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Revisao Pessoa Natural 18 de Julho de 2022

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Revisão – Pessoa 
Natural
Personalidade Jurídica
• Conceito: é aptidão genérica para titularizar direitos e contrair 
obrigações. 
• Quanto adquirida a personalidade, o ente passa a atuar na 
qualidade de sujeito de direito.
• Aquisição (art. 2º do CC/02): 
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento 
com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos 
do nascituro.
Capacidade Jurídica
• Conceito: aptidão da pessoa para exercer direitos e assumir deveres 
na órbita civil (Art. 1º CC/02)
 Capacidade de Direito 🡪 toda pessoa é capaz de direitos
 Capacidade de Fato 🡪 a pessoa pode atuar pessoalmente
DE DIREITO OU 
DE GOZO
DE FATO 
OU 
DE EXERCÍCIO 
CAPACIDADE
PLENA
Incapacidade
• Conceito: falta de aptidão para praticar pessoalmente atos da vida 
civil;
• A incapacidade jurídica não é excludente absoluta de 
responsabilização patrimonial (ART. 928, cc/02);
• Suprimento da Incapacidade 🡪 representação e assistência
Incapacidade
ABSOLUTAMENTE INCAPAZ RELATIVAMENTE INCAPAZ
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os 
atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de 
os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem 
exprimir sua vontade;
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por 
legislação especial. 
REPRESENTANTE LEGAL ASSISTENTE LEGAL
NULO ANULÁVEL
EX TUNC EX NUNC
Emancipação
• Conceito: é a antecipação da capacidade plena, em virtude da autorização dos 
representantes legais do menor ou do juiz, ou pela superveniência de fato a que a lei atribui 
força para tanto. 
• Espécies (art. 5º, parágrafo único): 
EMANCIPAÇÃO 
VOLUNTÁRIA (inciso I)
EMANCIPAÇÃO
JUDICIAL (inciso I)
EMANCIPAÇÃO 
LEGAL
concessão dos pais, ou de um deles na 
falta do outro, mediante instrumento 
público, independentemente de 
homologação judicial,
por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o 
menor tiver dezesseis anos completos
II - pelo casamento;
* Lei 13.811/19: idade mínima de 16 anos
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela 
existência de relação de emprego, desde que, em função 
deles, o menor com dezesseis anos completos tenha 
economia própria.
2020 - XXXI Exame de Ordem 
Unificado
Márcia, adolescente com 17 anos de idade, sempre demonstrou uma maturidade muito superior à sua faixa etária. 
Seu maior objetivo profissional é o de tornar-se professora de História e, por isso, decidiu criar um canal em uma 
plataforma on-line, na qual publica vídeos com aulas por ela própria elaboradas sobre conteúdos históricos.
O canal tornou-se um sucesso, atraindo multidões de jovens seguidores e despertando o interesse de vários 
patrocinadores, que começaram a procurar a jovem, propondo contratos de publicidade. Embora ainda não tenha 
obtido nenhum lucro com o canal, Márcia está animada com a perspectiva de conseguir custear seus estudos na 
Faculdade de História se conseguir firmar alguns desses contratos. Para facilitar as atividades da jovem, seus pais 
decidiram emancipá-la, o que permitirá que celebre negócios com futuros patrocinadores com mais agilidade.
Sobre o ato de emancipação de Márcia por seus pais, assinale a afirmativa correta.
A) Depende de homologação judicial, tendo em vista o alto grau de exposição que a adolescente tem na internet.
B) Não tem requisitos formais específicos, podendo ser concedida por instrumento particular.
C) Deve, necessariamente, ser levado a registro no cartório competente do Registro Civil de Pessoas Naturais.
D) É nulo, pois ela apenas poderia ser emancipada caso já contasse com economia própria, o que ainda não 
aconteceu.
Fim da Personalidade 
MORTE
PRESUMIDA
Com declaração de 
ausência 
Sem declaração de 
ausência
(Art. 7º)
estava em perigo de 
vida
guerraNATURAL
Morte Presumida Sem 
Decretação de Ausência
• Art. 7º do CC/02 prevê duas hipóteses em que há sucessão definitiva (I e II)
• Tal procedimento se dá por meio da JUSTIFICAÇÃO DE ÓBITO (art. 88, LRP), 
podendo o juiz admitir a justificação para o assento de óbito nos casos previstos no art. 
7º do CC/02
O procedimento é o mesmo da produção antecipada da prova (art. 381, CPC/15)
• Enunciado 614 da VIII Jornada de Direito Civil da Justiça Federal: “os efeitos 
patrimoniais da presunção de morte posterior à declaração da ausência são aplicáveis 
aos casos do art. 7.º, de modo que, se o presumivelmente morto reaparecer nos dez 
anos seguintes à abertura da sucessão, receberá igualmente os bens existentes no 
estado em que se acharem”
Ausência
• Conceito: Ausente é todo aquele que está fora de seu domicílio e a 
falta de notícias há tanto tempo a ponto de tornar incerta a 
existência da pessoa.
• Requisito: DECLARAÇÃO JUDICIAL
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver 
deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a 
requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e 
nomear-lhe-á curador.
Ausência
• Curadoria dos bens do ausente
 Requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público
 Se houver deixado MANDATO (Art. 23)
 Nomeação do Curador
 🡪 juiz fixará poderes e obrigações (Art. 24)
 🡪 A lei estabelece ordem legal: (Art. 25): 
1. Cônjuge;
2. Pais;
3. Descendentes;
4. Juiz escolherá.
 A arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823
Ausência
• Sucessão Provisória
 1 ano da arrecadação dos bens ou 3 anos se deixou representante ou procurador (art. 26);
 Sentença que determina a abertura da sucessão provisória somente produzirá efeitos em 
180 dias (art. 28);
 Quem são os interessados 🡪 Art. 27 e Art. 28, § 1º
 Bens do ausente: 
GARANTIAS da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas (art. 30), exceções: 
ascendentes, descendentes e cônjuge (§2º) 
Se o juiz achar conveniente, poderá ordenar a conversão dos bens móveis sujeitos a deterioração 
ou a extravio, em imóveis ou títulos garantidos pela União (art. 29) 
Os bens imóveis somente podem ser alienados ou hipotecados quando o juiz ordenar para evitar 
a ruína (art. 31)
 Frutos e rendimentos total aos ascendentes e descendentes e metade aos demais herdeiros (art. 
33)
Ausência
• Sucessão Definitiva
 10 anos após o transito em julgado da sentença (art. 37)
 5 anos se o ausente conta com 80 anos (art. 38)
 Se o ausente regressar 🡪 Art. 39
Ausência
• Retorno do Ausente
 Arrecadação de bens 🡪 não há qualquer prejuízo 
 Sucessão Provisória 
▪ Ausência voluntária 🡪 perderá os frutos e rendimentos
▪ Os herdeiros ficam obrigados a tomar medidas assecuratórias precisas 
até a entrega dos bens a seu titular (art. 36)
 Sucessão Definitiva 🡪 receberá os bens na forma que estiverem (art. 39) 
Morte Simultânea 
(Comoriência)
• Não sendo os comorientes considerados sucessores entre si, não haverá 
transferência de bens entre eles, de maneira que seus herdeiros arrecadarão a 
meação pertencente a cada sucedido.
“Art. 8.º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo 
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão 
simultaneamente mortos”
2019 - XXIX Exame de Ordem 
Unificado
Gumercindo, 77 anos de idade, vinha sofrendo os efeitos do Mal de Alzheimer, que, embora não atingissem sua saúde 
física, perturbavam sua memória. Durante uma distração de seu enfermeiro, conseguiu evadir-se da casa em que residia. 
A despeito dos esforços de seus familiares, ele nunca foi encontrado, e já se passaram nove anos do seu 
desaparecimento. Agora, seus parentes lidam com as dificuldades relativas à administração e disposição do seu 
patrimônio.
Assinale a opção que indica o que os parentesdevem fazer para receberem a propriedade dos bens de Gumercindo. 
A) Somente com a localização do corpo de Gumercindo será possível a decretação de sua morte e a transferência da 
propriedade dos bens para os herdeiros.
B) Eles devem requerer a declaração de ausência, com nomeação de curador dos bens, e, após um ano, a sucessão 
provisória; a sucessão definitiva, com transferência da propriedade dos bens, só poderá ocorrer depois de dez anos 
de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória.
C) Eles devem requerer a sucessão definitiva do ausente, pois ele já teria mais de oitenta anos de idade, e as últimas 
notícias dele datam de mais de cinco anos.
D) Eles devem requerer que seja declarada a morte presumida, sem decretação de ausência, por ele se encontrar 
desaparecido há mais de dois anos, abrindose, assim, a sucessão.

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