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APOSTILA DVA - AULA 1102

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DROGAS VASOATIVAS 
AULA: 11/02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa apostila é um resumo objetivo de tudo que abordamos na aula. 
Espero que você possa aproveitá-la para sedimentar esse conteúdo. 
Nos encontramos em breve. 
Erlei Bispo 
 
 
 
 
As drogas vasoativas são medicações que auxiliam na dinâmica 
sanguínea (perfusão) e na dinâmica da troca gasosa entre o sangue e as 
células/tecidos (oxigenação). 
 
O binômio perfusão-oxigenação está associado a “Oferta de 
Oxigênio” para as células/tecidos com o intuito de garantir a energia (ATP) 
durante a respiração celular. 
 
Nesse sentido, todas as células juntas consomem uma determinada 
quantidade de oxigênio. A essa demanda de oxigênio consumido chamamos 
de “Consumo de Oxigênio”. 
 
Quando há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio, 
pode haver alteração de um dos mecanismos de compensação do organismo. 
 
Um dos mecanismos conhecidos que é afetado por esse desequilíbrio 
é a Pressão Arterial Média (PAM). 
 
A PAM pode ser representada pelo produto entre o débito cardíaco 
(DC) - volume de sangue bombeado pelo coração a cada minuto, e a 
resistência vascular sistêmica (RVS) – resistência do vaso sanguíneo que 
permite ou dificulta a passagem do fluxo sanguíneo (neste caso, o débito 
cardíaco). 
 
Dessa forma, podemos representar a PAM a partir da fórmula: 
 
PAM = DC x RVS 
 
 
 
Assim, podemos concluir que se há uma redução do DC, para que a 
PAM se mantenha normal, é necessário que a RVS aumente. 
 
O mesmo acontece se a RVS estiver baixa. Na tentativa compensatória 
para manter a pressão normal, o organismo eleva o DC. 
 
Quando o mecanismo de compensação esgota, há uma variação na 
pressão acima da variação normal esperada para o nosso organismo. A PAM 
normal varia entre 70 a 105 mmHg (valores variam a depender da literatura). 
 
Quando há alteração do mecanismo de compensação, pressões 
arteriais média acima de 105 mmHg são denominadas de Hipertensão e 
abaixo de 70 mmHg denominamos Hipotensão. 
 
Logo, pode-se concluir que a queda da PAM pode estar associada a 
queda do DC ou a queda da RVS. Por outro lado, o aumento da PAM pode 
estar relacionado ao aumento do DC ou da RVS. 
 
Quando falamos em choque hemodinâmico há um desequilíbrio entre 
a oferta e o consumo de oxigênio culminando em redução da PAM, 
motivados pela redução do DC (choques de baixo fluxo: hipovolêmico, 
cardiogênico ou obstrutivo) ou redução da RVS (choque de alto fluxo: 
distributivo). 
 
 
A queda da resistência vascular no contexto de um choque está 
relacionada com mediadores inflamatórios liberados na corrente sanguínea. 
Estes acabam relaxando o vaso e reduzindo a RVS. 
 
 
 
Por outro lado, quando o choque está associado a redução do DC, você 
precisa ficar atento (a) ao Volume Sistólico, que é o volume de sangue que 
passa pelo ventrículo a cada batimento. 
 
O volume sistólico está relacionado com três fatores: pré-carga, 
contratilidade e pós-carga. 
 
No contexto das drogas vasoativas no choque, temos drogas que 
aumentam a RVS, conhecidas como vasopressores; e drogas que aumentam 
o débito cardíaco a partir do aumento da contratilidade, conhecidas como 
inotrópicos. 
 
Por outro lado, se houver um contexto de hipertensão, o aumento da 
PAM pode estar associado principalmente ao aumento excessivo da RVS. 
 
E, para isso, podemos utilizar drogas que reduzem a RVS, reduzindo 
a PAM. Essas drogas são conhecidas como vasodilatadores. 
 
Dentre as classes citadas, vou te exemplificar as principais medicações 
de cada classe: 
 
Vasopressores: Noradrenalina, Adrenalina, Dopamina, Vasopressina 
Inotrópicos: Dobutamina, Milrinone, Levosimendan 
Vasodilatadores: Nitroprussiato de sódio, nitroglicerina 
 
Logo, após uma avaliação clínica criteriosa associada a exames 
laboratoriais e/ou de imagem, pode-se inferir o tipo de choque e como 
conduzí-lo. Por exemplo: 
 
 
 
Caso Clínico: 
Mulher, 67 anos, queixa de disúria e febre. Leucocitose com desvio a 
esquerda + Sumário de urina sugestivo de infecção. Paciente evolui com 
PAM < 65mmHg após expansão volêmica. 
 
Resolução em perguntas: 
1 - Pergunta-se: Por que a PAM está baixa? 
 Responde-se: Queda da RVS devido a perda do mecanismo de 
compensação da pressão arterial média. 
 
2 - Pergunta-se: Por que a RVS está baixa? 
 Responde-se: Processo infeccioso promovendo inflamação sistêmica. 
 
3 – Pergunta-se: Como está o Débito Cardíaco (DC)? 
 Responde-se: Houve aumento do DC a queda da RVS (mecanismo 
compensatório). 
 
4 - Pergunta-se: Como tratar? 
 Responde-se: Vasopressor (Noradrenalina). 
 
 
Resolução em sentença: 
 
Paciente idosa com quadro clínico sugestivo de infecção urinária 
evoluindo com hipotensão refratária a volume (Choque Séptico). A queda da 
Pressão Arterial Média (PAM) é decorrente da redução da Resistência 
Vascular Sistêmica (RVS) devido ao processo inflamatório sistêmico 
instalado na paciente em decorrência de um processo infeccioso. 
 
 
 
O Débito cardíaco (DC) possivelmente está aumentado como tentativa 
de compensação da PAM devido a queda da RVS. Contudo, o mecanismo 
de compensação da pressão não foi suficiente para manter a PAM em níveis 
normais, incorrendo em hipotensão. 
 
Para esse caso, podemos utilizar um vasopressor como a noradrenalina para 
aumentar a RVS com a perspectiva de normalizar a PAM.

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