Resenha crítica filme A Missão

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA BAIXADA FLUMINENSE
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
BRUNNA MENEZES PEREIRA
GABRIEL FERNANDES TELLES
LORENA GONÇALVES DE JESUS
PAULA TAÍS PENHAVEL TRANCEDO
PAULO HENRIQUE DE JESUS DIAS
RESENHA CRÍTICA DO FILME:
A Missão - 1986
RIO DE JANEIRO
2022
BRUNNA MENEZES PEREIRA
GABRIEL FERNANDES TELLES
LORENA GONÇALVES DE JESUS
PAULA TAÍS PENHAVEL TANCREDO
PAULO HENRIQUE DE JESUS DIAS
RESENHA CRÍTICA DO FILME:
A Missão - 1986
Trabalho apresentado como parte dos requisitos para obtenção dos créditos da disciplina Perspectivas Históricas das Ideias Pedagógicas, ministrada pela Profa. Dra. Renata Oliveira, à Faculdade de Educação da Baixada Fluminense da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 
RIO DE JANEIRO
2022
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por finalidade apresentar uma breve análise do filme A Missão, drama histórico dirigido por Roland Joffé, e sugerir reflexões a partir de dados históricos relacionados à educação, interligados ao conteúdo dos textos trabalhados em sala na disciplina. O longa, bastante premiado e que estreou em 1986, retrata a atuação dos Jesuítas, da chamada Companhia de Jesus, junto aos indígenas Guarani, na região em que se encontram hoje as fronteiras entre Brasil, Paraguai e Argentina (mais especificamente na parte superior das Cataratas do Iguaçu), e o desenrolar das disputas entre portugueses e espanhóis por território e indígenas para escravizar, a partir do Tratado de Madrid, e 1750.
Fundada por Lopez de Loyola na França e reconhecida por bula papal em 1540, a Companhia de Jesus e seus membros, os Jesuítas, tinham como objetivo principal a evangelização para disseminação da fé católica com métodos disciplinares próprios para a vida religiosa e a educação. Nascida em um momento de contraposição à fé protestante e uma preocupação com o destino dos nativos nas colônias, seus missionários alcançaram diversas partes do mundo, e no Novo Mundo influenciaram massivamente os locais onde se estabeleceram, por séculos. O filme mostra a história de um padre jesuíta desde seu primeiro contato direto com os Guaranis, sua aceitação e estabelecimento entre eles, e as questões territoriais e de angariamento de mão de obra escrava indígena entre portugueses e espanhois na região, que culminou na Guerra Guaranítica (ou Guerra dos Sete Povos), entre os anos de 1750 e 1756. Em meio a tais disputas ocorrem grandes processos de aculturação, exploração de recursos naturais, a organização, controle e disciplina jesuíticas dominando o lugar e depois decaindo sob o jugo das armas dos colonizadores, como detalharemos a seguir.
No Brasil, a Rede Jesuíta de Educação é responsável por 17 escolas, colégios e creches, que reúnem mais de 31 mil alunos e quase 2 mil educadores. A Companhia de Jesus mantém ainda seis faculdades e universidades, além de atuar fortemente na área de Educação Popular, por meio de várias iniciativas, como Centro Santa Fé, Projeto OCA (Oficinas Culturais Anchieta), CAC (Centro Alternativo de Cultura) e Fundação Fé e Alegria, que atua em 14 estados, atendendo a mais de 10 mil crianças, adolescentes e jovens. https://www.jesuitasbrasil.org.br/educacao/
(análise da Brunna)
  O filme “A missão” da início com a seguinte frase: “ Os acontecimentos desta história são verdadeiros e ocorreram nas fronteiras da Argentina, Paraguai e Brasil no ano de 1750”. O pano de fundo aqui é a colonização da América do Sul pelos espanhóis e portugueses no século XVIII, mostrando as missões jesuítas da Igreja Católica ocorridas nesse período. Nas o tema principal começa a ser abordado logo no início, quando um grupo de indígenas amarra o padre a uma cruz e o joga no rio. Após essa cena com o padre sendo jogado no rio, são apresentados os personagem de Jeremy Irons, padre Gabriel. Que é um missionário jesuíta que vai tentar um contato com uma tribo de índios guaranis. O final do século XV e início do XVI é o período em que a Europa começa a se questionar sobre quem habita o outro lado do mundo, essa era a época das grandes navegações, e também de grandes descobertas. As missões religiosas fazem parte deste contexto histórico e de uma visão européia ainda bastante etnocêntrica. Essas missões típicas da ordem missionária jesuíta apresentam três características marcantes: a primazia da obediência, o sentido de organização e a espiritualidade como ação. O filme relata através da história da Missão de São Carlos comandada pelo Padre Gabriel todos os meandros da colonização desenfreada da América do Sul. 
  Vemos no filme a discriminação que os índios sofriam dos colonizadores sendo tratados muito mal; sem dizer que muitos foram obrigados a escravidão; a luta pelo controle de terras indígenas colonizadas. A Companhia de Jesus, percebida como uma organização modernizadora, para o seu tempo, conquistou mais segmentos do espaço colonial do que qualquer outra ordem e, com uma organização escolar mais ‘eficiente’, teve colégios espalhados por todo o Brasil e atuou, desde a vinda dos primeiros jesuítas liderados pelo Padre Manoel da Nóbrega até sua expulsão, cerca de 200 anos. O poder  jesuítico permeia todo o cenário colonial: o campo econômico, pacificando e habilitando a mão-de-obra indígena; a política, exercendo forte influência junto à Coroa Portuguesa e participando das mais importantes decisões da época; “as diversas instâncias da vida cultural, veiculando ideologias literárias, imagéticas e religiosas; e, finalmente, o terreno prático, mediante o exercício do apostolado missionário, da educação formal, ministrada nos colégios, e do sermonário religioso, pregado nos púlpitos das igrejas.” Na época da colonização, eles, os jesuítas, acreditavam que deveriam destruir a cultura do outro e impor a cultura cristã. 
  Ao fim vemos colonizadores portugueses e espanhóis e a Igreja Católica, tentando acabar com as missões Jesuítas.Afinal, as missões davam voz e terra aos índios, coisa que a colonização desenfreada que ocorria por aqui não poderia permitir.
"A Missão" se posiciona como um filme denúncia, assumindo certas posições extremas, como tratar os jesuítas sendo os heróis e os colonizadores sendo os vilões. E até a Igreja Católica, que não tomou uma decisão feliz ao «lavar as mãos» em relação ao conflito, também é poupada. Mas como o foco seria a situação dos índios, principalmente, o massacre que ocorreu com eles, o filme optou por não se por com um olhar isento, para se colocar assim, teve aqui uma engenhosa manobra narrativa, quando vemos que tudo é contado por um dos personagens. 
  O filme, mais do que faz um relato histórico das missões e do relacionamento entre culturas diferentes, aponta para a possibilidade de discussão destas questões, que de maneira alguma ficaram resolvidas no passado. Ao contrário, continuam sendo problemáticas.  
 
(análise do Gabriel)
Filme a '' A missão '' 
No final do século XVIII, Rodrigo Mendosa é um mercador de escravos espanhol[4] que faz da violência seu modo de vida, mata o próprio irmão na disputa pela mulher que ama. Porém, o remorso leva-o a juntar-se aos jesuítas, nas florestas brasileiras. Lá, ele fará de tudo para defender os índios que antes escravizara.
Breve resumo:
Rodrigo Mendoza no início do filme é um dos homens que escravizavam indígenas, após matar seu irmão por ciúmes da mulher que amar estar com ele, ele se castiga e vai em uma expedição junto do Padre Gabriel para uma região indígena, no caminho dessa expedição ele carrega metais pesados pelo caminho como forma de punição pela morte de seu irmão, com o passar do tempo ele começa a viver nessas regiões indígenas e começa a gostar deles.
Rodrigo Mendoza participando de diversas atividades indígenas junto dos jesuítas, caçando com eles, brincando e etc, decidiu no meio do filme se tornar um jesuíta também, sendo convertido pelo padre Gabriel.
Os espanhóis com diversos objetos indígenas encontram um juiz com a reclamação de que os jesuítas tinham poder demais naquela região e falam sobre o julgamento.Em território espanhol, jesuítas e os indígenas participam de um debate sobre se os indígenas deveriam ser tomados ou não, onde os jesuítas defendem os indígenas da escravidão e os portugueses chamam os indígenas de animais que devem ser domados pela espada e o chicote. No julgamento também irá decidir se as missões jesuítas continuam com a proteção da igreja, logo após isso o padre Gabriel comenta sobre o combinado da repartição da selva entre portugueses e espanhóis e que na verdade acima da cachoeira a terra pertencia a Deus e aos guaranis e que eles não são animais e sim espirituais. Nessa cena uma pessoa se levanta e contesta o padre Gabriel falando que são animais por que matam os próprios filhos, então ele explica que quando os indígenas tem dois filhos, eles matam um deles por conta de só poderem carregar uma criança quando eles correm por causa da invasão e perseguição dos colonizadores. Dom cabeça então levanta e fala que em território espanhol os indígenas não há escravidão dos indígenas e que eles respeitam de acordo com as leis da igreja, Rodrigo Mendosa então levanta e chama ele de mentiroso e Dom se irrita e vai embora, isso faz complicar mais ainda o julgamento. Logo após isso, o padre Gabriel pede para Mendoza se desculpar e diz ao Juiz que os espanhóis tem escravos comprados dos portugueses e que Dom cabeça quer que os portugueses tomem as terras dos indígenas e que eles só tem os jesuítas. Padre Gabriel convida o Juiz a ir visitar as terras indígenas com o proposito de conhecer um pouco de sua cultura e historia. O juiz visita a comunidade indígena, passando pelo mesmo que Rodrigues quando chegou nas terras indígenas, viu as atividades deles, brincadeiras, culturas, rituais e tradições, em um círculo espiritual o Juiz em seu pensamento diz que os indígenas preferiam que o mar e o vento não tivessem trazido os colonizadores ate o povo indígena. Logo após em uma mesa com os indígenas, o juiz pede para que o padre Gabriel dizer aos indígenas deixarem a missão e que essa seria a vontade de Deus e da igreja, os indígenas ficam revoltados por que não querem voltar a floresta e dizem que vão lutar, os indígenas não querem voltar a floresta por conta de acreditam que o diabo vive la e falam que Deus os abandonouRodrigo encontra o padre Gabriel e diz que quer renunciar como padre para lutar ao lado dos indígenas, mas Gabriel se irrita dizendo que não se resolve assim pois Deus é amor. Os colonos invadem as terras indígenas e diversas lutas entre indígenas e colonizadores acontecem, o filme vai se finalizando ao decorrer dessas lutas, onde Rodrigo ajuda os indígenas na luta contra os colonos. 
No final o padre Gabriel se junta com os indígenas em uma caminha para completar a missão com um artefato na mão que parece uma cruz enquanto os colonos atiram neles durante a caminhada, nessa cena Rodrigo leva um tiro e fica no chão observando Gabriel e os indígenas caminharem e então Gabriel leva um tiro.
Dialogo entre juiz, Rontar e Dom cabeça, onde o Juiz questiona Dom cabeça se precisava dessa matança e Dom diz que era necessidade, então Rontar ressalta que o mundo é assim, mas o Juiz fala que na verdade eles fizeram o mundo assim.
Ao final o que sobrou dos indígenas entra em um barco e vai embora, ‘’ O espírito dos mortos sobrevive na memória dos vivos ‘’.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS