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Modelo definitivo de resenha critica

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
 ADMINISTRAÇÃO BACHARELADO – GRADUAÇÃO
 JOHN CHARLES SILVA TORRES
 RESENHA DO TEXTO:
A DINÂMICA DOS PRINCÍPIOS EM MATÉRIAS DE LICITAÇÕES E CONTRATOS
ADMINISTRATIVOS E O VEITOR AXIOLÓGICO DA RAZOABILIDADE
 
São Luís
2021
2
2
A DINÂMICA DOS PRINCÍPIOS EM MATÉRIAS DE LICITAÇÕES E CONTRATOS
ADMINISTRATIVOS E O VEITOR AXIOLÓGICO DA RAZOABILIDADE.
John Charles Silva Torres
Universidade Estadual Do Maranhão – UEMA
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
RIBEIRO, Tiago Moraes. A dinâmica dos princípios em matérias de licitações e contratos administrativos e o vetor axiológico da razoabilidade. Boletim de Licitações e Contratos, São Paulo, v. 29, n. 6, p. 550-558, jun. 2016.
APRESENTAÇÃO DO AUTOR
Pós-graduado em Direito Público com ênfase em Direito Administrativo Aplicado pela Universidade Anhanguera-UNIDERP, Graduado em Direito pela Universidade Federal do Para (UFPA), Analista Técnico-Administrativo no Ministério da Saúde - PA (NEMS/PA), Membro da Comissão Permanente de Licitação do Ministério da Saúde no Pará, Advogado.
RESUMO
Resenha crítica do estudo da A DINÂMICA DOS PRINCÍPIOS EM MATÉRIAS DE LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS E O VEITOR AXIOLÓGICO DA RAZOABILIDADE, de Tiago Moraes Ribeiro, nele o autor trata dos princípios da razoabilidade apresenta fatos reconhecidos e o ponto de partida que direcionam a aplicação do ordenamento jurídico e podem ser utilizados para fundamentação de uma decisão judicial, esses princípio se aplica ainda a limitação do poder discricionário para que os apliquem ao caso concreto. Abordar também que a licitação se destina a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da razoabilidade, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
Ainda em relação ao princípio da razoabilidade, entende-se que existem três acepções, dentre elas está a razoabilidade como equidade que nada mais é diretriz que exige a relação das normas gerais com as individualidades do caso concreto, ou seja, harmonização da norma geral com o caso individual, razoabilidade como equivalência é não pode haver uma contraposição, ou seja, uma desigualdade entre o direito e o custo a ser pago pelo cidadão culpa serve de critério para a fixação da pena a ser cumprida, devendo esta pena ser equivalente à culpa e razoabilidade como congruência, impedem a utilização de razões arbitrárias e a subversão dos procedimentos institucionais utilizados, não se pode desvincular da realidade, e também exige harmonização das normas.
 O tema está relacionado a um processo ineficiente da Administração Pública: o procedimento licitatório. De forma geral, o primeiro trata de críticas ao sistema atual e de como buscar métodos eficientes de melhorar a gestão de compras; o segundo enfatiza que como estão ocorrendo, os critérios e a adoção das políticas de compras sustentáveis por parte dos órgãos públicos. De forma geral, quanto à produção na área de Compras Públicas, pode-se notar que muitos gestores públicos defendem a simplificação dos processos de compra, pois caracterizam o sistema atual como lento. Muitos entendem que os compradores públicos precisam participar mais ativamente e profissionalmente no comportamento ético e moral durante todo o processo de compra.
Assim, é possível compreender que quanto maior o número de empresas interessadas em contratar com o poder público, maior é o acirramento da disputa, e consequentemente, a Administração conseguirá contratações mais lucrativas. Cabe ressaltar que o tema de compras públicas sustentáveis aparece com destaque e mostra-se em crescimento no campo de conhecimento. Por meio da pesquisa pode-se entender, no entanto, a necessidade de maior aprofundamento e diversidade de metodologias necessárias para consolidação e amadurecimento das pesquisas sobre o tema. 
Observou -se também que, em que pese já existir previsão legal para as licitações sustentáveis e constatação de grandes benefícios para a sociedade em longo prazo, estas ainda estão praticamente restritas a pouquíssimos órgãos públicos. Devido à pressão da sociedade civil e a movimentação do setor privado, o tema de Compras Públicas Sustentáveis tem demonstrado uma evolução em quantitativo d e pesquisas nos últimos anos, buscando demonstrar as práticas que estão ocorrendo em função das mudanças, principalmente de legislação do setor. Como nos demais campos, notadamente, o tema está buscando apresentar as práticas, das mais diferentes formas, para que se possa avançar na consolidação de novos aspectos teóricos sobre o tema, que novamente refletiram em mudanças de paradigmas e práticas. Por ser uma área tão importante dentro da Gestão Pública, pois qualquer resultado que a Administração deseje alcançar envolve uma ou várias contratações, o tema Compras Públicas e mais especificamente de Compras Públicas Sustentáveis, deveria ser mais aprofundado cientificamente. Seria desejável maior ênfase nos estudos dessa área, para haver uma maior produção científica na área de licitações públicas, principalmente por se observar as fragilidades existentes neste setor.
PALAVRAS-CHAVE: Razoabilidade;. administração pública, gestão pública.
ABSTRACT
Critical review of the study of Tiago Moraes Ribeiro's THE DYNAMICS OF PRINCIPLES IN BIDDING AND ADMINISTRATIVE CONTRACTS AND THE AXIOLOGICAL VECTOR OF REASONABILITY, in which the author deals with the principles of reasonableness, presents recognized facts and the starting point that guide the application of the law legal and can be used to substantiate a court decision, these principles also apply to the limitation of discretionary power to apply them to the specific case. Also address that the bidding is intended to ensure compliance with the constitutional principle of equality and to select the most advantageous proposal for the Administration and will be processed and judged in strict accordance with the basic principles of reasonableness, objective judgment and those related to them .
Also in relation to the principle of reasonableness, it is understood that there are three meanings, among them is reasonableness as equity, which is nothing more than a guideline that requires the relationship of general standards with the individualities of the concrete case, that is, harmonization of the general standard with in the individual case, reasonableness as equivalence is there can be no opposition, that is, an inequality between the right and the cost to be paid by the guilty citizen serves as a criterion for setting the penalty to be served, and this penalty must be equivalent to guilt and reasonableness as congruence, prevent the use of arbitrary reasons and the subversion of institutional procedures used, cannot be detached from reality, and also requires harmonization of norms.
 The theme is related to an inefficient Public Administration process: the bidding process. In general, the first deals with criticisms of the current system and how to look for efficient methods to improve purchasing management; the second emphasizes that, as they are happening, the criteria and the adoption of sustainable procurement policies by public bodies. In general, regarding the production in the Public Procurement area, it can be noted that many public managers defend the simplification of the purchasing processes, as they characterize the current system as slow. Many understand that public buyers need to participate more actively and professionally in ethical and moral behavior throughout the entire purchasing process.
Thus, it is possible to understand that the greater thenumber of companies interested in contracting with the government, the greater the dispute, and consequently, the Administration will obtain more profitable contracts. It is noteworthy that the theme of sustainable public procurement appears prominently and is growing in the field of knowledge. Through research, however, it is possible to understand the need for greater depth and diversity of methodologies needed to consolidate and mature research on the subject.
It was also observed that, although there is already a legal provision for sustainable tenders and evidence of great benefits for society in the long term, these are still practically restricted to very few public bodies. Due to pressure from civil society and the movement of the private sector, the theme of Sustainable Public Procurement has shown an evolution in quantitative research in recent years, seeking to demonstrate the practices that are taking place due to changes, especially in the sector's legislation. As in other fields, notably, the theme is seeking to present the practices, in the most different ways, so that it can advance in the consolidation of new theoretical aspects on the subject, which again reflected in changes in paradigms and practices. As it is such an important area in Public Management, as any result that the Administration wishes to achieve involves one or several contracts, the theme of Public Procurement, and more specifically Sustainable Public Procurement, should be scientifically deepened. Greater emphasis on studies in this area would be desirable, in order to have greater scientific production in the area of ​​public tenders, mainly due to the existing weaknesses in this sector.
CONCLUSÃO DO RESENHISTA
O presente texto apresenta matéria controversa no que diz respeito a competência entre União e demais ente s da Federação para disciplinar em matéria acerca de licitações e contratos administrativos, trazendo como Fundamentação a CF /88 e entendimento do doutrinário . Além disso, trouxe os conceitos de norma geral e específica com a definição da natureza da norma a acerca do prazo de vigência do registro de preços.
De um modo geral, o autor apoia -se em doutrinadores e entendimentos juris prudenciais para emitir suas conclusões. Numa das poucas oportunidades em que de clara suas próprias ideias, o autor nos lembra que “a partir do momento em que a Administração efe tua contratações amparadas em vigência estendida de um dado registro de preços, impõe-se reconhecer que as avenças aí concluídas já não têm como apoio a licitação originária, mas sim, a escolha direta da Administração”. Por meio deste raciocínio, incentiva - nos a pensar e ter o cuidado ao interpretar a norma para que não incorra em hipótese dissimulada de dispensa de licitação.
Respaldando, ainda, sua opinião em autor destaca as características das contratações publicas conferindo seu comprometimento com o interesse público, ressaltando que a natureza frequente, mas eventual, das contratações de bens com preços registrados, é contraditória com a impossibilidade de interrupção e perenidade dos serviços de prestação continua da. Além disso, a indefinição prévia acerca do quantitativo demandado, próprio dos objetos de registro de preços o põe -se, igualmente , de modo frontal, ao s serviços contínuos, o s quais pela perenidade de sua necessidade, são de plena de limitação quantitativa pela Administração Pública.
Finalmente ,deixa claro que a jurisprudência tradicionais apesar de funcionarem com importantes argumentos, não podem ser tomadas com critérios únicos para solucionarem os problemas verificados perante a realizada e judiciários tem afastado as tentativas de formação de registro de preços para aquisições de serviços de contínua necessidade pelo Poder Público, rechaçando aquelas a legações de imprevisibilidade de estimação de quantitativos fundadas não na natureza licitação, mas na falta ou incapacidade de planejamento. Por isso que a solução para os impasses que possam decorrer da aplicação da Lei de Licitações e Contratos Administrativos deve ser norteada por um critério justo e ético.
Ideias principais do autor
Esboçar o princípio razoabilidade evidenciando sua importância a sociedade, e sua utilização para o interesse público por meio das licitações e contratos administrativos.
Objetivos principais do autor
· Esboçar a perspectiva apoiada na estrutura das regras, mas totalmente afirmado pelo Superior Tribunal, pelo Tribunal de Contas da União sobre a possibilidade da existência da Administração Pública;
· Analisar o princípio da razoabilidade e sua utilização em prol da sociedade.
Aspectos críticos
1. O vício de inconstitucionalidade
Nesta primeira crítica de ordem geral cabe ainda mencionar a previsão de inúmeros regulamentos, que vão gerar problemas de aplicabilidade na medida em que não contém apenas normas gerais, descendo a incríveis detalhamentos e particularidades. O problema está em alguma possível situação que não se enquadre perfeitamente na literalidade da definição, podendo gerar controvérsias. De resto, podem configurar inconstitucionalidade, na medida em que, ao estabelecer impedimentos e obrigações para agentes públicos, afetam a autonomia administrativa das unidades da federação. Enfim, pode-se mostrar que as sansões das licitações públicas ganhariam muito mais objetividade e operacionalidade se fossem mais enxuta e objetiva, dispondo apenas sobre o essencial. Toda norma jurídica precisa ser interpretada, para que do enunciado se extraia o mandamento. Quanto mais normas, mais interpretações possíveis.
2. Desvio finalidade 
Embora como visto que a Administração está adstrita à lei, isso não quer dizer que não poderá se valer da razoabilidade, pois acima do princípio da legalidade, está o interesse público, onde deve ser garantida a vontade do coletivo, e que estes não sejam prejudicados, assim sendo, quando alguém pretende usar de má-fé perante o poder público, não deverá este sair ileso e com êxito por falta de lei específica para tal ato cometido. Portanto visando o interesse coletivo, existe a possibilidade de aplicação da teoria da desconsideração no âmbito administrativo. Contanto que seja por meio de processo administrativo com caráter punitivo, e que sejam observadas todas as devidas legalidades, como o devido processo legal e o princípio da ampla defesa. A limitação da responsabilidade surge como instrumento para viabilizar a socialização do investimento e do risco empresarial. Sem tais elementos, dificilmente haveria incentivo suficiente para que pessoas físicas investissem em grandes empreendimentos como à época eram as grandes navegações, atividade de alto custo e risco. Como ensina FRAZÃO (2011, p. 18):
Atualmente, os atos licitatorios em respectiva limitação da responsabilidade é relativizada e passa até mesmo por um processo de revisão. Enquanto alguns doutrinadores defendem que ela somente deve ser afastada em casos excepcionais, outros se posicionam pela completa inadequação do instituto, sustentando que o patrimônio pessoal do sócio deve responder por toda e qualquer dívida da sociedade.
Não concordo com este posicionamento, considero que a supressão da separação patrimonial significaria um retrocesso ao direito societário e à economia, inviabilizando a grande maioria – se não a completude – dos projetos que demandem maior capital.
3. Ausência de previsão legal
A discussão acerca da existência de previsão legal da razoabilidade torna-se tão perigosa, uma vez que se trata de princípio cuja aplicação é recorrente e amplamente aceita tanto pela doutrina quanto por nossos tribunais. Entretanto, a obrigação de rever, ainda que brevemente, os argumentos que buscam legitimar a aplicação da figura, apesar de formalmente inexistente em nosso ordenamento jurídico. Já o princpio da razoabilidade é uma tentativa da limitaçao ao poderpublico, ou seja tras mais tentativas de impor limitaçoes aos atos praticados.
É claro que o dispositivo aborda única e exclusivamente a utilização tradicional da desconsideração. Entretanto, por meio de uma interpretação teleológica do dispositivo, nossa jurisprudência vem utilizando-o para fundamentar suas decisões. Há de se verificar, segundo o entendimento de nossos tribunais, a finalidade desse dispositivo, perquirindo-se os reais objetivos vistos pelo legislador quando de sua edição.
Ao ser utilizada para coibir a prática de fraudes contra credores e o abuso de direito, a lógica é dessa maneira ser mantida. Superados os possíveis questionamentos oriundos da ausência de autorização legislativa para a aplicação da razoabilidade, passaremos a analisar o seu processo de finalidade.
4. O impacto negativo do interesse publico sobre os contratos administrativos
Em nosso país, no decorrer do tempo, verdadeiros desequilíbrios foram observados no que se refere aos meios, formas e parâmetros adotados pelos administradores responsáveis pela gestão pública, quanto ao controle do dinheiro público, trazendo como exemplo obras "superfaturadas", contratações de pessoal sem a realização de concursos públicos, principalmente em períodos que antecediam aos interesses eleitorais.
O mau uso da receita pública, originada da arrecadação decorrente da elevada carga tributária, suportada pela maioria da população, possibilitou o surgimento do chamado déficit público que engoliu milhões de reais, deixando de lado investimentos de monta, nas necessárias áreas da saúde, da educação, da moradia, da segurança, do transporte, entre outras.
Contudo, na medida em que se trabalhou a transição democrática, em especial com a promulgação da Carta Constitucional de 1988 e a consequente instauração do Estado Democrático de Direito, a sociedade paulatinamente se conscientiza e clama por seriedade e eficiência no trato da coisa pública.
É preciso planejar cada vez melhor as ações estatais para se conseguir atender as demandas sociais. Ademais é mister que o controle financeiro dos entes estatais mostre se eficiente, pois um bom planejamento irá impactar diretamente na promoção e eficácia de políticas públicas que possam alcançar e mudar a realidade dos grupos mais necessitadas da população, mudando o atual cenário de desigualdade social ainda latente em nosso país. No que tange ao panorama econômico, um aproveitamento consciente da arrecadação de tributos, pode ser revertida em melhores e maiores investimentos internos, por exemplo para restituir a competitividade a indústria nacional , aprimorar nossos processos de logística, fundamentais para garantir uma economia forte e competitiva frente ao mercado globalizado. 
5. Ausência de critérios mais seguros para a aplicação da teoria da razoabilidade
Diante de tais fatos, os limites à devem ser traçados de maneira clara e objetiva, de maneira que se afaste a sua aplicação inconseqüente. Não se pretende aqui estabelecer regras estanques e rígidas ao ponto da atividade jurisdicional restar engessada. Buscamos, na realidade, respeitando-se o caráter casuístico da desconsideração da personalidade jurídica (COMPARATO; SALOMÃO FILHO, 2008), estabelecer um modelo que promova tanto a sua efetividade quanto resguarde a pessoa jurídica, evitando que a sociedade passe a ser garantidora das obrigações pessoais do sócio e, conseqüentemente, o esvaziamento do conceito da razoabilidade.
Essa é uma ideia defendida por ilustres autores, os quais sempre induziram os seus leitores a pensar desta forma, não possibilitando aos mesmos uma visão crítica acerca desse assunto. Diante disso vamos tentar demonstrar que a inexistência segura para a aplicação da desconsideração que é de extrema importância no Direito, todavia, a sua aplicação deve ser limitada, uma vez que os direitos individuais também clamam pela sua pratica.
A partir do momento em que razoabilidade deixa de ser vista como elemento do seguro,e passa a ser vista apenas como resultado de uma estrutura normativa e a lei se torna a razão de existir da pessoa jurídica, não tendo tota garantia correta, aasim podendo o legislador torna-se todo poderoso para dispor sobre quando e como deverá ser mantida a sua autonomia. Essa indiferença propicia a razoabilidade, e na medida em que as sociedades deixam de ser vistas como entes nos quais a intervenção em sua personalidade restringir-se-ia a hipóteses excepcionais, pois interferiria na própria essência da pessoa jurídica. Quando a essência da personalidade jurídica passa a ser encontrada na lei, as razões econômicas ou históricas deixam de ser relevantes para defender-se a sua manutenção.
6. Administração Pública não tem disponibilidade de interesse
De acordo com o exposto, a desconsideração da personalidade jurídica, é um instituto importante para a proteção do princípio da autonomia patrimonial. Visto que esta tem como objetivo a coibição do uso fraudulento de tal princípio. Assim mantendo de uma forma justa, pois aqueles que agem de acordo com a lei, estarão com seus bens particulares assegurados, e os que usam de má fé, serão punidos. Diante o apresentado, a Administração Pública poderá se valer de tal teoria, com intuito de preservar-se de atitudes nocivas à coisa pública. 
A Constituição da República Federativa do Brasil proclamou em seu preâmbulo a instituição de um Estado Democrático de Direito, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos.  Trazendo consigo a existência do princípio da supremacia do interesse público, o qual informa todo o direito administrativo direcionando as condutas dos agentes. Ocorre que, no âmbito das relações sociais, vão surgir conflitos entre o interesse público e o interesse privado, de forma que, ocorrendo este conflito, há de prevalecer o interesse público, isto é, aquele que atende um maior número de pessoas.
E aí surge um questionamento: como poderia o interesse individual ser observado já que a Administração Pública tem o dever de atender os anseios da coletividade? E a nossa resposta para essa indagação é que o administrador deve recorrer aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, sendo necessária a ponderação do interesse público e individual, a fim de saber qual o interesse seria aplicável ao caso concreto. Feito isto, não seria o caso de um interesse prevalecer sobre o outro de modo absoluto, mas sim, no momento da ponderação, um deles teve peso maior, por isso foi necessária a sua aplicação em uma situação específica. Sendo assim a supremacia do interesse público deve conviver com os direitos fundamentais dos cidadãos não os colocando em risco. Apesar desse princípio ser implícito, tem a mesma força jurídica de qualquer outro princípio explícito. Desse modo, deve ser aplicado em conformidade com os outros princípios consagrados no ordenamento jurídico brasileiro e, em especial, ao princípio da legalidade. Ademais é exigível a razoabilidade do administrador público no momento da interpretação e aplicação da supremacia do interesse público, além de ser necessária a ponderação entre o interesse público e individual para que possa ser encontrada a solução mais adequada, e não que um desses interesses venha substituir o outro.
Assim, é importante concluirmos que o princípio da supremacia do interesse público deve ter uma aplicação limitada, bem como, deve ser pautada no princípio da razoabilidade e proporcionalidade incumbindo ao administrador ponderar os interesses em jogo, uma vez que o particular deve ser reconhecido como um ser social possuindo legítimas prerrogativas individuais.
7. Abuso sobre os Contratos Administrativos
Os aspectos controvertidos trazidos pelo Regime Diferenciado de Contratações Públicas, e que suscitaram a problemática quanto à constitucionalidade, foram os referentes ao procedimento de sua criação, competência do legislador federal,sigilode orçamento, contratação integrada, contratos de eficiência e remuneração variável. os principais argumentos a cerca da inconstitucionalidade que são referentes ao procedimento de sua criação e a competência do legislador federal para tanto. A respeito do procedimento para a criação, a inconstitucionalidade formal ocorreria em decorrência de um vício no processo de elaboração de uma lei, ou seja, da criação de um ato legislativo em desconformidade com as normas de competência ou dos procedimentos estabelecidos para que ocorra o devido processo legislativo.
Ocorre que a referida previsão diverge de alguns dispositivos da Lei n. 8.666/93, que prevê a divisão em no mínimo duas licitações distintas, sendo uma para a contratação do projeto básico e outra para a execução das obras. De forma geral, critica-se o contrato de eficiência e a remuneração variável com base na possibilidade de que nestes dois institutos sejam usados critérios subjetivos para que o contratado seja beneficiado e isso poderia dar margem à caracterização de vantagens ilícitas e abre a possibilidade de fraudes.
8. A ambiguidade no sentido interpretativo
A maior dúvida quanto a redação final é se o objetivo do legislador é que deve haver a comprovação do dolo ou não, já que apesar deretirar a expressão, manteve o sentido interpretativo de que se deve provar a existência de propósito para fraudar. A dúvida influi diretamente no andamento processual, pois não se sabe ao certo se é necessário produzir prova da intenção de fraudar.
. A lei buscou trazer cada vez mais inovações e peculiaridades frente à legislação já vigente de licitações. As diversas inovações estão em busca de dar uma maior celeridade a todos os processos, reduzindo cada vez mais a burocracia envolvida nos processos licitatórios, e ainda, busca dar mais vantagem para a administração pública, trazendo mais propostas com os custos reais de mercado e transferindo para o particular que tem maior conhecimentos acerca das melhores soluçoes.
 O sigilo de orçamento estimado trazido pelo artigo 6º da nova lei é um dos temas mais controvertidos, com o pressuposto tradicional que vem sendo trazido pela Lei nº 8.666/93, que consiste na publicação de um orçamento estimado para contratação como sendo uma informação que não pode faltaraos licitantes ao elaborar suas propostas. Permanece ainda a necessidade, porém, de divulgação do detalhamento dos quantitativos e de demais informações necessárias para a elaboração da proposta, é importante salientar que, deve ser levado em consideração as decorrências jurídicas do sigilo do valor do orçamento estimado, principalmente pela que estão da impossibilidadede apontar os defeitos pelos interessados previamente, o que é fruto de uma consequência na possibilidade da desclassificação de propostas por preço maior que o que foi estimado, assim sendo, não se pode imputar ao particular que concorde com o valor. Devido a isto, o orçamento está subordinado a disciplinas bem severas, e passam por diversas dificuldades em obterinformações confiáveis melhores soluções.
9. A limitação da responsabilidade
A socialização dos riscos e do investimento é essencial para propiciar o desempenho de atividades cuja complexidade e alto custo afastariam o interesse de particulares em desenvolvê-las. A limitação da responsabilidade do sócio ao montante investido permite-lhe ter exata noção de quanto de seu capital estará arriscando em determinado contrato. A partir do momento em que deixa de ser vista como elemento do mundo fático e passa a ser vista apenas como resultado de uma estrutura normativa e a lei se torna a razão de existir da pessoa jurídica, o legislador torna-se todo poderoso para dispor sobre quando e como deverá ser mantida a sua autonomia. Essa abstração propicia a desconsideração da personalidade jurídica, na medida em que as sociedades deixam de ser vistas como entes nos quais a intervenção em sua personalidade restringir-se-ia a hipóteses excepcionais, pois interferiria na própria essência da pessoa jurídica. Quando a essência da personalidade jurídica passa a ser encontrada na lei, as razões econômicas ou históricas deixam de ser relevantes para defender-se a sua manutenção.
A crise a que se referem tais doutrinadores possui como cerne o distanciamento dos conceitos de pessoa jurídica e de direito subjetivo, que acarretou o esvaziamento daquele. A pessoa jurídica passa a ser vista como mera criação da ordem jurídica, a qual a lei atribui um universo de direitos e deveres. Esvazia-se o conceito de pessoa jurídica, portanto, de significado e de conteúdo (COMPARATO; SALOMÃO FILHO, 2008, p. 350):
A Lei passa a distanciar a razoabilidade, reconhecendo-a não como um ente dotado de existência por suas próprias qualidades, mas sim como uma mera qualidade atribuída pelo direito a uma determinada situação fática. Essa indiferença do conceito de personalidade jurídica, por sua vez, torna mais tênue os contornos da sociedade, cuja definição será encontrada no texto legal. Dessa maneira, facilita-se a sua desconsideração, uma vez que a discussão perpassaria a mera previsão legal da hipótese.
10. A Supremacia da Constituição sobre os atos licitatórios
 A supremacia da Constituição, do ponto de vista jurídico, decorre pelo fato dela ser rígida, onde só se pode ser alterada por um procedimento mais dificultoso do que se faria com as leis ordinárias ou complementares. A solução da contratação integrada, o que é a possibilidade de contrato de empreitada de obra e serviço de engenharia, onde a administração pode, a partir de uma semi projeto de engenharia, contratar o particular que assume total obrigação de conceber as soluções que sejam necessárias e elaborar os projetos básicos e executivos, depois assumo a postura de executar o objetivo com fornecimento dos materiais, equipamentos e insumos dentre tudo mais que for preciso para o funcionamento, mediante uma remuneração a depender da operação e condições que serão posteriormente predeterminadas. O objeto da contratação integrada é de natureza deveras complexo, vinculada ao desenvolvimento atividade contratada, não abrangendo somente obras e serviços, mas também podendo ocorrer montagens, testes e toda a pré-operação do empreendimento. Ressalta-se que pela inteligência do dispositivo legal, somente cabe o uso da contratação integrada caso a obra ou serviço for pressuposto e instrumento para o desempenho de atividades diferenciadas. 
trouxe também uma valiosa novidade que é a adimplemento de contratação de obras e serviços de acordo com o desempenho que é baseado nas metas, nos padrões de qualidade e em critérios de sustentabilidade ambiental e não menos importante o prazo de entrega predeterminado no edital e no contrato. Esta é uma solução que visa remunerar diferentemente, dependendo somente dos diversos níveis de satisfação do poder administrativo, variando do mínimo que pode ser aceito até o melhor nível de aceitação. Em casos em que é possível esta mensuração, ou seja, quando uma prestação da qualidade superior satisfaz o ente público em maior grau que o de qualidade inferior, que continua apresentando vantagem, desde que apresentado acima de um nível mínimo requerido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RIBEIRO, Thiago Moraes. A Dinâmica dos Princípios em Matérias de Licitações e Contratos Administrativos e o Vetor Axiológico da Razoabilidade. Revista SÍNTESE Responsabilidade Pública, v. 96, p. 109-123, 2013.
OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Licitações e contratos administrativos: teoria e prática. 8. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2019.
Dl PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrative. 24. ed. Sao Paulo: Atlas, 2011

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