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Tratamento Cirúrgico de Patologias Mamárias Introdução • Tumorectomia; • Setorectomia; • Ressecção parcial ou única do ducto; • Ressecção total do sistema ductal; • Biópsia de congelação; • Quadrantectomia; • Mastectomia simples; • Mastectomia radical a Halsted; • Mastectomia radical modificada a Patey; • Mastectomia radical modificada a madden-auchinclos; • Biópsia do linfonodo sentinela; • Esvaziamento axilar completo; • Adenomastectomia subcutanea ou adene- ctomia ou mastectomia subcutânea. Tumorectomia • É uma cirurgia para retirada total do nó- dulo e das áreas adjacentes, sem necessi- dade de retirada total da mama; • É uma cirurgia conservadora; • Tipos de incisão: - Incisão estética; - Incisão periareolar; - Incisão periareolar com tunelização; - Incisão circumareolar; - Incisão no sulco inframamário. Setorectomia ▪ É uma cirurgia para retirada de um setor da mama, com retirada do tumor seguida por radioterapia (maior controle local da doença, mantendo a funcionalidade e esté- tica da mama); • Também chamada de quadrantectomia ou tumorectomia; • É uma cirurgia conservadora; • Pode ser diagnóstica ou terapêutica • Demarcam-se as áreas correspondentes as margens: medial, lateral, superior. Ressecção • Ressecção parcial ou única do ducto: re- alizado quando diante de fluxos papilares suspeitos; • Ressecção total do sistema ductal: rea- liza a identificação dos ductos e o mesmo é extirpado Biópsia de congelação • É também conhecido como exame per- operatório, tendo início com a retirada de um fragmento de tecido ou órgão lesado no qual haja dúvida diagnóstica, ou seja, im- possibilidade de reconhecer a olho nu se a doença (usualmente câncer) compromete o órgão ou tecido em questão; • Durante o exame, o patologista congela a amostra da lesão obtida pelo cirurgião. En- tãp, esta amostra é seccionada em fatias, que são estendidas em lâmina de vidro para en- tão serem coradas e analisadas • De acordo, agora, com o diagnóstico ana- tomopatológico estabelecido pelo patolo- gista, o cirurgião ajusta, modifica, a conduta intra-operatória de modo a favorecer o paci- ente. Quadrantectomia • Também conhecida como cirurgia conser- vadora de mama ou ressecção segmentar; Marianne Barone (15A) Ginecologia Geral e Mastologia – Prof. Márcia Fernanda Roque da Silva • Realiza-se a retirada apenas da parte da mama que foi afetada pela doença, man- tendo o restante da glândula mamária; • Retirada de um fuso da pele; • Retirada de um quarto ou quadrante da mama; • Retirada da fáscia do grande peitoral; • Pode ser acompanhada de BLS ou esvazi- amento axilar. Mastectomia simples • Realizada em casos de: - Carcinoma “in situ” - Sarcomas; - Tumores com recidiva local em cirurgias conservadoras; - Linfomas - Tumor filoides maligno; - Doença de Paget; • Retirada de: pele e complexo aréolopapi- lar, tecido subcutâneo, tecido fibroglandular mamário e fáscia do musculo grande peito- ral. Mastectomia radical a Halsted • Cirurgia em desuso; • Realizada em casos em que a parede to- racica está envolvida; • Retirada de: pele e complexo areolopapi- lar, tecido subcutâneo, tecido fibroglandular mamário, fáscia e músculos peitorais; • Deve-se realizar esvaziamneto axilar. Mastectomia radical modificada • Realizada em tumores maiores de 3cm; • Indicada em tumores avançados que não responderam a quimioterapia neoadjuvante. → • Retirada de: pele e complexo areolopapi- lar, tecido subcutâneo e tecido fibroglandu- lar mamário; • Realiza-se, também, a retirada da fáscia do musculo peitoral maior e musculo peitoral menor; • Esvaziamento axilar. → ▪ Retirada de: pele e complexo areolo pa- pilar, tecido subcutâneo, tecido fibroglan- dular mamário, fáscia do musculo peitoral maior; • Preservação dos músculos peitorais; • Esvaziamento axilar dos níveis 1 e 2 Biopsia do linfonodo sentinela • Esvaziamento axilar completo; • Realizados quando diante de tumores ma- lignos. Adenomastectomia subcutanea • Também conhecida por adenectomia ou mastectomia subcutânea; • Retirada do tecido fibroglandular mamário; • Deixa um retalho mais espesso do que o habitual; • Pode ser com preservação de pele; • Pode ser com ou sem preservação do com- plexo areolopapilar; • Realizada nos casos de carcinomas in situ extensos; • Outras indicações: - Paciente com volumes mamários peque- nos e o resultado estético de cirurgia conser- vadora não é satisfatório; - Pacientes portadoras de tumores malig- nos e com mamas densas. Reconstrução mamária • No que se refere ao câncer de mama quando se pensa em cura o tratamento cirur- gico faz parte sem dúvida deste contexto. • O câncer: cura, deforma, mutila e causa dor física e mental; • Importância da mama paras as mulhe- res: - Estética; - Sexual; - Sensual; - Reprodutiva; • Reconstrução imediata: logo após o tra- tamento cirúrgico do câncer; • Reconstrução tardia: após término de todo o tratamento do câncer, em média 2 anos após a primeira cirurgia; • Técnicas: - Retalho miocutâneo - Retalho musculocutaneo transverso do musculo do reto abdominal (TRAM); - Retalho musculocutaneo do latíssimo do dorso; - Próteses expansoras; - Próteses de silicone; - Próteses expansoras com silicone; - “Combinados”; • Deve-se considerar acima de tudo al- guns aspectos: - Tamanho das mamas; - Quantidade de pele retirada; - Quantidade de tecido adiposo abdominal; - Presença de cicatrizes prévias; - Preferência da paciente; • Seleção das pacientes: - Idade; - Índice de massa corpórea; - Tabagismo; - Cicatrizes abdominais; - Radioterapia; - Doenças sistêmicas. → • Método mais utilizado, apresentando me- lhores resultados; • Produz forma natural da mama; • Consegue a simetrizarão da mama contra- lateral; • O maior índice de satisfação das pacientes; • Realiza elipse de pele e tecido subcutâneo; • Utiliza pelo menos um músculo reto do ab- dome; • Pedículo baseado na artéria epigástrica su- perior; • Realizado um túnel que comunica a região abdominal com a área do enxerto; • Cuidados para preservação da vasculariza- ção: - Modelagem do retalho; - Drenagem a vácuo; • Reparação da parede abdominal; • Envolvimento do musculo obliquo externo; • Colocação de tela de polipropileno; • Complicações: Complicação Incidência Seroma 9,4% Exposição da tela 1,5% Infecção pela tela 1,5% Hérnia 1,5% Infecção da ferida operatória 0-10% Necrose parcial do te- cido 10-15% Necrose total do te- cido 1-4% Necrose gordurosa 1-28% Hérnia abdominal 15% → • Indicada quando não tem tecido o sufici- ente para ser feita a reconstrução; • Quando a mastectomia não retirou grande parte da pele; • Muito usado na reconstrução imediata. → • Prótese é colocada vazia e vai injetando solução fisiológica até alcançar o tamanho ideal; • Obtém-se também um resultado estético bom; • Menor quantidade de cicatriz. → • Indicações: - Pacientes com cirurgia abdominal prévia; - Paciente com pele e subcutâneo exíguos; - Paciente com abdominoplastia; - Pacientes com cirurgia cardíaca; - Pacientes obesas; - Pacientes fumantes; - Candidatas a maternidade; - Portadores de doenças do colágeno; - Portadores de doenças do vasculares; • Técnica: - Paciente fica em decúbito lateral; - Observado limite do músculo; - Demarcar a porção cutânea do retalho; - Marca do sutiã da paciente; - Fixação e sutura da parte doadora; - Paciente retorna ao decúbito dorsal; - Colocada a prótese sob o retalho; Remodelação da área doadora; Drenagem a vácuo; • Segundo tempo: - Simetrizaçãoda mama contralateral; - Reconstrução do CAP; - Retoques.