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Implantação de pastagens

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 
ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA 
DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA E 
PRODUÇÃO ANIMAL 
 
 
 
MEV – 137 AGROSTOLOGIA 
IMPLANTAÇÃO DE PASTAGENS 
 
PROFESSOR 
EDGAR FRAGA SANTOS FARIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIMPEZA DA ÁREA 
• Limites legais 
LIMPEZA DA ÁREA 
• Reserva Legal 
 É a área de cada propriedade particular onde não é 
permitido o desmatamento (corte raso) mas que pode 
ser utilizada através de uso sustentável. Entende-se 
como uso sustentável a exploração do ambiente de 
maneira a garantir a perenidade dos recursos e dos 
processos ecológicos, de forma a manter a 
biodiversidade e a integridade dos ecossistemas. A 
Reserva Legal é uma área necessária à manutenção do 
equilíbrio ecológico das regiões do entorno, e da 
manutenção dos recursos naturais. 
LIMPEZA DA ÁREA 
• RESERVA LEGAL 
 
 80% na área de floresta dentro da Amazônia Legal 
 35% na área de Cerrado dentro da Amazônia Legal 
 20% demais áreas do País 
LIMPEZA DA ÁREA 
• Áreas de Preservação Permanente 
 As Áreas de Preservação Permanente são áreas de 
grande importância ecológica, cobertas ou não por 
vegetação nativa, que têm como função preservar os 
recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, 
a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, 
proteger o solo e assegurar o bem estar das populações 
humanas 
Áreas de Preservação Permanente 
APP 
• Código Florestal - Art. 2o 
• Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, as florestas e demais 
formas de vegetação natural situadas: 
• a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal 
cuja largura mínima será: 
• 1 - de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura; 
• 2 - de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) 
metros de largura; 
• 3 - de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) 
metros de largura; 
• 4 - de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 
(seiscentos) metros de largura; 
• 5 - de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 
(seiscentos) metros; 
• b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais; 
• c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a 
sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura; 
• d) no topo de morros, montes, montanhas e serras; 
• e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45o, equivalente a 100% na linha 
de maior declive; 
• f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; 
• g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca 
inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; 
• h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7803.htm
APP 
MATA CILIAR 
 
MATA CILIAR RETIRADA 
 
APP 
Topo de morros, montes, montanhas e serras; 
 
Desmatamento de APP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EROSÃO (vossoroca) 
 
APP 
Encostas ou partes destas, com declividade superior a 
45o, equivalente a 100% na linha de maior declive 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EROSÃO (vossoroca) 
DESMATAMENTO EM APP 
• EROSÃO 
LIMPEZA DA ÁREA 
DESMATAMENTO MANUAL 
• MOTOSERRA 
DESMATAMENTO MANUAL 
INADEQUADO 
 
• Deixa muito resíduo (tocos) impedindo o 
preparo mecânico do solo 
• Torna a queimada indispensável 
DESMATAMENTO MANUAL 
• RESÍDUO 
QUEIMADA 
• QUEIMADA 
 
QUEIMADA 
 • Elevação da temperatura do solo, destruindo a matéria 
orgânica e causando modificações físicas irreversíveis 
no solo (vitrificação) 
QUEIMADA 
 
• Produção de gases nocivos 
As chamas altas atingem e matam árvores 
que foram deixadas para fornecer sombra 
PASTO IMPLANTADO APÓS 
DESMATAMENTO MANUAL 
DESMATAMENTO MECÂNICO 
• TRATOR DE ESTEIRA 
• INÍCIO DO PERÍODO SECO 
DESMATAMENTO MECÂNICO 
• LÂMINA DESENRAIZADEIRA 
DESMATAMENTO COM CORRENTÃO 
NÃO RECOMENDADO PARA PASTAGENS 
DESMATAMENTO MECÂNICO 
• DEIXAR ÁRVORES PARA SOMBREAMENTO 
TIPO DE ÁRVORE IDEAL 
• COPA ALTA 
• FOLHAGEM PERMANENTE 
• NÃO PRODUZA FRUTOS QUE CAUSEM 
ACIDENTES 
• NÃO TENHA RAIZ EXPOSTA 
ÁRVORE IDEAL PARA SOMBREAMENTO 
copa alta 
 
ÁRVORES INADEQUADAS 
 
 
 
 
 
 
• QUEDA DE FOLHAS RÁIZ EXPOSTA 
ÁRVORES INADEQUADAS 
 
 
 
 
 
 
Frutos tóxicos copa baixa 
TIPO DE ÁRVORE IDEAL 
TIPO DE ÁRVORE IDEAL 
• EXCEÇÃO (SEMI-ÁRIDO) 
• Lá as árvores com folhagem permanente têm copa baixa 
DESMATAMENTO MECÂNICO 
ENLEIRAMENTO 
• TRATOR DE ESTEIRA COM LÂMINA 
DENTADA OU ENLEIRADEIRA 
 
TRATOR DE ESTEIRA COM 
LÂMINA ENLEIRADEIRA 
ENLEIRAMENTO 
LEIRA 
 
ANÁLISE DE SOLO 
• COLETA 
1. UTENSÍLIOS UTILIZADOS 
ANÁLISE DE SOLO 
2. Obtenção de áreas ou glebas uniformes 
• Os critérios para obtenção de áreas ou glebas uniformes 
são: topografia ou declividade, cobertura vegetal ou 
cultura, cor do solo, tipo do solo ou textura, drenagem e, 
ainda, histórico de calagem e adubação. 
• a) Topografia: a situação do terreno exerce efeito nas 
perdas e acúmulo de terra (erosão) e na drenagem, o 
que constitui em um elemento de uniformidade ou 
desuniformidade do solo. O topo do terreno, em função 
do tipo de vegetação, fica sujeita a perdas por erosão; a 
encosta ou rampa é ainda mais susceptível a essas 
perdas; e a baixada é onde pelo menos parte do 
material carregado é acumulado. Em vista destas 
diferenças, deve-se dividir a propriedade agrícola em 
áreas que tenham mais ou menos a mesma posição 
topográfica. 
 
 
ANÁLISE DE SOLO 
COLETA 
b) Cobertura vegetal ou cultura: deve-se padronizar 
o tipo de cobertura vegetal ou culturas que tenham 
sido cultivadas na área, uma vez que as diferentes 
espécies vegetais apresentam exigências de pH do 
solo e nutricionais diferentes uma das outras. 
c) Cor do solo: existem vários tipos de coloração do 
solo, passando por várias tonalidades. A cor do solo é 
determinada basicamente, pelo material de origem 
combinado com teores de matéria orgânica e água, 
diferenciando um tipo de solo ao outro. Dessa forma, 
as áreas devem ser separadas segundo a cor que 
apresentam. 
 
ANÁLISE DE SOLO 
COLETA 
• d) Textura: consiste na separação do solo em 
arenoso, argiloso ou misto. 
• e) Drenagem: consiste em diferenciar áreas que 
apresentem teor de umidade elevada e 
constante (mal drenadas) daquelas secas (bem 
drenadas). 
• f) Histórico de calagem e adubação: deve-se 
conhecer os antecedentes de cultivo da 
propriedade para então diferenciar áreas que 
tenham recebido aplicação de corretivo e 
adubação diferentes (no espaço e no tempo) e 
demarcá-las 
ANÁLISE DE SOLO 
3. PROFUNDIDADE DE COLETA 
• ÁREAS RECÉM DESMATADAS OU 
QUE NÃO RECEBERAM CALCÁRIO 
OU ADUBO A MAIS DE 2 ANOS 
 0 A 20cm 
QUEIMA DAS LEIRAS 
• QUEIMADA LOCALIZADA 
CORREÇÃO 
SISTEMA EXTENSIVO DE EXPLORAÇÃO 
 
APLICAR O CALCÁRIO DE ACORDO COM A 
EXIGÊNCIA DA FORRAGEIRA 
CORREÇÃO 
SISTEMA INTENSIVO DE EXPLORAÇÃO 
 
 
ELEVAR A SATURAÇÃO PARA 60% PARA 
INICIAR A EXPLORAÇÃO 
Cálculo da necessidade de calcário 
NCton/ha= (V2-V1)T 
 PRNT 
V = S 100, onde S = Ca+Mg+K 
 T 
 
T= S + (H+Al) 
 
Cálculo da necessidade de calcário 
EXEMPLO (elevar para 60% a Saturação das Bases) 
 
Considere a seguinte análise de solo 
 Matéria Orgânica % 1,1 
 Fósforo mg/dm³ 2,0Ca+Mg Cmolc/dm³ 1,65 
 Potássio Cmolc/dm³ 0,09 
 H+Al Cmolc/dm³ 4,06 
 
Caso ache necessário o uso de calcário, considere um PRNT de 90% 
Cálculo da necessidade de calcário 
• Determinar o S( soma das bases trocáveis) 
S= 1,65 + 0,09 
S= 1,74 Cmolc/dm³ 
 
• Determinar o T (capacidade de troca de cátions) 
T= S + (H+ Al) 
T= 1,74 + 4,06 
T= 5,80 Cmolc/dm³ 
Cálculo da necessidade de calcário 
• Determinar o V ( saturação das bases do solo) 
 
V = S/T x 100 
V= 1,74/5,80 x 100 
V= 30,00% 
Cálculo da necessidade de calcário 
• Calculando a quantidade de calcário 
 
NC ton/ha= (V2 – V1)T 
 PRNT 
NC = (60-30,00)5,80 
 90 
NC = 1,93ton/ha 
CORREÇÃO 
• DISTRIBUIDOR DE CALCÁRIO 
CORREÇÃO 
• DISTRIBUIDOR DE ADUBO 
PREPARO DO SOLO 
 ARAÇÃO 
1. FUNÇÕES 
 
• Aerar o solo 
• Incorporar restos vegetais, corretivos e 
adubos 
• Descompactar o solo 
PREPARO DO SOLO 
TIPOS DE ARADO 
1. ARADO DE AIVECA (tração animal) 
PREPARO DO SOLO 
• ARADO DE AIVECA 
 
TRAÇÃO ANIMAL 
• ARAÇÃO 
2. Arado de discos 
 
ARADO DE DISCOS 
 
TERRA ARADA 
 
PREPARO DO SOLO 
 GRADAGEM 
1. FUNÇÕES 
 
• Incorporar restos vegetais, corretivos e adubos 
• Quebrar os torrões deixados pela aração 
• Controlar invasoras 
• Nivelar o solo para o plantio 
TIPOS 
• GRADE HIDRÁULICA (grade niveladora) 
GRADAGEM COM GRADE NIVELADORA 
 
GRADAGEM COM GRADE NIVELADORA 
GRADE ARADORA (Gradão) 
 
PASSAGEM DO GRADÃO (aração e gradagem numa operação) 
TERRA ARADA E GRADEADA 
 
SEQUÊNCIA 
• DESMATAR 
• ENLEIRAR 
• COLHER AMOSTRA DE SOLO 
• QUEIMAR AS LEIRAS 
• ESPALHAR 50% DO CALCÁRIO 
• ARAR OU PASSAR O GRADÃO 
• ESPALHAR O RESTO DO CALCÁRIO 
• GRADEAR 
• AGUARDAR O PERÍODO DAS CHUVAS 
• GRADEAR 
• PLANTAR 
PLANTIO 
ADUBAÇÃO DE FORMAÇÃO 
FÓSFORO 
Extensivo ---------------de acordo com a forrageira 
Intensivo ---------------- elevar para 10mg/dm³ 
POTÁSSIO 
Elevar para 3 a 5% na CTC 
NITOGÊNIO 
40 a 100kg de N, em cobertura, após 30 dias da emergência ou do 
plantio das mudas 
MO < 2,0% (obrigatório) 
MO > 2,0% (recomendável) 
CORREÇÃO DO FÓSFORO 
 Sabe-se que cada 10kg de P2O5 /ha elevam em uma 
mg/dm³ o P no solo 
 
 Se precisar elevar o P de 2 para 10mg/dm³ 
 10-2= 8mg/dm³a serem elevados 
 8mg x 10kg de P2O5= 80kg de P2O5 a serem 
 adicionados/ha 
 Para saber a quantidade de adubo, divide-se a 
quantidade de P2O5 necessária pela % de P2O5 do 
adubo 
CORREÇÃO DO FÓSFORO 
• Se for utilizado o superfosfato simples 
(20% de P2O5) 
 
80/0,2 = 400kg de Superfosfato Simples/ha 
PLANTIO 
• QUALIDADE DA SEMENTE 
 
VC (valor cultural) 
VC= %pureza 
 %germinação 
Quantidade de sementes para plantar 1ha 
 kg/ha= constante 
 %VC 
QUANTIDADE DE SEMENTES 
• SEMENTES CONVENCIONAIS 
 
kg/ha = 240/VC (Braquiarias) 
 
kg/ha = 180/VC (Panicuns, andropogon e búfalo) 
QUANTIDADE DE SEMENTES 
SEMENTES INCRUSTADAS (5 A 10 kg/ha) 
 
PLANTIO 
• SEMENTES EM COVAS 
PLANTIO 
• SEMENTES EM SULCOS 
PLANTIO 
• SEMEADEIRA MANUAL (Matraca) 
PLANTADEIRA COM TRAÇÃO 
ANIMAL 
Semeio 
• SEMEIO A LANÇO 
SEMEIO A LANÇO 
• SEMENTES CONVENCIONAIS 
 Dobrar a quantidade e misturar a quantidade obtida para 
plantar um ha com 100kg de superfosfato simples 
 
Ex: Uma semente de B. decumbens com 40 de VC 
Kg/ha = 240/40 = 6kg/ha 
 Dobrando teremos 12kg. Misturados a 100kg de 
superfosfato simples (em pó) obtém-se a quantidade 
para plantar um hectare 
 
Semeio a lanço (manual) 
 
 
SEMEIO A LANÇO 
• Sementes incrustadas 
• 5 a 10 kg/ha 
 
 
Semeio a lanço (manual) 
 
 
Semeio a lanço (distribuidor de adubo e 
calcário) 
 
 
SEMEIO A LANÇO 
• SEMEADEIRAS DE FORRAGENS 
SEMEIO 
• Semeio a lanço com avião agrícola 
• Kg/ha x 3 
Compactação 
• Pneu do trator 
Rolo compactador caseiro 
Compactador industrializado 
Grade niveladora ou gradão 
fechado 
SEMEIO 
• Plantadeira de grãos 
SEMEIO 
• Plantadeira de grãos 
SEMEIO 
• Plantadeira de grãos 
SEMEIO 
• Plantadeira de forragens 
PLANTIO POR MUDAS 
 
• PEDAÇO DE COLMO 
• PEDAÇO DE ESTOLÃO 
• MUDA ENRAIZADA 
PEDAÇO DE COLMO 
• Mudas em sulcos (pedaços de colmos) 
PLANTIO 
• Mudas em sulcos (pedaços de colmos) 
 
PLANTIO 
MUDA ENRAIZADA 
MUDA ENRAIZADA 
• COVAS 
 
• SULCOS 
 
• MÁQUINA 
PLANTIO 
– Muda enraizada (cova) 
PLANTIO 
-Muda enraizada em suco 
PLANTIO 
• Muda enraizada 
PLANTIO 
• Máquina de plantar mudas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÁQUINA INVENTADA PELA EMATER DO RS 
 
Aplicação do adubo nitrogenado 
• 30 dias após a emergência das folhas ou do plantio das 
mudas (40 a 100kg de N/ha) 
Primeiro pastejo 
• Quando a planta atingir a altura de pastejo 
recomendada (60 a 90 dias do semeio) 
 
 
MOMBAÇA 70 DIAS APÓS O SEMEIO 
PRIMEIRO PASTEJO 
• Animais leves

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