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ex Fael - Práticas de Pesquisa com Fontes e Novas Tecnologias

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1. Leia com atenção o trecho: 
 
"Para Caio Prado Jr., toda formação social, que demanda um complexo sistema de 
mediações, tem sua evolução, ou seja, um sentido. Isso quer dizer que o 
desenvolvimento de uma sociedade tem certa “linearidade”. Essa linearidade faz parte 
de um todo, mas ela não pode ser identificada como todas as demais formações sociais, 
pois a história é marcada por diversas particularidades, como é o caso da formação 
social brasileira" (ALCANTARA, Rafael dos Santos; ALCANTARA, Rodrigo dos Santos. 
Caio Prado Jr. e o sentido da colonização: as heranças do atraso brasileiro à luta 
revolucionária. Rev. Cadernos de Campo, Araraquara, n. 24, p. 233-234). 
 
Dentro desse contexto, assinale a afirmativa que melhor responde à questão: para Caio 
Prado Jr., qual seria o sentido da colonização brasileira? 
Ocultar opções de resposta 
1. 
O atraso do Brasil contemporâneo seria consequência do processo de 
colonização a que esteve submetido. 
Resposta correta 
2. 
O desenvolvimento do Brasil poderia ser concebido a partir do 
evolucionismo biológico. 
3. Incorreta: 
A importação de práticas religiosas europeias e africanas, cuja mescla 
construiu o sincretismo religioso brasileiro. 
4. 
A expansão da religiosidade católica nas Américas, consequência das 
ações jesuíticas junto aos indígenas. 
5. 
O destino de abolir a escravidão no Brasil, consequência do 
desenvolvimento moral da elite brasileira no século XIX. 
Comentários 
Conforme o capítulo 3, do livro da disciplina, a ideia de “sentido” defendida por Caio 
Prado Júnior é de que o passado colonial brasileiro, quando compreendido em seu viés 
econômico, explica o Brasil contemporâneo “atrasado economicamente”, cujo passado 
era marcado por latifúndios, escravidão e também a relação com o exterior (Portugal). 
2. Pergunta 2 
0/0 
O seguinte trecho se refere à concepção de fonte histórica do historiador alemão 
Leopold von Ranke (1795-1886). Leia-o com atenção: 
"A atenção central à ‘fonte de época’, e a uma metodologia que a permitisse abordar 
com maior precisão, constituiu o vértice de partida do ideário historicista, cumprindo 
notar que os historicistas sempre insistiram acertadamente em fazer notar que esta 
atenção às fontes deve ser acompanhada pela consciência de que qualquer documento 
ou texto foi um dia produzido por seres humanos sujeitos a contextos históricos e 
interesses específicos" (BARROS, José D’Assunção. Ranke: considerações sobre sua 
obra e modelo historiográfico. Diálogos (Maringá. Online), v. 17, n.3, p. 977-1005, set.-
dez./2013. p. 978). 
 
Dentre as afirmações a seguir, marque aquela que melhor descreve aspectos 
importantes da concepção rankeana sobre o tratamento que historiadores deveriam 
dar às fontes históricas: 
Mostrar opções de resposta 
Comentários 
Conforme o capítulo 2, do livro da disciplina, no que diz respeito às fontes, a crítica 
exigia a busca pela autenticidade, pela veracidade, estabelecendo critérios na coleta e 
documentação das fontes, desde as que já eram consideradas até as novas, e a 
institucionalização da pesquisa histórica. 
3. Pergunta 3 
0/0 
Leia o trecho a seguir: 
 
"Até onde se sabe, o Pergaminho Vindel é o único testemunho remanescente de 
músicas de cantigas de amigo [...] O Pergaminho apresenta particularidades 
paleográficas próximas das observadas no Cancioneiro da Ajuda e nos códices das 
Cantigas de Santa Maria" 
(MASSINI-CAGLIARI, G. Cantigas medievais profanas e religiosas. in: A música da fala 
dos trovadores: desvendando a prosódia medieval. São Paulo: Editora Unesp, 2015, p. 
45-46). 
 
A análise paleográfica, utilizada neste estudo, refere-se: 
Mostrar opções de resposta 
Comentários 
Conforme o capítulo 1, do livro da disciplina, ao fazer tal análise, Mabillon desenvolveu 
uma nova metodologia, a qual conhecemos como paleografia. Atualmente, entendemos 
como a ciência que estuda textos antigos ou medievais inscritos em qualquer 
materialidade ou suporte de escrita. 
4. Pergunta 4 
0/0 
Analise com atenção os trechos a seguir, que discutem métodos específicos para o 
trabalho com fontes históricas: 
"[...] neste último estágio, o documento é levado a um ponto em que se assemelha a 
uma das operações científicas pelas quais se constitui uma ciência objetiva: ele se 
torna uma observação e pode ser tratado segundo os métodos das ciências positivas 
(p.47); sem erudição não há história (p. 90); e a crítica positiva da interpretação [...] 
(p.119); a história, para se constituir como ciência (p.228); as formas científicas da 
história (p. 263)" (LANGLOIS & SEIGNOBOS apud REIS, José Carlos. A História entre a 
Filosofia e a Ciência. Belo Horizonte: Autêntica, 1990. p.24). 
 
Os trechos escritos pelos historiadores Charles Langlois e Charles Seignobos, nos quais 
os métodos de trabalho com as fontes históricas são associados à construção de uma 
ciência objetiva, fundados numa crítica positiva, são exemplos: 
Mostrar opções de resposta 
Comentários 
Conforme o capítulo 2, do livro da disciplina, apesar das críticas e das acusações feitas 
aos Metódicos como detentores de um método que defendia a total neutralidade e 
objetividade, Dosse (2002, p. 42) afirma que “os historiadores da Escola Metódica não 
eram os ingênuos pelos quais os fazem passar” [...]. Para Langlois e Seignobos (2009), 
os historiadores, a análise de fontes atuais e os questionamentos a elas são a principal 
ferramenta para estabelecer uma objetividade na pesquisa a ser feita. Langlois, Monod, 
Seignobos, apesar de também serem passíveis de críticas, deram à História um caráter 
de disciplina e, mais do que isso, permitiram que passasse a ser vista como uma 
instituição. 
5. Pergunta 5 
0/0 
Segundo o historiador francês Marc Bloch (1886-1944), um dos fundadores da escola 
dos Annales, “a incompreensão do presente, nasce fatalmente da ignorância do 
passado. Mas, talvez, não seja mais útil esforçarmo-nos por compreender o passado, se 
nada soubermos do presente” (BLOCH, Marc. Introdução à História. Lisboa: 
publicações Europa-América, 1972. p. 42). 
 
Com esta frase, Marc Bloch buscava evidenciar que: 
Ocultar opções de resposta 
1. Incorreta: 
O passado, embora não influenciasse o presente, deveria ser estudado 
por ser interessante e curioso. 
2. 
O ofício dos historiadores, ao estudar o passado, permitia também uma 
melhor compreensão do presente. 
Resposta correta 
3. 
A História, abandonando suas preocupações sobre o passado, evoluiria 
até atingir o nível de compreensão social da Sociologia. 
4. 
As fontes históricas não poderiam ser compreendidas no presente, pois 
foram produzidas no passado. 
5. 
O passado é uma realidade morta e superada, indecifrável a partir dos 
modelos teóricos produzidos no presente. 
Comentários 
Conforme o capítulo 2, do livro da disciplina, o questionamento para os Annales não 
era realizado apenas para organizar a cronologia dos acontecimentos, mas para que se 
compreendesse o presente, então o passado era estudado não para se buscar um 
sentido ou em uma perspectiva evolucional, mas para que o presente do historiador e 
de seu tema fosse analisado. 
6. Pergunta 6 
0/0 
Sobre as implicações no trabalho e na prática do historiador é correto esperar que: 
Mostrar opções de resposta 
Comentários 
Cap 02. O objetivo principal do trabalho do historiador é repensar o passado para 
questionar e compreender o presente, gerando consciência histórica. Assim, o 
repensar o passado não tem por objetivo uma disputa de memória, mas de incluir mais 
vozes na historiografia e para ter expectativa de futuro. 
7. Pergunta 7 
0/0 
Alessandro Portelli traz apontamentos teóricos importantes acerca do trabalho com a 
História Oral. Leia abaixo a citação sobre esse tema: 
 
“O atual pároco de Civitella, e sobrevivente do massacre, padre Daniele Tiezzi, está 
provavelmente correto em seu julgamento de que a ação dos partisans foi conduzida 
com “extrema irresponsabilidade”. Os membros da Resistênciadas cercanias de 
Civitella não eram muito organizados, nem politizados; a utilidade de sua ação é, na 
melhor das hipóteses, duvidosa. Não está claro se pretendiam matar os alemães ou 
somente desarmá-los, se os mataram a sangue frio ou em legítima defesa. Eles 
pioraram as coisas agindo dentro dos muros do povoado e não removendo os corpos e 
outros vestígios de sua ação, o que inevitavelmente envolveu a população. 
Posteriormente, não conseguiram defender ou ajudar o povoado. Mas os que puxaram 
o gatilho no massacre foram os alemães. A provável irresponsabilidade dos membros 
da Resistência não pode, de modo algum, diminuir ou justificar a responsabilidade dos 
alemães”. (PORTELLI, A. In: FERREIRA, M. de M.; AMADO, J. 
Usos & abusos da História Oral. Fundação Getúlio Vargas, 2002) 
 
Com base na experiência de Portelli e do livro didático escolha a alternativa correta: 
Mostrar opções de resposta 
Comentários 
Cap 03. A diversidade nas memórias sobre um mesmo acontecimento demonstra que a 
memória é coletiva, porém com processos próprios de rememoração no presente e 
com o uso da imaginação. Portanto, mesmo que todos os indivíduos de um 
acontecimento sejam entrevistados, não haverá um consenso entre todos os 
participantes. 
8. Pergunta 8 
0/0 
Atente à citação da historiadora Marieta Ferreira abaixo: 
“[...] ao desvalorizar a análise do papel do indivíduo, da conjuntura, dos aspectos 
culturais e políticos, desqualificava o uso dos relatos pessoais, das histórias de vida e 
das biografias. Condenava a sua subjetividade, levantava dúvidas sobre as visões 
distorcidas que apresentavam, enfatizava a dificuldade de se obter relatos fidedignos 
(FERREIRA, M. de M. Desafios e dilemas da história oral nos anos 90: o caso do Brasil”. 
In:História Oral, Associação Brasileira de História Oral. São Paulo, n. 1, p. 21, jun. 
de 1998, p.21) 
 
No que diz respeito ao trabalho do historiador e a História Oral: 
I - A História Oral ganhou visibilidade na década de 1940; 
II - Para a prática de pesquisa na História Oral é preciso considerar a subjetividade do 
historiador e do entrevistado; 
III - Toda fonte é permeada por subjetividades; 
IV - A prática da História Oral está relacionada à centralidade do sujeito histórico na 
prática de pesquisa. 
 
Assinale a alternativa correta: 
Mostrar opções de resposta 
Comentários 
Cap 03. O trabalho com a História Oral é um desdobramento dos testemunhos pós 
Segunda Guerra Mundial, com mais ênfase a partir de 1960, cujo trabalho demanda 
análise da subjetividade que permeia a produção da fonte. Junto a isso, o sujeito 
histórico, simples, marginal se tornou voz e objeto das correntes historiográficas. A 
técnica com a fonte oral permite entender que todas as fontes são permeadas por 
subjetividade. 
9. Pergunta 9 
0/0 
Leia atentamente a citação abaixo de Daniel Roche e escolha a alternativa correta. 
“Os objetos, as relações físicas ou humanas que eles criam não podem se reduzir a uma 
simples materialidade, nem a simples instrumentos de comunicação ou de distinção 
social. Eles não pertencem apenas ao porão ou ao sótão, ou então simultaneamente aos 
dois, e devemos recolocá-los em redes de abstração e sensibilidade essenciais à 
compreensão dos fatos sociais”. 
 
(ROCHE, Daniel. 
História das coisas banais. Nascimento do consumo nas sociedades do século XVII ao 
XIX. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p. 13) 
 
I - Para Daniel Roche, a materialidade das fontes é desconsiderada; 
II - Para Daniel Roche, é preciso considerar a representação do objeto; 
III - Para Daniel Roche, as fontes têm significado também subjetivo; 
IV - Para Daniel Roche, redes de abstração de análise estão sob os fatos sociais. 
 
Assinale a alternativa correta: 
Mostrar opções de resposta 
Comentários 
Cap 02. Para Daniel Roche, as fontes devem ser analisadas em seu contexto, assim 
como sua materialidade e a sua subjetividade. Do mesmo modo, o historiador deve 
considerar além do contexto da fonte a representação que ela tinha. 
10. Pergunta 10 
0/0 
Leia atentamente a citação abaixo e escolha a alternativa correta. 
“[...] o trabalho nos arquivos. Eu o considero muito semelhante ao trabalho dos 
antropólogos, porque estamos num lugar imaginário, em um cômodo do arquivo onde 
há documentos, que muitas vezes não encontramos significado. Da mesma forma que 
fazem os antropólogos quando estão em campo: em um determinado momento, os 
documentos começam a ter algum significado. Como uma iluminação, Deus ou um anjo 
diz o que ela significa. Por isso, os documentos mais interessantes não são os 
cotidianos, banais, evidentes para nós, mas sim os que dizem algo que, de imediato, 
para nós, é incompreensível, misterioso, porque nos sugerem a alteridade com o que 
estudamos, mas, ao mesmo tempo, há algo que devemos interpretar e dar coerência 
com os outros documentos evidentes e banais, já que os outros tendem ao 
anacronismo, porque os entendemos como se fossem documentos atuais. Diante do 
documento “incompreensível”, entendemos que há algo que deva ser reorganizado. 
Esse é o trabalho dos antropólogos. (LEVI, G. O trabalho do historiador: pesquisar, 
resumir, comunicar. In Revista Tempo. Juiz de Fora, 2014, v. 20, p.2) 
1. Giovanni Levi defende que todo arquivo, aparentemente banal ou não, deve ser 
considerado; 
2. Em um arquivo é preciso estar disposto a analisar aquilo que não parece atrair 
a atenção do historiador; 
3. O trabalho do antropólogo, nesse caso, influencia o do historiador a organizar 
às informações encontradas; 
4. É preciso imaginação e subjetividade em um trabalho de arquivo. 
 
Assinale a alternativa correta: 
Mostrar opções de resposta 
Comentários 
Cap 03. Para o historiador Giovanni Levi é preciso sensibilidade e subjetividade ao 
entrar em um arquivo, a fim de conseguir entender as tantas informações que podem 
ser encontradas nelas. Mesmo que haja perguntas pré-estabelecidas e fontes já 
esperadas, é preciso também estar aberto aquilo que parece banal, do cotidiano, 
porque junto às outras elas permitem entender aspectos diversos sobre os grupos 
sociais ali representados.

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