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1 Karoline Castro Advocacia e Consultoria Jurídica Escritório localizado à Rua Mestre Rocha n.º 1121, Bairro Centro, Município de Santa Izabel do Pará/PA. Karoline Castro (91) 98853-8656 EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ____ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE SANTA IZABEL DO PARÁ/PA. Fulano, brasileiro, solteiro, RG n.° e CPF, residente e domiciliado , Bairro , Santa Izabel do Pará/PA, CEP n.º 68790-000, vem, perante Vossa Excelência, por sua advogada, que esta subscreve, e endereço profissional consignado no rodapé, com fulcro nos artigos 226, §3º da Constituição Federal, arts. 1.723 e ss do Código Civil, fundamento na , ingressar com a presente AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL C/C PARTILHAS DE BENS Em face de xxxx, brasileira, convivente,, não sabe informar o endereço eletrônico, possuindo residente e domiciliado xxxxx, pelos fundamentos fáticos e jurídicos que serão a seguir apresentados, para, ao final, postular: I – DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA O Requerente afirma que não possui condições de arca com as custas processuais sem que comprometa o sustento próprio e de sua família, visto trabalhar de forma autônoma, como motorista do caminhão de seu pai, passando atualmente por situação financeira difícil, visto que foi expulso de sua casa por sua companheira, razão pela qual faz jus aos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, nos termos do art. 4º da Lei n.º 1.060/50, com redação introduzida pela Lei n.º 7.510/86, e com fundamento no art. 98 caput e § 1º, § 5º do CPC/15, tendo em http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895641/artigo-98-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15 2 Karoline Castro Advocacia e Consultoria Jurídica Escritório localizado à Rua Mestre Rocha n.º 1121, Bairro Centro, Município de Santa Izabel do Pará/PA. Karoline Castro (91) 98853-8656 vista não poder arcar com as despesas processuais. Para tanto, faz juntada do documento necessário - declaração de hipossuficiência. II – DA OPÇÃO PELA REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO O Autor, em razão do quanto disposto no artigo 319, inciso VII, do CPC opta pela realização de audiência de conciliação ou mediação, com fim de compor a lide de forma célere. III – DOS FATOS O Requerente manteve um relacionamento com animus de construir família, pelo período aproximado de 17 (dezessete) meses com a requerida, sob o regime de União Estável, de forma exclusiva, pública, notória e constante. Desta união não tiveram filhos. A demandada veio morar na casa do autor após o carnaval de 2019. Este prova que em outubro de 2018, por meio de mensagens trocadas pelo casal pelo aplicativo mensagem do Facebook - em anexo-, ainda estava flertando à requerida, para convence-la aceitar um encontro, o que podemos depreender do textos, o que não obteve sucesso, neste período, pois a Senhora namorava outra pessoa. Outrossim, podemos comprovar por fotos retiradas de suas redes sociais - Facebook - que em dezembro de 2018 está ainda residia em sua casa no município de Belém. Com o fim de robustecer o marco inicial do relacionamento com animus de construção familiar. Importante ressaltar que os conviventes moravam na mesma residência, constituíram família, frequentaram ambientes e locais públicos, demonstrando estabilidade no relacionamento de forma afetiva e mútua. O fato de a união estável não ter gerado filhos, não descaracteriza a entidade familiar que se formou. O autor passou a conviver maritalmente com a requerida após o carnaval de 2019, o qual sempre foi um companheiro dedicado ao trabalho e a família. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10705427/artigo-319-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/código-processo-civil-lei-5869-73 3 Karoline Castro Advocacia e Consultoria Jurídica Escritório localizado à Rua Mestre Rocha n.º 1121, Bairro Centro, Município de Santa Izabel do Pará/PA. Karoline Castro (91) 98853-8656 Cumpre esclarecer, que durante todo o convívio do casal, os mesmo não adquiriram bens imóveis, os quais residiram na casa do autor, a qual já tinha adquirido antes de iniciar o namoro com a ré, na constância da união foi adquirido apenas um bem móvel, qual seja: 1 - Uma Motocicleta: Modelo Financiada em 48 vezes, tendo sido paga quatro parcelas no valor de R$- 525,06 (quinhentos e vinte e cinco reais e seis centavos). Ocorre que, o relacionamento entre as partes se tornou insustentável, nós meses que antecederam ao término, o autor já não possui nem onde dormir em sua própria casa, visto que a casa possui apenas dois quartos um era o do casal e outro dos filhos da requerida, vindo, então, o autor a ser expulso de sua residência pela companheira em 30/07/2020. No entanto, o imóvel foi adquirido em 18 de julho de 2018, conforme recibo de pagamento em anexo, xxxxx, compradora fiduciante junto a Caixa Econômica Federal da referido imóvel residencial. A casa adquirida, objeto de maior litígio da referida demanda, é localizada no Conjunto xxxxxx0, possui apenas dois quartos, sala, cozinha xxxx em anexo. Não tendo o autor pago nenhuma parcela depois que adquiriu o imóvel. Assim, abalado, morando de favor na casa de amigos, pois o mesmo não tem como arcar com aluguel, sem comprometer sua subsistência, pois ainda possui duas filhas do antigo relacionamento que mantém financeiramente, e em virtude de não existir qualquer possibilidade de reconciliação entre as partes, até mesmo por todo o receio do autor de ter a requerente intuito de prejudicá-lo na esfera criminal, pois lhe expulsou de sua casa e pratica atos típicos de provocação. Assim, não restou alternativa senão o ingresso da presente medida judicial para ter reconhecida e dissolvida a união estável que coadunou com a ré, com a partilha do único bem adquirido na constância da união, conforme os fundamentos jurídicos que se passa a demonstrar. IV – DO DIREITO 4 Karoline Castro Advocacia e Consultoria Jurídica Escritório localizado à Rua Mestre Rocha n.º 1121, Bairro Centro, Município de Santa Izabel do Pará/PA. Karoline Castro (91) 98853-8656 IV.1 – DA UNIÃO ESTAVEL - RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTAVEL O Requerente e a Requerida viveram juntos como se fossem marido e mulher, de forma marital, em regime de União Estável, convivendo cerca de 17 (dezessete) meses, e dessa relação não tiveram filhos. O que prova-se a necessidade de declaração desta União Estável. Além disso, os companheiros tiveram uma relação duradoura, pública e com a finalidade de constituir família, requisitos exigidos pelo código civil em seu art. 1.723, e tendo toda proteção do Estado, conforme prevê o art. 226, §3 da Constituição Federal de 1988, e por isso deve ser reconhecido por esse D. Juízo. - DA DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL Conforme já apresentado anteriormente os companheiros conviveram em união estável. Contudo, o relacionamento entre ambos começou a ficar insuportável, tendo a requerida expulsado o companheiro, da sua própria casa, por duas vezes, deixando evidente o fim da relação. Portanto, os companheiros já não tem interesse em manter tal convívio familiar, sendo insuportável tal convivência, tendo em vista já ter a requerida levando para pernoitar no imóvel pertencente ao autor no “namorado”. Assim sendo, resta plenamente configurado os requisitos de União Estável entre as partes, devendo ser RECONHECIDA está união pelo período de 17 (dezessete) meses, de fevereiro de 2019 a 30 de julho de 2020. E posteriormente, dissolvida, conforme descrita na presente exordial. - DA SEPARAÇÃO DE FATO Ocorre que depois que a requerida expulsou o autor de sua própria casa, em 30 de julho de 2020. o Requerente buscou ajuda de amigos que emprestaram uma casa para o mesmo morar até que a demandada saia de seu imóvel. IV.2 DA PARTILHA DOS BENS 5 Karoline Castro Advocacia e Consultoria Jurídica Escritório localizado à Rua Mestre Rocha n.º 1121, Bairro Centro, Município deSanta Izabel do Pará/PA. Karoline Castro (91) 98853-8656 - DOS BENS A PARTILHAR: No caso em tela, por tratar-se de União Estável, aplica-se o regime da comunhão parcial de bens, visto ausente contrato escrito, nos termos do art. 1.725, do Código Civil, quando inexiste contrato escrito entre os companheiros. Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens Com isto, os bens adquiridos, de forma onerosa, na constância da união deverão ser partilhados ao término do vínculo, nos termos do art. 1.658, do Código Civil. Com isto, o único bem adquirido na constância da união foi uma motocicleta, como bem sabido bens adquiridos de forma onerosa, se presumem em comunhão de esforços. Por conta disso, deverá ser partilhado entre as partes: 1 - O valor de R$-2.100,24 (dois mil e cem reais e vinte e quatro centavos), correspondente ao pagamento de 04 (quatro) parcelas da motocicleta Nesse sentido, assim estabelece a Lei nº 9.278/96, em seu artigo 5º: Art. 5º Os bens móveis e imóveis adquiridos por um ou por ambos os conviventes, na constância da união estável e a título oneroso, são considerados fruto do trabalho e da colaboração comum, passando a pertencer a ambos, em condomínio e em partes iguais, salvo estipulação contrária em contrato escrito. O Código Civil, no seu artigo 1.725, afirma que se aplicam as uniões estáveis o mesmo regime da comunhão parcial de bens, conforme acima já destacado. 6 Karoline Castro Advocacia e Consultoria Jurídica Escritório localizado à Rua Mestre Rocha n.º 1121, Bairro Centro, Município de Santa Izabel do Pará/PA. Karoline Castro (91) 98853-8656 Por isso, é desejo da Autor que lhe seja deferida a meação apenas aos bens adquiridos na constância da união. -DOS BENS PERTECENTES AO AUTOR, ANTES DA UNIÃO ESTÁVEL: Em conformidade com as alegações e provas acostadas a esta exordial, bem como, provará com colheitas de depoimento de testemunhas, e, até, depoimento da própria requerida, que declara ter o Autor adquirido o imóvel antes de iniciarem qualquer relacionamento amoroso. Desta forma subsume ao Art. 1.659, do CC, que transcrevemos: Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;mo Neste sentido entendi o legislador em seu lugar; - grifo nosso. Por conta disso, não entrará na partilha: A) Imóveis: Um imóvel - xxxxxxxxx. Tendo sido adquirido em julho de 2018, anterior ao relacionamento com a requerida. B) Móveis: B.1 - Um botijão; B.2 - Um Fogão; B.3 - Uma mesa de Mármore - a qual foi um presente do genitor do Autor, tendo por isto um valor sentimental. B.4 - Um frigobar. Diante do exposto e por ser de Justiça, Autor pugna pala incomunicabilidade dos bens à meação, visto não preencher os requisitos legais, pois foram adquiridos de forma onerosa antes do inicio do relacionamento amoroso entre as partes desta demanda. 7 Karoline Castro Advocacia e Consultoria Jurídica Escritório localizado à Rua Mestre Rocha n.º 1121, Bairro Centro, Município de Santa Izabel do Pará/PA. Karoline Castro (91) 98853-8656 Ressalta-se que o Requerente, cumpriu ainda, em conjunto com a Requerida, as obrigações inerentes ao sustento e educação doa filhos da demandada, além de ter se empenhado na condução e manutenção da família, zelando para que permanecesse íntegra. V – DO PEDIDO Assim com fundamento no artigo 226, §3º da CF/88, artigos 1.723, 1725 e 1.658 do CC/02; artigo 5º da Lei nº 9.278/96 e artigo 693 e seguintes do CPC/15, requer a Vossa Excelência: 1) O recebimento da inicial com a qualificação apresentada (cf. art. 319, inciso II, e § 2º e 3ºdo CPC/15); 2) O processamento da ação sob segredo de justiça (cf. art. 189, inciso II do CPC/15); 3) O deferimento da gratuidade judiciária integral para todos os atos processuais (cf. art. 98 caput e § 1º,§ 5º do CPC/); 4) A designação de audiência de conciliação ou mediação tendo em vista o interesse declarado do autor por via alternativa de solução do litígio (cf. artigo 319, inciso VII do CPC/15); 5) A citação da requerida para comparecer à audiência de conciliação/mediação (cf. artigo 695, § 1º do CPC/) e apresentação de contestação no prazo de 15 dias subsequentes à sua realização, conforme art. 335 do Código de Processo Civil, sob pena de revelia; 6) A Declaração e Dissolução da União estável do Casal, pelo período de fevereiro de 2019 a julho de 2020; 7) A Partilhar os bens que foram adquiridos de forma onerosa durante a constância da União Estável, qual seja, O valor de R$-2.100,24 (dois mil e cem reais e vinte e quatro centavos), correspondente ao pagamento de 04 (quatro) parcelas da motocicleta adquirida xxxx; http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10615295/artigo-1694-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10615156/artigo-1696-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035419/código-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28890641/artigo-693-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893817/artigo-319-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893813/inciso-ii-do-artigo-319-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893817/artigo-319-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893793/inciso-vii-do-artigo-319-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10654778/artigo-695-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10654900/parágrafo-1-artigo-695-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/código-processo-civil-lei-5869-73 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10703834/artigo-335-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73 8 Karoline Castro Advocacia e Consultoria Jurídica Escritório localizado à Rua Mestre Rocha n.º 1121, Bairro Centro, Município de Santa Izabel do Pará/PA. Karoline Castro (91) 98853-8656 8) A exclusão da partilha de bens àqueles adquiridos pelo autor antes do relacionamento amoroso com a requerida, quais sejam, 1. Um imóvel -XXXXXXXXX. Tendo sido adquirido em julho de 2018, anterior ao relacionamento com a requerida; 2. Um botijão; 3. Um Fogão; 4. Uma mesa de Mármore; e 5. Um frigobar, com fulcro no art. 1.659 do CC. 9) Ao final, seja a presente ação julgada TOTALMENTE PROCEDENTE, por ser de JUSTIÇA! Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito, notadamente depoimento pessoal das partes, oitiva de testemunhas e juntada posterior de documentos. Dá-se à causa o valor de R$-2.100,24 (dois mil e cem reais e vinte e quatro centavos) para os efeitos processuais. Por ser de direito e Justiça, Pede e espera deferimento. Cidade/Estado KAROLINE SHERON SANTOS DE CASTRO OAB/PA N.º 14.348 - DA DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL Portanto, os companheiros já não tem interesse em Assim sendo, resta plenamente configurado os requi - DA SEPARAÇÃO DE FATO
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