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Estratégia de Distribuição, Matemática Financeira e Logística Integrada em uma Empresa

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57
 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................05
RESUMO ........................................................................................................06
ABSTRACT.....................................................................................................07
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..........................................................................08
2.1 Estratégias de Distribuição .......................................................................08
2.1.1 O que são estratégias de distribuição? .................................................08
2.1.2 Canais de Distribuição............................................................................09
2.1.3 Formas de Distribuição...........................................................................10
2.2 Matemática Financeira................................................................................12
2.2.1 História da Matemática Financeira...........................................................13
2.2.2 Conceitos básicos da Matemática Financeira .........................................14
2.2.3 Principais fórmulas da Matemática Financeira.........................................16
2.3 Logística Integrada .....................................................................................18
2.3.1 O que é Logística Integrada? ..................................................................18
2.3.2 Como ela é aplicada na prática? .............................................................19
2.3.3 Como funciona a Logística Integrada? ....................................................20
2.3.4 Qual a efetividade da Logística Integrada?..............................................22
2.3.5 Quais são os benefícios da logística integrada para a sua empresa? ...23
3 ESTUDO DE CASO .......................................................................................28
3.1 Descrição da Organização ..........................................................................28
3.2 História da Petrobras ..................................................................................29
3.3 Exploração de Petróleo ...............................................................................30
3.4 Pré-sal .........................................................................................................31
3.5 Importância da Petrobras para o Brasil ......................................................32
3.6 Petrobras e o Estado ..................................................................................33
3.7 Privatização da Petrobras ...........................................................................34
4 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO ............................................................35
O Sistema Petrobras .........................................................................................35
Importações, Exportações e Vendas Internacionais .........................................36
Distribuição .......................................................................................................37
Clientes e Concorrentes ...................................................................................39
Gás e Energia ...................................................................................................40
Distribuição .......................................................................................................42
Clientes e Concorrentes ...................................................................................43
5 MATEMÁTICA FINANCEIRA ........................................................................46
5.1 A política de dividendos da Petrobras ........................................................46
6 LOGÍSTICA INTEGRADA .............................................................................50
6.1 Refino, Transporte e Comercialização ........................................................50
6.2 Logística ......................................................................................................53
6.3 Gás e Energia .............................................................................................55
6.4 Logística .....................................................................................................55
6.5 Marketing e Vendas ....................................................................................56
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................58
INTRODUÇÃO
 A presente pesquisa tem como foco principal apresentar sobre os assuntos Estratégia de Distribuição, Matemática Financeira e Logística Integrada, com o intuito de expor as suas principais funções dentro de uma empresa no ramo de Logística, bem como mostrar a importância dessas atividades na Petrobrás, a maior empresa petrolífera do Brasil e uma das maiores do mundo.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo mostrar um estudo sobre a expansão da empresa Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobrás) e o sistema elaborado por essa organização para se tornar uma das maiores empresas petrolíferas a nível mundial, bem como a expor os seus métodos e técnicas para a produção e distribuição de petróleo, gás, energia e combustíveis.
 
Palavras-chave: Estratégia, Distribuição, Matemática, Integrada, Petróleo, Gás, Energia.
ABSTRACT
This work aims to show a study on the expansion of the company Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobrás) and the system developed by that organization to become one of the largest oil companies in the world, as well as to expose its methods and techniques for the production and distribution of oil, gas, energy and fuels.
Keywords: Strategy, Distribution, Mathematics, Integrated, Oil, Gas, Energy.
REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1 Estratégias de Distribuição
Quando uma empresa tem o conhecimento das estratégias de distribuição de seus produtos, ela consegue entender como se destacar no mercado com maior facilidade. 
O motivo para isso é o fato de que este tipo de experiência se tornará um diferencial para a sua companhia, elevando ainda mais a qualidade do serviço. 
Este tipo de plano pode funcionar em qualquer tipo de empresa, desde revendedoras de alimentos até as distribuidoras de medicamentos.
No entanto, para dominar todas essas técnicas é preciso estudar o mercado e tudo o que essa área engloba.
2.1.1 O que são estratégias de distribuição?
Segundo Wanke (2011, p. 256), “[...] [é] o desenvolvimento de um sistema que abranja todas as atividades, desde a saída da linha de produção até a entrega”.
É o caminho pelo qual os produtos vão do fabricante ao consumidor, e é composta pelo conjunto de organizações interdependentes que estão envolvidos nesse processo. Pode ser feita através de uma transação direta do fabricante para o cliente final, ou passar por vários intermediários, tal como, retalhistas, agentes, distribuidores, até chegar ao cliente final.
As estratégias de distribuição são aquelas que estudam e consideram a acessibilidade dos consumidores aos produtos e serviços fornecidos por uma empresa.
Com elas, o negócio tem a possibilidade de conquistar uma maior visibilidade e atrair mais clientes no médio e longo prazo.
Ou seja, ter o conhecimento dessas técnicas pode trazer os mais diferentes benefícios para a sua empresa.
No entanto, é preciso saber como usá-las, para que assim possa alcançar o que essas estratégias te propõem.
2.1.2 Canais de Distribuição
Os canais de distribuição são formados por brokers, representantes, atacadistas, distribuidores especializados e varejistas. O gerenciamento dos canais de marketing envolve vários tipos de decisão estratégica, desde a formulação da estratégia até a avaliação do desempenho dos membros do canal e gestão de conflitos (ROSEMBLOOM, 2002).
Apesar de haver diferenças entre os canais de distribuição devidoaos diferentes modelos de negócio e indústrias, existem três estruturas básicas de Canal de Distribuição:
Canal Direto: o produto vem do fabricante diretamente para o consumidor final.
Canal Indireto: o produto vem do fabricante e passa por intermediários (Retalhista, varejista, distribuidor) até chegar ao consumidor final. Estes canais tornam o produto mais caro para o cliente. O fabricante não tem controle sobre o canal de distribuição.
Canal Híbrido: é uma mistura entre os dois canais acima mencionados e o fabricante faz uma parceria com alguns intermediários. Aqui o fabricante controla o seu contato com os clientes.
2.1.3 Formas de Distribuição
As etapas do processo logístico são subdividas em duas: no gerenciamento de materiais, que é encarregado pelo suprimento da matéria-prima, enquanto que a distribuição física lida com os produtos acabados, prontos para serem despachados e/ou armazenados. (BALLOU, 1993).
O processo de distribuição assume na empresa um papel de grande significância, por estar diretamente associado a vários critérios determinantes para um bom desempenho do sistema, tais como: peso, volume, preço, lead time, escolha certa do modal de transporte, da equipagem de movimentação, da qualificação e quantidade do pessoal envolvido na operação, seguro, entre outros. (ALVES et al. s,d)
As organizações buscam diferenciais, querem gerar confiança e, dessa forma, atrair mais clientes e se manter competitivas no segmento em que atuam.
Um ponto importante para esses objetivos está em evitar atrasos na entrega. É a melhor forma de manter os negócios e os pontos de venda abastecidos e não comprometer os planos do consumidor.
Escolher o melhor canal de distribuição de produtos é essencial para uma estratégia de resultados, já que garante que o cliente receberá o produto que deseja da forma e no momento certo. Além disso, a forma como é feita a distribuição de produtos impacta em seu valor e torna a empresa competitiva.
Além disso, existem três formas de distribuição:
Distribuição Intensiva: o fabricante procura inserir o seu produto em muitos locais de venda de forma a alcançar o maior número de clientes. Estes produtos são produzidos em massa, por exemplo, bens de consumo alimentar. As equipes de vendas da empresa fazem todos os contactos comerciais para a distribuição dos produtos. A estratégia da empresa é tornar o produto visível para muitos clientes e divulgar a sua marca.
Distribuição Seletiva: é quando os produtos são distribuídos apenas para um número seleto de locais de venda. As marcas que usam esta estratégia vendem produtos premium. Existem acordos entre alguns varejistas onde colocam certas marcas concorrentes fora das suas prateleiras. Aqui o intermediário torna-se um consultor do cliente.
Distribuição Exclusiva: os fabricantes concordam em vender os seus produtos a distribuidores exclusivos para distingui-los como um item caro e de alta qualidade.
Esta atividade é executada por um representante de vendas. O intermediário leva os produtos da empresa a locais de venda específicos. O produto é vendido apenas em lojas exclusivas.
Esta estratégia é utilizada para produtos de luxo porque o que falta em quantidade de vendas compensa com preços altos. Os clientes que apreciam estes produtos costumam deslocar-se a longas distâncias apenas para assistir as suas apresentações.
Estes canais possuem pontos fortes e fracos, o gestor deve escolher o seu canal de distribuição de acordo com o seu tipo de produto, e verificar se está alinhado com a missão, visão e objetivos da empresa.
2.2 Matemática Financeira
Matemática financeira é o campo da matemática que estuda conceitos e ferramentas voltados para o universo monetário.
A matemática financeira é uma das áreas da matemática responsável por estudar fenômenos relacionados ao mundo financeiro. Trabalhar com dinheiro nem sempre é uma tarefa fácil, pois exige-se domínio de porcentagem, de conceitos importantes, de análise de gráficos. Por meio da porcentagem, do aumento, do desconto, do juros ou dos rendimentos, a matemática financeira traz ferramentas para lidar com situações-problemas que envolvem dinheiro.
Para a realização dos cálculos na matemática, existem fórmulas específicas para o juros composto e para o juros simples. Os conceitos básicos da matemática financeira são: capital, acréscimos, descontos, lucros, juros, taxa de juros e montante.[footnoteRef:1] [1: LUIZ, Robson. "Matemática financeira"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/matematica/matematica-financeira.htm. Acesso em 11 de abril de 2022.] 
Não sabemos ao certo quando surgiu a matemática financeira, porém seu desenvolvimento acompanha o desenvolvimento das civilizações. Desde as primeiras relações comerciais até a sociedade atual, o domínio da matemática financeira tem sido de fundamental importância para estabelecermos nossas relações financeiras, sendo uma ferramenta para a tomada de decisão nesse sentido.
Muitas vezes precisamos escolher entre o serviço A ou o serviço B, levando sempre em consideração a relação custo-benefício. Diante dessa realidade, a matemática financeira é uma grande viabilizadora de decisões mais coerentes com a realidade e o orçamento disponível. Nas relações comerciais e financeiras são muito comuns as expressões: lucro, desconto, prejuízo, rendimento, juros, entre outras.
A matemática financeira está presente desde uma simples compra na farmácia até em investimentos nas bolsas. O objetivo de educar-se financeiramente vai de encontro com o desejo de melhor qualidade de vida. Quando uma conta de água vem cara, tomamos a decisão de verificar se tem algum vazamento na casa ou de rever os gastos e economizar; quando queremos contratar um plano de internet, analisamos o preço e os benefícios oferecidos por diferentes serviços antes de realizarmos a compra. Desse modo, a matemática financeira está em grande parte de nossas vidas.[footnoteRef:2] [2: Em https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/matematica-financeira.htm acesso (11/04/2022);] 
2.2.1 História da Matemática Financeira
As antigas civilizações já se utilizavam da matemática para as atividades comerciais da época. Os sumérios realizavam empréstimos de sementes e o pagamento era feito com uma parte da colheita, uma forma de pagamento de juros. Na época não existia outra moeda de troca. As informações financeiras eram escritas em tábuas com dados como escrituras de vendas e notas promissórias. 
Muitos anos depois, muitos livros sobre o assunto produzidos no século XVII foram redescobertos no período do Renascimento. A aritmética de Treviso foi considerado o primeiro registro impresso de matemática financeira em 1478, quando apresentou aplicações e práticas do escambo.
Pierro Borghi publicou em 1484 a “Aritmética Comercial”, na Itália, fundamental para o desenvolvimento da matemática financeira por tratar de questões relacionadas ao comércio da época. As 17 edições da publicação, a última em 1557, mostram a importância desse legado. Outro destaque da época foi Filippo Calandri, que desenvolveu uma forma aritmética reconhecida como a primeira com problemas ilustrados.
Com o desenvolvimento do comércio e a comercialização de ouro e prata, muitos países criaram suas próprias moedas. Porém, as diferentes moedas entre os países causou problemas comerciais que foram solucionados com o surgimento dos cambistas.
Os cambistas eram responsáveis pela troca e comercialização entre as diferentes moedas e com o tempo passaram a emprestar e guardar dinheiro. O termo “banco” das instituições financeiras atuais faz referência aos cambistas que ficavam em bancos de madeira. 
A evolução da economia e, consequentemente, da matemática financeira, permitiu que muitas situações consideradas impossíveis de serem resolvidas, hoje podem ser solucionadas por meio de técnicas e ferramentas específicas.[footnoteRef:3] [3: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/matematica-financeira acesso (11/04/2022);
 Em https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/matematica-financeira.htmacesso (11/04/2022);
] 
2.2.2 Conceitos básicos da Matemática Financeira
Os principais conceitos da matemática financeira envolvem o conhecimento prévio sobre porcentagem; além de acréscimo, desconto, juros simples e juros compostos.
· Acréscimo
A ideia do acréscimo está associada a adicionar ou acrescentar parte do valor a seu valor original, ou seja, adicionamos uma porcentagem de determinado valor nele mesmo.
É o valor acrescentado de uma transação comercial em relação à taxa percentual do capital. O acréscimo ocorre devido às demandas do mercado de subir o preço de certos produtos e serviços, por uma série de fatores, e, muitas vezes, com o interesse de aumento do lucro ou de imposto, o acréscimo é utilizado também em investimentos de capital.[footnoteRef:4] [4: ] 
· Desconto
A ideia de desconto é similar à ideia de acréscimo, a única diferença é que, em vez de adicionar, devemos subtrair uma porcentagem do valor original.
É o valor retirado de uma transação comercial em relação à taxa percentual do capital. Geralmente o desconto é utilizado como meio de potencializar as vendas ou premiar clientes que pagam a conta em dia.[footnoteRef:5] [5: ] 
· Lucro
É o valor ganho em uma transação comercial, considerado como o rendimento positivo obtido por meio de uma negociação. É de utilidade para calcular-se o rendimento positivo em relação a uma venda, e também para calcular-se os ganhos diários ou mensais de uma empresa ou um de pequeno negócio.[footnoteRef:6] [6: Em https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/matematica-financeira.htm acesso (11/04/2022);
 Em https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/matematica-financeira.htm acesso (11/04/2022);
 Em https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/matematica-financeira.htm acesso (11/04/2022);
] 
· Taxa Percentual
É a unidade utilizada para representar partes de um todo. Serve para o cálculo do rendimento em porcentagem de ganhos e perdas de negociações. Para encontrarmos a taxa percentual, basta dividirmos o valor novo pelo valor de referência.[footnoteRef:7] [7: ] 
É muito utilizada para comparação de valores representando crescimento ou queda. Também chamada de razão centesimal ou percentual, significa “por cento”, que quer dizer uma determinada parte de cada 100 partes.
A porcentagem é representada pelo símbolo % (por cento), mas pode ser escrita também na forma de número decimal ou fração.
· Juros
São os rendimentos de aplicações de capitais num certo período ou o valor a ser pago pela utilização de recursos de terceiros. É a remuneração que o cobrador ganha por ter concedido o empréstimo. Os juros são classificados em simples e compostos. 
· Montante
É a soma do capital com o juros ou o dinheiro adquirido após uma transação. Para calcular-se o montante e o juros, existem fórmulas específicas. 
2.2.3 Principais fórmulas da Matemática Financeira
· Juros Simples
A ideia por trás do juros simples também é similar à ideia do acréscimo, a diferença entre eles é dada pelo período em que são calculados. Enquanto a taxa do acréscimo é aplicada uma vez, a do juros simples é calculada em um intervalo de tempo. Podemos calcular o juros simples de determinado capital C, aplicado à determinada taxa a regime de juros simples (i), em um determinado período de tempo t, pela fórmula:
J= C·i·t
J → juros
C → capital
i → taxa de juros
t → tempo
Há também uma fórmula que relaciona montante, juros e capital.
M = C + J
M → montante
C → capital
J → juros
A única preocupação que devemos ter em relação a problemas envolvendo juros simples é com as unidades de medida de taxa e tempo, elas devem sempre estar em unidades iguais.
· Juros Compostos
No juros simples, o valor da taxa de juros é sempre calculado em cima do capital inicial, a diferença entre esses dois sistemas (juros simples e compostos) está justamente nesse ponto, ou seja, na forma como a taxa é calculada. No juros composto, a taxa de juros é sempre calculada em cima do capital do mês anterior, isso faz com que o juros aumente de maneira exponencial seu valor. A fórmula para calcular-se o juros no sistema de amortização de juros compostos é dada por:
M = C · (1 + i)t
M → montante
C → capital
i → taxa de juros
t → tempo
Em que M é o montante acumulado, C é o valor do capital inicial, i é a taxa de juros dada em porcentagem, e t é o período no qual o capital ficou aplicado no sistema. Da mesma forma que no juros simples, no sistema de juros compostos, a taxa e o tempo devem ficar na mesma unidade.
2.3 Logística Integrada
De acordo com Jacobsen (2003), a logística integrada busca a aproximação não só do cliente (consumidor final) mas também de fornecedores. É um trabalho conjunto na promoção da qualidade, seja no produto que está vendendo, seja no atendimento que está recebendo.
Com o passar do tempo, os processos logísticos acabaram sofrendo modificações em sua formulação, assim como quaisquer outros dentro de uma empresa. Boa parte dessas mudanças se deram em razão dos avanços tecnológicos e também à necessidade de se adaptar às novas demandas do mercado, que, por sua vez, estão cada dia mais pautadas em agilidade, custos reduzidos, qualidade e boas experiências.
Tal contexto estimulou os avanços da logística para um novo modelo: o da logística integrada. Esse conceito, como veremos adiante, transformou a maneira como a logística se relaciona com outros setores, tanto internamente quanto fora da empresa.
2.3.1 O que é logística integrada?
De acordo com Coronado (2012), logística integrada é um processo com o qual se dirige de maneira estratégica a transferência e a armazenagem de materiais, componentes e produtos acabados, começando com os fornecedores, passando através das empresas, até chegar aos consumidores.
Durante muito tempo, o conceito de logística abarcava somente atividades relacionadas ao armazenamento e transporte de mercadorias. Contudo, com a evolução das necessidades do mercado, tal conceito se ampliou e, hoje, engloba muito mais variáveis dentro de um negócio.
Os gestores entenderam a necessidade de uma maior interação entre fornecedores, produtos, suprimentos e clientes. Sendo assim, com o auxílio da tecnologia, foi possível realizar essa interação.
Agora, fala-se em uma logística integrada, que trabalha em união com outras áreas, valendo-se de mais fatores para definir e desempenhar as suas atividades de uma forma mais ágil e eficiente.
Dessa forma, como o próprio nome induz, a logística integrada é a interação de todos os processos que a envolvem, desde a sua origem até a efetiva entrega do produto ao consumidor final. O resultado disso é uma gestão mais ampliada, na qual se permite um controle maior de todos os processos que se relacionam com a logística.
Por exemplo, hoje, as empresas podem ter informações precisas sobre as condições dos seus fornecedores, como estoque, transporte etc. Ou seja, podem se programar com mais eficiência para garantir que o processo logístico siga um fluxo contínuo.
2.3.2 Como ela é aplicada na prática?
Segundo Pires (2000), a logística integrada está baseada sob três visões principais, sendo a primeira a visão estratégica, que destaca a integração dos processos de abastecimento, de produção e de distribuição. A segunda visão é a gerencial, que remete ao comprometimento entre as gerências de logística, de marketing e de vendas. Em seqüência, tem-se a visão operacional, onde se estuda o relacionamento do setor de logística com o restante da cadeia de suprimentos e as relações entre as áreas operacionais.
Falar em logística integrada é falar de uma cadeia de atividades, em que cada uma tem a sua importância, mas, se somadas, compõem um sistema de grande relevância para a estratégia de negócios da empresa.
A comunicação é o cerne desse processo de integração, no qual o compartilhamento de informações é fundamental para uma tomada de decisão mais precisa e articulada.
Na prática, a logística integrada é uma das maneiras mais eficientes de garantir a disponibilidade dos serviços, agilidade das entregas e satisfação do consumidor. Porexemplo, o setor de estoque de uma empresa fornece informações ao setor de compras para avaliação da necessidade do que comprar.
Esse, por sua vez, repassa as informações para os fornecedores que comunicam sobre a disponibilidade do que a empresa necessita, bem como os prazos para entrega etc. Percebe como há uma cadeia integrada de comunicação?
2.3.3 Como funciona a logística integrada?
Segundo Bowersox (1999, p. 43), “a logística integrada é vista como a competência que vincula a empresa a seus clientes e fornecedores. O processo tem duas ações interrelacionadas: fluxo de materiais e fluxo de informações”.
Expressivamente, é possível determinar uma característica de integração por todo o processo o qual se associa à logística, desde a pré-produção até o ponto em que o produto é entregue ao cliente final.
Para isso, as empresas que almejam implementar a logística integrada precisam de um mecanismo capaz de realizar o controle em todo o fluxo logístico. Dessa forma será possível organizar toda essa série de tarefas.
Também, é preciso que se determine exatamente quem serão os responsáveis pelas várias atividades envolvidas, como nos campos de planejamento e implementação, e que controle terá cada etapa.
Assim, será possível proporcionar maior agilidade ao processo no caso de ocorrer algum imprevisto, a fim de evitar possíveis falhas.
Desse modo, com o objetivo de auxiliar no processo de inserção desse tipo de logística, podemos dividir o seu funcionamento nas seguintes áreas:
· Fluxo dos materiais
Essa é a área que vai atuar diretamente com a entrada e saída de matérias-primas e com sua gestão, a fim de evitar desperdícios e amenizar o máximo de perda de materiais.
Outra função que pertence a quem for lidar nesse setor da logística integrada é ter habilidade e técnica para saber negociar a melhor maneira de providenciar meios de transporte.
Além disso, é preciso garantir a qualidade em todo o processo, como a entrada e saída de mercadorias nos centros de armazenagem e a chegada da mercadoria ao consumidor final.
Outra peculiaridade muito importante para quem atua nessa área diz respeito ao convívio com os fornecedores, como saber acelerar todo o processo de produção.
Feita de acordo com o esperado e com eficiência nas empresas, essa função permite o controle do volume de produtos que necessitam ser mantidos nos centros de distribuição. O profissional responsável por esse setor deve fazer o controle do tempo de chegada dos itens para que não ocorra nenhum atraso.
· Circulação das matérias-primas
Trata-se das funções do profissional que será o encarregado por realizar tarefas ligadas ao deslocamento de matérias-primas e insumos capazes de acelerar toda a linha de produção.
Do mesmo modo que o fluxo de materiais, com controle dos desperdícios, evita-se possível falta de material para dar andamento ao processo produtivo. Isso envolve todo o processo de deslocamento dos materiais, bem como a ajuda para que eles cheguem até a área de expedição em ótima qualidade.
Esse profissional também fica responsável pelo tempo gasto em todo esse processo na logística, com o objetivo de que seja o mais eficiente possível e evite quaisquer atrasos.
· Transporte e distribuição
Nessa categoria ocorre a finalização de todo o processo. Aqui, o produto chega ao destino, tanto nos pontos de distribuição como nos pontos de vendas ao consumidor final. Ressalta-se que tudo deve estar dentro dos moldes exigidos de qualidade e valores competitivos.
Enfim, a logística integrada vem sendo bastante utilizada no momento em que as empresas precisam de maior agilidade nos processos quando envolvem grandes deslocamentos.
Além do mais, esse mecanismo pode ser explicado de modo bastante simples: listando todas as etapas da logística dentro da empresa, desde o início da produção, passando pelas vendas e, ao final, alcançando o consumidor.
2.3.4 Qual a efetividade da logística integrada?
Segundo Bowersox & Closs (1996), a efetiva avaliação da performance logistica e seus respectivos controles são necessários para alocar e monitorar os recursos. Conforme a competência logística proporciona a criação e manutenção de 'vantagens competitivas, mais um acuradc sistema de mensuração logístico cresce em importância, porque a diferença entre uma lucrativa e uma não lucrativa operação toma-se cada vez mais tênue.
Conseguir agilidade em distintos processos significa ter controle do fluxo logístico. Isso se traduz em organizar todas as atividades dos setores da empresa de modo simultâneo e otimizado, desde a origem da matéria-prima até o transporte e distribuição do item ao consumidor final.
Em síntese, a opção da logística integrada pela empresa propicia as seguintes vantagens:
· rapidez da área de produção;
· sistematização dos processos;
· credibilidade das Informações;
· diminuição de custos dos processos logísticos;
· minimização de desperdícios produtivos;
· ordenação de tempo de movimentação de itens;
· disposição e coordenação de todos os processos;
· organização eficaz e inteligente.
Com essa administração, o foco em aprimoramento deixa de estar apenas nos processos logísticos para otimizar os resultados de todos os momentos envolvidos, do empreendimento e da cadeia, de uma forma geral.
2.3.5 Quais são os benefícios da logística integrada para a sua empresa?
Segundo Martin Christopher (1997), o gerenciamento logístico, do ponto de vista de sistemas totais, é o meio pelo qual as necessidades dos clientes são satisfeitas através da coordenação dos fluxos de materiais e de informações que vão do mercado até a empresa, suas operações e, posteriormente, para seus fornecedores. A realização desta integração total exige uma orientação bastante diferente daquela tipicamente encontrada na organização convencional.
Inovar os processos logísticos, otimizar seus sistemas e o fluxo de trabalho são alguns exemplos de benefícios que uma logística integrada consegue proporcionar. No entanto, existem outros que merecem um certo destaque. Vejamos:
· Reduz custos operacionais
A possibilidade que o gestor tem de gerenciar todos os processos logísticos de maneira integrada viabiliza uma estruturação mais eficiente das fases de armazenagem, distribuição e circulação de produtos, evitando que qualquer uma delas sofra com falhas.
Essa visão estratégica, de maneira direta, permite um planejamento operacional a custos reduzidos, pois cria-se um ambiente mais eficiente e produtivo, no qual falhas e inconsistências são raros — o que afeta positivamente o nível de satisfação do cliente.
Além disso, a otimização proporcionada reduz os custos com desperdício de tempo, materiais e retrabalho da equipe.
· Aumenta a lucratividade
Ao arriscar nas melhores estratégias logísticas e diminuir os custos, especialmente os operacionais, é possível ampliar a lucratividade da sua empresa. Com a ajuda das tecnologias e o auxílio de um software de gestão, o trabalho das diferentes áreas envolvidas com a logística é melhorado, e cada uma das funções é exercida de forma pensada e articulada para disponibilizar as melhores condições para o caixa do seu negócio.
O método de produção — desde a fabricação até a entrega na casa do consumidor — seguido de perto pelo gestor proporciona melhora na qualidade do serviço oferecido. Desse modo, a busca pelos produtos de sua marca assim como as taxas de conversão aumentam. Dessa maneira, as perdas de produtos que voltavam caem, e os lucros sobem.
· Satisfaz os stakeholders
Stakeholder é um termo que indica fornecedores, funcionários e clientes. Levando em consideração que a estrutura logística estará melhor coordenada, o contentamento de todos os envolvidos com tais processos também se torna um fato.
A logística integrada viabiliza que sejam proporcionados preços adequados e atendimento aos clientes, uma vez que são reduzidos os custos dentro do negócio — conforme aumentam a produtividade e a eficiência na realização dos processos (e maior eficiência quer dizer prazos de entrega cumpridos de forma ágil).
· Torna os processos maiságeis
Um sistema de logística que trabalha de forma integrada com diferentes setores permite uma maior agilidade nos processos da sua empresa.
A comunicação estratégica entres todas as etapas da logística facilita significativamente a tomada de decisão, pois mais pessoas acabam se envolvendo, poupando tempo e melhorando a qualidade das decisões.
Além disso, toda essa integração permite uma maior previsibilidade de todas as etapas, o que torna possível a adaptação rápida a demandas repentinas de trabalho, por exemplo.
Em outras palavras, todos esses fatores contribuem para que os processos sigam um fluxo contínuo. Evitando interrupções por falta de informações vindas de outras etapas ou por falta de sincronia na cadeia logística.
· Gera uma vantagem competitiva
A empresa que possui uma cadeia logística precisa e eficiente, sem dúvida alguma, sai à frente na competição empresarial. Afinal, não é novidade para ninguém que os processos que envolvem o transporte de produtos é um dos mais valorizados pelo consumidor final.
Dessa forma, uma logística integrada, na qual a agilidade, confiabilidade e eficiência estão presentes, cria um diferencial competitivo altamente valioso diante daquelas empresas que continuam a trabalhar com os modelos logísticos tradicionais.
Atualmente, o cliente preza e demanda por entregas rápidas. Ele quer ter seus produtos entregues a tempo, no prazo estipulado e, ainda, quer pagar um preço justo. Tudo isso é atingível por meio de uma logística integrada. Daí o motivo de dizermos que ela é um grande diferencial competitivo.
· Diminui os riscos
Outro benefício da logística integrada é a diminuição dos riscos comuns aos processos de controle, movimentação, armazenamento e distribuição de mercadorias. Como a logística integrada equivale a um planejamento sistêmico — ou seja, à constituição de um sistema de controle e gerenciamento —, quaisquer operações e dados estarão adequadamente interligados entre si.
A associação dos processos permite um controle mais objetivo e seguro, de modo a alcançar o fim a que se sugere. O reconhecimento de falhas é bem mais preciso, bem como a antecipação de erros e riscos — e, como se sabe, a opção de métodos preventivos é muito mais eficaz do que aguardar os erros ocorrerem para proceder com correções.
A administração de riscos ocorridos pela aplicação da logística integrada traduz-se, em suma, de três maneiras:
· reconhecimento das falhas já existentes e emprego de medidas corretivas ulteriores;
· antecipação da possibilidade de riscos e adoção de técnicas preventivas para reduzir os riscos;
· visualização de circunstâncias e desenvolvimento de métodos eficazes para solucioná-los se vierem acontecer.
Diminuir riscos é uma grande vantagem competitiva, considerando que os riscos ocasionam perdas de todas as formas, incluindo de produtividade, financeiras, materiais e de clientes.
· Otimiza a gestão
Integrar toda a cadeia de processos logísticos torna a gestão da logística muito menos complexa. O gerente acaba tendo um controle maior sobre as informações e, de maneira geral, sobre tudo aquilo que é importante para o seu trabalho. Isso facilita a tomada de decisão e a identificação da necessidade de alguma intervenção.
Além disso, a melhora na comunicação entre os envolvidos facilita a dinâmica do trabalho e o seu acompanhamento, pois permite que o gestor saiba exatamente onde deve intervir e a quem se reportar, caso algum problema seja identificado.
3 ESTUDO DE CASO
A Petrobras é uma empresa estatal brasileira que atua principalmente na exploração e produção de petróleo e seus derivados e de gás natural. A empresa foi fundada no ano de 1953, no segundo governo de Getúlio Vargas, e deu início às suas atividades em 1954.
Um dos marcos da história do petróleo no Brasil foi a descoberta da camada do pré-sal entre os litorais de Santa Catarina e Espírito Santo, o que ampliou rapidamente a produção da Petrobras e colocou a empresa em posição de destaque no cenário internacional. Além das contribuições para o setor tecnológico petroquímico, a Petrobras é uma grande atratora de investimentos estrangeiros e geradora de empregos.
3.1 Descrição da Organização
A Petrobras é uma empresa petrolífera brasileira. Ela se dedica à exploração, produção, refino, transporte e comercialização de petróleo e seus derivados, além do gás natural. A empresa está presente também no setor energético, atuando na geração de energia termelétrica e por meio de fontes renováveis, bem como no segmento gás-químico e de biocombustíveis|1|.
Além disso, a Petrobras atua no setor de pesquisa e no desenvolvimento tecnológico voltado, sobretudo, para a exploração petrolífera. Nesse sentido, a empresa se destaca internacionalmente na exploração de petróleo em águas profundas e ultraprofundas.
A sede da Petrobras está localizada na cidade do Rio de Janeiro.
3.2 História da Petrobras
A Petrobras foi fundada no dia 3 de outubro de 1953, no segundo governo do presidente Getúlio Vargas. A criação da empresa Petróleo Brasileiro S.A. está vinculada ao texto da lei nº 2004, que dispõe sobre a Política Nacional do Petróleo, determinando o monopólio brasileiro sobre as atividades ligadas à pesquisa, à exploração, ao refino e ao transporte da matéria-prima.
Além da atuação por meio do Conselho Nacional do Petróleo, ficou estabelecido que o monopólio da União seria exercido também por meio da Petrobras. Até que se chegasse à criação da empresa, na década de 1950, houve uma série de debates nas esferas política e civil a respeito da exploração petrolífera no Brasil e dos agentes aos quais essa atividade seria atribuída.
O governo do presidente Gaspar Dutra, que antecedeu o retorno de Vargas ao poder, era favorável à inclusão de empresas estrangeiras privadas no projeto de exploração de petróleo no país. Em 1948, foi lançado o Estatuto do Petróleo, que procurou regulamentar essa atividade, mas o documento acabou sendo arquivado pouco tempo depois.
O grupo nacionalista, que, ao contrário, era defensor do monopólio estatal do petróleo, criou a Campanha do Petróleo, que ficou conhecida pela frase “O petróleo é nosso”. A campanha obteve amplo apoio de diversos setores, o que conduziu ao desenvolvimento da lei de 1953, que estabelecia, entre outros, a criação da Petrobras
A empresa iniciou oficialmente as suas atividades em 10 de maio de 1954.
3.3 Exploração de Petróleo
A exploração de petróleo consiste na principal atividade desempenhada pela Petrobras. Essa fase diz respeito às descobertas e à análise de características geológicas da área onde será efetivada a extração da matéria-prima. Por isso, envolve o levantamento de uma série de dados, pesquisas correlacionadas e avaliações, compreendendo também perfurações e a avaliação química do material.
A atividade exploratória da Petrobras acontece principalmente em oito bacias sedimentares, que se localizam na plataforma continental brasileira, e duas bacias terrestres. Entre estas se encontra a Bacia do Recôncavo, na Bahia, área onde foi descoberto o primeiro campo comercial no Brasil, antes mesmo do surgimento da Petrobras, em 1941.
Alguns anos mais tarde, em 1968, a empresa deu início à sua exploração na plataforma continental, o que aconteceu na área da Bacia de Sergipe e Alagoas. O primeiro campo nessa área foi descoberto no ano seguinte.
Outro evento importante para a exploração de petróleo no Brasil aconteceu em 1974, com a descoberta da Bacia de Campos, entre os litorais do Rio de Janeiro e Espírito Santo. De acordo com os dados Petrobras, essa área é responsável atualmente por 80% da produção de petróleo do Brasil.
O aperfeiçoamento tecnológico, sobretudo com as operações em águas profundas na Bacia de Campos, e os investimentos contínuos em pesquisas no setor exploratório resultaram na descoberta de grandes reservas de petróleo na camada do pré-sal, em 2006. Esse fato deu início a uma nova fase exploratória e produtiva de petróleo no Brasil, e alçou a Petrobras a uma posição de pioneirismo em matéria de tecnologiaspara grandes profundidades.
3.4 Pré-sal
O pré-sal é um reservatório de petróleo encontrado na plataforma continental brasileira, estendendo-se por 800 km entre o litoral de Santa Catarina e do Espírito Santo, abrangendo, assim, três bacias sedimentares: Bacia de Santos, Bacia de Campos e Bacia do Espírito Santo.
A camada do pré-sal fica a uma profundidade de aproximadamente sete mil metros, e recebe esse nome por estar localizada abaixo de uma espessa camada de sal de dois mil metros.
As reservas petrolíferas de elevada qualidade do pré-sal foram formadas, no decorrer de mais de 150 milhões de anos, como fruto do processo de separação dos continentes africano e americano e da abertura dos oceanos, que resultou na deposição de matéria orgânica e rochas sedimentares.
A descoberta dessa camada foi anunciada pela Petrobras em 2006. A primeira extração de óleo da região foi realizada em 2008, e as atividades tiveram início gradativamente até 2010, quando se efetivaram as operações. Nesse ano, a produção era de 41 mil barris de petróleos por dia. Esse número escalou para 500 mil em 2014 e chegou à marca de 1 milhão em 2016. Os dados da Petrobras para 2018 indicam que a produção do pré-sal é atualmente de 1,5 milhão de barris diários.
A produção do pré-sal em 2020 foi equivalente a 66% da produção de petróleo e gás natural da Petrobras. Com a descoberta desse reservatório, diz-se que país atingiu a sua autossuficiência em petróleo.
3.5 Importância da Petrobras para o Brasil
A Petrobras é uma das maiores empresas estatais brasileiras, e, em função disso, desempenha um importante papel na economia do país e em diversos outros setores ligados às atividades desenvolvidas pela companhia. Para termos uma ideia do peso que a atuação da Petrobras possui no setor interno, dados de 2014 mostram que as atividades da empresa foram as principais responsáveis pelo setor de petróleo e gás representar uma parcela de 13% do PIB do país|2|.
A aceleração da produção e do crescimento pela qual a estatal passou nas últimas duas décadas, em especial a partir da exploração das reservas do pré-sal, proporcionou a maior atração de investimentos para a cadeia produtiva do petróleo e seus derivados.
A contribuição da empresa se estende, ainda, para a pesquisa e para o desenvolvimento tecnológico na exploração e produção do setor petroquímico nacional, destacando-se as tecnologias pioneiras utilizadas para a exploração de petróleo em grandes profundidades.
A Petrobras é responsável pela geração de um grande número de empregos de forma direta em suas instalações e atividades, e indireta em setores produtivos ou empresas que dependem, de alguma forma, da produção de petróleo e combustível. Além do mais, parte dos valores gerados pela produção e exploração retornam na forma de royalties para a União, estados e municípios.
Pode-se dizer que a própria produção de petróleo coloca o Brasil em uma posição privilegiada e ao mesmo tempo estratégica no cenário mundial, tendo em vista o grande valor geopolítico desse recurso.
3.6 Petrobras e o Estado
A Petrobras é uma empresa estatal de economia mista. Isso significa que se trata de uma empresa pública de capital aberto, com participação de outras empresas privadas e do Estado, sendo este o detentor da maior parte das ações.
Conforme vimos, a lei que criou a Petrobras determinou o monopólio do Estado sobre as atividades desenvolvidas na cadeia produtiva do petróleo. No ano de 1997, por meio da promulgação da Lei do Petróleo (lei nº 9.478), houve a revogação da exclusividade da Petrobras sobre a pesquisa, a exploração, a produção, o refino e o transporte de petróleo brasileiro, permitindo também a atuação de empresas estrangeiras e privadas.
Pelo mesmo dispositivo, foi criada a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que faz a regulação dos serviços referentes à exploração e produção. Essa agência é a responsável pelas licitações para a exploração de petróleo e gás pelas empresas privadas e estrangeiras no Brasil.
Não obstante as discussões que se levantam em torno da venda da Petrobras para a iniciativa privada, a empresa se mantém até o presente com o Estado brasileiro como acionista majoritário.
3.7 Privatização da Petrobras
O processo de privatização de uma empresa consiste na venda de uma empresa estatal, do setor público, para a iniciativa privada. As discussões a respeito da privatização da Petrobras não são recentes, e, de tempos em tempos, suscitadas pelas conjunturas econômica e política do país e por questões ligadas à própria empresa, como dívidas e escândalos políticos, elas se reascendem e atraem opiniões contrárias e favoráveis à privatização.
Os principais argumentos de ambos os lados levam em conta a lucratividade da empresa, a capacidade e eficácia de gestão do setor privado versus do Estado, e as prioridades e atribuições do Estado perante o mercado e a sociedade. Conforme apontamos anteriormente, a empresa não foi privatizada e continua sendo estatal.
Para que empresas privadas possam executar serviços de exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil, foram estabelecidos os regimes de concessão e partilha e concessão onerosa.
4 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO
4.1 O Sistema Petrobras
Somos uma empresa brasileira com 45.532 empregados (incluindo subsidiárias no Brasil e no exterior) comprometida em ser a melhor empresa de energia na geração de valor, com foco em óleo e gás, sustentabilidade, segurança e respeito às pessoas e ao meio ambiente. Somos uma das maiores empresas
em valor de mercado da América Latina, com valor de mercado de US$ 69,2 bilhões em 31 de dezembro de 2021. Somos um dos maiores produtores de óleo e gás do mundo, atuando principalmente na exploração e produção, refino, comercialização e geração de energia. Temos uma grande base de reservas provadas e adquirimos experiência em exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas desde que começamos a explorar bacias offshore brasileiras décadas atrás, após nosso primeiro poço submarino na Bacia de Campos em 1971.
Temos uma grande base de reservas provadas e operamos e produzimos a maior parte do petróleo e gás do Brasil. A maioria de nossas reservas provadas está localizada nas bacias offshore adjacentes de Campos e Santos, no sudeste do Brasil. Sua proximidade nos permite otimizar nossa infraestrutura e limitar nossos
custos de exploração, desenvolvimento e produção. Espera-se que as Bacias de Campos e Santos continuem a ser a principal fonte de nosso crescimento futuro em reservas provadas e produção de petróleo e gás. Nosso negócio, no entanto, vai além da exploração e produção de petróleo e gás. Trata-se de um longo
processo pelo qual levamos petróleo e gás para nossas refinarias e unidades de tratamento de gás que estão em constante evolução para fornecer os melhores produtos. Operamos a maior parte da capacidade de refino no Brasil. Nossa capacidade de refino está substancialmente concentrada no sudeste do Brasil, nos mercados mais populosos e industrializados do país e adjacente às fontes da maior parte do nosso petróleo bruto nas Bacias de Campos e Santos. Atendemos nossa demanda por derivados de petróleo por meio de uma combinação planejada de refino doméstico de petróleo bruto e importação de derivados, buscando a criação de valor. Também estamos envolvidos na produção de produtos petroquímicos por meio de participações em algumas empresas. Distribuímos derivados de petróleo por meio de atacadistas e varejistas. Também participamos do mercado brasileiro de gás natural, incluindo logística, distribuição e processamento de gás natural.
Para atender à demanda doméstica, processamos gás natural derivado de nossa produção onshore e offshore (principalmente de campos nas Bacias de Campos, Espírito Santo e Santos), importamos gás natural da Bolívia e importamos gás natural liquefeito (“GNL”) por meio de nossos terminais de regaseificação. Também participamos do mercado doméstico de energia principalmente por meio de nossosinvestimentos em usinas termelétricas a gás, óleo combustível e diesel.
4.4 Importações, Exportações e Vendas Internacionais
Nossas importações e exportações de petróleo e derivados são impulsionadas por fatores econômicos que envolvem nosso refino doméstico, os níveis de demanda brasileira e os preços internacionais. A maior parte do petróleo bruto que produzimos no Brasil é classificada como densidade API média. Importamos algum petróleo bruto leve para equilibrar o quadro de nossas refinarias e exportamos principalmente petróleo bruto médio de nossa produção no Brasil. Além disso, continuamos a importar derivados de petróleo para cumprir nossos contratos, a fim de equilibrar qualquer déficit entre a produção de nossas refinarias brasileiras e a demanda do mercado para cada produto.
Em 2021, as exportações líquidas diminuíram 299 bbl/d, atingindo 444 bbl/d. Esta diminuição resultou principalmente da redução das exportações de petróleo bruto e do aumento das importações de diesel.
Nossas atividades de comercialização de petróleo bruto, derivados de petróleo e GNL visam atender às nossas demandas internas ou potenciais oportunidades de negócios identificadas por nossas equipes comerciais, buscando otimizar as operações de compra e venda nos mercados brasileiro e global, bem como as operações offshore.
Nossas atividades de comercialização de petróleo bruto, derivados de petróleo e GNL visam atender às nossas demandas internas ou potenciais oportunidades de negócios identificadas por nossas equipes comerciais, buscando otimizar as operações de compra e venda nos mercados brasileiro e global, bem como as operações offshore.
As equipes de comércio internacional estão baseadas nos principais centros comerciais globais de petróleo e derivados, como Houston, Cingapura e Rotterdam, e são compostas por petróleo bruto e comerciantes de produtos, transportadores e operadores de suporte.
4.5 Distribuição
Vendemos nossos derivados de petróleo para várias empresas de distribuição no Brasil. Até julho de 2019, tínhamos 71,25% de participação na BR Distribuidora, uma das maiores distribuidoras do país. Como resultado de uma oferta pública secundária (follow-on) encerrada em julho de 2019, passamos a deter uma participação de 37,5% na BR Distribuidora em 31 de dezembro de 2020. 
Em julho de 2021, concluímos a venda de toda a nossa participação remanescente na BR Distribuidora, deixando o setor de distribuição no Brasil. Após a venda, a BR Distribuidora mudou sua razão social para Vibra Energia S.A. (“Vibra”). 
Mesmo após concretizar a venda de nossa participação acionária na Vibra, continuamos detentores das principais marcas por ela utilizadas, incluindo aquelas que identificam postos, combustíveis, programa de fidelidade, segmentos de aviação e programa de certificação, entre outras. Um contrato de licença de marca registrada de 10 anos está em vigor e concede à Vibra uma licença não exclusiva, paga e temporária sobre certas marcas registradas, incluindo, mas não se limitando a “Petrobras,” “Petrobras Podium,” “Petrobras Premmia,” “De Olho no Combustível,” “BR Aviation” e “Petrobras Grid.” 
O contrato de licença de marca foi renegociado em 2019 e alterado em junho de 2021 para incorporar as mudanças necessárias para ambas as empresas. O contrato termina em junho de 2029 e é renovável por um período adicional de 10 anos, mediante acordo entre as partes. 
Nos termos deste contrato, a licença é concedida exclusivamente aos segmentos de estações de serviço e aviação, para os quais a Vibra usará exclusivamente as marcas por nós licenciadas. Enquanto isso, durante a vigência do contrato de licença de marca, nos comprometemos a não operar no setor de postos em todo o território brasileiro. A definição de uma "estação de serviço" nos termos deste contrato é qualquer instalação onde produtos e serviços de petróleo e gás e/ou serviços relacionados a quaisquer outras fontes de energia (renováveis ou não) destinados a alimentar veículos automotores e embarcações são oferecidos à Empresa para o Público consumidor (ou B2C), incluindo lojas de conveniência.
Também participamos do setor de varejo em outros países da América do Sul, como segue:
· Colômbia: Nossas operações por meio da Petrobras Colombia Combustibles S.A. (PECOCO) incluem 125 postos de serviço e uma fábrica de lubrificantes com capacidade de produção de 54.000 m3/ano. Em junho de 2020, anunciamos a fase vinculante do processo de desinvestimento da PECOCO;
· Uruguai: Até fevereiro de 2021, nossas operações incluíam 88 postos de atendimento. Em fevereiro de 2021, vendemos nossa participação na Petrobras Uruguay Distribución S.A. (PUDSA) e encerramos as operações de distribuição neste país.
· Chile: Após a venda de nossas operações de distribuição no Chile, concluída em janeiro de 2017, celebramos um contrato de licenciamento de marca no país, pelo prazo inicial de oito anos. Para operar nossos ativos adquiridos no Chile, a Southern Cross criou a Esmax, uma empresa que atua como nossa licenciada no segmento de distribuição de combustíveis;
· Paraguai: Após a venda de nossas operações de distribuição no Paraguai, concluída em março de 2019, celebramos um contrato de licenciamento de marca no Paraguai. Nossas operações foram vendidas para a Paraguay Energy, uma subsidiária do Grupo Copetrol. O contrato de venda também incluiu o licenciamento do uso exclusivo de nossas marcas pela Nextar (sucessora da Petrobras Paraguay Operaciones y Logística SRL) em postos no Paraguai, pelo prazo inicial de cinco anos.
4.6 Clientes e Concorrentes
Interagimos com cerca de 470 clientes no Brasil, no que diz respeito aos derivados líquidos, sete dos quais respondem por 67% do volume total comercializado.
	
A comercialização de derivados de petróleo para as distribuidoras é realizada por meio de contratos firmados de acordo com a regulamentação da ANP.
Oferecemos uma plataforma comercial virtual, denominada Canal Cliente, para empresas do mercado brasileiro. A plataforma funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. Por meio dessa plataforma online, os clientes podem fazer pedidos de produtos, agendar saques e acompanhar todo o processo do negócio até a fase de pagamento. 
De acordo com informações fornecidas pela ANP, temos uma participação dominante no mercado brasileiro de refino. Possuímos e operamos 12 refinarias no Brasil e uma unidade de industrialização de xisto (“SIX”). A SIX é apresentada na seção Industrialização de Xisto deste relatório anual.
Em junho de 2019, firmamos um compromisso com o CADE que consolida o entendimento entre as partes sobre a efetivação do desinvestimento de ativos de refino e SIX no Brasil. 
Com relação à comercialização de derivados de petróleo no mercado brasileiro, enfrentamos concorrência de importadores, formuladores, outros produtores nacionais e unidades petroquímicas. Em 2021, nossa participação nos mercados de diesel e gasolina aumentou em relação ao ano anterior, principalmente devido a ações comerciais.
4.7 Gás e Energia
Processamos o gás produzido em nossos campos de petróleo em nossas unidades de processamento de gás natural (“UPGNs”) que têm capacidade para tratar 103,6 milhões de m³/d de gás natural no Brasil.
Comercializamos esse gás natural, juntamente com o gás importado da Bolívia e o GNL adquirido no mercado global, para diversos consumidores e para as usinas termelétricas.
Também atuamos na geração e comercialização de energia elétrica por meio de usinas termelétricas movidas a gás natural, diesel e óleo combustível.
Nosso segmento de Gás e Energia compreende o processamento, transporte e distribuição de gás, regaseificação de GNL (estados do Ceará, da Bahia e do Rio de Janeiro), geração de energia a gás, a óleo diesel e bicombustível.
A estratégia do segmento de gás e energia é:
· Atuar de forma competitiva na comercialização do seu próprio gás e retirar-se totalmente da distribuição e transporte de gás.
· Otimizar o portfólio termelétrico com foco no autoconsumo e comercializaçãodo gás próprio.
4.10 Distribuição
Os distribuidores fornecem gás por meio de suas redes de distribuição para consumidores comerciais, residências, indústrias, veículos e termelétricas.
Detemos 51% de participação na Gaspetro, holding que, em março de 2022, consolida nossa participação acionária em 18 das 27 distribuidoras estaduais de gás natural. A Mitsui detém os 49% restantes. Em abril de 2021, anunciamos a venda da participação da Gaspetro em uma dessas distribuidoras (GASMAR) para a Termogás S.A., que ocorreu em fevereiro de 2022. Seguindo nosso compromisso com o CADE, em julho de 2021, assinamos a venda de nossa participação na Gaspetro para a Compass Gás e Energia S.A. A conclusão da venda está condicionada à aprovação do CADE. Uma vez concluída a venda, deixaremos de exercer atividades no setor de distribuição de gás.
Em 2021, do total de 38,49 m³/d de gás comercializado para distribuidoras, 39% foram distribuídos por distribuidoras cuja participação é parcialmente detida pela Gaspetro.
4.12 Clientes e Concorrentes
O gás natural é comercializado para 21 clientes, a maioria distribuidores. Toda a demanda de gás natural inclui nossos mercados não termelétricos, termelétricos, refino e fertilizantes, bem como o consumo das transportadoras de gás natural por nós contratadas para a prestação de serviços de transporte.
No segmento de energia, atuamos no mercado regulado (distribuidoras de energia) e no mercado livre (comerciantes e consumidores livres/grandes consumidores). Contamos com 133 clientes e fornecedores, sendo 35 distribuidores, 28 comercializadores, 14 geradores e 56 consumidores livres. Todos os contratos são registrados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, agente do setor responsável pela liquidação e contabilização desses contratos.
Na comercialização de gás natural, atuamos como importadores e produtores nacionais que podem vender nosso produto diretamente às distribuidoras ou termelétricas. Esperamos um aumento da concorrência devido ao novo regulamento em discussão que visa melhorar o enquadramento regulatório do setor de gás natural e estabelecer diretrizes para um novo formato de mercado que permita a entrada de novos agentes no setor, de forma a promover a concorrência.
O transporte de gás natural também constitui monopólio do Governo Federal Brasileiro e pode ser exercido mediante concessão ou autorização de empresas constituídas de acordo com a legislação brasileira, com sede e administração no país.
No segmento de distribuição de gás natural, atuamos por meio de participação indireta em empresas estaduais, onde cada distribuidora detém o monopólio de sua área de concessão, e não há concorrência, uma vez que a constituição federal brasileira prevê que o segmento de distribuição de gás natural só pode ser exercido por meio de concessão pelo poder público de cada estado. 
Concluímos a transição para novos contratos de venda de gás natural para distribuidoras locais em que os preços da molécula passaram a estar atrelados à variação do preço do petróleo Brent, substituindo a cesta
de cotações internacionais de petróleos combustíveis que até então prevaleceu. Esta melhoria trouxe maior transparência à atualização dos preços contratuais e permitiu que os preços de venda respondessem mais rapidamente às referências internacionais, tornando-os mais competitivos, conforme observado no ano de
2020. 
Em 2021, principalmente no primeiro trimestre, algumas distribuidoras locais declararam força maior em seus respectivos contratos de compra de gás, devido a uma segunda onda da pandemia de Covid-19. Os efeitos dessas declarações terminaram em maio de 2021. 
Adicionalmente, em 2021, o mercado de GNL apresentou um cenário global em que os preços do GNL aumentaram acentuadamente devido principalmente à recuperação da demanda global. A importação de GNL é indispensável para cumprir os compromissos assumidos com o mercado. 
As empresas de distribuição locais lançaram chamadas públicas para compra de gás a partir de 2022. Oferecemos a essas distribuidoras produtos com prazos de seis meses, um ano, dois anos e quatro anos e mecanismos contratuais para reduzir a volatilidade de preços, como indexadores de referência vinculados
a GNL e Brent, opções de parcelamento e possibilidade de redução de volumes em prazos mais longos contratos.
Embora tenhamos oferecido essas possibilidades contratuais para empresas de distribuição locais, em dezembro de 2021 algumas liminares foram impetradas para manter nosso fornecimento de gás natural a um preço reduzido a partir de 2022.
Obtivemos a suspensão de decisão preliminar do fornecimento de gás natural para a Ceara Gás (CEGAS). Continuamos recorrendo de todas as demais decisões preliminares. 
No segmento de energia, atuamos na geração e comercialização. Na geração, competimos com usinas termelétricas de terceiros, bem como outros geradores com outras fontes de energia (hidrelétrica, eólica, solar). Em termos de comercialização, competimos com outros comerciantes de energia.
5 MATEMÁTICA FINANCEIRA
A matemática financeira está presente na maioria das áreas da Petrobras. A seguir veremos alguns casos onde ela é empregada na empresa pesquisada.
5.1 A política de dividendos da Petrobras
A Petrobras possui dividendos mínimos obrigatórios correspondentes a 25% do Lucro Líquido Ajustado. Além disso, as ações preferenciais tem direito a um dividendo mínimo, de 5% (cinco por cento) calculado sobre a parte do capital representada por essa espécie de ações, ou de 3% (três por cento) do valor do patrimônio líquido da ação – prevalecendo sempre o maior.
Além disso, a Política de Remuneração aos Acionistas da Companhia prevê que quando o endividamento bruto, incluindo os compromissos relacionados a arrendamentos mercantis, for superior a US$ 60 bilhões, a Companhia poderá distribuir aos seus acionistas os dividendos mínimos obrigatórios previstos em lei e no Estatuto Social, mencionados acima.
Quando o endividamento bruto, incluindo os compromissos relacionados a arrendamentos mercantis, for inferior a US$ 60 bilhões, a Companhia poderá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos: Remuneração = 60% x (FCO – CAPEX). Nessa fórmula não são considerados como CAPEX: (a) os recursos provenientes da venda de ativos; (b) os pagamentos na participação das rodadas de licitação para exploração e produção de petróleo e gás natural; e (c) pagamentos referentes a aquisição de empresas ou participações societárias.[footnoteRef:8] [8: Petrobras https://www.investidorpetrobras.com.br/servicos-ao-investidor/investidor-individual/perguntas-frequentes/ em 11/04/2022] 
Além da política de dividendos, a Petrobras possui títulos emitidos pela Petrobras Global Finance BV, que faz parte do conglomerado da Petrobras e é garantido por ela.
Vejamos abaixo um exemplo da discriminação de um relatório de dívidas/créditos desses títulos que foram e/ou serão resgatados. Esses relatórios compreendem um período, em média, de 3 a 4 anos de títulos emitidos a 10 anos antes.
(Fonte https://www.investidorpetrobras.com.br/acoes-dividendos-e-dividas/dividas/ )
Logo no cabeçalho do documento, nos traz informações sobre quais títulos, taxas percentuais, datas de vencimento, valores, etc. serão tratadas, conforme transcrição de trecho:
Petrobras Global Finance BV
Incondicionalmente garantido por
Petróleo Brasileiro SA—Petrobras
(Corporação Brasileira de Petróleo—Petrobras)
US$ 1.600.000.000Notas Globais de 3,250% com vencimento em 2017
US$ 1.500.000.000 Notas Globais de 4,875% com vencimento em 2020
US$ 2.500.000.000 Notas Globais de 6,250% com vencimento em 2024
US$ 1.000.000.000 Notas Globais de 7,250% com vencimento em 2044
Notas Globais de Taxa Flutuante de US$ 1.400.000.000 com vencimento em 2017
Notas Globais de Taxa Flutuante de US$ 500.000.000 com vencimento em 2020
 
 
As Notas Globais de 3,250% com vencimento em 2017 (as "Notas de 2017"), as Notas Globais de 4,875% com vencimento em 2020 (as"Notas de 2020"), as Notas Globais de 6,250% com vencimento em 2024 (as "Notas de 2024"), as Notas Globais de 7,250% com vencimento em 2044 (as "Notas 2044" e, juntamente com as Notas 2017, Notas 2020 e Notas 2024, as "Notas de taxa fixa"), as Notas globais de taxa flutuante com vencimento em 2017 (as "Notas de taxa flutuante de 2017") e as Notas globais de taxa flutuante Notas com vencimento em 2020 (as “2020 Floating Rate Notes” e, juntamente com as 2017 Floating Rate Notes, as “Floating Rate Notes”) (cada uma “série” e coletivamente as “notes”) são obrigações gerais, não garantidas e não subordinadas da Petrobras Global Finance BV, ou “PGF”, uma subsidiária integral da Petróleo Brasileiro SA-Petrobras, ou “Petrobras”. As notas serão garantidas incondicional e irrevogavelmente pela Petrobras. As Notas 2017 vencerão em 17 de março de 2017, e incidirão juros à taxa de 3,250% ao ano. Os juros das Notas 2017 são devidos em 17 de março e 17 de setembro de cada ano, com início em 17 de setembro de 2014. As Notas 2020 vencerão em 17 de março de 2020 e incidem juros à taxa de 4,875% ao ano. Os juros das Notas 2020 são devidos em 17 de março e 17 de setembro de cada ano, com início em 17 de setembro de 2014. As Notas 2024 vencerão em 17 de março de 2024 e incidem juros à taxa de 6,250% ao ano. Os juros das Notas 2024 são devidos em 17 de março e 17 de setembro de cada ano, com início em 17 de setembro de 2014. As Notas 2044 vencerão em 17 de março de 2044 e incidem juros à taxa de 7,250% ao ano. Os juros das Notas 2044 são devidos em 17 de março e 17 de setembro de cada ano, com início em 17 de setembro de 2014. 
(Fonte https://www.sec.gov/Archives/edgar/data/1119639/000129281414000545/pbra20140310_424b2.htm )
Em um dos quadros do citado documento, nos traz algumas informações importantes sobre capital inicial, descontos, taxas, montante, prazo, etc. conforme transcrição abaixo:
 
Preço inicial ao público(1):
Desconto de subscrição:
Rendimentos, antes das despesas, para a PGF:
 
Por Nota
Total
Por Nota
Total
Por Nota
Total
Notas de 2017
99,957%
US$ 1.599.312.000
0,250%
US$ 4.000.000
99,707%
US$ 1.595.312.000
Notas de 2020
99,743%
US$ 1.496.145.000
0,250%
US$ 3.750.000
99,493%
US$ 1.492.395.000
Notas de 2024
99,772%
US$ 2.494.300.000
0,300%
US$ 7.500.000
99,472%
US$ 2.486.800.000
Notas de 2044
99,166%
US$ 991.660.000
0,350%
US$ 3.500.000
98,816%
US$ 988.160.000
Notas de taxa flutuante de 2017
100.000%
US$ 1.400.000.000
0,250%
US$ 3.500.000
99,750%
US$ 1.396.500.000
Notas de taxa flutuante de 2020
100.000%
US$ 500.000.000
0,250%
US$ 1.250.000
99,750%
US$ 498.750.000
                                             
(1) Mais juros acumulados a partir de 17 de março de 2014, se a liquidação ocorrer após essa data.        
(Fonte https://www.sec.gov/Archives/edgar/data/1119639/000129281414000545/pbra20140310_424b2.htm)
O citado documento nos traz também a descrição das Notas (títulos registrados), além da descrição das informações para cálculos de sua cobrança, conforme transcrição de trechos selecionados relacionados à matéria Matemática Financeira abaixo:
DESCRIÇÃO DAS NOTAS
 A descrição a seguir dos termos das notas complementa e modifica a descrição dos termos e disposições gerais dos títulos de dívida e da escritura estabelecida no prospecto anexo, que você deve ler em conjunto com este suplemento de prospecto. Além disso, pedimos que você leia a escritura, a décima quarta escritura complementar em relação às Notas 2017, a décima quinta escritura complementar relacionada às Notas 2020, a décima sexta escritura complementar relacionada às Notas 2024, a décima sétima escritura complementar em conexão com as Notas de 2044, a décima oitava escritura complementar em relação às Notas de Taxa Variável de 2017 e a décima nona escritura complementar em relação às Notas de Taxa Variável de 2020, porque elas definirão seus direitos como titulares das Notas de Taxa de 2017, 2020 Notes, 2024 Notes, 2044 Notes, 2017 Floating Rate Notes e 2020 Floating Rate Notes, respectivamente.(…)
As notas de 2020
O título das Notas 2020 serão as Notas Globais de 4,875% com vencimento em 2020;
As Notas de 2020 irão:
· ser emitido em um valor principal total de US$ 1.500.000.000; e        
· vencimento em 17 de março de 2020;        
•      incidem juros à taxa de 4,875% ao ano a partir de 17 de março de 2014, data de emissão das Notas 2020, até o vencimento ou resgate antecipado e até que todos os valores devidos devidos às Notas 2020 tenham sido pagos;
(Fonte https://www.sec.gov/Archives/edgar/data/1119639/000129281414000545/pbra20140310_424b2.htm )
6 LOGÍSTICA INTEGRADA
6.1 Refino, Transporte e Comercialização
Nossas atividades de transporte e logística se concentram em duas grandes áreas: Dutos e Terminais e Transporte Marítimo. Somos responsáveis pela operação de aproximadamente 12 mil quilômetros de oleodutos e gasodutos, 49 terminais (21 terrestres e 28 aquaviários) e encerramos o ano de 2021 com 37 navios em operação (26 Transpetro + 11 TIBV).
Para fazermos com que o petróleo do fundo do mar chegue às pessoas em forma de energia, precisamos de uma logística bem estruturada. É ela que vai permitir que, todos os dias, operadores e materiais cheguem às plataformas. Também é ela que garante que nossa rede de oleodutos funcione com integração e segurança por quase 8 mil km e que a gente navegue mais de 2 milhões de milhas náuticas por ano.
E para atuamos no transporte e no armazenamento de diversos produtos, o relacionamento com a nossa subsidiária Transpetro é fundamental. Com ela, operamos uma malha de oleodutos e gasodutos mais de 14 mil km, navios-petroleiros próprios ou afretados e terminais terrestres e aquaviários, onde armazenamos os produtos antes de irem para as refinarias ou serem exportados.
Segurança tem prioridade absoluta em nossos negócios e nosso esforço é constante para que não haja nenhum acidente. Mesmo assim, nos deparamos com uma questão que vai além do nosso controle: o furto de óleo e derivados de nossa malha de dutos. Saiba o que estamos fazendo para prevenir estas derivações clandestinas.
 Processamos 73% de toda a nossa produção de petróleo, que inclui petróleo e LGN e exclui gasolina natural (“C5+”), em nossas refinarias. O restante foi exportado. Em 2021, produzimos 1,852 milhão bbl/d de derivados de petróleo, a partir do processamento de petróleo brasileiro (91,5% da matéria-prima) e petróleo importado (8,5% da matéria-prima). Comercializamos esses derivados de petróleo no Brasil e no exterior.
Além disso, atuamos no setor petroquímico com participações societárias, bem como na produção de biocombustíveis por meio de nossa subsidiária integral, Petrobras Biocombustível S.A. (“PBIO”).
 Possuímos e operamos 12 refinarias no Brasil, com capacidade líquida total de destilação de petróleo bruto de 1.897 mbbl/d. Isso representa 86% de toda a capacidade de refino do Brasil, de acordo com o anuário estatístico de 2021 publicado pela ANP. Até novembro de 2021, também possuíamos e operávamos a refinaria RLAM com capacidade de 279 mbbl/d. A venda da refinaria RLAM foi concluída em 30 de novembro de 2021. A maioria de nossas refinarias está localizada perto de nossos oleodutos de petróleo bruto, instalações de armazenamento, oleodutos de produtos refinados e principais instalações petroquímicas, facilitando o acesso a suprimentos de petróleo bruto e usuários finais. 
Também operamos uma grande e complexa infraestrutura de dutos e terminais e uma frota marítima para transportar derivados de petróleo e petróleo bruto para os mercados brasileiro e global. Operamos 40 terminais próprios por meio de nossa subsidiária integral Petrobras Transporte S.A. (“Transpetro”) e temos contratos para o uso de parte da capacidade de armazenamento de 13 terminais de terceiros.
6.2 Logística
 A logística de petróleo e derivados conecta os sistemas de produção de petróleo às refinarias e mercados buscando maximizar o valordas operações de refino de petróleo e a comercialização de petróleo e derivados no Brasil e no exterior por meio de um sistema integrado de planejamento logístico, vendas e operações e
ativos, conforme ilustrado abaixo.
Administramos diretamente alguns ativos desse sistema, enquanto contratamos outros com nossa subsidiária integral Transpetro.
A Transpetro é uma empresa de logística que realiza operações de armazenamento e manipulação de petróleo e seus derivados, etanol, gás e biocombustíveis para abastecimento de máquinas, termelétricas e refinarias brasileiras, incluindo atividades de importação e exportação. 
A operação de terminais e dutos é um importante elo de nossa cadeia de suprimentos. O petróleo é transportado dos campos de produção até os terminais da Transpetro por meio de dutos ou navios. De lá, é transportado para refinarias ou para exportação. Após o refino, os derivados são novamente escoados por dutos até os terminais para serem entregues às distribuidoras de combustíveis, que atendem os mercados brasileiro e mundial.
A operação abrange uma malha de 7.719 km de dutos e 46 terminais, sendo 25 marítimos e 21 terrestres. Os terminais têm uma capacidade nominal total de armazenamento de 10,73 milhões de m3. Em 2021, a Transpetro movimentou 600,8 milhões de m³ de petróleo e derivados, totalizando 8.707 operações com navios petroleiros e barcaças de petróleo.
6.3 Gás e Energia
Este segmento abrange as atividades de logística e comercialização de gás
natural e energia elétrica, transporte e comercialização de gás natural liquefeito (GNL), geração de energia elétrica por meio de usinas termelétricas, bem como a participação em empresas de transporte e distribuição de gás natural no Brasil e no exterior. Inclui também o processamento de gás natural e operações de fertilizantes.
6.4 Logística
 Utilizamos um sistema de dutos para transportar o gás natural das unidades de processamento, terminais de regaseificação e da fronteira com a Bolívia até as distribuidoras locais, bem como para o consumo interno de nossas unidades. O Brasil tem um sistema integrado de gasodutos centrado em duas redes principais de gasodutos interligados, um gasoduto de conexão com a Bolívia e um gasoduto isolado na região norte do Brasil (todos juntos medindo mais de 9.190 km).
Em 2021, concluímos a venda de nossa participação remanescente de 10% na Nova Transportadora do Sudeste S.A. (NTS). Além disso, fora do Brasil, detemos uma participação de 11% na Gás Transboliviano S.A. (“GTB”), que é responsável pelo lado boliviano do gasoduto Bolívia-Brasil, medindo 557 km.
6.5 Marketing e Vendas
O volume total de gás natural que entregamos em 2021 foi de 84,5 mmm³/d. O volume de nosso consumo de gás natural por clientes industriais, de geração de energia elétrica a gás, comerciais e de varejo em 2021 foi de 71,9 mmm3/d, representando um aumento de aproximadamente 31,4% em relação a 2020. Este
aumento deve-se principalmente a uma relativa recuperação econômica em 2021, devido à diminuição dos casos de Covid-19 e ao aumento da demanda por geração termelétrica a gás, devido aos baixos níveis dos reservatórios hidrelétricos (ano de 2021 com a pior estação seca em 90 anos). Em 2021, o consumo de gás
natural por nossas refinarias foi de 12,6 mmm³/d, representando um pequeno decréscimo em relação a 2020. Abaixo apresentamos nossas fontes e consumo em 2021:
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho, podemos concluir que a pesquisa realizada expandiu os nossos conhecimentos a respeito da empresa Petrobrás e nos mostrou informações significativas de suas estratégias e planejamentos logísticos de distribuição de gás, energia e combustíveis.
Com mais de 50 anos de história e 40 mil trabalhadores completando o seu quadro de funcionários, podemos perceber que a cada dia, a Petrobrás sempre procura desenvolver técnicas e habilidades para se manter no status de maior empresa petrolífera do Brasil, além de um sistema extremamente inovador que permite todo o fluxo operacional dos seus materiais e produtos, com destaque na exploração e produção de petróleo e gás.

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