Sistemática - cap 19 e 20

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA 
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
Docente: Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira 
Discente: Stéfanny de Lima Borges Pereira 
 
Biologia Vegetal – Raven et al. 
 
INTRODUÇÃO ÀS ANGIOSPERMAS – CAP. 19 
 
Pontos para a revisão. 
 
1) O que é uma flor e quais são suas partes principais? 
R: A flor é um ramo que cresce por um tempo limitado com esporó filos, os 
quais são folhas que portam esporângios. Suas partes principais são as sépalas 
e pétalas (apêndices estéreis), e os estames (onde ficam os grãos de pólen) e 
carpelos (onde ficam os óvulos). 
 
2) Cite algumas das variações existentes na estrutura floral. 
R: As flores que exibem tanto estames quanto carpelos, são perfeitas. As que 
não possuem estames ou carpelos são imperfeitas. As que têm todos os quatro 
verticilos florais são denominadas completas. Se faltar qualquer verticilo, a 
flor é denominada incompleta. 
 
3) Por qual processo as angiospermas formam microgametófitos (gametófitos 
masculinos)? Quanto esses processos são semelhantes ou diferentes daqueles 
que dão origem aos megagametófitos (gametófitos femininos)? 
R: Dois processos distintos, microsporo gênese e micro gameto gênese, levam 
à formação do microgametó fito. A microsporogênese é a formação dos 
micrósporos (precursores unicelulares dos grãos de pólen), no interior do 
microsporângio. A microgametogênese é a formação do micro ga metó fito 
até o estágio final, tricelular, do desenvolvimento. 
A semelhança entre a formação de microgametófitos e megagametófitos é que 
ambos são formados a partir de dois processos distintos (neste último caso, 
megasporo gênese e mega game togênese). A diferença é que, ao final dos 
processos, o microgametó fito terá três núcleos, e o me gagametó fito, oito. 
 
4) Qual é a estrutura ou composição do microgametófito maduro em 
angiospermas? E do megagametófito maduro? 
R: O microgametófito maduro é constituído por apenas três células com 
paredes de esporopolenina. O me gagametó fito (saco embrionário) é 
constituído por um tegumento que protege a oosfera, e consiste em sete células 
na maioria das espécies de angiospermas. 
 
5) Descreva a dupla fecundação nas angiospermas. Quais são os produtos 
desse processo? 
R: É a união de um gameta coma os fera e de outro com os núcleos polares, 
formando um embrião e o endosperma. 
 
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Autoavalição 
 
1) Faça a distinção entre os termos a seguir cálice, corola e perianto; estigma, 
estilete e ovário; flor completa e flor incompleta; flor perfeita e flor imperfeita; 
androceu e gineceu. 
R: Uma flor apresenta até quatro verticilos de apêndices. De fora para dentro, 
os verticilos são sépalas (coletivamente, o cálice), pétalas (coletivamente, a 
corola), estames (coletivamente, o androceu) e carpelos (coletivamente, o 
gineceu). 
Qualquer um dos quatro verticilos florais – sépalas, pétalas, estames ou 
carpelos – pode faltar em flores de certos grupos vegetais. As flores que têm 
todos os quatro verticilos florais são denominadas completas. 
Flores perfeitas são aquelas tanto com estames quanto carpelos; flores 
imperfeitas são unissexuais e estaminadas ou carpeladas. 
 
2) Faça um esquema com legenda, o mais completo possível, de uma flor 
hipógina, em que todas as partes florais estão separadas. 
R: 
3) Uma flor imperfeita é, automaticamente, incompleta, porém nem todas as 
flores incompletas são perfeitas. Justifique. 
R: Nem todas as flores incompletas são imperfeitas, pois elas podem 
apresentar tanto estames quanto carpelos. 
 
4) Faça um esquema com a legenda completa de um gametófito masculino 
maduro (grão de pólen germinado) e de um gametófito feminino maduro (saco 
embrionário) de uma angiosperma. Compare esses gametófitos com seus 
correspondentes nos pinheiros. 
R: 
 
5) A dupla fecundação, seguida pela formação do endosperma, é uma 
condição exclusiva das angiospermas. Como a dupla fecundação nas 
gnetófitas Ephedra e Gnetum difere daquela encontrada em angiospermas? 
R: Na maioria das gimnospermas, apenas um dos gametas é funcional: um se 
une à oosfera e o outro degenera. O envolvimento de ambos os gametas – a 
união de um com a oosfera e o outro com os núcleos polares – é denominada 
dupla fecundação. Nas angiospermas, a dupla fecundação, que leva à 
formação de um embrião e do endosperma, é uma característica diferencial 
desse grupo de plantas. Embora, por definição, a dupla fecundação também 
ocorra em Ephedra e Gnetum, o evento da segunda fecundação nessas 
gnetófitas não forma endosperma, mas sim um segundo embrião, que ao final 
é abortado 
 
 
 
 
EVOLUÇÃO DAS ANGIOSPERMAS – CAP. 20 
 
Pontos para a revisão. 
 
1) Quais são as principais linhagens das angiospermas e como elas se 
relacionam entre si? 
R: Angiospermas basais (Amborella trichopoda (a única espécie da família 
Amborellaceae), a ordem Nymphaeales e a ordem Austrobaileyales) e as 
Mesangiospermas, que se dividem em Chloranthales, magnoliideas, 
monocotiledôneas, Ceratophyllales e eudicotiledôneas. 
 
2) Descreva as quatro principais tendências evolutivas entre as flores. 
R: 1. Flores com poucas partes florais em número definido. 
2. O eixo floral tornou-se encintado de forma que a disposição original das 
peças florais em espiral não é mais evidente ou fundiram-se. 
3. O ovário tornou-se ínfero, e o perianto tornou-se diferenciado com cálice e 
corola distintos. 
4. Flores mais derivadas com simetria bilateral. 
 
3) Que característica evoluiu nas angiospermas que lhes concedeu mobilidade 
direcionada na busca por um parceiro reprodutivo? 
R: Ao atraírem os insetos e outros animais com suas flores, direcionando o 
comportamento desses animais de forma que a polinização cruzada ocorresse 
com grande frequência, as angiospermas transcenderam a sua condição de 
organismos sésseis. 
 
4) Quais são as diferenças entre plantas polinizadas por besouros, abelhas, 
mariposas e morcegos? 
R: Em flores polinizadas por besouros, as partes florais essenciais são muitas 
vezes cobertas e assim protegidas de seus visitantes vorazes e dependem de 
odores florais que são frutados ou se parecem com estrume ou carniça. 
As flores de abelhas têm pétalas chamativas e com cores vivas, em geral azuis 
ou amarelas que atuam como guias de néctar. 
Aquelas polinizadas por mariposas noturnas são em geral brancas ou de cor 
pálida e com um perfume doce e penetrante. O nectário é frequentemente 
localizado na base do tubo de corola longo e estreito e é, em geral acessível 
somente para as peças bucais longas e sugadoras desses insetos. 
A maioria das flores polinizadas por morcegos tem coloração pouco vistosa, 
e muitas delas se abrem somente à noite. Elas têm odores muito fortes de 
fermentação ou semelhante ao de frutos, ou ainda odores que se pareçam com 
aqueles produzidos pelos morcegos para atrai uns aos outros. 
 
5) Cite algumas das adaptações de frutos, em relação a seus agentes 
dispersores. 
R: Plantas com os frutos transportados pelo vento são leves e podem 
apresentar estruturas aladas. Os frutos adaptados para a flutuação na água 
geralmente apresentam ar retido em alguma estrutura. Os frutos e as sementes 
que são carnosos ou têm adaptações para se aderirem são dispersos por 
animais 
 
6) Como os metabólitos secundários podem ter influenciado a evolução das 
angiospermas? 
R: Certos grupos de angiospermas desenvolveram vários metabólitos 
secundários que atuam como toxinas, e que as protegem da maior parte dos 
herbívoros. 
 
 
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Autoavaliação 
1) Quais as características exclusivas de Antophyta (angiospermas) que 
indicam que os membros deste filo são derivados de um único ancestral 
comum? 
R: As característicasexclusivas das angiospermas incluem flores, sementes 
contidas por um carpelo, fertilização dupla levando à formação de 
endosperma, microgametófito reduzido com três células, megagametófito 
reduzido (consistindo em sete células e oito núcleos), estames com dois pares 
de sacos polínicos e a presença de elementos de tubos crivados e células 
companheiras no floema. Essas similaridades claramente indicam que os 
membros do filo Anthophyta derivam de um único ancestral comum. Esse 
ancestral comum das angiospermas teria, em última instância, derivado de 
uma planta com sementes, mas que não apresentava flores, carpelos e frutos. 
 
2. Com a descoberta de Archaefructus e os resultados de estudos filogenéticos 
moleculares indicando que Amhorella é irmã de todos os outros grupos de 
plantas floriferas, nosso conceito da estrutura floral das angiospermas 
ancestrais mudou. Explique. 
R: A evolução de plantas floríferas é, em grande parte, a história de relações 
cada vez mais especializadas entre as flores e seus insetos polinizadores, nas 
quais os besouros tiveram um importante papel inicial. O besouro Megacylene 
robiniae (Coleoptera, Cerambycidae) ataca somente a Robinia pseudoacacia 
(Leguminosae). 
 
3. Na evolução, as pétalas aparentemente derivaram de duas fontes diferentes. 
Quais são elas? 
R: 
 
4. Explique o que quer dizer coevolução e forneça dois exemplos envolvendo 
insetos e plantas diferentes. 
R: As plantas primitivas portando sementes eram polinizadas de forma 
passiva. Grandes quantidades de pólen eram espalhadas pelo vento, chegando 
à proximidade dos óvulos somente por acaso. Os óvulos, que eram formados 
nas folhas ou em estróbilos, exsudavam gotas de polinização aderentes em 
suas micrópilas; essas gotas serviam para capturar os grãos de pólen e atraí-
los para a micrópila. Como ocorre na maioria das Cycadaceae e gnetófitas 
atuais, os insetos que se alimentavam de pólen e de outras partes florais 
começaram a voltar a essas novas fontes de alimento descobertas, 
transferindo, assim, o pólen de uma planta para outra. Tal sistema é mais 
eficiente do que a polinização passiva pelo vento e possibilitou a polinização 
muito mais acurada com uma quantidade menor de grãos de pólen. A atração 
de insetos para os óvulos nus dessas plantas resultava, às vezes, na perda de 
alguns deles para estes animais. A evolução para um carpelo fechado, assim, 
deu a certas plantas com sementes – os ancestrais das angiospermas – uma 
vantagem reprodutiva e, consequentemente, seletiva. As demais mudanças na 
forma da flor, tais como a evolução do ovário ínfero, podem ter representado 
formas adicionais de impedir que os óvulos fossem consumidos por insetos e 
outros animais, fornecendo assim uma vantagem reprodutiva ainda maior. 
 
5. Por que as angiospermas polinizadas pelo vento têm mais representantes 
nas regiões temperadas são relativamente raras nos trópicos? 
R: onde muitos indivíduos da mesma espécie costumam crescer juntos e a 
dispersão de pólen em geral ocorre no início da primavera, antes que as plantas 
tenham formado suas folhas. Os carvalhos, as bétulas e as gramíneas são 
exemplos conhecidos de plantas polinizadas pelo vento. As flores polinizadas 
pelo vento em geral têm anteras bem expostas, que prontamente soltam seu 
pólen para o vento. Os grandes estigmas são caracteristicamente expostos e, 
muitas vezes, ramificados ou com projeções plumosas, adaptadas para 
interceptar os grãos de pólen transportados pelo vento. 
 
6. Faça a distinção entre frutos simples, agregados e múltiplos, e dê um 
exemplo de cada. 
R: Frutos simples desenvolvem-se a partir de um único carpelo ou de vários 
(dois ou mais) carpelos unidos (vagem, cereja, tomate). 
Frutos agregados são formados a partir de gineceu – gineceu apocárpico – no 
qual cada carpelo retém sua identidade no estágio maduro (magnólia, 
framboesa e morango). Os carpelos individuais ou ovários maduros são 
conhecidos como frutículos. 
Frutos múltiplos são derivados de uma inflorescência, isto é, a partir da união 
de gineceus de muitas flores (figo, amora, abacaxi).