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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Thaís Leme Dias R.A 2014831 RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO Valinhos - SP Agosto/ 2022 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Estágio Supervisionado em Ensino Fundamental Anos Iniciais (Docência) Relatório de Estágio Curricular Obrigatório elaborado para formalizar o encerramento do Modulo 7: Estágio Supervisionado em Ensino Fundamental Anos Iniciais – Docência, no curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Valinhos - SP Agosto/ 2022 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1 2. APRESENTAÇÃO DO CONTEXTO ESCOLAR 2 3. REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 4 4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 14 REFERÊNCIAS 15 1 1. INTRODUÇÃO Este trabalho traz como objetivos principais a observação e análise das práticas em sala de aula, os conhecimentos teóricos na prática e o acesso à realidade profissional através da atuação em situações reais de trabalho. Assim, descrevo e reflito sobre as vivências durante o Estágio Supervisionado em Ensino Fundamental - Anos Iniciais - Docência. De acordo com Castro; Salva (2012): “Os estágios se caracterizam como etapa obrigatória na formação de todo professor, sendo elementos desafiadores da prática pedagógica e das concepções dos futuros educadores durante a formação inicial”. Essa visão evidencia a necessidade de contemplar o estágio, não somente como componente curricular obrigatório, mas essencial para uma formação integral dos graduandos, onde podem enfrentar situações desafiadoras da docência e assim aprimorar sua prática a partir da teoria aprendida. As observações e atividades aconteceram na turma do 1° ano B, durante o turno da manhã, na Escola Estadual Instituto Popular Humberto de Campos no município de Campinas, com duração de 100 (cem) horas. 2 2. APRESENTAÇÃO DO CONTEXTO ESCOLAR Abro minhas considerações comentando sobre o Instituto Popular Humberto de Campos- IPHC, entidade social sem finalidade lucrativa, fundada em 1938 completou este ano 84 anos, tinha na época, o objetivo de oferecer escolaridade básica a crianças e jovens sem condições de frequentarem as escolas. Possui vários programa de assistência como serviços de prevenção à saúde com atendimento médico e odontológico gratuito a toda comunidade e empréstimos de equipamentos de saúde; serviço gratuito de distribuição de medicamento a pessoas da comunidade, mediante receita médica atualizada; e também serviços de entrega de doações de itens variados através de solicitação dos Centros de Assistência Social (CRAS) ou busca espontânea da população. Para que tudo aconteça, possuem uma gama de voluntários, colaboradores em campanhas, bazares e outros eventos. No setor de educação, em parceria com a Prefeitura Municipal de Campinas, a Unidade Escolar de Educação Infantil do Instituto Popular Humberto de Campos funciona em tempo integral, atende quase 100 crianças gratuitamente crianças pequenas de 3 anos e 4 meses a 5 anos e 11 meses, de segunda à sexta-feira. Uma segunda parceria, formada em meados de 2009 (dois mil e nove), foi com o Governo do Estado de São Paulo. O IPHC junto a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo formaram a Escola Estadual Instituto Popular Humberto de Campos (EEIPHC), onde atende em dois períodos (das 7h às 17h), 128 (cento e vinte e oito) crianças na faixa etária de 6 a 10 anos, matriculadas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I (Anos Iniciais), com recursos humanos e merenda fornecidos pelo Estado. E no contraturno, o IPHC fornece, com recursos próprios, as demais refeições (almoço e lanche). As demais atividades do contraturno ficam a cargo do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), serviço socioassistencial com famílias residentes do município de Campinas e que passam por situações de vulnerabilidade social. São realizadas oficinas de informática, artes e artesanato, atividades culturais e brincadeiras diversas, assegurando a permanência dessas crianças durante todo o dia em suas instalações. 3 O corpo docente é formado por um total de 10 (dez) professoras que trabalham de segunda a sexta-feira em dois turnos das 07:00h às 17:00h, e com formação continuada através de cursos fornecidos pela EFAPE- Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Estado de São Paulo “Paulo Renato Costa Souza”. A equipe gestora é composta por uma diretora que tem auxílio da orientadora pedagógica e uma assistente administrativa na secretaria, uma agente de organização escolar, três cozinheiras terceirizadas, e dois auxiliares de serviços gerais, um porteiro. As práticas que compõem a proposta da Escola Estadual Instituto Popular Humberto de Campos são pautadas no Currículo do Estado de São Paulo e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Têm como eixos norteadores o domínio dos conteúdos culturais básicos de leitura e escrita, das artes, e das letras, adequando com necessidades individuais dos alunos ao seu meio social, promovendo integração por experiências vividas e ações democráticas. 4 3. REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS O Estágio em Docência no Ensino Fundamental (Anos Iniciais) foi cumprido através de observação, e as atividades foram desenvolvidas com auxílio da diretora Telma Aparecida Cunha Von Zuben e da professora Andréia do 1° Ano B, que desenvolve um excelente trabalho no EEIPHC. 3.1. Cartografia sócio-pedagógica A Escola Estadual Instituto Popular Humberto de Campos se localiza na região leste do município de Campinas. Os alunos que frequentam a instituição moram em bairros distantes e carentes de recursos. A situação socioeconômica das famílias é de vulnerabilidade social e de violação de direitos. Os pais e responsáveis possuem baixa escolaridade e tem um perfil variado. Apesar disso raramente deixam de comparecer às reuniões. A escola conta com 01 (uma) estrutura predial contendo 07 (sete) salas de aulas divididas entre dois períodos (manhã e tarde) e bem iluminadas, há um único espaço externo, a quadra de esportes coberta. Não possui biblioteca, nem horta, nem pátio aberto. São um almoxarifado, área de serviço, portaria, recepção, um refeitório e cozinha, uma sala dos professores, uma sala de espera, uma sala de secretaria, uma sala de informática, quatro sanitários adequados ao Ensino Fundamental, dois sanitários para funcionários. Quanto aos materiais e equipamentos da equipe são: materiais de papelaria; diversos materiais pedagógicos; livros infantis; jogos pedagógicos; televisão; aparelho de som; CDs; DVDs; um projetor; três computadores; um data show; impressora; telefones/fax; mesinhas; cadeiras; armários; prateleiras; lousas; bancos. 5 3.2. Observação Em conversa com a professora designada para meu estágio, pude notar que há um trabalho constante sobre construção de valores e de cidadania. As experiências vividas e trazidas pelos alunos são valorizadas, e há um olhar singular para cada educando e para cada família. A escola tem como objetivo a formação integral do educando, cidadão consciente de direitos e deveres, o desenvolvimento individual , autoestima e autonomia, responsabilidade e respeito, solidariedade, consciência de si e dos outros. Um ponto importante foi que o Hino Nacional é cantado na escola toda segunda-feira. Acreditam ser uma forma de valorizar o nosso país e resgatar o civismo, pois ao cantar o hino, podemos buscar coisas agregadas que somam positivamente para a sociedade. E após o canto do Hino Nacional, é realizada a Oração da Serenidade sempre por uma das crianças presentes. Esta unidade escolar, como mediadora, proporciona situações diversas de aprendizagens significativas, competências e habilidades e promove melhor qualidade de ensino, visando elevar o nível da aprendizagem, conscientizando o aluno da importância da escola em suas vidas. As crianças receberam muitas doações, e uma que presenciei e auxiliei foi a de cachecóis feitos pelas voluntárias "Arteiras do Bem"do Instituto Popular Humberto de Campos. A reunião de Pais, Responsáveis e Professores é realizada ao final de cada bimestre, para que tomem consciência dos resultados obtidos pelos alunos. Assuntos pontuais são tratados individualmente com a presença da direção. Participei da reunião de Formação de Professores- ATPC (reuniões ou atividades pedagógicas, para formação, planejamento e estudo, de caráter coletivo), que podem acontecer de forma síncrona ou assíncrona de acordo com o Centro de Mídias da Educação do Estado de São Paulo e de acordo com a diretora da unidade escolar. 6 Trouxeram em sua pauta “Anos Iniciais- Projeto de Convivência: Lidar com Emoções” com a participação dos docentes: Debora Nunes Jaconis, Joyce Aparecida Marques Da Silva, Silvana Ferreira De Lima; e “Aprender Sempre” EFAI LP: Etapa 1º ao 3º SD1 Vol.2 - Língua Portuguesa. A participação em outras reuniões não foi possível em atendimento à legislação eleitoral em vigência até o final das eleições. As avaliações são contínuas e processuais, através de rendimento diário, participação, produção, assiduidade, e etc. Os instrumentos de avaliação seguem normas de preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, os alunos com dificuldade de aprendizagem são observados diariamente, e assim são feitos relatórios específicos para acompanhamento pedagógico com pais e professores envolvidos. O controle de frequência é feito pelas professoras, e é comunicado sempre à diretoria que em casos injustificados de ausência, relata ao Conselho Tutelar. A entrada dos alunos é sempre supervisionada pelo porteiro. A educação inclusiva é contemplada com naturalidade e em caso de suspeitas são feitos encaminhamentos adequados para diagnóstico pelos profissionais da saúde. As atividades então, são elaboradas diferenciadamente para que o aluno possa acompanhar os conteúdos do currículo. Não há atualmente alunos com necessidades especiais. Além disso, não há evasão e nem retenção, o que é visto como um ponto forte nesta unidade. 7 3.3. Leitura do PPP O tema norteador principal desta instituição é o de subsidiar todos os envolvidos no ensino de Língua Portuguesa, onde o objetivo é incentivar a leitura, escrita e comunicação oral, sistematizando os conteúdos de ensino mais relevantes a serem garantidos ao longo dos 5 (cinco) anos no Ciclo I. A integração família-escola acontece através da Associação Pais e Mestres (APM) e Grêmio Estudantil, e também por meio de reuniões periódicas entre escola e instituto para enriquecimento educacional dos educandos com participação de assistente social e psicóloga. A escola promove a Feira Cultural com a finalização de Projetos Pedagógicos a cada final de semestre. E Datas Comemorativas, são realizadas para promover acolhimento com pais e familiares em comunhão com professores e equipe gestora. Além das avaliações internas, ocorrem as externas- as avaliações governamentais AAP (Avaliação de Aprendizagem em Processo), Prova Brasil e SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica). As avaliações AAP- Língua Portuguesa e Matemática- do bimestre passado, foram disponibilizadas no CAED e respondidas totalmente online, no laboratório de informática junto a professora da sala. Segundo as regras da AAP: Diagnosticar o nível de aprendizado dos estudantes matriculados na rede estadual de ensino é o objetivo da Avaliação de Aprendizagem em Processo. As provas são formadas por questões de múltipla escolha de Língua Portuguesa e Matemática, tendo como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São Paulo. A estratégia do Estado de São Paulo para evitar evasão e atraso escolar é a Progressão Continuada, os alunos desta instituição participam de um Programa de Recuperação Contínua onde ações planejadas atendem às diferentes dificuldades dos alunos. Os docentes desenvolvem um currículo baseado no Currículo Oficial do Estado de São Paulo adaptado às realidades dos educandos. Nesta unidade, o papel do professor e de mediador do conhecimento, auxiliando no desenvolvimento do aluno que participa ativamente, 8 tendo sua educação centrada em suas vivências. Isto possibilita e facilita tomada de decisões, construção de regras, cooperação e solidariedade. Assim, no 1° Ano do Ensino Fundamental já são capazes de: -Participar de situações de intercâmbio oral. -Empregar a fala, considerar o interlocutor. -Entendimento texto e contexto, apreciar textos literários. -Escrita alfabética, sistema de escrita. -Produção de textos de própria autoria (bilhetes, cartas, etc.) -Reconto de história, roda de leitores, e outros. Ademais, aprendem também: -Matemática: noções de números naturais; sistema de numeração decimal e operações. -Espaço e forma. -Grandezas e medidas. -Tratamento da Informação. -Artes: música; teatro. -Educação Física: hábitos saudáveis; movimentos; cirandas, etc. Todas as reflexões exercidas nesta instituição estão de acordo e levam em consideração, o Currículo Paulista- “A Etapa do Ensino Fundamental”, e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB n°9394/96) em sua integralidade. 9 3.4. Atividades com o professor supervisor de estágio Foi cedido pela professora Andréia seu roteiro individual de atividades que está sendo trabalhado neste terceiro bimestre de 2022 (dois mil e vinte e dois), um documento mais fluido que o Projeto Político Pedagógico, onde pode ser modificado de acordo com a realidade de sua sala de aula. Além disso, a professora se compromete com o Currículo Oficial do Estado de São Paulo para o Ensino Fundamental- Anos Iniciais, e segue o Currículo em Ação e o livro didático Aprender Sempre, mediando a aprendizagem das crianças trazendo os estímulos mais apropriados para que ocorra uma aprendizagem significativa. Em sua sala, ocorre dedicação total quanto a alfabetização e letramento, a professora organiza sistematicamente as práticas de leitura para um aprendizado mais significativo, e planeja sua rotina semanal de alfabetização de acordo com os combinados e também de acordo com o grau de conhecimento de cada criança. Os alunos estão neste momento percebendo a importância da escrita e se conscientizando que há outras maneiras de se comunicar ao invés do desenho, participando ativamente de todas as atividades propostas com entusiasmo. A professora concorda com Paulo Freire, quando: Isto porque a leitura da palavra é sempre precedida da leitura do mundo. E aprender a ler, a escrever, alfabetizar-se é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade. Ademais, a aprendizagem da leitura e a alfabetização são atos de educação e educação é um ato fundamentalmente político. Paulo Freire reafirma a necessidade de que educadores e educandos se posicionem criticamente ao vivenciarem a educação, superando as posturas ingênuas ou “astutas”, negando de vez a pretensa neutralidade da educação. (FREIRE, 1989, p. 7). Participei junto a professora de algumas sequências didáticas propostas no Currículo em Ação relacionadas a: 10 ● Construção do sistema alfabético: Ortografia; Relação fonema-grafema. ● Forma de composição das palavras: sílabas. ● Comparar palavras de memória procurando identificar semelhanças e diferenças entre os sons das sílabas iniciais. ● Utilizar as sílabas iniciais como referências para a escrita e/ou leitura de outras palavras. Foi possível, então, começar o desenvolvimento da fluência leitora e a compreensão do sistema de escrita, através do trabalho com cantigas de roda e parlendas (Borboletinha, Pirulito que bate-bate, e outras) com o auxílio das Competências Gerais da BNCC (3 e 4) e de acordo com Habilidades propostas no Currículo Paulista: EF01LP01 Reconhecer que textos de diferentes gêneros são lidos e escritos da esquerda para a direita e de cima para baixo na página. EF01LP02B Escrever textos – de próprio punho ou ditados por um colega ou professor– utilizando a escrita alfabética. EF01LP04 Distinguir as letras do alfabeto de outros sinais gráficos. EF01LP08 Relacionar elementos sonoros das palavras com sua representação escrita. EF01LP11 Conhecer diferentes tipos de letras: em formato imprensa (letra de fôrma maiúscula e minúscula) e cursiva. EF01LP12A Reconhecer a separação das palavras, na escrita, por espaços em branco (segmentação), ao atingir a hipótese alfabética. EF01LP12B Segmentar palavras, ainda que não convencionalmente, na produção escrita de textos de diferentes gêneros. EF01LP19 Recitar parlendas, quadrinhas, trava-línguas, entre outros textos, observando a entonação e as rimas. Abaixo descrevo brevemente algumas participações de atividades de práticas pedagógicas em que pude participar junto a professora de acordo com seu Roteiro: ● Jogo de Palavras: recitando a parlenda, nome das figuras; ● Recortando versos da parlenda, completando a parlenda com banco de palavras; 11 ● Misturando a parlenda e trocando os versos de lugar; ● Contextualizando a parlenda e as escritas que rimam; ● Pintando e recortando as figuras da Borboletinha e do Pirulito, entre outros. ● Sistematizando sobre o que os alunos aprenderam nas aulas. Os objetivos das atividades pedagógicas são de contribuir para a aprendizagem da leitura e da escrita articulando didaticamente os níveis de conhecimento de cada criança, com interação e foco para superação das dificuldades para compreensão do que leem. 12 3.5. Regência Obedecendo o cotidiano dessa instituição escolar, pois esta deve seguir o Currículo de acordo com o Estado de São Paulo. Escolhi duas atividades de parlenda do currículo em Ação, e elaborei um plano de aula junto a professora Andréia. Os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento foram apresentados de acordo com a BNCC como já visto acima nas atividades com a professora: EF01LP01,EF01LP02B, EF01LP04, EF01LP08, EF01LP11, EF01LP12A, EF01LP12B, EF 01LP19. Abaixo relaciono as duas atividades (parlendas) aplicadas por mim, com duração de uma hora e vinte minutos cada, em seguida as minhas observações sobre elas: 1° CORRE, CUTIA Corre, cutia, Na casa da tia, Corre cipó, Na casa da avó, Lencinho branco caiu no chão, O moço bonito do meu coração. 2° LÁ EM CIMA DO PIANO Lá em cima do piano, Tinha um copo de veneno , Quem bebeu, Morreu o azar foi seu. Observações: Para as duas parlendas foi realizado: ● Um recital de parlendas, promoção de roda de conversa sobre o que são parlendas (os textos populares que apresentam rimas). ● As crianças prepararam cartazes para enriquecer a apresentação. 13 ● Antes da apresentação foram feitas algumas perguntas sobre palavras nos cartazes com o mesmo som, como por exemplo, mão/ chão, etc., fazendo uma reflexão com o sistema de escrita alfabética. ● Qual palavra rima com cutia, por exemplo? ● Procuraram palavras que completavam a parlenda, como em um caca-palavras. ● Descreveram por escrito qual parlenda mais gostaram, escrevendo o nome dela. ● Explicaram oralmente e por escrito o que são parlendas. Comemorei com as crianças o quanto já sabem ler, e elas se mostraram entusiasmadas e se divertiram muito com os temas, muitas se pronunciaram dizendo qual sua parlenda favorita e o quanto gostam desse tipo de atividade. Finalizando o meu estágio nesta unidade escolar, fui convidada pela diretora, a participar de atividade extracurricular de apoio na alfabetização das crianças com mais dificuldade na aprendizagem. É um trabalho voluntário de complementação para a formação dos alunos, que engloba desde a revisão de conteúdo, leituras e até aspectos emocionais, para que possam se desenvolver em áreas diversas de sua vida. 14 4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Com esta experiência do estágio pude observar a importância das crianças aprenderem a relacionar letras e sons inserindo-os no mundo letrado. Aliás, já nascem no mundo letrado e trazem consigo a proximidade com a língua escrita. De acordo com Magda Soares: (…) é necessário reconhecer que, embora distintos, alfabetização e letramento são interdependentes e indissociáveis: a alfabetização só tem sentido quando desenvolvida no contexto de práticas sociais de leitura e de escrita e por meio dessas práticas, ou seja, em um contexto de letramento e por meio de atividades de letramento; este, por sua vez, só pode desenvolver-se na dependência da e por meio da aprendizagem do sistema de escrita. (SOARES, 2004, p.97). Concluindo este relato, compreendo plenamente após essa experiência de estágio, sobre a importância do professor alfabetizador de se apaixonar pela alfabetização, e com muita inspiração ensinar seus alunos, investindo em todos os processos de aprendizagem e interagindo sempre numa constância positiva. 15 REFERÊNCIAS CASTRO.A.T.K.A; SALVA.S. Estágio como espaço de aprendizagem profissional da docência no curso de pedagogia. IX ANPED Sul-Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul UFSM, 2012. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/532/437> Acessado em: 10 de Agosto 2022. FREIRE, Paulo. A importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados. Ed.Cortez, 1989. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens, códigos e suas tecnologias / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. – 2. ed.,São Paulo: SE, 2011. 260 p. Disponível em: https://www.educacao.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/237.pdf Acessado em: 16 de Agosto 2022. SÃO PAULO (Estado) Escola de Formação. Currículo Paulista. Coordenadora de Etapa do Ensino Fundamental - Anos Iniciais/ Andréa Fernandes de Freitas. Disponível em: http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/portais/Portals/84/docs/pdf/curriculo_paulista_26_07_ 2019.pdf Acessado em: 16 de Agosto 2022. SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento: caminhos e descaminhos. Artigo publicado pela revista Pátio – Revista Pedagógica de 29 de fevereiro de 2004, pela Artmed Editora. Disponível em: https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40142/1/01d16t07.pdf Acessado em: 24 de Agosto 2022. 16 17
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