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ASPECTOS SOCIAIS DA AGRICULTURA - IMPRESSÕES LITERÁRIA

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ASPECTOS SOCIAIS DA AGRICULTURA 
Prof. Dr. Lineker Lopes 
RESUMO – ASSENTAMENTOS RURAIS i 
 Os assentamentos rurais são novas unidades de produção agrícola 
criadas por meio de políticas governamentais buscando o reordenamento do 
uso da terra. A origem dos assentamentos permite classificá-los com 
projetos de colonização, reassentamento pelos afetados por barragens, 
programas de reforma agrária e planos estaduais de valorização de terras. 
 Não ocorre a implantação de assentamentos no Brasil decorrente a 
uma deliberada política de desenvolvimento, mas sim para apagar ou 
atenuar a violência dos conflitos sociais no campo. 
 Getúlio Vargas busca eliminar a propriedade indébita, revisado os 
títulos de terras em 1938. O PCB perdeu o título de partido e isso gerou 
turbulências que se consolidaram no campo com a formação da liga dos 
camponeses. As desapropriações são apoiadas no Rio Grande do Sul pelo 
governador Leonel Brizola. O governador de Goiás, Mauro Borges, 
combateu os grileiros. Estas ações estaduais foram vistas com ligação ao 
comunismo, a situação fica ainda pior quando João Goulart assume a 
presidência e incentiva a aliança entre os camponeses e os trabalhadores 
urbanos para a realização de uma ampla reforma agrária. 
 Durante a ditadura militar os movimentos sociais foram severamente 
reprimidos e encobertos pelo estatuto da terra com projetos de 
implementação de projetos de colonização de áreas de fronteiras agrícola. 
Os atingidos por barragens aumentaram muito durante o regime 
militar. Os impactos sociais eram considerados problemas secundários, 
tanto que os prejuízos só seriam reparados ao término da obra. 
Ao término do regime militar com eleição de Tancredo, José Sarney, 
que assumiu a presidência após a morte de Tancredo, encarregou o INCRA 
de elaborar uma proposta inicial de reforma agrária tudo levava a ações de 
desapropriação, mas a desapropriação negociada passou a ser a concepção 
de reforma agrária do governo de Sarney. Os poderes Legislativo e 
Judiciário emperraram a conclusão das desapropriações e a implementação 
dos assentamentos. 
Os governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso não fizeram 
diferente, a mesma lógica de só efetivar a reforma agrária após intensa 
reivindicação dos movimentos sociais, através de ocupações ou pelo 
número de mortos em conflitos pela posse da terra. 
 
 
RESUMO – DIVERSIFICAÇÃO DE CULTURAS E 
AGROINDÚSTRIA E INSDUSTRIALIZAÇÃO DA 
AGRICULTURA ii 
 A maior parte da produção não se destina ao consumo como 
outrora, mas ao mercado e suas forças controladoras. Não basta produzir, o 
retorno vem após comercialização, seja esta, feita com outros 
estabelecimentos agropecuários, intermediários comerciais ou industriais, e 
consumidor final. 
 O complexo agroindustrial é composto pelo setor agropecuário, 
agroindústrias ou indústrias de beneficiamento agropecuário, e a indústria 
para a agricultura ou ramo industrial destinado a produção de insumos e 
equipamentos. 
 No Reino Unido do Brasil, a importação só era proveniente de 
Portugal e a manufatura era pouca sendo destinada a produção de grosseiro 
tecido de algodão, ou uma metalurgia para as mineradoras, e as 
manufaturas ilegais. Nem mesmo estas sobrevivem ao Brasil independente, 
pois em 1827 as portas estavam abertas a baixas tarifas de importação. 
Como o Brasil conseguiu condições para a industrialização? Requisito 
básico era a existência e o crescimento da demanda, a partir disso o Brasil 
tinha os outros, ou seja, a mão de obra barata, matéria prima em 
abundância e de qualidade, capitais ociosos, acumulado no tráfico negreiro 
ora proibido, e empresários dispostos a formação de estabelecimentos 
industriais. Vale lembrar que o governo na segunda metade do séc. XIX 
deu uma ajuda duplicado as tarifas alfandegárias. 
 A indústria têxtil se espelhou na nação caracterizando uma 
industrialização nacional não pontual, que ganhou força com a fome de 
algodão europeia que não era mais satisfeita por EUA que estava em guerra 
civil. Após o fim da guerra da Sessão o preço caiu e a indústria voltou-se 
para o mercado interno. 
 A partir de 1930 se acentuou a industrialização e urbanização no 
Brasil. Os vínculos eram da agricultura para a indústria, mas a indústria 
passou a ter mercado no setor agropecuário de bens de consumo e 
produção, desde 1950. Isso é industrialização na agricultura? Não, a 
industrialização da agricultura entende-se pela adaptação dos processos 
produtivos da indústria de transformação aos processos produtivos do setor 
agrícola. O que substituiu mão de obra pelo capital, mas estimulou a 
qualificação da mão de obra agora não tão mais barata quanto em 1850. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO – HERANÇA DO SISTEMA COLONIAL E 
CULTURAS DE EXPORTAÇÃO iii 
 A agricultura é desenvolvida no processo de fixação do homem a 
terra. Na colônia de exploração do Brasil a agricultura pós “descoberta” só 
se iniciou com a formação das capitanias hereditárias e quando o espírito 
de aventura dos colonizadores reduziu com a alta exploração já realizada e 
decepções de seu crescimento na busca por metais, que chegaram a serem 
exploradas mais tarde com a interiorização dos colonizadores as minas 
gerais. 
 As fundamentações da organização social do Brasil – Colônia eram a 
grande propriedade fundiária, a monocultura de exportação e o trabalho 
escravo, posto toda a relação direta com agricultura da época. 
 No século XVIII a agricultura permanece ainda extrativista, sem 
cuidados com solo e nem piedade da mata, além de baixa tecnologia 
deixavam a cana brasileira sem competitividade a não ser em épocas de alta 
demanda. As causas disto situavam-se na má qualidade do seu empresário 
rural e no baixo nível cultura e técnico, sem cita a poderosa barreira à 
transformação qualitativa do sistema produtivo, a permanência da 
escravidão. 
 As culturas de subsistência eram destinadas ao consumo local ou 
usadas como moeda de troca por escravos, como o fumo e a aguardente. 
Inicialmente foram desenvolvidas dos paupérrimos homens livres, sendo a 
situação de diferente no Sul com os produtores açorianos. 
 O autor faz um estudo crítico das lavouras de exportação desde a 
colônia ao império. O processo de independência com suas consequências 
economias e sociais abriram novos mercados e no instante firmaram o país 
como primário – exportador. O café no Brasil produziu bem mais que 
riquezas; produziu o novo empresário não formado pela cana ou o algodão, 
cercados permanentes altos investimentos, os quais não se fazem tão altos 
pela perenidade do cafeeiro. Este novo empresário é organizado, 
estrategista e contra escravidão por sua visão mercantil. 
 Outras culturas foram introduzidas como o algodão herbáceo e o 
cacau importante para o desenvolvimento do país. A agricultura contou 
muito com a produção literária dos “espiões” agrícolas enviados a Portugal 
e EUA, e formação de centro de cultura agrícola e pesquisa. A maior 
contribuição política ao desenvolvimento agrícola foi o fim da escravidão, 
que compensada pela instituição da terra como mercadoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO – O COMPROMISSO DO PROFISSIONAL COM 
A SOCIEDADE iv 
 O compromisso, obrigação mais ou menos solene, obrigação baseada 
na capacidade de atuar e refletir, suas ações e consequências, uma práxis da 
sociedade grego-romana. O compromissado não está imenso na realidade, 
mas emerso sendo capaz de atuar como transformador de realidades hora 
condicionantes. O verdadeiro compromisso é a solidariedade com os 
convertidos em “coisas” sociais, é humanizar o desumanizado. Humanismo 
fundamento cientificamente produz sucesso resposta ao compromisso. 
 A cada estudo, a cada instante de experiência e vivência profissional 
somamos em nós um patrimônio cultural que é de serventia a toda 
sociedade e responsabilidade a beneficiar assim como o fomos e resistindo 
asreceitas de bolo, adaptamos a cada situação social o saber por nós 
outrora ponderado. O saber profissional e os procedimentos empíricos são 
manifestações cultura que não podem ser prontamente trocado. 
 As sociedades ascendentes economicamente e culturalmente são em 
geral estruturadas em uma exploração de matérias primas e importadora de 
produtos manufaturados, ideias, técnicas e modelos, assim a sociedade 
desenvolvida é primeiro desenvolvida em suas ideias e atuante em busca de 
reduzir a exploração e em vigorar modelo de sucesso socialmente 
estabelecido. 
 Compromisso ato ou efeito? Efeito reflexo do pensar humano 
profissional. Segundo Freire, fugir da concretização deste compromisso é 
não só negar-se a si mesmo como negar o projeto nacional, concordo com a 
ressalva do nacional é em nível maior uma desumanização do compromisso 
profissional. 
 
 
 
 
 
 
RESUMO – O MEIO AMBIENTE E A AGRICULTURA v 
 A revolução nas condições de produção e de comércio, tanto 
agrícola como alimentar, concentrou-se nos países mais desenvolvidos do 
planeta em curtíssimo período de poucos decênios do século 21, isso sem o 
suporte ambiental e sem respeito ao equilíbrio ecológico destas áreas. 
 A História nos ensina que grandes sucessos sempre se transformam 
em excessos quando não são devidamente controlados. Enquanto não 
forem aperfeiçoados para evitar abusos e inconvenientes, os métodos de 
produção da dita agricultura moderna serão tão perigosos quanto foram, 
antes, inúmeras outras formas de produção primária. Entre 1985 e 1998, 18 
mil exames bacteriológicos da água de consumo em municípios rurais 
foram realizados por técnicos catarinenses. Os resultados foram chocantes 
oito de cada dez amostras apresentavam contaminação. 
 Em 1997, com a publicação da obra prima do pesquisador francês 
Marcel Mazoyer – História das agriculturas do mundo, que se tornaram 
esfarrapadas as desculpas para tão absurda lacuna na formação dos 
profissionais que lidam com o setor agropecuário, sejam eles engenheiros, 
veterinários, geógrafos, economistas ou sociólogos. 
 A intensidade exploratória se observa nas alterações, por exemplo, 
na passagem do século 19 para o 20, o diferencial de produtividade entre a 
agricultura manual e a intensiva em insumos externos ia de 1 a 10, hoje 
chega 1 para 500. É essa corrida desenfreada pela adoção dos pacotes 
tecnológicos da agricultura moderna que provoca por aqui os mesmos 
impactos deletérios e ameaças ambientais antes constatados na Europa, na 
América do Norte e Japão. 
 Na década de 1980, são encontradas diversas vertentes da chamada 
agricultura “alternativa”, mas a amplitude dessas experiências continua 
irrisória, tanto em área quanto em volume de produção. O que não impede, 
é claro, que delas venham a brotar princípios de um padrão agrícola menos 
nocivo. 
 Apesar de seus mais de dez mil anos, a agricultura permanece sendo 
atividade humana que mais intimamente conecta a sociedade com a 
natureza e por mais que venha a ser modificada a esfera da produção 
alimentar, esta importância singular da agricultura manter-se-á até que 
surja uma alternativa à transformação biológica de energia solar em 
nutriente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO – O TRABALHO NAS DOFERENTES 
SOCIEDADES E O TRABALHO NA SOCIEDADE 
CAPITALISTA vi 
 Quando se refere à sociedade tribal, se busca num conceito estreito, 
já que cada tribo tem grandes diferenças culturais formadas pelo ambiente e 
tempo, mas cabível pela comum ideia de trabalho, agrupar sociedades ricas 
nos saberes e na capacidade de relaciona-se em sua sociedade. Quer sejam 
os guaranis, os bosquímanos australianos, enfim, as sociedades tribais 
baseiam sua divisão de trabalho nos sexos, o seu conceito de trabalho é 
equilibrado, pois o trabalho é para a manutenção da vida, deste modo a 
preocupação era viver, não trabalhar. Talvez pense que passam 
necessidades e viviam em pobreza, no entanto isto não passa de 
preconceito, a relatos de que passavam ‘muito bem obrigado’! 
 A sociedade Grega, segundo Hanna Arendt (1906-1975), tinha 
concepções de trabalho o labor, trabalho braçal, o potesis, trabalho criativo, 
e o práxis, fala para tenta resolver algo (será o político de hoje?). A 
sociedade romana assim como a grega era caracterizada pela escravidão 
mesmo que apenas 1 em cada 4 trabalhadores era escravo pois todos eram 
oprimidos por senhores. 
 A sociedade feudal surgiu após a decadência romana com sua 
estrutura escravocrata e a fragmentação social e política consequente 
baseada hierarquia dos senhores dos feudos ou terras principal meio de 
produção usufruído pelos camponeses e em troca pagavam impostos 
(corvéia, censo, talha, banalidades, imposto per capita) e respeito. O 
artesanato é fortalecido em associações chamadas de corporações de ofício. 
A solidariedade entre famílias de senhores feudal e a visão de maldição 
sobre o trabalho defendido pela igreja estruturavam o sistema feudal que 
definhou após a fome generalizada no séc. XIV, a peste negra, guerra dos 
cem anos e no final do século o golpe de final com insurreições 
camponesas em toda Europa. 
 A sociedade capitalista ocorre um desvinculo dos meios de produção, 
assim o trabalho vira mercadoria. Os detentores do capital eram os que os 
acumularam com o tráfico negreiro, conquistas, pilhagem ouro e produtos 
das colônias de exploração. A reforma protestante idealizou a profissão 
como vocação, a preguiça como mal e toda riqueza como benção de Deus. 
Marx Weber analisou a ação da ética protestante e o espírito do capitalismo 
na mudança das relações de trabalho. 
 A manufatura faz parte rede de investimento dos capitalistas. O 
artesão não exerce uma função criativa e produtiva plena, o trabalho foi 
segmentado, sua participação piora ainda mais na maquinofatura. Por que 
não reivindicar melhor condições de trabalho? Porque a fila de 
‘camponeses’ desempregados era grande à porta. Karl Marx procurou 
demonstrar o conflito de classes ainda mais piorado pela mais-valia 
absoluta e relativa. Émile Durkheim já tinha uma visão destoante da 
realidade sobre segmentação do trabalho, via solidariedade superior a 
qualquer conflito baseada na identificação pela amizade e conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO – QUE HÁ DE “NOVO” NOS MOVIMENTOS 
SOCIAIS NO CAMPO? vii 
Os novos movimentos sociais (MS) têm traços dos velhos 
movimentos sociais. O movimento das barragens, dos sem-terra, de 
mulheres agricultoras são exemplos dos velhos MS que têm influenciado o 
apoio de uma corrente do sindicalismo do campo, o “Sindicalismo 
combativo”, por outro lado os MS estimulam a renovação sindical. 
A diferenciação entre os velhos MS e os novos MS pode ser 
encontrada nas formas de suas organizações e de encaminhamento de suas 
lutas. As novas formas de organização no campo valorizam a participação 
ampliada de bases, a democracia direta sempre que possível, e opõem-se, 
pelo menos no nível ideológico, ao autoritarismo e ao uso da violência 
física. 
Os pré-requisitos para formação de um MS são reconhecimento 
coletivo de um direito e a formação de identidades, desenvolvimento de 
uma sociabilidade política, construção de um projeto de transformação. 
 Os alcances e limites no próprio movimento dizem respeito à pureza 
política, valoriza-se a não participação do Estado ou partidos políticos. O 
fato de muitos atores ocuparem posições de liderança tanto no movimento 
como no partido (sobretudo no caso do PT) torna este aspecto uma 
problemática. O MS deve está preparado para enfrentar contra movimentos, 
a exemplo do MST que suplantou o contra da UDR (União Democrática 
Ruralista) que representava os interesses dos latifundiários. 
 Outro grande desafio que se impõe aos MS no campo é a não-
homogeneização do MS, vencer o sectarismo interno de certas lideranças e 
mediadores representa o desafio a fim e conseguir certa unidade de 
encaminhamentospolíticos. Assim, faz-se necessária uma revisão nos 
paradigmas tradicionais de análise dos MS. 
 
 
 
 
RESUMO – SOCIOLOGIA E SOCIEDADE viii 
 A sociedade possui um poder modificador sobre os indivíduos, sendo 
capaz de modificá-lo levando-o ao padrão social, influenciando-o em 
tomadas de decisão, e ainda contêm “sociedades particulares”, as classes 
sociais. 
 As situações sociais são o objeto de estudo da sociologia, pois as 
relações humanas não podem ser explicadas apenas com base nos 
indivíduos atuantes, sendo mais bem compreendida na observação das 
relações entre indivíduos e grupos destes. 
A sociologia nasce no séc. XIX questionando a ação individual na 
sociedade? Quão influenciáveis são as ações individuais pelas ações 
sociais? Como se obedece ou se excetua dos padrões sociais? Ou como 
estes são alterados com o tempo? 
Sociólogos buscam a explicação e métodos para se extrai-la da 
sociedade, há aqueles que preferem manter uma posição neutra e objetiva 
diante as relações sociais, como Émile Durkheim, que estuda os fatos 
sociais, conjunto de regras e normas coletivas, não como fatos naturais ou 
individualizados, mas com exteriores e coercitivos, ou seja, as ideias, 
normas de conduta sendo criação coletiva anterior ao ser social atual, estes 
fatos têm caráter obrigatório, lei, sendo sua infração penalizada. 
Segundo Weber, o pesquisador deve possuir um papel ativo, não 
podendo ter neutralidade total já que para Max Weber o objeto de estudo da 
sociologia é a ação social, ação individual tomada face ação de outros. 
Weber classificou as ações sociais em ação tradicional, determinada pelo 
hábito; ação afetiva, determinada pelo afeto; ação racional, determinada 
pela crença consciente; ação racional com relação a fins, determinado pelo 
cálculo racional. 
Para Max as relações sociais de produção são base para o resto da 
sociedade. Marx estudou o sistema em vigência no seu tempo e ainda ativo, 
sistema capitalista e dividiu a sociedade capitalista em duas classes os 
capitalistas e os proletariados propondo uma metodologia que vai além de 
descrever a realidade social, atendo-se a análise da realidade, sua origem e 
propagação no tempo. 
Referências bibliográficas 
 
i BERGAMASCO S. M., NORDER L. A. C. O que são assentamentos rurais. São Paulo; 
Brasiliense, 1999. 
ii SZMRECSÁRYI, T. Pequena história da agricultura no Brasil. São Paulo; Contexto, 
1900. CAP. 5 e 6 
iii SZMRECSÁRYI, T. Pequena história da agricultura no Brasil. São Paulo; Contexto, 
1900. CAP. 1 e 2 
iv FREIRE, P. Educação e mudança, 8º edição, Rio de Janeiro Paz e Terra, 1983. P15-25 
v VEIGA, J. E. , MEIO AMBIENTE NO SÉCULO 21. Rio de Janeiro; EDIÇÕES SEXTANTE, 
2003. 
vi TOMAZI, N.D. Iniciação à sociologia. São Paulo; Atlas, 1990. CAP. 3 e 4 
vii SCHERER-WARREN I., Redes de movimentos sociais. São Paulo; EDIÇÕES LOYOLA, 
1993. CAP. 5. 
viii TOMAZI, N.D. Iniciação à sociologia. São Paulo; Atlas, 1990. CAP. 1