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SEÇÃO 6 PENAL APELAÇÃO (1)

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AO JUIZO DA 1ª VARA DO JÚRI DA COMARCA DE SÃO PAULO-SP
PROCESSO Nº
 
Fulano de tal, já qualificado nos autos, vem, respeitosamente, perante este D. Juízo, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional..., endereço eletrônico..., não conformada com a r. sentença proferida nos autos interpor recurso de APELAÇÃO com fundamento artigo 593, III, d, do CPP.
Requer a intimação do Recorrido, para, querendo, apresentar contrarrazões ao presente recurso e, após, seja o mesmo remetido ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para julgamento.
Nestes termos,
P. Deferimento
Local, data
Advogado
OAB...
EXCELENTISSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO.
Processo nº
Apelante: Fulano de tal
Apelada: Ministério Público
RAZÕES DA APELAÇÃO
A sentença merece ser reformada, pois proferida em desacordo com as provas constantes dos autos.
DOS FATOS
Mesmo com o recurso em sentido estrito impetrado, o Tribunal de Justiça manteve a pronúncia do Juiz nos seus exatos termos, enviando-se o feito para julgamento pelo Tribunal do Júri. No dia do julgamento, foram ouvidas as testemunhas de acusação e defesa, bem como feito o interrogatório do acusado, passando-se, em seguida, a palavra ao Ministério Público para iniciar os debates orais. Após, foi dada a palavra à Defesa, bem como o Ministério Público fez a réplica e, no final, foi feita a réplica. O Conselho de Sentença reuniu-se em sala secreta e proferiu o seguinte veredicto: quanto à materialidade, entenderam que ela existiu, posto que o exame de corpo de delito apontou para a morte das vítimas; quanto à autoria, entenderam que sim, pois o autor foi quem conduziu o veículo automotor e atropelou as vítimas; quanto ao quesito da absolvição, entenderam que não existia tese que pudesse absolvê-lo; quanto às qualificadoras, votaram pela exclusão de todas elas. Assim, o Magistrado proferiu sentença condenatória no crime de homicídio simples, previsto no artigo 121, caput, CP. O Ministério Público tomou ciência da decisão e não manifestou desejo em recorrer. Após, o Juiz determinou vista para a Defesa requerer o que de direito. 
Fundamentação legal 
	Conforme art. 5º, LV da CF é garantido o direito de apelar de decisão contrária proferida em primeiro grau de jurisdição:
	 5º.
 LV . 
 XXXVIII.
	O art. 593, d, §3º do CPP determina que:
	Art. 593.
d)
	§3º.
O art.415 do CPP trata da absolvição sumária, por meio desse instituto se requereu a absolvição do acusado com fundamento no mencionado artigo, todavia, a tese não foi deferida:
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:
 I – provada a inexistência do fato; 
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; 
III – o fato não constituir infração penal; 
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. 
O inciso III do art. 415 acima mencionado, deve ser aplicado ao caso em análise, pois não há provas que o réu tenha praticado o fato típico, eis que estão ausentes um dos elementos do fato típico: conduta, resultado, nexo de causalidade ou tipicidade, pois a situação que envolve a acusação contra o réu advém de acidente de trânsito.
Importante ressaltar o conceito de dolo ..., 
O artigo 18 do Código Penal determina que:
Art. 18-
I – 
II-
Sobre a matéria em análise o art. 302 do Código de Trânsito Brasileiro determina que:
Art. 302.
Deve-se ressaltar também que não deve ser aceita a tese de crime doloso somente por alegação do Ministério Público, no caso em análise o D juízo precisa analisar a situação, aplicando-se a desclassificação prevista no artigo 419, CPP: 
Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da existência de crime diverso dos referidos no § 1o do art. 74 deste Código e não for competente para o julgamento, remeterá os autos ao juiz que o seja.
(REFORÇAR A DEFESA: DESCLASSIFICAÇÃO DE CRIME DOLOSO PARA CULPOSO)
Sobre o tema a jurisprudência se posiciona da seguinte forma:
DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer o conhecimento do recurso de apelação, assim como a submissão do acusado a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. 
 Local e data. Assinatura do Advogado e n. da OAB.

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