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FACULDADE PIAGET
CURSO DE ESTÉTICA E COSMÉTICA
CAROLINE DOS REIS AQUINO
FRANCIELE DO NASCIMENTO SOUSA
LARISSA OHANA GOMES LOURO DE PAULA
THAMYRES TAWANE HIPÓLITO GARCIA
YASMIN VITÓRIA ALVES ENGMANN
SAÚDE COLETIVA E PROMOÇÃO A SAÚDE: A IMPORTÂNCIA DO USO DO FOTOPROTETOR NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PELE.
SUZANO
2021
FACULDADE PIAGET
CURSO DE ESTÉTICA E COSMÉTICA
CAROLINE DOS REIS AQUINO
FRANCIELE DO NASCIMENTO SOUSA
LARISSA OHANA GOMES LOURO DE PAULA
THAMYRES TAWANE HIPÓLITO GARCIA
YASMIN VITÓRIA ALVES ENGMANN
SAÚDE COLETIVA E PROMOÇÃO À SAÚDE: A IMPORTÂNCIA DO USO DO FOTOPROTETOR NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PELE.
Trabalho Discente Efetivo apresentada como requisito para obtenção de nota parcial da disciplina Saúde Coletiva e Promoção à Saúde, da Faculdade Piaget, ministrada pela Professora Doutora Aline Yukari Kurihayashi
SUZANO
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 OBJETIVOS:	6
2.1 Objetivo Geral	6
2.2 Objetivos Específicos	6
3 METODOLOGIA	7
4 CÂNCER DE PELE	8
4.1 Câncer de pele não melanoma	8
4.2 Câncer de pele melanoma	9
4.3 Sinais e sintomas	9
4.4 Prevenção	9
4.5 Tratamento do câncer de pele não melanoma	10
4.6 Tratamento do câncer de pele melanoma	10
4.7 Identificação	10
5 PROTETOR SOLAR	12
5.1 Efeitos da radiação solar	12
5.2 Tipos de radiações	13
5.3 Por que é importante utilizar fotoprotetores?	13
5.4 Tipo de protetores solares	14
5.5 Como aplicar o fotoprotetor	14
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO	16
8 CONCLUSÃO	17
REFÊRENCIAS	18
1 INTRODUÇÃO
A promoção da saúde vai muito além do que o nome é capaz de significar, mais do que apenas promover, ela enfrenta problemáticas que afetam sociedades inteiras de modo eficaz. Notório são as evidências cientificas que demonstram a contribuição de medidas de prevenção e promoção da saúde para a qualidade de vida de indivíduos e populações.
Importante salientar que componentes da vida social também são peças fundamentais para alcançar a qualidade de vida e principalmente, alcançar um perfil de saúde elevado, a exemplo do uso de proteção solar, que há tanto é julgado como um item de luxo dentro de sociedades com poderes aquisitivos menores.
Nessa toada, notamos que o acesso a serviços médicos e assistenciais de qualidade requer enfrentamento de uma política pública deficiente, que deixa de prestar informações essenciais sobre diversas doenças e por vezes, acaba excluindo populações pobres de soluções em decorrência da exata falta de poder aquisitivo.
Qualidade de vida e saúde são características naturais de sociedades desenvolvidas e que tem como primordial o bem-estar do indivíduo.
O câncer de pele é uma doença extremamente comum no Brasil, exatamente porque as pessoas não são capazes de identificar meios de prevenção, como uso de fotoprotetores e barreiras físicas para proteção contra raios nocivos a saúde.
A população em geral não possui acesso a dermatologistas em Postos de Saúde e por esse motivo, acabam com visões deturpadas sobre o processo saúde-doença e em decorrência, não obtém informações importantes sobre determinados recursos e estratégias para enfrentamento e tratamento de doenças.
Por outro lado, quando falamos sobre a necessidade extrema de prevenção primária com o uso de protetores solares, encontramos resistência em meio a uma população que acredita que métodos protetivos são absurdamente caros e inviáveis, utilizados por um seleto escalão da sociedade que possui tempo para cuidados com a pele.
Todavia, dados nos mostram que a comercialização de protetores solares aumenta consideravelmente a cada década dentro do mercado nacional. A crescente importância deste produto em cuidados diários com a pele vem diminuindo consideravelmente os casos de doença, mas ainda que seja promissor, ainda nos falta muito para alcançar populações vulneráveis e justamente essas pessoas que ainda não conseguimos atingir, são as que obtém menos informações, cuidados e mais acometimento de doenças.
Desta feita, aproveitamos para explicar sobre tipos de cárceres de pele que afetam a população brasileira e meios de prevenção, onde buscamos demonstrar que é possível sim manter cuidados primários e preventivos com a pele, que além de figurar como maior órgão do corpo humano, ainda é nossa barreira primária de proteção.
A população brasileira está em via de regra acostumada a sentir o sol na pele diariamente, entretanto, compreender seus malefícios e efeitos ainda é missão primordial para obtenção de qualidade de vida. 
2 OBJETIVOS:
2.1 Objetivo Geral
Buscaremos através de uma revisão bibliográfica, analisar o conceito de fotoproteção para jovens e adultos, quando tratamos dos cuidados primários com a saúde, considerando sua imensa importância para a prevenção do câncer de pele.
O objetivo geral do trabalho deverá ser, acima de tudo, desenvolvê-lo de forma adequada para que possa ser fonte de pesquisa dentro da sociedade atual sendo útil ao meio no desenvolvimento de ideias e novos conceitos sobre o assunto.
2.2 Objetivos Específicos
Para alcançar, de forma satisfatória o objetivo geral do trabalho acadêmico, prezaremos pelo caminhar adequado do projeto, desse modo, devemos traçar um raciocínio entre artigos acadêmicos como fonte primordial de pesquisa e o entendimento de autores relacionados a saúde da população brasileira.
Para poder desenvolver esse trabalho discente efetivo o primeiro passo dado é desmistificar o fotoprotetor, explicando suas reais funções, modos de aplicabilidade, efeitos sob a pele e impacto sobre a saúde do indivíduo.
Traçaremos também caminhos históricos, demonstrando como o uso da fotoproteção adequada e o desenvolvimento de novas tecnologias contra a radiação nociva, colaboraram para a melhora de vida de uma população no decorrer dos anos.
Ainda, identificaremos e analisaremos os malefícios da falta da proteção primaria no que tange a sua degradação à saúde, bem como, estudaremos o câncer de pele, seus tipos e manifestações para compreender todo o processo e como ele ocorre em decorrência da falta de informação adequada, por fim, discorreremos sobre manifestações do câncer, tratamentos e regras ABCD.
3 METODOLOGIA
A metodologia se encontra encaixada de forma harmônica com o trabalho discente efetivo, pois permite expressar às formas de raciocínio ou de argumentação necessária à situação.
Existem diversos tipos de metodologia que são destinados a tipos específicos de projetos, para este, será utilizado à pesquisa descritiva e bibliográfica, as mais adequadas para o objeto aqui desenvolvido.
Partindo de dados gerais, poderemos chegar a conclusões limitadas ao conteúdo das ideias iniciais de como o uso de proteção solar passou a ser um importante aliado contra o câncer de pele. Começando por entender o que é o câncer de pele, os tipos da doença e informações importantes como prevenção, identificação e tratamento, para enfim, assimilar como o fotoprotetor nos protege dos efeitos da radiação solar e consequentemente prevenir o câncer de pele. 
A construção da pesquisa foi a partir de materiais como artigos, revistas cientificas, dados do INCA – Instituto Nacional do Câncer, sites como o da SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia, A.C.Camargo Cancer Center, entre outros.
 4 CÂNCER DE PELE
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o Instituto Nacional de Câncer (INCA) por ano, registra aproximadamente 185 mil novos casos da doença, no qual, o câncer de pele representa 33% dos diagnósticos realizados no Brasil. Apesar do câncer de pele não melanoma ser o tipo mais comum e apresentar taxa de letalidade baixa, sua incidência é maior. A doença se inicia pelo crescimento anormal e descontrolado das células presentes na pele. Essas células se acumulam formando camadas e, conforme as que forem afetadas, é definido os diferentes tipos de câncer, sendo os mais comuns, os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, causadores de 177 mil novos casos da doença por ano. O melanoma é o tipo mais raro e letal que os carcinomas, além disso,é o mais agressivo e registra 8,4 mil casos anualmente.
4.1 Câncer de pele não melanoma
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil o câncer de pele não melanoma tem maior ocorrência e equivale a 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Se for diagnosticado e tratado precocemente tem maior possibilidade de cura. Entre os tumores de pele é o de menor letalidade, apesar disso, se o tratamento não for feito de forma adequada pode deixar mutilações bastante significativas. O câncer de pele é incomum em crianças e negros, a menos que já tenham alguma doença cutânea, sendo mais comum em pessoas com mais de 40 anos. No entanto, com a exposição frequente de pessoas jovens aos raios solares, a média de idade dos pacientes vem diminuindo. As pessoas de pele clara, sensíveis aos efeitos dos raios solares, com histórico familiar ou pessoal deste câncer ou com doenças cutâneas preexistentes são as mais vulneráveis. Há também diferentes tipos de tumores quando se diz a respeito do câncer de pele não melanoma. Os mais sucessivos são o carcinoma basocelular, sendo o mais comum e menos agressivo e o carcinoma epidermoide.
4.2 Câncer de pele melanoma
Ainda segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse outro tipo da doença chamado de melanoma se inicia nos melanócitos (células que sintetizam melanina, substância que define a cor da pele) e, é mais incidente em adultos de pele branca. O melanoma pode surgir em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, formando manchas, pintas ou sinais. Em pacientes de pele negra, é mais comum em regiões claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. O melanoma faz parte de apenas 3% das neoplasias malignas de pele. Este é o tipo mais grave, pelo motivo de sua alta probabilidade de causar metástase (quando o câncer se espalha para outros órgãos). Se o melanoma for identificado na sua fase inicial, o prognóstico pode ser considerado bom. Nos últimos anos, a letalidade do melanoma vem diminuindo devido a detecção precoce nos pacientes e à inserção de novos medicamentos imunoterápicos.
4.3 Sinais e sintomas
· “Mancha que coça, dói, sangra ou descama;”
· “Ferida que não cicatriza em 4 semanas;”
· “Sinal que muda de cor textura, tamanho, espessura ou contornos;”
· “Elevação ou nódulo circunscrito e adquirido da pele que aumenta de tamanho e tem aparência perolada, translúcida, avermelhada ou escura.” (RBC, 2003)
4.4 Prevenção
“A prevenção do câncer da pele fundamenta-se no aconselhamento para a proteção contra a radiação solar por meio da utilização de filtros solares (FPS 15 ou mais), vestimentas adequadas e acessórios protetores (camiseta, chapéu, guarda-sol e óculos escuros), evitando-se a exposição solar entre 10:00 e 16:00h.” (RBC, 2003)
4.5 Tratamento do câncer de pele não melanoma
Conforme o A.C.Camargo Cancer Center, os carcinomas basocelulares e os espinocelulares são geralmente curados com a cirurgia de Mohs, ou seja, uma exérese que consiste na retirada da lesão com congelação. Em alguns casos de carcinomas espinocelulares, é necessário a radioterapia ou quimioterapia após a cirurgia, já que esse tipo apresenta uma probabilidade maior de disseminar para outros órgãos. Entretanto, a escolha do tratamento ideal vai depender do tipo do câncer, tamanho e onde está localizado.
4.6 Tratamento do câncer de pele melanoma
Ainda conforme o A.C.Camargo Cancer Center, em casos do câncer de pele tipo melanoma, a escolha do tratamento depende da espessura da lesão e de seu estadiamento. A excisão simples é usada em melanomas finos para sua remoção e o câncer é removido junto com uma parte de tecido saudável, que é encaminhado para exame com o intuito de certificar se não sobrou tecido canceroso na região. A linfadenectomia é uma cirurgia usada para a remoção de gânglios linfáticos próximos ao tumor que foram atingidos. Quando há metástase do melanoma e atinge órgãos distantes como o cérebro, pulmão e fígado, a cirurgia não é mais uma opção de cura. Mesmo assim, ela pode proporcionar sobrevida ao paciente ou dispor mais qualidade de vida.
4.7 Identificação
“A lesão mais típica do carcinoma basocelular é a lesão “perolada”, ou seja, lesão papulosa translúcida e brilhante que é frequente em quase todas as suas manifestações clínicas.” (RIO DE JANEIRO, 2016 apud AZULAY, 2013)
As lesões do carcinoma espinocelular “exibem aspectos diversos, tais como ulcerações de crescimento contínuo, vegetações, placas e nódulos. São mais comuns em áreas fotoexpostas, principalmente mãos e face.” (RIO DE JANEIRO, 2016)
A regra do ABCDE é utilizada para detectar um possível melanoma de uma lesão. Se for identificado dois ou mais critérios a lesão se torna altamente suspeita (RIO DE JANEIRO, 2016)
Imagem 1 – Regra do ABCDE
Fonte: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/cancer-da-pele/64/#sintomas
5 PROTETOR SOLAR
A necessidade do uso de protetor solar, também denominados fotoprotetores, é fundamental para a proteção da pele contra os raios ultravioletas, além de prevenir o envelhecimento precoce e doenças como o câncer de pele. (FLOR.; DAVOLOS.; CORREA, 2007)
O protetor solar é “qualquer preparação cosmética destinada a entrar em contato com a pele e lábios, com a finalidade exclusiva ou principal de protegê-la contra a radiação UVB e UVA, absorvendo, dispersando ou refletindo a radiação.” (ANVISA, 2012)
5.1 Efeitos da radiação solar
A pele é o maior órgão do corpo humano, reveste e delimita o organismo, também protege o corpo contra o calor, a luz e as infecções, além de ser responsável pela regulação da temperatura corpórea e auxiliar nas reservas de água, vitamina D e gordura. (BARDINI.; LOURENÇO.; FISSMER, 2012)
“A radiação tem aumentado consideravelmente nos últimos tempos, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que o Índice Ultravioleta (IUV) da maioria das capitais brasileiras encontra-se em níveis considerados muito altos ou extremos, somente essa informação já seria o suficiente para motivar a população brasileira ao uso de protetores solares e barreiras físicas contra o sol.” (Silva el al., 2015)
O sol é essencial para a vida na terra e seus efeitos trazem benefícios ao ser humano, como sensação de bem-estar físico e mental, estímulo à produção de melanina com consequente bronzeamento da pele, vitamina D, melhora a absorção do cálcio, ajuda no tratamento de icterícia e etc. (FLOR.; DAVOLOS.; CORREA, 2007)
Porém a radiação solar pode causar prejuízos, caso não se tome os devidos cuidados na exposição, observa-se que a grande parte da população se submete de maneira excessiva às radiações diariamente. (SOUSA, 2008 apud SILVA et al., 2015)
Nosso corpo responde à incidência das radiações de formas diferentes, com calor para as ondas infravermelhas e reações fotoquímicas para as radiações ultravioletas (UV). (DAVOLOS, 2007 apud SILVA et al., 2015)
5.2 Tipos de radiações 
De acordo com Flor, Davolos e Correa, a radiação ultravioleta é dividida em:
· UVA: a radiação UVA é a mais lesiva, pois penetra na derme, última camada da pele. Causa pigmentação, gera radicais livres, causando envelhecimento. É mais abundante que a radiação UVB na superfície terrestre.
· UVB: Penetra na epiderme camada mais superficial, causa queimaduras, vermelhidão, lesões, bolhas e câncer de pele. É responsável pela transformação do ergosterol epidérmico em vitamina D.
· UVC: A radiação UVC tem menor comprimento de onda e causa efeitos carcinogênicos e mutagênicos, que a torna extremamente lesiva aos seres vivos. Devido à absorção pelo oxigênio e pelo ozônio na estratosfera, nenhuma radiação UVC chega à superfície da Terra.
5.3 Por que é importante utilizar fotoprotetores?
“Pela possibilidade de prevenir os malefícios das radiações solares, desde a queimadura, o efeito imediato da radiação solar; as lesões précancerosas; os cânceres da pele e o envelhecimento cutâneo extrínseco.” (CAMPOS, 2008)
“Fatores ambientais conhecidos na aceleração de envelhecimento extrínseco são exposições ao sol (fotoenvelhecimento) ecigarros” (DRAELLOS, 1999 apud SILVA et al., 2015). “Pele extrinsecamente envelhecida e exposta ao sol aparece clinicamente como manchada, espessa, amarelada, frouxa, áspera e dura” (JENKINS, 2002 apud SILVA et al., 2015)
Os danos à saúde causados pela radiação UV, infravermelhos e a luz visível podem ser minimizados pelo uso de protetores solares, e a utilização correta interfere diretamente em sua eficácia. (FLOR.; DAVOLOS.; CORREA, 2007)
5.4 Tipo de protetores solares
Existem duas classes de filtros solares: orgânicos e inorgânicos, classificados como filtros de efeito físico e químico. A função do protetor solar físico que é constituído por substâncias inorgânicas, é promover uma barreira cutânea capaz de refletir a radiação ultravioleta, e espalhamento da luz UV. É o mais recomendado para crianças e pessoas com a pele sensível, pois apresentam baixo potencial de irritação. O filtro químico é composto por substâncias orgânicas, capazes de absorver as radiações (alta energia) e transformá-las em radiações com menores energias e inofensiva ao ser humano, é mais fácil de se espalhar pelo corpo comparado aos filtros inorgânicos. (FLOR.; DAVOLOS.; CORREA, 2007)
5.5 Como aplicar o fotoprotetor 
“Pesquisas no campo de substâncias fotoprotetoras tiveram início na década de 50 do século passado, com base nas observações sobre o grau de eritema cutâneo provocado pela radiação solar. A partir destes dados foi estabelecido o índice de Fator de Proteção Solar” (CAMPOS, 2008)
“A eficácia de um protetor solar é medida em função de seu fator de proteção solar (FPS) [...] quanto maior o FPS maior será a proteção, ou seja, maior será o tempo que a pele ficará protegida frente à radiação UVB.” (FLOR.; DAVOLOS.; CORREA, 2007)
O protetor solar deve ser aplicado de 10 a 15 minutos antes de iniciar a exposição solar, é recomendado todos os dias a partir do sexto mês de vida, em todas as partes do corpo que ficará expostas ao sol, inclusive lábios, orelhas, pescoço e dorso das mãos e dos pés. Mesmo em dias nublados e com neblina já que as nuvens filtram apenas 20% das radiações solares. (CAMPOS, 2008)
“O padrão quantitativo de protetor solar por unidade de pele necessária para medir o FPS em humanos é 2 mg/cm2. Assim, a cada aplicação deverá ser usada a quantidade de 30 a 40 g do produto por um indivíduo adulto, de tamanho e peso normais.” (DIFFEY, 1996 apud FLOR.; DAVOLOS.; CORREA, 2007). “A distribuição deve ser de forma homogênea porque camadas finas não protegem de maneira eficaz. Deve repetir a aplicação durante o dia com o intervalo de no máximo duas horas, e após imersão a água, ou quando transpirar por conta os protetores perdem a estabilidade com água e suor.” (CAMPOS, 2008)
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Através das pesquisas bibliográficas apresentadas, tratamos de compreender o câncer de pele como uma doença global e de alta incidência entre populações, nessa toada, apresentamos os meios de prevenção primária como o fotoprotetor.
Por tratar-se de pesquisa bibliográfica, não desenvolvemos pesquisas de campo ou tabelas comparativas entre populações, não levantando esse tópico no trabalho, para maior explanação sobre dados científicos sobre causa e prevenção.
Em pesquisas paralelas, bem como explanado em aula, vimos que populações vulneráveis expostas a grande radiação solar, como trabalhadores rurais e pescadores, possuem maior incidência ao câncer de pele. Todavia, por não termos tratado da temática no presente trabalho, não analisando meios e grupos específicos nos impossibilita de apresentar dados ou discussões pertinentes ao assunto.
Diante do exposto, a presente pesquisa buscou demonstrar a problemática para que seja aflorado o pensamento crítico em cada leitor, incentivando sua própria construção de conhecimentos acerca da prevenção primária, secundaria e o câncer de pele.
A pesquisa tem caráter informativo e educacional para o meio acadêmico, com a pertinência da apresentação de fatos da literatura através da fala de autores consagrados. Buscamos agregar conhecimento aos estudantes de cursos voltados a saúde, gerando autoanalise sobre hábitos referentes a proteção solar, para que posteriormente, sejam capazes de transmitir conhecimentos a seus pacientes, a fim de atingir uma maior parcela da população.
8 CONCLUSÃO
Através desse estudo pudemos constatar que o câncer de pele ainda é o mais comum no Brasil, correspondendo a 33% dos diagnósticos de tumores malignos. Dados complementares informam que dessa porcentagem, 30% correspondem ao tipo não melanoma, enquanto os demais 3% ao tipo melanoma, sendo esse último, a forma mais letal e agressiva da doença.
No tipo não melanoma encontramos duas variações de tumores distintas: o carcinoma basocelular, a forma menor agressiva, porém mais frequente e o carcinoma epidermoide, formato mais grave da doença.
Em geral o câncer de pele predominante em pessoas com mais de 40 anos, todavia, com a exposição solar frequente de jovens a estimativa de idade vem diminuindo. Pessoas de pele clara, com histórico familiar ou com doenças cutâneas, também apresentam mais vulnerabilidade a doença.
A detecção das lesões iniciais e o tratamento precoce apresentam grande possibilidade de cura, diminuindo a letalidade. Nas regras do ABCDE é possível a identificação não só do tipo melanoma, mas também para o tipo não melanoma, visto que, qualquer mancha, ferida, sinal ou elevação que não se curam, aumentam de tamanho, mudam de textura e formato, se torna uma lesão suspeita.
Como prevenção primária a esta doença temos as vestimentas e assessórios que cobrem as áreas expostas e o mais indispensável o uso diário do protetor solar. Além de evitar se expor em horários com índice solar mais alto, entre 10h e 16h.
O mais importante quando falamos da prevenção do câncer de pele por meio do protetor solar, é o modo de aplicação e seu fator FPS, já que, quanto maior é o fator de proteção solar, maior será o tempo que a pele ficará protegida. A quantidade aplicada menor do recomendado (30 a 40g do produto para um adulto), interfere diretamente na sua eficácia. Ademais, é aconselhável esperar de 10 a 15 minutos antes de se expor ao sol e não esquecer de aplicar em todas as áreas que serão expostas, mesmo em dias nublados.
REFÊRENCIAS
A.C.Camargo Cancer Center. Pele Não Melanoma. Disponível em: https://www.accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tipos-de-cancer/pele-nao-melanoma. Acesso em: 31 mar. 2021. 
A.C.Camargo Cancer Center. Pele Melanoma. Disponível em: https://www.accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tipos-de-cancer/pele-melanoma. Acesso em: 31 mar. 2021. 
BARDINI, G.; LOURENÇO, D.; FISSMER, M. Avaliação do conhecimento e hábitos de pacientes dermatológicos em relação ao câncer da pele. Artigos Catarinenses de Medicina. 2012. Disponível em: http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/929.pdf. Acesso em: 5 maio. 2021.
BRASIL. Resolução RDC nº 30, de 1º de junho de 2012. Aprova o “Regulamento Técnico Mercosul sobre Protetores Solares em Cosméticos e dá outras providências.”. Órgão emissor: ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0030_01_06_2012.html. Acesso em: 5 maio. 2021. 
CAMPOS, M. S. Protetor solar – perguntas e respostas. Revista Científica da FMC, v. 3, n. 1, 2008.
FLOR, J.; DAVOLOS, M. R.; CORREA, M. A. Protetores solares. Química Nova, v. 30, n. 1, fev. 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422007000100027&script=sci_arttext. Acesso em: 05 mai. 2021.
INCA - Instituto Nacional de Câncer. Câncer de Pele não Melanoma. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pele-nao-melanoma. Acesso em: 30 mar. 2021.
INCA - Instituto Nacional de Câncer. Câncer de Pele Melanoma. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pele-melanoma. Acesso em: 30 mar. 2021. 
Normas e Recomendações do INCA: Prevenção do câncer da pele. Revista Brasileira de Cancerologia, p. 203, 2003. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/site/arquivos/n_49/v04/pdf/norma1.pdf.Acesso em: 24 abr. 2021
SILVA et al. A importância do uso de protetores solares na prevenção do fotoenvelhecimento e câncer de pele. Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia, v. 3, n. 1, 2015. Disponível em: http://interfaces.leaosampaio.edu.br/index.php/revista-interfaces/article/view/257/152. Acesso em: 05 mai. 2021.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Câncer da Pele. Disponível em: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/cancer-da-pele/64/. Acesso em: 29 mar. 2021. 
RIO DE JANEIRO (município). Secretaria Municipal de Saúde – SMS. Coleção Guia de Referência Rápida: Câncer de pele - Identificação e Conduta. 1. ed. Rio de Janeiro, 2016.

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