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CORDEL RAP E REPENTE

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CORDEL, RAP E REPENTE
Há pelo menos 30 séculos o ser humano faz versos populares. Antes mesmo
da literatura escrita, a riqueza da literatura oral já era praticada. E é dessa literatura
oral que surgiram os gêneros populares da Literatura Brasileira como o Cordel, o
Repente, o Samba e o RAP. Esses são os temas dessa aula. Então, se liga!
Antes de nos aprofundarmos nos gêneros literários populares, vamos
entender o conceito que diferencia Erudito e Popular. De modo simplificado, as
produções eruditas são aquelas feitas com estudos prévios, ou seja, desenvolvida
com métodos criados por pessoas que pesquisaram determinado assunto e, assim,
geraram suas obras. Já a cultura popular acontece de forma espontânea dentro do
grupo social que a produz. Geralmente são conhecimentos orais transmitidos de
geração em geração. Vamos entender melhor observando o seguinte quadro:
POPULAR ERUDITO
ORIGEM Artistas sem
formação profissional
Artistas profissionais
ELABORAÇÃO Espontânea Requer estudo e planejamento
TRANSMISSÃO De forma oral Por meio de Escolas e registros escritos
ACESSIBILIDADE Todos os públicos Público específico, normalmente com
formação escolar formal
PARTICIPAÇÃO DA É essencial para a Participa de forma passiva, normalmente
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COMUNIDADE realização como público
Muita gente pensa que Erudito é o contrário de Popular, mas essa oposição
não existe, principalmente porque muitos Artistas Profissionais se inspiram na
cultura popular para executar suas obras. Por exemplo, autores como Mário de
Andrade e Monteiro Lobato usaram em suas obras muitos elementos da cultura
popular brasileira. Dizem até que a primeira obra literária do ocidente, a Ilíada, teria
elementos do chamado Canto Amebeu Grego em sua composição. 
Outro mito que deve ser desfeito é o de que a Cultura Popular é inferior à
Cultura Erudita. Não existe uma melhor que a outra. A Cultura Popular, por ter maior
abrangência de público, pode ser até considerada mais importante que a Cultura
Erudita. Mas o importante a se guardar é que cada uma tem o seu valor próprio, com
suas características específicas.
O Canto Amebeu Grego, que inspirou Homero na composição da Ilíada, é uma
das possíveis origens da literatura popular produzida no Brasil. Esse canto era
entoado por pastores na Grécia Antiga que improvisavam estrofes alternadamente,
numa espécie de desafio em versos, acompanhado por instrumentos musicais. O
Canto Amebeu teria inspirado, mais tarde, os trovadores medievais, principalmente
no que diz respeito ao chamado Canto Provençal, que utilizava o Alaúde e a Viola
como acompanhamento. Também teria inspirado os chamados Desafios Árabes, que
chegaram à Europa durante a invasão muçulmana à Península Ibérica.
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Existe até um debate sobre essas influências, pois alguns estudiosos apontam
que o Desafio Árabe é que inspirou as Cantigas Provençais, já outros dizem que
foram as Cantigas Provençais que influenciaram o Desafio Árabe. Mas o importante
a se lembrar é que esses gêneros populares acabaram se difundindo muito pela
Europa, principalmente durante o Trovadorismo, e que acabaram chegando aqui no
Brasil com os colonizadores europeus.
Como o Nordeste foi a primeira região a ser explorada pelos portugueses e
outros povos que aqui chegaram, é natural que os primeiros gêneros populares
influenciados pelas cantorias europeias tenham se desenvolvido no Nordeste. O
Cordel e o Repente se desenvolveram simultaneamente na cultura popular
Nordestina. O cordel tem origem no século XVI na Europa, quando passaram a
imprimir alguns relatos orais cantados pelos trovadores. O repente, como já
dissemos, vem das cantorias e desafios. Mas tanto o Repente quanto o Cordel
adquiriram características que só existem por aqui.
Os primeiros repentistas, ou cantadores, de que se tem registro no Brasil
surgiram na Paraíba por volta do século XIX. Alguns repentistas se apresentam
acompanhados ao som da Viola. Isso acontece porque a viola foi o primeiro
instrumento musical introduzido no Brasil pelos portugueses. Mas a influência dos
Jesuítas acabou fazendo com que outros instrumentos fossem também
apresentados aos povos brasileiros, já que os cantos das missas rezadas por eles
eram acompanhados por viola, pandeiro, tamboril e flauta. Por isso, encontramos
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também repentistas que acompanham os seus versos com viola e pandeiro, ou só
com o pandeiro.
Se os instrumentos do Repente variam, algumas outras características são
bem regulares, como a métrica. A sextilha em redondilha maior ainda é o formato
mais comum dos repentes, mas com a difusão desse gênero por outras regiões do
Nordeste, várias outras métricas começaram a ser usadas e ganharam nomes bem
curiosos, como o Martelo Agalopado (sextilha com versos decassílabos) ou o Mourão
(que em vez de seis, possui cinco versos). Essas estruturas também são muito
comuns em outro gênero popular do Nordeste: o Cordel. Mas existem algumas
diferenças que precisamos conhecer.
A principal diferença é que o Repente é originalmente um gênero oral,
enquanto o Cordel é um gênero escrito. Nada impede, porém, que se use versos de
Repentistas em registros escritos, e muito menos que os Cordéis sejam cantados por
repentistas e cantadores, no que eles chamam de “cantar decorado”. Outra diferença
está na elaboração dos versos, já que o repente, por ser criado de modo instantâneo,
não é dado a requintes linguísticos, enquanto o Cordel, escrito com paciência pelo
autor, é um texto mais elaborado que pode ser escrito durante dias.
Como as características métricas do Cordel e do Repente se misturam,
podemos diferenciá-los, de modo simplificado, assim: O Cordel é escrito e impresso
em material barato, sendo exposto em feiras e outros locais em varais feitos de
corda, daí o nome Cordel. Já o repente é o que se ouve sendo cantado pelos
cantadores e repentistas. Os dois são gêneros tipicamente nordestinos, mas que,
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com o Êxodo rural ocorrido durante o século XX, ganhou outras regiões do país,
como a capital de São Paulo, onde é fácil encontrar repentistas no Metrô.
No início do século XX, o Brasil passou por um rápido processo de
urbanização, dando origem às nossas metrópoles como Rio de Janeiro e São Paulo.
Muita gente que morava no interior do Brasil se mudou para esses novos centros
urbanos levando a sua cultura. Com o avanço do Capitalismo no mundo, também
avançaram as diferenças sociais. Nas metrópoles brasileiras os ricos moravam nas
áreas centrais, enquanto os pobres ocupavam as periferias. E não tardou muito para
que as periferias das grandes cidades se tornassem um terreno fértil para novas
manifestações da Cultura Popular.
O samba surgiu entre os escravos da Bahia, por volta do ano 1860, mas logo
chegou ao Rio de Janeiro, principalmente devido ao grande número de africanos que
moravam na, então, capital do Brasil. Por ser ligado à cultura negra, o Samba foi
discriminado por muitos anos. Essa discriminação chegou ao auge na década de
1920, quando quem fosse pego cantando ou dançando samba corria o risco de ir pra
cadeia. Mas durante a década de 1940, durante a Era Vargas, o Samba acabou sendo
reconhecido como patrimônio nacional. 
Enquanto música, o ritmo do samba é marcado pelos instrumentos de
percussão, enquanto a harmonia é feitacom instrumentos de corda, originalmente o
violão e o cavaquinho. Depois foram sendo incluídos outros instrumentos, como o
piano e a flauta, dando origem a subgêneros do samba. Essa divisão em subgêneros
pode ser melhor notada quando passamos a acompanhar as letras das músicas.
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Reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, a
manifestação mais antiga do Samba é o Samba de Roda, muito semelhante à
capoeira. No samba de roda, as letras tinham refrões cantados em coro e as palmas
também ajudavam no acompanhamento. O tema das letras geralmente era sobre o
Mar ou sobre Tradições Africanas.
Com versos que contavam histórias engraçadas de personagens típicos da
vida boêmia carioca, como o malandro, o Samba de Breque nasceu nos botequins
cariocas em torno da década de 1920. O ponto mais marcante desse tipo de samba é
que no meio da música acontecia uma parada repentina, momento em que o cantor
falava uma frase solta ou um verso. Por causa da parada repentina é que ficou
conhecido como Samba de Breque.
Também merecem destaque o Samba Partido-Alto, que traz letras bem
humoradas e, entre um refrão e outro, versos improvisados, quase igual o repente; o
Samba-Enredo, que narra uma história encenada nos desfiles de Carnaval das
Escolas de Samba e que, embora tenha mudado um pouco a sua temática a partir dos
anos 1980, abordava somente temas ligados à História do Brasil em suas primeiras
versões. Já o Samba-Canção representava a sofrência no Samba, com letras que
falavam de desilusões amorosas que iam desde um amor não correspondido até as
piores traições. E foi pra bater de frente com esses temas pesados que uma outra
vertente do samba surgiu para ganhar o mundo: a Bossa Nova.
Com temas bem mais leves, como as belezas do Rio de Janeiro e das garotas
que frequentavam suas praias, a Bossa Nova foi uma espécie de elitização do Samba
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nascido nos morros cariocas. Os instrumentos de percussão foram suprimidos e o
rítmo era marcado pelas batidas do violão. Também foram inseridos instrumentos
como o piano, o contrabaixo e o saxofone, demonstrando uma forte influência do
Jazz norte-americano. É um dos gêneros musicais brasileiros mais famosos mundo
afora. 
Mas enquanto a Bossa Nova levava o samba elitizado para o mundo, nas
periferias o samba popular continuou muito vivo até que no início da década de 1980
o Pagode ganhou o Brasil. Embora o pagode tenha tido uma pegada mais pop, com
parte dos grupos de sucesso cantando músicas românticas e fazendo coreografias, a
vida simples e alegre das periferias ainda era o tema mais explorado nessa versão
do Samba.
Se no Rio de Janeiro o samba buscava retratar as alegrias e tristezas dos
morros cariocas, em São Paulo o samba encontrou inspiração na vida dos operários
e trabalhadores das indústrias que se instalaram na cidade a partir do início do
século XX. Como muitos desses trabalhadores eram de origem estrangeira ou
oriundos de todas as regiões do Brasil, o samba paulistano acabou trazendo para as
suas letras o modo peculiar de falar daquela população mais pobre, merecendo
destaque para as composições de Adoniran Barbosa, eternizadas nas vozes dos
Demônios da Garoa.
Se o Cordel e o Repente têm origens europeias e o samba tem origem africana,
o movimento Hip-Hop, surgido nos EUA na década de 1960 foi a inspiração para um
novos tipos de criação artística vindos das periferias. Além do Break, que é um tipo
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de dança de rua, e do Graffiti, arte visual também das ruas, o Movimento Hip Hop
elegeu o RAP como a sua vertente musical. O RAP nasceu na Jamaica, nos idos de
1960, e chegou aos Estados Unidos uma década depois, com os imigrantes
jamaicanos que foram morar nas periferias, principalmente de Nova York. No Brasil,
os primeiros RAPs surgiram em meados da década de 1980.
Existe uma controvérsia sobre o significado de RAP. Alguns afirmam que se
trata de uma sigla, em inglês, para Rhyme and Poetry (Rima e Poesia), ou ainda para
Rhythm and Poetry (Ritmo e Poesia). Mas também no inglês britânico, rap pode
significar conversa ou papo, um sinônimo do verbo falar, o que pode justificar a
cadência meio falada em que os versos do RAP são cantados.
Dizem que o primeiro RAP brasileiro foi gravado por Jair Rodrigues em 1964.
Trata-se da música “Deixa isso pra lá”, cujos versos são bastante conhecidos (Deixa
isso pra lá / Vem pra cá / O que é que tem / Eu não tô fazendo nada / Você também /
Que tal bater um papo assim gostoso com alguém?). Mas alguns rappers como Rapin
Hood afirmam que os precursores do RAP foram os Repentistas Nordestinos. Tanto
que uma coisa comum, tanto no RAP quanto no Repente, são as batalhas de versos,
também conhecidas por desafios.
O RAP como o conhecemos hoje começou a ser feito por grupos da periferia de
São Paulo que se reuniam em locais como a galeria comercial 24 de Maio,
popularmente conhecida como Galeria do Rock, e também na estação de metrô São
Bento. Assim como aconteceu com o samba, o RAP logo foi associado à
criminalidade e continuou como música de gueto por um longo tempo. O primeiro
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disco exclusivamente de RAP foi um coletânea desses primeiros artistas lançada em
1988, chamada de Hip-Hop Cultura de Rua.
Os primeiros expoentes do RAP na Capital Paulista foram Thaíde e DJ Hum,
MC Jack e o grupo Código 13. Embora o RAP carioca já tivesse algumas músicas
lançadas anteriormente, foi só na década de 1990 que o gênero se desenvolveu no
Rio de Janeiro, graças a artistas como MV Bill e o grupo Planet Hemp, de Marcelo D2.
Mesmo assim, o RAP ainda permaneceu alguns anos na marginalidade midiática,
embora muito bem estruturado nas periferias das grandes capitais. Até que em 1998,
um grupo de RAP venceu uma das maiores premiações musicais do país.
Embora os Racionais MC’s já tivessem lançado discos independentes antes e
até ter emplacado alguns sucessos em rádios, como a música “O Homem na
Estrada”, foi somente com a indicação ao VMB, promovido pela MTV Brasileira, em
1998, que eles ficaram conhecidos nacionalmente. Além de a indicação já ter sido
uma surpresa, os Racionais MC’s surpreenderam mais ainda ao vencerem a
principal categoria da premiação, que era a escolha da audiência. O Clip era “Diário
de um dentento”, do disco “Sobrevivendo no Inferno”
Esse disco é tão importante para a história do RAP no Brasil, que acabou
sendo indicado como obra literária obrigatória para o Vestibular da Unicamp. Aqui
na plataforma do “Se Liga”, você encontra uma aula bem detalhada sobre
“Sobrevivendo no Inferno”.
Embora a relação com o Repente nordestino seja muito evidente, o RAP não
segue a mesma métrica dos repentistas. Na verdade, o tamanho dos versos do RAP
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varia bastante mesmo dentro da mesma letra de música. Contudo, o RAP possui
algumas características bem marcantes e definidas como:
- temática social voltada aos problemas das periferias;
- vocabulário também centrado no gueto;
- rima marcando a linha rítmica.
Além de Rio de Janeiro e São Paulo, o RAP também é produzido em outros
lugares do país, recebendo influências locais que só enriquecem o gênero. Também é
grande o número de mulheres que fazem RAP como Negra Li e Karol Conká. E a cada
dia surgem novos nomes nessa arte. Afinal, o RAP, como manifestação culturalpopular que é, é acessível a todos os públicos.
Essa acessibilidade acabou fazendo com que o RAP fosse incorporado à
Indústria Cultural. Tanto que hoje é comum na música pop mundial a inserção de
um RAP no meio da Gravação. Isso acontece nas músicas americanas, no K-POP
coreano, e até mesmo em ritmos brasileiros
O Funk, que se desenvolveu com maior intensidade no Rio de Janeiro, é muito
confundido com o RAP. Mas enquanto o RAP fala das mazelas da periferia, o Funk
tem uma temática mais sensualizada, ou sexualizada. Mas não há como negar que
Funk e RAP são como filhos da mesma mãe, só que separados na adolescência.
Embora tenham seguido rumos diferentes, o Funk, assim como o RAP, precisa ser
incluído entre os novos cantares populares.
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Outro cantar popular que sofreu muita influência do RAP foi o Mangue Beat,
criado pelo pernambucano Chico Science. Com direito a manifesto escrito, o Mangue
Beat é um movimento que vai muito além da música, mas ele acabou ficando mesmo
conhecido pela mistura de ritmos regionais, como o maracatu, com rock, hip hop,]
funk e música eletrônica. O movimento tem como principais características nas
letras, críticas ao abandono econômico-social do mangue, que é a periferia de Recife,
e do próprio estado de Pernambuco, considerado uma periferia cultural à margem do
eixo Rio-São Paulo.
DICAS DE ESTUDO
A dica para esta aula é que você tenha contato com os cantares populares.
Visite feiras e outros espaços públicos onde se apresentam Repentista e Cordelistas,
vá a eventos de Hip Hop para conhecer melhor a arte da periferia, ouça os sambas de
Adoniran Barbosa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CASCUDO, Luís da Câmara. Literatura Oral no Brasil. São Paulo: J Olympio, 1978.
FERREIRA, Maíra Soares. A rima na escola, o verso na história. DISPONÍVEL EM:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
24902011000100003 – Acesso em: 21/12/2019.
VALE, Israel do. A História do Hip Hop: Yo! In: Revista Superinteressante,
Dez/2004. Disponível em: https://super.abril.com.br/cultura/a-historia-do-hip-hop-
yo/. Acesso em: 21/12/2019.
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http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-24902011000100003
https://super.abril.com.br/cultura/a-historia-do-hip-hop-yo/
https://super.abril.com.br/cultura/a-historia-do-hip-hop-yo/

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