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2 ATIVIDADE DE PREPARACAO PARA A 12 ONHB - 2020 (1)


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2ª ATIVIDADE DE PREPARAÇÃO PARA A 12ª ONHB – 2020 (16 a 21/03)
Equipe Neutro é Shampoo
Heloíse Almeida Luna (2º ano de Informática)
Emílio Nelson Cruzeiros (2º ano de Informática)
Eduardo Aquino da Silva (2º ano de Informática)
Nessa atividade, vamos nos aprofundar no estudo de alguns estilos musicais relacionando-os a História do Brasil.
O texto deve ser entregue de acordo com as seguintes normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): em formato Word, letra Time News Roman; tamanho 12; margens 3(superior), 3(esquerda), 2(inferior) e 2(direita) cm; justificar; espaçamento 1,5.
Pesquisem e analisem o surgimento, as características, os significados, os contextos históricos e os principais representantes dos seguintes estilos musicais: (Mínimo 10 linhas, por cada estilo musical)
1- Samba. 
Possuindo uma origem afro-baiana, o samba é considerado por muitos historiadores, artistas e críticos da música como um dos gêneros musicais mais tipicamente brasileiro. Ele é a forte mistura de ritmos, batuques e danças trazidos pelos os africanos que vieram para o Brasil como escravos, geralmente associados às tradições religiosas e culturais daquele povo. 
Devido à sua criminalização como forma de repressão da cultura negra, o samba só começou a crescer por volta da década de 1930, apesar da primeira gravação de um samba ter ocorrido em 1916 (“Pelo Telefone”, de Donga), pois esse estilo musical foi usado pela política ditatorial de Getúlio Vargas durante o Estado Novo para reforçar o nacionalismo (o que é visto na música “Samba do Crioulo Doido” de Sergio Porto), mas alguns sambistas ainda sofreram com a censura, pois não eram permitidas críticas ao governo. Antes do governo de Getúlio Vargas, andar com um pandeiro ou outro instrumento de percussão podia dar até 30 dias de cadeia, como o sambista João da Baiana, que enfrentou frequentes problemas com a polícia e teve seu pandeiro apreendido, até que o senador José Gomes Pinheiro Machado, fã do ritmo e um dos políticos mais influentes da época, o presenteou com um novo pandeiro com uma assinatura sua, que funcionava como um salvo-conduto quando o sambista era parado por policiais. 
Com o passar dos anos o samba ganhou aspectos modernos, mas continuou o mesmo samba que o fez ser tão popular no Brasil e no mundo. Foi no Rio de Janeiro que esse estilo adquiriu suas características mais autênticas, mesmo existindo variações do samba em diversas partes do país, foi o samba carioca urbano que ganhou mais destaque. 
A origem do seu nome ganhou diversas versões ao longo do tempo. No início o termo remetia diretamente à diversão. Vindo da palavra africana “semba”, que significa “umbigaba”, que, por sua vez, se referia ao tempo livre dos escravos; mas também pode ter vindo da palavra "batalha", que remete diretamente a disputa para saber quem tem os melhores versos na roda de samba.
Em 2005, esse gênero se tornou patrimônio imaterial do Brasil, com o reconhecimento da sua importância para o país, após tanta perseguição por ser uma forma de expressão e identificação do povo negro com suas raízes, que era vista como ameaça e revolta numa sociedade racista.
Alguns dos principais artistas e músicas do samba são: Adoriran Barbosa com “Trem das Onze”, Bezerra da Silva com “Malandro é Malandro e Mané é Mané, Cartola com “O Mundo é um Moinho” e Pixinguinha com “Cochichando”.
2- Bossa Nova.
A Bossa Nova foi o estilo musical dos “anos dourados” do governo de Juscelino Kubitschek, nomeados assim pelo progresso econômico, avanços culturais e modernização do estilo de vida. Nesse contexto, a Bossa Nova foi marcada pelo otimismo e neutralidade política na maioria de suas letras, mas com uma inovação na melodia e instrumentos das suas canções. Esse estilo surgiu da mistura entre o samba (essencialmente brasileiro) com características do jazz (norte-americano), o que evidencia a aproximação do país com os Estados Unidos durante o governo JK, que se alinhou à potência capitalista no contexto da Guerra Fria, para atrair o maior número possível de investimentos externos. 
O que antes era apenas uma nova forma de tocar e cantar samba, tornou-se um dos gêneros musicais brasileiros mais conhecidos ao redor do mundo, especialmente associado a João Gilberto, Vinicius de Moraes e Antônio Carlos Jobim. É importante destacar a música “Presidente Bossa-Nova”, de Juca Chaves, que ao contrário da maioria das músicas desse período, faz uma crítica direta a JK, por isso foi censurada na época e liberada apenas após as Eleições presidenciais de 1960. Isso evidencia também o caráter autoritário da Democracia brasileira mesmo antes do Golpe de 64, pois havia legitimidade para o uso de mecanismos como a censura.
3- Jovem Guarda. 
A Jovem Guarda teve seu início nos anos 60 em um programa de televisão da emissora Record, foi marcada como um movimento cultural que mudou o comportamento de muitos jovens na época. Tal movimento misturava o estilo musical com a moda dos jovens e gírias, moldando o dia-a-dia daqueles que tinham como influência a Jovem Guarda. 
Quanto às músicas, suas letras e melodias recebiam uma camada açucarada e sonhadora dos sentimentos adolescentes. Paixões intensas e simples situações do cotidiano jovem eram os principais temas dessas canções, sempre recheadas de um tom descontraído e muitas vezes bastante cômico. Brincando com as diversas situações que faziam parte da vida dos fãs daqueles cantores. Uma simples ida ao cinema ou as palpitações do coração após roubar um beijo eram as principais temáticas que prendiam a atenção do público jovem da época. 
O estilo musical da Jovem Guarda bebia de fontes diversas do rock internacional, principalmente o britânico e as influências do soul. Suas inspirações vinham de músicas do Elvis Presley e os Beatles. 
Nos meados dos anos 60, a música brasileira consagrava a Bossa Nova. Com suas letras elaboradas, harmonia sofisticada e uma batida nova que mesclava o jazz com o samba. Por terem seu crescimento no mesmo período, a Jovem Guarda era vista por uma parte da população intelectual como superficial devido o tema de suas canções e de suas melodias pobres. Durante o período da ditadura no Brasil, em 1964, a falta de temática mais sérias e temas sociais em suas músicas fez com que os cantores que faziam parte da Jovem Guarda começassem a serem chamados de "alienados" por aqueles que combatiam o governo militar. 
Os apresentadores do programa que deu início ao movimento cultural da Jovem Guarda recebem ainda hoje muito prestígio e reconhecimento. São eles: Wanderléia, Éramos Carlos e Roberto Carlos. Mas muito outros artistas ganharam grande destaque como: Sérgio Reis, Os Vips, Golden Boys, Jerry Adriani e Ronnie Von. Esses cantores migraram para outros gêneros da música continuando seus trabalhos na indústria musical mesmo com o fim da Jovem Guarda na década de 90.
4- Tropicália.
 Este foi um movimento cultural vanguardista de ruptura que ocorreu entre os anos de 1967 e 1969 em diversas áreas artísticas, mas é fato que a principal foi a música. Ele surgiu com o objetivo de se afastar do intelectualismo que tanto era presente na Bossa Nova, e dessa forma se aproximar da cultura popular. Por isso, a Tropicália é uma mistura de muitos estilos artísticos, como o concretismo (mais na literatura) e uma variedade de ritmos sonoros brasileiros e estrangeiros (samba, pop, rock, psicodelia etc.), além de ter a presença de cores fortes e variadas. Levando em consideração o período de sua existência, que é logo após o Golpe de 1964, nos primeiros anos do Regime Militar no Brasil, pode-se entender que o objetivo do tropicalismo era ter uma libertação cultural, já que desde o início os militares já colocaram em prática a censura.
O início oficial do movimento foi no III Festival de Música Popular Brasileira de TV Record de 1967, que teve como destaques as músicas “Alegria, Alegria” de Caetano Veloso, marcada pelo uso de uma guitarra levemente distorcida, que ainda não era bem aceita pelo público geral (principalmente os adoradores da MPB, que viam aliuma influência muito forte da música estrangeira, que poderia estragar os ritmos nacionais), e “Domingo no Parque” de Gilberto Gil, marcada por ritmos diversos, desde os tradicionais da capoeira até ritmos típicos das cordas e metais/sopros de orquestra, além de uma história com reviravoltas que chegou a ser influência para “Faroeste Caboclo” de Legião Urbana.
Além de Caetano e Gilberto, vale destacar também a importância de outros artistas como: Gal Costa, Os Mutantes (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias), Torquato Neto, Nara Leão, Maria Bethânia, e outros. Entre as músicas marcantes do movimento, temos: “Tropicália” e “É Proibido Proibir” de Caetano Veloso, e “Panis et Circenses” do grupo Os Mutantes.
A tropicália começou a decair em dezembro de 1968 com as prisões de Caetano e Gilberto Gil por parte dos militares, com as acusações de terem desrespeitado o hino nacional e a bandeira brasileira, mas terminou mesmo em julho de 1969, com a saída deles para Londres, Inglaterra, para cumprir o exílio. Mesmo tendo durado menos de dois anos, é fato que o tropicalismo deixou sua marca e contribuição para a reformulação da cultura nacional, principalmente a música.
5- Canção de protesto. 
Muitos cantores da Bossa Nova, como Geraldo Vandré, Chico Buarque e Edu Lobo, passaram a tratar de política em suas canções, criando um estilo. Esses cantores eram alguns dos responsáveis pela “resistência cultural” e faziam sucesso com letras que desafiavam o regime militar. Esse estilo musical, canção de protesto, marcou as décadas de 1960 e 1970 pelo engajamento político de suas canções, que confrontavam diretamente a Ditadura Militar e denunciavam questões político-sociais brasileiras, como a migração dos nordestinos retratada na música “Carcará”, que ficou famosa na interpretação de Maria Bethânia. 
Com o Golpe Militar de 1964 e, principalmente, a promulgação do Ato Institucional nº5 em 1968, muitos artistas utilizaram de técnicas poéticas para manter as críticas ao regime e passar pelo crivo da censura dos órgãos de controle. Uma das canções de duplo sentido mais famosas dessa época é “Cálice”, de Chico Buarque, em que o artista denuncia o silenciamento promovido pela Ditadura por meio da expressão “cale-se”, homófona à “cálice”.
Nessa época, destaca-se o espetáculo “Opinião”, um teatro musical com duras críticas ao governo, dirigido por Augusto Boal e interpretado por Nara Leão, Zé Keti e João do Vale, e os festivais de canção transmitidos pela televisão (TV Excelsior, TV Record e TV Globo), que ajudaram a projetar os nomes de Elis Regina, Caetano Veloso, Rita Lee (integrante da banda Os Mutantes na época), Chico Buarque, Gilberto Gil, entre outros. Além disso os Centros Populares de Cultura, promovidos pela UNE na década de 1960, estimulavam os gêneros musicais que alertassem a população acerca das questões políticas do Brasil, ajudando a popularizar as canções de protesto.
6- Rock nacional.
Com a influência do que vinha sendo feito no exterior desde o início dos anos 50 com, principalmente, Elvis Presley, em 1957 o carioca Alberto Borges de Barro trouxe uma guitarra para seu som no grupo “Betinho e Seu Conjunto”. Naquele período o rock nacional era ainda um estilo marcado muito pelo entretenimento e festas mostrados em suas letras. Quanto à sonoridade, sem muitas novidades para o mundo, já que bebia muito da fonte estadunidense e inglesa, no melhor estilo Rockabilly, mas foi sim uma inovação no cenário nacional, muito graças ao som mais pesado da guitarra, adorada pela juventude e odiada pelos pais. Isso pode ser visto em músicas como “O Bom” de Eduardo Araújo.
A chegada da ditadura militar fez com que isso se alterasse, e a partir de agora o rock nacional se tornou cada vez mais reflexivo e crítico, com o surgimento de figuras como Raul Seixas. E foi junto disso que o rock nacional começou a inovar musicalmente, misturando o estilo gringo com outros ritmos. Um exemplo é a música “Mosca na Sopa” que é uma forma de lutar por direitos com uma pegada sonora africana típica da capoeira. 
Na década de 80 o rock nacional viveu os anos de ouro. No início da década junto com as “Diretas Já” veio o movimento BRock (rock brasileiro), nome dado àquelas bandas que naquele momento se criaram, como Legião Urbana, Titãs, Paralamas do Sucesso e Ultraje à Rigor. Esta última conseguiu com uma única música resumir toda a situação nacional com uma única música, “Inútil”, referenciando as “Diretas Já” em sua primeira frase e mostrando, no decorrer da canção, um país com alta dívida externa e que pouco se importa com a cultura. E para concretizar a era de ouro em 1985 houve o primeiro Rock in Rio e agora o rock era algo sério e a guitarra foi finalmente aceita.
De lá para cá o fato é que o rock perdeu sua força no cenário nacional, principalmente a partir da década dos anos 2000 (junto com a MTV que tinha salvado algumas bandas da decadência), já que não é mais o foco da grande mídia, que prefere a trinca funk, sertanejo e forró. Contudo, o gênero se mantém vivo, mas repaginado, com a presença de novas bandas como “Supercombo” e “Scalene”.
7- Rap, funk e hip hop. 
O Rap tem sua origem na Jamaica em meados da década de 1960, seu significado vem do inglês “rhythm and poetry”, que traduzido é ritmo e poesia. Mas foi só em 1986 que o movimento do Rap chegou às terras brasileiras, na cidade de São Paulo. Um movimento formado por pessoas da periferia, que tinham suas reuniões na Galeria 24 de maio e no metrô, na estação São Bento. As pessoas de fora daquele meio, de fora da periferia, não gostaram do estilo musical que estava cada vez mais ganhando espaço nas ruas de São Paulo, era considerado "muito violento" e pertencente somente à periferia. Logo, o movimento surge em meio a discriminação da população classe média alta e os demais que não aceitavam aquele estilo de música. 
O Rap tem como uma de suas principais característica, ser forte, mostrar sua importância em forma de música os inúmeros protestos de pessoas que precisam ser ouvidas em nosso país. É conhecido por suas letras em formato de discursos, sendo assim, o rap apresenta na maioria das vezes mais informação do que uma melodia propriamente dita. Os principais temas que embalam essas letras são a própria vida nos bairros mais pobres, rimas que falam das dificuldades vividas por esses moradores. Por volta da década de 1990, o movimento do rap ganha as rádios e a indústria fonográfica começou a dar cada vez mais atenção ao estilo. Os primeiros rappers a fazerem sucesso foram Thayde e DJ Hum. Depois de um tempo começam a surgir novas caras no rap nacional: Racionais MCs, Xis & Dentinho, Pavilhão 9, Detentos do Rap, Câmbio Negro, Planet Hemp e Gabriel, O Pensador. Nessa mesma época no nordeste do Brasil o rap começava então a ser utilizado e misturado por vários outros gêneros musicais. O movimento mangue beat, por exemplo, presente na música de Chico Science & Nação Zumbi fez muito bem esta mistura.
Já o funk, no Brasil, foi popularizado na década de 1980, nas periferias de São Paulo e do Rio de Janeiro, com ritmos do movimento negro estadunidense misturados às batidas rápidas, letras mais erotizadas e DJs. Suas temáticas são principalmente a violência e a pobreza das favelas e comunidades carentes e o tráfico de drogas. 
No início da década de 2000, os “bailes funks” ajudaram a popularizar o estilo e projetar artistas como MC Marcinho, Tati Quebra Barraco e o grupo Bonde do Tigrão. O funk ostentação, surgido em 2010, trouxe uma nova roupagem para o ritmo à medida que a desigualdade social do Brasil diminuía e o poder de compra dos setores mais pobres da sociedade aumentava, e as músicas de funk desse período retratam essa melhoria no padrão de vida falando de carros importados, roupas de marca e festas, com MC Guimê, MC Livinho e MC Gui. Há também a vertente pop do funk, conhecida por meio das cantoras Anitta e Ludmilla. 
O funk é um estilo musical frequentemente perseguido e associado ao tráfico de drogas. Houve inclusive um projeto de lei do senador Romário Faria (PSB-RJ)que visava a criminalização desse gênero musical, que supostamente traria “conteúdo podre” para crianças e adolescentes por meio de uma “falsa cultura”, ameaçando a “família tradicional brasileira”. É importante ressaltar que outras manifestações culturais surgidas dentro da comunidade negra, como o samba e a capoeira, foram também perseguidas, mostrando o caráter racista e o preconceito social que motiva essas tentativas de criminalização das periferias. 
A imagem deturpada do funk deve-se principalmente às músicas que fazem apologia às drogas, pornografia e crimes, porém, essas músicas não representam a totalidade do gênero e, para os funkeiros, essa é a realidade que se vê nas favelas do Rio e São Paulo e as pessoas estão apenas retratando o que vivem. Há inclusive cantores que denunciam as realidades das periferias e a violência policial num funk politizado, como nas músicas “Rap da Felicidade”, de Cidinho e Doca, e “Feira de Acari”, de MC Batata. 
O Hip Hop, por sua vez, remete a uma cultura popular que surgiu nas comunidades afro-americanas de Nova York na década de 1970. Apesar de ser mais marcada pela música (rap), também é parte dessa cultura o grafite e a dança break. O momento de sua criação é marcado por um alto índice de violência e criminalidade, então os jovens encontraram na arte (música, poesia, dança, pintura) a sua forma de se expressar, de ter lazer e de mostrar a realidade e contestá-la.
No começo o hip hop era uma variação das músicas de soul e funk, pegando músicas de James Brown, por exemplo, retirando as partes cantadas e incrementando um pouco as batidas. Foi assim a primeira apresentação de hip hop, feita por Kool Herc.
No Brasil, o centro do hip hop é cidade de São Paulo, aonde o estilo chegou em 1986. Os grupos de periferia se reuniam para ouvir as músicas vindas do Bronx e, além disso, no ano de 1984 foi lançado o filme “Na Onda do Break”, que fez com que muitos conhecessem aquela cultura.
O primeiro álbum brasileiro de hip hop veio no ano de 1988, com “Hip Hop Cultura de Rua” com os trabalhos de Thaíde e DJ Hum, MC Jack e Código 13. E logo no ano seguinte saiu um álbum que projetou um grupo que hoje são referências, os Racionais MC’s, em “Consciência Black, Vol. I”, com letras sobre a desigualdade na periferia e as injustiças sociais. Em 1997 lançaram o álbum “Sobrevivendo no Inferno”, que no ano de 2018 virou leitura obrigatória para o vestibular da UNICAMP.
Com o passar do tempo o Hip Hop saiu da periferia e está no grande público, apesar de não tão presente na mídia, como conseguiu na década 1990 e no início dos anos 2000, mas até hoje mantém suas características com as críticas sociais em pró de denunciar as injustiças sofridas pelos pobres e negros.
Dessa forma, observa-se que esses três estilos musicais (Rap, Funk e Hip Hop), são expressões culturais populares que têm origem nas periferias das grandes cidades brasileiras e são muitas vezes perseguidos ou vistos com maus olhos pelas classes mais altas.
8- Mangue beat.
O Movimento Manguebeat surgiu em Recife, a capital do estado de Pernambuco, em meados de 1990. Nessa mesma época o rock Brasileiro estava em sua maior popularidade e cada vez mais ganhava espaço na indústria, mas muitas outras partes do Brasil ainda queriam emplacar suas músicas locais nas paradas de sucesso. O movimento de contra cultura "Manguebeat" procurava mesclar com harmonia diferentes gêneros da música como o estilo regional maracatu rural, a cultura pop, bastante rock'n roll e hip-hop. Essa mescla envolvia não só gêneros musicais, mas também roupas com estampas muito colorida, óculos escuros, tênis e colares tudo isso fez com que a estética do movimento fosse algo único. Elementos bem típicos da cultura pernambucana, mas também de outras culturas faziam parte dessa mesma estética visual. 
A palavra "manguebeat" é a simples junção da palavra mangue, que é o ecossistema típico do litoral nordestino, com a palavra beat, do inglês, que significa batida. O caranguejo, símbolo dos mangues, tornou-se também o símbolo desse movimento cultural. Tanto o seu nome quanto o seu símbolo serviram para reforçar mais ainda a proposta do manifesto “Caranguejos com cérebro”, onde o cantor Fred Zero Quatro, líder da banda Mundo Livre S/A, deixou marcada a frase “Emergência! Um choque rápido ou o Recife morre de infarto!” O manifesto apresentava como estava a situação da capital de Pernambuco e que a cultura do Recife estava morrendo aos poucos, a cidade estava próxima de seu fim economicamente e culturalmente. Por isso, era preciso revitalizar a cultura local e fazer literalmente barulho para o resto do Brasil ouvir, misturando as culturas tradicionais da região com alguns movimentos modernos. 
As principais bandas que se destacaram no Manguebeat foram “Chico Science e Nação Zumbi”, liderados por Chico Science, e “Mundo Livre S/A”, liderados por Fred Zero Quatro. Chico Science (Francisco de Assis França) que morreu prematuramente em 1997, aos 30 anos, ficou eternamente marcado como o rosto do movimento. Ele incorporou diversos elementos do maracatu rural em muitas de suas músicas, tanto nas melodias quanto nas letras e muitas vezes, Chico fazia apresentações vestindo a colorida fantasia de caboclo do maracatu.
Relembrando alguns detalhes importantes:
I- Só aceitarei as respostas construídas em Equipe. Inclusive colocar o nome da Equipe e de seus componentes, de acordo com a escrita na inscrição na 12ª ONHB, além da turma a que pertencem, nas respostas a serem encaminhadas, em anexo, em um único documento.
II- As respostas devem ser enviadas até às 23h:59min do sábado, dia 21/03, somente para o e-mail gerardo.junior@uol.com.br. Após este horário e dia não receberei e nem avaliarei mais.
III- Cumprir com as todas as orientações indicadas, sob pena de sofrer penalizações.
Assumir o compromisso com essas atividades é aceitar o desafio de construir uma existência menos confortável (muita coisa o que fazer ao mesmo tempo), porém ilimitada e infinitamente mais significativa e gratificante (aprender mais e melhor a História do nosso país e, como consequência, ter um melhor desempenho na 12ª ONHB).
Boa pesquisa, bons estudos e bom divertimento!