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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA 10 linhas MARINA (sobrenome) , brasileira, solteira em união estável, (profissão), portadora do RG nº (número) (doc. 1), inscrita no CPF/MF sob o nº (número) (doc. 2), titular do endereço eletrônico (e-mail) residente e domiciliada na, cidade de Mogi Mirim (SP), (endereço), por intermédio de seu/sua advogado (a) que esta subscreve, conforme instrumento de mandato anexo (doc. 3), com escritório na (endereço), onde recebe intimações (e-mail), vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 693 do Código de Processo Civil de 2015, propor AÇÃO DE RECONHECIMENTO E EXTINÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL PELO PROCEDIMENTO ESPECIAL DAS AÇÕES DE FAMÍLIA em face de EDUARDO (sobrenome), brasileiro, divorciado, em união estável (profissão), portador do RG nº (número) (doc. 4), inscrito no CPF/MF sob o nº (número) (doc. 5,) sem endereço eletrônico conhecido, residente e domiciliado na cidade de Campinas (SP), (endereço), pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe: I – DOS FATOS 1. A autora manteve união estável com o réu por aproximadamente 10 (dez) anos, ou seja, no período compreendido entre início do ano de 2010 até agosto de 2019. Em agosto, o réu deixou o lar conjugal, indo residir com outra mulher, tornando impossível a manutenção da entidade familiar. 2. Desta união estável advieram duas filhas ao casal RUTE (sobrenome), certidão de nascimento anexa (doc. 6) e RAQUEL (sobrenome), certidão de nascimento anexa (doc. 7), gêmeas nascidas em 2014, no dia 15 de agosto. Ambas são menores, contando com 8 (oito) anos de idade. 3. Durante o período em que o casal esteve junto, foram adquiridos os seguintes bens: I) uma casa, terreno e construção, onde residem a autora e as filhas, com valor venal de R$ 150.000,00, (endereço), cidade de Mogi Mirim (SP). (doc. 8). II) um veículo, marca Gol, ano 2015, placa CCC4125, com valor de mercado aproximado de R$ 25.000,00. III) um terreno situado na cidade de Valinhos (SP) (endereço), com 300m2, e valor venal de R$ 125.000,00. (doc. 9) 4. O réu encontra-se muito bem empregado, auferindo boa renda mensal, embora a autora não possa especificar o seu montante. 5. A autora possui meios próprios de subsistência, dispensando ajuda financeira do réu. II – DO DIREITO II.1. CONFIGURAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL E PARTILHA DOS BENS Não há dúvida de que entre as partes estabeleceu-se uma relação de união estável, nos termos do Código Civil: “é reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua, duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família (art. 1.723 e art. 226, § 3º da Constituição Federal). Conforme prevê o art. 1.725 do mesmo Código, não há como afastar o direito da autora à meação dos bens adquiridos na constância da relação. Segundo tal dispositivo, salvo contrato escrito entre os companheiros, na união estável, aplica-se, às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens. As partes não celebraram contrato escrito e os bens foram adquiridos na constância da união estável. II.2. DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA INICIAL DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO Em atenção aos arts. 319, VII, e 695 do CPC, a autora manifesta seu interesse na realização de sessão de mediação e conciliação com o objetivo de buscar uma solução consensual para o litígio. Requer a autora que a citação seja acompanhada da petição inicial para resguardar o direito ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º, LV, CF), assim como para resguardar os princípios informadores da mediação, notadamente o da decisão informada (CPC, art. 166) e o da isonomia entre as partes (art. 2º, II, da Lei n. 13.140/2015). III – DO PEDIDO seguintes termos: Diante do exposto, a autora requer a procedência do pedido nos a) a concessão da guarda unilateral para a genitora, que detém, desde a separação, a guarda fática das filhas do casal, mediante compromisso; b) seja reconhecida a união estável entre a autora e o réu, no período entre maio de 2010 e agosto de 2019, declarando-se, em seguida, a sua dissolução nos seguintes termos: I) a guarda unilateral das filhas menores ficará com a autora, disciplinando-se o direito de visitas do réu da seguinte forma: finais de semanas alternados, podendo retirá-las no sábado às 9:00 h e devendo devolvê-las no domingo às 17:00 h. II) os bens deverão ser partilhados da seguinte forma: a casa em que a autora vive com as filhas deverá ficar com a autora, sendo que o réu ficará com o terreno da cidade de Valinhos e o veículo marca Gol. c) a condenação do réu ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios. Outrossim, requer a autora: a) os benefícios da justiça gratuita, uma vez que se declara pobre no sentido jurídico do termo, conforme declaração anexa; acompanhe o feito; b) a citação do réu, por Oficial de Justiça, sendo o mandado acompanhado de contrafé para que compareça à audiência de mediação e conciliação a ser designada ou apresente resposta no prazo legal; c) intimação do representante do Ministério Público para que Provará o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (doc. 8), oitiva de testemunhas, rol anexo (doc. 9) e depoimento pessoal do réu. Dá-se à causa o valor de R$ ( ). Nestes termos, aguarda-se deferimento. São Paulo, 12 de setembro de 2022. Yasmim Ramos - OAB/SP Extraído do livro Prática no Direito de Família – Gediel Claudino de Araujo Júnior, 12 ed. São Paulo: Atlas, 2020, com adaptações. VARA AÇÃO DE RECONHECIMENTO E EXTINÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL PELO PROCEDIMENTO ESPECIAL DAS AÇÕES DE FAMÍLIA
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