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AnÁlise da Segurança
Alimentar no Brasil
Pesquisa de
Orçamentos Familiares
2017 - 2018
Presidente da República
Jair Messias Bolsonaro
Ministro da Economia
Paulo Roberto Nunes Guedes
Secretário Especial de Fazenda 
Waldery Rodrigues Junior
INSTITUTO BRASILEIRO
DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA - IBGE
Presidente
Susana Cordeiro Guerra
Diretor-Executivo
Fernando José de Araújo Abrantes
ÓRGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES
Diretoria de Pesquisas
Eduardo Luiz G. Rios Neto
Diretoria de Geociências
João Bosco de Azevedo
Diretoria de Informática
Carlos Renato Pereira Cotovio
Centro de Documentação e Disseminação de Informações
Marise Maria Ferreira
Escola Nacional de Ciências Estatísticas
Maysa Sacramento de Magalhães
UNIDADE RESPONSÁVEL
Diretoria de Pesquisas
 Coordenação de Trabalho e Rendimento
 Maria Lucia França Pontes Vieira
Rio de Janeiro
2020
Ministério da Economia
Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística - IBGE
Diretoria de Pesquisas
Coordenação de Trabalho e Rendimento
Pesquisa de Orçamentos Familiares
2017-2018
Análise da segurança alimentar
no Brasil
Capa
Helga Szpiz e Marcos Balster Fiore Correia Coordenação 
de Marketing/Centro de Documentação e Disseminação de 
Informações - CDDI
Ficha catalográfi ca elaborada pela Gerência de Biblioteca e Acervos 
Especiais do IBGE
Pesquisa de orçamentos familiares 2017-2018: análise da segurança 
alimentar no Brasil / IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. - Rio 
de Janeiro : IBGE, 2020.
65 p.
Inclui bibliografi a.
ISBN 978-65-87201-20-7
1. Alimentos. 2. Aquisição. 3. Consumo. 4. Brasil. 5. Avaliação. 6. Levantamentos 
nutricionais. 7. Nutrição. 8. Orçamento familiar. 9. Pesquisa de Orçamentos Fami-
liares. 10. Segurança alimentar. I. IBGE. Coordenação de Trabalho e Rendimento. 
II. POF : 2017-2018 : análise da segurança alimentar no Brasil.
CDU 64.03:001.8
SOC
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística - IBGE
Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil
ISBN 978-65-87201-20-7
© IBGE. 2020
Sumário
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Notas técnicas
Conceitos e defi nições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
Segurança alimentar no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Procedimentos gerais de tratamento das informações 
e aspectos de amostragem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Comentários dos resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Segurança alimentar no Brasil e nas Grandes Regiões . . . . . . . . . . 28
Caraterísticas dos domicílios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Despesas monetárias e não monetárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Aquisição alimentar domiciliar per capita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Rendimento total e variação patrimonial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Condições de vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
4 Análise da segurança alimentar no Brasil
Convenções
- Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento;
.. Não se aplica dado numérico;
... Dado numérico não disponível;
x Dado numérico omitido a fi m de evitar a individualização da 
informação;
0; 0,0; 0,00 Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de 
um dado numérico originalmente positivo; e
-0; -0,0; -0,00 Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de 
um dado numérico originalmente negativo.
Apresentação
Os propósitos principais das Pesquisas de Orçamentos Familia-res - POFs, realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e 
Estatística - IBGE, são disponibilizar informações sobre a composição 
orçamentária doméstica e sobre as condições de vida da população, 
incluindo a percepção subjetiva da qualidade de vida, bem como ge-
rar bases de dados e estudos sobre o perfi l nutricional da população.
Nesta publicação são apresentados os resultados referentes ao 
tema segurança alimentar no Brasil. Os dados para este estudo foram 
obtidos a partir da aplicação das perguntas componentes da Escala 
Brasileira de Insegurança Alimentar - EBIA. Na POF 2017-2018, pela 
primeira vez, a escala foi aplicada como parte integrante do questio-
nário Avaliação das condições de vida (POF 6). 
Os resultados aqui comentados apresentam a relação da situ-
ação de segurança alimentar ou insegurança alimentar existente nos 
domicílios brasileiros com as características do orçamento doméstico 
e o modo de viver das famílias. Assim, são apresentados e discutidos 
resultados sobre despesas e aquisições, características dos domicílios, 
aquisição alimentar domiciliar per capita, rendimento total e variação 
patrimonial, além da avaliação subjetiva das condições de vida.
Esta é a quarta série de resultados sobre o tema, sendo as 
anteriores disponibilizadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios - PNAD 2004, 2009 e 2013. As perguntas referentes à EBIA 
são as mesmas investigadas nas PNADs, mantendo assim a possi-
bilidade de comparação dos indicadores e as informações da série 
histórica nacional.
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
6 Análise da segurança alimentar no Brasil
Os aspectos observados a partir da exploração dos dados são identifi cados e 
analisados, neste estudo, referindo-se aos domicílios e às famílias residentes em áreas 
urbana e rural e Grandes Regiões. A evolução, a partir de pesquisas anteriores, das 
variáveis sob investigação, também é comentada.
Também são apresentados, de forma resumida, os procedimentos utilizados 
na coleta e tratamentos das informações da pesquisa. É também descrito o modelo 
metodológico aplicado para a classifi cação dos domicílios quanto à situação de se-
gurança alimentar ou insegurança alimentar existente. 
Essas informações estão disponíveis para download no portal do IBGE na Inter-
net, bem como as tabelas de resultados. O IBGE agradece a todos que contribuíram 
para a realização da pesquisa, particularmente às famílias entrevistadas, e coloca-se 
à disposição dos usuários para quaisquer esclarecimentos.
Eduardo Luiz G. Rios Neto
Diretor de Pesquisas
A Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF visa, principalmente, mensurar as estruturas de consumo, dos gastos, dos rendimentos 
e parte da variação patrimonial das famílias. Possibilita traçar, portanto, 
um perfi l das condições de vida da população brasileira a partir da 
análise de seus orçamentos domésticos.
Além das informações diretamente associadas à estrutura or-
çamentária, várias características dos domicílios e das famílias são 
investigadas, ampliando o potencial de utilização dos resultados da 
pesquisa. É possível, portanto, estudar a composição dos gastos das 
famílias segundo as classes de rendimentos, as disparidades regionais, 
as áreas urbana e rural, a extensão do endividamento familiar, a difusão 
e o volume das transferências entre as diferentes classes de renda e a 
dimensão do mercado consumidor para grupos de produtos e serviços.
Outros temas, também fortemente relacionados às condições 
de vida, são destaque nas POFs, a exemplo da investigação subjetiva 
sobre a qualidade de vida das famílias e de um amplo conjunto de 
variáveis que é investigado para a avaliação do perfi l nutricional da 
população residente no Brasil. Para tanto, novamente foi executado o 
módulo de investigação sobre o consumo alimentar pessoal, já divul-
gado anteriormente. Tema desta quarta publicação da pesquisa e, pela 
primeira vez nas POFs, os resultados sobre a situaçãoda segurança 
alimentar no Brasil são aqui apresentados e discutidos. Os dados deste 
estudo foram obtidos a partir da aplicação das perguntas da Escala 
Brasileira de Insegurança Alimentar - EBIA. Para tanto, a escala foi 
introduzida no questionário sobre Avaliação das condições de vida 
(POF 6). Cabe ainda destacar a relevância do tema segurança alimentar 
no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS, onde 
Introdução
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
8 Análise da segurança alimentar no Brasil
vários indicadores devem ser atualizados a partir da disponibilidade dos dados da 
pesquisa. Mais especifi camente, no âmbito do ODS2 – Acabar com a fome, alcançar 
a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável –, 
a inclusão da EBIA na POF permite agora um conjunto de análises envolvendo as di-
mensões relacionadas com este objetivo e as características do orçamento doméstico.
A primeira publicação da POF 2017-2018 contemplou os temas despesas, ren-
dimentos e variação patrimonial das famílias, aspectos básicos para a análise dos 
orçamentos domésticos. Os resultados referentes às despesas e rendimentos foram 
apresentados nos enfoques monetário e não monetário. 
A segunda publicação abordou o tema referente às quantidades adquiridas 
da alimentação domiciliar per capita, na qual os resultados foram discutidos segun-
do os recortes geográfi cos, as situações urbana e rural e classes de rendimentos. 
Os resultados apresentaram as estatísticas das quantidades anuais per capita, em 
quilogramas, adquiridas para consumo no domicílio, para uma ampla relação de 
alimentos e bebidas. Ademais, o estudo também contemplou a avaliação nutricional 
destas quantidades de alimentos e bebidas adquiridas pelas famílias brasileiras para 
consumo no domicílio. A análise foi desenvolvida sob algumas hipóteses, conforme 
destacado naquela publicação, uma vez que aquisição alimentar tal como investigada 
na POF 2017-2018, bem como nas anteriores, ao corresponder à disponibilidade de 
alimentos e bebidas para consumo no domicílio, não refl ete integralmente a ingestão 
de alimentos e bebidas pelas pessoas. 
Já a terceira publicação trouxe as informações sobre o consumo alimentar pes-
soal das pessoas moradoras com 10 anos ou mais de idade, sendo os dados obtidos 
a partir da aplicação do Bloco de consumo alimentar pessoal (POF7). O conhecimento 
dos dados sobre consumo individual permite a construção de estatísticas sobre a in-
gestão habitual de alimentos, energia e nutrientes, de modo a possibilitar uma análise 
mais precisa da qualidade da dieta dos brasileiros. Estas informações, em conjunto 
com dados de disponibilidade de alimentos, são fundamentais para o planejamento 
e monitoramento de ações de saúde e nutrição no Brasil.
A POF 2017-2018 é a sexta pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra-
fi a e Estatística - IBGE sobre orçamentos familiares. As pesquisas anteriores foram o 
Estudo Nacional de Despesa Familiar - Endef 1974-1975, com âmbito territorial nacional 
– à exceção das áreas rurais das Regiões Norte e Centro-Oeste, a POF 1987-1988, a POF 
1995-1996, a POF 2002-2003 e a POF 2008-2009. As POFs dos anos 1980 e 1990 foram 
concebidas para atender, prioritariamente, a atualização das estruturas de consumo 
dos índices de preços ao consumidor produzidos pelo IBGE, sendo realizadas nas 
Regiões Metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de 
Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, no Município de Goiânia e no Distrito Fe-
deral. A POF 2002-2003 e a POF 2008-2009 dão igual prioridade às demais aplicações 
anteriormente mencionadas.
A amostra da POF 2017-2018 manteve características do desenho aplicado à POF 
2008-2009, cobrindo todo o Território Nacional e mantendo sua concepção segundo o 
conceito de amostra mestra, que o IBGE adota para todas as pesquisas domiciliares 
por amostragem no contexto mais amplo do projeto de reformulação dessas pesqui-
sas – a construção do Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares - SIPD. 
Introdução 9
Cabe ainda, nessas considerações iniciais, esclarecer sobre a adoção do termo 
“família” nas publicações de resultados da POF. A POF é uma pesquisa realizada 
por amostragem, na qual são investigados os domicílios particulares permanentes. 
No domicílio, por sua vez, é identifi cada a unidade básica da pesquisa – unidade 
de consumo – que compreende um único morador ou conjunto de moradores que 
compartilham da mesma fonte de alimentação ou compartilham as despesas com 
moradia. É importante ressaltar que esta defi nição, que será detalhada mais adiante, 
segue as recomendações e práticas internacionais referentes às pesquisas similares.
Para propiciar a compreensão dos resultados aqui apresentados, assim como 
estudos futuros, os conceitos adotados na pesquisa e sua metodologia constituem 
parte dessa publicação.
Notas técnicas
Conceitos e defi nições
Neste módulo, são apresentados os conceitos relacionados com os re-
sultados desta publicação, segundo as seguintes variáveis: domicílios, 
unidades de consumo, quantidades adquiridas de alimentos e bebidas, 
pessoas, despesas, rendimentos e condições de vida. Antecede aos 
temas a descrição das referências temporais inerentes ao levantamento 
e à qualidade das informações sobre orçamentos familiares. Estas de-
fi nições referentes à variável tempo são básicas para o entendimento 
dos conceitos e resultados da pesquisa.
Na Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF 2017-2018, três 
enfoques temporais foram utilizados.
Período de realização da pesquisa
Para propiciar a estimação de orçamentos familiares que contemplem 
as alterações a que estão sujeitos ao longo do ano, tanto as despesas 
quanto os rendimentos, defi niu-se o tempo de duração da pesquisa 
em 12 meses. O período de realização da POF 2017-2018 teve início no 
dia 11 de julho de 2017 e término no dia 9 de julho de 2018.
Período de referência das informações
de despesas e rendimentos
A investigação de uma grande diversidade de itens de despesas, 
com diferentes valores unitários e diferentes frequências de aqui-
sição, requer defi nir períodos de observação variados. Em geral, as 
despesas de menor valor são aquelas normalmente realizadas com 
mais frequência, enquanto as despesas de maior valor são realizadas 
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
12 Análise da segurança alimentar no Brasil
com menor frequência. Além disso, a memória das informações relacionadas a uma 
aquisição com valor mais elevado é preservada por um período mais longo. Assim, 
com o objetivo de ampliar a capacidade do informante para fornecer os valores das 
aquisições realizadas e as demais informações a elas associadas, foram defi nidos 
quatro períodos de referência: sete dias, 30 dias, 90 dias e 12 meses, segundo os 
critérios de frequência de aquisição e do nível do valor do gasto.
Os rendimentos e as informações a eles relacionadas são coletados segundo 
o período de referência de 12 meses.
Como a operação da coleta tem duração de 12 meses, os períodos de referência 
das informações de despesas e rendimentos não correspondem às mesmas datas 
para cada domicílio selecionado. Para cada informante, os períodos de referência 
foram estabelecidos como o tempo que antecede à data de realização da coleta 
no domicílio. A exceção é o período de referência de sete dias, que é contado no 
decorrer da entrevista.
Data de referência da pesquisa
Como as POFs combinam um período de coleta de 12 meses com períodos de refe-
rência de até 12 meses, adotado para alguns itens de despesa e para os rendimentos, 
as informações se distribuem em um período total de 24 meses. Durante os 24 meses 
mencionados, ocorrem mudanças absolutas e relativas nos preços, requerendo que os 
valores levantados na pesquisa sejam valorados a preços de uma determinada data.
A data de referência fi xada para a compilação, análise e apresentação dos re-
sultados da POF 2017-2018 foi 15 de janeirode 2018.
Domicílio
Domicílio é a unidade amostral da pesquisa, consistindo também em importante unidade 
de investigação e análise para caracterização das condições de moradia das famílias.
Domicílio
É a moradia estruturalmente separada e independente, constituída por um ou mais 
cômodos, sendo que as condições de separação e independência de acesso devem 
ser satisfeitas.
A condição de separação é atendida quando o local de moradia é limitado por 
paredes, muros, cercas e outros, quando é coberto por um teto e permite que seus 
moradores se isolem, arcando com parte ou todas as suas despesas de alimentação 
ou moradia.
A independência é atendida quando o local de moradia tem acesso direto, per-
mitindo que seus moradores possam entrar e sair sem passar por local de moradia 
de outras pessoas.
Domicílio particular permanente
Destina-se à habitação de uma ou mais pessoas, ligadas por laços de parentesco, 
dependência doméstica ou normas de convivência, sendo todo ou parte destinado 
exclusivamente à moradia.
Notas técnicas 13
Na POF, em função de seus objetivos e características, somente foram pesqui-
sados os domicílios particulares permanentes.
Características dos domicílios
Para a presente publicação, as seguintes características dos domicílios foram analisa-
das: forma de abastecimento de água; escoadouro de banheiro, sanitário ou buraco 
para dejeções; destino do lixo e combustível utilizado na preparação de alimentos.
Unidade de consumo
A unidade de consumo é a unidade básica de investigação e análise dos orçamen-
tos. Para efeito de divulgação da POF, o termo “família” é considerado equivalente à 
unidade de consumo.
A unidade de consumo compreende um único morador ou conjunto de mora-
dores que compartilham da mesma fonte de alimentação, isto é, utilizam um mesmo 
estoque de alimentos e/ou realizam um conjunto de despesas alimentares comuns. 
Nos casos em que não existia estoque de alimentos nem despesas alimentares co-
muns, a identifi cação ocorreu através das despesas com moradia.
Unidade de consumo principal
A unidade de consumo principal é aquela à qual pertence o responsável pela maior 
parte das despesas de moradia (aluguel ou prestação de imóvel próprio e/ou contas 
e taxas de serviços do domicílio).
Tamanho da unidade de consumo
Corresponde ao número total de moradores integrantes da unidade de consumo.
Estimativa do tamanho médio da unidade de consumo
Conceito utilizado no plano tabular, defi nido como a razão entre valor estimado da 
população no total e valor estimado do número de unidades de consumo no total. A 
mesma defi nição se aplica para o tamanho médio da unidade de consumo em cada 
classe de rendimento ou grupo de unidades de consumo.
Pessoas
Pessoa moradora
Pessoa que tinha o domicílio como residência única ou principal e que não se 
encontrava afastada deste por período superior a 12 meses. Aquelas que se acha-
vam presentes por ocasião da coleta da pesquisa são consideradas moradores 
presentes. A pessoa é moradora ausente se, por ocasião da coleta, estava afastada 
temporariamente.
Total de pessoas moradoras
Conceito utilizado no plano tabular, que consiste na estimativa do total do nú-
mero de pessoas moradoras presentes e ausentes das unidades de consumo na 
população ou em uma determinada classe. Equivale à estimativa da população 
residente a partir da POF.
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
14 Análise da segurança alimentar no Brasil
Pessoa de referência da unidade de consumo
Foi considerada aquela pessoa responsável por uma das seguintes despesas: alu-
guel, prestação do imóvel ou outras despesas de habitação (condomínio, imposto 
predial, serviços, taxa etc.). No caso em que nenhum morador satisfez a pelo menos 
uma das condições acima, a pessoa de referência foi aquela assim considerada 
pelos moradores da unidade de consumo. Se mais de uma pessoa foi identifi cada 
pelos moradores, estabeleceu-se a idade mais alta como critério de escolha.
Características das pessoas
Dentre as características investigadas em cada unidade de consumo foram de interes-
se neste estudo algumas características da pessoa de referência: sexo e cor ou raça.
Sexo
Pesquisado nas categorias: homem, mulher.
Cor ou raça
Pesquisado nas categorias: branca, preta, amarela, parda e indígena.
Unidade de orçamento
Morador que teve alguma participação no orçamento da unidade de consumo no 
período de referência de 12 meses.
Os moradores ausentes, os moradores com menos de 10 anos de idade e os 
moradores cuja condição no domicílio fosse de empregado doméstico ou parente 
de empregado doméstico não foram pesquisados como unidade de orçamento. Nas 
situações de moradores com menos de 10 anos, as aquisições e rendimentos corres-
pondentes são registrados juntamente com os da pessoa responsável pelo menor.
A unidade de orçamento é representada por:
a) Unidade de orçamento despesa
Morador cuja participação no orçamento da unidade de consumo representou 
a realização de aquisições que resultaram em despesas monetárias e/ou não 
monetárias.
b) Unidade de orçamento rendimento
Morador cuja participação no orçamento da unidade de consumo representou 
qualquer tipo de ganho monetário - remuneração do trabalho, transferência, 
aluguel de imóvel, aplicações fi nanceiras, entre outros. Também foram 
consideradas todas as pessoas que exerceram algum tipo de trabalho não 
remunerado.
Despesas
A POF teve como objetivo principal pesquisar todas as despesas, que foram defi nidas 
como monetárias e não monetárias.
Notas técnicas 15
Despesas monetárias
São aquelas efetuadas através de pagamento, realizado à vista ou a prazo, em dinheiro, 
cheque ou com utilização de cartão de crédito.
Despesas não monetárias
São aquelas efetuadas sem pagamento monetário, ou seja, aquisição obtida através 
de doação, retirada do negócio, troca, produção própria, pescado, caçado e coletado 
durante os períodos de referência da pesquisa, disponíveis para utilização. As valo-
rações das despesas não monetárias foram realizadas pelos próprios informantes, 
considerando os preços vigentes no mercado local.
O aluguel atribuído ao domicílio cuja condição de ocupação era diferente de 
alugado foi também contabilizado como despesa não monetária, assim como nas 
pesquisas anteriores.
É importante observar que as despesas não monetárias são iguais, em termos 
contábeis, aos rendimentos não monetários, com exceção do valor do aluguel esti-
mado, cujo tratamento é explicitado na defi nição do rendimento. O critério adotado 
no tratamento das informações para as despesas não monetárias segue as recomen-
dações contidas no documento Informe de la conferencia (CONFERENCIA..., 2003), 
realizada pela Organização Internacional do Trabalho - OIT (International Labour 
Organization - ILO), em dezembro de 2003.
A forma de obtenção complementa a caracterização das despesas informadas.
Forma de obtenção
Refere-se à forma de obtenção dos produtos e serviços adquiridos pelas unidades de 
consumo. Foram coletadas informações sobre as aquisições monetária e não mone-
tária. Deste modo, utilizou-se a forma de obtenção como variável de classifi cação das 
despesas, com o objetivo principal de identifi cá-las como monetárias e não monetárias.
Assim, foram defi nidas as seguintes categorias para a variável forma de ob-
tenção:
1. Monetária à vista para a unidade de consumo – quando o dispêndio reali-
zado por qualquer membro na aquisição do produto ou serviço destinado 
à própria unidade de consumo teve o pagamento efetivado em dinheiro, 
cheque, cartão de débito bancário, vale-refeição, vale-transporte etc., e foi 
praticado sem nenhum parcelamento.
2. Monetária à vista para outra unidade de consumo – quando o dispêndio 
realizado por qualquer membro na aquisição do produto ou serviço desti-
nado a outra unidade de consumo teve o pagamento efetivado em dinheiro, 
cheque, cartão de débito bancário, vale-refeição, vale-transporte etc., e foi 
praticado sem nenhum parcelamento.
3. Monetária a prazo para aunidade de consumo – quando o dispêndio realizado 
por qualquer membro na aquisição do produto ou serviço destinado à pró-
pria unidade de consumo teve o pagamento efetivado em dinheiro, cheque, 
cartão de débito bancário, cartão de crédito, vale-refeição, vale-transporte 
etc., e foi praticado com qualquer tipo de parcelamento.
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
16 Análise da segurança alimentar no Brasil
4. Monetária a prazo para outra unidade de consumo – quando o dispêndio rea-
lizado por qualquer membro na aquisição do produto ou serviço destinado a 
outra unidade de consumo teve o pagamento efetivado em dinheiro, cheque, 
cartão de débito bancário, cartão de crédito, vale-refeição, vale-transporte 
etc., e foi praticado com qualquer tipo parcelamento.
5. Cartão de crédito à vista para a unidade de consumo – quando a aquisição do 
produto ou serviço destinado à própria unidade de consumo foi monetária 
com cartão de crédito e praticada sem nenhum parcelamento. Também foram 
incluídas nessa categoria as aquisições realizadas no período de referência 
com cartão de crédito à vista que ainda não tinham sido pagas.
6. Cartão de crédito à vista para outra unidade de consumo – quando a aquisição 
do produto ou serviço destinado a outra unidade de consumo foi monetária 
com cartão de crédito e praticada sem nenhum parcelamento. Também foram 
incluídas nessa categoria as aquisições realizadas no período de referência 
com cartão de crédito à vista que ainda não tinham sido pagas.
7. Doação – quando, na aquisição do produto pelo morador, não houve nenhum 
dispêndio em dinheiro, cheque, cartão ou bens e serviços, ou seja, o produto 
foi adquirido ou obtido sem nenhum custo. Como exemplo: presentes, re-
médios recebidos em postos de saúde e cesta básica de alimentos fornecida 
pelo empregador.
8. Retirada do negócio – quando a aquisição do produto pelo morador foi feita 
utilizando-se estoque não destinado ao consumo do domicílio e voltado para 
o comércio ou negócio a cargo do morador.
9. Troca – quando um produto foi adquirido pelo morador mediante permuta 
por outro produto ou serviço.
10. Produção própria – quando a aquisição do produto pelo morador representou 
uma retirada de sua própria produção (autoconsumo). Essa classifi cação só 
foi utilizada se nenhuma parte da produção foi comercializada, pois, caso 
contrário, representou uma retirada do negócio.
11. Outra – quando foi verifi cada uma outra forma de aquisição que não se en-
quadrasse nas defi nições acima, como produto achado, produto roubado, 
entre outros.
Cabe ressaltar que, na classifi cação adotada na geração dos resultados para 
todos os tipos de aquisições, defi niu-se como despesas monetárias aquelas corres-
pondentes às categorias da variável forma de obtenção de 1 a 6, e como despesas 
não monetárias as correspondentes às categorias de 7 a 11.
Despesa total
Inclui todas as despesas monetárias realizadas pela unidade de consumo na aquisi-
ção de produtos, serviços e bens de qualquer espécie e natureza, e as despesas não 
monetárias com produtos e bens, além do serviço de aluguel.
Compõem a despesa total todas as despesas monetária e não monetária cor-
rentes (despesas de consumo e outras despesas correntes), o aumento do ativo e a 
diminuição do passivo.
Notas técnicas 17
Despesas correntes
As despesas correntes incluem as despesas de consumo e as outras despesas correntes.
Despesas de consumo
Correspondem às despesas realizadas pelas unidades de consumo com aquisições 
de bens e serviços utilizados para atender diretamente às necessidades e desejos 
pessoais de seus componentes no período da pesquisa. Estão organizadas segundo 
os seguintes grupamentos: alimentação, habitação, vestuário, transporte, higiene e 
cuidados pessoais, assistência à saúde, educação, recreação e cultura, fumo, serviços 
pessoais e outras despesas diversas não classifi cadas anteriormente.
Rendimento total
O rendimento bruto total da unidade de consumo corresponde ao somatório dos ren-
dimentos brutos monetários dos componentes das unidades de consumo, exclusive 
os empregados domésticos e seus parentes, acrescido do total dos rendimentos não 
monetários das unidades de consumo.
Rendimento monetário
Considerou-se como rendimento todo e qualquer tipo de ganho monetário, exceto a 
variação patrimonial, recebido durante o período de referência de 12 meses anteriores 
à data de realização da coleta das informações.
O rendimento foi pesquisado para cada um dos moradores que constituiu uma 
unidade de orçamento/rendimento.
Rendimento não monetário
Considerou-se como rendimento não monetário a parcela equivalente às despesas 
não monetárias como defi nidas anteriormente.
É importante observar que as despesas não monetárias são iguais, em termos 
contábeis, às receitas não monetárias com exceção do aluguel estimado.
Para a imputação do valor do rendimento não monetário correspondente ao 
aluguel de imóveis, foram deduzidas, do valor do aluguel estimado pelas unidades 
de consumo, as despesas com manutenção e reparos, impostos, taxas de serviços e 
seguros com o domicílio, conforme as recomendações contidas no documento Informe 
de la conferencia (CONFERENCIA..., 2003), realizada pela OIT, em dezembro de 2003.
Variação patrimonial
Compreende vendas de imóveis, carros e outros bens, heranças e o saldo positivo da 
movimentação fi nanceira (depósitos e retiradas de aplicações fi nanceiras como, por 
exemplo, poupança e cotas de fundos de investimento).
Rendimento total e variação patrimonial médio mensal 
familiar
Para um determinado conjunto de dados, a estimativa do rendimento total e variação 
patrimonial médio mensal familiar é a soma dos rendimentos monetários mensais bru-
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
18 Análise da segurança alimentar no Brasil
tos, dos rendimentos não monetários mensais das unidades de consumo e da variação 
patrimonial, dividida pelo número de unidades de consumo contidas neste conjunto.
Aquisição alimentar domiciliar per capita
Na coleta das informações relativas aos alimentos adquiridos pelas famílias – alimen-
tos e bebidas – destinados exclusivamente ao consumo domiciliar, utilizou-se, como 
instrumento de coleta de informações, a Caderneta de aquisição coletiva (POF 3), onde 
foram registrados, diariamente e durante sete dias consecutivos, a descrição detalhada 
de cada produto adquirido, a quantidade, a unidade de medida com o seu equivalente 
em peso ou volume – quando fosse pertinente – o valor da despesa em reais, o local 
de compra e a forma de aquisição do produto. São apresentados a seguir, de forma 
resumida, os procedimentos gerais de coleta da POF 2008-2009 relacionados com a 
aquisição de alimentos e bebidas para consumo no domicílio.
Quantidades adquiridas de alimentos e bebidas
As quantidades adquiridas de alimentos e bebidas correspondem a todas as aquisi-
ções realizadas para consumo domiciliar pela unidade de consumo durante o período 
da pesquisa.
Na descrição registrada para cada produto, a quantidade física corresponde 
à da forma como o produto foi adquirido e corresponde ao número de unidades de 
medida do respectivo produto. Essa quantidade de aquisição é também variável de 
análise neste estudo.
Unidade de medida
Para cada produto adquirido, a variável unidade de medida foi registrada e descrita 
detalhadamente como foi obtido. Exemplo: aquisição de 200 gramas de salaminho - 
registro da unidade de medida - gramas.
Peso ou volume
Para os produtos adquiridos, a variável peso ou volume correspondeu ao peso, volume 
ou quantidades das unidades da unidade de medida do produto. Exemplo: aquisição de 
200 gramas de margarina - registro do peso ou volume - 200. Nas aquisições em que a 
unidade de medida já contemplava o peso ou volume esta variável não foi registrada.
Instrumentos e procedimentos da coleta específi cos
O instrumento básico para o registro das informações necessárias para a aplicação 
do modelo metodológico utilizado na obtenção das estimativasdas quantidades 
adquiridas de produtos alimentares para consumo no domicílio foi a Caderneta de 
aquisição coletiva (POF 3). Nessa caderneta, foram registradas diariamente, durante 
sete dias consecutivos, as aquisições de alimentos de uso comum na unidade de 
consumo, inclusive refeições prontas, bebidas, artigos de higiene pessoal e de lim-
peza, combustíveis de uso doméstico e outros produtos, cuja aquisição costuma ser 
frequente e, em geral, servem a todos os moradores.
Notas técnicas 19
As informações destas aquisições foram fornecidas pela pessoa que administra 
ou dirige estes tipos de despesas no orçamento doméstico. Foram registradas todas 
as aquisições efetuadas no período de referência de sete dias, incluindo as aquisi-
ções realizadas pelos demais moradores da unidade de consumo relacionadas com 
alimentos e bebidas, bem como outros produtos pertinentes à Caderneta de aquisição 
coletiva para consumo no domicílio.
Para cada dia do período de referência, foram pesquisadas e registradas as 
seguintes informações para cada produto adquirido: descrição detalhada do produto 
com suas respectivas quantidades adquirida e unidade de medida; forma de aqui-
sição; despesa em reais com o produto adquirido; e o tipo de local de compra onde 
ocorreu a aquisição do produto. Exemplo: aquisição de três pacotes de 500 gramas de 
macarrão com ovos (descrição detalhada do produto), com pagamento monetário à 
vista para consumo no domicílio (forma de aquisição), no valor de R$ 3,60 (despesa), 
em supermercado (local de aquisição).
Cabe esclarecer que, mesmo com todos os procedimentos adotados na coleta 
das informações, principalmente aqueles voltados para garantir a precisão e deta-
lhamento dos registros de aquisições, no caso específi co dos produtos alimentares 
adquiridos pela unidade de consumo, por se tratar muitas vezes de aquisições de vários 
produtos (por vezes de baixos valores) adquiridos num mesmo momento, ocorreram 
situações em que o informante não discriminou cada tipo de produto adquirido, nesses 
casos o registro foi descrito como agregado com seu respectivo valor total.
Para o agregado cujos componentes foram discriminados pelo informante, 
adotou-se o procedimento de distribuição do valor da despesa total, conforme des-
crito em “Tratamentos gerais das aquisições e rendimentos” no item “Alocação das 
aquisições agregadas da Caderneta de aquisição coletiva”.
Diferentemente, para o agregado cujo conteúdo não foi discriminado pelo infor-
mante, não houve distribuição de sua despesa. Optou-se, nestes casos, por não levar 
em conta as informações destes agregados no método de cálculos das quantidades 
per capita. Adotou-se este procedimento porque a distribuição das aquisições assim 
informadas – agregadas –, sem discriminação dos produtos adquiridos, tendo em 
vista as estratifi cações adotadas na divulgação (Grandes Regiões, estados, classes de 
rendimento total e variação patrimonial, situação do domicílio e forma de aquisição), 
poderiam provocar distorções nas estimativas dos resultados.
Anualização das despesas e quantidades
Para cada informação de quantidade de produtos alimentares adquirida e informada 
em campo, o valor anual foi obtido aplicando-se o multiplicador correspondente ao 
número de dias do ano dividido pelo número de dias pesquisados na Caderneta de 
aquisição coletiva (sete), gerando-se um fator de anualização igual a 52. Efetuou-se o 
mesmo processo de anualização para as informações referentes ao valor da aquisição 
monetária e não monetária – valor da despesa –, sendo que, neste caso específi co, 
levou-se em conta os valores devidamente defl acionados (descontados os efeitos 
infl acionários) para a data de 15 de janeiro de 2018. Esse procedimento antecedeu a 
utilização destes valores no cálculo de preços médios por produto, que constituíram 
parâmetro básico para a crítica de quantidades adquiridas e imputação daquelas re-
jeitadas na crítica e não informadas de acordo com procedimentos descritos a seguir.
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
20 Análise da segurança alimentar no Brasil
Estimativas das quantidades per capita adquiridas
De posse das quantidades de produtos alimentares adquiridas pelas famílias para o 
consumo domiciliar, a quantidade per capita anual de cada produto foi obtida através 
da estimativa de razão entre a totalização das quantidades e a população residente 
estimada.
Segurança alimentar no Brasil
O objetivo desta seção é apresentar a metodologia utilizada na análise dos dados 
coletados pela POF 2017-2018, para estimar a prevalência de segurança alimentar 
(SA) e os graus da insegurança alimentar (IA) nos domicílios brasileiros. Seguindo os 
aspectos metodológicos aplicados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
- PNAD dos anos de 2004, 2009 e 2013, foi aplicada a Escala Brasileira de Inseguran-
ça Alimentar - EBIA para identifi cação e classifi cação das unidades domiciliares de 
acordo com os graus de severidade com que o fenômeno da IA é vivenciado pelas 
famílias residentes no País. Esta seção discute brevemente o marco legal que defi ne 
a Segurança Alimentar e Nutricional - SAN como um direito e estabelece a produção 
de informação como requisito para o acompanhamento de sua efetivação. Ressalta-se 
aqui, que a produção de informações sobre o tema, com a oportunidade trazida pela 
aplicação da EBIA através da POF 2017-2018, resulta em uma base de dados capaz de 
propiciar análises sobre as características das despesas e aquisições das famílias, a 
partir de sua classifi cação quanto à situação de SA ou IA.
Arcabouço legal da Segurança Alimentar e Nutricional 
no Brasil
Em 2010, foram estabelecidas a regulamentação da Lei Orgânica de Segurança Alimen-
tar e Nutricional - LOSAN e a instituição da Política Nacional de Segurança Alimentar 
e Nutricional - PNSAN (Decreto n. 7.272, de 25.08.2010), assim como a incorporação 
da alimentação aos direitos sociais previstos na Constituição Federal (Emenda Cons-
titucional n. 64, de 04.02.2010).
A LOSAN1, além de estabelecer a alimentação adequada como direito humano 
imprescindível à cidadania, passou a obrigar o poder público a informar, monitorar 
e avaliar a sua efetivação. Avançando nessa direção, determina que o conceito de 
SAN deve abranger – além do acesso aos alimentos, conservação da biodiversidade, 
promoção da saúde e da nutrição, qualidade sanitária e biológica dos alimentos e 
promoção de práticas alimentares saudáveis – a produção de conhecimento e o acesso 
à informação (BRASIL, 2006).
A partir do estabelecimento do marco legal para a SAN no Brasil, várias ações 
foram promovidas com o objetivo de estruturar um sistema capaz de avaliar e mo-
nitorar as várias dimensões de análises de SAN, como, por exemplo, o acesso à 
alimentação adequada e saudável. Dentre estas ações, destaca-se a III Conferência 
1 Lei n. 11.346, de 15 de setembro de 2006, que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - Sisan 
com vistas a assegurar o direito humano à alimentação adequada. Segundo esta lei, a segurança alimentar e nutricional 
consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade 
sufi ciente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras 
de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.
Notas técnicas 21
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional2, que recomenda a realização contí-
nua de pesquisas amostrais de base populacional relativas ao diagnóstico da SAN 
no País. Para isto, deve-se utilizar dados e indicadores disponibilizados nos sistemas 
de informação existentes (BRASIL, 2010b), tais como os dos levantamentos ofi ciais 
realizados pelo IBGE, a exemplo da presente publicação da POF 2017-2018.
Mensuração da Segurança Alimentar e Nutricional
A identifi cação e mensuração da SAN possui múltiplas dimensões que refl etem di-
ferentesperspectivas e propósitos de uso. De acordo com Kepple (2010), a primeira 
dimensão se relaciona a disponibilidade do alimento que signifi ca a oferta de alimen-
tos para toda população e depende da produção, importação (quando necessária) e 
sistemas de armazenamento e distribuição. A segunda dimensão é o acesso físico e 
econômico aos alimentos, que signifi ca a capacidade de obter alimentos em quanti-
dade sufi ciente e com qualidade nutricional adequada, a partir de estratégias cultural 
e socialmente aceitáveis, além de depender da política de preços e da renda familiar. 
Já a terceira é a utilização biológica dos alimentos pelo organismo e o aproveitamento 
dos nutrientes, que é afetado pelas condições sanitárias nas quais as pessoas vivem 
e produzem sua comida, portanto, pela segurança microbiológica dos alimentos e 
pelos conhecimentos, hábitos e escolhas sociais. Por fi m, a quarta dimensão é decisiva 
para a defi nição da situação de SA ou IA das famílias. Trata-se da estabilidade, que 
implica no grau de perenidade da utilização, acesso e disponibilidade dos alimentos. 
Esta dimensão envolve a sustentabilidade social, econômica e ambiental, e deman-
da o planejamento de ações pelo poder público e pelas famílias ante problemas de 
ruptura do acesso aos alimentos e que podem ser crônicos, sazonais ou passageiros.
O conceito de SAN é amplo, contendo uma multiplicidade de dimensões e vários 
aspectos e possibilidades de análise. Por estas razões, é possível encontrar um vasto 
conjunto de indicadores. E, como pontua a Organização das Nações Unidas para a 
Alimentação e a Agricultura (Food and Agriculture Organization of the United Nations 
- FAO), o conceito de SAN pode variar de acordo com o mandato institucional, esfera 
e contexto geográfi co, área ou setor e até visão política-ideológica.
Para se acercar desta multiplicidade de aspectos, existem, de acordo com Pérez-
-Escamilla e Segall-Corrêa (2008), cinco métodos de análise comumente empregados 
em inquéritos nacionais: método da FAO de cálculo da disponibilidade calórica diária 
per capita; cálculo da renda mínima para consumo alimentar e não alimentar; cálculo 
do consumo alimentar – como os recordatórios quantitativos das últimas 24 horas, 
frequência de consumo alimentar ou a quantifi cação dos gastos familiares com aqui-
sição de alimentos; antropometria e; escalas psicométricas do acesso familiar aos 
alimentos, por exemplo, a EBIA3.
Uma vantagem do uso das escalas psicométricas é que elas medem o fenômeno 
diretamente a partir da experiência de IA vivenciada e percebida pelas pessoas afeta-
das. Com isto, elas captam não só a difi culdade de acesso aos alimentos, mas também 
2 Conferência realizada em Fortaleza, Ceará, no período de 3 a 6 de julho de 2007, sobre o tema “Por um desenvolvimento 
sustentável com soberania e segurança alimentar e nutricional”.
3 Para informações complementares sobre a EBIA, consultar Segurança alimentar 2004 (2006). Para uma análise completa 
das vantagens e desvantagens de cada um dos cinco métodos, consultar as publicações de Pérez-Escamilla e Segall-Corrêa 
(2008) e Takagi, Silva e Del Grossi (2001).
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
22 Análise da segurança alimentar no Brasil
a dimensão psicossocial da IA, tomando os domicílios como unidade de análise. Além 
disso, podem ser adaptadas – mediante utilização de metodologias qualitativas – a 
diferentes contextos socioculturais locais, sendo sua aplicação e análise relativamente 
simples (PÉREZ-ESCAMILLA; SEGALL-CORRÊA, 2008).
As escalas de medida direta da IA, como a EBIA, fornecem informações estraté-
gicas para a gestão de políticas e programas sociais porque permitem tanto identifi car 
e quantifi car os grupos sociais em risco de IA quanto os seus determinantes e con-
sequências. Trata-se de uma ferramenta com excelente relação custo-efetividade que 
vem sendo usada desde a década de 1990 em vários países e cuja aplicação e análise 
demonstraram apresentar aspectos comuns aos diferentes contextos socioculturais 
e que representam os graus de severidade da IA: 1) componente psicológico – an-
siedade ou dúvida sobre a disponibilidade futura de alimentos na casa para suprir 
as necessidades dos moradores; 2) qualidade dos alimentos – comprometimento 
das preferências socialmente estabelecidas acerca dos alimentos e sua variedade 
no estoque doméstico; 3) redução quantitativa dos alimentos entre adultos; 4) re-
dução quantitativa dos alimentos entre as crianças; 5) fome – quando alguém fi ca o 
dia inteiro sem comer por falta de dinheiro para comprar alimentos (COATES, 2006; 
PÉREZ-ESCAMILLA; SEGALL-CORRÊA, 2008; SWINDALE; BILINSKY, 2006). A partir da 
percepção da experiência do domicílio nos últimos 90 dias, a EBIA aponta para um 
dos seguintes graus da IA vivida pelas famílias:
A escala brasileira é uma versão adaptada e validada daquela elaborada pelo 
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (United States Department of Agri-
culture - USDA), em meados da década de 19904. O processo de validação da EBIA 
foi conduzido por grupos de pesquisadores de universidades localizadas nas cinco 
regiões do País, com coordenação no Departamento de Saúde Coletiva da Univer-
sidade Estadual de Campinas - UNICAMP, e demandou a realização de estudos quali-
4 Para informações sobre a escala americana, consultar a publicação Segurança alimentar 2004 (2006) e os artigos de 
Radimer e outros (1992), Sampaio e outros (2006) e Pérez-Escamilla e Segall-Corrêa (2008).
Situação de
segurança alimentar
Descrição
Segurança alimentar
A família/domicílio tem acesso regular e permanente a alimentos de 
qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras 
necessidades essenciais.
Insegurança alimentar leve
Preocupação ou incerteza quanto acesso aos alimentos no futuro; qualidade 
inadequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não 
comprometer a quantidade de alimentos.
Insegurança alimentar moderada
Redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões 
de alimentação resultante da falta de alimentos entre os adultos.
Insegurança alimentar grave
Redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura 
nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os 
moradores, incluindo as crianças. Nessa situação, a fome passa a ser uma 
experiência vivida no domicílio.
Quadro 1 - Descrição dos graus de segurança e insegurança alimentar
Fonte: Brasil, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Nota Técnica DA/SAGI/MDS nº 128/2010: 
Relatório da Oficina Técnica para análise da Escala Brasileira de Medida Domiciliar de Insegurança Alimentar. Brasília: 
SAGI/DA, 30/08/2010.
Notas técnicas 23
-quantitativos, nas áreas urbanas e rurais das cinco Grandes Regiões do País, entre 
os anos de 2003 e 20045.
Em 2003, o primeiro uso da EBIA foi propiciado pelo Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científi co e Tecnológico - CNPq, que fi nanciou um conjunto de 
pesquisas, mediante projeto coordenado pela UNICAMP, com aplicação de escala para 
estimar a prevalência de SA em várias cidades brasileiras. Em 2004, foi incorporada ao 
suplemento de segurança alimentar da PNAD. Financiado à época pelo então Ministério 
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, permitindo o primeiro diagnóstico, 
no Brasil, de SA e IA com abrangência nacional. No ano de 2006, esse diagnóstico foi 
atualizado através do uso da EBIA na Pesquisa Nacional de Demografi a e Saúde da 
Criança e da Mulher - PNDS, do Ministério da Saúde.
Os resultados da PNAD 2004 e da PNDS 2006 confi rmam que a IA está direta-
mente relacionada a outros fatores socioeconômicos e de composição da unidade 
domiciliar (como, por exemplo, a presença de moradores menores de 18 anos de 
idade, o número de moradores, o sexo ou raça do chefe da família, e a renda domici-
liar). Por isso, é aconselhável que as questões da EBIA sejam parte de instrumentos 
de coleta de dados que contemplem tambémvariáveis socioeconômicas, culturais e 
outras que se julgar pertinentes para uma caracterização mais abrangente dos fatores 
que afetam a SA das famílias, tal como vem sendo feito pelo IBGE nos suplementos 
específi cos da PNAD sobre o tema e, agora, pela primeira vez, fazendo parte integrante 
do questionário Avaliação das condições de vida (POF 6) da POF 2017-2018. 
A análise da EBIA é baseada em um gradiente de pontuação fi nal resultante 
do somatório das respostas afi rmativas a 14 questões. Esta pontuação se enquadra 
nos pontos de corte (Tabela 1), que equivalem aos construtos teóricos acerca da SA, 
conforme apresentados no Quadro 1.
Estes algoritmos foram atualizados durante a ofi cina técnica para análise da 
EBIA, promovida à época pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação, do 
então Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Realizada entre os 
5 Estudos realizados com fi nanciamento do Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS e Fundação 
de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP. Para melhor detalhamento do processo de validação da EBIA, 
consultar as publicações Segurança alimentar 2004 (2006) e Acompanhamento e avaliação da segurança alimentar de 
famílias brasileiras (2004) e o artigo de Sampaio e outros (2006).
Com menores de 18 anos Sem menores de 18 anos
Segurança alimentar 0 0
Insegurança alimentar leve 1 - 5 1 - 3
Insegurança alimentar moderada 6 - 9 4 - 5
Insegurança alimentar grave 10 - 14 6 - 8
Situação de
segurança alimentar
Pontos de corte para domicílios
Fonte: Brasil, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Nota Técnica DA/SAGI/MDS nº 128/2010: 
Relatório da Oficina Técnica para análise da Escala Brasileira de Medida Domiciliar de Insegurança Alimentar. 
Brasília: SAGI/DA, 30/08/2010.
Tabela 1 - Pontos de corte para domicílios, com e sem menores
de 18 anos de idade, segundo a situação de segurança alimentar
Nota: Pontos de corte para domicílios = Pontuação para classificação dos domicílios nos graus de segurança ou de 
insegurança alimentar leve, moderada ou grave.
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
24 Análise da segurança alimentar no Brasil
dias 16 e 17 de agosto de 2010, em Brasília, a ofi cina contou com a participação do 
grupo de pesquisa que elaborou a EBIA (BRASIL, 2010c). O grupo técnico presente 
na ofi cina também aprovou algumas atualizações na EBIA, passando então a contar 
com 14 perguntas em sua composição. 
Assim como aplicado na PNAD 2013, as questões componentes da EBIA intro-
duzidas no questionário Avaliação das condições de vida (POF 6) da POF 2017-2018, 
podem ser observadas no Quadro 2.
O questionário de Avaliação das condições de vida (POF6) é, por defi nição própria 
das POFs executadas pelo IBGE, aplicado a todas as unidades de consumo existentes 
no domicílio. Para efeito dos resultados apresentados nesta publicação e possibilitan-
do as comparações com a série histórica produzida com as aplicações da EBIA nas 
PNADs de 2004, 2009 e 2013, foram consideradas apenas as respostas apresentadas 
pela unidade de consumo principal do domicílio (UC 01). Portanto, a classifi cação 
do domicílio quando à sua situação de SA, bem como as diversas características 
Numeração Pergunta
1
Nos últimos três meses, os moradores deste domicílio tiveram a preocupação de que os alimentos 
acabassem antes de poderem comprar ou receber mais comida?
2
Nos últimos três meses, os alimentos acabaram antes que os moradores deste domicílio tivessem 
dinheiro para comprar mais comida?
3
Nos últimos três meses, os moradores deste domicílio ficaram sem dinheiro para ter uma alimentação 
saudável e variada?
4
Nos últimos três meses, os moradores deste domicílio comeram apenas alguns poucos tipos de 
alimentos que ainda tinham porque o dinheiro acabou?
5
Nos últimos três meses, algum morador de 18 anos ou mais de idade deixou de fazer alguma refeição 
porque não havia dinheiro para comprar comida?
6
Nos últimos três meses, algum morador de 18 anos ou mais de idade, alguma vez comeu menos do 
que achou que devia porque não havia dinheiro para comprar comida?
7
Nos últimos três meses, algum morador de 18 anos ou mais de idade, alguma vez sentiu fome, mas 
não comeu porque não havia dinheiro para comprar comida?
8
Nos últimos três meses, algum morador de 18 anos ou mais de idade, alguma vez, fez apenas uma 
refeição ao dia ou ficou um dia inteiro sem comer porque não havia dinheiro para comprar comida?
9
Nos últimos três meses, algum morador com menos de 18 anos de idade, alguma vez, deixou de ter 
uma alimentação saudável e variada porque não havia dinheiro para comprar comida?
10
Nos últimos três meses, algum morador com menos de 18 anos de idade, alguma vez, comeu menos 
do que deveria porque não havia dinheiro para comprar comida?
11
Nos últimos três meses, alguma vez, foi diminuída a quantidade de alimentos das refeições de algum 
morador com menos de 18 anos de idade, porque não havia dinheiro para comprar comida?
12
Nos últimos três meses, alguma vez, algum morador com menos de 18 anos de idade, deixou de fazer 
alguma refeição, porque não havia dinheiro para comprar comida?
13
Nos últimos três meses, alguma vez, algum morador com menos de 18 anos de idade, sentiu fome, 
mas não comeu porque não havia dinheiro para comprar comida?
14
Nos últimos três meses, alguma vez, algum morador com menos de 18 anos de idade, fez apenas 
uma refeição ao dia ou ficou sem comer por um dia inteiro porque não havia dinheiro para comprar 
comida?
Quadro 2 - Perguntas da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar
Fonte: SEGALL-CORRÊA, A. M. et al. Refinement of the brazilian household food insecurity measurement scale: 
recommendation for a 14-item EBIA. Revista de Nutrição, Campinas: Pontifícia Universidade Católica - PUC-Campinas, 
Mar./Apr. 2014.
Notas técnicas 25
associadas a esta condição, discutidas na seção Comentários dos resultados, estão 
baseadas nas respostas desta unidade de consumo. Para as estimativas de totais de 
moradores, todos os moradores listados na composição dos domicílios foram con-
siderados, independente da unidade de consumo da qual fazem parte, respeitando a 
classifi cação atribuída ao domicílio quanto à situação de SA existente. 
Com a divulgação desse novo conjunto de resultados, agora apresentados pela 
POF 2017-2018, será permitido continuar a avaliação do comportamento dos indicado-
res diretos de SA dos domicílios brasileiros, ao longo dos últimos anos. As múltiplas 
possibilidades de análises, confrontando-se os resultados da classifi cação quanto à 
situação da SA existente no domicílio com as características dos orçamentos domés-
ticos, constituem um novo horizonte para a avaliação e o monitoramento em SAN.
Advertência
A estrutura da escala com suas perguntas constituindo agrupamentos conceituais e a 
forma de classifi cação descrita são condições que permitem estimar as prevalências 
de SA ou IA das unidades domiciliares de forma adequada e cientifi camente testada, 
não sendo, portanto, recomendada, a utilização de procedimentos analíticos a partir 
de uma ou mais de suas perguntas, isoladamente, ou qualquer outra alternativa. 
Estas abordagens forneceriam resultados não consistentes e não comparáveis com 
os aqui apresentados. 
Procedimentos gerais de tratamento das 
informações e aspectos de amostragem
Os demais aspectos referentes à coleta da POF 2017-2018 e às etapas de tratamen-
tos das informações de quantidades, despesas e rendimentos, tais como: crítica de 
entrada de dados, tratamento do efeito infl acionário, crítica de valores de despesas 
e rendimentos, alocação das despesas agregadas, tratamento da não resposta de 
valores e anualização dos valores e aspectos de amostragem, encontram-se descritos 
com detalhes na publicação Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018: primeiros 
resultados, divulgada em 2019.
A Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018 disponibiliza, pela primeira vez em seu conjunto de resultados,a avaliação dos 
domicílios brasileiros estabelecida segundo os critérios da Escala 
Brasileira de Insegurança Alimentar - EBIA. Cabe ressaltar que esta é a 
quarta série de resultados disponibilizados sobre este tema, sendo as 
três anteriores apresentas através dos Suplementos sobre Segurança 
Alimentar e Nutricional - SAN que fi zeram parte da Pesquisa Nacional 
por Amostra de Domicílios - PNAD em 2004, 2009 e 2013. Assim como 
nesta publicação, os resultados apresentados nas PNADs discutiram 
a classifi cação dos domicílios particulares brasileiros segundo qua-
tro graus: segurança alimentar (SA), insegurança alimentar leve (IA 
leve), insegurança alimentar moderada (IA moderada) e insegurança 
alimentar grave (IA grave). 
Com a migração da medida direta e domiciliar de acesso aos 
alimentos da PNAD para a POF, é possível ampliar a compreensão 
do fenômeno da SA e IA com a análise de sua associação com a dis-
ponibilidade domiciliar de alimentos, considerada aqui como proxy 
do consumo domiciliar coletivo da família, perfi l de gastos gerais da 
família, compreendido como competidores com as necessidades ali-
mentares e, ainda mais especifi camente, com as despesas alimentares 
dentro e fora do domicílio. 
Como já relatado na nota técnica, o grau de SA e os três graus 
de IA referem-se aos eventos ocorridos nos domicílios segundo o pe-
ríodo de referência de três meses que antecederam a coleta de dados 
da POF 2017-2018.
Conceitualmente, a SA refl ete o pleno acesso dos moradores 
dos domicílios aos alimentos, tanto em quantidade sufi ciente como 
Comentários dos resultados
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
28 Análise da segurança alimentar no Brasil
em qualidade adequada. Nesta circunstância de acesso pleno, a pessoa entrevistada 
sequer relata preocupação ou iminência de sofrer qualquer restrição alimentar no 
futuro próximo. Os domicílios são classifi cados como em situação de IA leve quan-
do aparece referência à preocupação com o acesso aos alimentos no futuro e já se 
verifi ca comprometimento da qualidade da alimentação no domicílio e moradores 
ou os adultos da família assumem estratégias para manter uma quantidade mínima 
de alimentos disponível aos seus integrantes. Nos domicílios com IA moderada os 
moradores, sobretudo os adultos da família, passaram a conviver no período de re-
ferência com restrição quantitativa de alimentos. O nível de IA grave signifi ca que, 
além dos membros adultos, as crianças, quando presentes, também passaram por 
privação severa no consumo de alimentos, podendo chegar à sua expressão mais 
aguda, a fome.
Os comentários contidos nesta seção discutem os resultados observados para 
as prevalências de SA e IA, sendo esta última apresentada segundo seus três níveis 
(IA leve, moderada e grave), para os domínios Brasil e Grandes Regiões. Referem-se à 
SA ou à IA como medida de acesso a alimentação sufi ciente e adequada, que constitui 
um componente das dimensões de SAN. Esses conceitos encontram-se detalhados 
ao longo do texto. 
Os resultados contemplam a separação segundo a situação do domicílio (ur-
bano e rural), cor ou raça da pessoa de referência do domicílio, sexo da pessoa de 
referência do domicílio, bem como algumas características dos domicílios. A relação 
entre o orçamento doméstico e a situação de SA ou IA também é discutida, através 
dos resultados sobre as despesas e o rendimento total das famílias. Por último, são 
apresentados os resultados sobre as diferentes avaliações subjetivas do padrão de 
vida das famílias em relação à moradia, saúde, educação e a própria alimentação, 
segundo a situação de SA ou IA.
Segurança alimentar no Brasil 
e nas Grandes Regiões
Em 2017-2018, a POF estimou um total de 68,9 milhões de domicílios particulares per-
manentes no Brasil. Dentre esses, 63,3% estavam em situação de SA enquanto 36,7% 
domicílios particulares restantes estavam com algum grau de IA. Neste período, a pro-
porção de domicílios em IA leve foi de 24,0%, sendo que 8,1% dos domicílios particulares 
estavam em IA moderada e 4,6% em IA grave. Considerando o nível de IA grave como 
a forma mais severa de baixo acesso domiciliar aos alimentos, é possível afi rmar, com 
base nos resultados da POF 2017-2018, que cerca de 3,1 milhões de domicílios passaram 
por privação quantitativa de alimentos, que atingiram não apenas os membros adultos 
da família, mas também suas crianças e adolescentes. Houve, portanto, ruptura nos 
padrões de alimentação nesses domicílios e a fome esteve presente entre eles, pelo 
menos, em alguns momentos do período de referência de 3 meses. 
Esse cenário foi ainda mais expressivo entre domicílios particulares localizados 
na área rural do Brasil, uma vez que a proporção de IA grave foi de 7,1%, e, portanto, 
três pontos percentuais superior ao verifi cado na área urbana (4,1%). Os dados das 
proporções de IA no País e por situação do domicílio encontram-se no Gráfi co 1 e os 
valores absolutos na Tabela 2.
Comentários dos resultados 29
Urbana Rural Urbana Rural
Total 52 158 44 005 8 153 183 365 151 713 31 652
Com segurança alimentar 33 929 29 345 4 585 110 260 94 508 15 752
Com insegurança alimentar 18 205 14 639 3 566 73 030 57 134 15 896
 Leve 9 409 7 765 1 644 37 235 30 123 7 112
 Moderada 5 172 4 035 1 137 20 797 15 739 5 058
 Grave 3 624 2 839 785 14 998 11 272 3 726
Total 59 322 50 265 9 057 193 892 162 054 31 838
Com segurança alimentar 41 411 35 538 5 873 127 687 108 667 19 020
Com insegurança alimentar 17 911 14 727 3 183 66 205 53 387 12 818
 Leve 11 088 9 319 1 769 40 553 33 660 6 893
 Moderada 3 863 3 089 774 14 361 11 171 3 190
 Grave 2 959 2 319 640 11 292 8 556 2 735
Total 65 258 55 968 9 290 201 364 170 688 30 676
Com segurança alimentar 50 524 44 509 6 015 149 350 130 977 18 373
Com insegurança alimentar 14 734 11 459 3 275 52 014 39 711 12 303
 Leve 9 643 7 658 1 985 34 469 27 019 7 450
 Moderada 2 985 2 207 778 10 320 7 405 2 915
 Grave 2 107 1 595 512 7 225 5 287 1 938
Total 68 862 59 362 9 500 207 104 176 578 30 526
Com segurança alimentar 43 587 38 498 5 089 122 239 107 619 14 620
Com insegurança alimentar 25 275 20 864 4 411 84 865 68 959 15 906
 Leve 16 541 13 961 2 580 56 004 46 773 9 231
 Moderada 5 598 4 443 1 155 18 577 14 465 4 112
 Grave 3 136 2 460 676 10 284 7 721 2 563
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios 2004/2013 e Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018.
Situação de segurança alimentar
existente no domicílio
Domicílios particulares
(1 000 domicílios)
Moradores em domicílios particulares
(1 000 pessoas)
Total
Situação do domicílio
Total
Situação do domicílio
PNAD 2004
PNAD 2009
PNAD 2013
POF 2017-2018
Tabela 2 - Domicílios particulares e moradores em domicílios particulares, por
situação do domicílio, segundo a situação de segurança alimentar existente
no domicílio - Brasil - 2004/2018
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
30 Análise da segurança alimentar no Brasil
Urbana Rural Urbana Rural
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Com segurança alimentar 65,1 66,7 56,2 60,1 62,3 49,8
Com insegurança alimentar 34,9 33,3 43,7 39,8 37,7 50,2
 Leve 18,0 17,6 20,2 20,3 19,9 22,5
 Moderada 9,9 9,2 13,9 11,3 10,4 16,0
 Grave 6,9 6,5 9,6 8,2 7,4 11,8
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Com segurança alimentar 69,8 70,7 64,8 65,9 67,1 59,7
Com insegurança alimentar 30,2 29,3 35,2 34,1 32,9 40,3
 Leve 18,7 18,5 19,5 20,9 20,8 21,7
 Moderada 6,5 6,1 8,5 7,4 6,9 10,0
 Grave 5,0 4,6 7,1 5,8 5,3 8,6
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Com segurança alimentar 77,4 79,5 64,7 74,2 76,7 59,9
Com insegurança alimentar 22,6 20,5 35,3 25,8 23,3 40,1
 Leve 14,8 13,7 21,4 17,1 15,8 24,3
 Moderada 4,6 3,9 8,4 5,1 4,3 9,5
 Grave 3,2 2,8 5,5 3,6 3,1 6,3
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Com segurança alimentar 63,3 64,9 53,6 59,0 60,9 47,9
Com insegurança alimentar 36,7 35,1 46,4 41,039,1 52,1
 Leve 24,0 23,5 27,2 27,0 26,5 30,2
 Moderada 8,1 7,5 12,2 9,0 8,2 13,5
 Grave 4,6 4,1 7,1 5,0 4,4 8,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios 2004/2013 e Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018.
Situação de segurança alimentar
existente no domicílio
Distribuição dos domicílios particulares 
(%) 
Distribuição dos moradores em
domicílios particulares (%)
Total
Situação do domicílio
Total
Situação do domicílio
PNAD 2004
PNAD 2009
PNAD 2013
POF 2017-2018
Tabela 3 - Distribuição dos domicílios particulares e moradores em
domicílios particulares, por situação do domicílio, segundo a situação
de segurança alimentar existente no domicílio - Brasil - 2004/2018
Comentários dos resultados 31
Considerando os resultados obtidos pela POF 2017-2018, as Regiões Norte e 
Nordeste do Brasil apresentaram as menores proporções de domicílios particula-
res em SA (43,0% e 49,7%, respectivamente), de modo que menos da metade dos 
moradores destas regiões tiveram acesso pleno e regular aos alimentos, tanto 
quantitativamente como qualitativamente. Já nas Regiões Centro-Oeste (64,8%), 
Sudeste (68,8%) e Sul (79,3%), mais da metade dos seus domicílios encontravam-
-se em situação de SA. A proporção de IA leve foi observada em cerca de 1/3 dos 
domicílios particulares das Regiões Norte (31,8%) e Nordeste (29,8%), indicando 
um número elevado de moradores vivendo com a preocupação ou incerteza na 
manutenção do acesso aos alimentos, assumindo assim estratégias que acabam 
por comprometer a qualidade da dieta e a sustentabilidade alimentar da família. 
O Gráfi co 2 apresenta a distribuição da SA e IA para cada uma das cinco Grandes 
Regiões e revela cenários diferentes.
As proporções de IA moderada e grave também foram maiores nas Regiões 
Norte e Nordeste. A Região Norte teve cerca de cinco vezes mais domicílios convi-
vendo com a restrição severa de acesso aos alimentos, ou seja, com IA grave, quan-
do comparada com a Região Sul (10,2% contra 2,2%). As Regiões Norte, Nordeste e 
Centro-Oeste do Brasil foram as áreas com percentuais mais elevados de domicílios 
particulares onde a fome esteve presente, com prevalências de IA grave de 10,2%, 
7,1% e 4,7%, respectivamente.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 
2017-2018.
Gráfico 1 - Distribuição percentual dos domicílios particulares 
permanentes, por situação de segurança alimentar existente no 
domicílio, segundo a situação do domicílio - Brasil - período 2017-2018
Total RuralUrbana
%
63,3 64,9
53,6
24,0 23,5
27,2
8,1 7,5
12,2
4,6 4,1
7,1
Segurança alimentar Insegurança alimentar leve
Insegurança alimentar moderada Insegurança alimentar grave
20,0
10,0
0,0
60,0
50,0
40,0
30,0
80,0
90,0
70,0
100,0
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
32 Análise da segurança alimentar no Brasil
Em contraposição, a IA grave esteve presente em menos de 5% dos domicílios 
das Regiões Sudeste (2,9%) e Sul (2,2%). Essas informações revelam que as desi-
gualdades regionais de acesso aos alimentos verifi cadas nas PNADs de 2004, 2009 
e 2013 continuaram presentes na POF 2017-2018 e que o cenário de desigualdades 
regionais marcado pela presença da fome continua presente nessas regiões, como 
podemos ver na Tabela 5.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 
2017-2018.
Gráfico 2 - Distribuição percentual dos domicílios particulares 
permanentes, por situação de segurança alimentar existente no 
domicílio, segundo as Grandes Regiões - período 2017-2018
Norte Centro-OesteNordeste Sudeste Sul
%
Segurança alimentar Insegurança alimentar leve
Insegurança alimentar moderada Insegurança alimentar grave
43,0
49,7
68,8
79,3
64,8
31,8 29,8
22,5
15,3
23,2
15,0 13,4
5,8 3,2 7,3
10,2 7,1
2,9 2,2 4,7
20,0
10,0
0,0
60,0
50,0
40,0
30,0
80,0
90,0
70,0
100,0
Comentários dos resultados 33
Total Leve Moderada Grave
Brasil 52 158 33 929 18 205 9 409 5 172 3 624
Norte 3 593 1 920 1 673 765 485 423
Nordeste 13 369 6 204 7 158 3 054 2 337 1 767
Sudeste 23 238 16 948 6 282 3 773 1 569 940
Sul 8 176 6 256 1 916 1 141 471 304
Centro-Oeste 3 782 2 603 1 176 676 310 190
Brasil 59 322 41 411 17 911 11 088 3 863 2 959
Norte 4 242 2 544 1 698 917 390 391
Nordeste 15 387 8 291 7 096 3 820 1 841 1 435
Sudeste 26 181 20 093 6 088 4 248 1 078 762
Sul 9 112 7 413 1 699 1 206 300 193
Centro-Oeste 4 399 3 070 1 329 897 254 178
Brasil 65 258 50 524 14 734 9 643 2 985 2 107
Norte 4 769 3 049 1 720 1 031 369 321
Nordeste 17 096 10 588 6 508 4 038 1 520 949
Sudeste 28 396 24 288 4 108 2 886 687 535
Sul 9 997 8 507 1 489 1 053 248 188
Centro-Oeste 5 000 4 092 908 634 161 114
Brasil 68 862 43 587 25 275 16 541 5 598 3 136
Norte 4 997 2 151 2 846 1 589 749 508
Nordeste 17 849 8 864 8 985 5 318 2 391 1 276
Sudeste 30 053 20 682 9 371 6 774 1 733 864
Sul 10 626 8 431 2 195 1 621 338 237
Centro-Oeste 5 337 3 459 1 878 1 240 387 251
Tabela 4 - Domicílios particulares, por situação de segurança alimentar
existente no domicílio, segundo as Grandes Regiões - 2004/2018
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios 2004/2013 e Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018.
Grandes
Regiões
POF 2017-2018
PNAD 2013
PNAD 2009
PNAD 2004
Domicílios particulares (1 000 domicílios)
Total
Situação de segurança alimentar existente no domicílio
Com se-
gurança
alimentar
Com insegurança alimentar
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
34 Análise da segurança alimentar no Brasil
Total Leve Moderada Grave
Brasil 100,0 65,1 34,9 18,0 9,9 6,9
Norte 100,0 53,4 46,6 21,3 13,5 11,8
Nordeste 100,0 46,4 53,5 22,8 17,5 13,2
Sudeste 100,0 72,9 27,0 16,2 6,8 4,0
Sul 100,0 76,5 23,4 14,0 5,8 3,7
Centro-Oeste 100,0 68,8 31,1 17,9 8,2 5,0
Brasil 100,0 69,8 30,2 18,7 6,5 5,0
Norte 100,0 60,0 40,0 21,6 9,2 9,2
Nordeste 100,0 53,9 46,1 24,8 12,0 9,3
Sudeste 100,0 76,7 23,3 16,2 4,1 2,9
Sul 100,0 81,4 18,6 13,2 3,3 2,1
Centro-Oeste 100,0 69,8 30,2 20,4 5,8 4,0
Brasil 100,0 77,4 22,6 14,8 4,6 3,2
Norte 100,0 63,9 36,1 21,6 7,7 6,7
Nordeste 100,0 61,9 38,1 23,6 8,9 5,6
Sudeste 100,0 85,5 14,5 10,2 2,4 1,9
Sul 100,0 85,1 14,9 10,5 2,5 1,9
Centro-Oeste 100,0 81,8 18,2 12,7 3,2 2,3
Brasil 100,0 63,3 36,7 24,0 8,1 4,6
Norte 100,0 43,0 57,0 31,8 15,0 10,2
Nordeste 100,0 49,7 50,3 29,8 13,4 7,1
Sudeste 100,0 68,8 31,2 22,5 5,8 2,9
Sul 100,0 79,3 20,7 15,3 3,2 2,2
Centro-Oeste 100,0 64,8 35,2 23,2 7,3 4,7
Tabela 5 - Distribuição dos domicílios particulares, por situação de segurança
alimentar existente no domicílio, segundo as Grandes Regiões - 2004/2018
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios 2004/2013 e Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018.
POF 2017-2018
PNAD 2013
PNAD 2009
PNAD 2004
Grandes
Regiões
Distribuição dos domicílios particulares (%)
Total
Situação de segurança alimentar existente no domicílio
Com se-
gurança
alimentar
Com insegurança alimentar
Comentários dos resultados 35
Analisando as modifi cações ocorridas no Brasil entre os anos de 2004 e 2018, 
observou-se que, após a tendência de aumento da SA entre os anos de 2004, 2009 
e 2013, os resultados obtidos pela POF 2017-2018 foram marcados pela redução na 
prevalência de domicílios particulares brasileiros que tinham acesso a alimentação 
de seus moradores de forma adequada (quantitativamente e qualitativamente), como 
pode ser visto no Gráfi co 3. Na POF 2017-2018, 63,3% dos domicílios no País garanti-
ram o acesso a alimentação adequada, proporção inferior ao valor de 2004 (65,1%), 
época da 1a avaliação da SAN no Brasil, e 18,2% inferior a 2013. De forma inversa, 
observa-se aumento de forma expressiva de todas osgraus associados à situação de 
IA, que vinham num cenário de redução. 
Comparando com 2013, a IA leve passou para 24,0%, o que corresponde a um 
aumento de 62,2%. Em relação a 2004, observa-se aumento de 33,3% da forma mais 
branda da IA. Nos últimos cinco anos, entre 2013 e 2018, houve aumento das pre-
valências dos graus mais severos de IA no cenário nacional, tanto da IA moderada 
(76,1%) como a IA grave (43,7%).
As mesmas modifi cações das prevalências no tempo, observadas para o País 
como um todo, também aparecem nas análises por área urbana e rural. Entretanto, 
cabe pontuar que diferenças marcantes surgem nas prevalências de IA, indepen-
dentemente de seus níveis de manifestação. Essas diferenças no período de análise 
são maiores para os domicílios localizados nas áreas rurais, comparativamente aos 
localizados em áreas urbanas, e, com os resultados da POF 2017-2018, é possível 
constatar a manutenção deste padrão histórico. Os Gráfi cos 4 e 5 permitem avaliar 
o comportamento das prevalências no tempo, segundo a situação dos domicílios.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios 2004/2013 e Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018.
Gráfico 3 - Evolução da prevalência de segurança alimentar e 
insegurança alimentar leve, moderada e grave nos domicílios 
particulares - Brasil - 2004/2018
Segurança alimentar Insegurança 
alimentar leve
Insegurança 
alimentar moderada
Insegurança 
alimentar grave
%
PNAD 2004 PNAD 2009 PNAD 2013 POF 2017-2018
65,1
18,0
9,9
6,9
69,8
18,7
6,5 5,0
77,4
14,8
4,6 3,2
63,3
24,0
8,1
4,6
20,0
10,0
0,0
60,0
50,0
40,0
30,0
80,0
90,0
70,0
100,0
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
36 Análise da segurança alimentar no Brasil
O Gráfi co 6 apresenta a evolução das prevalências de SA e IA, esta última con-
siderando ainda seus três níveis, com base nos resultados dos diferentes anos de 
levantamentos, segundo as Grandes Regiões do País. Como observado no âmbito 
nacional, verifi ca-se claramente a diminuição da proporção dos domicílios em situação 
de SA existente, independente da região, quando se compara os resultados da POF 
2017-2018 e os resultados do levantamento anterior da PNAD 2013.
Historicamente, as Regiões Norte e Nordeste continuam apresentando as 
menores proporções de domicílios com SA, enquanto as Regiões Sul e Sudeste têm 
apresentado as maiores prevalências no tempo. 
No que se refere a situação de IA existente nos domicílios, quando o foco é a sua 
manifestação mais intensa, a IA grave, observa-se que ela está presente ao longo da 
série histórica em maior frequência nas Regiões Norte e Nordeste. Em contrapartida, 
nas Regiões Sul e Sudeste, no mesmo período, esta prevalência não chegou a 5%.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios 2004/2013 e Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018.
Gráfico 4 - Evolução da prevalência de segurança alimentar e 
insegurança alimentar leve, moderada e grave nos domicílios 
particulares em situação urbana - Brasil - 2004/2018
Segurança alimentar Insegurança 
alimentar leve
Insegurança 
alimentar moderada
Insegurança 
alimentar grave
%
PNAD 2004 PNAD 2009 PNAD 2013 POF 2017-2018
66,7
17,6
9,2 6,5
70,7
18,5
6,1 4,6
79,5
13,7
3,9 2,8
64,9
23,5
7,5 4,1
20,0
10,0
0,0
60,0
50,0
40,0
30,0
80,0
90,0
70,0
100,0
Insegurança 
alimentar grave
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios 2004/2013 e Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018.
Gráfico 5 - Evolução da prevalência de segurança alimentar e 
insegurança alimentar leve, moderada e grave nos domicílios 
particulares em situação rural - Brasil - 2004/2018
Segurança alimentar Insegurança 
alimentar leve
Insegurança 
alimentar moderada
%
PNAD 2004 PNAD 2009 PNAD 2013 POF 2017-2018
56,2
20,2
13,9
9,6
64,8
19,5
8,5 7,1
64,7
21,4
8,4 5,5
53,6
27,2
12,2
7,1
20,0
10,0
0,0
60,0
50,0
40,0
30,0
80,0
90,0
70,0
100,0
Comentários dos resultados 37
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios 2004/2013 e Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018.
Gráfico 6 - Prevalência de segurança alimentar e insegurança 
alimentar leve, moderada e grave nos domicílios particulares, 
por Grandes Regiões - 2004/2018
Segurança alimentar Insegurança 
alimentar leve
Insegurança 
alimentar moderada
Insegurança 
alimentar grave
%
PNAD 2004 PNAD 2009 PNAD 2013 POF 2017-2018
Norte
53,4
21,3
13,5 11,8
60,0
21,6
9,2 9,2
63,9
21,6
7,7 6,7
43,0
31,8
15,0 10,2
Segurança alimentar Insegurança 
alimentar leve
Insegurança 
alimentar moderada
Insegurança 
alimentar grave
% Nordeste
46,4
22,8 17,5 13,2
53,9
24,8
12,0 9,3
61,9
23,6
8,9 5,6
49,7
29,8
13,4
7,1
Segurança alimentar Insegurança 
alimentar leve
Insegurança 
alimentar moderada
Insegurança 
alimentar grave
% Sudeste
72,9
16,2
6,8 4,0
76,7
16,2
4,1 2,9
85,5
10,2
2,4 1,9
68,8
22,5
5,8 2,9
Segurança alimentar Insegurança 
alimentar leve
Insegurança 
alimentar moderada
Insegurança 
alimentar grave
% Sul
76,5
14,0
5,8 3,7
81,4
13,2
3,3 2,1
85,1
10,5
2,5 1,9
79,3
15,3
3,2 2,2
Segurança alimentar Insegurança 
alimentar leve
Insegurança 
alimentar moderada
Insegurança 
alimentar grave
% Centro-Oeste
68,8
17,9
8,2 5,0
69,8
20,4
5,8 4,0
81,8
12,7
3,2 2,3
64,8
23,2
7,3 4,7
20,0
10,0
0,0
60,0
50,0
40,0
30,0
80,0
90,0
70,0
100,0
20,0
10,0
0,0
60,0
50,0
40,0
30,0
80,0
90,0
70,0
100,0
20,0
10,0
0,0
60,0
50,0
40,0
30,0
80,0
90,0
70,0
100,0
20,0
10,0
0,0
60,0
50,0
40,0
30,0
80,0
90,0
70,0
100,0
20,0
10,0
0,0
60,0
50,0
40,0
30,0
80,0
90,0
70,0
100,0
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
38 Análise da segurança alimentar no Brasil
Caraterísticas dos domicílios
A Tabela 6 apresenta a distribuição dos domicílios segundo a situação de SA e IA leve, mo-
derada e grave, levando em conta algumas características dos domicílios e dos moradores.
Quando consideramos o abastecimento de água (87,4% com Rede geral de dis-
tribuição), o esgotamento sanitário (69,3% Rede geral, pluvial ou fossa ligada a rede) 
e o destino do lixo (86,3% coletado), os domicílios com SA apresentaram percentuais 
pouco acima do total Brasil, com destaque para o caso da Rede geral, pluvial ou fossa 
ligada a rede no esgotamento sanitário com 6 pontos percentuais acima do registrado 
para o total do País (63,2%).
Por outro lado, quando são observados os resultados para os domicílios com 
IA moderada ou IA grave, o percentual dos domicílios com Rede geral de distribuição 
água (76,8% e 76,3%, respectivamente) são signifi cativamente menores que o per-
centual para o Brasil (84,9%).
No caso do esgotamento sanitário as diferenças são ainda maiores. A existência 
de Rede geral, pluvial ou fossa ligada a rede está em menos da metade dos domicílios 
em IA moderada (47,8%) e IA grave (43,4%). Em ambos os casos, a existência de Fossa 
não ligada a rede é bastante relevante (cerca de 43%). 
O uso de combustível para a preparação dos alimentos não apresentou diferen-
ças signifi cativas nas prevalências de SA ou IA com relação ao uso de Gás de botijão 
ou encanado. No entanto, o uso de Lenha ou carvão foi mais frequente nos domicílios 
com IA moderada (30,0%) e IA grave (33,4%), o que pode estar indicando que o uso 
dessa alternativa por razões de custo.
Quanto ao uso de Energia elétrica como combustível para a preparação dos 
alimentos, quanto maior o grau observado para IA menor o uso, sendo 60,9% nos 
domicílios em SA e 33,5% nos domicílios com IA grave.
A POF 2017-1018 revela que o sexo da pessoa de referência do domicílio tem 
forte relação com o acesso aos alimentos. Assim, nos domicílios classifi cados como 
em situação de SA, 61,4% deles tem os homens como pessoa de referência, sendo 
de apenas 38,6%a frequência de mulheres nesta condição. Essa relação, no entanto, 
vai se invertendo na medida que se passa da situação de SA para os diferentes níveis 
da IA, indicando maior vulnerabilidade a baixo acesso aos alimentos nos domicílios 
onde a mulher é a pessoa de referência (51,9%). 
Quando o foco de comparação muda para a cor ou raça da pessoa de re-
ferência, aqueles domicílios cuja pessoa de referência se declarou parda são os 
que apresentaram os maiores percentuais em todos os níveis de IA. Enquanto 
nos domicílios com SA eles representaram 36,9%, em todos os níveis de IA os 
percentuais de domicílios com pessoa de referência parda fi caram acima de 50% 
(50,7% para IA leve, 56,6% para IA moderada e 58,1% para IA grave). As diferenças 
na distribuição de frequência de pessoas de referência autodeclaradas pretas nos 
domicílios classifi cados em SA/IA grave também são signifi cativas, em torno de 
5,8 pontos percentuais.
Com relação à composição dos domicílios, quando se observa a correlação 
entre o total de moradores e a condição do domicílio quanto à SA ou IA, nota-
-se uma relação inversa existente entre esta variável e a prevalência associada. 
Para os domicílios em condição de SA, 72,5% apresentaram até três moradores. 
Comentários dos resultados 39
Em contrapartida, esse percentual foi de 61,2% para os domicílios em IA grave. 
Registra-se, portanto, uma diferença marcante de 11,3 pontos percentuais entre 
estas duas condições extremas.
Total Leve Moderada Grave
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Abastecimento de água
Rede geral de distribuição 84,9 87,4 80,6 82,6 76,8 76,3
Outra forma 15,1 12,6 19,4 17,4 23,2 23,7
Esgotamento sanitário
Rede geral, pluvial ou fossa ligada à rede 63,2 69,3 52,8 56,3 47,8 43,4
Fossa não ligada à rede 32,4 28,1 39,7 37,8 43,4 43,7
Outra forma 3,5 2,3 5,7 4,8 6,4 9,5
Não tinham 0,9 0,3 1,8 1,1 2,4 3,4
Destino do lixo
Coletado diretamente por serviço de limpeza 83,6 86,3 78,9 81,3 75,4 72,3
Outro 16,4 13,7 21,1 18,7 24,6 27,7
Combustível para preparar alimentos
Gás de botijão ou encanado
Sim 97,6 98,0 96,9 97,9 96,0 93,0
Não 2,4 2,0 3,1 2,1 4,0 7,0
Lenha ou carvão
Sim 19,8 16,9 24,8 21,3 30,0 33,4
Não 80,2 83,1 75,2 78,7 70,0 66,6
Energia elétrica
Sim 55,1 60,9 45,1 49,6 38,4 33,5
Não 44,9 39,1 54,9 50,4 61,6 66,5
Sexo da pessoa de referência
Homem 58,2 61,4 52,6 54,4 50,1 48,1
Mulher 41,8 38,6 47,4 45,6 49,9 51,9
Cor ou raça da pessoa de referência
Branca 44,1 51,5 31,3 34,2 26,5 24,7
Preta 11,8 10,0 14,7 14,2 15,7 15,8
Parda 42,8 36,9 52,9 50,7 56,6 58,1
Amarela e indígena 1,4 1,6 1,1 1,0 1,2 1,4
Moradores
Até 3 moradores 67,4 72,5 58,5 57,3 60,5 61,2
4 a 6 moradores 30,3 26,3 37,3 39,1 34,5 32,4
7 moradores ou mais 2,3 1,1 4,3 3,6 5,0 6,4
Tabela 6 - Distribuição dos domicílios particulares permanentes, por situação de
segurança alimentar existente no domicílio, segundo características selecionadas
- Brasil - 2017-2018
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 
2017-2018.
Características
selecionadas
Distribuição dos domicílios particulares permanentes (%)
Total
Situação de segurança alimentar existente no domicílio
Com se-
gurança
alimentar
Com insegurança alimentar
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
40 Análise da segurança alimentar no Brasil
A distribuição da população residente nos domicílios, segundo a situação de 
SA ou IA existente no domicílio, também constitui importante fonte de avaliação. Os 
resultados trazidos pela POF 2017-2018 mostram que 5,1% da população de 0 a 4 anos 
de idade e 7,3% da população de 5 a 17 anos de idade conviviam com IA grave, no 
entanto, na população de 65 anos ou mais de idade esta proporção foi 2,7%. Logo, 
considerando a distribuição dos moradores por grupos de idade, segundo a situação 
de SA existente no domicílio, observou-se maior vulnerabilidade à restrição alimentar 
nos domicílios onde residiam crianças e/ou adolescentes. À medida que aumentava a 
idade, aumentavam, também, as proporções daqueles que viviam em domicílios em 
SA e diminuíam, consequentemente, as proporções dos moradores em IA, nos seus 
diversos níveis. Este comportamento pode ser verifi cado no Gráfi co 7.
A prevalência de IA moderada ou grave foi maior naqueles domicílios cuja pes-
soa de referência era mulher, alcançando a proporção de 15,3%. Para domicílios onde 
a pessoa de referência era um homem, a proporção observada foi de 10,8%, sendo, 
portanto, menor. Esse comportamento que aponta uma desigualdade provocada pelas 
diferenças quanto ao sexo da pessoa de referência também foi observado nos resul-
tados da PNAD 2013 (Gráfi co 8). Como já mencionado neste texto, houve diminuição 
na prevalência de SA nos domicílios e, em contrapartida, um aumento nos níveis de 
IA, fato que se observa ter ocorrido independente do sexo da pessoa de referência, 
como pode ser constatado também pelo Gráfi co 8. Destaca-se neste contexto que o 
impacto do aumento dos níveis de IA foram mais intensos para os domicílios onde 
as mulheres eram a pessoa de referência. 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 
2017-2018.
Gráfico 7 - Distribuição percentual dos moradores em domicílios 
particulares, por situação de segurança alimentar existente no 
domicílio, segundo os grupos de idade - Brasil - período 2017-2018
65 anos ou mais0 a 4 anos 5 a 17 anos 18 a 49 anos 50 a 64 anos
%
Segurança alimentar Insegurança alimentar leve
Insegurança alimentar moderada Insegurança alimentar grave
50,0 49,4
58,8
65,3
72,7
34,2 32,3
27,7
22,1
18,3
10,6 11,1
8,8 8,2 6,35,1 7,3 4,7 4,3 2,7
20,0
10,0
0,0
60,0
50,0
40,0
30,0
80,0
90,0
70,0
100,0
Comentários dos resultados 41
A Tabela 7 apresenta o impacto da presença de pelo menos um morador com 
menos de cinco anos de idade e a presença de pelo menos um morador com 60 anos ou 
mais de idade. Observando as informações contidas na tabela, nota-se que, em todos 
os levantamentos realizados, a presença de moradores com 60 anos ou mais de idade 
esteve associada às prevalências maiores de SA. Por outro lado, a presença de menores 
de cinco anos de idade esteve associada às menores prevalências de SA e à maiores de 
IA, independentemente do nível que se queira comparar. Outro destaque desta tabela se 
refere a redução da SA mais acentuada em 2017-2018 entre os domicílios com a presença 
de ao menos um morador com idade inferior a cinco anos, sendo a proporção em 2017-
2018 inferior à de 2004 (51,4% e 52,6%, respectivamente). 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílio 2013 e Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018.
Gráfico 8 - Prevalência de segurança alimentar e de insegurança 
alimentar moderada ou grave, em domicílios particulares, segundo 
o sexo da pessoa de referência - Brasil - 2013/2018
MulherHomem Mulher Homem
%
Segurança alimentar Insegurança alimentar moderada ou grave
POF 2017-2018PNAD 2013
79,1
74,6
66,8
58,5
6,9 9,3 10,8
15,320,0
10,0
0,0
60,0
50,0
40,0
30,0
80,0
90,0
70,0
100,0
PNAD 2004 PNAD 2009 PNAD 2013 POF 2017-2018
Total 100,0 100,0 100,0 100,0
Com segurança alimentar 52,6 58,8 67,6 51,4
Com IA leve 25,0 25,8 22,6 33,9
Com IA moderada 13,3 9,0 5,8 9,9
Com IA grave 9,1 6,4 4,0 4,8
Com segurança alimentar 69,5 74,5 80,8 69,7
Com IA leve 14,9 15,6 12,1 19,8
Com IA moderada 9,5 5,8 4,3 6,9
Com IA grave 6,1 4,1 2,8 3,6
Nota: IA - Insegurança alimentar.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios 2004/2013 e Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018.
Situação de segurança alimentar
existente no domicílio
Distribuição dos domicílios, por condição de presença dos moradores (%)
Tabela 7 - Distribuição dos domicílios particulares, por condição de presença
dos moradores, segundo a situação de segurançaalimentar existente no
domicílio - Brasil - 2004/2018
Com morador menor de 5 anos
Com morador de 60 anos ou mais
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
42 Análise da segurança alimentar no Brasil
Despesas monetárias e não monetárias
Na Tabela 8 são apresentadas e discutidas as despesas monetárias e não monetárias 
por situação de SA e IA em seus diferentes níveis, segundo os grupos de despesa 
de consumo. As despesas médias mensais domiciliares segundo os grupos de 
despesas de consumo variaram de acordo com os níveis de IA. A maior despesa 
média mensal foi com Habitação e, a menor, com o grupo Educação, para todas 
as categorias de classifi cação das condições de acesso dos moradores dos domi-
cílios aos alimentos. A segunda maior despesa mensal nos domicílios em SA foi 
com Transporte (R$ 859,17). Em contrapartida, nos domicílios particulares em IA 
moderada e IA grave, a segunda maior despesa média mensal foi com Alimen-
tação (R$ 475,72 e R$ 420,96, respectivamente). Nos domicílios cujos moradores 
não tiveram difi culdades em garantir o acesso a alimentação adequada, ou seja, 
em SA, a despesa monetária e não monetária média mensal com Alimentação foi 
de R$ 730,57.
Os domicílios localizados na área urbana do País tiveram gastos médios mensais 
semelhantes à média dos gastos em âmbito nacional. A diferença observada foi no 
valor dos gastos em reais, que foram maiores independentemente da classifi cação 
de SA ou IA domiciliar. Assim, o gasto médio mensal com o grupo Transporte em 
domicílios particulares em situação de SA na área urbana foi de R$ 896,98 enquanto, 
no Brasil como um todo, esse gasto foi no valor de R$ 859,17. 
Na área rural do País, foram percebidas diferenças importantes com relação 
as despesas médias mensais de consumo efetuadas entre as categorias avaliadas 
quando comparamos com as despesas dos domicílios localizados na área urbana. 
Conforme a maior gravidade da IA, as despesas com todos os grupos avaliados 
foram menores nos domicílios da área rural. Algumas destas diferenças foram 
expressivamente maiores e se acentuaram conforme a severidade da IA. Nesse 
sentido, destacamos a despesa média mensal com Alimentação e Educação dos 
domicílios particulares situados na área rural comparados àqueles na área urba-
na. Para as despesas com Alimentação, domicílios localizados em área rural e em 
situação de SA gastavam, em média, 28,7% menos do que os domicílios na área 
urbana (R$ 538,82 contra R$ 755,92); essa diferença foi expressivamente menor 
quando comparamos os domicílios com IA grave das duas situações de domicí-
lios, uma vez que o valor foi 1,7% menor (R$ 415,25 contra R$ 422,53). Já para as 
despesas com Educação, esse grupo apresentou maior diferença para a despesa 
média mensal com relação às situações rural e urbana do País, se comparado ao 
caso da Alimentação, de tal modo que para domicílios particulares em SA a des-
pesa média mensal familiar na área urbana foi mais que o triplo da observada na 
área rural (R$ 239,33 contra R$ 63,94). A mesma comparação, observando agora 
os domicílios com IA grave, indica que a diferença nas despesas com Educação 
é também signifi cativa, apesar da menor magnitude, uma vez que as famílias na 
área rural gastam pouco menos da metade daquelas que vivem na área urbana 
(R$ 23,91 contra R$ 53,78).
Outra forma de avaliar as diferenças observadas entre o percentual gasto com 
o consumo médio mensal domiciliar por classifi cação SA ou IA domiciliar, encontra-
-se representada no Gráfi co 9. 
Comentários dos resultados 43
Leve Moderada Grave
Despesa de consumo 3 768,53 4 484,96 2 814,96 2 110,76 1 799,90
Alimentação 658,79 730,57 576,68 475,72 420,96
Habitação 1 378,90 1 640,08 1 017,60 800,04 687,76
Vestuário, higiene e cuidados pessoais 297,30 330,39 263,95 206,62 175,16
Transporte 680,49 859,17 433,94 268,72 232,48
Assistência à saúde 302,46 367,96 208,40 164,52 134,48
Educação 175,66 218,86 120,74 73,54 47,34
Despesas diversas 274,93 337,93 193,65 121,61 101,73
Despesa de consumo 4 026,09 4 739,04 2 989,53 2 268,97 1 924,68
Alimentação 681,79 755,92 587,28 480,03 422,53
Habitação 1 492,84 1 751,52 1 101,07 889,18 758,15
Vestuário, higiene e cuidados pessoais 312,98 345,30 276,72 218,44 183,87
Transporte 720,46 896,98 455,88 283,54 248,64
Assistência à saúde 323,34 388,14 222,04 179,57 143,82
Educação 195,71 239,33 135,70 84,94 53,78
Despesas diversas 298,97 361,85 210,85 133,27 113,88
Despesa de consumo 2 159,19 2 562,64 1 870,87 1 501,92 1 345,73
Alimentação 515,05 538,82 519,33 459,11 415,25
Habitação 666,95 796,98 566,19 457,01 431,53
Vestuário, higiene e cuidados pessoais 199,32 217,65 194,87 161,12 143,47
Transporte 430,70 573,10 315,30 211,68 173,64
Assistência à saúde 172,01 215,30 134,66 106,60 100,50
Educação 50,38 63,94 39,85 29,67 23,91
Despesas diversas 124,77 156,86 100,66 76,75 57,44
Nota : Referente às unidades de consumo principal dos domicílios. 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 
2017-2018.
Tabela 8 - Despesa de consumo monetária e não monetária média mensal familiar,
por situação de segurança alimentar existente no domicílio, segundo a situação do
domicílio e grupos de despesa - período 2017-2018
Rural
Urbana
Brasil
Grupos de despesa
de consumo
Despesa de consumo monetária e não
monetária média mensal familiar (R$)
Total
Situação de segurança alimentar existente no domicílio
Com se-
gurança
alimentar
Com insegurança alimentar
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
44 Análise da segurança alimentar no Brasil
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 
2017-2018.
Gráfico 9 - Participação percentual das despesas selecionadas, no total 
das despesas de consumo, por situação do domicílio e situação de 
segurança alimentar existente no domicílio - Brasil - período 2017-2018
Segurança alimentar Insegurança alimentar leve
Insegurança alimentar moderada Insegurança alimentar grave
% Total
Alimentação Habitação Transporte Assistência à saúde Educação
16,3
36,6
19,2
8,2
4,9
20,5
36,1
15,4
7,4
4,3
22,5
37,9
12,7
7,8
3,5
23,4
38,2
12,9
7,5
2,6
20,0
10,0
0,0
60,0
50,0
40,0
30,0
80,0
90,0
70,0
100,0
% Urbana
Alimentação Habitação Transporte Assistência à saúde Educação
16,0
37,0
18,9
8,2
5,1
19,6
36,8
15,2
7,4 4,5
21,2
39,2
12,5
7,9
3,7
22,0
39,4
12,9
7,5
2,8
20,0
10,0
0,0
60,0
50,0
40,0
30,0
80,0
90,0
70,0
100,0
% Rural
Alimentação Habitação Transporte Assistência à saúde Educação
21,0
31,1
22,4
8,4
2,5
27,8 30,3
16,9
7,2
2,1
30,6 30,4
14,1
7,1
2,0
30,9 32,1
12,9
7,5
1,8
20,0
10,0
0,0
60,0
50,0
40,0
30,0
80,0
90,0
70,0
100,0
Comentários dos resultados 45
É possível observar que a participação percentual das despesas com Alimentação 
foi maior, conforme aumentaram os níveis de severidade de IA. Assim, em domicílios 
particulares em situação de SA, o percentual mensal das despesas com Alimentação 
foi de 16,3% em relação às despesas totais de consumo. Nos domicílios identifi cados 
com IA leve, esse percentual foi de 20,5%, nos domicílios em IA moderada de 22,5% 
e nos domicílios em IA grave de 23,4%. Para o grupo Habitação, maior despesa mé-
dia mensal entre os domicílios particulares do Brasil, as participações percentuais 
foram ligeiramente crescentes em relação aos níveis progressivos de severidade 
da IA. Assim, o percentual gasto com Habitação, em relação ao total das despesas 
de consumo, nos domicílios em SA foi de 36,6% e nos domicílios em situação de IA 
grave foi de 38,2%. Já os gastos percentuais com Educação apresentaram um padrão 
descendente, conforme as classifi cações da SA ou IA no domicílio. Portanto, enquanto 
domicílios em SA apresentaram despesas com o grupo Educação na ordem de 4,9% 
do total das despesasde consumo, aqueles em situação de IA leve foram de 4,3%, 
em IA moderada, 3,5%, e em IA grave, 2,6%.
A Tabela 9 evidencia as despesas monetária e não monetária média mensal 
familiar, de acordo com alguns grupos de alimentos e segundo os níveis de SA e IA.
As despesas com alimentação, segundo os dados já divulgados da Pesquisa 
de Orçamentos Familiares 2017-2018: primeiros resultados, somaram-se em 14,2% da 
despesa total e 17,5% das despesas de consumo realizadas pelas famílias brasileiras. 
Ao avaliar essas despesas, percebe-se que a maioria dos gastos entre os grupos de 
alimentos diminui conforme aumenta os níveis de IA. As diferenças mais expressivas 
foram encontradas no grupo das Frutas, Carnes, vísceras e pescados e Leites e deri-
vados. Por exemplo, o gasto médio mensal familiar com Carnes, vísceras e pescados 
em domicílios em condição de SA foi de R$ 94,98. Em contrapartida, nas famílias em 
situação de IA grave, ou seja, em domicílios onde há privação no consumo de alimentos, 
podendo chegar à fome, a despesa monetária e não monetária mensal média foi de 
R$ 65,12. As Carnes, vísceras e pescados são alimentos que tem importante participação 
nas despesas com Alimentação no domicílio, como pode ser observado pela ordem de 
grandeza desta despesa em relação as demais despesas selecionadas para a Tabela 9.
No sentido inverso, encontram-se os grupos dos alimentos Cereais, leguminosas 
e oleaginosas, grupo que contém o arroz e o feijão, e Aves e ovos. Nestes grupos, as 
despesas monetárias e não monetárias médias mensais para consumo no domicílio 
foram maiores nos domicílios em situação de IA. A diferença mais expressiva foi ob-
servada para o produto arroz, onde, por exemplo, o gasto médio mensal dos domicílios 
em SA foi de R$ 11,32 e nos domicílios em IA grave foi de R$ 15,01. 
Destaca-se ainda a diferença entre despesas médias mensais para consumo no 
domicílio de Alimentos preparados. Para os domicílios onde não foram identifi cadas 
restrições quando ao acesso a alimentos em quantidade e variedade, a despesa média 
mensal familiar com este tipo de alimento foi de R$ 17,92. Já para aqueles domicílios 
cuja situação de restrição foi extrema, estas despesas foram de apenas R$ 5,59. 
A desigualdade que se apresenta quando comparamos os domicílios nas duas 
extremidades da condição de SA também é evidenciada quando são observadas as 
despesas médias mensais com Alimentação fora do domicílio, sendo para aqueles 
domicílios em SA no valor de R$ 250,64 contra R$ 123,69 para aqueles em IA grave. 
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
46 Análise da segurança alimentar no Brasil
A Tabela 10 apresenta os valores das despesas médias mensais familiares com 
os grupos e tipos de alimentos selecionados, segundo a situação urbano e rural e 
ainda considerando as classifi cações em SA e IA e respectivos níveis.
O comportamento observado no Brasil, anteriormente discutido, também se 
refl ete quando são analisadas as despesas segundo a situação de localização do 
domicílio, área urbana ou rural. Todavia, algumas importantes diferenças devem ser 
apontadas, como é o caso da importância das despesas com o grupo de Cereais, 
leguminosas e oleaginosas para os domicílios na condição de IA grave situados em 
área rural. Para estas famílias, a despesa monetária e não monetária média mensal 
com este grupo foi de R$ 32,63. Para os domicílios nas mesmas condições, porém 
situados em área urbana, esse mesmo tipo de despesa foi de R$ 22,16. Ademais, para 
os domicílios onde não foi identifi cada situação de privação quanto ao acesso regular 
Leve Moderada Grave
 Alimentação no domicílio 442,64 479,93 403,61 348,98 297,27
Cereais, leguminosas e oleaginosas 22,24 20,95 24,14 25,43 24,42
Arroz 12,79 11,32 15,24 15,79 15,01
Feijão 5,92 5,33 6,53 7,75 7,65
Farinhas, féculas e massas 15,92 15,81 15,84 17,30 15,52
Açúcares e derivados 19,93 22,63 16,25 15,02 10,46
Legumes e verduras 16,07 18,25 13,42 10,90 8,93
Frutas 23,10 27,43 17,81 12,42 9,93
Carnes, vísceras e pescados 89,48 94,98 84,27 75,63 65,12
Aves e ovos 33,60 32,47 35,13 38,00 33,48
Leites e derivados 46,95 53,30 40,99 29,34 21,69
Panificados 45,38 48,08 44,12 35,97 31,24
Biscoito 11,91 12,29 12,37 9,73 7,97
Óleos e gorduras 7,41 7,94 6,71 6,34 5,53
Refrigerantes 12,06 13,87 10,23 6,99 5,58
Café moído 9,92 9,87 10,03 10,36 9,37
Cervejas e chopes 10,03 12,61 6,63 4,35 2,24
Sal e condimentos 10,20 11,11 9,41 7,86 5,84
Alimentos preparados 14,91 17,92 11,38 7,19 5,59
Alimentação fora do domicílio 216,15 250,64 173,06 126,74 123,69
Almoço e jantar 146,09 176,80 103,27 74,04 73,76
Sanduíches e salgados 18,29 20,51 16,90 10,32 9,03
Nota : Referente às unidades de consumo principal dos domicílios. 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 
2017-2018.
Tabela 9 - Despesa monetária e não monetária média mensal familiar com
alimentação, por situação de segurança alimentar existente no domicílio,
segundo os tipos de despesas selecionadas - Brasil - período 2017-2018
Tipos de despesas
selecionadas
Despesa monetária e não monetária média
mensal familiar com alimentação (R$)
Total
Situação de segurança alimentar existente no domicílio
Com se-
gurança
alimentar
Com insegurança alimentar
Comentários dos resultados 47
a alimentos, em quantidade e variedade, as despesas médias mensais com esse grupo 
foram menores, independentemente da situação urbana ou rural.
Leve
Mode-
rada
Grave Leve
Mode-
rada
Grave
 Alimentação no domicílio 450,79 489,49 405,59 346,32 290,32 391,69 407,62 392,93 359,22 322,55
Cereais, leguminosas e oleaginosas 20,74 20,01 21,79 23,05 22,16 31,59 28,08 36,88 34,61 32,63
Arroz 11,67 10,51 13,57 14,44 13,92 19,82 17,40 24,27 20,97 18,98
Feijão 5,50 5,08 5,95 6,97 6,78 8,57 7,24 9,64 10,75 10,81
Farinhas, féculas e massas 15,16 15,34 14,86 15,70 13,10 20,70 19,39 21,10 23,49 24,34
Açúcares e derivados 20,32 23,03 16,26 15,32 9,95 17,50 19,65 16,24 13,87 12,30
Legumes e verduras 16,22 18,32 13,39 10,99 8,97 15,10 17,72 13,62 10,55 8,78
Frutas 24,14 28,45 18,33 12,67 10,30 16,62 19,72 14,96 11,42 8,58
Carnes, vísceras e pescados 89,50 95,91 83,14 71,04 58,63 89,33 87,97 90,40 93,30 88,73
Aves e ovos 32,13 31,41 33,26 35,71 30,48 42,83 40,50 45,23 46,82 44,40
Leites e derivados 49,26 55,43 42,63 30,89 23,39 32,57 37,17 32,09 23,39 15,49
Panificados 47,86 50,36 46,42 38,55 33,63 29,89 30,83 31,68 26,02 22,56
Biscoito 11,93 12,47 12,08 9,22 7,60 11,73 10,94 13,95 11,67 9,31
Óleos e gorduras 7,36 7,99 6,45 5,82 5,34 7,72 7,58 8,13 8,33 6,19
Refrigerantes 12,89 14,57 11,09 7,76 6,16 6,86 8,61 5,59 3,99 3,50
Café moído 9,60 9,73 9,34 9,77 8,80 11,94 10,92 13,77 12,60 11,43
Cervejas e chopes 10,83 13,35 7,32 4,57 2,65 5,05 7,02 2,95 3,53 ,77
Sal e condimentos 10,46 11,29 9,63 8,34 6,02 8,56 9,75 8,23 6,03 5,18
Alimentos preparados 16,63 19,58 12,89 8,41 6,56 4,18 5,32 3,25 2,48 2,07
Alimentação fora do domicílio 231,0 266,43 181,69 133,71 132,21 123,35 131,20 126,41 99,89 92,70
Almoço e jantar 158,11 189,76 109,49 79,29 80,97 71,01 78,72 69,63 53,85 47,51
Sanduíches e salgados 19,74 21,82 18,38 11,23 10,35 9,21 10,58 8,90 6,81 4,22
Nota : Referente às unidades de consumo principal dos domicílios. 
Com insegurança 
alimentar
Com
segu-
rança
ali-
mentar
Com insegurança 
alimentar
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos 
Familiares 2017-2018.
Tabela 10 - Despesa monetária e não monetária média mensal familiar com alimentação,
por situação do domicílio e situação de segurança alimentar existente no domicílio,
segundo os tipos de despesas selecionadas - Brasil - período 2017-2018
Tipos de despesas
selecionadas
Despesa monetária e não monetáriamédia mensal familiar
com alimentação por situação do domicílio (R$)
Urbana Rural
Total
Situação de segurança
alimentar existente no
domicílio
Total
Situação de segurança
alimentar existente no
domicílio
Com
segu-
rança
ali-
mentar
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
48 Análise da segurança alimentar no Brasil
Aquisição alimentar domiciliar per capita
A Tabela 11 apresenta os resultados da aquisição alimentar domiciliar per capita anual 
(em kg) segundo alguns grupos de alimentos selecionados, separados conforme a 
condição do domicílio em relação à SA ou IA. 
Ao avaliar os níveis de IA, observa-se uma tendência na redução da aquisição per 
capita anual da maioria dos grupos de alimentos selecionados, quando comparadas 
com a aquisição de domicílios classifi cados em SA. Assim, observou-se que quanto 
maior a gravidade da IA, menor aquisição de Hortaliças, Frutas, Panifi cados, Carnes, 
Aves e ovos, Laticínios, Açúcares, doces e produtos de confeitaria, Sais e condimen-
tos, Óleos e gorduras, Bebidas e infusões e Alimentos preparados e misturas indus-
triais. Para esses grupos, famílias com IA grave tiveram aquisição per capita anual 
expressivamente menor. Entretanto, o aumento da IA refl etiu diretamente apenas na 
aquisição de três grupos de alimentos específi cos: (i) os Cereais e leguminosas, (ii) as 
Farinhas, féculas e massas, e (iii) os Pescados. Para esses alimentos, a aquisição per 
capita média foi maior com o aumento da severidade da IA nos domicílios. 
Nas áreas urbana e rural, como pode ser observado na Tabela 12, o padrão de 
aquisição alimentar domiciliar per capita anual, com base nos grandes grupos de produ-
tos selecionados e níveis de classifi cação de SA ou IA, evidencia uma menor aquisição 
alimentar domiciliar per capita anual (em kg) de Frutas, Hortaliças, Bebidas e infusões, 
Leve Moderada Grave
Cereais e leguminosas 27,776 26,705 28,677 31,102 29,596
Hortaliças 23,810 28,174 19,075 15,282 13,133
Frutas 26,445 33,097 18,967 13,609 11,297
Farinhas, féculas e massas 11,949 11,669 11,501 14,493 13,130
Panificados 17,738 18,979 16,558 15,354 13,730
Carnes 20,786 23,166 18,047 16,885 14,460
Pescados 2,791 2,382 2,858 3,961 5,186
Aves e ovos 15,779 16,110 14,929 16,805 14,627
Laticínios 32,231 38,016 27,118 19,511 14,273
Açúcares, doces e produtos de confeitaria 14,132 14,927 13,082 13,577 11,417
Sais e condimentos 4,511 5,056 3,834 3,840 2,920
Óleos e gorduras 6,647 6,921 6,416 6,264 5,333
Bebidas e infusões 52,500 61,727 41,996 36,651 28,680
Alimentos preparados e misturas 
industriais 3,998 5,080 2,822 1,800 1,513
 2. Referente às unidades de consumo principal dos domicílios. 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 
2017-2018.
Notas: 1. As quantidades de produtos adquiridos na forma líquida foram transformadas em kg, considerando-se 
volume igual a peso.
Tabela 11 - Aquisição alimentar domiciliar per capita anual, por situação de segurança
alimentar existente no domicílio, segundo os grupos de produtos selecionados - Brasil -
período 2017-2018
Grupos de produtos
selecionados
Aquisição alimentar domiciliar per capita anual (Kg)
Total
Situação de segurança alimentar existente no domicílio
Com se-
gurança
alimentar
Com insegurança alimentar
Comentários dos resultados 49
além dos Alimentos preparados e misturas industriais naquelas famílias em área rural, 
quando comparadas com as que vivem na área urbana, apresentando uma tendência à 
diminuição a medida que o nível de IA existente no domicílio se agrava. Outro ponto que 
merece destaque é a aquisição domiciliar de Pescados, que foi expressivamente maior na 
área rural. A tendência foi semelhante à área urbana, onde a aquisição alimentar domiciliar 
per capita anual em quilogramas de pescado aumentou conforme o agravamento dos 
níveis de IA, sendo maior, portanto, entre os domicílios com IA grave. Vale lembrar que 
os maiores percentuais de IA grave foram encontrados na Região Norte do País, onde o 
consumo de Pescados usualmente é maior que em outras macrorregiões do País, pro-
vavelmente devido a questões geográfi cas e culturais. 
Leve
Mode-
rada
Grave Leve
Mode-
rada
Grave
Cereais e leguminosas 25,610 24,876 25,840 28,876 28,349 40,279 40,145 43,036 38,879 33,349
Hortaliças 24,006 27,916 19,158 15,903 14,034 22,683 30,070 18,654 13,115 10,419
Frutas 27,730 34,138 19,730 14,175 12,260 19,028 25,452 15,104 11,631 8,396
Farinhas, féculas e 
massas 10,658 10,533 10,245 12,575 11,328 19,398 20,011 17,860 21,196 18,554
Panificados 18,725 19,773 17,474 16,741 15,418 12,043 13,146 11,922 10,509 8,646
Carnes 20,831 23,088 18,003 16,643 14,337 20,528 23,740 18,270 17,731 14,830
Pescados 2,396 2,244 2,393 2,880 3,642 5,070 3,397 5,209 7,738 9,837
Aves e ovos 15,202 15,554 14,308 16,174 13,916 19,105 20,196 18,070 19,010 16,768
Laticínios 32,863 37,905 27,791 20,522 16,401 28,580 38,833 23,711 15,976 7,866
Açúcares, doces e 
produtos de confeitaria 13,404 14,222 12,101 12,914 10,833 18,335 20,109 18,046 15,893 13,173
Sais e condimentos 4,539 5,041 3,811 4,007 2,957 4,344 5,166 3,955 3,254 2,808
Óleos e gorduras 6,533 6,793 6,255 6,050 5,488 7,305 7,861 7,232 7,012 4,865
Bebidas e infusões 56,844 65,386 45,835 41,756 32,747 27,429 34,850 22,566 18,818 16,434
Alimentos preparados e 
misturas industriais 4,461 5,516 3,200 2,093 1,829 1,328 1,880 0,912 0,777 0,560
 2. Referente às unidades de consumo principal dos domicílios. 
Notas: 1. As quantidades de produtos adquiridos na forma líquida foram transformadas em kg, considerando-se 
volume igual a peso.
Grupos de produtos
selecionados
Aquisição alimentar domiciliar per capita anual (Kg), por situação do domicílio
Urbana Rural
Total
Situação de segurança alimentar
existente no domicílio
Total
Situação de segurança alimentar
existente no domicílio
Com
segu-
rança
ali-
mentar
Tabela 12 - Aquisição alimentar domiciliar per capita anual, por situação do domicilio,
com indicação da situação de segurança alimentar existente no domicílio, segundo os
grupos de produtos selecionados - período 2017-2018
Com insegurança
alimentar
Com
segu-
rança
ali-
mentar
Com insegurança
alimentar
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 
2017-2018.
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
50 Análise da segurança alimentar no Brasil
Rendimento total e variação patrimonial
No que se refere ao rendimento total e variação patrimonial médio mensal das famílias, 
destaca-se a importância do rendimento do trabalho, independentemente da situação 
encontrada com relação à SA ou IA e seus níveis. Todavia, analisando as diferenças por 
entre os níveis de IA e a situação de SA existente no domicílio, é possível constatar 
que a participação do rendimento do trabalho é maior para aqueles domicílios em 
situação de SA (Tabela 13). A participação do rendimento do trabalho foi de 58,3% 
para os domicílios em SA contra 45,2% para os classifi cados em IA grave.
Diferente do que foi observado para o rendimento do trabalho, as transferências 
se apresentaram como o tipo de origem de rendimento importante para as famílias 
que vivem em domicílios marcados pela restrição de acesso regular a alimentos, ou 
seja, IA grave. Para estes domicílios, a participação das transferências foi de 25,7% 
em relação ao rendimento total e variação médio mensal familiar. Já para o caso dos 
domicílios encontrados em condição de SA existente, essa participação foi de 19,3%.
Assim como as transferências, o rendimento não monetário também se mostrou 
relevante para aquelas famílias que vivem em domicílios com IA moderada e grave, 
com participações de 22,6% e 25,2%, respectivamente. No outro extremo, naqueles 
onde não foi constatado difi culdades de acesso a alimentos em quantidade e varie-
dades, ou seja, domicílios em SA, essa participação foi de 13,1%.
Total Trabalho
Transfe-
rência
AluguelOutras
rendas
Não mo-
netário
Total 5 433,34 5 094,75 3 121,81 1 058,14 89,49 37,05 788,26 338,58
Com segurança alimentar 6 732,51 6 283,04 3 925,09 1 298,39 131,55 44,04 883,96 449,48
Com IA leve 3 618,83 3 432,79 2 057,91 667,85 20,63 29,54 656,86 186,04
Com IA moderada 2 524,34 2 441,95 1 218,21 625,28 9,46 18,72 570,28 82,39
Com IA grave 2 139,91 2 080,68 966,94 550,39 11,02 12,19 540,15 59,22
Total 100,0 93,8 57,5 19,5 1,6 0,7 14,5 6,2
Com segurança alimentar 100,0 93,3 58,3 19,3 2,0 0,7 13,1 6,7
Com IA leve 100,0 94,9 56,9 18,5 0,6 0,8 18,2 5,1
Com IA moderada 100,0 96,7 48,3 24,8 0,4 0,7 22,6 3,3
Com IA grave 100,0 97,2 45,2 25,7 0,5 0,6 25,2 2,8
 2. Referente às unidades de consumo principal dos domicílios. 
Distribuição percentual (%)
Valor (R$)
Notas: 1. IA - Insegurança alimentar.
Situação de segurança
alimentar existente no
domicílio
Rendimento total e variação patrimonial média mensal familiar
Total
Variação
patri-
monial
Tabela 13 - Rendimento total e variação patrimonial média mensal familiar, por tipos de
origem dos recebimentos, segundo a situação de segurança alimentar existente no
domicílio - Brasil - período 2017-2018
Tipos de origem dos rendimentos
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 
2017-2018.
Comentários dos resultados 51
Condições de vida
A Tabela 14 apresenta a distribuição dos domicílios segundo os níveis de avaliação 
para algumas características do padrão de vida das famílias. A distribuição considera 
a condição do domicílio quanto a existência de SA ou IA, esta última sendo discrimi-
nada pelos três níveis. 
No caso da avaliação subjetiva do padrão de vida relativa à Alimentação, chama 
a atenção que, nos domicílios em IA, um percentual considerável avaliou o padrão 
como bom ou satisfatório. Nos domicílios com IA moderada, 30,0% avaliaram o padrão 
como bom e 51,1% como satisfatório. Já nos domicílios com IA grave, 20,3% avaliaram 
o padrão de vida no que tange à Alimentação como bom e 45,8% como satisfatório.
Em relação a avaliação da saúde, é interessante notar que mesmo nos domicí-
lios com SA o padrão de vida para esse quesito foi considerado ruim para 18,6%, um 
percentual bastante elevado haja vista que, nesse segmento, a avaliação ruim para 
Alimentação foi de 1,4%, de Moradia, 3,7%, e Educação, 8,1%. No caso dos domicílios 
com IA grave, a avaliação do padrão de vida relativo à Saúde foi considerada ruim por 
49,7% dos domicílios, a pior avaliação de todos os quesitos da Tabela 14.
Leve Moderada Grave
Total 100,0 100,0 100,0 100,0
Alimentação
Bom 71,6 45,9 30,0 20,3
Satisfatório 27,0 47,5 51,1 45,8
Ruim 1,4 6,6 18,9 33,9
Moradia
Bom 73,7 57,4 51,2 44,6
Satisfatório 22,6 32,8 32,0 32,2
Ruim 3,7 9,7 16,8 23,2
Saúde
Bom 52,5 35,1 28,0 26,3
Satisfatório 28,9 30,6 27,6 24,0
Ruim 18,6 34,3 44,4 49,7
Educação
Bom 66,5 52,6 46,9 45,8
Satisfatório 25,4 31,4 31,6 27,0
Ruim 8,1 15,9 21,5 27,2
Tabela 14 - Distribuição dos domicílios particulares permanentes,
 por situação de segurança alimentar existente no domicílio, segundo
as avaliações subjetivas do padrão de vida - Brasil - período 2017-2018
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 
2017-2018.
Distribuição dos domicílios particulares permanentes (%),
 por situação de segurança alimentar existente no domicílio
Avaliações subjetivas
do padrão de vida Com segurança
alimentar
Com insegurança alimentar
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
52 Análise da segurança alimentar no Brasil
A avaliação subjetiva do padrão de vida no quesito Educação foi a que apre-
sentou as menores diferenças entre os domicílios com SA ou IA. Comparando-se, por 
exemplo, os domicílios com SA com aqueles em IA grave, que avaliaram o padrão de 
vida como bom, no caso da Alimentação, a diferença foi de 51,3 pontos percentuais 
(71,6% e 20,3%, respectivamente), no caso do quesito Moradia, 29,1 pontos percentuais 
(73,7% e 44,6%, respectivamente), no quesito saúde, 26,2 pontos percentuais (52,5% e 
26,3%, respectivamente) e no quesito Educação, 20,7 pontos (66,5% e 45,8%, respec-
tivamente). Mesmo assim é importante ressaltar que, enquanto 8,1% dos domicílios 
com SA avaliaram o padrão de vida no quesito Educação como ruim, o mesmo foi 
feito por 27,2% nos domicílios com IA grave.
 ACOMPANHAMENTO e avaliação da segurança alimentar de famílias 
brasileiras: validação de metodologia e de instrumento de coleta de 
informação: urbano/rural: relatório técnico: versão preliminar. Campinas: 
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Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - PNSAN, 
estabelece os parâmetros para a elaboração do Plano Nacional de 
Segurança Alimentar e Nutricional, e dá outras providências. Diário 
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busca de uma metodologia para quantifi cação do problema no Brasil. 
Campinas: Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, Instituto 
de Economia, 2001. 58 p. (Texto para discussão, n. 101). Disponível em: 
http://www.eco.unicamp.br/images/arquivos/artigos/1731/texto101.pdf. 
Acesso em: ago. 2020.
TRATAMENTOS das informações. In: PESQUISA de orçamentos 
familiares. Rio de Janeiro: IBGE, 1991. v. 2. 198 p. (Série relatórios 
metodológicos, v. 10). Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/
visualizacao/livros/liv81836_v2.pdf. Acesso em: ago. 2020.
Equipe técnica
Ministério da Economia
Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística - IBGE
Diretoria de Pesquisas 
Coordenação de Trabalho e Rendimento
Maria Lucia Franca Pontes Vieira 
Gerência da Pesquisa de Orçamentos Familiares
André Luiz Martins Costa
Análise da Segurança Alimentar no Brasil 
Tabulação dos resultados
André Luiz Martins Costa
José Mauro de Freitas Júnior
Marcelo Rubens dos Santos do Amaral 
Paulo Roberto Coutinho Pinto
Textos e comentários
André Luiz Martins Costa
José Mauro de Freitas Júnior
Revisão e preparo de originais 
André Luiz Martins Costa
Jaciara Zacharias da Silva
José Mauro de Freitas Júnior
Laura Maria do Carmo Arêas
Planejamento, acompanhamento e controle 
Gerência da Pesquisa de Orçamentos Familiares 
André Luiz Martins Costa
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
 Análise da segurança alimentar no Brasil
Isabel Cristina Martins Santos
Jaciara Zacharias da Silva
José Antonio Lutterbach Soares
José Mauro de Freitas Júnior
Juliano José Guimarães Junqueira
Laura Maria do Carmo Arêas
Leonardo Santos de Oliveira
Luciana Alves dos Santos
Marta de Oliveira Antunes
Paulo Roberto Coutinho Pinto
Colaboradores 
Colaboradores técnicos
Aline Alves Ferreira (Instituto de Nutrição Josué de Castro - INJC/Universidade 
Federal do Rio de Janeiro - UFRJ)
Ana Maria Segall-Corrêa (Livre docente aposentada – Departamento de Saúde 
Coletiva – Faculdade de Ciências Médicas/Universidade Estadual de Campinas 
- UNICAMP) e pesquisadora associada voluntária – Programa de Alimentação, 
Nutrição e Cultura - PALIN/Fundação Oswaldo Cruz Brasília - FIOCRUZ Brasília)
Michael Eduardo Reichenheim (Instituto de Medicina Social - IMS/Universidade 
do Estado do Rio de Janeiro - UERJ)
Rosana Salles-Costa (Instituto de Nutrição Josué de Castro - INJC/Universidade 
Federal do Rio de Janeiro - UFRJ)
Diretoria de Pesquisas
Coordenação de Trabalho e Rendimento
Gerência de Pesquisas
Antony Teixeira Firmino 
Gerência de Estudos, Métodos e Controle
Gabriel Henrique Oliveira Assunção 
Raphael Fernandes Soares Alves
Michelle Menegardo de Souza
Coordenação de Métodos e Qualidade
Marcos Paulo Soares de Freitas
Gerência de metodologia estatística
André Wallace Nery da Costa
Marcus Vinícius Moraes Fernandes
Coordenação Operacional do Censo 
Maria Vilma Salles Garcia
Cadastro Nacional de Endereços para fi ns Estatísticos
Wolney Cogoy Menezes
Centro de Documentação e Disseminação de Informações
Coordenação de Treinamento e Aperfeiçoamento 
Bianca Walsh 
Equipetécnica 
Gerência de Soluções de Capacitação
Paulo David De Jesus Tostes Dos Santos
Georgia de Souza Assumpção
Ana Paula Donizetti Lins de Albuquerque
Aline Mirilli Martins Dos Santos
Fabio Muniz de Moura 
Hugo Sousa Campos
Diretoria de Informática 
Coo rdenação de Atendimento e Desenvolvimento de Sistemas
Claudio Mariano Fernandes
Gerência de Sistemas Populacionais e Sociais
Cristiane de Moura Cruz Oliveira
Edson Costa Braga
Arthur Beltrão Castilho Neto
Luiz Fernando de Moura
Marcio Fernandes Rebelo
Vânia da Silva Boquimpani
Helena Serrão Piccinini
Solange Ferreira Pinto
Coordenação de Operações e Serviços de Informática
Bruno Gonçalves Santos
Gerência de Implantação e Administração dos Serviços em Produção
Edson Orofi no de Souza
Julio Cezar Figueiredo 
Coordenações Estaduais da POF 2017-2018
Rondônia
Antoniony dos Santos Souza
Acre 
Lara Torchi Esteves
João Paulo Feitosa Couto
Amazonas 
Riter Lucas Miranda Garcia
Roraima 
Luiz Felipe Oliveira Souza 
Pará 
Max Elias Calil Gomes
Amapá 
Ananias do Carmo Picanço
Tocantins 
João Francisco Severo dos Santos
Nereu Ribeiro Soares Júnior
Maranhão 
Patrícia de Oliveira Borges e Souza 
 Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018
 Análise da segurança alimentar no Brasil
Piauí 
Ranieri Ferreira Leite 
Ceará 
Luciano Oliveira Vieira
Rio Grande do Norte 
Damião Ernane de Souza
Carlos Alberto Pinheiro Fontes
Paraíba 
Felipe Ferreira Fraga
Pernambuco 
Isailda Maria Barros Pereira 
Alagoas 
Thomázio Bergson Farias Correia 
Sergipe 
Leonardo Souza Leão Leite de Sá 
Bahia 
Mateus Rodamilans Bastos
Minas Gerais 
Alexandre de Lima Veloso 
Espírito Santo 
Ilmar Vicente Moreira
Rio de Janeiro 
Júlia Brandão Teixeira de Freitas 
São Paulo 
Eugenio Carlos Ferreira Braga
Paraná 
Flávio Roberto Schuler de Oliveira
Santa Catarina 
Fabiano Rodolfo
Rio Grande do Sul 
Marcelo dos Santos Malheiros 
Mato Grosso do Sul 
Sylvia Martinez Assad de Oliveira 
Mato Grosso
Nivaldo de Souza Lima 
Goiás 
Mariana Borges Celani 
Distrito Federal 
Vladimir de Andrade Stempliuk
Equipe técnica 
Projeto Editorial
Centro de Documentação e Disseminação de Informações
Coordenação de Produção
Marisa Sigolo Mendonça
Gerência de Editoração
Estruturação textual
Leonardo Martins
Diagramação tabular e de gráfi cos
Rodrigo Passos de Oliveira
Márcia do Rosário Brauns
Diagramação textual
Alberto Guedes da Fontoura Neto
Gerência de Documentação
Pesquisa e normalização documental
Aline Loureiro de Souza
Ana Raquel Gomes da Silva
Isabella Carolina do Nascimento Pinto
Juliana da Silva Gomes
Lioara Mandoju
Nadia Bernuci dos Santos
Normalização textual e padronização de glossários
Ana Raquel Gomes da Silva
Elaboração de quartas capas
Ana Raquel Gomes da Silva
Gerência de Gráfi ca
Ednalva Maia do Monte
Impressão e acabamento
Newton Malta de Souza Marques
Helvio Rodrigues Soares Filho
Pesquisa de
Orçamentos familiares
2017 - 2018
AnÁlise da Segurança
Alimentar no Brasil
As Pesquisas de Orçamentos Familiares - POFs realizadas pelo IBGE 
visam disponibilizar informações sobre a composição dos orçamentos 
domésticos e as condições de vida da população brasileira, incluindo a 
percepção subjetiva da qualidade de vida, além de gerar bases de dados 
e estudos sobre o seu perfi l nutricional.
Com o lançamento desta publicação, o IBGE dá prosseguimento 
à divulgação de resultados da POF 2017-2018, agora referentes à se-
gurança alimentar no Brasil, tema até então investigado pela Pesquisa 
Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, também realizada pelo 
Instituto, em suas edições de 2004, 2009 e 2013. Os dados deste estudo 
foram obtidos a partir da aplicação das perguntas componentes da Escala 
Brasileira de Insegurança Alimentar - EBIA, que permite identifi car e 
classifi car os domicílios de acordo com os graus de severidade com que 
o fenômeno é vivenciado pelas famílias neles residentes, possibilitan-
do, assim, estimar a magnitude do problema da insegurança alimentar 
nessas unidades. As perguntas referentes à EBIA, cabe destacar, são as 
mesmas investigadas nas PNADs, mantendo-se, dessa forma, a possibi-
lidade de comparação dos indicadores e as informações da série histórica
nacional sobre o tema.
Os resultados ora apresentados, abarcando as famílias residentes 
nas áreas urbana e rural, para o conjunto do País e as Grandes Regiões, 
enfocam a relação da situação de segurança ou insegurança alimentar 
existente nos domicílios com as características do orçamento doméstico 
e o modo de viver das famílias. Para tal, são consideradas informações 
sobre despesas e aquisições, características dos domicílios, aquisição ali-
mentar domiciliar per capita, rendimento total e variação patrimonial, 
além da avaliação subjetiva das condições de vida em relação à moradia, 
saúde, educação e alimentação. A análise dos resultados, ilustrada por 
tabelas e gráfi cos, ressalta os aspectos mais relevantes dos indicadores 
considerados e efetua comparações com as estatísticas obtidas nas inves-
tigações anteriores da PNAD.
As notas técnicas que complementam a publicação sintetizam os pro-
cedimentos utilizados na coleta e tratamento dos dados da pesquisa, as 
conceituações das variáveis investigadas, entre outras considerações de 
natureza metodológica.
No portal do IBGE na Internet, são disponibilizados os instrumen-
tos de coleta utilizados na POF 2017-2018, assim como os microda-
dos da pesquisa, de modo a facilitar a exploração de sua base de dados
segundo perspectivas diversas. 
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