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habilidades de enfermengem

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POSIÇÕES PARA EXAMES 
Preparo do ambiente: 
Privacidade; 
Iluminação; 
Som 
Evitar interrupções; 
Avental; 
Conforto; 
Quedas. 
 
Preparo do material: 
Lavar as mãos; 
Reunir o material; 
Temperatura; 
Manutenção. 
 
Preparo psicológico do cliente: 
Explicar; 
Perguntar; 
Terceira pessoa (exame genital); 
Observar – medo ou dor; 
Respeito. 
 
Finalidades das posições para exames: 
Possibilitar a execução ou coleta de 
material para exames; 
Expôr o paciente o menos possível, 
durante o exame. 
 
 
 
Posições mais usadas: 
POSIÇÃO SENTADO 
POSIÇÃO SUPINA ou DECÚBITO 
DORSAL 
POSIÇÃO DE LITOTOMIA ou 
POSIÇÃO GINECOLÓGICA 
POSIÇÃO DE SIM’S 
POSIÇÃO PRONA 
POSIÇÃO LATERAL 
POSIÇÃO GENUPEITORAL 
POSIÇÃO DE FOWLER 
TRENDELEMBURG 
TRENDELEMBURG REVERSA 
*O paciente deve permanecer coberto, 
com exceção da área a ser examinada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENTADO 
ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: 
Exame físico da cabeça e pescoço, 
costas, tórax anterior e posterior e 
pulmões, mamas, axilas, coração, sinais 
vitais e extremidades superiores. 
JUSTIFICATIVA: 
Sentar permite que os pulmões se 
expandam e fornece a melhor 
visualização da simetria das partes 
superiores do corpo. 
LIMITAÇÕES: 
Pacientes fisicamente fracos podem não 
ser capazes de sentar, neste caso deve-se 
utilizar a posição supina com a cabeceira 
da cama elevada. 
 
POSIÇÃO SUPINA OU DECÚBITO 
DORSAL 
ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: 
Exame físico da cabeça e pescoço, tórax 
anterior e pulmões, mamas, axilas, 
coração, abdômen, extremidades e pulso. 
Realização de procedimentos e cirurgias. 
JUSTIFICATIVA: 
É a posição de maior relaxamento. 
Fornece acesso fácil a locais para a 
verificação do pulso. 
LIMITAÇÕES: 
Pacientes com dificuldades para respirar 
podem possuir a necessidade de elevar a 
cabeceira da cama. 
O cliente permanece deitado, de costas, 
com as pernas estendidas ou 
ligeiramente flexionadas. 
Estenda os braços ao longo do corpo ou 
da cabeça. 
Manter o cliente coberto com o lençol, 
expor apenas as áreas a serem 
examinadas. 
 
 
POSIÇÃO DE LITOTOMIA 
OU 
POSIÇÃO GINECOLÓGICA 
ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: 
Exame e tratamento dos genitais 
femininos e trato vaginal. 
JUSTIFICATIVA: 
É a posição que fornece a melhor 
exposição dos genitais e facilita a 
inserção do espéculo vaginal. 
LIMITAÇÕES: 
É uma posição embaraçosa e 
desconfortável, deve-se utilizar pelo 
menor tempo possível. O paciente deve 
estar bem coberto. 
 
 
POSIÇÃO DE LITOTOMIA OU POSIÇÃO GINECOLÓGICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POSIÇÃO DE SIM’S 
ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: 
Exames do reto e vagina, enteroclisma e 
lavagem intestinal. 
JUSTIFICATIVA: 
Flexão de quadril e joelho melhora a 
exposição da área retal. 
LIMITAÇÕES: 
Deformidades nas articulações podem 
dificultar a capacidade do paciente de 
dobrar o quadril e o joelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deite o cliente em decúbito lateral 
esquerdo ou direito. 
Incline ligeiramente o corpo para frente, 
com o braço esquerdo esticado para trás 
e o braço direito flexionado para frente. 
Mantenha o membro inferior esquerdo 
levemente flexionado e o direito mais 
flexionado que o esquerdo. 
Mantenha o cliente protegido com 
lençol, expondo apenas a área a ser 
examinada. 
 
 
 
 
 
POSIÇÃO PRONA 
ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: 
Exame do sistema musculo-esquelético. 
JUSTIFICATIVA: 
Esta posição é utilizada somente para 
avaliar a extensão da articulação do 
quadril. 
LIMITAÇÕES: 
Esta posição não é tolerada por pacientes 
com dificuldades respiratórias. 
 
 
POSIÇÃO LATERAL 
ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: 
Exame do coração. 
JUSTIFICATIVA: 
Esta posição auxilia na detecção dos 
murmúrios e visualização do ictus 
cordis. 
LIMITAÇÕES: 
Esta posição não é tolerada por pacientes 
com dificuldades respiratórias. 
 
 
 
 
 
POSIÇÃO GENUPEITORAL 
ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: 
Exame do reto e vagina, além de 
exercícios uroginecológicos. 
JUSTIFICATIVA: 
Esta posição fornece a exposição 
máxima da área retal. 
LIMITAÇÕES: 
É uma posição embaraçosa e 
desconfortável, deve-se utilizar pelo 
menor tempo possível. O paciente deve 
estar bem coberto. 
 
 
 
 
O cliente fica de bruços, com os braços 
apoiados, joelhos bem flexionados sob o 
abdômen; 
Colocar o cliente ajoelhado sobre a cama 
com os joelhos afastados e as pernas 
estendidas; 
Solicitar ao cliente que abaixe os 
membros, de modo que o tórax e a face 
encostem na cama; 
Lateralizar a cabeça, apoiando-a sobre os 
braços, mantenha o cliente protegido 
com lençol, expondo apenas a área a ser 
examinada. 
 
 
 
 
POSIÇÃO DE FOWLER 
ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: 
Utilizada para alimentação do paciente e 
problemas respiratórios em geral. 
JUSTIFICATIVA: 
Esta posição permite a colocação da 
mesa de alimentação transversalmente e 
favorece a respiração. 
LIMITAÇÕES: 
É uma posição que oferece risco de lesão 
da pele por fricção ou cisalhamento. É 
necessário apoiar o paciente para que não 
escorregue. 
 
Colocar o cliente em posição frontal; 
Elevar a cabeceira da cama até o tronco 
do paciente atingir um ângulo de 45° 
Flexionar levemente os joelhos com a 
ajuda da manivela que se encontra nos 
pés da cama ou com a colocação de 
coxins sobre as dobras dos joelhos. 
Mantenha o paciente protegido. 
 
TRANDELEMBURG 
ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: 
Utilizada em cirurgias pélvicas, estado 
de choque e tromboflebites. 
JUSTIFICATIVA: 
Facilita a drenagem de secreções da base 
dos pulmões e a passagem orofaríngea. 
Permite que a alça intestinal fique na 
parte superior. 
 
LIMITAÇÕES: 
O peso dos órgãos comprime o 
diafragma, o que dificulta a sua 
movimentação e os movimentos 
respiratórios. Pode ocorrer aumento da 
PA, pois o sangue fica represado na parte 
superior do dorso. 
CONTAINDICAÇÕES 
PIC > de 20 mmHg; 
Aneurisma cerebral; 
Hipertensão descompensada; 
Hemoptise recente; 
Distensão abdominal; 
Risco de aspiração; 
Recentes cirurgias oftálmicas, 
esofágicas ou neurológicas. 
 
TRANDELEMBURG REVERSA 
ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: 
É usada frequentemente para oferecer 
melhor acesso à cabeça e pescoço. 
JUSTIFICATIVA: 
A força da gravidade desloca as vísceras 
abdominais para adiante do diafragma e 
na direção dos pés. 
LIMITAÇÕES: 
Circulação venosa pode ser 
comprometida pelo tempo de 
permanência das pernas estendidas na 
posição mais baixa. 
 
TRICOTOMIA 
Definição: Tricotomia é a retirada de 
pêlos de uma determinada área corporal. 
É indicada com o objetivo de promover 
higiene e conforto ou preparar essa área 
para uma cirurgia, exame, parto ou 
instalação de venoclise. 
Finalidade: A tricotomia tem por 
finalidade de facilitar a manipulação e 
visualização de determinada área do 
corpo. 
 
Considerações Gerais: 
A maioria das instituições hospitalares 
ainda utilizam a tricotomia, e cada uma 
possui uma “política própria” em relação 
a esse procedimento, hoje questionado 
pelas autoridades no controle de 
infecção. 
É um fator muito importante no 
aparecimento da infecção da ferida 
cirúrgica. 
Enquanto parte da preparação pré-
operatória, esta prática deve ser 
executada por profissionais de saúde. 
 
Quando a tricotomia deve ser feita? 
Só quando estritamente necessário; 
Em área menos extensa possível; 
No máximo 2 horas antes da cirurgia, de 
preferência, no bloco operatório; 
Com máquina elétrica, que corte o pelo 
sem lesar a pele e não com lâmina de 
barbear ou de bisturi. 
 
Complicações 
Pesquisas confirmam que o uso 
inadequado dos dispositivos utilizados 
para tricotomizar, podem causar danos 
nas camadas profundas da pele, como 
por exemplo, microlesões e 
sangramentos, até exsudação. 
Esses, por sua vez, favorecem o 
crescimento de microrganismos, a 
colonização e eventual infecção. 
Discussões relacionadas às vantagens e 
desvantagens da tricotomia são comuns 
nas instituições. 
Esse procedimento, apesar dedesnecessário em várias cirurgias, ainda 
é utilizado em alguns casos visando à 
visualização do campo operatório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A tricotomia pode ser realizada 
através de: 
• Tricotomizador (barbeador 
elétrico) 
 
 
 
 
 
• Aparelho com lâminas 
 
• Aparelho com lâminas 
descartável 
 
Material: 
TRICOTOMIA COM 
TRICOTOMIZADOR 
- Cuba rim; 
 
- Papel higiênico; 
 
- Gaze; 
 
- Tricotomizador (barbeador elétrico); 
 
- Luvas de procedimento. 
 
 
 
 
 
TRICOTOMIA COM LÂMINA 
- Cuba rim; 
- Cuba redonda com água; 
- Sabão líquido; 
- Papel higiênico; 
- Gaze; 
- Aparelho com lâminas; 
- Pinça dente-de-rato ou kelly; 
- Luvas de procedimento 
 
Recomendações especiais 
- Sempre que necessário, cortar o 
excesso de pelos com tesoura antes da 
raspagem. 
- Examinar as condições da pele na área 
a ser tricotomizada antes de iniciar o 
procedimento – presença de coceiras, 
lacerações ou abrasões podem levar ao 
adiamento da cirurgia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Oxigenoterapia, Inaloterapia e 
Nebulização 
O sistema respiratório humano é 
constituído por um par de pulmões e por 
vários órgãos que conduzem o ar para 
dentro e para fora das cavidades 
pulmonares. Esses órgãos são as fossas 
nasais, a boca, a faringe, a laringe, a 
traquéia, os brônquios, os bronquíolos e 
os alvéolos, os três últimos localizados 
nos pulmões. 
 
Respiração: 
- Uma das funções vitais, geralmente é 
silenciosa e realiza-se sem esforço. 
- Uma pessoa que respira normalmente 
não toma consciência desse processo. 
- A freqüência respiratória e sua 
profundidade pode ser alteradas 
voluntariamente. 
- Quando uma pessoa apresenta 
dificuldade em respirar (dispnéia), torna-
se bastante consciente de sua respiração 
e das tentativas de controlar sua presença 
e continuidade. 
- A incapacidade de obter oxigênio e de 
controlar a função respiratória, essencial 
à vida, é aterradora (angústia). 
- Torna-se imperativa a pronta 
assistência ao paciente, não somente pelo 
papel vital exercido pelo oxigênio na 
manutenção da vida, mas também 
porque a ansiedade decorrente da 
dificuldade respiratória pode por si 
mesma interferir na respiração e agravar 
a situação. 
- Os órgãos da respiração funcionam 
para captar oxigênio e eliminar o dióxido 
de carbono - a vida não pode ser mantida 
sem oxigênio e o dióxido de carbono 
precisa ser eliminado. 
As doenças que acometem o trato 
respiratório dificultam a respiração, 
interferindo na troca vital de gases e 
causando, para o paciente, um 
desconforto agudo ou muitas vezes até 
crônico. 
Nesses casos os cuidados devem ser 
dirigidos no sentido de facilitar a 
oxigenação e evitar a transmissão de 
infecção 
 
 Mobilização de secreções 
1. Hidratação (1000 a 2000ml/dia) se 
não houver contra indicação 
2. Nebulização (processo de 
adicionamento de umidade ou 
medicações ao ar inspirado pela mistura 
de partículas de tamanhos variados) 
3. Drenagem Postural - é uma técnica 
que serve para eliminar o catarro do 
pulmão através da ação da gravidade, 
sendo útil principalmente em doenças 
com grande quantidade de secreção, 
como fibrose cística, bronquiectasia, 
pneumopatia ou atelectasia. 
4. Tapotagem - método de percussão 
que consiste na aplicação rítmica das 
duas mãos em forma de concha no tórax 
de quem tem Fibrose Cística. 
5. Vibração - realizadas por meio de 
forças mecânicas feitas com as mãos 
enquanto os braços ficam juntos e 
estendidos, aplicando a vibração 
diretamente no tórax da pessoa com 
Fibrose Cística 
 
 
 
 
 Promoção e manutenção da 
oxigenação 
1. Oxigenoterapia 
Umidificação (processo de 
adicionamento de água ao gás) 
2. Promoção da expansão pulmonar 
Espirometria de esforço 
4. Manutenção de via aérea permeável 
Aspiração de Secreções 
 
OXIGENOTERAPIA 
Definição: É a administração de O2 
numa concentração superior de pressão à 
encontrada na atmosfera ambiental para 
corrigir e atenuar a deficiência de 
oxigênio ou hipóxia. 
 
Características do oxigênio: 
- Inodoro; 
- Insípido; 
- Incolor; 
- Ligeiramente mais pesado que o ar; 
- Alimenta a combustão. 
 
Indicações: 
Alteração na freqüência ou padrão 
respiratório do paciente: 
Hipoxemia - diminuição da tensão de O2 
no sangue arterial; 
Hipóxia - diminuição do suprimento de 
O2 para os tecidos. 
 
 
 
Sinais de hipóxia: 
Sinais Respiratórios: taquipnéia, 
respiração laboriosa (retração 
intercostal, uso da musculatura 
acessória, batimento de asa de nariz), 
cianose progressiva da pele, dos lábios e 
da base das unhas, necessidade de sentar-
se para respirar (ortopnéia); 
Sinais Cardíacos: taquicardia 
(precoce), bradicardia, hipotensão e 
parada cardíaca; 
Sinais Neurológicos: inquietação, 
confusão, prostração, convulsão e coma. 
Outros: Palidez. 
 
Indicações para oxigenoterapia 
- Edema cerebral, drogas depressoras, 
anemias, DPOC (Doença Pulmonar 
Obstrutiva Crônica); 
- Em casos de doenças prolongadas que 
necessitam de permanência no leito e 
muitas outras... 
*Qualquer elemento que interfira na 
permeabilidade de qualquer parte do 
trato respiratório pode causar problemas 
na oxigenação. 
 
Medidas de segurança 
Sendo o Oxigênio inflamável, é muito 
importante: 
1. não permitir fumar no local; 
2. cuidado com aparelhos elétricos que 
podem emitir faíscas; 
3. não usar graxa ou óleo nas válvulas e 
no manômetro de oxigênio; 
4. transportar o torpedo com cuidado - 
explosão, o ideal é canalizado. 
Cuidados na administração do 
oxigênio 
- Explicar as condutas e as necessidades 
da oxigenoterapia ao paciente e 
acompanhante; 
- Orientar o cliente e acompanhantes 
para não fumar; 
- Evitar aparelhos elétricos que podem 
emitir faísca no local; 
- O cliente deve ser orientado a utilizar 
vestimentas de algodão 
- Não administrá-lo sem o redutor de 
pressão e o fluxômetro (regula o fluxo de 
O2 em l/min); 
- Administrar o oxigênio sempre 
umidificado (o oxigênio seco ou com 
baixa umidade lesa o epitélio da mucosa 
respiratória, provoca reação inflamatória 
e dificuldade para eliminar o muco); 
- Usar água estéril; 
- Observar se a máscara ou cateter está 
bem adaptado e em bom funcionamento; 
- Dar apoio psicológico. 
 
Cuidados em oxigenoterapia 
Observar sistematicamente as medidas 
preventivas que evitam os problemas 
respiratórios tais como: 
- Avaliação contínua dos sinais vitais e 
monitoramento da cianose e do esforço 
respiratório do paciente; 
- Posição do paciente; 
- Higiene; 
- A segurança de ser ajudado e 
confortado; 
- A quantidade de litros de O2 prescrito; 
- Alterações significativas da respiração; 
- A presença de tosse e o tipo de escarro. 
 
São sinais de agravamento: 
- Diminuição da freqüência respiratória 
com ritmo respiratório irregular; 
- Diminuição dos sinais de “luta” com 
presença de sudorese; 
- Palidez; 
- Taquicardia; 
- Alterações da consciência; 
 
Métodos de administração do 
oxigênio: 
Tipos de Sistemas para a administração 
de oxigênio 
Os sistemas são classificados de acordo 
com a concentração e fluxo do oxigênio: 
Baixo Fluxo 
1. Cateter nasal; 
2. Cânula nasal; 
3. Máscara facial e AMBU; 
 Alto Fluxo 
4. Máscara de Venturi; 
5. Cânula endotraqueal; 
6. Cateter transtraqueal; 
7. Tenda de O2; 
8. Ventilação mecânica. 
 
1. CATETER NASAL 
- Usado quando o paciente necessita de 
média concentração de O2; 
- Pequena sonda número 6, 8 ou 10, que 
é colocada na narina até a parte posterior 
do nariz 
- Fluxo – entre 6 e 7 l/min; 
- Trocar a cada 24 horas; 
- Promover higiene nasal. 
Vantagens – econômico, fácil aplicação. 
Desvantagens – nem sempre é tolerado 
por crianças, respiração bucal diminui a 
fração de O2, facilidade de deslocamento 
do cateter. 
 
 
2. CÂNULA NASAL 
- Suporte plástico com 2 dentes de garfo 
introduzidos de 0,5 a 1 cm nas narinas; 
- Fornece quantidade moderada de O2; 
- Fluxo de até 6 l/min, pois ocorre 
irritação da mucosa nasal; 
Vantagens – conforto,economia, 
facilidade para manter a posição; 
Desvantagens – concentração de O2 
respirada é desconhecida. 
 
3. MÁSCARA FACIAL 
- Dispositivo aberto, de plástico, que 
cobre o nariz e a boca, fornece 
quantidade moderada de O2; 
- Seu ponto básico é combater a 
hipoxemia. 
- Fluxo de 4 – 5 l/min; 
Desvantagens – desconfortável, retirar a 
cada 2 horas (repouso), acúmulo de água 
na extensão, trocar a cada 24 horas. 
 
 
BOLSA-VALVA-MÁSCARA 
(AMBU) 
- Bolsa de reanimação auto inflável tipo 
AMBU; 
- Dispositivo aberto, de plástico, que 
cobre o nariz e a boca, fornece 
quantidade moderada de O2; 
- Seu ponto básico é combater a 
hipoxemia na RCP; 
 - Fluxo de 2 - 3 l/min. 
 
 
 
 
 
4. MÁSCARA DE VENTURI 
- Método mais confiável e preciso para 
uma administração de O2 por meios não 
invasivos. 
Vantagens – mistura o fluxo de O2 com 
um fluxo alto e variável de ar para 
produzir uma concentração de O2 
constante. 
Desvantagens – baixa aceitação pelos 
pacientes. 
 
 
5. CÂNULA ENDOTRAQUEAL 
- Tubo introduzido através da boca ou 
nariz até a traqueia – tratamento de 
emergência; 
- Passado por meio de laringoscópio; 
- Utilizado por tempo determinado. 
Desvantagens – desconforto, reflexo da 
tosse é deprimido, as secreções tornam-
se espessas e viscosas, uso prolongado 
pode levar à ulceração e estenose da 
laringe ou traquéia. 
 
6. CÂNULA TRANS-TRAQUEAL 
- Cânula introduzida na traquéia através 
de uma abertura (traqueostomia); 
- É realizado no centro cirúrgico ou UTI; 
- É necessário aspirar a traqueostomia a 
cada 1 ou 2 horas ou sempre que 
necessário; 
- É um procedimento estéril. 
 
 
7. TENDA DE OXIGÊNIO 
- Fornece um teor elevado de umidade, 
além de O2 suplementar; 
- Utilizada com freqüência para crianças; 
- Não permite a difusão do O2 através do 
ar. 
 
 
8. VENTILAÇÃO MECÂNICA 
- É um aparelho de respiração a pressão 
positiva que pode manter a ventilação 
automaticamente por longos períodos 
- Indicado quando o paciente é incapaz 
de manter níveis seguros de dióxido de 
carbono arterial e/ou oxigênio pela 
respiração espontânea; 
 
 
Saturação do oxigênio 
- É o teor de oxigênio dividido pela 
capacidade de O2, expressa em volume 
%. 
- A determinação de gases arteriais é o 
melhor método para averiguar a 
necessidade e a eficácia da 
oxigenoterapia. 
Oxímetro: instrumento fotoelétrico para 
medir o grau de saturação de oxigênio no 
sangue. 
 
 
Complicações da oxigenoterapia 
A suscetibilidade à toxicidade do O2 é 
variável, e o aparecimento e a severidade 
dos sintomas variam consoante os 
diferentes indivíduos. 
Contaminação de Equipos: 
Pseudomonas, stafilococos, E.coli, 
klebsiella. 
Toxicidade do Oxigênio: 
Formação de radicais livres e OH + 
reação com substâncias intranucleares e 
lipídeos de membrana = lesão celular. 
Sistemas Acometidos 
Hemácias: risco de hemólise 
SNC: necrose neuronal + proliferação 
endocapilar 
Retina: fibroplasia retrolental 
Pulmão: broncodisplasia 
 
Efeitos tóxicos da administração do 
oxigênio: 
- Em pacientes com DPOC, a 
administração de altas concentrações de 
O2 eliminará o estímulo respiratório - 
apnéia; 
- Resseca a mucosa do sistema 
respiratório; 
- Altas concentrações de O2 (acima de 
50%) por tempo prolongado ocasionam 
alterações pulmonares: atelectasias, 
hemorragias, e outros. 
 
*Os cinco certos da administração de 
medicamentos também são 
considerados para o oxigênio 
 
 
 
OXIGENOTERAPIA COM 
CATETER NASAL 
Material: 
- Cateter nasofaríngeo estéril de 
numeração adequada; 
- Esparadrapo; 
 - Gaze com soro fisiológico; 
 - Umidificador; 
 - Extensão plástica ou de borracha; 
 - Fluxômetro calibrado para a rede de 
oxigênio; 
 - Água destilada esterilizada. 
Procedimento: 
- Ligar o cateter à extensão e este ao 
frasco umidificador, que deverá conter 
água destilada até o nível indicado; 
- Colocar o paciente na posição de 
Fowler; 
- Medir a “quantidade” do cateter a ser 
introduzido: da ponta do nariz até o 
início do canal auditivo e marcar o limite 
com tira de esparadrapo; 
- Lubrificar com soro fisiológico o 
cateter nasal; 
- Introduzir o cateter em uma das narinas 
até mais ou menos 2cm antes da marca 
do esparadrapo; 
- Regular o fluxo; 
- Trocar o cateter nasal diariamente na 
oxigenoterapia prolongada; 
- Quando o nível da água no 
umidificador estiver baixo, desprezar a 
água do frasco e colocar uma nova 
quantidade de água destilada; 
 
 
INALOTERAPIA 
Definição 
- Administração de drogas diretamente 
ao trato respiratório. 
- A inaloterapia utiliza o princípio do 
aerosol, para manter em suspensão um nº 
máximo de gotas de água ou partículas, 
no ar inspirado. 
- O dispositivo inalatório ideal deve ser 
portátil, deve administrar doses 
reprodutíveis e acuradas de partículas 
respiráveis. 
 
Dispositivos 
1. Nebulizadores 
2. Inaladores 
 
NEBULIZAÇÃO 
Objetivos: 
- Melhorar a respiração; 
- Facilitar a tosse espontânea; 
- Ajudar os pacientes a trazerem a 
secreção para as vias superiores. 
 
Principais tipos de nebulizadores 
1. Nebulizador em jato de aerosol 
2. Nebulizador ultra-sônico 
 
Finalidades: 
- Umidificar o ar inspirado; 
- Oferecer aporte de o2; 
- Fluidificar secreções; 
- Administrar medicamentos. 
*Observação: realizar com oxigênio se 
houver prescrição médica 
 
Material: 
- Fluxômetro para oxigênio ou ar 
comprimido; 
- Micronebulizador plástico, com 
máscara e extensão para a rede de 
oxigênio ou ar comprimido; 
 - 10 ml de SF ou água destilada; 
- Solução medicamentosa, conforme 
prescrição médica; 
- Etiqueta adesiva. 
 
Procedimento: 
- Reunir o material e identificar o frasco; 
- Colocar a solução (SF e medicação) no 
frasco, conectar a extensão ao frasco, e 
em seguida, conectá-la à máscara facial; 
- Abrir o fluxômetro, até que ocorra a 
formação da névoa; 
- Colocar a máscara no rosto do cliente; 
*O fluxo de O2 necessário para a 
nebulização é de 6 a 8 l/min. 
 
Necessário: 
- Orientar o paciente sobre o porquê do 
procedimento; 
 - O uso correto da técnica; 
- A necessidade de imediatamente após o 
término da nebulização, fazer exercícios 
de tosse e respiração a fim de expelir as 
secreções para fora. 
 
*O profissional deve estar consciente 
da ação e efeitos colaterais das 
medicações utilizadas afim de detectar 
efeitos indesejáveis e interferir com 
ações de enfermagem cientificamente 
fundamentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLHEITA DE MATÉRIA 
ORGÂNICA PARA EXAMES 
LABORATORIAIS 
Finalidades 
- Os exames de laboratório são 
universalmente aceitos como 
importantes colaboradores na 
identificação de diagnóstico ou traçar 
uma linha de conduta terapêutica para o 
paciente (avaliação do paciente) 
- Um material danificado, contaminado 
ou trocado pode causar graves danos à 
identificação de diagnóstico e até mesmo 
validar falsos diagnósticos. 
 
Cabe à enfermagem: 
- Preparo físico e psíquico do paciente; 
- Colher ou auxiliar na coleta das 
amostras; 
- Identificar o recipiente; 
- Encaminhar o material e o pedido 
médico ao laboratório. 
 
Cuidados para evitar erros de análise 
- Tempo de jejum do paciente; 
- Horário da coleta; 
- Tempo de envio da amostra para o 
laboratório; 
- Uso prolongado do torniquete/garrote; 
- Erro de identificação; 
- Erro da quantidade da amostra; 
- Equipamentos apropriados para a 
coleta. 
 
Posição 
Para a realização de alguns exames 
laboratoriais é necessário que o 
cliente/paciente esteja em alguma 
posição especial para isso; é preciso 
saber corretamente o que fazer para que 
o cliente fique exposto o menos possível 
e a execução ou coleta do material seja 
realizada com sucesso 
 
Exames mais solicitados 
 
SANGUE 
• Hemograma 
• Sorologia 
• Gasometria 
• Coagulogrma 
• Tipagem sanguínea 
 
HÔRMONIOS 
• Hemocultura 
• Glicemia 
 
URINA 
• Tipo I 
• Urocultura 
• Urina de 24 horas 
 
FEZES 
•Parazitológico 
• Coprocultura 
• Pesquisa de sangue 
 
 
SECREÇÕES 
• Líquor 
• Vaginal 
• Uretral 
• Escarro 
 
SANGUE 
- Material biológico mais solicitado para 
análise laboratorial. 
- No sangue, além de células circulam 
hormônios, anticorpos, eletrólitos, gases, 
moléculas de glicose, colesterol, 
enzimas. 
- A amostra é colhida através de 
venopunção e colocada em recipiente 
apropriado, de acordo com a natureza do 
exame 
 
Observações úteis na colheita de 
sangue 
- Jejum; 
- Medicamentos; 
- Torniquete/ Garrote; 
- Evitar que o paciente abra e feche a mão 
durante a colheita; 
- A punção deve ser finalizada sem 
desenvolver hematomas; 
- A amostra de sangue deve ser coletada 
em tubos, de acordo com o material a ser 
analisado. 
 
Colheita 
- Seringa 
- Vacutainer 
 
URINA 
A técnica de colheita vai depender do 
tipo de exame solicitado 
A amostra deve ser colhida 
preferencialmente de manhã, primeira 
micção do dia, desprezando o primeiro 
jato urinário e colhendo cerca de 50 á 
100ml de urina, em frasco limpo e seco; 
• É necessário higiene íntima antes da 
colheita; 
• Identificar o frasco com o nome do 
cliente; 
• Encaminhar a amostra para o 
laboratório junto com o pedido do 
exame. 
 
Urocultura 
A urina deve ser colhida com técnica 
asséptica; 
• É necessário higiene íntima antes da 
colheita; 
• É indispensável frasco estéril; 
• Pode ser necessário sondagem vesical 
de alívio; 
• Caso o paciente já esteja com sonda 
vesical de demora; fechar a sonda por 
duas horas, fazer a coleta através do 
dispositivo localizado na extensão do 
coletor; 
• Avaliar sempre risco e benefício da 
sondagem. 
• NUNCA COLETAR URINA DA 
BOLSA COLERORA. 
 
 
 
Urina de 24h 
• A amostra de urina de 24 horas é 
necessária para verificar a proteínuria, 
clearence de creatinina, dosagem de 
cálcio, etc; 
• Identificar o frasco, anotando data e 
horário do início e término. Manter o 
frasco fechado durante os intervalos de 
coleta, sem expor à luz e ao calor 
excessivos; 
• Oferecer urinol (papagaio) para o 
cliente e orienta-lo quanto á coleta; 
• Esvaziar a bexiga às 7:00 horas da 
manhã (ou em algum horário 
especificado, pré determinado). 
• Coletar todo o volume das urinas 
posteriores até às 7:00 horas do dia 
seguinte (ou horário especificado), no 
frasco fornecido pelo laboratório; 
• Encaminhar todo o volume de urina ao 
laboratório imediatamente após o 
término da coleta, identificando todos os 
frascos. 
OBS: Ao se coletar urina de 24 horas 
para dosagem de creatinina, é necessário 
pesar e medir o cliente. Deve-se coletar 
uma amostra de sangue e enviar junto 
com a urina. 
 
FEZES 
• Exame de realizado para avaliação de 
uma infecção ou infestação de larvas ou 
ovos de helmintos e outros protozoários; 
• Orientar o cliente a evacuar em uma 
comadre limpa; 
• Colocar pequena quantidade de fezes 
em recipiente próprio, com auxílio de 
uma espátula; 
• Identificar o frasco; 
ESCARRO 
• Escarro é a secreção dos brônquios, 
pulmões e traquéia, portanto, obtido do 
trato respiratório inferior; 
• Útil para análise citológica e 
microbiológica (cultura)da secreção do 
trato respiratório, importante no 
diagnóstico de doenças neoplásicas, 
infecciosas e parasitárias; 
• Normalmente são colhidas 3 amostras 
(um apor dia ou em dias alternados); 
• Necessário jejum de pelo menos 4 
horas; 
• Colher a amostra de manhã 
(preferencialmente); 
• O cliente tem que inspirar o ar até a 
capacidade plena dos pulmões e então 
exalar o ar com uma tosse profunda 
expulsiva; a mostra deve ser tossida 
diretamente no frasco de boca larga e 
lima; 
• Identificar o frasco e encaminhar a 
amostra rapidamente ao laboratório; 
• Pode-se permitir ao cliente escovar os 
dentes e lavar bem a boca antes da coleta; 
• Orientar que o escarro não é saliva. 
 
Escarro induzido 
Alguns clientes com processo infeccioso 
pulmonar apresentam pouca quantidade 
ou dificuldade na eliminação do escarro. 
• Instruir o cliente para enxaguar a boca 
e fazer gargarejo com água antes da 
coleta; 
• Fazer uma nebulização com 20 a 30 ml 
de SF0,9% 
• Orientar o cliente a coletar secreção 
profunda; 
• Coletar a amostra em frasco estéril e 
encaminhar imediatamente ao 
laboratório. 
 
Aspirado traqueal 
• Cuidadosamente, passar o cateter 
através da cânula e da traquéia; 
• Aspirar o material com uma seringa 
• Enviar o material na própria seringa ou 
em frasco estéril; 
• Não refrigerar a amostra; 
• Enviar a amostra rapidamente ao 
laboratório. 
 
Lavado broncoalveolar 
O lavado broncoalveolar é uma amostra 
adequada para o diagnóstico das doenças 
infecciosas do trato respiratório inferior. 
• A coleta é feita durante a broncoscopia. 
• Obter a amostra da escovação ou 
biópsia; 
• Aspirar a solução salina em frasco 
estéril enviar imediatamente ao 
laboratório. 
 
CULTURA DE FERIDAS E 
ABCESSOS 
 
• Devido a presença da flora, normal da 
pele, deve-se tomar cuidado ao coletar 
uma amostra representativa do processo 
infeccioso. 
• Esta deverá ser coletada da borda da 
lesão e não do pus ou exsudato. 
 
 
LÍQUOR 
• Coletar no mínimo 10 ml; 
• Colocar em frasco estéril; 
• Uma vez que algumas bactérias que 
causam meningites são muito sensíveis à 
temperatura, NUNCA COLOCAR 
LÍQUOR EM GELADEIRA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIDADO COM O CORPO APÓS A 
MORTE 
 
O Modelo de Kübler-Ross propõe uma 
descrição de cinco estágios discretos 
pelos quais as pessoas passam ao lidar 
com a perda, o luto e a tragédia. 
Segundo este modelo, pacientes 
com doenças terminais tendem a entrar 
em estado de autodepreciação e, como 
tal, necessitam de se apoiar em alguns 
conceitos de consciencialização do seu 
estado. 
O modelo foi proposto por Elisabeth 
Kübler-Ross 
Os estágios popularizaram-se e são 
conhecidos como Os Cinco Estágios do 
Luto ou da Dor da Morte, ou da 
Perspectiva da Morte 
 
Existem 5 fases, reações frente à 
morte, apresentadas pelas pessoas ao 
perceberem a morte; 
1. Fase de Negação/ Isolamento; 
2. Fase da Raiva/ Hostilidade; 
3. Fase de Barganha ou Negociação; 
4. Fase da Depressão/ Tristeza; 
5. Fase da Aceitação ou Resignação. 
 
1. Fase de Negação/ Isolamento 
“Não aceitação ou negação”. 
“Vai de médico em médico, em busca de 
segunda opinião”. 
Argumenta, pergunta, afirma que está 
bem. 
Isola-se da família 
 
O médico deve ter consciência de que 
o paciente, não está preparado para 
conhecer a gravidade do seu mal. 
 
2. Fase da Raiva/ Hostilidade 
Admitem estar com a doença, mas se 
tornam hostis, atacando violentamente 
os que o cercam, médicos, enfermeiros, 
hospital, família e até Deus. 
“ Porque eu?”; 
É uma fase de revolta, onde o paciente 
não segue o tratamento, (“porque não foi 
com outra pessoa?”), ressentimentos; 
As visitas são escassas pois o paciente se 
recusa a receber familiares; 
O sentimento de raiva não é pessoal; 
sendo decorrente do momento; 
O médico consciente desta realidade 
do paciente deve ter paciência, 
tolerância e não devendo colocar-se 
em posição de defesa ou demonstrar 
hostilidade. 
 
3. Fase de Barganha ou Negociação 
Tenta superar seu mal através de 
promessas com Deus, arrependimento de 
seus pecados, dizendo que fará qualquer 
coisa, se conseguir a cura. 
A equipe de saúde deve manter o 
paciente o mais confortável possível e 
seguir seus desejos a medida do 
possível. Quando os esforços da 
barganha não dão resultados, quase 
sempre entra na fase de Depressão; 
 
 
 
4. Fase da Depressão/ Tristeza 
Percebe-se um grande desinteresse pelo 
paciente em receber visitas ou 
acompanhar fatos. 
O Paciente não consegue mais se 
enganar, os sintomas se acentuam, 
percebe que vai perder tudo o que ama, 
sentindo necessidade de isolamento e 
silêncio, um vazio profundo. 
Apesar disso, não deve deixá-lo 
totalmente sozinho, a presença de 
alguém que o assista atenciosamente é 
sempre reconfortante.Nesta fase é importante a 
aproximação com o familiar, o toque, 
mostrar que ele é importante para 
você. 
 
5. Fase da Aceitação ou Resignação 
Nesta fase o paciente admite o seu fim 
próximo e prepara-se para isto. 
Não é sinônimo de passividade, pelo 
contrário é uma atitude ativa, tomada 
pelo paciente que passou a ter uma 
compreensão de sua vida e sabe ter 
chegado seu momento. 
O toque e a comunicação não verbais são 
muito importantes nesta fase, o paciente 
dorme por longos períodos, diminui o 
interesse por pessoas ou coisas, daí o 
intuito de estimular os seus sentidos. 
Nesta fase a família necessita de muito 
apoio, pois a reação pode ser idêntica 
ao do paciente (negação, raiva, não 
aceitação); 
A equipe deve auxiliar o paciente a 
morrer dignamente e em paz, 
tornando em uma das contribuições 
mais valiosas para confortar o 
paciente e os membros da família. 
Necessidades Físicas do Paciente na 
Fase Terminal 
Nesta fase existe em geral uma carência 
progressiva dos mecanismos orgânicos. 
São as seguintes mudanças: 
Primeira: perda do tônus muscular, 
manifesta-se pela incapacidade de reter a 
micção e defecação devido a 
relaxamento dos esfíncteres. 
Incapacidade de deglutir, levando ao 
acumulo de muco na traqueia originando 
um som borbulhante típico – estertores 
da morte. 
*Manter uma via aérea permeável, 
realizando aspiração e limpeza. 
 
Segunda: Diminuição progressiva do 
peristaltismo – o desejo de alimentar-se 
diminui ao mínimo, a boca resseca, 
ocorre acúmulo de gases no estômago e 
no intestino, causando náusea. 
Geralmente estes recebem 
alimentação por via parenteral ou por 
sondagem. 
 
Terceira: A circulação do paciente se 
torna mais lenta, as extremidades 
ficam cianóticas e com manchas, frias 
e pegajosas, mesmo que haja discreta 
elevação da temperatura corpórea. 
Portanto, medicação deve ser 
administrada via endovenosa. 
 
Quarta: Dificuldade Respiratória, 
sendo aliviada através da técnica de 
aspiração, elevando-se o paciente e 
oxigenação de suporte de vias aéreas. 
É um dos sinais mais angustiantes para a 
família. 
Quinta: Alteração dos sentidos, a visão 
fica embaraçada, razão pela qual eles 
preferem ficar em local mais iluminado. 
Pode haver acúmulo de secreções 
oculares, devendo fazer higiene e 
mantê-los lubrificados. 
A audição é o último sentido a 
abandonar o corpo, portanto falar 
educadamente e com muito respeito ao 
paciente, em tom de voz normal. 
É importante que a esperança do 
paciente seja valorizada e encorajada, 
porém sem que fuja da realidade; dando 
importância a opção religiosa do 
paciente, suas crenças, chamando se 
necessário uma pessoa para orar, 
conversar, pois é de grande influência na 
qualidade de vida do mesmo. 
 
Sinais de Morte Iminente 
O corpo não morre subitamente, a morte 
é um processo progressivo. 
Durante este processo são observados 
certos sinais que geralmente evidenciam 
que a morte se aproxima. 
Pouco a pouco os reflexos do paciente 
começam a desaparecer, não 
conseguindo mais se mover. 
Gradativamente a respiração fica mais 
difícil, a face assume um tom pálido, 
cianótico, enfraquecimento gradativo até 
desaparecimento do pulso, a pele se 
torna pegajosa e fria, a pupila começa a 
ficar dilatada e fixa. 
Há queda da pressão arterial, aumento da 
frequência respiratória e podendo haver 
aumento de temperatura. 
 
Sinais de Morte 
Considera-se morte consumada quando a 
frequência respiratória e a cardíaca 
cessam ao longo de alguns minutos. 
As pupilas permanecem dilatadas; 
Com o advento do uso de meios 
artificiais para a manutenção da 
atividade cardíaca e respiratória e a 
realização de transplantes humanos, foi 
necessária uma definição mais apurada 
para diagnosticar uma morte 
absoluta, assim a ausência de atividade 
cerebral, que é demonstrado por uma 
linha eletroencefalográfica reta por 24 
horas, confirma a ocorrência da morte. 
O médico deve registrar a hora exata em 
que cessaram os movimentos 
respiratórios e cardíacos, e as manobras 
realizadas para RCP – ressuscitação 
cardiopulmonar; 
 
A família 
Ao ser diagnosticado pela equipe médica 
a gravidade do estado geral do paciente, 
a enfermagem deve preparar a família 
encaminhando o aviso de estado grave 
em 2 vias, uma para administração do 
hospital que avisará a família sobre o 
estado do paciente e liberação de visita 
controlada, e outra via permanece na 
unidade para informar a equipe 
multiprofissional. 
 Ao ser constatado o óbito pelo médico, 
a enfermagem deve encaminhar o aviso 
de óbito em 2 vias. 
A causa da morte é feita pelo médico que 
constatou o óbito. Devendo o médico 
preencher a declaração de óbito (dado 
estatístico), e este ser encaminhado junto 
ao aviso. 
 
 
Cuidados com o Corpo após a Morte 
Entende-se por corpo, a estrutura física 
que abrigou um ser, a quem a 
enfermagem presta o último cuidado. A 
assistência ao cadáver deve ser realizada 
com dignidade e respeito. 
A Enfermagem é responsável pela 
preparação do corpo, respeitando-se as 
crenças e vontades da família. 
As regras variam de acordo com os 
hospitais, mas exigem algumas normas 
que são consideradas universais.

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