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OBRAS HIDRÁULICAS
8º SEMESTRE 
ENG. CIVIL
Tipos de Barragens 
Escolha da seção tipo
Prof. Henrique Barreto
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
A escolha do tipo mais adequado de barragem, para um determinado local de um curso
d’água, depende dos seguintes aspectos:
1) Segurança da Obra - ligada às características inerentes do próprio local: condições
geológicas, configuração do vale e dimensões da obra.
2) Custo da obra - em função do preço e disponibilidade do material. A ausência, por
exemplo, de rocha resistente do tipo granito, gnaisse, basalto ou diabásio, para ser usada
como agregado para concreto, “rip-rap” ou enrocamento, ou de cascalho, para os mesmos
fins, pode causar alterações profundas no custo da obra
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
A escolha do tipo mais adequado de barragem, para um determinado local de um curso
d’água, depende dos seguintes aspectos:
1) Segurança da Obra - ligada às características inerentes do próprio local: condições
geológicas, configuração do vale e dimensões da obra.
“A Lei nº 12.334/2010 estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens. A
segurança de barragens é a condição que visa manter a sua integridade estrutural e operacional
da barragem e a preservação da vida, da saúde, da propriedade e do meio ambiente.”
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12334.htm
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
A escolha do tipo mais adequado de barragem, para um determinado local de um curso
d’água, depende dos seguintes aspectos:
De acordo com lei, a segurança da barragem é responsabilidade do empreendedor. Já a
responsabilidade pela fiscalização da segurança das barragens é dividida entre quatro
grupos, de acordo com a finalidade da barragem.
i) Barragens para geração de energia: Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL);
ii) Barragens para contenção de rejeitos minerais: Departamento Nacional de Produção 
Mineral – DNPM;
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
A escolha do tipo mais adequado de barragem, para um determinado local de um curso
d’água, depende dos seguintes aspectos:
De acordo com lei, a segurança da barragem é responsabilidade do empreendedor. Já a
responsabilidade pela fiscalização da segurança das barragens é dividida entre quatro
grupos, de acordo com a finalidade da barragem.
iii) Barragens para contenção de rejeitos industriais: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou órgãos ambientais estaduais, a depender da 
emissão da Licença Ambiental; e
iv) Barragens de usos múltiplos: Agência Nacional de Águas (ANA) ou de órgãos gestores 
estaduais de recursos hídricos.
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
A escolha do tipo mais adequado de barragem, para um determinado local de um curso
d’água, depende dos seguintes aspectos:
Como exemplo de competências, no caso específico do acidente de Mariana/MG, onde, em
05 de novembro de 2015, a Barragem de Fundão rompeu-se, ocasionando uma grande
catástrofe ambiental do Brasil, a fiscalização da segurança da barragem caberia ao
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), por se tratar de barragem de
rejeitos.
A fiscalização da segurança, por sua vez, não exclui as ações de outros órgãos, como a
fiscalização relativa ao licenciamento ambiental, outorgas etc.
http://www.ibama.gov.br/informes/rompimento-da-barragem-de-fundao
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
A escolha do tipo mais adequado de barragem, para um determinado local de um curso
d’água, depende dos seguintes aspectos:
2) Custo da obra - em função do preço e disponibilidade do material. A ausência, por
exemplo, de rocha resistente do tipo granito, gnaisse, basalto ou diabásio, para ser usada
como agregado para concreto, “rip-rap” ou enrocamento, ou de cascalho, para os mesmos
fins, pode causar alterações profundas no custo da obra.
Neste enfoque de projetos hidrelétricos, é importante destacar o dimensionamento de uma
usina hidrelétrica, pois mesmo com grande potencial energético, o fator financeiro ainda é
utilizado como critério de possível implantação.
No caso especifico de implantação de uma PCH, a barragem é a principal estrutura em que
o seu dimensionamento representa 30% a 50% do custo geral das obras civis.
OBRAS HIDRÁULICAS
Custo da obra
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
2) Custo da obra - Aquisição de Dados de Barragens
A escolha dos tipos de barragens, como citado anteriormente, depende das características
do local e da disponibilidade de material próximo ao empreendimento. Para se obter o
custo total de uma barragem previamente especificada por suas características, leva-se em
conta, principalmente, seu volume. Por meio de cálculos realizados, obteve-se o volume de
uma barragem hipotética.
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
2) Custo da obra - Aquisição de Dados de Barragens
As principais características que influenciam no volume da barragem e, consequentemente, em
seu custo, são: a altura (Hb) e o comprimento médio, este sendo representado pela relação
entre o comprimento de crista (Lc) e do comprimento da base (Lb). O motivo de se utilizar o
comprimento médio é que a diferença causada pela variação de forma nas barragens é
eliminada. Isto acarreta uma mesma forma para todas as barragens, independentemente do
tipo, igualando, portanto, suas características para que se possa fazer uma comparação
posterior de seu custo e de suas características.
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
2) Custo da obra - Aquisição de Dados de Barragens
Onde:
V = Volume da barragem (m³)
Lc = Comprimento da crista da barragem (m)
Lb = Comprimento da base da barragem (m)
Hb = Altura da barragem (m)
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
2) Custo da obra - Custos Utilizando Orçamento Padrão Eletrobrás (Ope)
Para a determinação dos custos da barragem na OPE é necessária a alimentação de alguns
dados referentes às mesmas, tais como, altura da barragem, comprimento de crista. A
planilha de Orçamento Padrão da Eletrobrás foi retirada do Manual de Inventário
Hidrelétrico de Bacias Hidrográficas, edição 2007.
Para a determinação dos custos aqui enfocados, assumiram-se apenas as dimensões e
volumes focando a barragem de concreto.
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
2) Custo da obra - Custos por Meio de Regressão Multivariável
Com o intuito de obter uma equação que indique, de forma aproximada, o custo referente às
barragens, utilizaram-se dados de empreendimentos com suas características em fase de
construção ou em operação.
Assim, aplicando-se o método da regressão multivariável, tem-se a seguinte equação
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
2) Custo da obra - Custos por Meio de Regressão Multivariável
Onde:
C = Custo (10³ R$);
Y = Constante independente;
K = Coeficientes variáveis.
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
2) Custo da obra - Custos por Meio de Regressão Multivariável
Utilizando esta equação, pode-se estimar o custo de uma barragem por meio de importantes
características: comprimento de crista, comprimento de base, altura da barragem e
consequentemente volume.
OBRAS HIDRÁULICAS
Custo da obra
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
A escolha do tipo mais adequado de barragem, para um determinado local de um curso d’água,
depende dos seguintes aspectos:
Além desse critérios, deve ser considerada uma série de fatores físicos que governam a seleção do
tipo de barragem.
A não ser em condições excepcionais, mesmo o mais experimentado projetista é incapaz de dizer se
um determinado tipo de barragem é adequado ou mais econômico para um dado local. Na seleção
do melhor tipo de barragem para um determinado local, devem ser consideradas as características
físicas do local, o objetivo da obra, fatores econômicos, de segurança, etc. Normalmente, o maior fator
individual que determina a escolha final é ocusto da construção. Os fatores físicos, expostos a seguir, são
também importantes.
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
Topografia
À primeira vista, a topografia determina as primeiras alternativas para o tipo de barragem.
É claro que, se o local estudado estiver localizado num vale estreito com paredes rochasas, a
sugestão será de uma barragem de concreto. É o caso da barragem do Funil, no Rio Paraíba.
Porém, em áreas de topografia aplainada e vales bastante abertos, indica-se normalmente
a barragem de terra. É o exemplo das barragens de Jupiá e Ilha Solteira, no Rio Paraná ou
de Promissão, no Rio Tietê. Existem, é claro, os casos intermediários.
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
Topografia
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
Topografia
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
Topografia
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
Geologia e Condições das Fundações
As condições das fundações dependem da espessura e características físicas, químicas e
minerológicas da rocha, que suportará o peso da barragem. Aquelas características incluem
a permeabilidade, a presença ou não de determinadas estruturas, como acamamento,
xistosidade, dobras, fraturas, etc. As condições estão diretamente ligadas com a altura da
barragem, isto é, as considerações diferem para uma barragem baixa e uma alta.
Normalmente, são encontradas as seguintes condições de fundações:
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
Geologia e Condições das Fundações
1) - Rocha Sã e Sólida - normalmente aceita qualquer tipo de barragem. Inclui, via de regra,
a escavação da camada superficial quando alterada (mesmo sendo rocha) e tratamento
eventual por injeção, para consolidação.
2) - Sedimentos (Aluviões) - incluem os cascalhos, areias, siltes e argilas. Os cascalhos estão
sujeitos à intensa percolação, os siltes e as areias ocasionam recalques e percolação, e as
argilas sofrem recalques, principalmente quando saturadas de água. Dependendo do tipo
de barragem, da sua altura e com aplicação de tratamentos adequados, qualquer desses
materiais poderá ser utilizado.
OBRAS HIDRÁULICAS
Seleção do Tipo de Barragem
Materiais de Construção
Os materiais necessários para a construção de uma barragem são vários e devem estar
localizados o mais próximo possível do local da barragem. Esses materiais são os seguintes:
a) solos, para os diques de terra.
b) rocha, para do diques de enrocamento e proteção dos taludes.
c) agregado, para concreto, que inclui areia, cascalho natural e pedra britada.
d) areia, para filtros e concretos.
OBRAS HIDRÁULICAS
Fases Gerais no Estudo de Barragens
OBRAS HIDRÁULICAS
Fases Gerais no Estudo de Barragens
A implantação de uma barragem em determinado curso d’água envolve sempre uma
sequencia natural de trabalho. Toda obra de vulto agrupa diferentes turmas especializadas
de técnicos, com a finalidade de seguirem, à medida do possível, os seguintes itens:
OBRAS HIDRÁULICAS
Fases Gerais no Estudo de Barragens
Levantamento Topográfico
Analisa as características geográficas e topográficas do curso a ser estudado. A função
desse levantamento é a de preparar plantas topográficas que permitam verificar as secções
transversais mais favoráveis para uma barragem, calcular a área de inundação das secções
escolhidas e obter o perfil longitudinal do curso d’água.
O método mais moderno para a obtenção de mapas topográficos é o uso da
aerofotogrametria, com o levantamento de mapas por meio de fotografias aéreas e de
pontos de controle altimétrico de campo.
OBRAS HIDRÁULICAS
Fases Gerais no Estudo de Barragens
Levantamento Topográfico
Aerofotogrametria
OBRAS HIDRÁULICAS
Fases Gerais no Estudo de Barragens
Levantamento Topográfico
Aerofotogrametria
OBRAS HIDRÁULICAS
Fases Gerais no Estudo de Barragens
Dados Hidrológicos
Trata da obtenção direta de valores de vazão através de leituras diárias, que permitem
calcular as vazões médias, diárias, mensais e anuais. Lembrando que a potência de uma
barragem é função da vazão do curso na secção da barragem e do seu desnível, pode-se
perceber a importância dos cálculos de vazão. Alguns exemplos típicos de vazões médias
são fornecidos pelo Rio Sapucaí Paulista que, no período de 1931 a 1962, apresentou nas
suas cabeceiras (São Joaquim da Barra), para uma bacia de 3.880 Km2 , uma vazão média
de 67 m3 /seg. Na sua parte baixa (São Domingos), a bacia desse rio abrange uma área
de 6.070 Km2 , e a vazão passa para 100 m3 /seg.
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos
Na metodologia do DNIT os estudos hidrológicos são desenvolvidos em 02 fases:
Fase Preliminar
Fase Definitiva
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Preliminar
Coleta de dados hidrológicos
• Coleta de dados que permitam a caracterização climática, pluviométrica,
fluviométrica e geomorfológica da região atravessada.
• Coleta de elementos que permita a identificação das modificações futuras que
ocorrerão nas bacias tais como projetos, planos diretores e tendências de ocupação.
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Preliminar
Definição das bacias de contribuição
• Coleta de dados que permitam a definição das dimensões e demais características
físicas das bacias de contribuição (forma, declividade, tipo de solo, recobrimento
vegetal) tais como: levantamentos aerofotogramétricos, cartas geográficas,
levantamentos radamétricos, levantamentos fitopedológicose/ou outras cartas
disponíveis
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Preliminar
Coleta de dados hidrológicos – Sistemática – Chuvas
• Elaboração de mapa destacando a rede hidrográfica básica comprometida pelo projeto e
a localização do trecho em estudo; (numeração: 01 bacia = 01 obra)
• Coleta dos dados de chuvas dos postos localizados na área e apresentados em mapa com
indicação da entidade responsável pela coleta e os respectivos períodos de observação;
• Caracterização dos instrumentos medidores tais como: pluviômetros, pluviógrafos, réguas
linimétricas, e outros;
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Preliminar
Coleta de dados hidrológicos – Sistemática – Chuvas
• Escolha do posto que caracteriza o regime pluviométrico do trecho, (Método de Thilsem).
• Na ausência de posto na região, busca de fontes que forneceram os dados pluviométricos
como os mapas de isoietas e atlas meteorológico;
• Cálculo dos seguintes elementos: média anual de chuvas da região; média mensal; número
de dias de chuva por mês; total anual; alturas máximas e mínimas; registro de chuvas e
respectivos pluviogramas; precipitação total;
• Indicação do trimestre mais chuvoso e mais seco; precipitação máxima em 24 horas.
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Preliminar
Coleta de dados hidrológicos –
Sistemática – Chuvas
• Elaboração de mapa destacando a
rede hidrográfica básica comprometida
pelo projeto e a localização do trecho
em estudo; (numeração: 01 bacia = 01
obra)
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Preliminar
Coleta de dados hidrológicos –
Sistemática – Chuvas
• Escolha do posto que caracteriza o
regime pluviométrico do trecho, (Método
de Thilsem).
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Preliminar
Coleta de dados hidrológicos – Sistemática – Fluviometria
• Coleta de dados para elaboração dos fluviogramas das alturas d’água médias,
máximas e mínimas mensais, curvas de frequência de níveis; curvas de descargas dos
principais rios da região;
• Registro de máxima enchente dos cursos d’água menores, desprovidos de
medidores, por meio de vestígios e informações locais;
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Preliminar
Coleta de dados hidrológicos – Sistemática – Fluviometria
• Apresentação de mapa contendo os postos fluviométricos da região de interesse
para o projeto, com identificação das entidades que os operam e os calendários de
observação;
• Levantamentos topográficos detalhados nas travessias dos principais cursos d’água.
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Definitiva
Processamento dos dados
• Curvas de intensidade – duração –frequência para 5, 10, 15,25, 50 e 100 anos, 
no mínimo;
• Curvas de altura – duração – frequência para 5, 10, 15, 25, 50 e 100 anos, no 
mínimo;
• Histogramas das precipitações pluviométricas mensais mínimas, médias e máximas;
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Definitiva
Processamento dos dados
• Histogramas com as distribuições mensais dos números de dias de chuva mínimos,
médios e máximos;
• Tabela contendo os valores extremos das vazões médias diárias em caso de
disponibilidade de réguas milimétricas nos cursos d’água em local próximo ao da
obra de arte a ser projetada;
• Tabela contendo as cotas das máximas enchentes observadas na região, no caso
de não se dispor de réguas milimétricas.
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase 
Definitiva
Processamento dos dados
• Curvas de intensidade –
duração – frequência para 5, 
10, 15, 25, 50 e 100 anos, no 
mínimo;
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Definitiva
Processamento dos dados
Contexto 1:
• Existem postos com equações já definidas
Onde: 
i = intensidade das precipitações, em mm/h ou mm/min; 
T = tempo de retorno, em anos; 
t= duração das precipitações, em minutos; 
k, m, n e b = parâmetros a serem determinados para a localidade em questão.
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Definitiva
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Definitiva
Contexto 2
2. Existem postos com dados históricos mas sem curvas nem equações definidas
• Obtenção das curvas
•Obtenção das equações
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Definitiva
Contexto 2
• Sequencia para obtenção das curvas:
1 - Obtenção e sistematização dos dados:
- Precipitação máxima em 24 horas (por ano)
- Dados de 10 anos no mínimo
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Definitiva
Contexto 2
• Sequencia para obtenção das curvas:
2 – Aplicação da equação de Vem te Chow para obtenção das alturas pluviométricas
diárias para cada tempo de recorrência fixado (Tr)
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Definitiva
Contexto 2
• Sequencia para obtenção das curvas:
3-Aplicação da metodologia proposta pelo EngºJaime Taborga Torrico para
transformação das alturas pluviométricas diárias em alturas pluviométricas horárias
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Definitiva
Contexto 2
• Sequencia para obtenção das curvas:
4-Obtenção das equações de duração de chuva para cada Tr a partir das alturas
pluviométricas horárias
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Definitiva
Contexto 2
• Sequencia para obtenção das curvas:
5 – Obtenção das alturas (h) e intensidade da chuva (I) para diversos tempos de
duração, usando as equações obtidas
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Definitiva
Contexto 2
• Sequencia para obtenção das curvas:
6 – Desenho das curvas
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Definitiva
Contexto 3
• Alternativa quando não há dados pluviométricos suficientes:
Método de Bell:
Em 1969 obteve uma equação que relaciona a chuva intensa Pt,T, para t minutos de 
duração e T anos de recorrência e a chuva P60,2 (60 minutos e 2 anos de recorrência):
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Definitiva
Contexto 3
• Alternativa quando não há dados pluviométricos suficientes:
Método de Bell:
A equação de Bell foi obtida com dados de vários continentes e é válida para durações 
entre 5 e 120 minutos e Tempos de recorrência entre 2 e 100 anos. 
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase Definitiva
Contexto 3
Método de Bell:
Para a determinação da chuva de 2 anos e 1 hora, é possível utilizar um posto com 
série curta, com o método das séries parciais. Bell estabeleceu uma relação para a 
obtenção da precipitação P60,2:
Onde: 
M = média das precipitações máximas anuais
n = número médiaode dias de chuva
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase 
Definitiva
Processamento dos dados
• Histogramas das precipitações 
pluviométricas mensais mínimas, 
médias e máximas;
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase 
Definitiva
Processamento dos dados
• Histogramas das precipitações 
pluviométricas mensais mínimas, 
médias e máximas;
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Fase 
Definitiva
Processamento dos dados
• Histogramas das precipitações 
pluviométricas mensais mínimas, 
médias e máximas;
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo 
das vazões
Tempo de Recorrência
• É o intervalo médio de anos
em que pode ocorrer ou ser
superado uma única vez um
dado evento
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Tempo de Concentração
• É o intervalo de tempo entre o início da precipitação e o instante em que toda a bacia
contribui para a vazão na seção estudada.
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Tempo de Concentração
Onde:
Tc = tempo de concentração em minutos
L = Comprimento do talvegue principal em km
H = desnível em m entre o ponto mais alto do talvegue e o ponto de deságue da bacia
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo 
das vazões
Coeficiente de Deflúvio (C)
• É a relação entre o volume
escoado superficialmente e o
volume precipitado.
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Metodologias
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Método Racional
Q = 0,0028 x A x C x I
Onde:
Q = vazão em m³/s
A = área da bacia em há
I = Intensidade da chuva em mm/h
C = Coeficiente de escoamento, adimensional
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Método Racional Corrigido
Q = 0,0028 x A x C x I x Ø
Onde:
Q = vazão em m³/s
A = área da bacia em há
I = Intensidade da chuva em mm/h
C = Coeficiente de escoamento, adimensional
Ø = Coeficiente de retardo
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Método Racional Corrigido
Q = 0,0028 x A x C x I x Ø
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Método Hidrograma Unitário Triangular (HUT)
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Método Hidrograma Unitário Triangular (HUT)
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Método Hidrograma Unitário Triangular (HUT)
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Método Hidrograma Unitário Triangular (HUT)
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Método Hidrograma Unitário Triangular (HUT)
O solo tipo A tem o mais baixo potencial de
deflúvio. Terrenos muito permeáveis, com pouco
silte e argila.
O solo tipo B tem uma capacidade de infiltração
acima da média após o completo umidecimento.
Inclui solos arenosos.
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Método Hidrograma Unitário Triangular (HUT)
O solo tipo C tem uma capacidade de infiltração
abaixo da média após a pré-saturação. Contém
porcentagem considerável de argila colóide.
O solo tipo D tem o mais alto potencial de
deflúvio. Terrenos argilosos quase impermeáveis
junto à superfície.
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Método Hidrograma Unitário Triangular (HUT)
onde: 
Qp - descarga máxima, em m3 /s; 
A - área da bacia, em km2; 
tp - tempo de pico, em horas; 
q - escoamento superficial, em mm, produzido pelo excesso de chuva de duração De 
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Método Hidrograma Unitário Triangular (HUT)
A duração do excesso de chuva é calculada por: 
onde: 
tc - tempo de concentração, em horas. 
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Método Hidrograma Unitário Triangular (HUT)
O escoamento superficial q é obtido em função da precipitação total P, para um
tempo de duração De e do coeficiente CN, selecionado entre os valores da tabela
apresentada no Anexo 3. É calculado através da seguinte equação:
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Cálculo das vazões
Método Hidrograma Unitário Triangular (HUT)
onde: 
q - escoamento superficial, em mm; 
P - precipitação, em mm, para um tempo de duração De; 
S - valor adimensional que depende das características da bacia (coeficiente CN ), 
cuja equação é apresentada abaixo: 
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Modelos computacionais
• Ajudam a compreender situações reais
• Auxiliam na otimização das soluções
• Permitem cometer erros sem causardanos na escala real
DRENAGEM
Estudos Hidrológicos - Modelos computacionais
Produtos
• Linhas de inundação para diversos cenários
• Reordenação do uso do solo
– Áreas de preservação
– Zoneamento de inundações
– Controle da impermeabilização
• Estruturas de armazenamento e infiltração
• Aumento da condutividade hidráulica
OBRAS HIDRÁULICAS
Fases Gerais no Estudo de Barragens
Mapeamento e Estudo Geológico
Os trabalhos de geologia, realizados numa área onde se pretende implantar uma
barragem, se apoiam no desenvolvimento de itens fundamentais:
1) - Mapeamento geológico da área
2) - Estudo da rocha de fundação
3) - Estudo dos materiais de construção
OBRAS HIDRÁULICAS
Fases Gerais no Estudo de Barragens
Planejamento
As informações obtidas nos itens anteriores pelo levantamento topográfico (perfil longitudinal
do rio, secção transversal, área a ser inundada), pela hidrologia (vazão do curso nas
alternativas propostas), pelo mapeamento geológico (mapa dos tipos de rochas e solos
existentes na área, tipo da rocha de fundação, estudo dos materiais de construção, etc.), irão
permitir aos projetistas do setor de planejamento escolherem o tipo de barragem mais
adequado e suas dimensões.
OBRAS HIDRÁULICAS
Fases Gerais no Estudo de Barragens
Orçamento
Este grupo analisa posteriormente os projetos propostos pelo grupo de planejamento.
Estimando a quantidade e respectivo preço dos materiais de construção a serem utilizados
na obra, as escavações de terra e rocha a serem utilizadas, as indenizações das
propriedades e terras a serem inundadas, etc., é possível calcular-se o preço do kw a ser
obtido e em função do seu valor, escolher e aprovar, ou não, os projetos sugeridos.
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem
As definições expostas a seguir tem a
finalidade apenas de orientar e auxiliar a
compreensão da importância da geologia,
nos trabalhos de construção de barragens.
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem
a) Ensecadeira - destinada a desviar as
águas do leito do rio, total ou parcialmente,
com o objetivo de permitir o tratamento das
fundações nessas áreas e, às vezes, nas áreas
das planícies de inundação, possibilitando a
construção em seco dos diques de terras ou
estrutura de concreto. As ensecadeiras mais
comuns são aquelas construídas com terras e
blocos de rocha. Em alguns casos, é necessária
a utilização de chapas metálicas ou
diafragmas impermeáveis.
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem - Ensecadeira 
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem - Ensecadeira 
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem
b) Túneis de desvio - possuem a mesma
finalidade das ensecadeiras, sendo porém,
construídos em cursos d’água com vales
íngremes, e quando possível, nos locais onde
existam curvas. Em muitos casos, o túnel de
desvio é usado posteriormente como túnel de
adução, para transportar as águas do
reservatório para a casa das máquinas.
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem - Túneis de desvio
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem - Túneis de desvio
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem - Túneis de desvio
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem
c) Vertedouro - seu objetivo é funcionar como
um dispositivo de segurança, quando a vazão
do curso d’água assumir valores que tornem a
estabilidade da barragem perigosa, ou
impedir que o nível máximo estabelecido
para a barragem cause prejuízos às
propriedades agrícolas ou industrias a jusante
da barragem. A capacidade do vertedouro é
calculada para permitir o escoamento
máximo ( enchente catastrófica ), que poderia
ocorrer na secção da barragem.
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem – Vertedouro
Barragem de Bocainas 
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem – Vertedouro 
Barragem de Nova Olinda
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem – Vertedouro 
Comportas
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem – Vertedouro 
Comporta de Itaipú (Operários)
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem – Vertedouro 
Barragem Engenheiro Ávido
OBRAS HIDRÁULICAS
Elementos de uma barragem
d) Tomada d’água - representa o conjunto de
obras que permite a retirada, do resevatório,
da água a ser utilizada, seja para a
obtenção de energia ou para outros fins. O
tipo de tomada d’água varia com o tipo de
barragem. Assim, as barrragens de concreto,
a tomada d’água consiste geralmemte em um
conduto que pode se desenvolver através do
maciço da barragem ou em sua proximidade,
enquanto na barrragem de terra, aparece
nas ombreiras do resevatório.
OBRAS HIDRÁULICAS
Atividade pra próxima aula: 
Assistir o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=SHdzG-0IUtY
Fazer um resumo de no mínimo 20 linhas, citando peculiaridades, as causas e consequências 
desse projeto.
MUITO OBRIGADO!
Prof Henrique Barreto
Civil.Henrique@gmail.com

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