requerem cuidados especiais de manutenção e limpeza. 
Quando a atividade exige uso contínuo de máscaras e proteção respiratória, os 
cuidados com treinamento, higiene, manutenção do material e filtros e condição 
de saúde do trabalhador/usuário nunca devem ser negligenciados.
Tipos de máscaras de proteção
• protetor respiratório sem manutenção PFF 1 (descartável): protege contra 
poeiras e névoas (baixa concentração);
Figura 9 – Protetor respiratório sem manutenção PFF 1 (descartável).
• protetor respiratório sem manutenção PFF 1 VO (com válvula e descartável): 
protege contra poeiras e vapores orgânicos (tintas, vernizes, solventes, baixa 
concentração);
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22 INSTALAÇÃO DE SOM
Figura 10 – Protetor respiratório sem manutenção PFF 1 VO (com válvula e descartável).
• Respirador purificado de ar: protege o sistema respiratório contra partículas 
(poeiras, névoas e fumos) e gases emanados de produtos químicos. 
Figura 11 – Respirador purificado de ar.
Atenção
Para cada tipo de contaminante deve-se escolher um filtro apropriado.
Equipamentos de proteção do tronco e braços
Existem três tipos de equipamento para proteger o tronco e os braços:
• luvas de segurança;
• mangas de raspa;
• cremes protetores.
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 23
Luvas de segurança
As luvas de segurança que oferecem proteção contra riscos de origem térmica, 
mecânica, agentes perfurantes/cortantes e radiações são usadas permanentemen-
te nas atividades de prestação de serviços, ensino, manutenção e conservação em 
que exista risco de ferimentos por contato ou projeção de partículas e exposição 
a radiações, ionizantes ou não.
Existem vários modelos de luvas de segurança, cada uma com um propósito:
• luva de proteção em raspa e vaqueta: utilizada para proteção das mãos e braços 
contra agentes abrasivos escoriantes (que podem provocar corte ou arranhões);
Figura 12 – Luva de proteção em raspa e vaqueta.
• luva de proteção nitrílica: utilizada para proteção das mãos e punhos contra 
agentes químicos (solvente, tintas) e biológicos (vírus);
Figura 13 – Luva de proteção nitrílica.
• luva de proteção em PVC: utilizada para proteção das mãos e punhos contra 
recipientes contendo óleo, graxa e solvente;
Figura 14 – Luva de proteção em PVC.
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24 INSTALAÇÃO DE SOM
• luva de Kevlar: utilizada para proteção das mãos onde existe exposição a altas 
temperaturas (fornos).
Figura 15 – Luva de Kevlar.
Mangas de raspa
Mangas de raspa oferecem proteção do braço e antebraço contra riscos de origem 
térmica e mecânica e agentes perfurantes/cortantes. Devem ser utilizadas per-
manentemente nas atividades de oxicorte, soldagem e tratamento térmico e em 
atividades de manutenção e conservação com exposição à radiação ultravioleta 
e infravermelha e à luminosidade intensa.
Cremes protetores
Os cremes protetores ou cremes-barreira são substâncias aplicadas sobre a pele 
antes do trabalho com o objetivo de protegê-la contra danos causados por dife-
rentes agentes de risco. 
Os cremes de proteção são enquadrados nos seguintes grupos:• grupo 1 – água-resistente – são aqueles que, quando aplicados à pele do usuário, 
não são facilmente removíveis com água;
• grupo 2 – óleo-resistente – são aqueles que, quando aplicados à pele do usuário, 
não são facilmente removíveis na presença de óleos ou substâncias apolares;
Exemplo
Contra agentes químicos (solventes, tintas etc.) 
• grupo 3 – cremes especiais – são aqueles com indicações e usos definidos e 
bem especificados pelo fabricante. 
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 25
Exemplo
Contra agentes biológicos (vírus, bactérias etc.)
A pele pode apresentar dois tipos de reação após a aplicação do creme:
• diretas: as reações diretas são causadas por agentes químicos (responsáveis por 
80% das dermatoses), agentes físicos, agentes mecânicos e agentes biológicos;
• indiretas: as reações indiretas são causadas por fatores como idade, sexo, 
etnia, clima e condições de trabalho. 
Características de um bom creme protetor
Um bom creme protetor deve ter as seguintes características: 
• neutralizar a ação agressiva de agentes químicos, mantendo o pH da pele em 
níveis normais;
• estabelecer um efeito de barreira, dificultando e impedindo o contato de 
elementos prejudiciais à saúde;
• não ser irritante, nem sensibilizante;
• oferecer real e adequada proteção;
• ser fácil de aplicar;
• ser fácil de remover;
• facilitar a absorção cosmética.
Como usar o creme protetor
Para que ofereça a proteção necessária, é preciso aplicar o creme de modo apro-
priado, como relacionado a seguir: 
1. Lavar e secar bem as mãos.
2. Aplicar pequena quantidade do creme, massageando toda a mão de modo 
uniforme. Passar entre os dedos e embaixo das unhas e, se necessário, 
nos antebraços.
3. Aguardar o produto secar. 
4. Reaplicar o creme sempre que lavar as mãos ou após mais de quatro 
horas de uso;
26 INSTALAÇÃO DE SOM
5. Retirar o excesso com uma estopa ou toalha de papel e lavar a pele 
normalmente. 
Figura 16 – Aplicação do creme protetor.
Equipamentos de proteção dos membros inferiores 
Dois equipamentos são indicados para proteger pernas e pés:
• calçados de segurança;
• perneiras de segurança. 
Calçados de segurança
Os calçados de segurança protegem os pés contra impactos de quedas de objetos 
sobre os artelhos / contra choques elétricos / contra agentes térmicos / contra 
agentes cortantes e escoriantes / contra umidade proveniente de operações com 
uso de água / contra respingos de produtos químicos.
Tipos de calçados de segurança
• calçado de segurança de borracha: utilizado para proteção dos pés contra 
torção, escoriações, derrapagens e umidade;
Figura 17 – Calçado de segurança de borracha.
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x
Ed
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ar
x
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 27
• calçado de segurança com biqueira de aço: utilizado nos trabalhos onde hou-
ver risco de queda de peças ou ferramentas.
Figura 18 – Calçado de segurança com biqueira de aço.
Perneiras de segurança 
Perneiras de segurança oferecem proteção contra agentes térmicos, cortantes 
e perfurantes. São utilizadas permanentemente nas atividades como proteção 
contra agentes térmicos, cortantes e com tensão de ruptura de 2500 Kgf - 1,60 m. 
Equipamentos de proteção para o corpo 
O propósito das roupas de proteção do corpo é prevenir o uso de roupas inade-
quadas: conforme o material com que são confeccionadas, elas podem expor o 
trabalhador a riscos. 
Exemplos
• uniforme de trabalho: utilizado para realizar atividades em geral 
que não envolvam riscos físicos;
Figura 19 – Uniforme de trabalho.
Ed
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x
Ed
ne
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ar
x
28 INSTALAÇÃO DE SOM
• conjunto de segurança: utilizado para proteção do corpo contra 
chamas e choque elétrico, para utilização de eletricistas;
Figura 20 – Conjunto de segurança.
• avental guarda-pó: utilizado para realizar atividades em geral que 
não envolvam riscos físicos.
Figura 21 – Avental guarda-pó.
EPI e EPC na mecânica automotiva
Nas oficinas de automóveis, a utilização de Equipamento de Proteção Individual 
e Coletiva (EPI e EPC) é de suma importância, pois várias atividades apresentam 
riscos à saúde e à segurança do trabalhador. 
Ed
ne
i M
ar
x
Ed
ne
i M
ar
x
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 29
Quando usar o EPI
A seguir, algumas atividades nas quais o EPI deve ser utilizado, os riscos que 
oferecem e os equipamentos de segurança necessários para evitar acidentes:
• serviços em sistemas de suspensão, direção e freio;
• trabalhos com esmeril;
• serviços no sistema de gerenciamento eletrônico do motor; 
• serviços internos no motor e transmissão (desmontagem e montagem).
Serviços em sistemas de suspensão, direção e freio
Riscos: em serviços com o veículo elevado há risco de caírem peças e ferramen-
tas. Peças sujas de óleo e graxa podem contaminar a pele.
EPI necessário: luva tricotada com pigmentos nitrílica na palma das mãos, óculos 
de segurança e sapato de segurança.
Trabalhos com esmeril
Riscos: fagulhas geradas pelo atrito entre a “pedra” do esmeril e a peça podem 
provocar queimaduras no olho e/ou na pele. Há, também, risco de a peça cair 
nos pés do profissional.
EPI necessário: protetor facial, luva de couro e sapato de segurança.
Serviços no sistema de gerenciamento eletrônico do motor 
Riscos: vazamento de combustível sob pressão (risco de contaminação na pele e 
olho). Se o motor estiver quente, pode queimar a pele.
EPI necessário: creme protetor, luva de pano (quando o motor estiver quente), luva 
de borracha (em trabalhos na linha de combustível), óculos e sapato de segurança.
Serviços internos no motor e transmissão (desmontagem e montagem)
Riscos: queda de componentes pode causar lesões nos pés ou pernas. Vazamento 
de óleo lubrificante pode contaminar a pele.
EPI necessário: creme protetor para as mãos, óculos e sapatos de segurança.
30 INSTALAÇÃO DE SOM
Dicas de segurança na oficina
Algumas medidas contribuem para a segurança de uma oficina, como as rela-
cionadas a seguir:
• antes de efetuar qualquer trabalho ou procedimento de manutenção no veícu-
lo, certificar-se de que ele não esteja engrenado, que o freio de estacionamento 
tenha sido acionado e que as rodas estejam travadas; 
• manter a área de trabalho limpa, seca e organizada;
• manter as ferramenta e peças fora do piso do local de trabalho e/ou sobre 
o veículo;
• a área de trabalho deve ser ventilada e bem iluminada;
• utilizar elevadores ou macacos-hidráulicos apropriados;
• utilizar calços de segurança e cavaletes;
• não usar anéis, relógios e outras joias;
• cabelos compridos devem ser protegidos com uma rede;
• certificar-se de que os extintores de incêndio da área de trabalho estão car-
regados e têm a classificação adequada ao local, como especificado a seguir:
• tipo A – madeira, papel, tecidos e lixo;
• tipo B – líquidos inflamáveis;
• tipo C – equipamentos elétricos.
• não fumar na área de trabalho;
• não direcionar o ar comprimido para o corpo ou roupas; 
• usar óculos de segurança e protetores auriculares quando trabalhar com ar 
comprimido;
• certificar-se de que todas as ferramentas estejam em boas condições;
• certificar-se de que todas os dispositivos e equipamentos de serviço sejam remo-
vidos do motor após efetuar o serviço; 
• esperar o motor esfriar para efetuar qualquer serviço de manutenção em seus 
componentes;
• nunca trocar qualquer componente de motores em funcionamento.
Sistema de exaustão dos gases de escapamento
O sistema de exaustão dos gases de escapamento é um Equipamento de Proteção 
Coletiva (EPC) e deve ser utilizado sempre que for mantido o motor do veículo 
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 31
em funcionamento, em ambiente fechado. Este equipamento expele os gases 
de escapamento dos veículos para fora do ambiente de trabalho. A inalação do 
monóxido de carbono (um dos gases emitidos pela queima de combustível) pode 
levar a óbito.
Figura 22 – Sistema de exaustão de gases de escapamento.Observação
Deve-se procurar um representante da CIPA na empresa sempre que 
se pressentir um risco ou ocorrer um acidente, pois ele recebeu treina-
mento para tomada de decisão adequada para cada situação.
Ferramentas para instalação de som automotivo
O processo de instalação de som automotivo exige o uso de diversas ferramen-
tas e instrumentos de medição fabricados para uso específi co. O trabalho a ser 
realizado e a segurança do funcionário somente podem ser garantidos se eles 
forem empregados corretamente.
Como usar ferramentas e instrumentos de medição 
Conhecer as propriedades de cada ferramenta, mantê-las limpas e em ordem são 
alguns cuidados básicos, como relacionado a seguir: 
• saber para que servem as ferramentas: se usados para aplicações diferentes 
das especificadas, tanto a ferramenta quanto o instrumento de medição 
An
to
ni
o 
Ci
ril
o 
de
 S
ou
za
32 INSTALAÇÃO DE SOM
podem ser danificados, causar danos às peças ou comprometer a qualidade 
do serviço;
• conhecer a forma correta de usar os instrumentos: para cada ferramenta e 
instrumento de medição existem procedimentos de operação definidos. Cer-
tifique-se de utilizá-los da forma recomendada, com a força correta, e de 
adotar as posturas indicadas durante o trabalho;
• selecionar corretamente: existem diversas ferramentas disponíveis para sol-
tar parafusos, conforme a dimensão, posição ou outros critérios. Selecione 
sempre as que correspondem ao formato da peça e ao local onde o serviço 
estiver sendo feito;
• manter a ordem: ferramentas e instrumentos de medição devem ser arruma-
dos em lugar de fácil acesso e guardados após o uso;
• observar com rigor a manutenção e controle de ferramentas: as ferramentas 
devem ser limpas e, quando necessário, engraxadas após o uso. Todos os 
reparos necessários deverão ser feitos imediatamente para que sejam sempre 
mantidas em perfeitas condições. 
Tipos de ferramenta
São muitos os tipos de ferramenta, cada uma com um propósito específico, como 
relacionado a seguir:
• martelo;
• macete;
• chaves de fenda;
• alicates;
• chaves;
• furadeiras elétricas manuais;
• serras elétricas manuais;
• rebitadeira manual (rebite POP ou de repuxo);
• multímetro.
Martelo e macete
O martelo e o macete são ferramentas de impacto e de uso manual.
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 33
Martelo
O martelo é constituído de bloco de aço e um cabo de madeira, que nele se en-
caixa. O modelo mais usado pelo mecânico de automóvel é o martelo de bola.
Figura 23 – Martelo de bola.
Macete
O macete é um tipo de martelo com características especiais que evitam as de-
formações causadas pelos impactos do trabalho executado.
Modelos mais usados:
• macete de PVC com cabo de madeira;
Figura 24 – Macete de PVC.
• macete de plastiprene;
Figura 25 – Macete de plastiprene.
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 O
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ra
So
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So
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34 INSTALAÇÃO DE SOM
• macete com cabeça de plástico ou de cobre.
Figura 26 – Macete com cabeça de plástico ou de cobre.
Chaves de fenda
Chaves de fenda são ferramentas de uso manual, constituídas de uma haste de 
aço e um cabo, geralmente de plástico. 
Servem para apertar ou desapertar parafusos em cujas cabeças existem uma 
fenda ou duas fendas cruzadas, em que a chave se encaixa.
Principais tipos:
• chave de fenda;
Figura 27 – Chave de fenda.
• chave de fenda Philips.
Figura 28 – Chave de fenda Philips.
So
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a 
R.
 O
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So
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R.
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So
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R.
 O
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ei
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 35
Alicates
Alicates são ferramentas manuais, fabricadas em aço. Servem para prensar, de-
formar, cortar e prender momentaneamente certos objetos. Suas características 
variam com a fi nalidade de sua utilização. 
Tipos de alicates comumente utilizados pelos mecânicos de automóvel:
• alicate universal: o revestimento dos cabos é fabricado com materiais isolantes 
e com frisos para dar maior fi rmeza no manuseio;
Figura 29 – Alicate universal.
• alicate de pressão: depois de prensar o objeto ou prendê-lo por acionamento 
manual, o alicate de pressão mantém-se fechado, não havendo necessidade de 
continuar a segurá-lo. Para desarmá-lo, há uma alavanca especial;
Figura 30 – Alicate de pressão.
• alicate de bomba d’água: o alicate de bomba d’água é utilizado para prender 
tubos com extremidades roscadas, quando nelas são apertadas ou afrouxadas 
porcas ou conexões;
Figura 31 – Alicate de bomba d’água.
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R.
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ra
So
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R.
 O
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So
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R.
 O
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36 INSTALAÇÃO DE SOM
• alicate de corte diagonal: o alicate de corte diagonal é utilizado para cortar 
fi os metálicos.
Figura 32 – Alicate de corte diagonal.
Há, também, alicates para montagem e desmontagem de anéis de segurança:
• alicate para anéis externos – pontas retas;
Figura 33 – Alicate para anéis externos – pontas retas.
• alicate para anéis externos – pontas curvas.
Figura 34 – Alicate para anéis externos – pontas curvas.
So
ni
a 
R.
 O
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ei
ra
So
ni
a 
R.
 O
liv
ei
ra
So
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a 
R.
 O
liv
ei
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 37
Chaves
Existe uma boa variedade de chaves utilizadas no dia a dia dos mecânicos, como 
relacionado a seguir:
• chave-estrela: conhecida, também, como chave de estrias, oferece a vantagem 
de poder aplicar todo o esforço de torque em todas as faces do sextavado da 
porca ou parafuso que esteja sendo apertado ou afrouxado. Só pode ser aplica-
da quando o sextavado da porca ou do parafuso está livre para o seu encaixe.
Figura 35 – Chave-estrela.
Além da chave-estrela comum, há outros tipos específi cos que variam de formato em 
função de sua aplicação, como a chave starter (meia-lua) para motor de arranque e 
a chave de boca combinada:
• chave starter (meia-lua);
Figura 36 – Chave starter (meia-lua).
• chave de boca combinada: é a combinação da chave de boca fi xa com a cha-
ve-estrela;
Figura 37 – Chave de boca combinada.
So
ni
a 
R.
 O
liv
ei
ra
So
ni
a 
R.
 O
liv
ei
ra
So
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a 
R.
 O
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ei
ra
38 INSTALAÇÃO DE SOM
• chave-canhão: é formada por uma haste de aço com um cabo em uma das 
extremidades e, na outra, um encaixe sextavado;
Figura 38 – Chave-canhão.
• chaves-soquete: são de encaixe e podem ter perfi l interno estriado ou sextava-
do. São utilizadas para afrouxar ou dar aperto fi nal em porcas e parafusos cujos 
torques solicitem grande esforço. São manipuladas com auxílio de cabos de força 
que se acoplam a elas;
Figura 39 – Perfis internos estriado e sextavado.
• chaves-soquete e cabo de força.
soquete
cabo de força em ‘’T’’
Figura 40 – Chaves-soquete e cabo de força.
So
ni
a 
R.
 O
liv
ei
ra
So
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R.
 O
liv
ei
ra
So
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R.
 O
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ei
ra
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 39
Além do cabo de força em “T”, há os cabos de força que permitem manobrar em 
ângulo e com maior rapidez:
• cabo de força com acoplamento angular;
Figura 41 – Cabo de força com acoplamento angular.
• cabo de força com catraca;
Figura 42 – Cabo de força com catraca.
• manivela.
Figura 43 – Manivela.
Há também extensões para atingir parafusos ou porcas embutidas em alojamentos:
Exemplo
Parafusos localizados dentro de furos profundos, velas de ignição etc.
• extensões;
Figura 44 – Extensões.
So
ni
a 
R.
 O
liv
ei
ra
So
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a 
R.
 O
liv
ei
ra
So
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R.
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So
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R.
 O
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ra
40 INSTALAÇÃO DE SOM
• junta universal: é usada em trabalhos cujos locais são de difícil acesso;
Figura 45 – Junta universal.
• jogo de soquete com adaptadores;
Figura 46 – Jogo de soquete com adaptadores.
• chave de vela: é usada para as velas do motor;
Figura 47 – Chave de vela.
So
ni
a 
R.
 O
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So
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a 
R.
 O
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So
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R.
 O
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 41
• chaves tipo allen: servem para apertar e afrouxar parafusos comsextavado 
ou quadrado interno;
Figura 48 – Chaves tipo allen.
• canivete torx.
Figura 49 – Canivete torx.
Furadeiras elétricas manuais
As furadeiras elétricas são equipamentos utilizados para confecção de caixas 
acústicas e, em alguns casos, para fazer furos para fi xação de alto-falantes. As 
brocas são vendidas separadamente e podem ser encontradas em medidas que 
variam em 0,5 mm. 
So
ni
a 
R.
 O
liv
ei
ra
So
ni
a 
R.
 O
liv
ei
ra
42 INSTALAÇÃO DE SOM
Figura 50 – Furadeira manual.
Serras elétricas manuais
As serras elétricas manuais também são utilizadas na confecção de caixas acústi-
cas e acabamentos internos dos veículos. Servem para cortar madeira, acrílico e 
plástico. São práticas e permitem cortar, em curva, tipos de materiais que exigem 
uma lâmina de corte específi ca.
Figura 51 – Serra manual.
Observação 
Tanto a furadeira quanto a serra elétrica exigem cuidados no manuseio, 
pois sua utilização gera cavacos, serragem e fagulhas. Existe, ainda, o 
risco de acidentes, como perfurações ou cortes na pele.
Ge
rs
on
 F
er
re
ira
 d
e 
So
uz
a
Ge
rs
on
 F
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ira
 d
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So
uz
a
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 43
Rebitadeira manual (rebite POP ou de repuxo)
A rebitadeira manual é uma ferramenta utilizada para fi xar dois ou mais com-
ponentes por meio de rebites de repuxo como, por exemplo, fi xar a máquina de 
vidro elétrico à estrutura da porta do veículo.
Figura 52 – Rebitadeira manual.
Multímetro
O multímetro é um instrumento para medições de grandezas elétricas, tais como 
tensão, resistência e corrente elétrica. O multímetro é utilizado pelo instalador 
de acessórios para teste de alto-falantes, CD players e chicote elétrico do veículo.
Figura 53 – Multímetro.
Ge
rs
on
 F
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re
ira
 d
e 
So
uz
a
Ge
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 F
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re
ira
 d
e 
So
uz
a
44 INSTALAÇÃO DE SOM
Som
Som é qualquer variação de pressão do ar capaz de sensibilizar o ouvido humano, 
excitar os nervos auditivos e causar a sensação denominada audição.
A vibração de um objeto é transmitida às moléculas de ar. Todas as moléculas 
de ar do ambiente se movimentam segundo o ritmo e intensidade determinados 
pela vibração do objeto.
Figura 54 – Vibração.
Produção e propagação do som
Qualquer elemento em vibração pode produzir som que se propaga através de meios 
elásticos (sólidos, líquidos e gases), capazes de transmitir as vibrações físicas da 
fonte sonora. Essas vibrações se espalham por todas as direções, a partir do ponto 
de onde são produzidas. Os sons de frequências agudas são mais direcionais que os 
de frequências graves.
Figura 55 – Propagação do som.
Ed
ne
i M
ar
x
Ed
ne
i M
ar
x
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 45
Mecanismo da audição
O ouvido humano é o órgão responsável pelos sentidos do equilíbrio e da audi-
ção. As vibrações do meio elástico que incidem em nossos tímpanos são trans-
mitidas através de um sistema de ossos (martelo, bigorna e estribo), que excitam 
um fluido dentro da cóclea. 
ouvido
externo
ouvido
médio
ouvido
interno
trompa de
eustáquio
cóclea
nervo
auditivo
canais
semicirculares
ossículos
nervo facial
pavilhão
auditivo
tímpano
Figura 56 – Órgãos do ouvido humano.
Situada dentro do ouvido interno, a cóclea é dividida em três seções, responsáveis 
pelo reconhecimento das diferentes frequências. A movimentação desse fluido 
excita várias células, chamadas células ciliadas, que enviam impulsos elétricos 
ao cérebro. Ele os interpreta e forma o som correspondente.
Velocidade de propagação do som
No meio ar e com temperatura normal (22º), o som se propaga com a velocidade 
de 343 metros/seg. A velocidade aumenta com a temperatura.
Oscilações das ondas sonoras 
Oscilações são modificações de estado que se repetem com regularidade. Por 
exemplo, ao soar um sino, o metal começa a oscilar (vibrar). Essas oscilações 
são transmitidas pelo ar.
Ed
ne
i M
ar
x
46 INSTALAÇÃO DE SOM
Os movimentos de ar resultantes das oscilações são chamados ondas sonoras. O 
pêndulo de um relógio ou as cordas de um instrumento musical são exemplos 
de oscilações, mas cada um deles oscila em velocidades diferentes. O número de 
oscilações em função do tempo é denominado frequência.
frequência = 1 Hz
+
-
0
1 seg
Gráfico 1 – Frequência.
Para que um som senoidal seja produzido são necessários um meio de propagação 
(no caso, o ar) e dois “movimentos”, um de compressão e outro de descompressão. 
com pressão
0
descom pressão
a
m
p
li
tu
d
e
 -
a
m
p
li
tu
d
e
 +
tem po
Gráfico 2 – Compressão e descompressão.
Suponha-se que o ar esteja sendo comprimido por um diafragma, onde está sendo 
aplicada uma força F positiva. A aplicação dessa força cria uma região de pressão na 
frente do diafragma e outra, de pressão negativa, ou descompressão, atrás dele. Se 
Ed
ne
i M
ar
x
Ed
ne
i M
ar
x
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 47
o sentido da força for invertido tudo se inverte igualmente: ocorre descompressão 
na frente e pressão no verso. A onda pura, sem harmônicos, é chamada senoide. 
repouso
p
re
ss
ão
(força) +F
p
re
ss
ão
(força) -F
verso frente
Figura 57 – Pressão positiva e negativa.
Radiofrequência
Radiofrequência é a transmissão de dados (música, fala, ruídos, códigos eletrôni-
cos) de um ponto emissor do sinal, pelo ar, até um equipamento receptor – o 
aparelho de rádio.
A união do sinal elétrico com os dados (música) à onda portadora é chamada 
modulação.
A antena de rádio capta o sinal e o equipamento faz a modulação, ou seja, separa 
os dados da onda portadora e os reproduz (música).
A onda sonora é transformada
em sinal elétrico pelo
microfone
A estação une este
sinal à uma onda
portadora de
alta frequência
A torre da estação emissora
envia este sinal sonoro pelo ar
A antena do rádio
capta o sinal e
o equipamento
faz a modulação,
 ou seja, separa
os dados da onda
portadora e
reproduz (música)
música
portadora
10888 100
antena
+
Figura 58 – Modulador de alta frequência.
Ed
ne
i M
ar
x
Ed
ne
i M
ar
x
48 INSTALAÇÃO DE SOM
Propriedades físicas do som
Quando uma corda de guitarra vibra, o som desloca o ar que está ao seu redor 
produzindo uma onda sonora que se propaga pelo ambiente até atingir os nossos 
ouvidos. Quando essa onda chega ao nosso tímpano, ele também vai vibrar.
Essa vibração é transformada pelo ouvido em sinais elétricos que são conduzidos 
até o cérebro pelos nervos. No cérebro, finalmente, forma-se a sensação de som, 
permitindo que se ouça a nota emitida pela corda da guitarra.
Logo, o som é produzido por algo que vibra (o cone do alto-falante, por exemplo) e 
transportado pelo ar (a água ou qualquer meio material). Para que exista o áudio alguns 
elementos são fundamentais, como:
• amplitude (volume);
• frequência;
• timbre;
• distorção;
• decibel.
Amplitude (volume)
A amplitude da onda é a diferença entre seus pontos de maior compressão e de 
maior descompressão. 
am
p
lit
u
d
e
ef
ic
az
0,707 x amplitude
de pico
am
p
lit
u
d
e 
p
ic
o
 a
 p
ic
o
am
p
lit
u
d
e
d
e 
p
ic
o
+
_
Gráfico 3 – Amplitude de uma onda.
Ed
ne
i M
ar
x
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 49
A amplitude está relacionada ao volume de um som. Dessa maneira, um som 
forte, com muito volume, é aquele que possui elevada amplitude e um som fraco, 
com pouco volume, é aquele que possui um valor pequeno de amplitude.
+
_
tempo
forte
fraco
0
Gráfico 4 – Variação de amplitude.
Observação
A unidade de medida relativa é o decibel (dB).
Frequência
Ciclo é um movimento completo da onda. Esse movimento deve conter uma 
compressão positiva seguida de outra no sentido oposto, ou seja, negativo 
(descompressão).
Se for considerado um espaço de tempo constante para que esse movimento 
completo se repita, é possível definir frequência como o número de vezes que 
esse ciclo se repete nessa unidade de tempo.
Ed
ne
i M
ar
x
50 INSTALAÇÃO DESOM
tempo
0
1s
p
re
ss
ão senoide de frequência igual a 1Hz
Gráfico 5 – Frequência.
Numa fórmula matemática temos: f = nº de ciclos/seg.
Onde:
• f = frequência;
• s = segundo. É a unidade de tempo padronizada.
A unidade de medida de frequência é o Hertz (Hz). 
0
1s
tempo
am
p
lit
u
d
e
5 ciclos+
-
Gráfico 6 – Ciclos x tempo = frequência.
Algumas informações sobre as frequências são relacionadas a seguir:
• cada instrumento musical tem uma faixa de frequência característica bem 
definida. O piano é um dos únicos instrumentos acústicos que preenche quase 
todo o espectro de frequência;
• o ouvido humano é capaz de perceber sons que variam de 20Hz a 20.000Hz 
(ou 20 kHz);
Ed
ne
i M
ar
x
Ed
ne
i M
ar
x
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 51
• o som sempre provém de uma vibração. Dependendo da frequência com que 
a vibração é produzida, o som ouvido pode ser grave ou agudo. As vibrações 
rápidas dão ao ouvido a impressão de um som agudo, enquanto as oscilações 
lentas se traduzem em sons graves;
• o contrabaixo possui tons graves, enquanto um violino possui tons agudos. 
Na verdade, cada nota musical possui uma frequência fundamental que irá 
definir o tom;
• o contrabaixo emite uma onda sonora fundamental de 41Hz. Essa é uma 
frequência baixa, ou seja, um tom grave. Podemos delimitar quando um tom 
é grave, médio ou agudo:
• tons graves: 20 a 300 Hz;
• tons médios: 300 a 2.000 Hz;
• tons agudos: 2.000 a 20.000 Hz.
Timbre
Timbre é a propriedade que nos permite distinguir se um determinado som de 
mesma frequência é produzido por um piano ou um saxofone, por exemplo.
Quando vibramos um diapasão emitimos uma nota musical pura, ou seja, o som 
puro com apenas uma frequência fundamental. Porém, os instrumentos musicais 
(por exemplo, a corda de uma guitarra ou de um violino) emitem ondas sonoras com 
a frequência fundamental e com múltiplos dessa frequência, chamados harmônicos. 
Por exemplo, podemos emitir uma nota “la” com frequência de 440Hz e ter um se-
gundo harmônico de 880HZ (2 x 440) ou um terceiro de 1.320Hz (3 x 440).
A intensidade do som dos harmônicos é diferente e cada instrumento emite-os 
de uma forma. Essa propriedade é denominada timbre. Cada instrumento pos-
sui um timbre: o violino emite a nota musical “la” e seus harmônicos de forma 
diferente que o violão. É o timbre que dá o “colorido” da música.
52 INSTALAÇÃO DE SOM
fundamental 2° harmônico
3° harmônico
Gráfico 7 – Timbre.
O ouvido humano é o receptor final da mensagem enviada através do som. A 
constituição do ouvido humano permite captar vibrações que vão desde 20Hz 
até 20kHz. Por isso, as frequências entre 20Hz e 20kHz são denominadas audio-
frequências. Porém, o ouvido humano não é linear, ou seja, não ouve do mesmo 
jeito em toda essa faixa de frequências. Na verdade, ele escuta melhor na faixa 
de frequências médias, que é a da fala humana, de aproximadamente 200 a 3.000 
Hz (em 70dB).
Distorção
É causada pela ocorrência espontânea de harmônicos adicionais, indesejados, 
durante a amplificação. A distorção THD (Distorção Harmônica Total) é um 
parâmetro fornecido pelo fabricante do amplificador que indica o nível de dis-
torção máxima que o circuito do equipamento pode gerar. Ela vem expressa em 
porcentagem. Essa distorção pode variar de acordo com a frequência e a ampli-
tude do sinal de saída e é medida em percentual (%).
Na verdade, a potência de um amplificador não é indicadora de sua qualidade. 
Nossos ouvidos conseguem captar entre 20 a 20 kHz. Isso significa que um bom 
amplificador deve reproduzir essas frequências, sem distorções, sempre com o 
mesmo rendimento, ou seja, ter resposta plana dentro desses limites.
Ed
ne
i M
ar
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 53
Ao analisar um amplificador, deve-se também levar em conta sua distorção, ou 
seja, a deformação que ele introduz no som amplificado. O ouvido humano to-
lera distorções de até 3%. A maioria dos amplificadores tem valores inferiores a 
esses, embora alguns modelos, quando de sua plena potência, possam facilmente 
chegar a esse valor.
Um amplificador de carro nunca deve ser utilizado à plena potência (volume 
todo aberto). Nessas condições, haverá, também, máxima distorção. Em alguns 
casos, ela se torna bastante desagradável.
sinal original distorção por saturação distorção por má qualidade
de amplificação
Gráfico 8 – Distorção harmônica.
Decibel
Decibel é a décima parte de uma medida logarítmica, o bel. Constitui a unidade 
básica de medições de níveis de sinais de áudio.
Alexander Graham Bel descobriu que o ouvido humano reage aos estímulos so-
noros logaritmicamente. Por isso, ao criar a escala em decibéis, ele a apresentou 
em forma logarítmica. Isso significa que, se a potência de um som for dobrada, 
o número de decibéis não dobrará. Haverá apenas um acréscimo de 3dB.
Exemplo: qual é a diferença de intensidade de um som de 1000Hz a 200watts e 
outro também de 1000Hz a 100watts?
Intensidade = 10log P1/P2
I = 10log 200/100
I = 10log2
I = 3dB
Ya
ra
 S
an
ch
ez
54 INSTALAÇÃO DE SOM
O decibel é a razão da diferença entre dois níveis de potência distintos. Por esse 
motivo, é usado para comparar diferenças de potência elétrica, tensão elétrica, 
pressão sonora etc. Para dar a sensação de dobrar a intensidade do som é neces-
sário um aumento de 10dB.
A faixa limiar da audição é 0dB – abaixo disso, não conseguimos ouvir. Por outro 
lado, nosso ouvido não suporta sons acima de 120dB, que podem causar danos 
à audição.
1 ciclo
A1
A2
A
Gráfico 9 – Aumento de amplitude.
Fonte
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
130
120
110
100
140
dB
limiar da dor
turbina de avião a jato
show de grupo pop
tráfego de rua
nível de conversação
biblioteca
silêncio no campo
limiar de audição
Figura 59 – Escala de pressão sonora.
Ed
ne
i M
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x
Ed
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x
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 55
Legislação
A legislação brasileira, por meio da Resolução nº 35, de 21 de maio de 1998, es-
tabelece limites de pressão sonora para veículos automotores, como relacionado 
a seguir:
Resolução Nº 35 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN)
“O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), usando da competência que 
lhe confere o art.12, inciso l, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 que 
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto nº 2.327, 
de 23 de setembro de 1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de 
Trânsito, resolve”:
Art. 1º Todos os veículos automotores, nacionais ou importados, produzidos 
a partir de 01/01/1999, deverão obedecer, nas vias urbanas, ao nível máximo 
permissível de pressão sonora emitida por buzina ou equipamento similar, de 
104 decibéis – dB(A).
Art. 2º Todos os veículos automotores, nacionais ou importados, produzidos a 
partir de 1º de janeiro de 2002, deverão obedecer o nível mínimo permissível de 
pressão sonora emitida por buzina ou equipamento similar, de 93 decibéis – dB(A).
Alto-falante eletromecânico
O alto-falante eletromecânico é um dispositivo que transforma energia elétrica 
em vibrações sonoras.
Figura 60 – Alto-falante.
Ge
rs
on
 F
er
re
ira
 d
e 
So
uz
a
56 INSTALAÇÃO DE SOM
Funcionamento
Quando uma corrente elétrica variável passa através da bobina do alto-falante, ela 
produz um campo magnético perpendicular ao campo magnético permanente 
do ímã do alto-falante. Ocorre então, uma interação entre os dois campos ele-
tromagnéticos, o que provoca um movimento do cone para cima ou para baixo, 
conforme a direção do fluxo da corrente na bobina.
corrente elétrica
alternadamovimento
campo
magnético
Figura 61 – Funcionamento de um alto-falante.
Quando o semiciclo de uma corrente elétrica aplicada à bobina de um alto-fa-
lante for positivo, o cone vai se movimentar para cima; quando for negativo, vai 
se movimentar para baixo.
Movimentando-se para cima e para baixo, sucessivamente, o alto-falante movi-
mentará o arà sua volta, provocando vibrações com zonas de compressão e de 
rarefação de ar, as quais terão o mesmo formato e amplitude do sinal elétrico de 
entrada. Essas variações de pressão chegam aos tímpanos dos ouvidos, causando 
a sensação de audição.
Tipos de alto-falante
Existem diversos tipos de alto-falante:
• subwoofer;
• woofer;
Ed
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 57
• mid-bass;
• mid-range;
• tweeter;
• coaxial;
• triaxial;
• driver.
Subwoofer
O subwoofer é utilizado para reprodução de frequências baixas (contrabaixo, 
bumbo de bateria), de 20 Hz a 120 Hz. Seu tamanho varia entre 8 e 18 polegadas.
Figura 62 – Subwoofer.
Woofer
O woofer é um alto-falante projetado para reproduzir frequências graves e mé-
dio-graves (bumbo, tambor, parte do piano). A faixa de frequência é de 50 Hz a 
1.000 Hz. Seu tamanho varia de 6 a 15 polegadas. 
Figura 63 – Woofer.
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Ge
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58 INSTALAÇÃO DE SOM
Mid-bass
Reproduz as frequências médio-graves (contrabaixo e voz). Seu tamanho varia 
de 6 a 8 polegadas.
Figura 64 – Mid-bass.
Mid-range
Reproduz as frequências médias, ou seja, 90% dos sons audíveis (voz e maioria 
dos instrumentos). Faixa de frequência de 200 Hz a 3,5 kHz. Seu tamanho varia 
de 4 a 6 polegadas.
Figura 65 – Mid-range.
Tweeter
O tweeter é um alto-falante para sons agudos (metais, pratos de bateria). Faixa de 
frequência de 3 kHz a 20 kHz. Seu tamanho varia de 0,5 a 2 polegadas. Geralmente, 
é instalado junto do painel ou nas portas dianteiras, pois emite um som direcional.
Figura 66 – Tweeter.
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 59
Coaxial
Alto-falantes que possuem um tweeter e um cone para reproduzir frequências 
médio-graves, ou mid-bass. Seu tamanho varia de 4 a 8 polegadas. 
Figura 67 – Coaxial.
Triaxial
Alto-falantes que possuem woofer, um mid-range e um tweeter na mesma carcaça. 
Reproduz frequências de 50 Hz a 20 kHz. Seu tamanho é de 6” e de 6 x 9”. 
Figura 68 – Triaxial.
Driver
Indicado para aplicação de médias frequências (500 Hz a 7 kHz) em sistemas de 
“som para fora” em veículos.
Figura 69 – Driver.
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So
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Ge
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Ge
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So
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60 INSTALAÇÃO DE SOM
Componentes do alto-falante
O alto-falante é composto, basicamente, de: sistema motor, cone, aranha, domo 
e suspensão.
Sistema motor
O sistema motor é constituído pelo conjunto magnético e a bobina móvel. O 
conjunto magnético é composto de ímã e peças polares denominadas chapa 
polar, chapa traseira e polo. A função das peças polares é conduzir o fluxo mag-
nético gerado pelo ímã, concentrando-o em uma ranhura circular denominada 
entreferro, onde a bobina móvel irá trabalhar. Geralmente, é utilizado um ímã 
cerâmico de ferrite de bário ou estrôncio, em forma de anel. As peças polares são 
confeccionadas em ferro doce e devem ser justapostas ao ímã. 
domo
cone
anel de
suspensão
chassis
placa
frontal
entreferro
aranha
orifício de
ventilação
placa
traseira
ímã
peças
polares
bobina
movél
Figura 70 – Componentes do alto-falante.
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 61
A bobina móvel é constituída por várias espiras de fio de cobre ou alumínio esmal-
tado enrolado em uma ou mais camadas sobre uma forma de papel, alumínio ou 
outro material rígido, leve e pouco espesso. Esse material será posteriormente colado 
ao pescoço do cone, de modo a transmitir a ele as vibrações executadas pela bobina.
fôrma
enrolamento
Figura 71 – Bobina móvel.
Cone
O cone é uma peça de formato cônico dotada de um orifício central onde é colada a 
bobina móvel. O formato cônico tem a finalidade de conferir maior rigidez ao conjunto.
O cone pode ser fabricado com vários materiais, visando a maximizar sua ri-
gidez e amortecimento. Os materiais que reúnem essas duas características em 
alto grau são os plásticos. Entre eles, o mais promissor é o polipropileno, que é 
mais rígido, apresenta melhor amortecimento e reprodução sonora muito mais 
precisa, permitirndo recriar o som original com muito mais fidelidade. 
Figura 72 – Cone.
Ed
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x
Ed
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x
62 INSTALAÇÃO DE SOM
Aranha
A função principal da “aranha”, ou suspensão interna, é centralizar e sustentar o conjunto 
formado pelo cone e a bobina móvel. Confeccionada em tecido de algodão ou linho, a 
aranha é embebida em uma resina sintética.
Domo
O domo serve para proteger o espaço entre a bobina e a peça polar, exposta a 
partículas estranhas que poderiam ali se alojar, criando graves inconvenientes.
Figura 73 – Domo.
Suspensão
Além da aranha, que sustenta e centraliza o cone, existe a suspensão externa, que 
prende a borda do cone à carcaça do alto-falante. O anel da suspensão, geral-
mente feito de borracha, espuma ou linho tratado, desempenha várias funções:
• ajuda a manter o cone centrado e fornece parte da energia responsável pelo 
retorno do cone à posição de retorno;
• amortece deformações que ocorrem no centro do cone, em direção à borda.
Parâmetros do alto-falante
Um alto-falante deve obedecer a alguns parâmetros:
• resistência (R);
• impedância nominal (Z);
• potência;
• resposta de frequência;
• polaridade.
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 63
Resistência (R)
A resistência ôhmica do alto-falante é a resistência que a sua bobina móvel ofe-
rece à passagem da corrente elétrica contínua. Essa resistência é determinada 
pelo diâmetro e pelo comprimento do fio. Tem função importante na potência 
que o amplificador fornece ao alto-falante, sendo tanto maior quanto menor for 
o valor da resistência.
Assim, a potência máxima fornecida por um amplificador a um alto-falante com 
resistência de 2Ω é o dobro da que ele fornece a um outro com resistência de 4Ω.
P = Tensão
2
 Resistência
A resistência ôhmica do alto-falante é medida utilizando-se um ohmímetro.
Impedância nominal (Z)
A impedância do alto-falante é a resistência que sua bobina apresenta à passagem 
da corrente alternada. O valor da impedância varia conforme a frequência do sinal.
Um alto-falante com resistência = 3,2 Ohms apresenta uma impedância = 4 
Ohms, enquanto um alto-falante com resistência = 6,5 Ohms possui uma impe-
dância de 8 Ohms.
Adequação de impedância
Os amplificadores multiplicam sinais elétricos. Um amplificador de áudio capta 
um sinal sonoro bem pequeno para convertê-lo em um muito mais forte. No 
entanto, para o amplificador realizar o seu trabalho com eficiência, a interface 
dele com os alto-falantes precisa estar equilibrada, ou seja, deve haver um “ca-
samento de impedância”.
Vamos supor que a impedância de saída de um amplificador seja 4 Ohms. Se 
aumentarmos o volume do som até a sua tensão de saída máxima (8V) e um 
alto-falante de 4 Ohms for colocado na saída do amplificador, uma corrente de 
2A passará pelo alto-falante e a potência gerada será de 16W.
64 INSTALAÇÃO DE SOM
4 Ω
U = 8 V
4 Ω
Figura 74 – Instalação com rádio 4Ω e alto-falante 4Ω.
Se, em vez disso, colocarmos um alto-falante de 2 Ohms, com a saída constante 
do amplificador de 8V, a corrente passará a ser de 4A e a potência de 32W. Nesse 
caso, ela será o dobro da corrente máxima que o amplificador aguenta, logo, ele 
correrá o risco de queimar e produzirá muita distorção.
2 Ω
U = 8 V
4 Ω
Figura 75 – Instalação com rádio 4Ω e alto-falante 2Ω.
Se colocarmos um alto-falante de 8 Ohms, a tensão continuará sendo 8V, a cor-
rente cairá para 1A e a potência para 8W. Nesse caso, estaremos subutilizando o 
amplificador, pois ele nunca atingirá a corrente e a potência máxima. Portanto, é 
muito importante o casamento das impedâncias do alto-falante e do amplificador.
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x
Ed
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x
INSTALADORDE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 65
8 Ω
U = 8 V
4 Ω
Figura 76 – Instalação com rádio 4Ω e alto-falante 8Ω.
Para que um amplificador forneça sua potência máxima com o mínimo de dis-
torção, sem superaquecer, é necessário respeitar o limite mínimo de impedância 
para os canais de saída desse amplificador.
Associação de alto-falantes 
Quando dois alto-falantes são ligados em um mesmo canal deve-se fazer uma asso-
ciação entre eles para que a impedância total seja compatível com a do amplificador.
Essa associação pode ser em série ou em paralelo, como relacionado a seguir:
• associação em série;
• associação em paralelo.
Associação em série
O objetivo de ligar alto-falantes em série é aumentar o valor da impedância. 
Quanto mais alto-falantes estiverem ligados em série, maior será a impedância.
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66 INSTALAÇÃO DE SOM
8 Ω
8 Ω
+ 
+ 
Rt = R1 + R2 => Rt = 8 + 8 = 16Ω
Figura 77 – Associação em série.
Associação em paralelo
O objetivo de ligar alto-falantes em paralelo é diminuir o valor da impedância. 
Quanto mais alto-falantes estiverem ligados em paralelo menor será a impedância.
8 Ω
8 Ω
+ 
+ 
Figura 78 – Associação em paralelo.
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x
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 67
Potência
A potência de um alto-falante significa a potência elétrica que ele suporta, ou 
seja, indica a quantidade máxima de energia que pode ser dissipada pela sua 
bobina. Ela pode ser de dois tipos:
• potência nominal (RMS);
• potência PMPO.
R
M
S
IM
P
P
M
P
O
t (s)
P
 (
W
)
Gráfico 10 – Escalas de potência elétrica de equipamentos.
Potência nominal (RMS)
Potência nominal (RMS) é a potência máxima aplicável ao alto-falante, em Watts 
(RMS). RMS é a raiz quadrada da média dos quadrados, conhecida em eletrônica 
por valor eficaz. O valor eficaz (RMS) de uma corrente alternada é aquele capaz 
de produzir o mesmo efeito Joule que uma corrente contínua, ou seja, gerar a 
mesma quantidade de calor em um resistor de igual valor, no mesmo intervalo 
de tempo.
Potência PMPO
Potência PMPO (Power Music Peak Output), é a potência musical de pico. Ou 
seja, a potência que o alto-falante suporta nos picos de potência que o amplifica-
Ed
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68 INSTALAÇÃO DE SOM
dor fornece com programa musical, medida em curto intervalo de tempo. Essa 
potência é cerca de 3,6 vezes maior que a potência RMS.
Observação
Respeite a potência do conjunto amplificador/alto-falante. Não utilize 
alto-falante de potência inferior à do amplificador.
Resposta de frequência
Devido, principalmente, a fatores de construção física, cada alto-falante se caracte-
riza por reproduzir mais pronunciadamente uma determinada faixa de frequência.
A resposta de frequência é normalmente apresentada em forma de gráfico que 
aponta, nitidamente, a região de operação ideal.
S
PL
 (d
B
)
100 1.000 10.000
100
90
80
70
60
50
frequência (Hz)
Gráfico 11 – Resposta de frequência. 
Portanto, para cada aplicação devemos escolher o alto-falante e a caixa acústica, 
com sua respectiva faixa de frequência. Por exemplo, para um sistema para con-
trabaixo que reproduza bem os tons graves devemos escolher um que tenha a 
resposta de frequência entre 20 e 1.000 Hz. Para um sistema para voz, devemos 
escolher um com resposta de frequência de 300 a 2.000 Hz (tons médios). 
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 69
Polaridade
Assim como outros componentes elétricos, os alto-falantes são polarizados. Por 
convenção, diz-se que eles recebem a mesma polaridade de uma pilha. Quando 
o positivo e o negativo são ligados corretamente o cone se desloca para frente. 
Se essas polaridades forem invertidas o cone se desloca para trás.
Alto-falantes ligados em conjunto deverão estar fasados (positivo com positivo e 
negativo com negativo), de forma que os cones se movimentem no mesmo sentido, 
quando submetidos a um mesmo sinal.
A ligação correta é muito importante, pois a inversão de polaridade de um alto-falante 
provoca o cancelamento da fase, reduz o rendimento, ocasiona possíveis distorções e 
prejudica a reprodução dos tons graves.
Antenas
As antenas recebem as ondas eletromagnéticas emitidas pelas emissoras de rádio 
e as transformam em sinais elétricos que são enviados ao aparelho de rádio.
As duas faixas de onda mais usadas são AM (Amplitude Modulada) e FM (Fre-
quência Modulada).
As faixas AM são transmitidas entre 600 kHz e 1.700 kHz, têm baixa fidelidade, 
porém conseguem grande alcance com baixa potência de transmissão, princi-
palmente à noite. O sinal de AM transmitido é refletido no solo e recebido pela 
ionosfera. Por isso, é conhecido também como onda terrestre. As faixas de FM 
ficam entre 88 MHz e 108 MHz e têm ótima fidelidade. Porém, devido à alta fre-
quência, sofrem maior atenuação que uma onda de menor frequência e por isso 
necessitam de torres de transmissão em locais mais altos, e de maior potência 
de transmissão. 
70 INSTALAÇÃO DE SOM
Tipos de antena
Antenas passivas
Antenas passivas são aquelas que recebem os sinais transmitidos e os enviam ao 
rádio, sem qualquer alteração na amplitude ou ruído. A qualidade da sintonia 
da estação de rádio depende do sinal recebido.
Existem vários modelos de antena passiva. As mais comuns e eficazes são as do 
tipo telescópicas, instaladas no para-lama e no teto dos veículos. Outro modelo 
é a antena com acionamento automático (elétrica): ao ligar o rádio, sua haste se 
estende automaticamente. 
Figura 79 – Antena de teto.
Antenas eletrônicas amplificadas ou ativas
Antenas eletrônicas amplificadas ou ativas são aquelas nas quais uma haste de 
antena passiva capta os sinais de AM ou FM de baixa ou alta intensidade e os 
envia a um circuito eletrônico acoplado que modifica e filtra o sinal para manter 
sempre o mesmo nível de amplitude para o rádio.
Embora este tipo de antena trabalhe com um amplificador eletrônico acoplado, 
não significa que seja o melhor. Na realidade, o amplificador existe para suprir 
deficiências de instalação. 
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 71
Figura 80 – Antena eletrônica amplificada.
O padrão de antena continua sendo a antena passiva do tipo telescópica, com 1 
metro de haste. Ela deve ser instalada, se possível, no teto do veículo, onde seria 
possível obter a melhor recepção de sinal.
As antenas eletrônicas foram criadas como forma de oferecer outras opções e 
vantagens, como evitar furação na lataria e interferência no design do veículo.
Outras vantagens das antenas eletrônicas:
• grande durabilidade;
• dispensam manutenção;
• não ficam expostas, sujeitas a vandalismo;
• design moderno;
• fácil instalação.
Por esses motivos, as antenas eletrônicas vêm se tornando cada vez mais popula-
res, sendo oferecidas como equipamentos originais de fábrica em vários veículos.
Equipamentos de som
O sistema de som automotivo pode ser composto de vários equipamentos de som. 
A personalização depende do perfil do proprietário e do que pretende investir.
Existem várias configurações possíveis de serem instaladas, dependendo da po-
tência elétrica requerida, do tipo de frequência de reprodução etc.
Podem-se também estabelecer os tipos de equipamentos de acordo com a qua-
lidade de som que se quer obter. Para isso existem modelos diferentes de am-
plificadores que podem reproduzir a frequência adequada para cada tipo de 
Ed
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72 INSTALAÇÃO DE SOM
alto-falante. O subwoofer, por exemplo, é um alto-falante que requer um tipo 
específico de amplificador que reproduza somente as frequências baixas e forneça 
altas potências.
Existem também reprodutores de DVDs para painel de instrumentos e para 
serem instalados na parte traseira do veículo (encosto de cabeça ou no teto).
Tipos de equipamento
Existe uma boa variedade de equipamentos para uso em veículos:
• CD player;
• DVD player;
• amplificador;
• crossover.
CD player
Instalado no painel doveículo, o CD player tem várias funções:
• captar as frequências de rádio e transmiti-las para o ouvinte;
• reproduzir mídias gravadas em Compact Disc;
• ser a fonte geradora de sinais sonoros no veículo. Tem saída de baixa impe-
dância amplificada que pode ser ligada aos alto-falantes ou a amplificadores 
do tipo booster;
• possuir saídas de alta impedância (RCA) que são utilizadas junto com am-
plificadores de fonte chaveada. Essas saídas, que não são amplificadas, geram 
um sinal sem ruído e com baixa distorção;
• dispor de uma entrada USB, o que permite reproduzir músicas armazenadas 
em pen drives;
• ser conectada a celulares e computadores (a maioria dos CD Players tem tecno-
logia bluetooth).
9:12 
Figura 81 – CD player.
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INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 73
DVD player
O DVD player vem sendo muito utilizado em substituição ao CD player. Sua 
instalação é semelhante, porém, ele tem saídas para ligação de outros monitores 
que podem ser instalados na parte traseira do veículo (teto ou encosto de cabeça). 
Vale lembrar que a legislação brasileira de trânsito proíbe assistir a vídeos no 
painel de instrumentos quando o veículo estiver em percurso. Por isso, o equi-
pamento vem com um fio que deve ser ligado ao sinal do interruptor de freio de 
estacionamento, de modo que só seja possível assistir a um vídeo quando esse 
freio estiver acionado.
Figura 82 – DVD player e tela LCD.
Amplificador
O amplificador de áudio tem a função de amplificar um sinal recebido de sin-
tonizadores, toca-fitas, CD players etc., e enviar este sinal amplificado para os 
alto-falantes.
O amplificador não pode alterar a forma de onda original e deve operar sem 
reproduzir distorções audíveis.
Esse acessório gera potência cuja medida é o watt, uma unidade de energia. Ele 
é sempre formado por duas partes distintas: o pré-amplificador e o amplificador 
de potência.
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74 INSTALAÇÃO DE SOM
Tipos de amplificadores
Amplificadores tipo booster
Amplificadores tipo booster são aqueles que utilizam transformador para am-
plificar as saídas de potência dos CD players. Atuam com baixa sensibilidade de 
sinal de entrada e linearidade de resposta, em frequência limitada a 40Hz. Este 
modelo de amplificador apresenta baixa resposta na região dos graves e um maior 
reforço nos médios agudos.
Os boosters têm uma limitação de potência em torno de 100 watts RMS por canal, 
a 14,4Volts, a 4Ω. Apenas os boosters que operam em 2Ω ou 1Ω é que conseguem 
liberar mais que 100 watts RMS por canal.
Com esse tipo de equipamento, para ter uma distorção aceitável, a potência RMS 
deve ser em torno de 35 a 50 WRMS por canal, a uma tensão de 14,5V a 4Ω.
Poucos modelos de amplificadores do tipo booster conseguem uma resposta 
plana, pois esses equipamentos têm certa tendência a esforçar as frequências 
médias e altas.
Para que eles consigam amplificar um sinal, precisam recebê-lo através das saídas 
amplificadas do rádio (saídas de baixa impedância). Portanto, é possível afirmar 
que os boosters fazem uma reamplificação do sinal.
No entanto, os circuitos que constituem o amplificador interno dos rádios são 
relativamente simples e, por isso, apresentam respostas de frequência limitada e 
distorção maior que as saídas de RCA.
Quando o booster recebe esse sinal amplificado, ele recebe também a limitação 
na resposta de frequência e a distorção da saída do rádio, portanto, acaba am-
plificando tudo junto.
Esses amplificadores não permitem ligação em bridge. Para solucionar esse pro-
blema, os fabricantes produzem boosters específicos para subwoofer. Eles têm um 
divisor de frequência interno para corte de frequência em 120 ou 150 Hz a 12 dB/8ª.
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 75
Speakers
L+ L- R+ R-
High
Power Power
Fuse
GND RMT +12
entrada de sinal
baixa impedância
saídas para
auto-falantes
alimentação fusível
Figura 83 – Amplificador tipo booster.
Amplificadores de fonte chaveada (Mosfet)
O circuito de amplificação de um amplificador de fonte chaveada dispõe de tecno-
logia avançada de transistores Mosfet na fonte de alimentação e estágio de saída.
As características dos amplificadores de fonte chaveada são:
• a fonte chaveada permite que o circuito eletrônico do amplificador possa ma-
nejar elevadas potências por meio do uso de conversores, os quais permitem 
que um transformador toroidal eleve a tensão de entrada. Um amplificador 
de fonte chaveada que é alimentado com 14,5 Volts pode trabalhar com uma 
tensão muito maior e produzir elevada potência; 
• devido ao elevado grau de sofisticação do circuito, os amplificadores de fonte 
chaveada têm baixíssimo índice de distorção harmônica THD (máximo de 
1%). Essa baixa distorção é possível porque os amplificadores Mosfet recebem 
o sinal de áudio proveniente das saídas RCA do rádio. A saída RCA é também 
chamada saída de alta impedância. Ela apresenta um sinal com excelente res-
posta de frequência e baixo nível de distorção, pois foi retirado diretamente 
da placa do aparelho antes de passar por qualquer tipo de amplificação;
• amplificadores de fonte chaveada apresentam o que se denomina ganho. 
Ganho é um botão que é regulado pelo instalador. Sua função é ajustar a 
sensibilidade de entrada de alta impedância para obter um perfeito equilíbrio 
entre a amplitude do sinal que a entrada do amplificador deve receber e a 
amplitude do sinal que é liberado pela saída RCA do aparelho que o antecede;
• o nível de ganho de um amplificador, quando bem ajustado, evita que ocorra 
saturação na entrada do aparelho, o que se traduz em melhor relação entre 
sinal e ruído;
Ya
ra
 S
an
ch
ez
76 INSTALAÇÃO DE SOM
• a resposta de frequência é plana;
• possuem divisor de frequência interno, com regulagem a critério 
do usuário.
Speakers
L+ L- R+ R-
Power
GND RMT +12
Speakers
L+ L- R+ R-
Imput
saídas para auto-falantes
traseiros
entrada de sinal
alta impedância (RCA)
alimentação
ajuste de ganho
Figura 84 – Amplificador tipo fonte chaveada (Mosfet).
Crossover
São equipamentos utilizados para controle de corte de frequência dos alto-falantes. 
Tipos de Crossover
Os crossovers são divididos em dois tipos: passivo e ativo.
Crossover passivo
São equipamentos de corte de frequência fixo, ou seja, o valor de frequência não 
é ajustável.
Figura 85 – Crossover passivo.
Ya
ra
 S
an
ch
ez
Ge
rs
on
 F
er
re
ira
 d
e 
So
uz
a
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS ELETROELETRÔNICOS AUTOMOTIVOS 77
Crossover ativo
São equipamentos de corte de frequência ajustáveis, ou seja, o valor de frequência 
pode ser ajustado conforme necessidade. Este dispositivo permite o ajuste de 
cada canal individualmente.
Figura 86 – Crossover ativo.
Cabos de alimentação
Os cabos de alimentação são elementos de cobre que permitem a condução de 
corrente elétrica para a alimentação dos rádios e amplificadores. Para que haja 
um perfeito isolamento eles são revestidos de uma capa de plástico especial que 
também serve como proteção contra o superaquecimento.
Especificação de cabos de alimentação
Os cabos utilizados tanto para alimentação do rádio como do amplificador de-
vem ser cuidadosamente dimensionados. A corrente elétrica e o comprimento 
são parâmetros que estabelecem a seção (área) do cabo a ser utilizada. 
A tabela 1 apresenta a seção de cabos de alimentação para fios de cobre flexíveis, 
os mais utlizados para instalação de acessórios:
Ge
rs
on
 F
er
re
ira
 d
e 
So
uz
a
78 INSTALAÇÃO DE SOM
Tabela 1 – Seção de cabos de alimentação
Seção de cabos em mm²
Cabo
0 – 
1m
Cabo
1 – 
2m
Cabo
2 – 
3m
Cabo
3 – 
4m
Cabo
4 – 
5m
Cabo
5 – 
6m
Cabo
6 – 
7m
Cabo
7 – 
8m
0 – 20 Amp. 1,5 2,5 2,5 4 4 6 6 6
20 – 35 Amp. 2,5 4 6 6 10 10 10 16
35 – 50 Amp. 4 6 6 10 10 16 16 25
50 – 65 Amp. 6 6 10 16 16 16 16 25
65 – 85 Amp. 10 10 16 16 25 25 25 --
85 – 105 Amp. 10 10 16 25 25 25 25 --
Exemplo de instalação formado pelos componentes:
• um CD player com dois canais de saída

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