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1 INTRODUÇÃO A TERAPIA OCUPACIONAL PEDIÁTRICA 1 SUMÁRIO NOSSA HISTÓRIA............................................................................................. 3 Introdução............................................................................................................ 4 Avaliação em Terapia Ocupacional................................................................. 6 Perfil ocupacional ....................................................................................... 7 Análise do Desempenho Ocupacional.................................................... 7 Entrevista da História do Desempenho Ocupacional (EHDO) (BENETTON; LANCMAN, 1998) ......................................................................... 8 Escala de Observação Interativa de Terapia Ocupacional – .............. 9 Auto-Avaliação do Funcionamento Ocupacional - SAOF (TEDESCO, 2000; 2010) ............................................................................................................. 9 Classificação de idosos quanto à capacidade para o autocuidado - (CICAC) (ALMEIDA, 2003) ................................................................................. 10 Avaliação da Coordenação e Destreza Motora (ACCORDEM) (MAGALHÃES et al., 2004) ................................................................................ 11 Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais (CORDEIRO, 2005) ................................................................................................................................ 11 Loewenstein Occupational Therapy Cognitive Assessment (LOTCA) (GAMEIRO; FERREIRA, 2006) ......................................................................... 12 A importância dos relatos dos pais como método avaliativo ................ 12 Ambiente e avaliação .................................................................................. 14 A especificidade das avaliações de Terapia Ocupacional, segundo Wilson et al. (1992) .................................................................................................. 14 A intervenção precoce ................................................................................. 15 Avaliação de Terapia Ocupacional em contexto hospitalar pediátrico 15 Prejuízos no desenvolvimento infantil – alvo de atuação da Terapia Ocupacional .................................................................................................................. 17 2 O brincar enquanto ferramenta mais utilizada pela Terapia Ocupacional ........................................................................................................................................ 19 Por quê avaliar o brincar? ....................................................................... 20 Avaliações do Brincar .............................................................................. 21 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 24 3 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 4 Introdução A Terapia Ocupacional (TO) é uma profissão da área da saúde que tem como principal objetivo possibilitar que as pessoas realizem, da melhor forma possível, as atividades que elas querem, precisam ou se espera que elas façam no seu dia-a-dia. Para atingir seus objetivos, a Terapia Ocupacional lança mão de recursos específicos de avaliação e intervenção. Na avaliação, a ênfase é em identificar as dificuldades que a criança enfrenta no desempenho das atividades e ocupações que compõem seu dia-a- dia e quais fatores cognitivos, motores, emocionais, sociais e ambientais podem estar dificultando o desempenho. Estas informações são ponto chave para elaborar o plano de intervenção. No tratamento, utilizamos abordagens e estratégias que ajudem a melhorar o desempenho nas áreas de maior dificuldade no cotidiano. Por exemplo, crianças com dificuldades de coordenação motora muitas vezes não conseguem executar atividades de recorte, escrita, traçado e colorido, que são fundamentais para o bom desempenho na sala de aula. Neste caso, podemos optar pela intervenção com foco nos elementos sensoriais e da coordenação motora que estejam dificultando o desempenho escolar, mas podemos também, conforme as características da criança, ensinar estratégias cognitivas que 5 facilitem o desempenho das tarefas, bem como adaptar o ambiente e a tarefa de forma que a criança obtenha sucesso e se sinta mais motivada a participar das atividades escolares. A coordenação pode ser trabalhada de diferentes formas, usando brincadeiras e jogos ou então ensinando a criança, pais e professores a pensar em soluções alternativas, que facilitem o desempenho funcional nas atividades importantes do cotidiano da criança. Os objetivos da terapia são sempre traçados em colaboração com a criança e seus pais, para garantir que estamos lidando com questões que são significativas para as pessoas que procuram nosso atendimento. Visitas escolares e domiciliares são outros recursos importantes para o terapeuta ocupacional atingir os objetivos traçados, pois como o foco do trabalho é melhorar o desempenho em atividades do cotidiano, a intervenção não pode se restringir unicamente à sala de terapia. O terapeuta ocupacional, com base nas informações obtidas nas visitas, ajuda as famílias e os professores a fazer adaptações e utilizar estratégias práticas para facilitar o dia-a-dia das crianças. Outro aspecto importante é manter contato ou fazer reuniões periódicas com outros profissionais que trabalhem com a criança e sua família, para evitar duplicação de esforço e garantir que todos trabalham no sentido de atingir os mesmos objetivos. O programa de Terapia Ocupacional é individualizado e organizado de forma a ser o mais interessante e envolvente possível, o que, no caso de crianças, muitas vezes significa a utilização do brincar como principal meio de tratamento. 6 Avaliação em Terapia Ocupacional Avaliação é o processo para obter e interpretar dados necessários para o planejamento da intervenção. Segundo Neistadt (2002, p. 137) avaliação é o processo de coleta de informações que os profissionais de saúde usam para identificar problemas relacionados à saúde dos clientes. Este processo deve ser abrangente e ao mesmo tempo seguir uma linha de raciocínio lógica, voltada para obtenção de respostas objetivas e direcionadas que proporcionem conhecimento a respeito do universo ocupacional dos sujeitos de nossa intervenção. Historicamente, avaliações foram construídas dentro de um paradigma mecanicista, pautado nas estruturas do corpo e suas funções, como por exemplo, o desempenho motor, o processamento sensorial ou a percepção visual. No atual paradigma da ocupação o foco está no desempenho ocupacional das atividades referentes ao autocuidado, trabalho e lazer (NEISTADT, 2002). Mulligan (2003) aponta que uma das maiores contribuições da Terapia Ocupacional é o levantamento sobre as possíveis barreiras que estão impedindo 7 o desempenho ocupacional do paciente e seu posterior planejamento da intervenção, o que agrega valor ao trabalho em equipe. No entanto, é preciso ressaltar que o processo avaliativo deve ser ainda mais amplo, e demonstrar não só as dificuldades e/ou deficiências da pessoa, mas apontar também suas habilidades e capacidades (MELLO et al., 2004). Especificamente sobre a avaliação com crianças, apesar de tratar-se de um universo ocupacional bastante distinto ao dos adultos, os objetivos gerais são os mesmos, porém a forma de colher os dados necessários deve ser adequada à possibilidade de compreensão do paciente, pensada segundo a etapa do desenvolvimento, e criteriosa no momento de incluir os relatos dos pais e as percepções do avaliador. Segundo Motta e Takatori (2001, p. 125) o terapeuta busca informações sobre o que a criança faz no seu dia a dia, ou gosta de fazer, como faz, com quem faz, conhecendo suas possibilidades e dificuldades. Perfil ocupacional • Resumo da história ocupacional e experiências, dos padrões de vida diária, interesses, valores e necessidades de cada criança. • Identificar o que ela quer e precisa fazer, compreender os problemas e as questões atuais. Análise do Desempenho Ocupacional • Observar o desempenho da criança durante a realização das atividades relevantes às ocupações desejadas, • Verificar a eficácia das habilidades de desempenho e padrões de desempenho; 8 • Selecionar e usar avaliações específicas para medir habilidades de desempenho e ocupações. Entrevista da História do Desempenho Ocupacional (EHDO) (BENETTON; LANCMAN, 1998) É uma entrevista semi-estruturada formada por duas partes. A primeira parte consiste na própria entrevista, em que é avaliado o desempenho ocupacional do individuo no passado e presente de acordo com os seguintes itens: organização das rotinas da vida diária; papéis de vida; interesses, valores e metas; percepção das habilidades e responsabilidades e influências ambientais. A segunda parte consiste em um formulário padrão para reportar os resultados da entrevista (pontuação) e a narrativa de história de vida, feita a partir de questões abertas relacionadas aos cinco itens já citados. A versão original em inglês feita em 1989 foi revisada em 1998, por falha na demonstração de suas qualidades psicométricas e pela entrevista não ser compatível para a utilização de terapeutas ocupacionais com outro referencial teórico que não o 9 Modelo de Ocupação Humana idealizado por Kielhofner em 1985. Portanto, a versão validada em português foi feita a partir da versão em inglês não revisada. Escala de Observação Interativa de Terapia Ocupacional – EOITO (OLIVEIRA, 1995), Mede mudanças em pacientes durante o período de sessões de Terapia Ocupacional. É uma escala composta por 16 itens (cuidado pessoal, execução de atividades, demonstração de interesse, comunicação verbal, interação social, referência a fatos irreais, alucinações, orientação, psicomotricidade aumentada, linguagem acelerada, irritabilidade, aceitação de limites, expressão de autoestima e comportamento inabitual). Apresenta três graduações, indicando uma ordem crescente da gravidade nas manifestações psicopatológicas. A avaliação consiste não apenas na observação, mas na interação entre avaliador e paciente. Pode ser usada em enfermarias, hospitais e ambulatórios de Saúde Mental. Porém, seu uso é limitado por avaliar apenas sintomas psiquiátricos. Auto-Avaliação do Funcionamento Ocupacional - SAOF (TEDESCO, 2000; 2010) Baseada no Modelo de Ocupação Humana (KIELHOFNER, 1985), se trata de um instrumento estruturado que originalmente possui uma versão longa, uma simplificada e outra para crianças de 10 a 13 anos. A versão longa e a simplificada podem ser utilizadas em todos os tipos de acometimentos e em clientes com idade entre 14 e 85 anos. É formada por 23 questões que cobrem 7 áreas de conteúdo: a causalidade pessoal se refere a imagem e as expectativas que o sujeito faz de si próprio; valores que organizam o comportamento do sujeito através de suas prioridades; interesses são atividades que o individuo gosta e tem prazer em realizar; papéis são o conjunto de 10 características no comportamento que são esperadas para a idade e posição social específica; hábitos estruturam as ações diárias para conseguir maior eficiência no desempenho de tarefas exigidas pelo seu papel ocupacional; habilidades (físicas ou mentais) auxiliam na expressão, no contato social e na ação; meio-ambiente diz respeito à variedade de locais onde a pessoa passa o seu tempo e inclui as pessoas com que se relaciona, objetos e recursos sociais. Para avaliar a percepção individual do paciente sobre estes itens é utilizada uma escala de 3 pontos de classificação (ponto forte, adequada e necessidade de melhora). Desta forma, a SAOF prioriza o estímulo ao engajamento do paciente no tratamento. No entanto, em um estudo (BEZERRA, 2006) sobre a percepção do funcionamento ocupacional e da qualidade de vida de pacientes que faziam hemodiálise em que a SAOF foi utilizada como instrumento de avaliação, parte considerável dos pacientes teve dificuldade em entender alguns de seus tópicos. Apesar disto, a SAOF foi bastante útil na coleta de informações. Desta forma, mais estudos são necessários para avaliar sua utilidade na mensuração dos resultados de intervenções em Terapia Ocupacional. Classificação de idosos quanto à capacidade para o autocuidado - (CICAC) (ALMEIDA, 2003) Possui duas versões: simplificada e grupal. A grupal é mais longa e o nome foi dado por ter sido ajustada através da contribuição de 15 terapeutas ocupacionais. A versão simplificada constitui-se de 20 questões e a versão grupal, 22 questões. Estas se referem aos seguintes itens: Arranjo Doméstico e Familiar e sua Potencial Rede de Suporte; Perfil Social; Universo Ocupacional e 11 Capacidade Funcional. No item Capacidade Funcional, são avaliadas as Atividades de Vida Diária (básicas e instrumentais), Lazer e Trabalho (remunerado e não-remunerado). Sua validade e confiabilidade foram estabelecidas nas duas versões. O instrumento é bem abrangente e admite a complexidade do sujeito a ser avaliado, porém, mesmo a versão simplificada, exige um tempo longo para sua aplicação. Além disso, ainda não existem estudos avaliando a sua sensibilidade às mudanças ao longo do tempo, como, por exemplo, no caso de uma reavaliação. Avaliação da Coordenação e Destreza Motora (ACCORDEM) (MAGALHÃES et al., 2004) Teste para detecção de transtorno da coordenação motora em crianças de 4 a 8 anos de idade. Os itens de observação direta (áreas de Coordenação e Destreza Manual e de Coordenação Corporal e Planejamento Motor) têm escore numérico, baseado no tempo e acuidade da resposta. Os questionários de pais e professores (Desempenho Funcional em casa e na escola) são pontuados em escala de quatro pontos, indicando a freqüência dos comportamentos observados (nunca/raramente, ocasionalmente, freqüentemente e sempre). A avaliação ocorre num contexto de brincadeira, visando facilitar a aceitação pelas crianças. AACOORDEM versão 1.0 é uma escala bastante extensa, que foi formatada no Brasil, levando em consideração muitas outras escalas de desenvolvimento infantil.. Seu processo de validação e confiabilidade foi estudado em 2009 (CARDOSO; MAGALHÃES, 2009). Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais (CORDEIRO, 2005) Baseado em conceitos descritos no Modelo de Ocupação Humana (KIELHOFNER, 1985). É auto-aplicável e sua realização constitui-se de duas etapas. Na primeira etapa, o cliente define sua participação ou não em papéis ocupacionais no passado, presente e futuro. Esses papéis são pré-estabelecidos 12 pela avaliação (estudante, trabalhador, voluntário, cuidador, serviço doméstico, amigo, membro de família, religioso, passatempo/amador, participantes em organizações e outros para identificar papéis não listados). Na segunda etapa, o cliente atribui a cada papel descrito (desempenhado e não-desempenhado) seu grau de importância, podendo variar de nenhuma importância, alguma importância a muita importância. Pode ser utilizado em adolescentes, adultos e idosos, com qualquer tipo de disfunção e exige tempo curto para sua administração. Mais estudos são necessários para avaliar sua sensibilidade a mudanças, no caso de reavaliação, e verificação de resultados de intervenção. Loewenstein Occupational Therapy Cognitive Assessment (LOTCA) (GAMEIRO; FERREIRA, 2006) É uma bateria de testes elaborada para avaliar as capacidades cognitivas básicas de pacientes jovens e adultos com alguma lesão cerebral (traumatismos, tumores, acidentes vasculares encefálicos). É baseada em teorias neuropsicológicas e cognitivas de processamento de informação. As funções cognitivas avaliadas pelos testes incluem a orientação, percepção visual e espacial, práxis motora, organização visuomotora e operações de pensamento. O LOTCA objetiva fornecer um perfil cognitivo, por isso, não há cálculo das pontuações totais. As pontuações referem-se às funções separadas (orientação, percepção visual e espacial, práxis motora, organização visuomotora e operações de pensamento) e são usadas para avaliar em qual destas funções há um déficit que precisa de intervenção terapêutica. Por exemplo, um paciente pode ter um prejuízo na organização motora e estar bem orientado. Vale notar que o LOTCA foi validado apenas em Portugal, no entanto, vêm sendo usado no Brasil. A importância dos relatos dos pais como método avaliativo 13 Segundo Galvin et al. (2010) esta prática está baseada na idéia de que os pais são os especialistas quando se trata de sua criança e de que cada família é única. Esta perspectiva inclui a participação ativa da própria criança e de sua família nas decisões sobre o foco, o tipo e a frequência do tratamento que recebe. ‘ Harris e Daniels (1996) apresentam um instrumento divido em três partes: 1) dados da criança e dos pais; 2) perguntas aos pais; 3) avaliação física e observação pelo avaliador. Os pais são convocados a oferecer grande parte da informação necessária para o terapeuta, não só para ajudar a determinar focos de intervenção. Wallen et al. (2008) construiu um questionário de função de membro superior nas atividades de vida diária aplicado aos pais de crianças com paralisia cerebral. Os dados eram coletados através de relato dos pais sobre função/uso espontâneo de membros superiores para avaliar frequência e qualidade desse uso. No entanto o estudo aponta que como a escala é preenchida pelos pais, ela deve ser complementar a instrumentos padronizado. Além da valorização destas perspectivas, alguns testes podem funcionar como auxílio aos próprios pais. No trabalho desenvolvido por Stewart et al. (2010), foi avaliado um teste australiano que auxilia cuidadores a acessar informações, organizar ideias e se comunicar a respeito da criança. Já Fingerhut (2009), desenvolveu o Life Participation for Parents (LPP), que avalia a satisfação dos pais em relação à sua própria eficiência e eficácia na participação em muitas esferas da vida, enquanto criam uma criança com deficiência. Por outro lado, Majnemer e Rosenblatt (1994) comprovou que algumas das informações dadas pelos pais sobre o desenvolvimento não correspondem com a realidade, e podem interferir diretamente na detecção precoce de possíveis atrasos, por exemplo. 14 Ambiente e avaliação Estudos demonstram (JANKOVICH et al., 2008; MILLER-KUHANECK et al., 2007; RUSSO et al., 2007) que para realizar uma avaliação completa e fidedigna são muitas vezes necessárias várias avaliações, como no caso do estudo de Russo et al. (2007) que utiliza 7 instrumentos de avaliação para relacionar o uso de toxina botulínica e a Terapia Ocupacional. Para a avaliação do processamento sensorial planejada por Miller- Kuhaneck et al. (2007), foram estabelecidos 7 ambientes escolares diferentes, e contava também com avaliadores que teriam obrigatoriamente que conhecer a criança há no mínimo um mês. No instrumento de Jankovich et al. (2008) o brincar é avaliado em vários ambientes. A especificidade das avaliações de Terapia Ocupacional, segundo Wilson et al. (1992) O estudo de Kramer et al. (1999) constatou que na prática, os terapeutas continuam focando mais na estrutura do corpo da criança e de sua função, do que na participação propriamente dita. Neste sentido, Jankovich et al. (2008), ressalta a importância do brincar no desenvolvimento infantil e defende o papel do terapeuta como facilitador do brincar, e Cusick, Lannin e Lowe (2007) certifica a possibilidade do uso da COPM adaptada à criança para avaliar a desempenho ocupacional nas áreas de auto-cuidado, produtividade e atividades de lazer. Grilli et al. (2006) já utiliza um instrumento muldimensional para avaliação global em pediatria, baseado na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Russell et al. (1994) fala da complexidade de elaboração de um teste e do pouco uso que se faz da maioria deles depois de validado. 15 A intervenção precoce Snider et al. (2005) ressalta a necessidade de avaliação eficiente de crianças de risco para encaminhamento precoce à reabilitação. Segundo Chaudhari et al. (1999) o terapeuta ocupacional deve responsabilizar-se pela avaliação dos bebês nascidos com baixo peso nos seguintes itens: habilidade motora grossa, habilidade motora fina, percepção-imagem corporal e viso- motora, integração sensorial, desenvolvimento da linguagem, habilidades pré- escolares, atividades da vida diária. Berk e DeGangi (1979) também afirmam que a identificação precoce de déficits e atrasos na função motora pode minimizar ou eliminar deficiências que são associadas com incapacidades no desenvolvimento. Avaliação de Terapia Ocupacional em contexto hospitalar pediátrico 16 Apesar da maioria das vezes a avaliação em Terapia Ocupacional ser caracterizada como algo processual, realizado em etapas durante momentos distintos, em contextos hospitalares nem sempre esta dinâmica é possível. Há uma imprevisibilidade em relação a rotinas e altas. Assim, construir uma avaliação para este contexto significa estruturar uma forma dinâmica e confiável de coletar dados objetivos e subjetivos, através de entrevista e observação. Esses dados organizarão a assistência terapêutica ocupacional, levando ao reconhecimento das atividades do profissional perante a equipe multiprofissional e a família do paciente, facilitando o estabelecimento de objetivos de intervenção a curto e médio prazo. Parsons e Brown (1998) refletem sobre a importância de considerar o desempenho da criança em diferentes contextos. Na medida em que desejamos construir uma avaliação capaz de analisar o impacto da hospitalização no desempenho ocupacional da criança, esta deverá detectar a etiologia dos comportamentos apresentados, e auxiliar no planejamento de intervenções terapêuticas tanto durante a internação hospitalar como pensadas para o cotidiano doméstico. Podemos afirmar que o desempenho de um paciente internado pode ser muito diferente do apresentado em casa ou na escola, por exemplo, como descrito por Miller-Kuhaneck et al. (2007). Desta forma o terapeuta deve dimensionar suas possibilidades de avaliação no contexto hospitalar, a partir da realidade tangível naquele momento. O terapeuta deve estar apto a avaliar aspectos relacionados ao processo de adoecimento, as limitações ocupacionais que podem ser impostas pela doença ou pela hospitalização, assim como a outras formas de organização e atuação do paciente a partir de sua condição clínica. Outras fontes de informação também deverão ser utilizadas para complementar os dados colhidos junto ao paciente, como a consulta ao prontuário e as reuniões multiprofissionais. Mulligan (2003) acrescenta ainda, no caso da avaliação a crianças, que dados fornecidos pelos familiares serão considerados. 17 O estágio do desenvolvimento, as condições físicas e cognitivas, as restrições impostas por alguns quadros clínicos, a rotina da internação, o humor, o estado de alerta e as repercussões da hospitalização influenciam diretamente os resultados da avaliação (MELLO et al., 2004; MULLIGAN, 2003). Mello et al. (2004) exemplificam que a realização de um procedimento no mesmo dia da avaliação pode refletir a expectativa e ansiedade do paciente e alterar a análise dos resultados. É essencial que o terapeuta esteja bem informado sobre as orientações e restrições médicas, as precauções necessárias para o controle de infecções hospitalares, bem como sobre o prognóstico e eventuais alterações no curso da doença. A avaliação proposta para utilização neste serviço deverá contemplar informações que possibilitem ao terapeuta detectar a necessidade de que o paciente participe dos projetos institucionais. Da mesma forma deverão ser analisadas na avaliação, necessidades de encaminhamento a outros serviços disponíveis na comunidade, caracterizando o atendimento integral ao paciente preconizado pelo SUS. Prejuízos no desenvolvimento infantil – alvo de atuação da Terapia Ocupacional O desenvolvimento infantil é um processo complexo e as aquisições motoras e cognitivas dependem da interação neurológica, referindoe à maturação cerebral e ambiental e dos estímulos externos. Portanto, se o ambiente não oferece as condições necessárias para a criança explorar, brincar, descobrir e imaginar não será um ambiente propício para esta desenvolver-se de maneira saudável, tanto em seus aspectos motores como cognitivos e socais. Isto pode provocar um atraso importante no desempenho ocupacional da criança. 18 A criança hospitalizada vivencia a separação das pessoas com as quais tinha vínculo afetivo, mudança do lar para o hospital, diminuição da exploração do ambiente, procedimentos invasivos e dolorosos que causam sofrimento e medo da morte. Além disso, o cotidiano dessa criança é regido e organizado em torno da rotina hospitalar prejudicando a capacidade do seu pleno desenvolvimento, pois, ficam limitadas ao espaço físico hospitalar e apresentam comprometimento do processo de interação com o meio em geral. As limitações impostas e a carência de estímulos motores e psicoafetivos abreviam a experimentação de estímulos importantes para o desenvolvimento, repercutindo em atrasos neuropsicomotor com alterações na marcha e linguagem. Outro prejuízo considerado significativo é a perda da autonomia da criança internada, limitada pelas regras, horários, rotinas e procedimentos que precisam ser realizados, diminuindo a sua independência e, por consequência comprometendo seu desempenho ocupacional, o que é um contraponto para os objetivos da Terapia Ocupacional. Os estímulos necessários ao desenvolvimento da criança hospitalizada são escassos. O ciclo do sono também é alterado devido à administração de medicações e à iluminação artificial. Além disso, a convivência social se limita à equipe de saúde. A independência nas atividades cotidianas da criança diminuída em função do estado clínico ou da restrição ao leito é um dos principais objetivos da Terapia Ocupacional no processo de hospitalização e tratamento desta clientela. Essa intervenção deve ser realizada o mais precoce possível, levando em consideração a neuroplasticidade. O Terapeuta Ocupacional, dentro da equipe multidisciplinar tem o objetivo de minimizar danos que a hospitalização pode causar ao desenvolvimento da criança, destacando como principal estratégia terapêutica o brincar, que deve ser estimulado e adequado às restrições do contexto hospitalar. 19 O brincar enquanto ferramenta mais utilizada pela Terapia Ocupacional O Terapeuta Ocupacional possui função relevante no contexto hospitalar pediátrico, pois tem competências para atuar nas diferentes etapas do desenvolvimento infantil. Um dos principais objetivos da Terapia ocupacional nesse contexto é dar prosseguimento ao desenvolvimento global da criança, no qual o brincar é imprescindível, pois auxilia em sua recuperação, prevenindo ou diminuindo o estresse durante a hospitalização e reabilitando cognitiva ou fisicamente. O lúdico e a Terapia Ocupacional são conceitos complementares e inseparáveis na atuação junto à clientela infantil, pois o lúdico facilita as condições de cuidado à criança e o brincar é o fim e o meio pelo qual o Terapeuta Ocupacional oportuniza à criança a própria condição da infância. Os recursos e técnicas utilizados pela Terapia Ocupacional levam em consideração as demandas da criança, objetivando proporcionar o estímulo ao desenvolvimento e a melhoria da sua qualidade de vida. Por meio da participação nas atividades promovidas pela Terapia Ocupacional, que inclui a 20 utilização de diferentes recursos (jogos, pintura, recorte, colagem, música, histórias, fantoches, brinquedos para estimulação tátil, visual e auditiva), as crianças podem ficar menos estressadas, compreender e responder melhor ao tratamento e perder o medo do hospital. A utilização do brinquedo também é referida como importante no preparo pré-operatório de crianças submetidas a cirurgias, enquanto estratégia que torna menos traumática e produz menos efeitos negativos. Dentre os diversos recursos e técnicas pode-se destacar o brincar como recurso terapêutico mais utilizado pela Terapia Ocupacional. O brincar contribui para a aprendizagem e desenvolvimento infantil uma vez que, permite desenvolver a afetividade, cognição, socialização e desempenho de ações sensório-motoras. Esta ferramenta pode ser associada a outras para dar continuidade ao desenvolvimento nas áreas física, afetiva, cognitiva, pessoal e social das crianças hospitalizadas, estimulando-as a lidar com os conflitos de forma a aliviar o sofrimento e reduzir o medo e a angústia. A Terapia Ocupacional utiliza também atividades recreativas, educacionais e terapêuticas para atuar no planejamento e organização dos espaços, tornando-os mais humanizados e adequados para o desenvolvimento da criança durante a hospitalização . É necessário viabilizar uma melhor passagem da criança pelo hospital, de modo a minimizar traumas ou sequelas. Para tal, todos os profissionais precisam estar envolvidos nesse cuidado, especialmente o Terapeuta Ocupacional, que poderá proporcionar um contexto mais favorável por meio do brincar. Por quê avaliar o brincar? • identificar atrasos no desenvolvimento • perceber o relacionamento interpessoal • identificar demandas emocionais 21 • identificar habilidades e limitações no desempenho ocupacional • traçar metas e objetivos das intervenções Avaliações do Brincar • Revisão sistematizada - avaliação do comportamento lúdico - terapia ocupacional (Pfeifer e Cruz, 2008) • Histórico Lúdico Takata (Takata, 1974) • Teste de Entretenimento (Bundy, 2002) • Avaliação transdisciplinar baseada no brincar (Linder, 2001) • Escala Lúdica pré-escolar de Knox – Revisada (Knox, 1997): Desenvolvida nos EUA por Susan Knox (1968). Originalmente possuía o nome de Escala Lúdica. Projetada para fornecer uma descrição evolutiva do comportamento lúdico típico de crianças de zero a seis anos, através da observação do brincar livre. As crianças são observadas brincando em ambientes fechados e abertos (Knox, 2000), avalia as habilidades que as crianças usam enquanto estão brincando e parte do princípio de que é possível avaliar o desenvolvimento através da observação do brincar. • Instrumentos do Modelo Lúdico (Ferland, 1997) • Avaliação do Comportamento Lúdico (ACL) + • Entrevista Inicial com Pais (EIP) • Avaliação do Brincar de Faz de Conta iniciado pela criança – ChIPPA (Stagnitti, 2007) 22 ELPK – r • Descreve de forma evolutiva o comportamento lúdico típico de crianças de 0 a 6 anos. • Divisão das faixas etárias: • a cada seis meses, dos 0 aos 3 anos. • anual, dos 3 aos 6 anos. • Realiza apenas análise qualitativa (faz/não faz). • Fornece ao terapeuta a identificação da área específica de disfunção do brincar que necessita de intervenção. Aplicação da ELPKr • Observa-se a criança • 30 minutos em ambiente interno. • 30 minutos em ambiente externo. • Cada comportamento da criança é assinalado • Caso o comportamento da criança não corresponda a faixa etária retrocede uma faixa etária até a criança conseguir desempenhar o comportamento. • Para cada fator definir qual é a melhor faixa etária, sendo assinalado o topo da faixa etária. 23 24 REFERÊNCIAS AZEVEDO, A. V. S. Construção do protocolo de avaliação psicológica hospitalar para a criança queimada. Avaliação Psicológica, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 99-109, abr. 2010. BERK, R. A.; DEGANGI, G. A. Technical considerations in the evaluation of pediatric motor scales. American Journal of Occupational Therapy, New York, v. 33, n. 4, p. 240-4, Apr. 1979. CASTRO, E. K.; PICCININI, C. A. Implicações da doença orgânica crônica na infância para as relações familiares: algumas questões teóricas. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 15, n. 3, p. 625-635, 2002. 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