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Pode ser geográfica (onde se habita - território) ou psicossocial (onde se relaciona - ex. escola, grupo de lazer, grupo de corrida). Segundo Góis (1993), a psicologia comunitária é uma área da psicologia social que estuda a atividade do psiquismo decorrente do modo de vida do lugar/comunidade; estuda o sistema de relações e representações, identidade, níveis de consciência, identificação e pertinência dos indivíduos ao lugar/comunidade e aos grupos comunitários. A psicologia comunitária (PC) tem um caráter interdisciplinar, voltada principalmente para o desenvolvimento e a mudança sócio-política de uma realidade psicossocial caracterizada por relações de dominação e de exclusão social (MARTIN-BARÓ, 1989). 1. Desenvolvimento Humano. 2. Mudança Social (busca de alternativas sócio- políticas). Com a realidade social e histórica dos sujeitos; Desenvolver nos sujeitos uma consciência crítica e autônoma; Contribuir na formação da identidade individual e social; Buscar melhorias nas condições de vida e bem-estar dos indivíduos e da comunidade. Em termos teóricos: Profissionais, sujeitos, capazes de sintetizar o ponto de vista da comunidade e de coordenar processos de transformação do instituído. Em termos de metodologia: Utiliza principalmente a pesquisa participante, na qual pesquisador e os sujeitos da pesquisa trabalham juntos na busca de explicações para os problemas colocados. Planejamento e execução de programas de transformação da realidade vivida. Atividade do psicólogo implica na realização de um trabalho que tenha: Uma teoria explicativa; Capacidade de realizar uma análise sistemática e a mais completa possível da realidade, com base no conhecimento construído entre saber científico e saber popular; Se oriente pelos valores éticos de respeito, solidariedade e compromisso. Ecológico (grego = habitat = casa). Boff (1999) aponta como uma metáfora para: Cuidado com o entorno, com a natureza, para conquistar ou preservar a qualidade de vida desejável de forma sustentável e solidária. Significa pensar na interdependência entre os sistemas que nos rodeiam e no bom aproveitamento e adequada à distribuição dos recursos. Pode ser também: pensar em rede, pensar acerca da complexidade e da produção da subjetividade social nos mais diversos contextos e eventos. Ou ainda: ter uma atitude proativa e interativa com o ambiente (micro, meso, macrossistêmico). 1 - Erro ao pensar em ecologia Muitas pessoas acreditam que ecologia envolve apenas os animais e as florestas, os ambientes naturais Visão positiva da COMUNIDADE e DAS PESSOAS Reconhecimento da capacidade do individuo e da própria comunidade de serem responsáveis e competentes na construção de suas vidas. Processo de facilitação social baseados na ação local e na conscientização. em geral, porém esse pensamento está incorreto, visto que a ecologia envolve tudo, os animais, as pessoas, os símbolos, as metrópoles. Então podemos dizer que, ecologia é buscar a harmonia do homem com a natureza produzindo cultura e transformando o entorno num lugar com melhores condições de vida para todos. Essa adaptação ou harmonia entre o homem e seu contexto tem caráter ativo e transformador, e significa a boa convivência e o equilíbrio. O paradigma ecológico possibilita uma da realidade, com um instrumental mais próximo do contato psicossocial que vivem imersas as pessoas das comunidades. Kurt Levin (1935) Teorias sistêmicas como: o Bertanlaffy (1968) o Barker (1968) Brofenbrenner: modelo bioecológico (1998) Pensadores atuais: o Edgar Morin (2001): complexidade, rede de relações e processos o Brasil inspira-se em Leonardo Boof (1999) Ecologia Integral Leonardo Boff É considerado um dos "pais" da teologia da libertação, um movimento que nasceu nos anos 60 no esforço de escutar o grito do oprimido social e político. Nos chama atenção para refletirmos sobre a sociedade contemporânea, do conhecimento e da comunicação. Neste sentido, questionamos sobre como estamos nos relacionando com o nosso semelhante. Essa obra, inicialmente, o autor faz uma alusão ao Tamagotchi, um bichinho virtual que requer cuidados, mesmo que mediante o apertar de um botão. Estranhamente hoje estamos muito adaptados ao “apertar de um botão”. Boff fala: O ser humano, para proteger-se do mundo que o rodeia e até de si mesmo de seus anseios, medos e outros sentimentos, tenha esquecido a beleza das coisas simples. O homem esqueceu de se conhecer. Antes de sonhar eternamente com o mundo por vir, sonhemos com uma sociedade onde os valores se estruturam e se construam ao redor do cuidado com as pessoas, sobretudo, considerando as diferentes culturas, saberes, ideias; com o planeta em que vivemos e com as questões que envolvem este viver em relação de cuidados uns com os outros. O cuidado é mais do que um ato singular ou uma virtude ao lado das outras. É um modo de ser, isto é, a forma como a pessoa humana se estrutura e se realiza no mundo com os outros. Melhor ainda: É um modo de ser-no-mundo que funda as relações que se estabelecem com todas as coisas. Saber cuidar implica aprender a cuidar de si e do outro, tendo sempre noção de nossa realidade, possibilidades e limitações. Boff aponta duas dimensões para o cuidado: O mais importante para Boff não é se eu cuidado é macro ou micro, mas sim que o cuidado é visto para além da atitude e de atos dos seres humanos. O cuidado está antes das atitudes humanas, e, portanto, está em todas as situações e ações. Expressando preocupação ecológica de preservação do planeta. Nos remetendo ao cuidado entre os seres humanos, tendo a ver com cuidado em saúde mental, revelando forte e contribuição para a psicologia comunitária. "Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com outro". O cuidado é uma atitude que gera múltiplos atos e expressam a atitude de fundo, que é a essência ou cuidado em si. É importante salientar que o descuidado e a negação do cuidado essencial podem ser considerados como patologias do cuidado. O ser humano não vive sem cuidado - essência da vida humana. As ressonâncias do cuidado são sua manifestação concreta nas várias vertebrações da existência e o seu alimento indispensável. Ancorada em Boff, podemos falar que estamos vivendo uma crise generalizada onde o descuido, o descaso e o abandono são seus sintomas mais dolorosos. Vemos hoje o descuido com as crianças do planeta, com os marginalizados, flagelados pela fome crônica e pela tributação de "mil doenças", que já haviam sido erradicadas que, em decorrência do grande aumento populacional global voltam com toda sua força. As pessoas atualmente estão muito sozinhas, egoístas, medrosas e o que é pior, enterrando seus sonhos. O meio ecológico se compõe de estruturas físicas, sociais e psicológicas que caracterizam o intercâmbio entre pessoas e seus ambientes. Existem 3 contextos: Microssistemas: família, escola, faculdade, trabalho, igreja, posto de saúde – cada um com suas características físicas, materiais particulares (formam os mesossistemas); Mesossistemas/Exossistema: Contexto maior onde a pessoa desenvolve sua vida – dois ou mais ambientes que se interrelacionam – instituições, politicas – é o âmbito comunitário; Macrossistemas: Atravessa os sistemas de menor ordem (micro, meso, exo) (políticas de saúde, valores, tradições, modelo socioeconômico). Interdependência; Congruência e adaptação; Evolução e sucessão; Troca e desenvolvimento de recursos. O ser humano e a comunidade está continuamente em um processo de alterações, logo, portanto, em um processo de adaptação, evolução e intercâmbio. Adaptação: O desenvolvimento continuado do fortalecimento dosrecursos da pessoa e do ambiente. Pessoas e ambientes = provocam/experimental mudança = provocam mudanças nos demais sistemas. Desinstitucionalização DM. Imigrantes em novas culturas. Crianças deficientes, questão da fome. Mal atendimento na saúde pública. O pessoal (micro); O relacional (meso); O coletivo (macro). A interdependência se contrapõe a perspectiva "ilhada" individualista. A busca pelo equilíbrio entre a dinâmica do desenvolvimento das pessoas, dos sistemas e das oportunidades ou dificuldades que surgem. Dois processos para alcançar a congruência: o Enfrentamento; o Adaptação. A história do sujeito e para compreensão atual e dos recursos dos quais dispõe para buscar crescimento. Intercâmbio de recursos: Pessoas e contextos trocam produtos, seja em forma de relações, conhecimentos, trabalho, dinheiro, tecnologia, poder, tempo, etc; Trocas; Relações, conhecimentos, trabalho, dinheiro, tecnologia, poder, tempo, etc; Sentimento de pertencimento e identificação, buscando desenvolvimento, modificação, criação e obtenção dos recursos para o fortalecimento comunitário. Prioriza a pessoa imersa no contexto: o coletivo em vez do individual; Privilegia a pesquisa in loco (em contextos naturais) e não em ambientes artificiais; Compreender e respeitar valores e a cultura do contexto. Ambientes percebidos: avaliando as relações, desenvolvimento pessoal e a permanência ou a mudança nos sistemas; Características objetivas do ambiente: físicas e arquitetônicas, políticas e procedimentos; Esquemas transacionais: características de conduta das pessoas e do ambiente.
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