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RESPOSTA PERIODONTAL A FORÇAS EXTERNAS Prof. Esp. Caroline Beiruth TRAUMA DA OCLUSÃO Capacidade adaptativa do Periodonto: Magnitude Direção Duração Frequência Aumento do espaço do ligamento periodontal, aumento no numero e espessura das fibras. Reorientação das pressões e tensões do periodonto, de forma a acomodar as forças ao longo eixo do dente. Pressão constante = mais prejudicial do que intermitente Quanto mais frequente = mais prejudicial “Uma margem inerente que é comum a todos os tecidos permite alguma variação na oclusão sem afetar negativamente o periodonto. No entanto, quando as forças oclusais excedem a capacidade adaptativa dos tecidos, o resultado é a lesão tecidual.” Carranza, 2016. TRAUMA AGUDO Impacto oclusal abrupto Caroço Restaurações que interferem na direção das forças oclusais Aparelho ortodôntico Proteses mal adaptadas TRAUMA AGUDO Resultantes: Dor dentária Sensibilidade à percussão Aumento de mobilidade dentária Se a força é dissipada por mudança da posição do dente ou retirada do estímulo, a lesão é reparada e os sintomas diminuem. Se o trauma não for removido a lesão periodontal pode piorar, evoluir para necrose acompanhada por formação de abscesso ou persistir para crônica. Trauma agudo também pode produzir lesões no cemento. TRAUMA CRÔNICO Mais comum que o trauma agudo. Tem maior significância clínica! Mudanças graduais na oclusão – desgastes dentários Migração dentária Extrusão dentária Hábitos parafuncionais Bruxismo Apertamento TRAUMA CRÔNICO Oclusão traumática crônica Presença de lesão periodontal Não está relacionado à má oclusão! Desarmonia oclusal Desequilíbrio funcional Distrofia oclusal Um aumento da força de oclusão não é traumático se o periodonto puder acomodá-lo. Trauma de oclusão primário Trauma de oclusão secundário Quando é resultado de alterações nas forças oclusais Quando é resultado de alterações da capacidade dos tecidos para resistir às forças oclusais TRAUMA DE OCLUSÃO PRIMÁRIO Lesão periodontal produzida em torno do dente com o periodonto previamente saudável: Restauração com contato prematuro Prótese fixa que cria forças excessivas sobre pilares e dentes antagonistas Movimento ou extrusão de dentes devido a espaços causados pela ausência de outro elemento dentário Movimento ortodôntico de dentes para posições inaceitáveis TRAUMA DE OCLUSÃO PRIMÁRIO As alterações produzidas não alteram o nível de inserção conjuntiva e não iniciam a formação de bolsas periodontais. Isto acontece pelo fato de as fibras gengivais supracrestais não serem afetadas e, por conseguinte, evitarem a migração apical do epitélio juncional. TRAUMA DE OCLUSÃO SECUNDÁRIO A capacidade adaptativa dos tecidos de resistir às forças oclusais é prejudicada pela perda de massa óssea que resulta da inflamação marginal. O periodonto se torna mais vulnerável às lesões. As forças oclusais previamente bem toleradas se tornam traumáticas. Periodonto normal com altura normal do osso; Periodonto normal com redução da altura do osso; Periodontite com redução da altura do osso; Trauma de oclusão primária Trauma de oclusão secundária ESTÁGIOS DA RESPOSTA TECIDUAL AO AUMENTO DAS FORÇAS OCLUSAIS Lesão Reparo Remodelamento adaptativo do periodonto Fase de Lesão Fase de Reparação Fase de Remodelação Aumento da reabsorção Diminuição da formação Diminui a reabsorção Aumenta a formação Reabsorção e Formação voltam ao normal EFEITOS DA FORÇA OCLUSAL INSUFICIENTE Pode ser prejudicial ao periodonto; Estimulação insuficiente provoca: Atrofia das fibras Osteoporose do osso alveolar Redução da altura de osso Originado de situações como: Mordida aberta anterior; Ausência do antagonista; Hábitos de mastigação unilateral; REVERSIBILIDADE DE LESÕES TRAUMÁTICAS É reversível! A força deve ser aliviada, ou removida, para a reparação ocorrer. Caso contrário o dano persiste e se agrava. EFEITOS SOBRE A POLPA DENTÁRIA • Resposta pulpar ao trauma só acontece quando há forças elevadas; • Em casos de forças mínimas e em períodos curtos, não há envolvimento pulpar. • A inflamação periodontal (por placa bacteriana) pode prejudicar a reversibilidade das lesões traumáticas. INFLUÊNCIA DO TRAUMA DE OCLUSÃO NA PROGRESSÃO DA PERIODONTITE MARGINAL Placa bacteriana afeta gengiva marginal. Trauma de oclusão ocorre nos tecidos de suporte, não na gengiva. Trauma de oclusão não causa bolsas periodontais. No entanto, o trauma de oclusão causa mobilidade! INFLUÊNCIA DO TRAUMA DE OCLUSÃO NA PROGRESSÃO DA PERIODONTITE MARGINAL Trauma de oclusão eliminado = Remodelação óssea Trauma + inflamação = Perda óssea e bolsas existentes podem aumentar Trauma de oclusão eliminado + periodontite persiste = Inibição da remodelação Trauma de oclusão + periodontite eliminada = adaptação às forças SINAIS CLÍNICOS DO TRAUMA OCLUSAL Mobilidade dentária; Migração dentária; Desgastes dentários; Contatos prematuros; Espasmos musculares; Disfunção temporomandibular; Dor à palpação e percussão; Sensibilidade térmica; • Maior que a mobilidade normal • Não patológica • Se a mobilidade se tornar progressivamente pior ou estiver associada a inflamação, torna-se patológica. Periodonto de suporte enfraquecido: A periodontite cria desequilíbrio entre as forças que mantêm o dente em posição e as forças que o dente precisa suportar; Com apoio enfraquecido se torna incapaz de manter sua posição; Se afasta das forças (a menos que seja impedido); Anormalidade do periodonto + Forças normais = Migração patogênica A medida que sua posição muda, o dente é submetidoa forças oclusais anormais, que agravam a destruição periodontal e a migração do dente. • Migração dentária patológica: • Quando o equilíbrio entre os fatores que mantêm a posição dentária fisiolósica é perturbado por doença periodontal; • Pode ser um sinal precoce da doença; • Mais comumente nos dentes anteriores; SINAIS RADIOGRÁFICOS Aumento da largura do espaço periodontal; Destruição vertical (não horizontal); Radiolucidez do osso alveolar; Reabsorção radicular; REFERÊNCIA CARRANZA, F. A. Periodontia Clínica. 12 ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2016. Capítulo 22.
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