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Informativo STF 1068

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23 DE SETEMBRO DE 2022
Edição 1068/2022
Secretaria-Geral da Presidência
Estêvão André Cardoso Waterloo
Gabinete da Presidência
Paula Pessoa Pereira
Diretoria-Geral
Miguel Ricardo de Oliveira Piazzi
Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação
Manuelita Hermes Rosa Oliveira Filha
Coordenadoria de Difusão da Informação
Thiago Gontijo Vieira
Equipe Técnica
Renan Arakawa Pamplona
Anna Daniela de Araújo M. dos Santos
Daniela Damasceno Neves Pinheiro
João de Souza Nascimento Neto
Luiz Carlos Gomes de Freitas Júnior
Mariana Bontempo Bastos
Ricardo Henriques Pontes
Tays Renata Lemos Nogueira
Capa e projeto gráfico
Flávia Carvalho Coelho Arlant
Diagramação
Ana Carolina Caetano
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Supremo Tribunal Federal — Biblioteca Ministro Victor Nunes Leal)
Informativo STF [recurso eletrônico] / Supremo Tribunal Federal. N. 1, (1995) – . Brasília : STF, 1995 – .
Semanal.
O Informativo STF, periódico semanal do Supremo Tribunal Federal, apresenta, de forma objetiva e concisa, resumos das teses e 
conclusões dos principais julgamentos realizados pelos órgãos colegiados – Plenário e Turmas –, em ambiente presencial e virtual. 
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF
ISSN: 2675-8210.
1. Tribunal supremo, jurisprudência, Brasil. 2. Tribunal supremo, periódico, Brasil. I. Brasil. Supremo Tribunal Federal (STF). Secretaria de 
Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação. 
CDDir 340.6
Permite-se a reprodução desta publicação, no todo ou em parte, sem alteração do conteúdo, desde que citada a fonte.
ISSN: 2675-8210
INFORMATIVO STF. Brasília: Supremo Tribunal Federal, Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação, n. 1068/2022. 
Disponível em: http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF. Data de divulgação: 23 de setembro de 2022. 
INFORMAÇÕES 
ADICIONAIS
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/informativoSTF/anexo/Informativo_Dados/Dados_InformativosSTF.xlsx
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF
https://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF
EDIÇÃO 1068/2022 | INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
MINISTRA
ROSA MARIA PIRES WEBER
Presidente [19.12.2011]
MINISTRO
LUÍS ROBERTO BARROSO
Vice-presidente [26.6.2013]
MINISTRO
GILMAR FERREIRA MENDES
Decano [20.6.2002]
MINISTRO
ENRIQUE RICARDO LEWANDOWSKI
[16.3.2006]
MINISTRA
CÁRMEN LÚCIA ANTUNES ROCHA
[21.6.2006]
MINISTRO
JOSÉ ANTONIO DIAS TOFFOLI
[23.10.2009]
MINISTRO
LUIZ FUX
[3.3.2011]
MINISTRO
LUIZ EDSON FACHIN
[16.6.2015]
MINISTRO
ALEXANDRE DE MORAES
[22.3.2017]
MINISTRO
KASSIO NUNES MARQUES
[5.11.2020]
MINISTRO
ANDRÉ LUIZ DE ALMEIDA MENDONÇA
[16.12.2021]
EDIÇÃO 1068/2022 | INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
SUMÁRIO
1 INFORMATIVO
1.1 PLENÁRIO
DIREITO CONSTITUCIONAL
 » Direitos e Garantias Fundamentais
• Compartilhamento de dados no âmbito da Administração Pública federal - 
ADI 6649/DF e ADPF 695/DF
• Produtos fumígenos: restrições à publicidade e inserção de advertências 
sanitárias nas embalagens - ADI 3311/DF
DIREITO DO TRABALHO
 » Piso salarial da categoria
• Piso salarial nacional para os profissionais da enfermagem - ADI 7222 
MC-Ref/DF
DIREITO FINANCEIRO
 » Federalismo fiscal
• Autonomia municipal e vinculação de parte do ICMS recebido pelo estado 
- ADI 2355/PR
2 PLENÁRIO VIRTUAL EM EVIDÊNCIA
• Liberdade de associação (Tema 922 RG) - RE 820823/DF
• Repasse de verba de fundo eleitoral a partido ou candidato não coligados 
- ADI 7214/DF
• Antecipação de pagamento de despesa com diligência de oficial de justiça 
pela Fazenda Pública - ADI 5969/PA
EDIÇÃO 1068/2022 | 
5
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
• Cobrança do DIFAL do ICMS no mesmo exercício financeiro em que foi 
instituído - ADI 7066/DF, ADI 7070/DF e ADI 7078/CE
• Proibição de multa contratual por quebra de fidelidade durante a pandemia 
- ADI 7211/RJ
• Instituição de taxa para financiamento de serviço de segurança pública - 
ADI 2692/DF
• Redução de alíquota do ICMS para cerveja à base de mandioca sem a 
definição do impacto orçamentário - ADI 6152/MA
EDIÇÃO 1068/2022 | 
6
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
1 INFORMATIVO
1.1 PLENÁRIO
DIREITO CONSTITUCIONAL – DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Compartilhamento de dados no âmbito 
da Administração Pública federal - 
ADI 6649/DF e ADPF 695/DF 
AMICUS
CURIAE 
ÁUDIO
DO TEXTO 
 
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 
VÍDEO DO
JULGAMENTO
Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4
RESUMO:
É legítimo, desde que observados alguns parâmetros, o compartilhamento de 
dados pessoais entre órgãos e entidades da Administração Pública federal, sem 
qualquer prejuízo da irrestrita observância dos princípios gerais e mecanismos de 
proteção elencados na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei 13.709/2018) 
e dos direitos constitucionais à privacidade e proteção de dados.
Consoante recente entendimento desta Corte, a proteção de dados pessoais e a auto-
determinação informacional são direitos fundamentais autônomos, dos quais decorrem 
tutela jurídica específica e dimensão normativa própria. Assim, é necessária a instituição 
de controle efetivo e transparente da coleta, armazenamento, aproveitamento, trans-
ferência e compartilhamento desses dados, bem como o controle de políticas públicas 
que possam afetar substancialmente o direito fundamental à proteção de dados (1).
Na espécie, o Decreto 10.046/2019, da Presidência da República, dispõe sobre a gover-
nança no compartilhamento de dados no âmbito da Administração Pública federal 
e institui o Cadastro Base do Cidadão e o Comitê Central de Governança de Dados.
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6079238
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5938693
https://drive.google.com/file/d/12ePjzmZcinYfrxJ13OXmp2_pxfMb3o2V/view?usp=sharing
https://youtu.be/E8tAw9h4ydU?t=1 
https://youtu.be/_W4groz-AFI?t=1 
https://youtu.be/5sVAvhUgWOw?t=1 
https://youtu.be/H-gfG2yHU74?t=1 
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/
EDIÇÃO 1068/2022 | 
7
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
Para a sua plena validade, é necessário que seu conteúdo seja interpretado em con-
formidade com a Constituição Federal, subtraindo do campo semântico da norma, 
eventuais aplicações ou interpretações que conflitem com o direito fundamental à pro-
teção de dados pessoais.
Com base nesse entendimento, o Tribunal, por maioria, julgou parcialmente proceden-
tes as ações, para conferir interpretação conforme a Constituição Federal ao Decreto 
10.046/2019, nos seguintes termos: 
“1. O compartilhamento de dados pessoais entre órgãos e entidades da 
Administração Pública, pressupõe: a) eleição de propósitos legítimos, específicos 
e explícitos para o tratamento de dados (art. 6º, inciso I, da Lei 13.709/2018); b) 
compatibilidade do tratamento com as finalidades informadas (art. 6º, inciso II); 
c) limitação do compartilhamento ao mínimo necessário para o atendimento da 
finalidade informada (art. 6º, inciso III); bem como o cumprimento integral dos 
requisitos, garantias e procedimentos estabelecidos na Lei Geral de Proteção 
de Dados, no que for compatível com o setor público.
2. O compartilhamento de dados pessoais entre órgãos públicos pressupõe 
rigorosa observância do art. 23, inciso I, da Lei 13.709/2018, que determina 
seja dada a devida publicidade às hipóteses em que cada entidade governa-
mental compartilha ou tem acesso a banco de dados pessoais, ‘fornecendo 
informações claras e atualizadas sobre a previsão legal, a finalidade, os pro-
cedimentos e as práticas utilizadas para a execução dessas atividades, em 
veículos de fácil acesso, preferencialmente em seus sítios eletrônicos’.
3. O acesso de órgãos e entidades governamentais ao Cadastro Base do 
Cidadão fica condicionado ao atendimento integral das diretrizesacima arro-
ladas, cabendo ao Comitê Central de Governança de Dados, no exercício das 
competências aludidas nos arts. 21, incisos VI, VII e VIII do Decreto 10.046/2019: 
3.1. prever mecanismos rigorosos de controle de acesso ao Cadastro Base do 
Cidadão, o qual será limitado a órgãos e entidades que comprovarem real 
necessidade de acesso aos dados pessoais nele reunidos. Nesse sentido, a 
permissão de acesso somente poderá ser concedida para o alcance de pro-
pósitos legítimos, específicos e explícitos, sendo limitada a informações que 
sejam indispensáveis ao atendimento do interesse público, nos termos do art. 
7º, inciso III, e art. 23, caput e inciso I, da Lei 13.709/2018; 3.2. justificar formal, 
prévia e minudentemente, à luz dos postulados da proporcionalidade, da razo-
abilidade e dos princípios gerais de proteção da LGPD, tanto a necessidade de 
inclusão de novos dados pessoais na base integradora (art. 21, inciso VII) como 
a escolha das bases temáticas que comporão o Cadastro Base do Cidadão 
(art. 21, inciso VIII); 3.3. instituir medidas de segurança compatíveis com os 
princípios de proteção da LGPD, em especial a criação de sistema eletrônico 
de registro de acesso, para efeito de responsabilização em caso de abuso.
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8
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
4. O compartilhamento de informações pessoais em atividades de inteligên-
cia observará o disposto em legislação específica e os parâmetros fixados no 
julgamento da ADI 6.529, Rel. Min. Cármen Lúcia, quais sejam: (i) adoção de 
medidas proporcionais e estritamente necessárias ao atendimento do interesse 
público; (ii) instauração de procedimento administrativo formal, acompanhado 
de prévia e exaustiva motivação, para permitir o controle de legalidade pelo 
Poder Judiciário; (iii) utilização de sistemas eletrônicos de segurança e de regis-
tro de acesso, inclusive para efeito de responsabilização em caso de abuso; 
e (iv) observância dos princípios gerais de proteção e dos direitos do titular 
previstos na LGPD, no que for compatível com o exercício dessa função estatal.
5. O tratamento de dados pessoais promovido por órgãos públicos ao arre-
pio dos parâmetros legais e constitucionais importará a responsabilidade civil 
do Estado pelos danos suportados pelos particulares, na forma dos arts. 42 
e seguintes da Lei 13.709/2018, associada ao exercício do direito de regresso 
contra os servidores e agentes políticos responsáveis pelo ato ilícito, em caso 
de culpa ou dolo.
6. A transgressão dolosa ao dever de publicidade estabelecido no art. 23, 
inciso I, da LGPD, fora das hipóteses constitucionais de sigilo, importará a res-
ponsabilização do agente estatal por ato de improbidade administrativa, nos 
termos do art. 11, inciso IV, da Lei 8.429/1992, sem prejuízo da aplicação das 
sanções disciplinares previstas nos estatutos dos servidores públicos federais, 
municipais e estaduais.”
Por fim, o Tribunal declarou, com efeito pro futuro, a inconstitucionalidade do art. 22 do 
Decreto 10.046/2019, preservando a atual estrutura do Comitê Central de Governança 
de Dados pelo prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de publicação da ata de 
julgamento, a fim de garantir ao Chefe do Poder Executivo prazo hábil para (i) atribuir 
ao órgão um perfil independente e plural, aberto à participação efetiva de represen-
tantes de outras instituições democráticas; e (ii) conferir aos seus integrantes garantias 
mínimas contra influências indevidas. Vencidos, parcialmente e nos termos de seus res-
pectivos votos, os Ministros André Mendonça, Nunes Marques e Edson Fachin.
(1) Precedente citado: ADI 6.387 Ref-MC.
ADI 6649/DF, relator Min. Gilmar Mendes, julgamento finalizado em 15.9.2022
ADPF 695/DF, relator Min. Gilmar Mendes, julgamento finalizado em 15.9.2022
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754357629
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6079238
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5938693
EDIÇÃO 1068/2022 | 
9
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
DIREITO CONSTITUCIONAL – DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
DIREITO DA SAÚDE – SAÚDE PÚBLICA
Produtos fumígenos: restrições à publicidade 
e inserção de advertências sanitárias 
nas embalagens - ADI 3311/DF 
AMICUS
CURIAE 
ÁUDIO
DO TEXTO
RESUMO:
Não viola o texto constitucional a imposição legal de restrições à publicidade de 
produtos fumígenos e de inserção de advertências sanitárias em suas embala-
gens quando se revelarem adequadas, necessárias e proporcionais para alcan-
çar a finalidade de reduzir o fumo e o consumo do tabaco, hábitos que constituem 
perigo à saúde pública.
A propaganda comercial, embora protegida enquanto direito fundamental — eis que 
abrangida pelas liberdades de expressão e comunicação (CF/1988, art. 5º, IV e IX) 
— sujeita-se a restrições, desde que proporcionais, no cotejo com a proteção de outros 
valores públicos (1). 
Por sua vez, a atividade empresarial, inclusive a publicitária, submete-se aos princípios 
da ordem econômica, razão pela qual deve dialogar com a concretização dos demais 
valores públicos e a proteção dos direitos fundamentais potencialmente colidentes (2).
Nesse contexto, o próprio texto constitucional explicita a possibilidade e a importância 
das limitações publicitárias de produtos notadamente nocivos (3).
Na espécie, a imposição das referidas medidas visa conferir efetividade às políticas 
públicas de combate ao fumo e de controle do tabaco, desestimulando o seu consumo 
com o fim de proteger a saúde pública e concretizar a proteção do consumidor em 
sua dimensão informativa, possibilitando-o a refletir sobre a prática (CF/1988, art. 5º, 
XIV e XXXII, e art. 170, V). 
Prevalece, portanto, a tutela da saúde (CF/1988, art. 6º), inclusive à luz da proteção 
prioritária da criança e do adolescente (CF/1988, art. 227), sendo certo que as medidas 
limitam a livre iniciativa, na dimensão expressiva e comunicativa, visando concretizar 
os objetivos fundamentais da República (CF/1988, art. 3º).
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2246660
https://drive.google.com/file/d/1nHzwyMoOSO4lNXpD3iJd7DJ2T2Sd6a6I/view?usp=sharing
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/
EDIÇÃO 1068/2022 | 
10
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
Com base nesses entendimentos, o Plenário, por unanimidade, julgou improcedente a 
ação. Impedidos os Ministros Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia.
(1) Precedente citado: RE 511961.
(2) Precedente citado: ADI 4306. 
(3) CF/1988: “Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer 
forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. (...) 
§ 4º A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará 
sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, 
advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.”
ADI 3311/DF, relatora Min. Rosa Weber, julgamento virtual finalizado em 13.9.2022 (terça-feira) às 23:59
DIREITO DO TRABALHO – PISO SALARIAL DA CATEGORIA
DIREITO CONSTITUCIONAL – CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE; 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Piso salarial nacional para os profissionais 
da enfermagem - ADI 7222 MC-Ref/DF 
AMICUS
CURIAE 
ÁUDIO
DO TEXTO
RESUMO:
Os efeitos da Lei 14.434/2022 ficarão suspensos até que sejam avaliados os seus 
impactos sobre a situação financeira dos estados e municípios, os riscos para a 
empregabilidade e a qualidade dos serviços de saúde, tudo com base em infor-
mações a serem prestadas, no prazo de 60 (sessenta) dias, pelos entes estatais, 
órgãos públicos e entidades representativas da área de saúde.
No caso, estão presentes os requisitos para a concessão da medida cautelar: a plau-
sibilidade jurídica das alegações de inconstitucionalidade da norma — ao menos até 
que esclarecidas as questões suscitadas — e o evidente perigo na demora. 
O primeiro se justifica (i) pelo supostovício de iniciativa no processo legislativo, tendo em 
vista que toda a sua tramitação se deu sem amparo de norma constitucional legitima-
dora da instituição do piso salarial e a superveniente constitucionalização via emenda 
não teria o condão de sanar o vício de origem; (ii) pela indicação de vulneração ao 
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=605643
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=752030324
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2246660
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6455667
https://drive.google.com/file/d/1tFopHhuZmq0qakTdVk0W67XCaKaZXKng/view?usp=sharing
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/
EDIÇÃO 1068/2022 | 
11
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
pacto federativo, dada a interferência na autonomia financeira e orçamentária de esta-
dos e municípios (CF/1988, art. 169, § 1º, I); e (iii) pela alegada desproporcionalidade da 
medida em relação a destinatários com menor poderio econômico.
Já o segundo decorre da incidência imediata do piso salarial e do alegado risco à 
prestação e à qualidade dos serviços de saúde, considerando-se a ameaça de demis-
sões em massa (CF/1988, art. 170, VIII) e de redução tanto da oferta de leitos hospita-
lares como dos quadros de enfermeiros e técnicos (CF/1988, art. 196).
Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, referendou a medida caute-
lar para manter suspensos os efeitos da Lei 14.434/2022 até que sejam devidamente 
esclarecidos os seus impactos sobre cada um dos pontos elencados.
ADI 7222 MC-Ref/DF, relator Min. Luís Roberto Barroso, julgamento virtual finalizado em 16.9.2022 
(sexta-feira), às 23:59
DIREITO FINANCEIRO – FEDERALISMO FISCAL; REPARTIÇÃO DAS 
RECEITAS TRIBUTÁRIAS; IMPOSTOS; ICMS
DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUTAÇÃO E ORÇAMENTO; 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Autonomia municipal e vinculação de parte do 
ICMS recebido pelo estado - ADI 2355/PR
ÁUDIO
DO TEXTO
RESUMO:
É inconstitucional, por violação à cláusula constitucional da não afetação da receita 
oriunda de impostos e à autonomia municipal, norma estadual que determina a 
forma de aplicação dos recursos destinados ao município em razão da repartição 
constitucional de receitas.
Conforme jurisprudência desta Corte, é de pleno direito dos próprios municípios a par-
cela que lhes é devida na repartição constitucional de receitas, de modo que não cabe 
o estabelecimento de qualquer forma de condicionamento ou retenção pelos estados (1).
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6455667
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6455667
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1884468
https://drive.google.com/file/d/1TudnPZhEKO0fJ1NTcpqXET78tCwMNmmA/view?usp=sharing
EDIÇÃO 1068/2022 | 
12
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
Os estados-membros podem fixar, mediante lei, a maneira como será feito o crédito de 
parcela do valor da arrecadação do ICMS a ser repartido (CF/1988, art. 158, IV e pará-
grafo único). Contudo, isso não implica alteração da titularidade da quota pertencente 
aos municípios, razão pela qual a destinação que será dada ao repasse depende de 
decisão autônoma do ente municipal beneficiário, notadamente porque ocorre em fase 
posterior ao ingresso do montante no erário (2).
Com base nesse entendimento, o Plenário, por unanimidade, confirmou a medida cau-
telar anteriormente deferida (Informativo 273) e julgou procedente a ação para decla-
rar a inconstitucionalidade da Lei 12.690/1999 do Estado do Paraná (3).
(1) Precedentes citados: RE 572762; RE 1277998 AgR-EDV e ADI 1374.
(2) CF/1988: “Art. 30. Compete aos Municípios: (...) III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, 
bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes 
nos prazos fixados em lei; (...) Art. 167. São vedados: (...) IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, 
fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os 
arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e 
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;”
(3) Lei 12.690/1999 do Estado do Paraná: “Art. 1º Os Municípios obrigatoriamente aplicarão 50% (cinquenta por 
cento) do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) recebido pelo 
fato de possuírem reservas indígenas em seu território consideradas unidades de conservação ambiental, 
nos termos do artigo 2º da Lei Complementar nº 59, de 1º de outubro de 1991, alterado pelo artigo 1º da Lei 
Complementar nº 67, de 08 de janeiro de 1993, diretamente nas respectivas áreas de terras indígenas. Art. 2º 
O valor previsto no artigo anterior será aplicado pelos Municípios diretamente nas áreas de terras indígenas 
que abriguem em seu território nos termos das respectivas leis de orçamento. Art. 3º Esta Lei entrará em vigor 
na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.”
ADI 2355/PR, relator Min. Nunes Marques, julgamento virtual finalizado em 16.9.2022 (sexta-feira), 
às 23:59
2 PLENÁRIO VIRTUAL EM EVIDÊNCIA
JULGAMENTO VIRTUAL: 23/09/2022 a 30/09/2022 
RE 820823/DF
Relator(a): DIAS TOFFOLI 
Liberdade de associação (Tema 922 RG)
Controvérsia a respeito da possibilidade de a associação condicionar o 
desligamento de associado à quitação de todos os débitos com ela própria 
ou com terceiro a ela conveniado. Jurisprudência: ADI 3464 e RE 695911.
https://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo273.htm
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=546141
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=756017683
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=749358297
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1884468
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1884468
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EDIÇÃO 1068/2022 | 
13
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
ADI 7214/DF
Relator(a): RICARDO LEWANDOWSKI 
Repasse de verba de fundo eleitoral a partido ou candidato não 
coligados
Exame da constitucionalidade de dispositivos da Resolução TSE 23.607/2019 
(art. 17, § 2º, I e II, e art. 19, § 7º, I e II), que vedam o repasse de recursos do 
Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha a 
partidos políticos ou candidatos não coligados.
ADI 5969/PA
Relator(a): DIAS TOFFOLI
Antecipação de pagamento de despesa com diligência de oficial de 
justiça pela Fazenda Pública
Análise de lei estadual que obriga a Fazenda Pública, nas execuções fiscais, a 
antecipar o pagamento das despesas com a diligência dos oficiais de justiça.
ADI 7066/DF
ADI 7070/DF
ADI 7078/CE
Relator(a): ALEXANDRE DE MORAES
Cobrança do DIFAL do ICMS no mesmo exercício financeiro em que 
foi instituído
Discussão acerca da constitucionalidade da cobrança do Diferencial de Alíquota 
(DIFAL) do ICMS em operações interestaduais para o consumidor final não 
contribuinte do imposto no mesmo exercício financeiro em que publicada a 
Lei Complementar 190/2022, que a instituiu.
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EDIÇÃO 1068/2022 | 
14
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
ADI 7211/RJ
Relator(a): ALEXANDRE DE MORAES 
Proibição de multa contratual por quebra de fidelidade durante a 
pandemia
Controvérsia sobre a constitucionalidade de lei estadual que proíbe a aplicação 
de multa por quebra de fidelidade nos serviços de TV por assinatura, telefonia, 
internet e serviços assemelhados, enquanto perdurar a pandemia do novo 
coronavírus (COVID-19).
ADI 2692/DF
Relator(a): NUNES MARQUES
Instituição de taxa para financiamento de serviço de segurança pública
Análise de lei distrital que instituiu a Taxa de Segurança para Eventos para 
financiar serviço de segurança pública. Jurisprudência: RE 559646 AgR e 
ADI 7035.
ADI 6152/MA
Relator(a): EDSON FACHIN
Redução de alíquota do ICMS para cerveja à base de mandioca sem 
a definição do impacto orçamentário
Discussão relativa à constitucionalidade de lei estadual que, sem estimativa 
do impacto orçamentário, reduziu a alíquota do Imposto sobre Circulação 
de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as operações com cervejas que 
contenham, no mínimo, 15% de fécula de mandioca em sua composição, desde 
que comercializadas em embalagem retornável. Jurisprudência: ADI 5472.
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