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fisiologia humana
Homeostase 
A homeostase é a capacidade dos organismos de manterem seu meio interno em certa estabilidade.
O que é (significado): Homeostase é a condição de relativa estabilidade da qual o organismo necessita para realizar suas funções adequadamente para o equilíbrio do corpo. Homeostasis:  palavra de origem grega, cujo significado já define muito bem o que vem a ser:  homeo- = semelhança; -stasis = ação de pôr em, estabilidade. 
Características: Apesar de mudanças que possam vir a ocorrer no organismo, internamente ou externamente, a homeostase é a constância do meio interno (líquido intersticial). Conservando-se em temperatura adequada (37º C) ela garante que as trocas necessárias para o corpo ocorram; e, assim, as células do corpo se desenvolvem.
O nosso organismo é uma máquina perfeita que necessita que cada variável esteja completamente ajustada para que o seu funcionamento ocorra de maneira correta. Se a temperatura está muito elevada, por exemplo, podem ocorrer alterações no estado mental, o comprometimento de órgãos e, até mesmo, a morte do indivíduo.
A homeostase, termo criado por Walter Cannon, pode ser definida como a habilidade de manter o meio interno em um equilíbrio quase constante, independentemente das alterações que ocorram no ambiente externo. 
O meio interno, por sua vez, é definido como os fluidos que circulam pelas nossas células, o chamado líquido intersticial.
Para manter a homeostasia, nosso meio interno deve manter certos valores sem alterações. Isso é conseguido graças a diversos processos fisiológicos que ocorrem de maneira coordenada e que garantem o equilíbrio. 
Os processos de respiração, digestão e excreção garantem, por exemplo, que o meio interno tenha oxigênio e nutrientes necessários à célula e que substâncias tóxicas que possam causar danos ao corpo sejam retiradas do organismo.
Quando o meio interno não está em equilíbrio, seja por mudanças externas, seja por disfunções internas, ocorre uma perturbação da homeostase, o que pode resultar em doença. 
Caso a homeostase não seja restabelecida, pode ocorrer a morte do indivíduo. Entre as variáveis que devem permanecer em equilíbrio para que haja a homeostase, podemos destacar a temperatura corpórea, o pH dos líquidos corporais, a pressão arterial e a frequência cardíaca. 
Para garantir a homeostase, o nosso organismo conta com alguns recursos: o sistema nervoso e o sistema endócrino. 
O sistema nervoso informa que algo de errado está acontecendo no interior do corpo e produz uma resposta a determinado estímulo. 
O sistema endócrino, por sua vez, secreta mensageiros químicos.
O que afeta a homeostase?
Alguns fatores podem afetar a capacidade de homeostase dos seres humanos, causando desequilíbrios nos fluidos do corpo e afetando as funções do organismo.
Entre as principais podemos citar as mudanças de temperatura, a salinidade, o pH e a concentração de nutrientes do meio interno, como a glicose, ureia e gases.
Se algum fator estiver em desequilíbrio, o corpo pode ter alguma função fisiológica prejudicada que pode colocar a vida do indivíduo em risco.
Tipos de homeostase
· Homeostase térmica: o tremor muscular, o suor e a metabolização de lipídios são utilizados como mecanismos para manter a temperatura do corpo constante.
· Homeostase química: produção de substâncias como insulina, glucagon, absorção de gases e excreção de substâncias tóxicas são utilizadas como mecanismos para manter o equilíbrio de reações químicas do organismo. 
Todas as reações do nosso corpo são controladas por algum tipo de homeostase. A composição estável do sangue, por exemplo, torna possível que todo o corpo receba nutrientes e gases sem muitas variações todos os dias. No entanto, os níveis das substâncias no sistema circulatório dependem da homeostase de outros órgãos e sistemas como:
· Regulação do nível de CO2 pelo sistema respiratório;
· Produção, consumo e reservas de glicose pelo fígado e pelo pâncreas;
· Concentração de íons pela filtragem dos rins;
· Produção de hormônios no sistema endócrino;
· Recepção de impulsos nervosos e informações pelo sistema nervoso e endócrino, que são controlados pelo hipotálamo.
Exemplos de homeostase no corpo humano
1- Temperatura corporal interna: A temperatura corporal interna dos seres humanos é um ótimo exemplo de homeostase. Quando um indivíduo está saudável, a temperatura do corpo fica a 37º C. O corpo pode controlar a temperatura fazendo ou liberando calor.
2- Manutenção dos níveis de glicose: A glicose é um tipo de açúcar encontrado na corrente sanguínea, mas o corpo deve manter níveis adequados de glicose para garantir que a pessoa permaneça saudável. Quando os níveis de glicose aumentam muito, o pâncreas libera um hormônio conhecido como insulina. Se esses níveis caírem muito baixo, o fígado converte o glicogênio no sangue em glicose novamente, elevando os níveis.
3- Funções do sistema linfático: Quando as bactérias ou vírus que podem deixá-lo doente entram em seu corpo, o sistema linfático contra-ataca para ajudar a manter a homeostase, trabalhando para combater a infecção e garantindo sua saúde.
4- Regulação da pressão arterial: Manter a pressão arterial saudável é um exemplo de homeostase. O coração pode detectar mudanças na pressão sanguínea, que envia sinais ao cérebro, que então envia sinais que dizem ao coração como responder. Se a pressão sanguínea estiver muito alta, naturalmente o coração deve desacelerar; enquanto se for muito baixo, o coração terá que acelerar.
5- Balanço de ácidos e bases: Um corpo humano contém produtos químicos conhecidos como ácidos e bases, e um equilíbrio adequado destes é necessário para o corpo funcionar de forma otimizada. Os pulmões e os rins são dois dos sistemas de órgãos que regulam os ácidos e as bases do corpo.
6- nível de água: Mais da metade da porcentagem de peso corporal de um ser humano é água, e manter o equilíbrio correto da água é um exemplo de homeostase. Células que contêm muita água, incham e podem até explodir. Células com muito pouca água podem encolher. Seu corpo mantém um equilíbrio adequado de água para que nenhuma dessas situações ocorra.
7- Controle de cálcio: A regulação dos níveis de cálcio pelo corpo humano é um exemplo de homeostase. Quando os níveis diminuem, a paratireoide libera hormônios. Se os níveis de cálcio se tornarem muito altos, a tireóide ajuda a fixar cálcio nos ossos e reduz os níveis de cálcio no sangue.
8- Exercício Físico: O exercício faz com que o corpo mantenha a homeostase enviando lactato para os músculos para lhes dar energia. Com o tempo, isso também sinaliza ao cérebro que é hora de parar de se exercitar, de modo que os músculos possam obter o oxigênio de que necessitam.
9- Sistema Nervoso e Respiração: O sistema nervoso ajuda a manter a homeostase nos padrões respiratórios. Como a respiração é involuntária, o sistema nervoso garante que o corpo receba o oxigênio necessário ao respirar.
10 - sistema urinário: Quando as toxinas entram no seu sangue, elas interrompem a homeostase do seu corpo. O corpo humano, no entanto, responde se livrando dessas toxinas usando o sistema urinário. Um indivíduo simplesmente urina toxinas e outras coisas desagradáveis ​​do sangue, restaurando a homeostase do corpo humano.
 
Os mecanismos de controle da homeostase 
O mecanismo de feedback, também denominado mecanismo de retroalimentação, corresponde a um conjunto de respostas produzidas pelo nosso organismo diante de alguma alteração. Para apresentar um funcionamento perfeito, o corpo humano conta com uma série de mecanismos essenciais, como os mecanismos de feedback positivo e negativo. 
Tanto o feedback positivo quanto o negativo são extremamente importantes para o funcionamento adequado do nosso corpo, entretanto, esses dois mecanismos apresentam diferenças. 
· Feedback negativo
O feedback negativo ou retroalimentação negativa é um dos mecanismos mais importantes para a manutenção da homeostase do nosso corpo, ou seja, para o equilíbrio interno. Esse mecanismo garante uma mudança contrária emrelação à alteração inicial, ou seja, produz respostas que reduzem o estímulo inicial.
Assim, caso uma variável apresente um valor abaixo ou acima do normal, o corpo tentará aumentar ou diminuir esse valor, respectivamente. As rotas hormonais, por exemplo, apresentam como principal regulação o feedback negativo.
Exemplos de feedback negativo: 
Ao perceberem que os níveis de dióxido de carbono aumentaram no organismo, os centros de controle da respiração, formados por circuitos neurais no bulbo, atuam mais efetivamente, garantindo um aumento da frequência respiratória. Dessa forma, ocorre uma maior eliminação do gás carbônico e, consequentemente, uma maior oxigenação do corpo, fazendo com que o organismo retorne à situação de equilíbrio. 
Outra situação que merece destaque é a regulação da quantidade de glicose no sangue. Um aumento ou uma redução exagerada nos níveis de açúcar pode desencadear problemas no organismo, por isso, é essencial manter os níveis dentro dos valores ideais. Quando nos alimentamos, a taxa de glicose no sangue aumenta, fazendo com que seja produzida mais insulina. Esse hormônio garante que as células absorvam glicose e armazenem seu excesso na forma de glicogênio, reduzindo, assim, os níveis de açúcar no sangue. Quando a redução dos níveis de glicose acontece, a insulina para de ser liberada. Quando os níveis de açúcar estão abaixo do normal, ocorre a secreção de glucagon. Esse hormônio, ao contrário da insulina, libera a glicose que está armazenada na forma de glicogênio, fazendo com que os níveis dessa substância aumentem no sangue. Assim, com o aumento dos níveis de glicose, a secreção de glucagon é interrompida.
Os hormônios produzidos pela glândula tireoide também são regulados pelo mecanismo de feedback negativo. Quando os níveis desses hormônios caem abaixo do nível normal, o hipotálamo secreta o TRH, que é levado até a adenoipófise, estimulando a produção de TSH. Como o TSH estimula a liberação de hormônios pela glândula tireoide, ocorre um aumento dos hormônios tireoidianos, bloqueando a liberação de TRH e, consequentemente, de TSH pela adenoipófise. 
Feedback positivo
O mecanismo de feedback positivo ou retroalimentação positiva ocorre em menor quantidade quando comparado ao mecanismo de feedback negativo. O feedback positivo, diferentemente do negativo, garante o aumento do estímulo que causa desequilíbrio, reforçando-o. Desse modo, nem sempre o feedback positivo é benéfico, desencadeando, em alguns casos, efeitos prejudiciais ao organismo.
Exemplos de feedback positivo
Apesar de ocorrer em menor quantidade que o negativo, o feedback positivo também apresenta papel importante no nosso corpo. Um dos exemplos mais conhecidos é o momento do parto. Quando o bebê está prestes a nascer, observa-se o estiramento do colo uterino, o qual estimula a liberação da ocitocina. Esse hormônio aumenta as contrações do útero, as quais aumentam o estiramento do colo uterino, desencadeando mais liberação de ocitocina. Nesse caso, o estímulo é reforçado, levando ao nascimento do bebê.
A retroalimentação positiva é também observada nas glândulas mamárias, que secretam leite em resposta à quantidade de ocitocina liberada. Quanto mais ocitocina, mais leite é produzido.
Como dito anteriormente, nem todos os exemplos de feedback positivo são benéficos. Quando há uma perda excessiva de sangue, por exemplo, pode ocorrer o comprometimento dos batimentos cardíacos. Com isso, verifica-se uma queda de pressão e uma redução na quantidade de sangue que chega ao coração, fazendo com que esse órgão enfraqueça e bombeie cada vez menos sangue. Nesse caso, ocorrerá a morte do indivíduo, porque, a cada momento, o coração ficará mais enfraquecido.
Qual é a diferença entre feedback positivo e negativo?
Tanto o feedback positivo quanto o negativo são extremamente importantes para o funcionamento adequado do nosso corpo. Entretanto, esses dois mecanismos apresentam diferenças. No feedback negativo, o corpo produz uma resposta que reduz o estímulo inicial, já no feedback positivo, a resposta reforça o estímulo. Esses dois mecanismos ocorrem em situações distintas, sendo o feedback negativo mais observado no organismo que o positivo.
Em resumo, no feedback negativo, o corpo produz uma resposta que reduz o estímulo inicial, já no feedback positivo, a resposta reforça o estímulo. Os mecanismos de controle da homeostase ocorrem normalmente por processos de feedback negativo, ou seja, processos que revertem a direção de uma determinada mudança. 
Se a pressão arterial está alta, por exemplo, diversas reações acontecem para que a pressão caia. Por meio dessas alterações, é possível controlar quando uma variável está em excesso ou deficiente no organismo.
Curiosidades 
Um corpo em homeostase tem uma grande capacidade de se regenerar. Pois um organismo em equilíbrio garante boa saúde. Dois fatores, entre vários outros, que interferem nesse equilíbrio são: comportamento e ambiente. A genética também, porém, pode ser influenciada pelos fatores já citados.  
Levar um estilo de vida que contribua com a saúde, evitando uso de substâncias nocivas ao organismo (ex.: álcool, cigarro, drogas), cultivando bons hábitos alimentares, atividade física e até a sua forma de enxergar a vida, pode contribuir muito para uma ótima saúde e bem-estar. 
REFERENCIAS
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Homeostase"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/homeostase.htm. Acesso em 15 de fevereiro de 2022.

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