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Imunidades Tributárias no Brasil

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
Guilherme Rezende Cardoso – RA 2889053 – Turma: 003108A04 
APS – ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
 
Resenha Elucidativa das Imunidades Gerais, considerando o livro: Limitações 
Constitucionais ao poder de tributar de Aliomar Baleeiro. 
O contexto histórico das imunidades tributárias está relacionado a declaração 
de privilégios. Isso pois, outrora a imunidade de impostos estava direcionada aos 
nobres, clérigos, ou castas superiores socialmente na época. Destinando os 
encargos pecuniários a classe social pobre, escravos ou vassalos feudais. 
A partir da consolidação de ideias liberais, objetivou-se democratizar as 
imunidades, de modo que fossem devidamente justificadas, possuindo incidências 
sobre situações cristalinamente necessárias. 
Observando a legislação brasileira, insta salientar que a Constituição do 
1824 já trazia em seu bojo a incidência de imunidade tributária, declarando a 
imunidade recíproca entre os estados federativos. 
Nesse aspecto, o autor Aliomar Baleeiro considera de forma cristalina a 
necessidade dessa imunidade no governo estatal declarado federativo, já que há 
autonomia entre os estados, logo não há de se considerar que haja retaliações 
tributárias entre estes. 
Atualmente a imunidade recíproca aplica-se a todas as organizações 
públicas regidas pelo direito público, e considerando a jurisprudência aquelas 
regidas pelo direito privado que exercem atividade pública. 
A doutrina por sua vez, justifica essa imunidade como consequência da 
inexistência de capacidade contribuitiva dessas organizações, por conta disso a 
imunidade se estende aos municípios e autarquias. 
A imunidade sobre os templos religiosos é consequência do direito a livre 
manifestação de crenças determinado pela norma constitucional. Denota-se que se 
busca desonerar de tributos os templos religiosos com a finalidade de não estorvar 
a sua criação e conservação. 
Essa imunidade é consequência de contexto histórico da própria 
humanidade que de forma predominante sempre inevitavelmente se prestava a 
cultuar criaturas espirituais. 
Insta salientar que atualmente a imunidade é aplicada sobre os bens, renda 
e serviços dessas organizações, incidindo impostos sobre estes apenas nos casos 
em que se constata que os recursos obtidos são utilizados em objeto diverso 
daqueles destinados a prática das crenças. 
A imunidade incidente sobre os bens, renda e serviços dos partidos políticos 
é consequência lógica da norma constitucional que tem por fundamento o 
pluripartidarismo. 
As imunidades conferidas às entidades educacionais, assistenciais e 
sindicais dos trabalhadores, são justificadas pelo resultado que garantindo por meio 
de seus serviços que seja: promover a educação, prestar assistência médica ou 
social e defender os direitos relativos ao trabalho. 
Considerando essas imunidades, denota-se a presença de interesse social 
envolvido, já que as retaliações tributárias desfalcariam o patrimônio dessas 
organizações, diminuindo consideravelmente a eficácia dos seus serviços. 
considerando o resultado das atividades prestadas por essas organizações, de 
forma cristalina denota-se que os prejudicados nesse cenário seriam os próprios 
indivíduos. 
O interesse social também justifica a imunidade que recai sobre livros, 
jornais, periódicos e os papéis destinados à sua impressão. Isso pois trata-se de 
objetos essenciais para a livre manifestação de pensamento, além de que veiculam 
a informação e contribuem para a formação de conhecimento. 
Enfim, a norma constitucional traz em seu bojo a recente imunidade 
relacionada aos fonogramas e videogramas musicais produzidos por autores 
brasileiros e desde que produzidos no Brasil. 
O interesse social é pertinente nesse caso também em razão dessas obras 
promoverem a cultura e por vezes serem utilizadas para a manifestação de 
pensamento, o que se constata principalmente através das obras produzidas na 
época da ditadura militar, década de 70, por artistas como Chico Buarque, Geraldo 
Vandré e Caetano Veloso. 
As imunidades foram historicamente alteradas, adaptadas à realidade social 
do período em que se enquadravam. Atualmente, denota-se que as imunidades 
correspondem principalmente valores enaltecidos socialmente como forma de 
resguardar os direitos sociais e fundamentais já alcançados pelos indivíduos. 
Investigação da Interpretação das Imunidades Tributárias – STF 
Imunidade Recíproca - Artigo 150, I, alínea a 
Conforme relatado acima, a imunidade pode incidir sobre as organizações 
de direito privado quando prestadora de serviços públicos e inexistência de 
distribuição de lucros. Declara a seguinte jurisprudência sob essa ótica: 
AGRAVO INTERNO NA AÇÃO CÍVEL 
ORIGINÁRIA. DIREITO CONSTITUCIONAL E 
TRIBUTÁRIO. ALCANCE DA IMUNIDADE 
TRIBUTÁRIA RECÍPROCA. ART. 150, VI, A , 
DA CRFB/88. NATUREZA PÚBLICA DOS 
SERVIÇOS DE ÁGUA E SANEAMENTO 
PRESTADOS POR SOCIEDADE DE ECONOMIA 
MISTA ESTADUAL. PARTICIPAÇÃO PÚBLICA 
CORRESPONDENTE A 99,9996% DO CAPITAL 
SOCIAL. 
SERVIÇO PRESTADO DE MANEIRA 
EXCLUSIVA E NÃO CONCORRENCIAL. 
IRRELEVÂNCIA DO CAPITAL PRIVADO 
PARTICIPANTE DA COMPOSIÇÃO 
SOCIETÁRIA DA AUTORA. 
JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE NO 
SENTIDO DE QUE A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA 
RECÍPROCA ALCANÇA AS SOCIEDADES DE 
ECONOMIA MISTA PRESTADORAS DE 
SERVIÇOS PÚBLICOS. PRECEDENTES. 
AGRAVO INTERNO A QUE SE NEGA 
PROVIMENTO. 
1. A imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, 
a , da CRFB/88)é extensível às empresas 
Públicas e às sociedades de economia mista 
prestadoras de serviços públicos, notadamente 
quando prestados com cunho essencial e 
exclusivo. 
2. In casu, trata-se de sociedade de economia 
mista que executa serviço público de modo 
exclusivo, com capital social fechado e quase que 
integralmente titularizado pelo Estado do Ceará 
(99,9996%), sem indicação de qualquer risco de 
quebra do equilíbrio concorrencial ou de livre-
iniciativa, mercê da ausência de comprovação de 
que a COGERH concorra com outras entidades 
no campo de sua atuação. 3. Agravo interno a que 
se nega provimento. 
(STF - AgR ACO: 2149 DF - DISTRITO FEDERAL 
9988192- 79.2013.1.00.0000, Relator: Min. LUIZ 
FUX, Data de Julgamento: 29/09/2017, Primeira 
Turma, Data de Publicação: DJe-238 19-10-2017) 
Porém, o STF tem entendido que na existência de distribuição de lucros, 
essa imunidade deixa de incidir. Declara o seguinte julgado sob essa ótica: 
EMENTA Agravo regimental em ação cível 
originária. Julgamento monocrático. Alegado error 
in procedendo e violação da ampla defesa. Não 
ocorrência. Previsão regimental. Imunidade 
tributária recíproca. Artigo 150, inciso VI, alínea a, 
da Constituição Federal. Sociedade de economia 
mista. 
Companhia Catarinense de águas e Saneamento 
(CASAN). Não Preenchimento dos parâmetros 
traçados por esta Corte para a extensão da 
imunidade tributária recíproca. Precedente. 
Agravo não provido. 
1. Não há erro in procedendo ou violação da 
ampla defesa por alegada afronta ao Regimento 
Interno do STF, em seus arts. 250 (que prevê 
julgamento colegiado para as ações cíveis 
originárias) e 251 (que dispõe sobre a concessão 
de palavra às partes e ao PGR na sessão de 
julgamento), uma vez que esta Corte admite a 
possibilidade de o relator decidir, 
monocraticamente, pretensão sobre a qual a 
jurisprudência da Corte já tenha se posicionado, 
nos termos do art. 21, § 1º, do RISTF. 
Precedentes. 
2. A Corte já firmou o entendimento de que é 
possível a extensão da imunidade tributária 
recíproca às sociedades de economia mista 
prestadoras de serviço público, observados os 
seguintes parâmetros: a) a imunidade tributária 
recíproca se aplica apenas à propriedade, bens e 
serviços utilizados na satisfação dos objetivos 
institucionais imanentes do ente federado; b) 
atividades de exploração econômica, destinadas 
primordialmentea aumentar o patrimônio do 
Estado ou de particulares, devem ser submetidas 
à tributação, por apresentarem-se como 
manifestações de riqueza e deixarem a salvo a 
autonomia política; e c) a desoneração não deve 
ter como efeito colateral relevante a quebra dos 
princípios da livre concorrência e do livre exercício 
de atividade profissional ou econômica lícita. 
Precedentes: RE nº 253.472/SP, Tribunal Pleno, 
Relator para o acórdão o Ministro Joaquim 
Barbosa, DJe de 1º/2/11 e e ACO 2243/DF, 
decisão monocrática, Relator Min. Dias Toffoli, 
DJe de 25/10/13. 3. A Companhia Catarinense de 
Águas e Saneamento (CASAN) é sociedade de 
economia mista prestadora de serviço público de 
abastecimento de água e tratamento de esgoto. 
Não obstante, a análise do estatuto social, da 
composição e do controle acionário da companhia 
revelam o não preenchimento dos parâmetros 
traçados por esta Corte para a extensão da 
imunidade tributária recíproca no RE nº 
253.472/SP (Tribunal Pleno, Relator para o 
acórdão o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 
1º/2/11) . 4. A pretendida desoneração tributária 
pela CASAN - que, a despeito de prestar serviço 
público, desempenha atividade econômica com 
persecução e distribuição de lucro - beneficiaria 
os agentes econômicos privados que participam 
de seu capital social, gerando risco de quebra do 
equilíbrio concorrencial e da livre iniciativa, o que 
não se pode admitir, sob pena de desvirtuamento 
da finalidade da imunização constitucional. 5. 
Agravo regimental não provido. (ACO 1460 AgR, 
Relator (a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, 
julgado em 07/10/2015, DJe-249 DIVULG 10-12- 
2015 PUBLIC 11-12-2015) 
(STF - AgR ACO: 1460 SC - SANTA CATARINA 
0009778- 90.2009.1.00.0000, Relator: Min. DIAS 
TOFFOLI, Data de Julgamento: 07/10/2015, 
Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-249 11-
12-2015) 
 
Imunidade dos Templos Religiosos - Artigo 150, I, alínea b 
Conforme relatado acima, a imunidade pode incidir sobre todos os bens, 
rendas e serviços utilizados para a realização das crenças. Declara a seguinte 
jurisprudência sob essa ótica: 
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO 
TRIBUTÁRIO. ICMS IMPORTAÇÃO. 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. CONTRIBUINTE DE 
DIREITO. IGREJAS E TEMPLOS DE 
QUALQUER CULTO. REEXAME DE FATOS. 
IMPOSSIBILIDADE. 1. Nos termos da 
jurisprudência do STF, a imunidade tributária 
religiosa abrange o ICMS importação, desde que 
comprovado que os bens se destinam à finalidade 
essencial da entidade. 2. É inadmissível o recurso 
extraordinário quando eventual divergência em 
relação ao entendimento adotado pelo Colegiado 
de origem demandar o reexame do conjunto fático 
probatório dos autos. Súmula 279 do STF. 
Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega 
provimento. (ARE 1244093 AgR, Relator (a): Min. 
EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 
15/05/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe 150 
DIVULG 16-06-2020 PUBLIC 17-06-2020) 
 (STF - AgR ARE: 1244093 SP - SÃO PAULO 
1046903-58.2016.8.26.0053, Relator: Min. 
EDSON FACHIN, Data de Julgamento: 
15/05/2020, Segunda Turma, Data de 
Publicação: DJe-150 17-06-2020) 
Imunidade dos Partidos Políticos, Entidades Educacionais, 
Assistenciais e Sindicais dos Trabalhadores - Artigo 150, I, alínea c 
A imunidade concernente aos partidos políticos aplica-se a todos os seus 
bens, renda e serviço, porém apenas quando relacionados a sua atividade 
essencial. Declara a seguinte jurisprudência sob essa ótica: 
[...] APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À 
EXECUÇÃO FISCAL. IPTU.IMUNIDADE 
TRIBUTÁRIA. PARTIDO POLÍTICO. TERRENOS 
BALDIOS. AUSÊNCIA DE PROVA DE 
UTILIZAÇÃO DOS BENS PARA SUAS 
FINALIDADES ESSENCIAIS. NULIDADES 
INOCORRENTES. 
1. A imunidade tributária para as pessoas jurídicas 
sem fins lucrativos, prevista no art. 150, inciso VI, 
alínea c, da Constituição Federal e no art. 14 do 
CTN, exige a observância de requisitos legais, 
sendo que relativamente ao IPTU Incidente sobre 
os imóveis de sua propriedade, que estejam 
relacionados com suas finalidades essenciais. 
2. Hipótese em que o partido político não logrou 
demonstrar que os terrenos baldios, objetos do 
tributo em execução, sejam utilizados para 
finalidades relacionadas às suas atividades, já 
que passados mais de dez anos tais terrenos 
continuam baldios ou desocupados. 
3. Ausentes nulidades no título executivo, que 
obedece aos requisitos do art. 2º da Lei n. 
6.830/80. APELAÇÃO DESPROVIDA. [...] (STF - 
AgR-ED ARE: 1074145 RS - RIO GRANDE DO 
SUL 0378970-25.2013.8.21.0001, Relator: Min. 
MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 
11/09/2018, Primeira Turma, Data de Publicação: 
DJe-244 19-11-2018) 
Pelo mesmo motivo essa imunidade não abrange as colônias de férias, em 
se tratando das entidades sindicais dos trabalhadores. Declara a seguinte 
jurisprudência sob essa ótica: 
Sindicato. Colônia de férias. Inexistência de 
imunidade tributária por não ser o patrimônio 
ligado às finalidades essenciais do sindicato. 
Recurso extraordinário: descabimento. 1. É da 
jurisprudência do Supremo Tribunal que no 
recurso extraordinário devem ser considerados os 
fatos da causa "na versão do acórdão recorrido". 
2. Afirmado pelo acórdão recorrido que a colônia 
de férias não é destinada às finalidades 
essenciais do sindicato, para se chegar a 
entendimento diverso seria necessário o reexame 
dos fatos e das provas, inadmissível no recurso 
extraordinário (Súmula 279). 
(STF - RE-AgR: 245093 SP, Relator: 
SEPÚLVEDA PERTENCE, Data de Julgamento: 
14/11/2006, Primeira Turma, Data de Publicação: 
DJ 07-12- 2006 PP-00047 EMENT VOL-02259-03 
PP-00614 RDDT n. 138, 2007, p. 225) 
Considerando os objetos essenciais para a atividade dessas entidades, em 
relações as importações, a jurisprudência do STF têm considerado também a 
incidência de imunidade no ICMS – Imposto sobre operativas relativas à circulação 
de mercadorias. Declara o seguinte julgado sob essa ótica: 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. 
IMUNIDADE DAS ENTIDADES DE 
ASSISTENCIAL SOCIAL RECONHECIDA COM 
RELAÇÃO AO ICMS INCIDENTE SOBRE 
PRODUTOS IMPORTADOS. PRECEDENTES. A 
jurisprudência da Corte orienta-se no sentido de 
que a imunidade prevista no art. 150, VI, c, da 
Constituição Federal, abrange o ICMS incidente 
sobre a importação de mercadorias utilizadas na 
prestação de seus serviços específicos. Não 
procede a vinculação do recurso à sistemática da 
repercussão geral com relação a um leading case 
que controverte sobre questão diversa. Agravo 
regimental a que se nega provimento. 
(STF - ARE: 803906 SP, Relator: Min. ROBERTO 
BARROSO, Data de Julgamento: 28/10/2014, 
Primeira Turma, Data de Publicação: ACÓRDÃO 
ELETRÔNICO DJe-229 DIVULG 20-11-2014 
PUBLIC 21-11-2014) 
Imunidade dos Livros, Jornais e Periódicos - Artigo 150, I, alínea d 
Essa imunidade incidir também sobre as revistas infantis, considerando o 
STF como meios de gerar conhecimento. Declara a seguinte jurisprudência sob 
essa ótica: 
EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. ICMS. 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. ART. 150, VI, D , 
DA LEI MAIOR. REVISTA INFANTIL. DIFUSÃO 
DA INFORMAÇÃO E CULTURA. 
CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA 
COM A JURISPRUDÊNCIA CRISTALIZADA NO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO QUE NÃO MERECE 
TRÂNSITO. RECURSO MANEJADO EM 
08.4.2016. 1. O entendimento adotado pela Corte 
de origem, nos moldes do assinalado na decisão 
agravada, não diverge da jurisprudência firmada 
no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, no 
sentido de que a imunidade tributária sobre 
livros, jornais, periódicos e o papel destinado à 
sua impressão tem por escopo evitar embaraços 
ao exercício da liberdade de expressão 
intelectual, artística, científica e de comunicação, 
bem como facilitar o acesso da população à 
cultura, à informação e à educação (RE 
221.239/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda 
Turma). 2. Asrazões do agravo regimental não se 
mostram aptas a infirmar os fundamentos que 
lastrearam a decisão agravada. 3. Agravo 
regimental conhecido e não provido. (RE 910572 
AgR, Relator (a): Min. ROSA WEBER, Primeira 
Turma, julgado em 31/05/2016, PROCESSO 
ELETRÔNICO DJe-122 DIVULG 13-06-2016 
PUBLIC 14-06-2016) (STF - AgR RE: 910572 SP 
- SÃO PAULO 0152241- 52.2006.8.26.0000, 
Relator: Min. ROSA WEBER, Data de 
Julgamento: 31/05/2016, Primeira Turma, Data de 
Publicação: DJe-122 14-06-2016) 
Porém, insta salientar que o STF já pacificou que essa imunidade não se 
aplica aos brinquedos comumente anexados as revistas infantis. Declara a seguinte 
jurisprudência sob essa ótica: 
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO 
REGIMENTAL NO RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO. DIREITO 
CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. IMPOSTO SOBRE 
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E 
SERVIÇOS – ICMS. IMPORTAÇÃO DE 
PRODUTOS COMPLEMENTARES DE 
REVISTAS INFANTIS. IMUNIDADE NÃO 
CONFIGURADA. INTERPRETAÇÃO 
RESTRITIVA. PRECEDENTES. NATUREZA 
JURÍDICA E DESTINAÇÃO DESSES 
MATERIAIS: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL. EMBARGOS DE 
DIVERGÊNCIA ACOLHIDOS PARA NEGAR 
PROVIMENTO AO RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO. 
(STF - RE: 888090 SP 0175280-
78.2006.8.26.0000, Relator: CÁRMEN LÚCIA, 
Data de Julgamento: 16/06/2020, Tribunal Pleno, 
Data de Publicação: 06/07/2020) 
∙

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