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Introdução a Agricultura 01

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20/09/2022 19:48 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/28
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO À AGRICULTURA
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Maria de Fatima Marques Medeiros Corradini
20/09/2022 19:48 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/28
CONVERSA INICIAL
Iniciamos esta etapa com uma introdução sobre a história da agricultura. Desde o início, lá nos
primórdios da Pré-História, no Período Neolítico. Os vários assuntos abordados nesta etapa vão
propiciar que você tenha um conhecimento abrangente de toda a evolução da agricultura.
No Tópico 1, conheceremos o processo histórico da agricultura, dando ênfase na história da
agricultura brasileira. No Tópico 2, a evolução das práticas e técnicas agrícolas e, no Tópico 3, vamos
abordar a Revolução Verde, apresentando a sua importância para o desenvolvimento da agricultura.
No Tópico 4, não poderia faltar discutir sobre o desenvolvimento do Agronegócio, desde o
surgimento do termo na década de 1950, nos Estados Unidos. E, por fim, o Tópico 5 aborda o
desenvolvimento agrícola brasileiro, colocando o país como um dos principais fornecedores de
produtos agrícolas pelo mundo. Vamos começar a nossa viagem pela história. Bons estudos!
TEMA 1 – PROCESSO HISTÓRICO DA AGRICULTURA
Para você entender todo esse processo histórico que a agricultura passou, é necessário voltarmos
no tempo e saber que o nosso sistema solar surgiu há cerca de 4,6 bilhões de anos. E as primeiras
formas de vida, segundo os arqueólogos e historiadores, datam de 3,5 bilhões de anos, com seres
muito primitivos (algas, bactérias e microrganismos), que surgiram na água.
Milhões de anos se passaram, e a evolução nos trouxe centenas de milhares de formas de vida. O
tempo foi passando e muitas destas formas de vida foram desaparecendo, de acordo com Mazoyer
(2010). E ele afirma também que muitas espécies vivas que habitam o nosso planeta ainda não foram
identificadas, desta maneira, é possível a descoberta de novas espécies que estão espalhadas por todos
os ecossistemas da Terra.
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Mas e a evolução do Homem? Tudo começa há cerca de 70 milhões, com os primeiros primatas.
Com o passar do tempo, surge os Hominoides, também primata, mas com uma pequena evolução, às
vezes, andavam eretos, sobre as patas traseiras.
Há cerca de 3 milhões de anos, surge os primeiros Hominídeos, com o aparecimento dos gêneros
Australopitecos e Homo. Os Australopitecos passaram a andar de forma ereta e usar as mãos para
coletar alimentos. Já a evolução do gênero Homo foi mais consistente e deu origem a várias outras
espécies de hominídeos.
De acordo com Leakey (1995, p. 12)
a locomoção ereta, que distinguiu os hominídeos antigos de outros macacos de seu tempo, foi
fundamental para a história humana subsequente. Uma vez que nosso ancestral distante tornou-se
um macaco bípede, muitas outras inovações evolutivas tornaram-se possíveis, com o aparecimento
definitivo do Homo.
O Homo habilis viveu entre 2,2 milhões e 780 mil anos atrás, tinha habilidade para fabricar alguns
instrumentos, facilitando a vida do bando. Seguindo a evolução, surge o Homo erectus, que viveu entre
1,8 milhões de anos a 200 mil anos atrás. Suas habilidades permitiram a confecção de instrumentos de
pedra e a utilização das peles de animais. Mas o seu grande feito foi o descobrimento do fogo.
O Homo neanderthalensis viveu aproximadamente entre 400 mil a 30 mil anos atrás, possuíam
habilidades mais avançadas, permitindo a criação de ferramentas, armas e abrigos para acomodar o
bando. Outra característica evolutiva do neanderthalensis foi a necessidade de enterrar os seus mortos.
O Homo sapiens surgiu há cerca de 300 mil anos, conhecido como o homem moderno, migrou
para todas as regiões da Terra, fabricando vários instrumentos de diversos materiais. Para Leakey (1995,
p. 19), a evolução do homem passa a ser: “equipada com linguagem, consciência, imaginação artística,
e inovações tecnológicas jamais vistas antes em qualquer parte da natureza”.
E, por último, na escala do tempo, temos a subespécie Homo sapiens sapiens (significa homem que
sabe o que sabe), que surgiu aproximadamente há 200 mil anos. Essa subdivisão ocorre dentro da
espécie, é conhecido como o homem contemporâneo, o único que conseguiu sobreviver a toda essa
evolução.
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Créditos: Usagi-P /Shutterstock.
Para você entender como é a classificação biológica da espécie humana:
Reino – Animalia
Filo – Chordata
Subfilo – Vertebrata
Classe – Mammalia
Ordem – Primata
Subordem – Anthropoidea
Superfamília – Homunoidea
Família – Hominidae
Gênero – Homo
Espécie – Homo sapiens
Subespécie – Homo sapiens sapiens
1.1 REVOLUÇÃO AGRÍCOLA
A partir daí, é que desenvolvem a agricultura e a domesticação de animais, há cerca de 10 mil anos.
Os historiadores descrevem esse período como a primeira grande revolução da história do homem, a
revolução agrícola ou revolução neolítica (Pedro; Cáceres, 1988).
Para Mazoyer (2010, p. 52)
Foi apenas no neolítico — há menos de 10.000 anos — que ele começou a cultivar as plantas e criar
animais, que ele mesmo domesticou, introduziu e multiplicou, em todos os tipos de ambiente,
transformando, assim, os ecossistemas naturais originais em ecossistemas cultivados, artificializados e
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explorados por seus cuidados. Desde então a agricultura humana conquistou o mundo; tornou-se o
principal fator de transformação da ecosfera, e seus ganhos de produção e de produtividade,
respectivamente, condicionaram o aumento do número de homens e o desenvolvimento de
categorias sociais que não produziam elas próprias sua alimentação.
Com a habilidade de cultivar o seu alimento e criar os animais, foi possível desenvolver a
convivência em sociedade, criando hábitos e tradições, ou seja, desenvolvendo a sua cultura. Nesta
breve viagem no tempo, é possível entender como o desenvolvimento da agricultura e da pecuária foi
importante para a evolução do homem.
Os primeiros hominídeos não nasceram agricultores e muito menos criadores de animais, e sim
coletores e caçadores de alimentos. O que podemos entender de todo esse processo é que, no Período
Neolítico (ou Idade da Pedra Polida), a sociedade formada começou a semear diversas plantas que
faziam parte de sua alimentação, além de domesticar e multiplicar os animais para utilizar os seus
produtos (como exemplo o leite). De acordo com Mazoyer (2010), houve uma transformação: de uma
sociedade de predadores passaram para uma sociedade de cultivadores.
1.2 EVOLUÇÃO DA AGRICULTURA
Quando estudamos os períodos da Pré-História, aprendemos que o período Neolítico foi marcado
pela evolução de instrumentos, pinturas, esculturas, além do desenvolvimento da agricultura e da
domesticação de animais. As formas de agricultura e pecuária praticadas nesse período se
desenvolviam perto das moradias do grupo ou perto dos rios, pois as terras ficavam fertilizadas com as
vazantes (enchentes). Segundo Mazoyer (2010, p. 45), a expansão da agricultura neolítica ocorreu de
maneira que:
Os sistemas de criação por pastoreio estenderam-se às regiões com vegetação herbácea e se
mantiveram até nossos dias nas estepes e nas savanas de diversas regiões, na Eurásia Setentrional, na
Ásia Central, no Oriente Médio, no Saara, no Sahel, nos Andes etc. Por um lado, os sistemas de cultivo
de derrubada-queimada conquistaram progressivamente a maior parte das zonas de florestas
temperadas e tropicais, onde se perpetuaram durante séculos, senão milênios, e perduram ainda em
certas florestas da África, da Ásia e da América Latina. Desde essa época pioneira, na maior parte das
regiões originalmente arborizadas, o aumento da população conduziu ao desmatamento e até
mesmo, em certos casos, à desertificação. Os sistemas de cultivo dederrubada-queimada cederam
lugar a numerosos sistemas agrários pós-florestais, muito diferenciados conforme o clima, que estão
na origem de séries evolutivas distintas e relativamente independentes umas das outras.
Dessa forma, nas regiões áridas, os sistemas agrários hidráulicos com cultivos de inundação ou
cultivos irrigados constituíram-se desde o fim da época neolítica na Mesopotâmia, nos vales do Nilo e
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do Indo, nos oásis e nos vales do Império Inca. Nas regiões tropicais úmidas (China, Índia, Vietnã,
Tailândia, Indonésia, Madagáscar, costa da Guiné na África etc.), sistemas hidráulicos de outro tipo,
baseados na rizicultura aquática, desenvolveram-se por etapas sucessivas, reestruturando primeiro os
espaços mais regados e drenados (planícies e interflúvios), em seguida os espaços acidentados
(montante dos vales), ou de difícil proteção e drenagem (jusante dos vales e deltas), ou, ainda,
espaços que exigiam irrigação. Ao mesmo tempo, as ferramentas e os equipamentos foram
aperfeiçoados e o número de colheitas aumentou a cada ano.
As chamadas revoluções agrícolas surgiram a partir dos sistemas agrícolas implantados em
diversas regiões, por exemplo, o sistema de cultivo de cereais pluviais com alqueive.
Você sabe o que é alqueive? É uma terra lavrada que é deixada em repouso, ou seja, sem semear
por certo tempo, desta maneira, ela aumenta sua produtividade. De acordo com Mazoyer (2010, p. 46),
além do sistema de alqueive, os agricultores trabalhavam “com pastagem e criação associadas, nos
quais se utilizavam ferramentas manuais, como a pá e a enxada, e um instrumento de cultivo de tração
leve, o arado escarificador”.
Durante a Idade Média, segundo Mazoyer (2010), o sistema com alqueive e tração pesada por
animais (arado charrua e carreta) foram a marca da revolução agrícola desse período, gerando um
aumento significativo de produção de alimentos para atender a demanda da população. A
consequência desse aumento de produção foi o desmatamento de grande parte das florestas
europeias.
Ainda segundo Mazoyer (2010, p. 46), “a primeira revolução agrícola dos tempos modernos gerou
os sistemas de cultivos baseados na cerealicultura com forrageiras e sem alqueive”.
Com a Era das Grandes Navegações, os europeus puderam ter acesso a novas plantas que vinham
de outras regiões (como a batata, o milho, o cacau, entre outras), enriquecendo sua alimentação.
Os europeus se espalharam pelo mundo com suas colônias de povoamento em regiões
temperadas e, nas regiões tropicais, com suas colônias de exploração, implantando um processo de
dominação política, econômica, cultural e militar. Desta maneira, o sistema agrícola europeu, nas
regiões tropicais, foi marcado com plantações agroexportadoras (cana-de-açúcar, café, cacau, algodão
etc.).
A evolução agrícola, de acordo com Mazoyer (2010, p. 46), “produziu os sistemas motorizados,
mecanizados, fertilizados com auxílio de insumos minerais e especializados da atualidade”.
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1.3 PROCESSOS HISTÓRICOS DA AGRICULTURA BRASILEIRA
Com certeza, você já deve ter ouvido que o Brasil nasceu com vocação agrícola. Será que é
verdade? Antes de entrarmos nesse questionamento, é importante termos em mente que o Brasil, antes
de ser um país, era uma região ocupada por diversas nações, chamadas de nações indígenas (também
chamados de nativos, afinal eles já estavam aqui antes da chegada dos europeus).
Eles viviam espalhados por esse imenso território, tinham suas culturas, suas línguas, suas crenças e
praticavam o seu modo de vida. Essas nações tinham maneiras diferentes de viver, algumas eram
nômades, outras seminômades, mas o importante é saber que eles também praticavam a agricultura.
Alves (2001, p. 6) afirma que:
Muitas tribos indígenas dominavam sistemas sofisticados de produção que incluíam desde
conhecimentos de calendários agrícolas baseados na astrologia, até sistemas de seleção e manejo de
solos e diversificação de culturas.
Muitos indígenas praticavam a coivara, uma espécie de agricultura ecológica, de acordo com
Reifschneider (2010), derrubavam a mata para abrir uma clareira, roçavam no período da seca,
deixavam secar a vegetação para depois queimar. Dessa queima obtinha as cinzas, muito rica em
nutrientes. A partir desse processo eles plantavam, por exemplo, mandioca, inhame, batata doce, milho,
frutas, pimentas, entre outros.
Outra técnica desenvolvida pelos indígenas da região amazônica é a chamada terra preta dos
índios, deixa o solo descansar durante certo período para repor a sua matéria orgânica. Em outras
partes do mundo, essa técnica é conhecida como pousio (o descanso do solo por um tempo
determinado para recuperar sua fertilidade). É praticada por pequenos agricultores, principalmente
para os cultivos de hortaliças e legumes.
Em 1500, aporta por essas terras a esquadra comandada por Pedro Álvarez Cabral. Houve muita
troca de informação entre os indígenas e os portugueses. Na carta escrita por Pero Vaz de Caminha,
relata o que eles viram, ou seja, a primeira impressão dessa nova terra, recém-achada.
A princípio não deram muita importância a essas terras, pois não encontraram metais preciosos e,
se limitaram a exploração do pau-brasil (Cesalpinia echinata), árvore encontrada em grande
quantidade na costa brasileira. A retirada dessa madeira era feita pelos indígenas e depois embarcadas
nos navios rumo à Europa. Segundo Reifschneider (2010, p. 28)
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Como forma de pagamento, os índios recebiam diversos objetos ainda não conhecidos na região.
Possivelmente as ferramentas de ferro eram o que mais interessava aos índios, já que esse metal era
ainda desconhecido no Brasil pré-Cabral.
Créditos: Leo Fernandes/Shutterstock.
Ao chegar à Europa, as toras do pau-brasil eram transformadas em um corante avermelhado (a
brasilina) e usado nas indústrias têxteis. Uma curiosidade: a cor vermelha era associada aos reis e à
nobreza europeia, então, imagina o sucesso que o pau-brasil fez na Europa.
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Créditos: visicou/Shutterstock.
Respondendo aquela pergunta inicial: O Brasil nasceu com vocação agrícola? De acordo com
Reifschneider (2010, p. 13)
A vocação agrícola do Brasil foi registrada desde o seu descobrimento em 1500. A formação da
agricultura brasileira deveu-se sobretudo à ação dos colonizadores, que trouxeram espécies animais e
vegetais e que souberam, juntamente com os povos aqui existentes ou que aqui foram forçados a
trabalhar, desenvolver uma riquíssima atividade agroprodutiva nesta região tropical.
Com o passar do tempo, os portugueses implantaram a colonização de exploração e, para isso,
utilizavam a mão de obra escrava, negros trazidos de regiões do continente africano.
Para evitar que outros povos europeus tomassem posse dessas terras, Portugal implantou
sistemas, como as Capitanias Hereditárias e o Governo-Geral, para que a colonização portuguesa
pudesse ser desenvolvida. Nesse processo, a agricultura se baseava nas monoculturas que tinham
mercado garantido na Europa, por exemplo, o pau-brasil, a cana-de-açúcar, o algodão, o tabaco, o
cacau, o café, a borracha. Além das monoculturas, também eram plantados alimentos de subsistência e
criação de animais para atender as necessidades da população que vivia aqui.
Com a chegada da família real portuguesa, em 1808, o Brasil passa a ser a sede da coroa
portuguesa, aumentando a necessidade de mais produção de alimentos.
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Em 1822, o Brasil se tornou independente de Portugal e, décadas depois (1889), se transforma em
uma república. Independentemente das mudanças políticas, a vocação agroexportadora permaneceu
cada vez mais forte.
Ao longo dos anos, o Brasil foi se modernizando,implantando indústrias, comércio e
desenvolvendo tecnologias na área do agronegócio. Aprimorou ainda mais com o cultivo de soja, café,
cana-de-açúcar, produção de carne (bovina, suína e de aves), entre muitos outros.
Esses ciclos econômicos no qual o Brasil passou, desde o período colonial até os dias de hoje, são
marcados por impactos negativos ao meio ambiente, nas estruturas sociais e no crescimento desigual
das regiões brasileiras, conforme aponta Reifschneider (2010). Ele ainda comenta “ao focar nesses
ciclos, comete-se uma injustiça histórica: não se registra a riqueza e a complexidade da agricultura que
se desenvolvia e evoluía constante e gradualmente no Brasil, desde antes da chegada de Cabral”
(Reifschneider, 2010, p. 13).
TEMA 2 – EVOLUÇÃO DAS PRÁTICAS E TÉCNICAS AGRÍCOLAS
Nesta etapa, a abordagem é sobre a evolução da agricultura. Conforme visto no Tópico 1, com a
evolução do homem, foi possível haver o desenvolvimento da agricultura e da domesticação dos
animais, o que marcou uma transformação no modo de vida do ser humano.
Isto ocorreu no Período Neolítico, há cerca de 10 mil anos. Pedro e Cáceres (1988) apontam que a
partir das condições apresentadas naquele período foi possível haver a primeira revolução da história
humana, que ficou conhecida como Revolução Agrícola.
De acordo com Pedro e Cáceres (1988, p. 7), “o surgimento da agricultura implicou um processo
produtivo novo que permitiu ao homem reordenar intencionalmente a natureza, colocando-a a seu
serviço”.
O que eles querem dizer com isso? Com a agricultura e a domesticação dos animais, foi possível o
desenvolvimento da capacidade produtiva, melhorar e diversificar a dieta alimentar, o crescimento
demográfico e o surgimento das tribos e depois as primeiras cidades. Lógico que esses avanços não
ocorrem todos juntos, mas, gradativamente, porque os homens ainda não dominavam as técnicas
produtivas. Por exemplo, os agricultores e pastores iam atrás de novas terras, pois eles não conheciam
as técnicas para manter a terra sempre produzindo. Por outro lado, esse tipo de migração fez com que
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houvesse uma difusão de modo de vida por várias regiões da Terra, de acordo com Pedro e Cáceres
(1988).
A partir do momento da formação das tribos, vão surgir algumas características da convivência dos
grupos sociais. As terras eram coletivas e cada indivíduo era proprietário do seu modo de produção
(agricultor, pastor). Tudo que era produzido era para o consumo do grupo e não tinha finalidade de
produzir excedentes. Não existia distinção social.
Segundo Pedro e Cáceres (1988, p. 7), “a única divisão do trabalho que existia era a divisão sexual,
isto é, as mulheres dedicavam-se a certas tarefas e os homens a outras”. Esse período foi chamado de
comunidade gentílica, devido a não ter classes sociais e muito menos a formação do Estado.
Pedro e Cáceres (1988, p. 15) afirmam que:
com a Revolução Agrícola e com o Pastoreio, que houve um grande desenvolvimento das forças
produtivas humanas, que se completou com a utilização dos metais a partir do período Neolítico. Foi
este desenvolvimento técnico, que exigiu novas relações sociais entre os homens, o fator
determinante, em última instância, responsável pela dissolução da comunidade gentílica.
Com essa transição das sociedades, surgem as primeiras cidades, no período da História conhecido
como Idade Antiga. O principal processo agrícola desse período foi a Revolução do Regadio (modo de
produção era desenvolvido em canais de irrigação). Essa forma de produção ocorria em regiões com
presença de rios, como exemplos, a região da Mesopotâmia com os rios Tigre e Eufrates e, no Egito,
com o Rio Nilo.
O que é interessante nessa forma de produção, conforme Pedro e Cáceres (1988, p. 15-16)
apontam:
não existia o proprietário privado. Qualquer indivíduo só usufruía da terra se fosse membro da
comunidade. A comunidade era a proprietária coletiva da terra. Os trabalhos agrícolas e manufatureiros
eram feitos no interior da pequena comunidade. Acima destas comunidades estava o déspota (faraó no
Egito, imperador na Mesopotâmia) que era o proprietário nominal das terras. O camponês tinha que
produzir um excedente econômico para o déspota (Estado), o qual, através da construção de
aquedutos e de canais de irrigação, permitia o desenvolvimento da agricultura.
O Estado, por ser centralizador, acabava concentrando os poderes militar, religioso, político e
econômico. Os membros do Estado pertenciam a uma casta social, ou seja, a camada dominante. Por
exemplo, o Faraó era o membro mais importante da sociedade egípcia.
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Dentro de todas as mudanças que estavam ocorrendo nesse período, uma se sobressaiu, a
Revolução dos Metais (a fundição dos metais, como cobre, estanho, bronze e ferro) fez com que a
produtividade aumentasse, criando a produção de excedentes.
Há cerca de 5 mil anos, surgiu o arado, uma ferramenta agrícola de grande ajuda para lavrar a
terra. O arado era atrelado à tração animal, abrindo o sulco na terra para colocar as sementes.
Créditos: TRUNCUS/Shutterstock.
Nesse período, surgem os Estados escravistas, como exemplos Grécia e Roma, que utilizavam os
prisioneiros de guerra e os endividados para trabalhar nos latifúndios para o cultivo dos produtos
agrícolas.
Bakers (2019) afirma que a sociedade rural de Roma era dominada pelos ricos proprietários de
grandes latifúndios e que utilizavam mão de obra escrava. E ser grande proprietário de terra era a
distinção entre pertencer à aristocracia e ser uma pessoa comum. Então, quanto mais terra possuísse,
mais poder e influência ele teria em Roma.
Para Pedro e Cáceres (1988, p. 17), as mudanças que estavam ocorrendo nos meios de produção
fizeram:
com o crescimento de todos os ramos da produção, o trabalho artesanal separou-se do trabalho
agrícola; com esta separação entre trabalho agrícola e artesanal e com a produção de excedentes,
nasceu a produção direta para a troca, com o surgimento de indivíduos especializados na articulação
entre os produtores: os comerciantes.
O comércio gerou a necessidade de novos mercados, surge o período expansionista. Tanto os
gregos como os romanos foram em busca de novas terras para ampliar seus domínios econômicos,
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políticos, militares e culturais.
Vamos pegar o exemplo da história romana: é marcada por três momentos políticos: Monarquia,
República e Império. Em todo esse longo período histórico, Roma passou por diversas mudanças,
como organização social, cultural, econômica e política, lutas de classes, expansão territorial,
cristianismo e as invasões bárbaras.
Com a decadência de o Império Romano do Ocidente, no século V, vai dar origem ao momento
histórico chamado de Idade Média. A Idade Média, de acordo com os historiadores, é dividida em duas
partes: Alta Idade Média (séculos V ao XI), tendo como modo de produção o feudalismo, e a Baixa
Idade Média (séculos XI a XV), com o fim do feudalismo e iniciando o capitalismo. O modo de
produção feudal foi marcado por grandes propriedades (feudos) e pelas relações servis, entre o senhor
feudal e o servo.
A principal técnica agrícola criada nesse período foi a rotação de cultura (divide-se o lote de terra
agricultável em três partes). Veja o quadro a seguir para entender o seu funcionamento:
Quadro 1 – Rotação de cultura
CAMPO Primeiro ano Segundo ano Terceiro ano
I Plantação de cevada Campo em repouso Plantação de trigo
II Plantação de trigo Plantação de cevada Campo em repouso
II Campo em repouso Plantação de trigo Plantação de cevada
A rotação de cultura acaba fazendo com que a terra seja trabalhada com culturas diferentes, além
de que sempre terá uma parte em repouso a cada ano. Isso ajuda muito na fertilidade do solo, ao reter
nutrientes das culturas plantadas emcada lote.
No auge do período feudal, surgem no campo outras técnicas agrícolas, como o arroteamento das
terras (drenagens de pântanos e derrubada de florestas), uso do moinho de vento e de água, charrua
de rodas (muito parecido com um arado, porém, abre mais profundamente o sulco da terra) e a
armação rígida na atrelagem dos cavalos para o uso na tração animal.
No século XI, renasce o comércio na Europa, nas cidades, desenvolvia a produção artesanal e, no
campo, a produção agrícola. O Renascimento Comercial foi consolidado com as Cruzadas, um
movimento de caráter religioso, mas também de caráter político e econômico. Os cruzadistas, ao
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expulsarem os árabes do mar Mediterrâneo, dão início à ascensão das cidades italianas no comércio
mediterrâneo.
Com o comércio crescendo na Europa, as cidades ressurgem, é o que chamamos de
Renascimento Urbano. O mundo medieval entra em declínio a partir do século XIV, com as mudanças
econômicas (comércio e as grandes navegações), política (centralização do poder nas mãos dos reis),
religioso (reformas protestantes e contrarreforma), cultural (valorização do homem) e social
(mercadores).
As Grandes Navegações permitiram aos europeus a expansão marítima, comercial e colonial. Os
europeus estavam em busca de novos mercados, metais preciosos e especiarias e, com as novas
invenções usadas nas navegações, como a bússola, o astrolábio e as caravelas, conseguiram desbravar
o Oceano Atlântico.
Com esse desbravamento marítimo, houve o lado positivo, que foi a troca cultural e de produtos
agropecuários, mas o lado negativo é que os colonizadores impuseram seu modo de vida, sua cultura e
sua religião aos povos dominados.
Portugal foi o pioneiro na expansão marítima, seguidos pelos espanhóis, holandeses, franceses e
ingleses. Nessa busca, depararam com novas terras e implantaram o sistema colonial (monopólio das
metrópoles sobre as colônias).
A colonização feita pelos europeus foi de duas maneiras: a colonização de exploração e a
colonização de povoamento. As colônias de exploração passaram a produzir conforme as
necessidades da sua metrópole. No caso do Brasil-colônia, os portugueses introduziram a escravidão
para obter uma produção agroexportadora. E nas colônias americanas que pertenciam à Espanha criou-
se o sistema de encomiendas, em que a mão de obra indígena era utilizada para trabalhar em
atividades agrícolas ou na extração de metais preciosos.
Na colonização inglesa na América ocorreu os dois tipos: nas colônias do Norte, a economia era
baseada em pequenas propriedades com trabalho familiar e para o consumo interno, pois produziam
os mesmos gêneros agrícolas, já que o clima era parecido com o europeu. Nas colônias do Sul, devido
ao clima ser diferente, foram implantadas as grandes propriedades, com trabalho escravo e a produção
monocultora para atender o mercado externo.
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As colônias de exploração da América e da África foram estruturadas para uma agricultura voltada
para a exportação, para atender a demanda econômica das suas metrópoles. Vários fatos históricos
aconteceram pelo mundo, por exemplo, independências das colônias, revoluções, grandes guerras,
entre outros. Com esses acontecimentos, ocorreram mudanças no setor agrícola, com desenvolvimento
de técnicas, equipamentos, pesquisas e insumos.
2.1 AGRICULTURA PELO MUNDO
As técnicas agrícolas aplicadas nas diversas regiões foram adaptadas para as suas características de
solo, relevo e clima. Na região da Mesoamérica (que compreende as civilizações maia, inca e asteca), a
técnica mais utilizada, devido às adversidades do relevo, era o terraceamento (formar terraços ao longo
das encostas das montanhas).
Nas áreas pantanosas e nas planícies alagadas, usavam os campos elevados para cultivar
alimentos. Já os astecas introduziram a chinampas (lotes flutuantes de terra colocados no topo de
camadas da vegetação aquática). Na parte Oeste do território inca, por se localizar em área desértica, a
agricultura se desenvolveu graças à irrigação dos rios originários da Cordilheira dos Andes, de acordo
com Bakers (2019).
Você sabia que o milho e a batata surgiram nessa região? Foi a partir da domesticação do
teosinte selvagem (espigas pequenas) que surgiu o milho, uma cultura essencial para a sobrevivência
desses povos.
A batata era cultivada pela civilização inca, de fácil plantio devido à sua capacidade de se adaptar
aos diferentes climas e solo. Na região dos países árabes, a agricultura se desenvolveu graças ao uso da
irrigação, terraplanagem dos terrenos e com pequenas propriedades que eram cultivadas pelos seus
donos. Existiam grandes propriedades que usavam escravos, servos ou homens livres (os rendeiros) que
trabalhavam nessas terras, segundo Pedro e Cáceres (1988).
A agricultura da China se desenvolveu na parte leste na Grande Planície que é cortada por dois rios
que nascem nas montanhas, o Rio Huang-Ho (rio amarelo) e o Rio Yang-Tsé-Kiang (rio azul).
O desenvolvimento da agricultura é graças ao Rio Huang-Ho. Com as chuvas, o rio enche e alaga
boa parte da planície, é o momento de irrigar as terras e cultivar o arroz, principal cultura.
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Outra característica que ajuda a fertilizar as terras agrícolas da região é a poeira amarelada que é
trazida pelo vento. A Índia é um país localizado ao sul do continente asiático, entre o Oceano Índico e a
Cordilheira do Himalaia. Faz parte da península do Decã.
É um imenso território, com diversidades nas suas condições naturais (planícies e planaltos) e dois
rios importantes para a economia regional, o Rio Indo e o Rio Ganges (esse considerado um rio
sagrado para os hindus).
A agricultura indiana, durante muito tempo, foi a base da economia. Era cultivada por irrigação
através de grandes canais. As principais culturas: arroz, trigo, algodão, cevada e tâmaras. E a criação de
animais, como bovinos, carneiros e porcos faziam parte do desenvolvimento econômico do país.
TEMA 3 – REVOLUÇÕES AGRÍCOLAS
Este tópico será sobre o movimento agrícola que surgiu após a Segunda Guerra Mundial. Mas,
para entender sobre esse assunto, é importante saber que esse movimento faz parte das Revoluções
Agrícolas que surgiram no mundo.
Podemos entender que Revolução Agrícola trata-se de técnicas e tecnologias para obter alimentos
através de alteração de suas formas de produção, na dinâmica do processo, ou até mesmo modificando
sua forma genética. Lógico que essas alterações ocorreram de maneira gradativa, conforme o
desenvolvimento das técnicas e das tecnologias aplicadas no setor agropecuário.
A Primeira Revolução Agrícola, como você já deve ter visto em conteúdos anteriores, aconteceu
no período Neolítico, quando o homem desenvolveu a agricultura e a domesticação dos animais, há
cerca de 10 mil anos. Com isso, houve uma transição do nomadismo para o sedentarismo.
A Segunda Revolução Agrícola foi um grande salto no desenvolvimento do setor. Ocorreu na
Europa entre os séculos XVIII e o XIX com o uso de técnicas para aumentar sua produção,
produtividade e seu rendimento. Algumas técnicas foram utilizadas, como a rotação de cultura (técnica
desenvolvida desde o período feudal), variados tipos de sementes, implantação de novos cultivares,
como a batata e o milho (trazidos do continente americano), o emprego de cavalos em todo processo
(plantio até a colheita), investimentos em pesquisas nas áreas de solo e de nutrientes (fertilizantes),
concentração de terras (latifúndios) e o aumento da atividade pecuária para obtenção de alimentos, de
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subprodutos e uso para tração animal. O advento das máquinas foi o marco para a Revolução Industrial
ocorrida na Inglaterra no século XVIII.
Créditos: Morphart Creation/Shutterstock.A implantação das indústrias no meio urbano atraiu inúmeros trabalhadores do meio rural, que
estavam perdendo suas terras com a formação das grandes propriedades (latifúndios), uma das
características da segunda revolução agrícola.
O desenvolvimento das máquinas acabou beneficiando o meio rural com a introdução da
mecanização agrícola substituindo a tração animal. Com os tratores e os implementos (arados,
semeadeiras, pulverizadores e colheitadeiras), fez aumentar a produção agrícola.
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Créditos: Hennadii H/Shutterstock.
A Terceira Revolução Agrícola ocorreu após a Segunda Guerra Mundial e é marcada por
mudanças nas atividades agropecuárias para atender as necessidades de alimentos para a população
mundial. Essas mudanças deram origem ao que chamamos de Revolução Verde, que impactou o
desenvolvimento da produção das commodities, além de avanços de pesquisas de fertilizantes e de
agroquímicos em diversas áreas do setor agropecuário.
De acordo com Mazoyer (2010, p. 500-501),
Após a Segunda Guerra Mundial, centros internacionais de pesquisas agrícolas, financiados pelas
grandes fundações privadas americanas (Ford, Rockfeller...) selecionaram variedades de alto
rendimento de arroz, de trigo, de milho e de soja, muito exigentes em adubos e em produtos de
tratamento, colocando em prática, em estação experimental, os métodos de cultivo correspondentes.
Nos anos 1960-1970, as difusões dessas variedades e desses métodos de cultivo permitiram aumentar
significativamente os rendimentos e a produção de grãos em muitos países da Ásia, da América Latina
e, em menor grau, da África.
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Com a modernização do setor agrícola, devido às pesquisas direcionadas para as áreas de
agroquímicos e de fertilizantes, ajudaram na produção de alimentos para atender a explosão
demográfica ocorrida após a Segunda Guerra Mundial.
Toda essa modernização foi por causa de investimentos de governos, principalmente de países
desenvolvidos, instituições de pesquisas nas universidades e do setor privado.
No Brasil, o grande fato ocorrido nesse período (na década de 1970) foi a criação da Embrapa
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). A Embrapa começou a desenvolver pesquisas
agropecuárias, visando o aumento de produtividade, inserção de novas técnicas e tecnologias para a
realidade brasileira. Isso gera um grande avanço e mudanças de paradigmas produtivos, ou seja, é
impossível imaginar que a agropecuária, a partir dessas mudanças, continuasse a ser praticada da
mesma forma.
Como a Revolução Verde foi um grande marco para a história do setor agrícola, vamos esmiuçar
mais sobre o assunto ainda nesta etapa: a Quarta Revolução Agrícola, também conhecida como
Agricultura 4.0. Essa revolução é marcada por desafios que o setor agropecuário tem que superar com
o uso de modernas tecnologias.
Ao aplicar essas tecnologias, segundo Lamas (2017), no artigo “Agricultura 4.0: a quarta revolução
tecnológica, com forte conteúdo digital e conectada”, deve-se garantir a segurança alimentar para a
população mundial, mas sem deixar de ser conectar com a conservação ambiental. E o que deve levar
em consideração é a qualidade do alimento e de como ele é produzido, visando o aumento da
produção via aumento da produtividade.
Conforme Lamas (2017) aponta ainda no artigo, as transformações que atualmente o mundo passa
é devido a capacidade das instituições de pesquisas públicas e privadas de gerarem conhecimento e,
consequentemente, essas pesquisas são transformadas em tecnologias que serão incorporadas em
sistemas de produção. As tecnologias implantadas pelas pesquisas para o setor agropecuário buscam
aumentar a produtividade, mas levando em conta a redução de seus custos e ofertar um alimento de
qualidade.
E, finalmente, a Quinta Revolução Agrícola, que também pode ser chamada de Revolução
Ambiental, devido ao seu modelo de produção ser pautado na sustentabilidade.
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É um setor mais colaborativo e transparente, como aponta Palermo (2018) no artigo “A nova
revolução da agricultura”, para a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Além de
buscar políticas públicas para atender as necessidades de tecnologias que transformem o setor
agropecuário.
Desta maneira, como as novas tecnologias e as políticas públicas adotadas acabam sendo
essenciais para o sucesso do setor, gerando mais produtividade, mas com consciência nos problemas
sociais, como a erradicação da fome e da pobreza, melhoria da saúde por meio de uma alimentação de
qualidade e o cuidado com o meio ambiente.
Podemos entender que essa revolução agrícola está direcionada nos modos sustentáveis de
produção, ou seja, uma produção agropecuária sustentável. Ao longo de toda essa evolução
agropecuária, é possível entender que houve impactos sobre o meio ambiente.
Lógico que na Primeira e a Segunda Revoluções Agrícolas os impactos não foram tão presentes,
mas a partir do momento que a produção agropecuária se tornou mais consistente na necessidade de
produtividade a qualquer custo, é importante que novas tomadas de decisões e de tecnologias sejam
voltadas para uma produção mais limpa, com alimentos mais saudáveis.
3.1 REVOLUÇÃO VERDE
A Terceira Revolução Agrícola, ou Revolução Verde, é um grande marco na evolução de máquinas
e implementos, insumos e tecnologias e, devido à importância desse fato, é necessário detalharmos
mais esse período.
Surgiu após a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), e esse movimento foi impactado por várias
tecnologias que foram, a princípio, destinadas ao setor bélico, passaram a ser direcionadas para a
produção de alimentos, pois havia a necessidade de atender a demanda de comida para a população
mundial. Nesse cenário pós-guerra, muitos produtos encontraram utilidades na produção de alimentos.
Por exemplo: um tanque de guerra, após a sua utilização, passa por um processo de adequação,
transformando-se em um implemento para ser utilizado no cultivo de alimentos, como um trator. É o
ciclo tecnológico para o benefício da produção de alimentos.
Outros exemplos são os ligados a fertilizantes e agroquímicos (defensivos agrícolas ou
agrotóxicos). Na fertilização do solo, utiliza-se a amônia (fertilizantes nitrogenados), mas, durante a
guerra, ela era utilizada como arma química. Na área de agroquímicos, os inseticidas DDT (Dicloro-
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Difenil-Tricloroetano) e o BHC (Hexaclorobenzeno), que durante a guerra foram usados para matar
piolhos, pulgas e insetos transmissores de doenças, como o tifo, a malária e, aqui no Brasil, foram
utilizados para combater o bicho barbeiro causador da Doença de Chagas e, na lavoura de café, foram
utilizados no combate ao besouro negro.
Atualmente, esses dois inseticidas são proibidos, pois são extremamente cancerígenos. Desses
inseticidas, ou melhor, da sua tecnologia, desenvolveu-se os inseticidas organoclorados, como
exemplos, o Aldrin, Mirex, Dieldrin, entre outros.
Outro produto químico usado durante a guerra, principalmente na do Vietnã, foi o agente laranja,
um tipo de herbicida. Passou a ser utilizado para controlar plantas daninhas (invasoras) nas plantações,
como exemplo, o glifosato. É interessante entender que toda essa tecnologia aplicada na guerra passou
por uma reestruturação na indústria para que os insumos gerados pudessem ser utilizados no setor
agropecuário. Assim, nasce o movimento denominado Revolução Verde.
Não foi só o uso dos insumos de guerra para o setor agropecuário que foi responsável por esse
movimento agrícola, mas todo um contexto de dar uma nova diretriz nas cadeias produtivas, tanto que,
na década de 1950, os professores da Universidade de Harvard, Goldberg e Davis, entenderam que as
atividades agrícolas e todas as atividadesnelas ligadas faziam parte de um ambiente só, na qual eles
denominaram de Agribusiness.
Além da preocupação no abastecimento de alimentos para a população, fez com houvesse a
necessidade de repensar a maneira de produzir e na distribuição dos alimentos para atingir um
propósito maior que era a erradicação da fome.
Um personagem muito importante nesse movimento foi o engenheiro agrônomo norte-americano
especializado em genética e patologia vegetal Norman Borlaug, considerado o pai da Revolução
Verde.
Trabalhou na área de melhoramento de genética no México onde desenvolveu um grupo de
variedades de trigo, conhecidas como variedades anãs, resistentes a ataques de fungos e, ao utilizar
grande quantidade de fertilizantes, possibilitava ser mais produtiva e adaptável a várias regiões
agrícolas. Devido a essa contribuição, houve um aumento de fornecimento de alimento no mundo, por
isso, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 1970. O principal objetivo de Borlaug era diminuir a fome no
mundo e, para isso acontecer, deveria aplicar método técnico-científicos para a produção de alimentos.
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Nessa linha de pensamento, visando erradicar ou diminuir a fome, era preciso seguir alguns
fundamentos, por exemplo, o melhoramento genético. Neste conceito, uma das premissas era o
adensamento de plantas por área, ou seja, ao reduzir o porte da planta, diminuiria o espaço ocupado e,
desta forma, ampliaria sua produção.
Outro fundamento era usar insumos sintéticos para fornecer os nutrientes necessários para a
planta se desenvolver, ou para controlar pragas, doenças e infestação de plantas daninhas.
A mecanização agrícola passa a ajudar nas tarefas, desde o plantio até a colheita. Tornando todas
as etapas mais eficientes e com custo reduzido na produção. Para que o modelo produtivo
determinado por Borlaug fosse levado adiante, era preciso que o Estado fosse o principal multiplicador
de incentivos e de tecnologias.
Era obrigação do Estado promover políticas públicas e de pesquisas no setor agropecuário,
incentivar o extensionismo rural e fomentar o crédito agrícola para que as propriedades rurais
pudessem produzir e abastecer as necessidades de alimentos.
A ideia de transformar a propriedade rural em uma indústria de produção de alimento, usando
insumos, maquinários, capital de giro, com uma gestão e logística para abastecer o mercado com
alimentos. Esse processo é muito parecido com o que aconteceu na Primeira Revolução Industrial, lá na
Inglaterra do século XVIII e depois se espalhou pelo mundo, com as máquinas produzindo em larga
escala de maneira seriada. A partir da Revolução Verde, a produção de alimento passou a ser visto
como participante de uma cadeia produtiva.
TEMA 4 – DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO
O conceito de agronegócio vem sendo utilizado há muito tempo, quando os professores da
Universidade de Harvard, Goldberg e Davis, em 1957, introduziram o termo Agribusiness por entender
que a nova agricultura estava passando por transformações, ou seja, havia uma integração entre o setor
agrícola aos demais setores que forneciam insumos, faziam o processamento e a distribuição da
produção. Esse conceito acaba abrangendo todas as fases de transformação dos produtos agrícolas até
a chegada ao consumidor final.
O termo ganhou força e espalhou-se pelo mundo. Aqui no Brasil, segundo Araújo (2007, p. 16),
“essa nova visão de ‘agricultura’ levou algum tempo para chegar. Só a partir da década de 1980
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começa haver a difusão do termo, ainda em inglês”. Os movimentos regionais surgiram em São Paulo,
na USP, com o Programa de Estudos de Negócios do Sistema Agroindustrial (Pensa) e, no Rio Grande
do Sul, com a Associação Brasileira de Agribusiness (Abag).
De acordo com Araújo (2007, p. 17):
O termo agribusiness atravessou praticamente toda a década de 1980 sem tradução para o português
e foi adotado de forma generalizada, inclusive por alguns jornais, que mais tarde trocaram o nome de
cadernos agropecuários para agribusiness. Não eram raras as discussões sobre a utilização do termo
em inglês ou a tradução literalmente para o português para agronegócios, ou ainda os termos
complexo agroindustrial, cadeias agroeconômicas e sistema agroindustrial. Todos com a intenção de
um mesmo significado.
Na segunda metade da década de 1990, o termo agronegócio passou a ser usado pelos jornais, nos
livros e no surgimento de cursos superiores que abordavam esse assunto. De lá para cá, o termo faz
parte da economia brasileira, sendo o setor que mais cresce e se diversifica.
4.1 PRODUÇÃO DE ALIMENTO
O interessante é que, a partir do termo agronegócio, a produção de alimento passou a ser vista
como uma cadeia produtiva que faz parte do movimento que gera uma separação em três partes
distintas, antes da porteira (atividades que ocorrem antes da produção de alimentos, fornecendo
insumos, máquinas e implementos e tecnologias), dentro da porteira (atividades que ocorrem na
propriedade na produção do alimento, seja de origem vegetal ou animal) e depois da porteira
(atividades que ocorrem depois que a produção do alimento acontece na propriedade, passando por
processamento na agroindústria, logística, transporte e comercialização dos produtos, até chegar ao
consumidor final).
Com essa visão de que o agronegócio está atrelado a todos os processos que fazem da cadeia
produtiva de alimentos um grande emaranhado de segmentos, seja desde plantar e colher os
alimentos, criar os animais para o destino do plantel (carne, leite, ovos e derivados), passando pelas
relações comerciais (vendas de insumos, máquinas e implementos, tecnologias e vendas da produção),
assistência técnica, logística (armazenagem, transporte), desenvolvimento de pesquisas e tecnologias,
crédito agrícola, entre outros.
Para você ter uma noção da amplitude que dispõe o agronegócio, veja o que diz Silva (2011, p. 32)
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o Agronegócio é uma rede que envolve desde a produção e comercialização de insumos, passando
pela própria produção agropecuária, até a transformação, distribuição e comercialização de produtos
agropecuários. A produção e a comercialização de insumos envolvem desde a extração de matéria-
prima, beneficiamento até a distribuição e comercialização dos mesmos para a produção
agropecuária. Por sua vez, a produção agropecuária envolve o pequeno e o grande produtor,
assistência técnica, manejo do ambiente, entre outros aspectos diretos e indiretos que se relacionam à
geração de bens e serviços ligados ao ambiente rural. Por fim, a transformação, a distribuição e a
comercialização de produtos agropecuários, que envolvem a indústria, os distribuidores e os
consumidores de bens e serviços ligados ao ambiente rural. Considera-se como parte da rede o
envolvimento do ambiente institucional, composto pela cultura, tradições, educação e costumes e,
também, pelo ambiente organizacional, composto pela informação, associações, pesquisa e
desenvolvimento, finanças e firmas.
O que podemos entender desse trecho retirado de Silva (2011) é que o agronegócio está inserido
em vários segmentos da economia agropecuária, independentemente de seu tamanho (grande, média
ou pequena propriedade, familiar, quilombola), tipo de atividade e segmento tecnológico, mas que está
inserido em uma cadeia produtiva, com tecnologias empregadas, com comercialização dos produtos
ou serviços.
O importante é participar do mercado agropecuário e turístico rural com uma visão ampla de que
esse mercado está disponível para todos, é o empreendedorismo rural sendo aplicado. Mas, atenção,
como é um mercado bem competitivo, é necessário fazer um planejamento, buscar conhecimento de
mercado (plano de negócio) e estar sempre “antenado” aos avanços das pesquisas e das tecnologias
para aplicar no seu negócio, ou seja, sendoencaixado em uma visão de cadeia produtiva inserido no
agronegócio.
TEMA 5 – SALDO DO DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA BRASILEIRO
A história da formação do Brasil passa pelo pré-Cabral, no qual os indígenas tinham o seu modo
de produção agrícola, como já foi abordado no Tópico 1. E pós-Cabral, um Brasil voltado para a
produção de monoculturas para exportação para o enriquecimento da metrópole, no caso Portugal.
Passado o tempo, Brasil se torna independente, em 1822, formando um Brasil imperial, mas a
economia ainda era voltada para a exportação monocultora de café, o nosso principal produto. Lógico
que havia uma agricultura de subsistência, porém, dependíamos de importação de produtos agrícolas
que não eram produzidos aqui, como exemplo o trigo.
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Brasil se torna uma república em 1889, mas ainda a base econômica era agroexportadora de café,
não havia um pensamento por parte do governo e dos grandes latifundiários de diversificação de
culturas, pois para eles economicamente estava confortável, então, para que mexer?
Mas em 1929, com a queda da Bolsa de Nova Iorque, tudo mudou. O Brasil se viu em um
problema muito grave: O que fazer com a produção de café? Para quem vender? Os países que
compravam café do Brasil simplesmente pararam de comprar.
Essa situação precisava ser resolvida, era necessário haver mudanças no modo de produção
agrícola, era preciso diversificar os cultivos para não ficar dependente economicamente de outros
países, seja na venda dos nossos produtos agrícolas, como na dependência das importações.
Infelizmente essa situação perdurou por muito tempo, essa dependência era evidente.
Nas décadas de 1950 e 1960, a agricultura brasileira era atrasada, tendo um baixo rendimento de
produção por hectare, pois não havia difusão de tecnologias e de informação. Desta maneira, extensas
áreas de matas naturais eram desmatadas para serem usadas em lavouras e para pastagens, causando
um desequilíbrio ecológico, erosão e assoreamento de rios.
Com essa ineficiência no meio rural e com a industrialização que estava acontecendo nas cidades,
houve o êxodo rural (parte da população rural migra para as cidades em busca de uma melhor
qualidade de vida) atraída pela ideia de viver melhor.
Poucos estudos eram feitos sobre os tipos de solos, quais as culturas poderiam ser plantadas no
extenso território brasileiro e, na área da pecuária, também faltavam estudos. Enfim, para que o Brasil
pudesse crescer no setor agropecuário, era necessário investir em pesquisas para atender as nossas
demandas.
A década de 1970 marca o crescimento da população, da renda per capita e a intensificação da
agricultura. Foi nesse contexto que em 7 de dezembro de 1972 o governo brasileiro sancionou a Lei n.
5.851, que criou a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para dar início às pesquisas
que atendessem as realidades agrícolas (solo, clima, relevo, culturas etc.) e, com essas pesquisas,
introduzir as tecnologias voltadas para a realidade do país.
Para dar andamento ao processo de criação da Embrapa, em 1974, criaram-se os primeiros centros
em áreas específicas de pesquisas, como o centro nacional de Trigo, em Passo Fundo/RS, o de Gado de
Corte, em Campo Grande/MS, o de Seringueira, em Manaus/AM, e o centro de Arroz e Feijão, em
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Goiânia/GO. O objetivo desses centros era de funcionar como ligação das pesquisas e sua implantação
no campo.
Além da criação da Embrapa, o governo instituiu políticas públicas voltadas para o
desenvolvimento do setor agropecuário, como investimentos em pesquisas e tecnologias, crédito rural
e o trabalho de extensionismo rural para dar um passo à modernização do setor. Hoje, a Embrapa tem
47 Centros de Pesquisas espalhados pelas cinco regiões brasileiras.
E foi isso que aconteceu, uma explosão de produtividade na agricultura e também na pecuária, o
Brasil figura entre os países mais importantes no setor do agronegócio.
Toda essa trajetória é devido a uma série fatores que levaram o Brasil ser um player de sucesso,
pois apresentam extensas áreas agricultáveis, relevo caracterizado por médias e pequenas altitudes,
água em quantidade, luminosidade e calor e, aliado a isso, com as pesquisas desenvolvidas por centros
de pesquisas e universidades para atender às necessidades do setor, as políticas públicas de incentivo
ao agricultor e não podemos esquecer-nos do trabalho dos profissionais das agrárias (agrônomos,
veterinários, zootecnistas, tecnólogos e técnicos agrícolas), que atuam para dar suporte aos
agricultores.
FINALIZANDO
Chegamos ao fim desta etapa e vários assuntos foram tratados. Começamos com o surgimento da
agricultura e domesticação de animais pelo homem no período Neolítico, passamos pelos avanços até
chegar às mudanças ocorridas para o desenvolvimento do setor agropecuário.
Você pode conhecer as etapas da evolução da agricultura e os períodos conhecidos como
Revoluções Agrícolas, ou seja, momentos em que houve um salto no desenvolvimento da agropecuária
no mundo e no Brasil, com uso de pesquisas, técnicas, tecnologias para implementar o setor.
Conheceu o surgimento do termo Agribusiness, lá nos Estados Unidos, e que aqui no Brasil passou
a ser chamado de Agronegócio, onde foi possível compreender como uma rede de diversas cadeias
produtivas que fazem o setor agropecuário ter um destaque na economia brasileira. Até a próxima!
Bons Estudos!
REFERÊNCIAS
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conectada. Mercado Agrícola, nov. 2017. Disponível em: <https://laborsolo.com.br/mercado-
agricola/agricultura-4-0-a-quarta-revolucao-tecnologica-com-forte-conteudo-digital-e-conectada>.
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REIFSCHNEIDER, F. J. B. et al. Novos ângulos da história da agricultura no Brasil. Brasília, DF:
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SILVA, A. C. P. Exportação de Bovinos Vivos no Estado do Pará: mapeamento de uma cadeia de
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do Rio de Janeiro, Departamento de Engenharia Industrial, 2011.
20/09/2022 19:48 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 28/28

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