Buscar

AULA 02 - HERMENEUTICA - PROF. PR.MARCOS PAULO POTRATZ

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Pais apostólicos: escolas e a interpretação. 
 
Método alegórico 
 
A escola Alexandria – Orígenes 
 
Porfírio de acordo com Eusébio de Cesárea, ao escrever 
no terceiro livro contra os cristãos, fala da profundidade de 
Orígenes na filosofia grega e diz ter sido com os clássicos 
que ele aprendeu o método alegórico de interpretação. 
Eusébio nega. (História Eclesiástica, p. 220) 
• A escola de Antioquia - João Crisóstomo 
 
Em artigo intitulado: ―BREVE HISTÓRIA DA ESCOLA DE ANTIOQUIA 
E SUA INFLUÊNCIA NA HERMENÊUTICA DA REFORMA 
PROTESTANTE‖, de Márcio Vinícius Bastos, ele coloca que, 
 
[…] Justo Gonzáles faz a seguinte observação: Deodoro rejeitava o 
alegorismo alexandrino e preferia um método exegético em que o 
sentido literal da Bíblia levava a ensinamentos morais e espirituais. 
Sobre esta base, Deodoro produziu comentários de boa parte da 
Bíblia, que infelizmente não foram conservados. Também escreveu 
sobre temas teológicos uma boa quantidade de obras, todas 
perdidas.18 Deodoro foi o mestre de outros dois pais da escola de 
Antioquia que se tornaram grandes proponentes da mesma: Teodoro 
de Mopsuéstia e João Crisóstomo. 
• A primeira razão por que precisamos aprender como interpretar 
é que todo leitor — quer queira, quer não — é ao mesmo tempo um 
intérprete; ou seja, a maioria de nós assume que, quando lemos, 
também entendemos o que lemos. Temos também a tendência de 
pensar que nosso entendimento é a mesma coisa que a intenção 
do Espírito Santo ou do autor humano. Apesar disso, do mesmo 
modo, levamos para o texto tudo quanto somos, com todas as 
nossas experiências, cultura e entendimento prévio de palavras e 
ideias. 
• Considerações sobre pressuposto. 
 
Às vezes, aquilo que levamos para o texto nos desencaminha ou nos 
leva a atribuir ao texto ideias que lhe são estranhas ( isso não é 
exegeses) , mesmo quando isso não é a nossa intenção. Dessa forma, 
quando uma pessoa em nossa cultura ouve a palavra ―cruz‖, séculos de 
arte e simbolismo cristãos levam a maioria das pessoas a pensar 
automaticamente numa cruz romana (+), embora haja pouca 
probabilidade de que tenha sido esse o formato da cruz de Jesus, que 
provavelmente tinha a forma de um ―T ‖. Quando Paulo diz ―e não fiqueis 
pensando em como atender aos desejos da carne‖ (Rm 13.14), em 
muitas culturas, as pessoas tendem a pensar que ―carne‖ se refere ao 
―corpo‖ e, portanto, que Paulo está falando de ―desejos físicos‖. No 
entanto, a palavra ―carne‖, conforme Paulo a emprega, raras vezes se 
refere ao corpo em si — e nesse texto é quase certo que não se trata 
desse sentido. O sentido mais usado pelo apóstolo diz respeito à 
enfermidade espiritual, algumas vezes chamada de ―natureza 
pecaminosa‖. (P. 25). 
• Considerações para tomar o significado do termo no seu 
contexto. 
 
• Figura (01 e 02): 1 Co 6:12-20 
• Figura (03): Gl 5:16-21 
• Figura (04): 1 Co 7:25-29 
 
 
• A natureza da Bíblia: 
 
A Bíblia é, ao mesmo tempo, humana e divina. ―A Bíblia‖, como tem sido 
dito de forma correta, ―é a Palavra de Deus apresentada em palavras 
humanas na história‖. E essa dupla natureza da Bíblia que exige da 
nossa parte a tarefa da interpretação. (P.28) 
• O fato de a Bíblia ter um lado humano é o nosso encorajamento; 
também é o nosso desafio, e é a razão por que precisamos 
interpretá-la. Duas coisas precisam ser notadas quanto a isso. 
1. Um dos aspectos mais importantes do lado humano da Bíblia é que 
Deus, para comunicar sua Palavra a partir das condições humanas, 
escolheu fazer uso de quase todo tipo de comunicação disponível: 
história em narrativa, genealogias, crônicas, leis de todos os tipos, 
poesia de todos os tipos, provérbios, oráculos proféticos, 
 enigmas, drama, esboços biográficos, parábolas, cartas, sermões e 
apocalipses. Para interpretar corretamente o ―lá e antigamente‖ dos 
textos bíblicos, você não somente precisa saber algumas regras gerais 
que se aplicam a todas as palavras da Bíblia, como também você deve 
aprender as regras especiais que se aplicam a cada uma dessas 
formas literárias (gêneros). A maneira de Deus nos comunicar sua 
Palavra no ―aqui e atualmente‖ frequentemente 
• diferirá de uma forma para outra. Por exemplo, precisamos saber 
como um salmo, uma forma frequentemente direcionada a Deus, 
funciona como a Palavra de Deus para nós, e como certos salmos 
diferem de outros, e como todos eles diferem das ―leis‖, que 
frequentemente eram destinadas a pessoas em situações culturais 
que já não mais existem. Como tais ―leis‖ falam conosco, e como 
diferem das ―leis‖ morais, que sempre são válidas em todas as 
circunstâncias? Essas são as questões que a dupla natureza da 
Bíblia nos impõe. 
• 2. Ao falar através de pessoas reais, numa variedade de 
circunstâncias, por um período de 1500 anos, a Palavra de Deus foi 
expressa no vocabulário e nos padrões de pensamento daquelas 
pessoas, e condicionada pela cultura daqueles tempos e daquelas 
circunstâncias. Ou seja: a Palavra de Deus para nós foi 
primeiramente a Palavra de Deus para aquelas pessoas. Se iriam 
ouvi-la, isso apenas poderia ocorrer por meio de acontecimentos e 
em uma linguagem que elas fossem capazes de entender. Nosso 
problema é que estamos bem distantes delas no tempo, e às vezes 
no pensamento. Essa é a razão principal por que precisamos 
aprender a interpretar a Bíblia. (P. 30;31). 
 
• Argumento em favor do contexto: 
 
 
• Como notaremos em breve, não se começa consultando os 
―especialistas‖. No entanto, quando isso for necessário, devemos 
buscar usar as melhores fontes. Por exemplo, em Marcos 10.24 (Mt 
19.23;Lc 18.24), no término da história do jovem rico, Jesus diz: 
―Filhos, como é difícil entrar no reino de Deus!‖ — e acrescenta — ―Ê 
mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um 
rico entrar no reino de Deus‖. Algumas vezes, você ouvirá alguém 
dizer que havia uma porta em Jerusalém conhecida como ―Fundo da 
Agulha‖, pela qual os camelos somente poderiam atravessar de 
joelhos, e com grande dificuldade. A lição dessa ―interpretação‖ é que 
um camelo poderia realmente passar pelo ―Fundo da Agulha‖. No 
entanto, o problema dessa ―exegese‖ é que simplesmente não é 
verdadeira. Nunca houve semelhante porta em Jerusalém, em 
qualquer período de sua história. 
• A primeira ―evidência‖ que se conhece em prol de tal ideia 
é achada no século XI, no comentário de um eclesiástico 
grego chamado Teofilacto, que tinha a mesma dificuldade 
com o texto que nós temos. Afinal de contas, é im 
possível para um camelo passar pelo fundo de uma 
agulha, e era exatamente o que Jesus queria ensinar. F 
impossível para alguém que confia nas riquezas entrar no 
Reino. E necessário um milagre para uma pessoa rica 
receber a salvação, o que é certamente a lição das 
palavras que se seguem: ―Para Deus tudo é 
possível‖.(p.33) 
 
• O contexto histórico, que diferirá de livro para livro, tem a ver com 
várias coisas: a época e a cultura do autor e dos seus leitores, ou 
seja, os fatores geográficos, topográficos e políticos que são relevan-
tes ao âmbito do autor; e a ocasião do livro, carta, salmo, oráculo 
profético ou outro gênero. Todos os assuntos deste tipo são especial 
mente importantes para a compreensão. No entanto, a questão mais 
importante do contexto histórico tem a ver com a ocasião e com o 
propósito de cada livro bíblico e/ou de suas várias partes. Aqui, 
desejamos ter uma ideia daquilo que acontecia em Israel, ou na 
Igreja, que ocasionou o surgimento de semelhante documento, ou 
qual era a situação do autor que o levou a falar ou escrever. 
Novamente, isso variará de livro a livro, e é uma questão menos 
crucial para Provérbios, por exemplo, do que para I Coríntios. 
• Contexto literário - É isso que a maioria das pessoas quer dizer 
quando fala acerca de ler alguma coisa em seu contexto. De fato, 
essa é a tarefa mais crucialda exegese, e felizmente é algo que você 
pode aprender a fazer bem sem ter de consultar necessariamente os 
―especialistas‖. Em termos essenciais, o contexto literário significa 
primeiro que as palavras somente fazem sentido dentro de frases, e 
segundo que as frases na Bíblia, em sua maior parte, somente têm 
significado claro em relação às frases anteriores e posteriores. A 
pergunta contextual mais importante que você poderá fazer — e deve 
ser feita repetidas vezes acerca de cada frase e de cada parágrafo — 
é: ―Qual é a razão disso?‖. Devemos procurar descobrir a linha de 
pensamento do autor. O que o autor diz e por que o diz exatamente 
aqui? Tendo ensinado a lição, o que ele diz em seguida, e por quê? 
(P. 36) 
• Perguntas de conteúdo 
A segunda maior categoria de perguntas que você precisa fazer a 
qualquer texto diz respeito ao conteúdo real do autor. ―Conteúdo‖ tem a 
ver com os significados das palavras, com as relações gramaticais 
estabelecidas nas frases, e com a escolha do texto original, cujos 
manuscritos (cópias escritas à mão) diferem um do outro (ver próximo 
capítulo). Isso também inclui certo número de itens menciona dos 
anteriormente no tópico ―contexto histórico‖, por exemplo: o significado 
de ―denário‖, ou ―jornada de um sábado‖, ou ―lugares altos‖, etc. Em 
sua maior parte, são essas as perguntas de significado que as 
pessoas comumente fazem ao texto bíblico. Quando Paulo escreve em 
2Coríntios 5.16: ―Embora tenhamos conhecido a Cristo segundo a 
carne, agora já não O conhecemos deste modo‖ (nasb), queremos 
saber a quem se refere à expressão ―segundo a carne‖— a Cristo ou à 
pessoa que o conhecia? Em termos de significado, há uma diferença 
considerável em saber que ―nós‖ conhecemos a Cristo não mais ―de 
um ponto de vista mundano‖(tniv,niv) ,que é o que Paulo quer dizer, e 
não que não mais conhecemos a Cristo ―em sua vida terrena‖. (P. 37) 
Analises e contra pontos 
• Um caso mais difícil pode ser visto em um texto como 2Coríntios 
6.14: ―Não vos coloqueis em jugo desigual com os incrédulos‖. 
Tradicionalmente, esse texto tem sido interpretado como uma 
proibição do casamento entre um cristão e um não cristão. No 
entanto, a metáfora de um jugo é raramente empregada na 
antiguidade para referir-se ao casamento, e não há absolutamente 
nada no contexto que, da forma mais remota, indique que o 
casamento esteja em foco aqui. Nosso problema é que não podemos 
ter certeza quanto àquilo que o texto original proíbe. E bem provável 
que seja algo referente à idolatria, algo talvez semelhante à proibição 
adicional relativa à frequência das festas idólatras (cf. lCo 10.14-22). 
Dessa forma, não podemos ―estender‖, com legitimidade, o princípio 
desse texto, uma vez que não podemos ter certeza de seu 
significado original? Provavelmente sim, mas enfatizo que só 
podemos fazê-lo porque realmente se trata de um princípio bíblico 
que pode ser sustentado à parte desse único texto. (P. 94). 
• 2 Coríntios 6: 14. Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; 
porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que 
comunhão tem a luz com as trevas? 15. E que concórdia há entre 
Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? – Bíblia 
 
• 1 Coríntios 7: 15. Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque 
neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus 
chamou-nos para a paz. - Bíblia 
 
• Considerações sobre questões culturais: […]por um lado, salvaguar-
dar o evangelho de ser transformado em lei através da cultura ou do 
costume religioso, e, por outro lado, conservar o próprio evangelho 
contra mudanças que visem a refletir cada tipo concebível de 
expressão cultural. (P. 99).

Continue navegando