Buscar

Hemoterapia - Hemocomponentes, Hemoderivados e Indicações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

A transfusão = parte do manejo de pacientes portadores de doenças hematológicas e 
submetidos a procedimentos invasivos. 
Transfusão pode salvar vidas e melhorar a saúde dos indivíduos
Mas pode levar a complicações agudas ou tardias, como qualquer outra intervenção 
terapêutica.
Hemocomponentes:
Produtos gerados um a um nos serviços de hemoterapia
A partir do sangue total → processos físicos (centrifugação e congelamento) 
Concentrado de hemácias1.
Concentrado de plaquetas2.
Plasma fresco 3.
Crioprecipitado4.
Hemoderivados
Produtos do fracionamento do plasma por processos físico-químicos – incluem albumina, 
globulinas e concentrado de fatores de coagulação.
Obtidos em escala industrial.
Hemoterapia
Hemoderivados: escala industrial, fracionamento do plasma por processos físico-
químicos
1.
Hemocomponentes: gerados nos serviços de hemoterapia, do sangue total por 
congelamento e centrifugação
2.
Princípios considerados na pré-transfusão 
Indicação do médico com base em achados clínicos, não apenas laboratoriais-
Indicação pode ser analisada e julgada pelo médico do serviço de hemoterapia-
Toda transfusão tem riscos, os benefícios devem superar os riscos sempre-
Transfusão de Hemácias
Deve ser feita para tratar ou prevenir iminente e inadequada liberação de oxigênio 
aos tecidos, sendo a decisão baseada em fatores clínicos e laboratoriais, como 
idade e comorbidades do paciente, velocidade de instalação da anemia e volume 
intravascular.
-
Em situações de anemia (particularmente crônica), sempre que possível, deve-se 
considerar outras formas de intervenção, como reposição de ferro ou tratamento 
com eritropoietina antes da transfusão.
-
Não é recomendada transfusão de hemácias para promover aumento da sensação 
de bem-estar ou cicatrização de feridas, profilaticamente e para expansão volêmica 
quando a capacidade de transporte de oxigênio estiver adequada.
-
Em indivíduo adulto de estatura média, um concentrado de hemácias normalmente
eleva o hematócrito em 3% e a hemoglobina em 1 g/dL. Em pacientes pediátricos, o 
volume a ser transfundido para a obtenção dos mesmos resultados é de 10-15 
mL/kg
-
Transfusão de Plaquetas
Hemoterapia: Hemocomponentes, Hemoderivados e 
Indicações
 Página 1 de Medicina 
Transfusão de Plaquetas
As indicações estão associadas basicamente às trombocitopenias desencadeadas 
por falência medular (doenças hematológicas e/ou quimioterapia e radioterapia), 
particularmente no que se refere ao uso profilático.
-
Raramente recomenda-se transfundir plaquetas em casos de destruição periférica 
ou alterações congênitas da função plaquetária. Nesses casos, a transfusão é feita 
apenas na presença de sangramentos graves e potencialmente fatais ou quando há 
necessidade de procedimentos invasivos na ausência de respostas a outros 
métodos.
-
Em geral, faz-se um concentrado de plaquetas para cada 7-10 kg de peso em 
adultos. Em pacientes pediátricos, a dose preconizada é de 5-10 mL/kg.
-
Transfusão de Plasma
O plasma contém proteínas da coagulação. Logo está indicado no tratamento de 
pacientes com distúrbios da coagulação (sangramento causado por deficiência de 
múltiplos fatores da coagulação, como nos casos de hepatopatia e coagulação 
intravascular disseminada; sangramento grave causado por uso de anticoagulantes 
orais antagonistas da vitamina K ou necessidade de reversão urgente da 
anticoagulação; transfusão maciça com sangramento por coagulopatia; utilização 
como líquido de reposição na plasmaférese para tratamento de púrpura 
trombocitopênica trombótica).
-
Não é recomendado o uso de plasma para expansão volêmica, tratamento de 
sangramentos sem coagulopatia associada, correção de testes anormais de 
coagulação na ausência de sangramento e em estados de perda proteica ou 
imunodeficiências.
-
A utilização de 10-20 mL/kg aumenta em 20-30% os níveis dos fatores de 
coagulação do paciente, chegando a níveis hemostáticos. Cada bolsa tem cerca de
200-250 mL.
-
Transfusão de Crioprecipitado
O crioprecipitado contém fibrinogênio, fator VIII, fator de von Willebrand e fator 
XIII, estando indicado para repor fibrinogênio em pacientes com hemorragia e 
deficiência isolada congênita ou adquirida do fator ou em pacientes com 
coagulação intravascular disseminada e hipofibrinogenemia grave, repor fator XIII 
em pacientes com hemorragias por deficiência do fator e repor fator de von 
Willebrand em pacientes que não têm indicação ou não responderam ao 
desmopressina.
-
Deve ser feito quando não se dispuser de concentrados estáveis dos fatores de 
coagulação, que têm menor risco de contaminação viral.
-
De forma prática, utiliza-se 1-2 bolsas para cada 10 kg de peso do paciente, com a 
intenção de atingir nível de fibrinogênio de 100 mg/dL
-
Procedimentos Especiais para Hemocomponentes
Desleucocitação: realizada através de filtro específicos para remoção de leucócitos
nos concentrados de hemácias e de plaquetas. Está indicado nas prevenções de 
complicações relacionadas à transfusão de hemocomponentes alogênicos devido à 
exposição do receptor aos leucócitos do doador, como reação febril não hemolítica.
-
Irradiação: realizada para prevenção da doença enxerto versus hospedeiro
associada à transfusão, complicação imunológica usualmente fatal, causada pela 
enxertia e expansão clonal dos linfócitos do doador em receptores suscetíveis. Os 
concentrados de hemácias e de plaquetas são submetidos à irradiação gama na 
dose de, pelo menos, 2500 cGy, impossibilitando a proliferação dos linfócitos.
-
 Página 2 de Medicina 
dose de, pelo menos, 2500 cGy, impossibilitando a proliferação dos linfócitos.
Lavagem com solução salina: feita para eliminar a maior quantidade possível de 
plasma dos concentrados de hemácias e de plaquetas, que são lavados com solução 
isotônica de cloreto de sódio estéril em quantidade suficiente (1-3 litros) e em 
sistema fechado para minimizar o risco de contaminação. Está indicada na 
prevenção de reação alérgica à transfusão.
-
Fenotipagem: feita para pacientes que apresentam anticorpos irregulares 
antieritrocitários ou que estão ou entrarão em esquema de transfusão crônica
(maior risco de aloimunização). Realiza-se a pesquisa de antígenos eritrocitários nos 
concentrados de hemácias a serem transfundidos.
-
Aquecimento: realizado através de equipamentos especiais e em temperatura 
controlada. Os concentrados de plaquetas não devem ser aquecidos por 
comprometer a função plaquetária. Está indicado nas seguintes situações: adulto
que receberá sangue ou plasma em velocidade superior a 15 mL/kg/h por mais de 
30 minutos; criança que receberá sangue ou plasma em velocidade superior a 15 
mL/kg/h; transfusões maciças; altos títulos de anticorpo hemolítico frio com alta 
amplitude térmica que reage a 37°C; portadores de fenômeno de Raynaud; 
exsanguineotransfusão.
-
 Página 3 de Medicina

Continue navegando