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LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA ATELIÊ DE PROJETO Profa. Kelma Pinheiro Julho/2014 Composição Hierárquica Leis Municipais (ex: Plano Diretor; Lei de Uso e Ocupação do Solo; Código de Obras; etc) Leis Federais (ex: Estatuto das Cidades Lei no 10.257/2001; Lei de Parcelamento do Solo; Código Civil, etc..) Constituição Federal (ex: capítulo da Política Urbana: art 182, 183) Estatuto da Cidade Estatuto da Cidade é a denominação oficial e consagrada da lei 10.257 de 10 de julho de 2001, que regulamenta o capítulo "Política Urbana" da Constituição Brasileira, sendo dividido em cinco capítulos: 1. Diretrizes Gerais (capítulo I, artigos 1º a 3º); 2. Dos Instrumentos da Política Urbana (capítulo II, artigos 4º a 38); 3. Do Plano Diretor (capítulo III, artigos 39 a 42); 4. Da Gestão Democrática da Cidade (capítulo IV, artigos 43 a 45); e 5. Disposições Gerais (capítulo V, artigos 46 a 58). Plano Diretor O Estatuto atribuiu aos municípios a implementação de planos diretores participativos, definindo uma série de instrumentos urbanísticos contidos no combate à especulação imobiliária e na regularização fundiária dos imóveis urbanos e de seus principais objetivos. Plano Diretor – conjunto de leis que estabelece as diretrizes para o desenvolvimento socioeconômico e a preservação ambiental dos municípios regulamentando o uso e a ocupação do território municipal. Plano Diretor Segundo a Constituição, o Plano Diretor é obrigatório para cidades que apresentam uma ou mais das seguintes características: • Abriga mais de 20 mil habitantes; • Integra regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; • Integra áreas de especial interesse turístico; • Insere-se na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional. Como o caráter é complexo e dinâmico, o planejamento municipal envolve profissionais de várias áreas (geógrafos, engenheiros, advogados, economistas, etc.) De acordo com resolução do Ministério das Cidades, a presença da comunidade neste planejamento não é uma concessão, e sim um direito. Zoneamento e planos diretores • No zoneamento dos planos diretores, a cidade é dividida em áreas sobre as quais incidem diretrizes diferenciadas para o uso e a ocupação do solo, especialmente os índices urbanísticos. •Alguns de seus principais objetivos são: Controle do crescimento urbano; Proteção de áreas inadequadas à ocupação urbana (ex: proteção ambiental); Minimização dos conflitos entre usos e atividades; Controle do tráfego; Zoneamento e planos diretores Fonte: PMF Zoneamento e planos diretores Apesar de a mistura de usos ser amplamente reconhecida como interessante para a cidade, e até mesmo essencial, existem atividades que podem causar incômodos e, por isso, devem ter sua localização controlada. Fonte: urbanidades.arq.br Zoneamento e planos diretores •Para isso, o plano diretor pode usar vários mecanismos: Limitações por zonas (ex: residencial, comercial, industrial, agrícola, etc., e suas subcategorias); Regulação por parâmetros (ex: nível máximo de ruído em decibéis); Limitações pelo sistema viário (ex: local, arterial, expressa); Fonte: urbanidades.arq.br Zoneamento e planos diretores Fonte: urbanidades.arq.br • Cada município possui suas próprias legislação urbanística para a aplicação desses índices, que inclui; • O plano diretor, a lei de uso e ocupação do solo e o código de obras (ou de edificações). Elas devem definir: Quais os limites máximos para cada um dos parâmetros, em cada zona da cidade; O que deve ser contabilizado e o que não deve ser contabilizado para efeitos de aplicação dos instrumentos. Guia de referência dos parâmetros urbanísticos Fonte: urbanidades.arq.br Guia de referência dos parâmetros urbanísticos Fonte: urbanidades.arq.br TAXA DE OCUPAÇÃO (TO): é a relação percentual entre a projeção da edificação e a área do terreno. Ou seja, ela representa a porcentagem do terreno sobre o qual há edificação. Guia de referência dos parâmetros urbanísticos Fonte: urbanidades.arq.br Guia de referência dos parâmetros urbanísticos Fonte: urbanidades.arq.br O número de pavimentos não fará diferença nenhuma na TO a menos que um ou mais pavimentos tiverem elementos que se projetam para fora, então a TO será alterada. Guia de referência dos parâmetros urbanísticos Fonte: urbanidades.arq.br COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO (CA): é um número que, multiplicado pela área do lote, indica a quantidade máxima de metros quadrados que podem ser construídos em um lote, somando-se as áreas de todos os pavimentos. Os exemplos mostram duas possibilidades de edificação em um lote de 24 x 30m, com CA=2. A primeira, que utiliza TO=50%, permite apenas 4 pavimentos. A segunda distribui a área edificada em 8 pavimentos, cada um com To de 25%. Guia de referência dos parâmetros urbanísticos Fonte: urbanidades.arq.br
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