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POSIÇÕES PARA EXAMES Preparo do ambiente: Privacidade; Iluminação; Som Evitar interrupções; Avental; Conforto; Quedas. Preparo do material: Lavar as mãos; Reunir o material; Temperatura; Manutenção. Preparo psicológico do cliente: Explicar; Perguntar; Terceira pessoa (exame genital); Observar – medo ou dor; Respeito. Finalidades das posições para exames: Possibilitar a execução ou coleta de material para exames; Expôr o paciente o menos possível, durante o exame. Posições mais usadas: POSIÇÃO SENTADO POSIÇÃO SUPINA ou DECÚBITO DORSAL POSIÇÃO DE LITOTOMIA ou POSIÇÃO GINECOLÓGICA POSIÇÃO DE SIM’S POSIÇÃO PRONA POSIÇÃO LATERAL POSIÇÃO GENUPEITORAL POSIÇÃO DE FOWLER TRENDELEMBURG TRENDELEMBURG REVERSA *O paciente deve permanecer coberto, com exceção da área a ser examinada. SENTADO ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: Exame físico da cabeça e pescoço, costas, tórax anterior e posterior e pulmões, mamas, axilas, coração, sinais vitais e extremidades superiores. JUSTIFICATIVA: Sentar permite que os pulmões se expandam e fornece a melhor visualização da simetria das partes superiores do corpo. LIMITAÇÕES: Pacientes fisicamente fracos podem não ser capazes de sentar, neste caso deve-se utilizar a posição supina com a cabeceira da cama elevada. POSIÇÃO SUPINA OU DECÚBITO DORSAL ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: Exame físico da cabeça e pescoço, tórax anterior e pulmões, mamas, axilas, coração, abdômen, extremidades e pulso. Realização de procedimentos e cirurgias. JUSTIFICATIVA: É a posição de maior relaxamento. Fornece acesso fácil a locais para a verificação do pulso. LIMITAÇÕES: Pacientes com dificuldades para respirar podem possuir a necessidade de elevar a cabeceira da cama. O cliente permanece deitado, de costas, com as pernas estendidas ou ligeiramente flexionadas. Estenda os braços ao longo do corpo ou da cabeça. Manter o cliente coberto com o lençol, expor apenas as áreas a serem examinadas. POSIÇÃO DE LITOTOMIA OU POSIÇÃO GINECOLÓGICA ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: Exame e tratamento dos genitais femininos e trato vaginal. JUSTIFICATIVA: É a posição que fornece a melhor exposição dos genitais e facilita a inserção do espéculo vaginal. LIMITAÇÕES: É uma posição embaraçosa e desconfortável, deve-se utilizar pelo menor tempo possível. O paciente deve estar bem coberto. POSIÇÃO DE LITOTOMIA OU POSIÇÃO GINECOLÓGICA POSIÇÃO DE SIM’S ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: Exames do reto e vagina, enteroclisma e lavagem intestinal. JUSTIFICATIVA: Flexão de quadril e joelho melhora a exposição da área retal. LIMITAÇÕES: Deformidades nas articulações podem dificultar a capacidade do paciente de dobrar o quadril e o joelho. Deite o cliente em decúbito lateral esquerdo ou direito. Incline ligeiramente o corpo para frente, com o braço esquerdo esticado para trás e o braço direito flexionado para frente. Mantenha o membro inferior esquerdo levemente flexionado e o direito mais flexionado que o esquerdo. Mantenha o cliente protegido com lençol, expondo apenas a área a ser examinada. POSIÇÃO PRONA ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: Exame do sistema musculo-esquelético. JUSTIFICATIVA: Esta posição é utilizada somente para avaliar a extensão da articulação do quadril. LIMITAÇÕES: Esta posição não é tolerada por pacientes com dificuldades respiratórias. POSIÇÃO LATERAL ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: Exame do coração. JUSTIFICATIVA: Esta posição auxilia na detecção dos murmúrios e visualização do ictus cordis. LIMITAÇÕES: Esta posição não é tolerada por pacientes com dificuldades respiratórias. POSIÇÃO GENUPEITORAL ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: Exame do reto e vagina, além de exercícios uroginecológicos. JUSTIFICATIVA: Esta posição fornece a exposição máxima da área retal. LIMITAÇÕES: É uma posição embaraçosa e desconfortável, deve-se utilizar pelo menor tempo possível. O paciente deve estar bem coberto. O cliente fica de bruços, com os braços apoiados, joelhos bem flexionados sob o abdômen; Colocar o cliente ajoelhado sobre a cama com os joelhos afastados e as pernas estendidas; Solicitar ao cliente que abaixe os membros, de modo que o tórax e a face encostem na cama; Lateralizar a cabeça, apoiando-a sobre os braços, mantenha o cliente protegido com lençol, expondo apenas a área a ser examinada. POSIÇÃO DE FOWLER ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: Utilizada para alimentação do paciente e problemas respiratórios em geral. JUSTIFICATIVA: Esta posição permite a colocação da mesa de alimentação transversalmente e favorece a respiração. LIMITAÇÕES: É uma posição que oferece risco de lesão da pele por fricção ou cisalhamento. É necessário apoiar o paciente para que não escorregue. Colocar o cliente em posição frontal; Elevar a cabeceira da cama até o tronco do paciente atingir um ângulo de 45° Flexionar levemente os joelhos com a ajuda da manivela que se encontra nos pés da cama ou com a colocação de coxins sobre as dobras dos joelhos. Mantenha o paciente protegido. TRANDELEMBURG ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: Utilizada em cirurgias pélvicas, estado de choque e tromboflebites. JUSTIFICATIVA: Facilita a drenagem de secreções da base dos pulmões e a passagem orofaríngea. Permite que a alça intestinal fique na parte superior. LIMITAÇÕES: O peso dos órgãos comprime o diafragma, o que dificulta a sua movimentação e os movimentos respiratórios. Pode ocorrer aumento da PA, pois o sangue fica represado na parte superior do dorso. CONTAINDICAÇÕES PIC > de 20 mmHg; Aneurisma cerebral; Hipertensão descompensada; Hemoptise recente; Distensão abdominal; Risco de aspiração; Recentes cirurgias oftálmicas, esofágicas ou neurológicas. TRANDELEMBURG REVERSA ÁREA AVALIADA/INDICAÇÕES: É usada frequentemente para oferecer melhor acesso à cabeça e pescoço. JUSTIFICATIVA: A força da gravidade desloca as vísceras abdominais para adiante do diafragma e na direção dos pés. LIMITAÇÕES: Circulação venosa pode ser comprometida pelo tempo de permanência das pernas estendidas na posição mais baixa. TRICOTOMIA Definição: Tricotomia é a retirada de pêlos de uma determinada área corporal. É indicada com o objetivo de promover higiene e conforto ou preparar essa área para uma cirurgia, exame, parto ou instalação de venoclise. Finalidade: A tricotomia tem por finalidade de facilitar a manipulação e visualização de determinada área do corpo. Considerações Gerais: A maioria das instituições hospitalares ainda utilizam a tricotomia, e cada uma possui uma “política própria” em relação a esse procedimento, hoje questionado pelas autoridades no controle de infecção. É um fator muito importante no aparecimento da infecção da ferida cirúrgica. Enquanto parte da preparação pré- operatória, esta prática deve ser executada por profissionais de saúde. Quando a tricotomia deve ser feita? Só quando estritamente necessário; Em área menos extensa possível; No máximo 2 horas antes da cirurgia, de preferência, no bloco operatório; Com máquina elétrica, que corte o pelo sem lesar a pele e não com lâmina de barbear ou de bisturi. Complicações Pesquisas confirmam que o uso inadequado dos dispositivos utilizados para tricotomizar, podem causar danos nas camadas profundas da pele, como por exemplo, microlesões e sangramentos, até exsudação. Esses, por sua vez, favorecem o crescimento de microrganismos, a colonização e eventual infecção. Discussões relacionadas às vantagens e desvantagens da tricotomia são comuns nas instituições. Esse procedimento, apesar dedesnecessário em várias cirurgias, ainda é utilizado em alguns casos visando à visualização do campo operatório A tricotomia pode ser realizada através de: • Tricotomizador (barbeador elétrico) • Aparelho com lâminas • Aparelho com lâminas descartável Material: TRICOTOMIA COM TRICOTOMIZADOR - Cuba rim; - Papel higiênico; - Gaze; - Tricotomizador (barbeador elétrico); - Luvas de procedimento. TRICOTOMIA COM LÂMINA - Cuba rim; - Cuba redonda com água; - Sabão líquido; - Papel higiênico; - Gaze; - Aparelho com lâminas; - Pinça dente-de-rato ou kelly; - Luvas de procedimento Recomendações especiais - Sempre que necessário, cortar o excesso de pelos com tesoura antes da raspagem. - Examinar as condições da pele na área a ser tricotomizada antes de iniciar o procedimento – presença de coceiras, lacerações ou abrasões podem levar ao adiamento da cirurgia. Oxigenoterapia, Inaloterapia e Nebulização O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões. Respiração: - Uma das funções vitais, geralmente é silenciosa e realiza-se sem esforço. - Uma pessoa que respira normalmente não toma consciência desse processo. - A freqüência respiratória e sua profundidade pode ser alteradas voluntariamente. - Quando uma pessoa apresenta dificuldade em respirar (dispnéia), torna- se bastante consciente de sua respiração e das tentativas de controlar sua presença e continuidade. - A incapacidade de obter oxigênio e de controlar a função respiratória, essencial à vida, é aterradora (angústia). - Torna-se imperativa a pronta assistência ao paciente, não somente pelo papel vital exercido pelo oxigênio na manutenção da vida, mas também porque a ansiedade decorrente da dificuldade respiratória pode por si mesma interferir na respiração e agravar a situação. - Os órgãos da respiração funcionam para captar oxigênio e eliminar o dióxido de carbono - a vida não pode ser mantida sem oxigênio e o dióxido de carbono precisa ser eliminado. As doenças que acometem o trato respiratório dificultam a respiração, interferindo na troca vital de gases e causando, para o paciente, um desconforto agudo ou muitas vezes até crônico. Nesses casos os cuidados devem ser dirigidos no sentido de facilitar a oxigenação e evitar a transmissão de infecção Mobilização de secreções 1. Hidratação (1000 a 2000ml/dia) se não houver contra indicação 2. Nebulização (processo de adicionamento de umidade ou medicações ao ar inspirado pela mistura de partículas de tamanhos variados) 3. Drenagem Postural - é uma técnica que serve para eliminar o catarro do pulmão através da ação da gravidade, sendo útil principalmente em doenças com grande quantidade de secreção, como fibrose cística, bronquiectasia, pneumopatia ou atelectasia. 4. Tapotagem - método de percussão que consiste na aplicação rítmica das duas mãos em forma de concha no tórax de quem tem Fibrose Cística. 5. Vibração - realizadas por meio de forças mecânicas feitas com as mãos enquanto os braços ficam juntos e estendidos, aplicando a vibração diretamente no tórax da pessoa com Fibrose Cística Promoção e manutenção da oxigenação 1. Oxigenoterapia Umidificação (processo de adicionamento de água ao gás) 2. Promoção da expansão pulmonar Espirometria de esforço 4. Manutenção de via aérea permeável Aspiração de Secreções OXIGENOTERAPIA Definição: É a administração de O2 numa concentração superior de pressão à encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar a deficiência de oxigênio ou hipóxia. Características do oxigênio: - Inodoro; - Insípido; - Incolor; - Ligeiramente mais pesado que o ar; - Alimenta a combustão. Indicações: Alteração na freqüência ou padrão respiratório do paciente: Hipoxemia - diminuição da tensão de O2 no sangue arterial; Hipóxia - diminuição do suprimento de O2 para os tecidos. Sinais de hipóxia: Sinais Respiratórios: taquipnéia, respiração laboriosa (retração intercostal, uso da musculatura acessória, batimento de asa de nariz), cianose progressiva da pele, dos lábios e da base das unhas, necessidade de sentar- se para respirar (ortopnéia); Sinais Cardíacos: taquicardia (precoce), bradicardia, hipotensão e parada cardíaca; Sinais Neurológicos: inquietação, confusão, prostração, convulsão e coma. Outros: Palidez. Indicações para oxigenoterapia - Edema cerebral, drogas depressoras, anemias, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica); - Em casos de doenças prolongadas que necessitam de permanência no leito e muitas outras... *Qualquer elemento que interfira na permeabilidade de qualquer parte do trato respiratório pode causar problemas na oxigenação. Medidas de segurança Sendo o Oxigênio inflamável, é muito importante: 1. não permitir fumar no local; 2. cuidado com aparelhos elétricos que podem emitir faíscas; 3. não usar graxa ou óleo nas válvulas e no manômetro de oxigênio; 4. transportar o torpedo com cuidado - explosão, o ideal é canalizado. Cuidados na administração do oxigênio - Explicar as condutas e as necessidades da oxigenoterapia ao paciente e acompanhante; - Orientar o cliente e acompanhantes para não fumar; - Evitar aparelhos elétricos que podem emitir faísca no local; - O cliente deve ser orientado a utilizar vestimentas de algodão - Não administrá-lo sem o redutor de pressão e o fluxômetro (regula o fluxo de O2 em l/min); - Administrar o oxigênio sempre umidificado (o oxigênio seco ou com baixa umidade lesa o epitélio da mucosa respiratória, provoca reação inflamatória e dificuldade para eliminar o muco); - Usar água estéril; - Observar se a máscara ou cateter está bem adaptado e em bom funcionamento; - Dar apoio psicológico. Cuidados em oxigenoterapia Observar sistematicamente as medidas preventivas que evitam os problemas respiratórios tais como: - Avaliação contínua dos sinais vitais e monitoramento da cianose e do esforço respiratório do paciente; - Posição do paciente; - Higiene; - A segurança de ser ajudado e confortado; - A quantidade de litros de O2 prescrito; - Alterações significativas da respiração; - A presença de tosse e o tipo de escarro. São sinais de agravamento: - Diminuição da freqüência respiratória com ritmo respiratório irregular; - Diminuição dos sinais de “luta” com presença de sudorese; - Palidez; - Taquicardia; - Alterações da consciência; Métodos de administração do oxigênio: Tipos de Sistemas para a administração de oxigênio Os sistemas são classificados de acordo com a concentração e fluxo do oxigênio: Baixo Fluxo 1. Cateter nasal; 2. Cânula nasal; 3. Máscara facial e AMBU; Alto Fluxo 4. Máscara de Venturi; 5. Cânula endotraqueal; 6. Cateter transtraqueal; 7. Tenda de O2; 8. Ventilação mecânica. 1. CATETER NASAL - Usado quando o paciente necessita de média concentração de O2; - Pequena sonda número 6, 8 ou 10, que é colocada na narina até a parte posterior do nariz - Fluxo – entre 6 e 7 l/min; - Trocar a cada 24 horas; - Promover higiene nasal. Vantagens – econômico, fácil aplicação. Desvantagens – nem sempre é tolerado por crianças, respiração bucal diminui a fração de O2, facilidade de deslocamento do cateter. 2. CÂNULA NASAL - Suporte plástico com 2 dentes de garfo introduzidos de 0,5 a 1 cm nas narinas; - Fornece quantidade moderada de O2; - Fluxo de até 6 l/min, pois ocorre irritação da mucosa nasal; Vantagens – conforto,economia, facilidade para manter a posição; Desvantagens – concentração de O2 respirada é desconhecida. 3. MÁSCARA FACIAL - Dispositivo aberto, de plástico, que cobre o nariz e a boca, fornece quantidade moderada de O2; - Seu ponto básico é combater a hipoxemia. - Fluxo de 4 – 5 l/min; Desvantagens – desconfortável, retirar a cada 2 horas (repouso), acúmulo de água na extensão, trocar a cada 24 horas. BOLSA-VALVA-MÁSCARA (AMBU) - Bolsa de reanimação auto inflável tipo AMBU; - Dispositivo aberto, de plástico, que cobre o nariz e a boca, fornece quantidade moderada de O2; - Seu ponto básico é combater a hipoxemia na RCP; - Fluxo de 2 - 3 l/min. 4. MÁSCARA DE VENTURI - Método mais confiável e preciso para uma administração de O2 por meios não invasivos. Vantagens – mistura o fluxo de O2 com um fluxo alto e variável de ar para produzir uma concentração de O2 constante. Desvantagens – baixa aceitação pelos pacientes. 5. CÂNULA ENDOTRAQUEAL - Tubo introduzido através da boca ou nariz até a traqueia – tratamento de emergência; - Passado por meio de laringoscópio; - Utilizado por tempo determinado. Desvantagens – desconforto, reflexo da tosse é deprimido, as secreções tornam- se espessas e viscosas, uso prolongado pode levar à ulceração e estenose da laringe ou traquéia. 6. CÂNULA TRANS-TRAQUEAL - Cânula introduzida na traquéia através de uma abertura (traqueostomia); - É realizado no centro cirúrgico ou UTI; - É necessário aspirar a traqueostomia a cada 1 ou 2 horas ou sempre que necessário; - É um procedimento estéril. 7. TENDA DE OXIGÊNIO - Fornece um teor elevado de umidade, além de O2 suplementar; - Utilizada com freqüência para crianças; - Não permite a difusão do O2 através do ar. 8. VENTILAÇÃO MECÂNICA - É um aparelho de respiração a pressão positiva que pode manter a ventilação automaticamente por longos períodos - Indicado quando o paciente é incapaz de manter níveis seguros de dióxido de carbono arterial e/ou oxigênio pela respiração espontânea; Saturação do oxigênio - É o teor de oxigênio dividido pela capacidade de O2, expressa em volume %. - A determinação de gases arteriais é o melhor método para averiguar a necessidade e a eficácia da oxigenoterapia. Oxímetro: instrumento fotoelétrico para medir o grau de saturação de oxigênio no sangue. Complicações da oxigenoterapia A suscetibilidade à toxicidade do O2 é variável, e o aparecimento e a severidade dos sintomas variam consoante os diferentes indivíduos. Contaminação de Equipos: Pseudomonas, stafilococos, E.coli, klebsiella. Toxicidade do Oxigênio: Formação de radicais livres e OH + reação com substâncias intranucleares e lipídeos de membrana = lesão celular. Sistemas Acometidos Hemácias: risco de hemólise SNC: necrose neuronal + proliferação endocapilar Retina: fibroplasia retrolental Pulmão: broncodisplasia Efeitos tóxicos da administração do oxigênio: - Em pacientes com DPOC, a administração de altas concentrações de O2 eliminará o estímulo respiratório - apnéia; - Resseca a mucosa do sistema respiratório; - Altas concentrações de O2 (acima de 50%) por tempo prolongado ocasionam alterações pulmonares: atelectasias, hemorragias, e outros. *Os cinco certos da administração de medicamentos também são considerados para o oxigênio OXIGENOTERAPIA COM CATETER NASAL Material: - Cateter nasofaríngeo estéril de numeração adequada; - Esparadrapo; - Gaze com soro fisiológico; - Umidificador; - Extensão plástica ou de borracha; - Fluxômetro calibrado para a rede de oxigênio; - Água destilada esterilizada. Procedimento: - Ligar o cateter à extensão e este ao frasco umidificador, que deverá conter água destilada até o nível indicado; - Colocar o paciente na posição de Fowler; - Medir a “quantidade” do cateter a ser introduzido: da ponta do nariz até o início do canal auditivo e marcar o limite com tira de esparadrapo; - Lubrificar com soro fisiológico o cateter nasal; - Introduzir o cateter em uma das narinas até mais ou menos 2cm antes da marca do esparadrapo; - Regular o fluxo; - Trocar o cateter nasal diariamente na oxigenoterapia prolongada; - Quando o nível da água no umidificador estiver baixo, desprezar a água do frasco e colocar uma nova quantidade de água destilada; INALOTERAPIA Definição - Administração de drogas diretamente ao trato respiratório. - A inaloterapia utiliza o princípio do aerosol, para manter em suspensão um nº máximo de gotas de água ou partículas, no ar inspirado. - O dispositivo inalatório ideal deve ser portátil, deve administrar doses reprodutíveis e acuradas de partículas respiráveis. Dispositivos 1. Nebulizadores 2. Inaladores NEBULIZAÇÃO Objetivos: - Melhorar a respiração; - Facilitar a tosse espontânea; - Ajudar os pacientes a trazerem a secreção para as vias superiores. Principais tipos de nebulizadores 1. Nebulizador em jato de aerosol 2. Nebulizador ultra-sônico Finalidades: - Umidificar o ar inspirado; - Oferecer aporte de o2; - Fluidificar secreções; - Administrar medicamentos. *Observação: realizar com oxigênio se houver prescrição médica Material: - Fluxômetro para oxigênio ou ar comprimido; - Micronebulizador plástico, com máscara e extensão para a rede de oxigênio ou ar comprimido; - 10 ml de SF ou água destilada; - Solução medicamentosa, conforme prescrição médica; - Etiqueta adesiva. Procedimento: - Reunir o material e identificar o frasco; - Colocar a solução (SF e medicação) no frasco, conectar a extensão ao frasco, e em seguida, conectá-la à máscara facial; - Abrir o fluxômetro, até que ocorra a formação da névoa; - Colocar a máscara no rosto do cliente; *O fluxo de O2 necessário para a nebulização é de 6 a 8 l/min. Necessário: - Orientar o paciente sobre o porquê do procedimento; - O uso correto da técnica; - A necessidade de imediatamente após o término da nebulização, fazer exercícios de tosse e respiração a fim de expelir as secreções para fora. *O profissional deve estar consciente da ação e efeitos colaterais das medicações utilizadas afim de detectar efeitos indesejáveis e interferir com ações de enfermagem cientificamente fundamentadas. COLHEITA DE MATÉRIA ORGÂNICA PARA EXAMES LABORATORIAIS Finalidades - Os exames de laboratório são universalmente aceitos como importantes colaboradores na identificação de diagnóstico ou traçar uma linha de conduta terapêutica para o paciente (avaliação do paciente) - Um material danificado, contaminado ou trocado pode causar graves danos à identificação de diagnóstico e até mesmo validar falsos diagnósticos. Cabe à enfermagem: - Preparo físico e psíquico do paciente; - Colher ou auxiliar na coleta das amostras; - Identificar o recipiente; - Encaminhar o material e o pedido médico ao laboratório. Cuidados para evitar erros de análise - Tempo de jejum do paciente; - Horário da coleta; - Tempo de envio da amostra para o laboratório; - Uso prolongado do torniquete/garrote; - Erro de identificação; - Erro da quantidade da amostra; - Equipamentos apropriados para a coleta. Posição Para a realização de alguns exames laboratoriais é necessário que o cliente/paciente esteja em alguma posição especial para isso; é preciso saber corretamente o que fazer para que o cliente fique exposto o menos possível e a execução ou coleta do material seja realizada com sucesso Exames mais solicitados SANGUE • Hemograma • Sorologia • Gasometria • Coagulogrma • Tipagem sanguínea HÔRMONIOS • Hemocultura • Glicemia URINA • Tipo I • Urocultura • Urina de 24 horas FEZES •Parazitológico • Coprocultura • Pesquisa de sangue SECREÇÕES • Líquor • Vaginal • Uretral • Escarro SANGUE - Material biológico mais solicitado para análise laboratorial. - No sangue, além de células circulam hormônios, anticorpos, eletrólitos, gases, moléculas de glicose, colesterol, enzimas. - A amostra é colhida através de venopunção e colocada em recipiente apropriado, de acordo com a natureza do exame Observações úteis na colheita de sangue - Jejum; - Medicamentos; - Torniquete/ Garrote; - Evitar que o paciente abra e feche a mão durante a colheita; - A punção deve ser finalizada sem desenvolver hematomas; - A amostra de sangue deve ser coletada em tubos, de acordo com o material a ser analisado. Colheita - Seringa - Vacutainer URINA A técnica de colheita vai depender do tipo de exame solicitado A amostra deve ser colhida preferencialmente de manhã, primeira micção do dia, desprezando o primeiro jato urinário e colhendo cerca de 50 á 100ml de urina, em frasco limpo e seco; • É necessário higiene íntima antes da colheita; • Identificar o frasco com o nome do cliente; • Encaminhar a amostra para o laboratório junto com o pedido do exame. Urocultura A urina deve ser colhida com técnica asséptica; • É necessário higiene íntima antes da colheita; • É indispensável frasco estéril; • Pode ser necessário sondagem vesical de alívio; • Caso o paciente já esteja com sonda vesical de demora; fechar a sonda por duas horas, fazer a coleta através do dispositivo localizado na extensão do coletor; • Avaliar sempre risco e benefício da sondagem. • NUNCA COLETAR URINA DA BOLSA COLERORA. Urina de 24h • A amostra de urina de 24 horas é necessária para verificar a proteínuria, clearence de creatinina, dosagem de cálcio, etc; • Identificar o frasco, anotando data e horário do início e término. Manter o frasco fechado durante os intervalos de coleta, sem expor à luz e ao calor excessivos; • Oferecer urinol (papagaio) para o cliente e orienta-lo quanto á coleta; • Esvaziar a bexiga às 7:00 horas da manhã (ou em algum horário especificado, pré determinado). • Coletar todo o volume das urinas posteriores até às 7:00 horas do dia seguinte (ou horário especificado), no frasco fornecido pelo laboratório; • Encaminhar todo o volume de urina ao laboratório imediatamente após o término da coleta, identificando todos os frascos. OBS: Ao se coletar urina de 24 horas para dosagem de creatinina, é necessário pesar e medir o cliente. Deve-se coletar uma amostra de sangue e enviar junto com a urina. FEZES • Exame de realizado para avaliação de uma infecção ou infestação de larvas ou ovos de helmintos e outros protozoários; • Orientar o cliente a evacuar em uma comadre limpa; • Colocar pequena quantidade de fezes em recipiente próprio, com auxílio de uma espátula; • Identificar o frasco; ESCARRO • Escarro é a secreção dos brônquios, pulmões e traquéia, portanto, obtido do trato respiratório inferior; • Útil para análise citológica e microbiológica (cultura)da secreção do trato respiratório, importante no diagnóstico de doenças neoplásicas, infecciosas e parasitárias; • Normalmente são colhidas 3 amostras (um apor dia ou em dias alternados); • Necessário jejum de pelo menos 4 horas; • Colher a amostra de manhã (preferencialmente); • O cliente tem que inspirar o ar até a capacidade plena dos pulmões e então exalar o ar com uma tosse profunda expulsiva; a mostra deve ser tossida diretamente no frasco de boca larga e lima; • Identificar o frasco e encaminhar a amostra rapidamente ao laboratório; • Pode-se permitir ao cliente escovar os dentes e lavar bem a boca antes da coleta; • Orientar que o escarro não é saliva. Escarro induzido Alguns clientes com processo infeccioso pulmonar apresentam pouca quantidade ou dificuldade na eliminação do escarro. • Instruir o cliente para enxaguar a boca e fazer gargarejo com água antes da coleta; • Fazer uma nebulização com 20 a 30 ml de SF0,9% • Orientar o cliente a coletar secreção profunda; • Coletar a amostra em frasco estéril e encaminhar imediatamente ao laboratório. Aspirado traqueal • Cuidadosamente, passar o cateter através da cânula e da traquéia; • Aspirar o material com uma seringa • Enviar o material na própria seringa ou em frasco estéril; • Não refrigerar a amostra; • Enviar a amostra rapidamente ao laboratório. Lavado broncoalveolar O lavado broncoalveolar é uma amostra adequada para o diagnóstico das doenças infecciosas do trato respiratório inferior. • A coleta é feita durante a broncoscopia. • Obter a amostra da escovação ou biópsia; • Aspirar a solução salina em frasco estéril enviar imediatamente ao laboratório. CULTURA DE FERIDAS E ABCESSOS • Devido a presença da flora, normal da pele, deve-se tomar cuidado ao coletar uma amostra representativa do processo infeccioso. • Esta deverá ser coletada da borda da lesão e não do pus ou exsudato. LÍQUOR • Coletar no mínimo 10 ml; • Colocar em frasco estéril; • Uma vez que algumas bactérias que causam meningites são muito sensíveis à temperatura, NUNCA COLOCAR LÍQUOR EM GELADEIRA. CUIDADO COM O CORPO APÓS A MORTE O Modelo de Kübler-Ross propõe uma descrição de cinco estágios discretos pelos quais as pessoas passam ao lidar com a perda, o luto e a tragédia. Segundo este modelo, pacientes com doenças terminais tendem a entrar em estado de autodepreciação e, como tal, necessitam de se apoiar em alguns conceitos de consciencialização do seu estado. O modelo foi proposto por Elisabeth Kübler-Ross Os estágios popularizaram-se e são conhecidos como Os Cinco Estágios do Luto ou da Dor da Morte, ou da Perspectiva da Morte Existem 5 fases, reações frente à morte, apresentadas pelas pessoas ao perceberem a morte; 1. Fase de Negação/ Isolamento; 2. Fase da Raiva/ Hostilidade; 3. Fase de Barganha ou Negociação; 4. Fase da Depressão/ Tristeza; 5. Fase da Aceitação ou Resignação. 1. Fase de Negação/ Isolamento “Não aceitação ou negação”. “Vai de médico em médico, em busca de segunda opinião”. Argumenta, pergunta, afirma que está bem. Isola-se da família O médico deve ter consciência de que o paciente, não está preparado para conhecer a gravidade do seu mal. 2. Fase da Raiva/ Hostilidade Admitem estar com a doença, mas se tornam hostis, atacando violentamente os que o cercam, médicos, enfermeiros, hospital, família e até Deus. “ Porque eu?”; É uma fase de revolta, onde o paciente não segue o tratamento, (“porque não foi com outra pessoa?”), ressentimentos; As visitas são escassas pois o paciente se recusa a receber familiares; O sentimento de raiva não é pessoal; sendo decorrente do momento; O médico consciente desta realidade do paciente deve ter paciência, tolerância e não devendo colocar-se em posição de defesa ou demonstrar hostilidade. 3. Fase de Barganha ou Negociação Tenta superar seu mal através de promessas com Deus, arrependimento de seus pecados, dizendo que fará qualquer coisa, se conseguir a cura. A equipe de saúde deve manter o paciente o mais confortável possível e seguir seus desejos a medida do possível. Quando os esforços da barganha não dão resultados, quase sempre entra na fase de Depressão; 4. Fase da Depressão/ Tristeza Percebe-se um grande desinteresse pelo paciente em receber visitas ou acompanhar fatos. O Paciente não consegue mais se enganar, os sintomas se acentuam, percebe que vai perder tudo o que ama, sentindo necessidade de isolamento e silêncio, um vazio profundo. Apesar disso, não deve deixá-lo totalmente sozinho, a presença de alguém que o assista atenciosamente é sempre reconfortante.Nesta fase é importante a aproximação com o familiar, o toque, mostrar que ele é importante para você. 5. Fase da Aceitação ou Resignação Nesta fase o paciente admite o seu fim próximo e prepara-se para isto. Não é sinônimo de passividade, pelo contrário é uma atitude ativa, tomada pelo paciente que passou a ter uma compreensão de sua vida e sabe ter chegado seu momento. O toque e a comunicação não verbais são muito importantes nesta fase, o paciente dorme por longos períodos, diminui o interesse por pessoas ou coisas, daí o intuito de estimular os seus sentidos. Nesta fase a família necessita de muito apoio, pois a reação pode ser idêntica ao do paciente (negação, raiva, não aceitação); A equipe deve auxiliar o paciente a morrer dignamente e em paz, tornando em uma das contribuições mais valiosas para confortar o paciente e os membros da família. Necessidades Físicas do Paciente na Fase Terminal Nesta fase existe em geral uma carência progressiva dos mecanismos orgânicos. São as seguintes mudanças: Primeira: perda do tônus muscular, manifesta-se pela incapacidade de reter a micção e defecação devido a relaxamento dos esfíncteres. Incapacidade de deglutir, levando ao acumulo de muco na traqueia originando um som borbulhante típico – estertores da morte. *Manter uma via aérea permeável, realizando aspiração e limpeza. Segunda: Diminuição progressiva do peristaltismo – o desejo de alimentar-se diminui ao mínimo, a boca resseca, ocorre acúmulo de gases no estômago e no intestino, causando náusea. Geralmente estes recebem alimentação por via parenteral ou por sondagem. Terceira: A circulação do paciente se torna mais lenta, as extremidades ficam cianóticas e com manchas, frias e pegajosas, mesmo que haja discreta elevação da temperatura corpórea. Portanto, medicação deve ser administrada via endovenosa. Quarta: Dificuldade Respiratória, sendo aliviada através da técnica de aspiração, elevando-se o paciente e oxigenação de suporte de vias aéreas. É um dos sinais mais angustiantes para a família. Quinta: Alteração dos sentidos, a visão fica embaraçada, razão pela qual eles preferem ficar em local mais iluminado. Pode haver acúmulo de secreções oculares, devendo fazer higiene e mantê-los lubrificados. A audição é o último sentido a abandonar o corpo, portanto falar educadamente e com muito respeito ao paciente, em tom de voz normal. É importante que a esperança do paciente seja valorizada e encorajada, porém sem que fuja da realidade; dando importância a opção religiosa do paciente, suas crenças, chamando se necessário uma pessoa para orar, conversar, pois é de grande influência na qualidade de vida do mesmo. Sinais de Morte Iminente O corpo não morre subitamente, a morte é um processo progressivo. Durante este processo são observados certos sinais que geralmente evidenciam que a morte se aproxima. Pouco a pouco os reflexos do paciente começam a desaparecer, não conseguindo mais se mover. Gradativamente a respiração fica mais difícil, a face assume um tom pálido, cianótico, enfraquecimento gradativo até desaparecimento do pulso, a pele se torna pegajosa e fria, a pupila começa a ficar dilatada e fixa. Há queda da pressão arterial, aumento da frequência respiratória e podendo haver aumento de temperatura. Sinais de Morte Considera-se morte consumada quando a frequência respiratória e a cardíaca cessam ao longo de alguns minutos. As pupilas permanecem dilatadas; Com o advento do uso de meios artificiais para a manutenção da atividade cardíaca e respiratória e a realização de transplantes humanos, foi necessária uma definição mais apurada para diagnosticar uma morte absoluta, assim a ausência de atividade cerebral, que é demonstrado por uma linha eletroencefalográfica reta por 24 horas, confirma a ocorrência da morte. O médico deve registrar a hora exata em que cessaram os movimentos respiratórios e cardíacos, e as manobras realizadas para RCP – ressuscitação cardiopulmonar; A família Ao ser diagnosticado pela equipe médica a gravidade do estado geral do paciente, a enfermagem deve preparar a família encaminhando o aviso de estado grave em 2 vias, uma para administração do hospital que avisará a família sobre o estado do paciente e liberação de visita controlada, e outra via permanece na unidade para informar a equipe multiprofissional. Ao ser constatado o óbito pelo médico, a enfermagem deve encaminhar o aviso de óbito em 2 vias. A causa da morte é feita pelo médico que constatou o óbito. Devendo o médico preencher a declaração de óbito (dado estatístico), e este ser encaminhado junto ao aviso. Cuidados com o Corpo após a Morte Entende-se por corpo, a estrutura física que abrigou um ser, a quem a enfermagem presta o último cuidado. A assistência ao cadáver deve ser realizada com dignidade e respeito. A Enfermagem é responsável pela preparação do corpo, respeitando-se as crenças e vontades da família. As regras variam de acordo com os hospitais, mas exigem algumas normas que são consideradas universais.
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