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Noções preliminares de direito processual penal

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Noções preliminares de direito processual penal
•	Conceito de processo penal: é o caminho para se chegar a aplicação da pena, ramo que instrumentaliza o direito penal.
· Princípios do direito processual penal:
- Princípios Regentes: 
a) Dignidade da pessoa humana; garantir o mínimo existencial p/ o ser humano p/ atender suas necessidades básicas. É o sentimento de respeitabilidade e autoestima inerentes ao ser humano.
 b) Devido processo legal: Garantir ao indivíduo que somente seja processado e punido se houver lei penal.
- Princípios constitucionais explícitos:
a) Princípio da presunção de inocência: todo acusado é presumido inocente até que seja julgado e sentenciado.
b) Princípio da ampla defesa: direito dado ao acusado de se valer de todos os meios legais para provar sua inocência.
• Princípios concernentes a relação processual penal
a) Principio do contraditório: O acusado tem o direito de se manifestar mediante acusação feita sobre ele.
• Princípios concernentes a atuação do estado
a) Princípio do juiz Natural: “Juiz competente para tal processo qual foi delegado” e Imparcial: “Deve o juiz julgar a causa com neutralidade”.
b) Princípio consequencial da iniciativa das partes: O Poder Judiciário ficará inerte até ser provocado.
c) Princípio da publicidade: todo processo é público, só serão sigilosos quando forem de interesse social ou intimidade.
d)Princípio da vedação das provas ilícitas: Provas ilícitas não poderão ser consideradas para condenação.
e) Princípio da economia processual e duração razoável: Os processos deverão ocorrer em menor tempo possível, dado respostas imediatas a ação criminosa, poupando recursos e tempo das partes.
• Princípios constitucionais implícitos do processo penal.
a) Princípio do duplo grau de jurisdição: Direito de recorrer, o Juiz de segunda instancia não precisa concordar com a decisão do primeiro juiz.
• Concernentes a atuação do estado
a) Princípio do promotor Natural e imparcial: 
 Natural: é o promotor competente naquela atuação penal. 
Imparcial: o promotor deve agir com neutralidade ou imparcialidade.
			b) Princípio da obrigatoriedade da ação penal pública e da indisponibilidade da ação penal: O MP é obrigado apresentar o IP ao juiz independente do que ele acha do Processo. Uma vez indiciada a ação penal não poderá o promotor desistir, ele precisará ir até o fim do julgamento.
			c) Princípio da Oficialidade: caracteriza-se pelo dever da Administração em impulsionar o procedimento de forma automática, sem prejuízo da atuação dos interessados.
			d) Princípio da intranscedência: A Pena é INTRANSFERÍVEL.
 
			e) Princípio da vedação do duplo processo pelo mesmo fato: O acusado não poderá ser julgado duas vezes pelo mesmo fato.
• Princípios concernentes a relação processual
 			a) Princípio da busca da verdade real: Buscar ao máximo a verdade possível para reconstituir o quebra- cabeça criminoso.
			b) Princípio da oralidade, da concentração imediata e da identidade física do juiz: Todos os atos tem que ser oralmente se possível, para agilizar o processo. Os atos do processo penal seja feito em uma audiência sempre que possível, oferecimentos das alegações finais, provas, e decisão do juiz, para agilizar o processo. Aquele juiz responsável pela introdução probatória deverá também ser juiz que finaliza o processo.
			c) Princípio da indivisibilidade da ação penal privada: não poderá haver acepção do culpado. Ou a vítima indicia todos culpados no processo ou nenhum.
			d) Princípio da comunhão de prova: Provas apresentadas pela parte ré devem ser apreciadas.
• Princípios concernentes a atuação do estado:
 			a) Princípio do impulso oficial: O juiz deverá ser provocado para iniciar um processo. Ele não poderá iniciar por si só.
			b) Princípio da persuasão racional: o Juíz forma seu convencimento de maneira livre, porém deve fundamentá-lo.
			c) Princípio da colegialidade: Quando o processo é apreciado por um colegiado de magistrados.
• Aplicação da lei processual no espaço
 			a) Princípio da territorialidade: as normas do PP serão aplicadas em todo território nacional.
			b) Execução a regra da territorialidade: O PP sai para entrar outro no caso de o Brasil firmar um tratado.
			c) Como são resolvidos conflitos entre tratados internacionais e o direito interno: a norma mais recente revogará a norma anterior.
			d) Normas internacionais relativas a direitos humanos fundamentais: elas entram no nosso direito com status de norma constitucional.
			e) Jurisdição Política: é a jurisdição especifica para julgar crimes de responsabilidade presidencial.
			f) Justiça Especial: é a jurisdição própria para crimes militares.
			g) Tribunal de segurança nacional: é a jurisdição própria para julgar os crimes que atentam contra a existência, segurança e integridade do estado.
			h) Legislação penal especial: São normas do DPP, a preferência é das leis em vigor que são as leis que estão vigorando e se houver lacunas sera usada a LDPP.
• Aplicação da lei processual penal no tempo
			a) Regra geral: ela é aplicada imediatamente logo após ser editada, não havendo vacatio legis.
			b) Normas processuais penais materiais: Como ela atinge o direito ela também e considerada material.
			c) Interpretação extensiva e analógica: Preenchimento de lacunas, ampliação do contexto da lei.
· Inquérito Policial
		 Conceito: Atos investigatórios realizados pela polícia judiciaria com objetivo de investigar as infrações penais e chegar ao autor do delito.
		Responsáveis: Polícia Civil e Polícia Judiciária.
• Outras formas de investigação criminal:
			a) Lei complementar 31/1979: no caso de magistrados cometerem crimes eles teram que remeter o processo para outro órgão.
			b) Comissões parlamentares de inquérito (CPI) Processo de investigação comandado pelo poder legislativo.
			c) Agentes da administração pública: no caso de processo adm é usado a comissão de sindicância, não é usado o IP.
			d) Autoridades Florestais: no caso de crimes florestais eles têm autonomia para realizar investigações criminais. Pelo maior conhecimento do assunto.
• Classificações das infrações penais pela autoridade policial: o delegado define qual art. se enquadra ao fato.
• Início do inquérito policial:
 			a) De ofício: tem que ser de Ação penal pública incondicionada de autoridade policial.
			b) Por provocação do ofendido: quando a vítima vai a delegacia prestar a Queixa Crime.
			c) Por delação de terceiros: qualquer pessoa que não esteja envolvida e que não seja a vítima.
			d) Por requisição de autoridade competente: juíz, promotor ou procurador da república, ‘’ordem que deriva da lei’’.
			e) Pela lavratura do auto de prisão em flagrante: Instauração do Inquérito Policial no ato da prisão em flagrante.
• Espécies de ação penal e sua influência no IP:
			a) Pública- Condicionada: Necessita de representação da vítima ou seus representantes.
			 Pública- Incondicionada: É de competência do MP e não necessita da vítima para iniciar.
			b) Privada: é de cunho pessoal. Vai da pessoa se ela quer processar ou não, é de interesse pessoal e não da coletividade.
• Peças inaugurais do inquérito policial:
			a) Portaria: inaugurado por iniciativa do delegado. Ação penal pública incondicionada.
			b) Auto de prisão em flagrante: vale para qualquer tipo de infração penal que seja de pena maior de 2 anos.
			c) Requerimento do ofendido ou representação legal ou requisição do ministro da justiça: Ação penal pública condicionada e incondicionada.
• Providências: Art 6º, CAPUT, ouvir o indiciado, ouvir a vítima, colher provas que sirva para o esclarecimento do fato, evitar alteração do local onde o crime ocorreu para os peritos.
• Indiciamento: quando todas as provas converge para a autoria de um determinado individuo. 
		Conceito: o indiciamento é o apontamento para uma pessoa, como provável autora ou partícipe de um delito/crime.
		Providências: oitiva do indiciado, caso não tenha advogado permitir que ele entre em contato com algum; identificaçãodatiloscópica; identificação fotográfica, etc.
 • Encerramento do Inquérito Policial: deve-se fazer um relatório minucioso, e enviar a autoridade competente.
 
 • Prazo para conclusão do IP: se o indiciado estiver em liberdade será de 30 dias, se preso em flagrante será na data da prisão.
 • Lei 1521/51: Em caso contra economia popular, será de 10 dias.
 • Lei 11343/2006 (Lei de droga): será concluído no prazo de 30 dias se preso, 90 dias se solto.
 • Lei 5010/66 (Crimes que ferem interesse da União): 15 dias, se preso (Podendo prorrogar-se para mais 15) e 30 dias se solto.
 • Arquivamento do Inquérito Policial: providência que cabe ao juiz, mediante requerimento do MP.
· Ação penal
		1- Conceito de ação penal e conceito de processo: A ação penal, antecede a de processo. Enquanto a ação qualificaria os meios de provocação da jurisdição, o processo seria o instrumental manejado para tal finalidade.
		2- Condições da ação: 
			a) Interesse de agir: Encontra-se ligado á necessidade da escolha jurisdicional para a composição do conflito, surgido entre quem se alega titular de um direito subjetivo oponível a um outro.
			b) Legitimidade da parte: Trata-se da exigência legal a que somente determinadas pessoas possam promover a ação penal.
			c) Possibilidade jurídica do pedido: Trata-se do pedido revestido por previsão no ordenamento jurídico.
	*OBS: É posicionamento do STJ (art. 485 §3º CPC – por analogia) -> A ausência das condições da ação, pode ser reconhecida a qualquer tempo, o que levaria á carência da ação e extinção do processo, sem julgamento do mérito.
 			2)2- Condições de procedibilidade:
				a) Ação Penal Públ. Cond. -> Representação do ofendido
		 	b) Ação Penal Públ. Cond.-> Requisitado pelo MP (art. 7º, §3º, B – CP); Crimes conta o pres. da república e contra chefe de gov. estrangeiro.
				c) Crimes não transeuntes (que deixam vestígios) – art. 525 e 526 CPC ->Vale para ação pública ou privada (denúncia/queixa).
		 	 d) Lei de falências nº 11.101/05:
			 		A inicial precisa vir acompanhada da decretação da sentença de falência que concede a recuperação judicial ou que homologa a recuperação extra-judicial.
		 	 e) Art. 236 C.P.:
					A ação deve vir acompanhada da decisão judicial de anulação do casamento, transitada em julgado.
			- Justa causa: é a condição da ação relacionada aos indícios de autoria probatório do autor do crime juntamente com a prova da materialidade (existência) do crime.
		3) Pressupostos processuais:
			 a) Pressuposto de existência (art. 363, cáput)
				 -> Subjetivo: É composto de um órgão jurisdicional e da capacidade de ser parte, ou seja, ter a aptidão de ser sujeito processual.
				 -> Objetivo: É a propria demanda – ato que instaura um processo, ato de provocação.
			 b) Pressuposto de validade do processo:
					->Subjetivo: 
				 1) Quanto ao juiz: Tem que ter um juiz imparcial e competente.
				 2) Quanto as partes: As partes (tanto a ativa, quanto a passivo) têm que ter “capacidade processual”.
				 3) Capacidade postulatória: É a capacidade de peticionar em juízo (só advogado/procurador/ promotor/ Defensor, etc).
					- Requisitos: ter nº da OAB (inscrições nos quadros da OAB)
					- Exceções: Harbeas Corpus (art. 654 do CPP); Revisão criminal (art. 623, CPP); Recursos (art. 577 CPP); Incidentes de execução (art. 187 LEP – Anistia/Induto) e reabilitação (art. 743, CPP).
					->Objetivo: 
				 1) Citação válida (art. 570 CPP): Diz que qualquer vício pode ser suprido pelo comparecimento espontâneo do dito cujo.
				 2) Observância das exigências legais atinentes aos requisitos da denúncia ou queixa (art.41) do CPP: Requisitos de ordem formal, que devem conter na peça, denúncia ou queixa.
				 3) Inexistência de coisa julgada e ausência de litispendência: Se a parte já foi julgada definitivamente, não poderá ser julgada novamente pelo mesmo motivo/processo. Fere o princípio Ne bis in idem (dupla incriminação).
		4)Classificação das ações:
			a) Ação Penal Pública Incondicionada: 
				- Características: Titular é o MP -> atua ex-oficio.
				- Possibilidade de aditamento: 
					I) Aditamento próprio real material: é aquele que ocorre quando o MP inclui fato delituoso elementar ou circunstância nova, inovando na descrição da imputação.
					II) Aditamento próprio real legal: sem inovar a descrição narrativa do fato, o MP acrescenta dispositivos legais e processuais, a partir de interpretação que resulta na alteração do procedimento e/ou da comprovação para o processamento e julgamento do processo. 
					III) Aditamento próprio pessoal: é aquele que resulta na inclusão de co-autores e/ou partícipes.
	*OBS: O aditamento pode ser espontâneo (o MP realiza sem intervenção do juiz) ou provocado (quando o juiz requisita).
 
			b) Ação Penal Pública Condicionada:
				- Representação: Características
					I- Destinatário: A autoridade policial, ao MP e ao próprio juiz.
					II- Ausência de rigor formal: Diz o STF que a representação é peça informal sem vigor formal. Pode ser oralmente ou por escrito.
					III- Prazo e sua contagem: a representação deve ser ofertada, como regra, no prazo de 6 meses, contados do conhecimento da autoria da infração penal.
					IV- Menor representado: O CPP prevê no art. 33 um curador especial para aquelas pessoas com deficiências mentais que impeça o ato da vida civil, e/ou crianças que não tenham representantes legais (órfãs, etc). Esse curador especial pode ser nomeado de ofício (feito pelo juiz) ou a pedido/provocação do MP. Quando o juiz escolhe a pessoa, a mesma pode escolher se deseja ou não ser o curador/representante.
					V-Sucessão processual: É uma ordem representativa, quando a pessoa está ausente ou faleceu. A representação só pode ser por CADI (Cônjuge, Ascendente, Descendente ou Irmãos).
No caso de pessoa jurídica, o art. 37 do CPP diz que serão os representantes, os designados nos respectivos contratos sociais, ou estatutos. Se houver o silêncio do estatuto, ou contrato social, quem representará serão os diretores ou sócios administradores.
					VI- Ausência de vinculação do MP: Não há vinculação ao oferecimento da Ação Penal pelo MP.
					VII- Retratação: Podem haver várias retratações durante os 6 meses. Mas, oferecida a denúncia e decorridos os 6 meses, não se pode mais retratar.
Só pode ocorrer retratação em audiência especificamente designada para esse fim.
						*Exceção: Lei Maria da Penha nº 11.340/06
			c) Ação penal privada (só abre mediante queixa):
				I- Conceito: A ação penal privada é aquela em que a titularidade da persecução criminalpertence ao particular ofendido.
				II- Titularidade: Só poderá se abrir com a vítima, ou seja, ela que precisa dar início e andamento na ação. A titularidade é do ofendido, como regra, pois fere a intimidade/honra da vítima.
E alguns casos (por exemplo, no caso da vítima ser menor de idade) poderá o direito de ação ser exercido por seus representantes legais.
					- Queixa-crime: Querelante (autor)
							 Querelado (réu)
				III- Espécies de Ação Penal Privada:
					1) Ação Penal Exclusivamente Privada ou propriamente dita: É aquela que pode ser exercida pela vítima ou por seu representante legal (art. 100 CP – Arts. 30 e 31 CPP e Art. 60, inciso 2º do CPP). A vítima tem 6 meses e seus representantes legais tem 60 dias, para iniciar a ação. Do contrário, haverá perempção e a ação não se iniciará.
					2) Ação Penal Privada Personalíssima (Único): Só pode ser exercida pela vítima. Se a vítima estiver morta/ausente, haverá extinção da punibilidade (art. 236 CP).
					3) Ação Penal Privada Subsidiária da Pública: Consiste na autorização constitucional (artigo 5º, inciso LIX) que possibilita à vítima ou seu representante legal ingressar, diretamente, com ação penal, por meio do oferecimento da queixa-crime, em casos de ações públicas, quando o Ministério Público deixar de oferecer a denúnciano prazo legal (artigo 46 do Código de Processo Penal). Ressalta-se que a titularidade da ação penal nesse caso não é da vítima. Uma vez oferecida a queixa pelo ofendido, o Ministério Público poderá aditá-la, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. Nesse tipo de ação é inadmissível a ocorrência do perdão ofertado pelo querelante (artigo 105 do Código Penal), caso contrário, o Ministério Público deve retomar o seu lugar como parte principal.
						I- Interveniente adesivo obrigatório: atuará o MP em todos os termos so processo, sob pena de nulidade (art. 564, inciso 3, letra D do CPP).
						II- Atribuições do MP (art. 29 CPP):
							1º) Aditar a queixa, inclusive corréu.
							2º) Poderá repudiar a queixa-crime apresentada.
							3º) Poderá oferecer denúncia substitutiva.
							4º) Poderá fornecer elementos de prova.
							5º) Poderá interpor recurso.
		*OBS: Em caso de (na ação penal privada indireta) negligência do querelante, poderá o MP retornar a qualquer tempo, a ação, como parte principal. A vítima poderá habilitar-se á assistência do MP, sobre a acusação.
			5)Ativação do MP:
				*OBS complementares: 
					a) Ação Penal nos crimes contra a dignidade sexual: Reforma do cáput em 2009, na lei 12.015/09. Antes, era Ação Penal Privada, agora é Ação Penal Privada Condicionada (art. 213, ss).
					b) Ação Penal na injúria por preconceito: Lei 12033/09 foi incluso no CP e estabeleceu que é Ação Penal Privada Condicionada, com o objetivo de atender maiores números de pessoas.
						1- Requisitos formais da Ação Penal: 										Requisição formal, tem que conter: 								 - O endereçamento (qual juiz, qual vara, etc); 							 - Qualificação do acusado ou fornecimento de elementos que possibilitem sua qualificação;
							 -Descrição do fato com todas as suas circunstâncias;
							 - Pedido de condenação;
							 - Rol de testemunhas (caso o querelante não ofereça, o MP pode apresentar um);
							 - Nome e assinatura do querelante (se não houver a assinatura, o processo não segue. Mas, se houver como identificar a pessoa, o juiz pode aceitar).
						2- Aditamento da queixa-crime: O MP poderá realizar o aditamento, se a vítima não fizer (prazo de 3 dias), não somente em Ação Penal Privada, mas sim em qualquer ação penal.
						3- Prazos: A queixa-crime deve ser feita até 6 meses, a contar do conhecimento de autoria da infração; ou no caso de Ação Subsidiária, 6 meses do fim do prazo para oferecimento da denúncia.
							I- Prazos para a denúncia: 
								5 dias, se o acusado estiver preso.
								15 dias, se o acusado estiver solto.
							II- Prazos para a queixa-crime:
								Geral: 6 meses.
								Prazos especiais: 
									-Lei de imprensa (nº 5250/67) -> 3 meses da publicação ou transmissão da notícia.
									-Art. 236, §único, CP (induzimento a erro essencial): 6 meses do trânsito em julgado cível.
									-Crimes contra a propriedade imaterial que deixem vestígios -> tem que ter o laudo pericial juntado no processo; 30 dias, a contar da homologação do laudo pericial.

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